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Sistema Digestório Disfagia Frequência normal é 1 vez ao dia Qual a alimentação? Diferenciar o agudo do crônico Introdução O sistema digestório de cães e gatos é complexo, composto de órgãos de diferentes estruturas anatômicas e funcionais que atuam coordenadamente na execução do processo de digestão e absorção dos nutrientes e água, necessários para a manutenção da homeostase. A função digestória adequada depende da atuação correta e coordenada da cavidade oral, esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso, assim como a das glândulas salivares, pâncreas, exócrino e fígado, além de complexa interação com outros sistemas corporais, como o musculoesquelético e o neuroendócrino. Protocolo Identificação do paciente Anamnese Conversar com tutor, ver qual a queixa principal Inspeção visual e física Exame físico específico No sistema Exames complementares Que exames podemos pedir? Anamnese Qual a principal queixa? Quando começou o problema? com que frequência? vem piorando? Relaciona o início do problema com algo? Já fez algum tratamento? Toma alguma medicação? Qual a frequência de defecação? Antecedentes Morbidos Já teve algum quadro de doença? Sanitários O animal tá vacinado? vermifugado? carrapaticidas? Animal que vai para a creche fazer vermifugação de 4 em 4 meses Halitose Verificar reflexo traqueal, observar gengiva do animal As mais comuns causa de halitose são doença peridontal, corpo estranho e secreções nasais. Hálito urêmico pode estar ligado a doença renal Hálito cetônico pode estar ligado a diabete descompensada É o odor alterado , desagradável ou fétido do ar expirado; sendo uma queixa ou achado de exame físico frequente. Pode ser decorrente de doenças bucais, nasais, faríngeas, esofágicas, gástricas ou secundária a doenças que cursem com á digestão e uremia. Dificuldade de preensão, mastigações, engasgos, sialorreia (salivação excessiva) Observar postura ao deglutir Inspeção da cavidade oral, palpação É representa a dificuldade ou a impossibilidade de deglutição. Evolução lenta e persistente x intermitente Vem vindo ou apareceu repentinamente? da região cervical Regurgitação A regurgitação retrógada e passiva (sem esforços abdominais) do conteúdo esofágicos. 1 Sinais prodrômicos Há sinais sistêmicos? Metabólicos, febre, desidratação, polifagia... Quadros agudos Intoxicação alimentar, viroses... Hemograma, urina 1 bioquímicos, coproparasitológico, Raio-x e US. Quadros crônicos Pancreatite, hepatopatia, DRC, infecciosa... US, endoscopia, tomografia, laparotomia. Qual o tipo de vômito? Sangue? Bile? Alimento? Tem esforço abdominal? Tem sinais prodrômicos? Como você sabe que vai vomitar? Qual a frequência? agudo? só quando ingere? Suspeita de ingestão de substância ou corpo estranho ? Alimento mal ingerido? Formato tubular? Pode ser obstrução esofágica Bilie? Fezes? Qual a cor das fezes? Observar condição corporal Está emagrecendo? Raio-X Ocorre geralmente antes que o alimento adentre o estômago e não está associada aos sinais prodrômicos do vômitos. Êmese Sinal clínico inespecífico Centro do vômito: neurológico + respiratório + muscular + atividade gastrointesinal Já a êmese se caracteriza pela ejeção forçada de conteúdo gástrico e, ocasionalmente, duodenal, pela boca. A expulsão do conteúdo gástrico é precedida de sinais prodrômicos (indicio do que vai acontecer). Hematêmese Qual a coloração? Vivo? enegrecido? Faz tempo? Ulceração gastroduodenal (inflamação de duodeno e jejuno) Gastrite, GEH, auto-medicação, corpo estranho. importante, podendo ser gastrointestinal, proveniente da cavidade oral ou do trato respiratório. Geralmente causada por ulceração ou erosão gastroduodenal. Anorexia e inapetência A anorexia refere-se à completa perda de apetite ou ao desinteresse pelo alimento. Sinais inespecíficos Prestar atenção na história clínica Perda de peso A inapetência indica a perda parcial do apetite ou diminuição do consumo do alimento. Tais condições podem ter origem psicológica, fisiológica ou patológica. Constipação intestinal Megacólon/dilatação intestinal Problema crônico/hipomotilidade Causas Fármacos, comportamental, obstrução intra ou extra luminal (fraturas), doenças neuromusculares (hérnia de disco), desidratação Palpação, toque retal, raio-x, US. Significa a passagem a passagem de fezes dificultada, infrequente ou ausente, caracterizada pelo esforço ao defecar e retenção de fezes secas e endurecidas no cólon e reto. Incontinência Fecal Refere à incapacidade de controlar a eliminação das fezes. Em geral, é acompanhada pelo relaxamento do esfíncter anal e a descarga de material fecal ocorre a intervalos não regulares. A perda da capacidade de retenção fecal pode ser decorrente de doenças neuromusculares, Refere-se à existência de sangue no vômito. A localização da origem do sangramento é 2 Diarreia Intestino delgado ou intestino grosso? Aguda ou crônica? Aguda - 2x na semana Vacinas ? vermífugo? DII ou metabólica? DII - doença intestinal inflamatória. Sangue vivo Não usar antidiarreico em diarreia sanguinolenta. Porque absorve o conteúdo para corrente sanguínea. Diarreia de IG sai sangue vivo, e do ID sai enegrecido. É definida como aumento anormal do volume fecal, da frequência de defecação e do conteúdo de líquido nas fezes. É importante ressaltar que essas alterações podem ocorrer simultânea ou isoladamente. O animal pode ter aumento da frequência de defecação, sem aumento do volume ou conteúdo líquido fecal, como visto em alguns casos de colite, ou pode ter o volume fecal aumentado sem aumento da frequência de defecação. Diarreia Osmótica Falhas no mecanismos de digestão e absorção Gordura, gíardiase, perda de eletrólitos Água Diarreia Secretória Aumento de secreção de fluidos Toxinas, inflamação Diarreia Exudação de danos ao esfíncter anal ou ao seu suporte neural, particularmente quando envolve os nervos espinais com raiz em S1 e S3. Aumento da permeabilidade vascular Enterite, ICCm hipertensão porta Colite, retocolites, constipação intestinal, hérnia perineal, protatite Trato urinário - gatos Observar o paciente ao defecar: Tenesmo depois: DII Tenesmo antes: obstrução do reto, constipação enquanto disquezia define a defecação dolorosa. Tenesmo e disquezia podem resultar em sensação de urgência em defecar, que muitas vezes se manifesta por "acidentes" em casa, relatados pelo proprietário. Tenesmo e Disquezia Hematoquezia x Melena Sangramentos gástrico e/ou duodenal são causas frequentes de melena As estrias de sangue no exterior de fezes de formato e volume normais costumam ser características das lesões colônicas distais ou pólipo retais, ao passo que o sangue misturado ao bolo fecal sugere lesões mais proximais (cólon transverso e ascendente) Hematoquezia Hematoquezia é a presença de sangue vivo nas fezes. O sangue pode se apresentar com estrias na superfície ou misturado ao bolo fecal. Melena refere-se a coloração escura das fezes, resultante a sangue digerido. Esse escurecimento resulta da oxidação da hemoglobina em hematina ou qual quer outro hematocromo. Dor Abdominal Observar comportamento e postura Dor aguda - pancreatite x laparotomia Podem ter origem no trato digestório ou em outros órgãos, inclusive o peritônio. A distensão de víscera ocas, como estômago, intestino, útero, vesícula biliar ou bexiga urinária, pode originar dor abdominal, da mesma maneira que inflamação peritoneal, rupturas de vísceras e distúrbios vasculares (tromboses). A inflamação e a distensão de órgãos parenquimatosos como fígado, pâncreas e rins são causas comuns de dor abdominal. Tenesmo está relacionado com o trato digestório, pode ser definido como esforços improdutivos e repetidos de defecação, 3 Distensão abdominal Edema de órgãos (distúrbios circulatórios, doença infecciosa, neoplasias...), gás, obesidade, fecaloma, ascite... A ascite é causa frequente de distensão abdominal, que muitas vezes não é acompanhada de síndrome de abdome agudo A distensãoou o aumento do contorno abdominal pode ou não apresentar relação com o abdome agudo. As causas principais de distensão abdominal são prenhez, hepatomegalia, obesidade, retenção de fezes, dentre outras. Causas comuns Distensão de vísceras ocas, inflamação de órgãos, peritonite, distúrbios circulatórios Causas extra-abdominais Dor reflexa de coluna Checar circulação ACP, pulsação, mucosas, pressão, midríase, sialorreia.... Icterícia É caracterizada pela coloração amarelada da pele, mucosas e esclera decorrente do acúmulo de bilirrubina nos tecidos. O exame físico revela mucosa e esclera de coloração amarelada. Em casos graves, a pele também pode ficar amarelada. Gatos devem ter o palato mole observado para a detecção de icterícia discreta. Exame Físico Inspeção geral T°, peso, estado geral, pelos...) Inspeção da cabeça O exame físico do paciente com suspeita de distúrbio digestório deve ser completo, avaliando todos os sistemas corporais, uma vez que os sinais e sintomas apresentados podem ser decorrentes de doenças primariamente digestórias ou secundárias a distúrbios em outros sistemas, como urinário, reprodutivo e circulatório. Felinos: gengivite linfocítico-plasmocitária (Fiv/ Felv), corpo estranho linear (corte!) - observar faringe, palato mole e tonsilas (sedação). Motilidade, obstrução, inflamatório, degeneração Palpação e Raio-x Percussão Órgãos cavitários: sons claros e timpânicos Órgãos maciços: sons maciços Auscultação Sons aéreos e hídricos Sons hídricos-aéreos (capoteio) Prova de ondulação Líquidos Vômito: desidratação (perda eletrolítica) Palpação (anormalidades, gás, líquidos, dor) Distensão: taquipnéia Função imunológica Cavidade oral: halitose, ptialismo ou sialorreia, hemorragias, gengivites, dificuldade em abrir a boca e mastigar, descarga nasal Glândulas salivares: parótidas, mandibulares, sublinguais e zigomáticas - Sialocele, mucocele ou rânula. Esôfago: regurgitação, disfagia, engasgos, sialorréia. Abdome: inspeção direta Estômago Intestino Otite, olhos (cor, esclera e mucosas), musculaturas, narinas (sangue?) Delgado: ductos biliar e pancreático Quanto mais proximal o processo, mais frequente será o vômito Idade determina a suspeita clínica Êmese, melena, flatulência, desidratação, perda de peso, apatia, ano/ hiporexia Insuficiência pancreática exócrina 4 Líquido claro, transparente Baixa densidade (d<1,020) Baixa proteína (↓3,0g/dL) Baixa celularidade (<1.000 cels nucleadas) - linfócitos Redução de pressão oncótica ↓ Albumina Hepatopatia? Nefropatia? Enteropatia? Desnutrição Aumento de pressão hidrostática Hipertensão arterial sistêmica Coleta: dois dedos a baixo do umbigo. Transudato puro - Fácil de resolver Análise de líquidos peritoniais Insuficiência pancreática exócrina Palpação: aspecto sanfona ! Distensão com sons capoteio: obstrução Aumento de linfonodos Grosso: diarréia é o principal sinal (tenesmo, disquezia, hematoquezia, constipação) Absorção de toxinas anti-diarreicos!!!! Alterações na dieta Toque retal, palpação cólon descendente e reto como estão as fezes? Glândulas ad-anais Manifestações clínicas não são proporcionais ao grau de lesão Uremia: sinais neurológicos (hálito) -desvio portossistêmico (shunt) Hepatomegalia: degeneração gordurosa? Lipidose? Hiperlipidemia? Diabetes? Tumor? Fígado diminuído: cirrose, fibroses, necroses Quadros agudos x crônicos Fígado Hipertensão pulmonar Mais viscoso (possuí densidade) Extravasamento de linfa ↑da pressão hidrostática capilar Obstrução capilar linfático ↑de proteína (2,5 a 7,5 g/dL) ↑ de densidade ↑ de células (1.000 a 7.000) nucleadas Pode ser crônico e se transformar em exsudato não séptico. Causas: cardiopatias, hepatopatias, neoplasias, torção de órgãos. Formado apenas em inflamação Substância vasoativas (↑ permeabilidade e número de células) ↑ de proteínas (>3,0g/dL) ↑ d>1,020 ↑ células nucleadas (>7.000) + neutrófilos e macrófagos Bactérias Transudato modificado - Purulento Exsudato Tomografia Ressonância Exames Diagnósticos 5
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