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1 CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA CAMPUS: UnED MARIA DA GRAÇA CURSO TÉCNICO SUBSEQUENTE EM SEGURANÇA DO TRABALHO APOSTILA DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO I PROFESSORES: IVAN GASPAR (AUTOR DA APOSTILA); RAYANA VINAGRE (REVISÃO) FEVEREIRO/2021 2 1-INTRODUÇÃO Com a descoberta do fogo, houve grande mudança na vida dos homens, que aprenderam a utilizá-lo em seu benefício, de diferentes formas: aquecer, preparar os alimentos, derreter metais, moldar utensílios para casa e etc. Mas o fogo nem sempre é útil e benéfico. Quando foge ao controle do homem, pode provocar grandes transtornos, perda de materiais e até roubar vidas. Finalmente podemos afirmar que o incêndio é o fogo sem controle. Entendendo o fogo, o homem pode: Produzi-lo; Preveni-lo; Controlá-lo; Combatê-lo. 2-CAUSAS DE INCÊNDIO Várias são as causas que concorrem para a erupção de um incêndio. - Descuido com fontes de calor. Ex: aquecedores, ferro elétrico, forno, lâmpadas. -- Descuido de fumantes - -Falta de lubrificação em eixos de transmissão, gerando energia calorífica suficiente para se inflamarem. Ex: correias de polias. - Sobrecarga elétrica em fios. - Circuitos mal dimensionados. - Uso de Benjamins - Combustão espontânea de materiais. Ex: algodão, juta. - Manuseio de gases - Raios 3-COLABORE COM A SEGURANÇA Comunique ao SESMT qualquer situação perigosa. Observe os seguintes itens: Não use, sob pretexto algum, os equipamentos de proteção contra incêndio para outros fins que não o de combate ao fogo. Conserve sempre em seus lugares os equipamentos destinados ao combate a incêndio, com seus acessos limpos e desimpedidos. Familiarize-se com os extintores e outros equipamentos de combate a incêndios, existentes no seu local de trabalho, sabendo: Onde se encontram; Como operá-los; Para que espécie de incêndio eles servem. Não fume nem produza chamas ou centelhas em locais proibidos, bem como não jogue pontas de cigarro a esmo, nos locais onde não seja permitido fumar. Deixe que somente eletricistas façam reparos nas instalações elétricas. Não atire lixo fora dos recipientes para isso destinado. Não permita que trapos embebidos em óleos ou graxas, fiquem abandonados. 3 Guarde os recipientes que contenham substâncias voláteis em lugar apropriado e devidamente tampados. A ordem e arrumação são fatores importantes na prevenção de incêndios, por isso guarde cada coisa em seu lugar. 4-FOGO Fogo ou combustão é uma reação físico- química entre um corpo combustível e um corpo comburente , provocada por uma energia de ativação( fonte de calor ) Para que ocorra a combustão são necessários: Deve haver material Combustível Comburente (oxigênio) deve ter acesso ao material combustível Deve haver a proporção correta entre o combustível e o Oxigênio. Deve ser alcançada a temperatura de ignição do material. Baseado na teoria de Lavoisier, o fogo é uma reação química resultante da união de combustível, comburente e calor. Até pouco tempo atrás este era o célebre TRIÂNGULO DO FOGO. Os pesquisadores concluíram que existia um outro fator, REAÇÃO EM CADEIA. Com a evolução científica constatou-se que o quarto elemento é essencial para que o fogo ocorra. ESTES QUATRO ELEMENTOS REPRESENTAM O TETRAEDRO DO FOGO 1 ) O Comburente (oxigênio ) se combina com o combustível através de uma fonte de calor. 2 ) A medida que a reação se processa, vai produzindo calor. 3 ) O calor propícia o prosseguimento da reação ( queima ), isto é uma reação química em cadeia, chamada de combustão: É importante ressaltar: Quando um combustível sólido ou líquido entra em combustão, na maioria das vezes, o que queimam são os vapores desprendidos por eles. A proporcionalidade dos elementos é essencial para a formação e manutenção do fogo. Quanto mais dividido estiver o corpo mais rápida e completa será a combustão. 4 ex: madeira serragem. Se a divisão do corpo estiver em forma de poeira em suspensão no ar e se entrar em contato com uma fonte de ignição, além do maior risco de incêndio, temos o perigo de explosão do ambiente que as contém.Pois a reação ocorre com muita rapidez. ex: poeira em suspensão em contato com chave elétrica, interruptor. 4.1-COMBUSTÍVEL Toda e qualquer substância sólida, líquida e gasosa capaz de se queimar. 4.1.1 -TIPOS DE COMBUSTÍVEIS SÓLIDOS LÍQUIDOS GASOSOS Pape l;Algodão Lã; Borracha Álcool; Óleo Lubrificante;Éter ; Óleos Vegetais;Gasolina Acetileno; Amônia; Hidrogênio 4.2-COMBURENTE É o elemento que embora não queima, facilita a combustão. Praticamente o oxigênio é comburente que participa da maioria dos casos. No ar atmosférico encontramos: Nitrogênio 78 % Oxigênio 21 % Outros gases 1 % 4.3-FONTE DE CALOR Elemento indispensável a produção e manutenção do fogo. A fonte de calor produz no combustível: elevação de sua temperatura aumento de seu volume mudança de estado físico. 4.4- REAÇÃO EM CADEIA É a queima auto sustentável. É a união dos três itens acima descritos, gerando uma reação química. Quando o calor irradiado das chamas atinge o combustível e este é decomposto em partículas menores, que se combinam com o comburente e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um ciclo constante. 5 5-FORMAS DE COMBUSTÃO 5.1Combustão Completa É aquela em que a queima produz calor e chamas e se processa em ambiente rico em comburente. 5.2-Combustão Incompleta É aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhuma chama e se processa em ambiente pobre em comburente. 5.3-Combustão Espontânea É aquela gerada de maneira natural, podendo ser pela ação de bactérias que fermentam materiais orgânicos, produzindo calor e liberando gases, alguns materiais entram em combustão sem fonte externa de calor, ocorre também na mistura de determinadas substancias químicas, quando a combinação gera calor e libera gases. 5.4-Explosão É a queima de gases ou partículas sólidas em altíssima velocidade, em locais confinados. 6-FORMAS DE PROPAGAÇÃO (TRANSMISSÃO) O calor pode-se propagar de três diferentes maneiras: Condução, Convecção e Irradiação. Como tudo na natureza tende ao equilíbrio, o calor é transferido de objeto com temperatura mais alta para aqueles com temperatura mais baixa. O mais frio de dois objetos absorvera calor até que esteja com a mesma quantidade de energia do outro. 6.1-Irradiação – É o processo de transmissão de calor através de ondas caloríficas que se propaga pelo espaço existente entre um corpo e outro.Ex: calor dos raios solares, fogueira. 6,2-Condução - calor transmitido por uma substância, molécula a molécula, numa velocidade que dependerá da condutibilidade da substância. Por isso é necessário o resfriamento das paredes dos compartimentos que envolvam o incêndio. Ex: Ferro de engomar; Ao aquecermos a extremidade de uma barra de ferro, na outra, se houver materiais combustíveis, esses poderão se incendiar 6.3-Convecção - É o processo de transmissão de calor através da circulação de um meio transmissor, que pode ser líquido ou gasoso. É o caso da transmissão de calor através da massa de ar ou gases quentes que se deslocam do local do fogo, podendo provocar incêndios em locais distantes da chama. 7---PONTO DE FULGOR, COMBUSTÃO E IGNIÇÃO No combate a incêndio é muito importante conhecemos como os corpos se comportam em relação ao calor. Os combustíveis para se queimar se transformam primeiramente em vapores. A passagem de uma substância, para o estado de vapor se dá a determinada temperatura, que é variável conforme a natureza do combustível, portanto é necessário conhecermos: 6 7.1-PONTODE FULGOR É a temperatura mínima na qual um corpo combustível aquecido desprende quantidade suficiente vapores para que, em mistura com o ar, se incendiar na presença de uma chama externa. Entretanto ao ser retirada a chama externa a combustão não se mantém. 7.2-PONTO DE COMBUSTÃO É a temperatura mínima na qual um corpo combustível aquecido desprende quantidade suficiente vapores para que, em mistura com o ar, se incendiar na presença de uma chama externa. Entretanto ao ser retirada a chama externa a combustão se mantém. 7.3-PONTO DE IGNIÇÃO É a temperatura mínima onde os vapores desprendidos por um corpo combustível aquecido inflamam-se ao entrar em contato com o ar, independentemente da presença de qualquer chama ou centelha externa. Nota: Em estudos de Classificação de áreas sujeitas a periculosidade (risco de explosões), qualquer produto que no processo esteja sendo submetido a temperaturas acima do seu ponto de fulgor caracteriza a área como risco de explosão. 8-CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS INCÊNDIO é combustão sem controle. Essa Classificação foi elaborada pela NFPA - Associação Nacional de Proteção a Incêndios/EUA, e adotada pelas: IFSTA - Associação Internacional para o Treinamento de Bombeiros/EUA, ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas/BR e Corpos de Bombeiros/BR. Os incêndios são classificados de acordo com os materiais neles envolvidos, bem como a situação em que se encontram. Essa classificação determina a necessidade do agente extintor adequado. Generalidades: segundo a natureza do material que está queimando, deve-se estabelecer o método mais adequado para a extinção incêndio. . 7 Classe Exemplos de Materiais Combustíveis A Incêndios em materiais sólidos fibrosos, tais como: madeira, papel, tecido, etc. .Se caracterizam por queimarem na superfície e internamente e deixam após a queima, resíduos como carvão e cinza B Incêndios em líquidos e gases inflamáveis, ou em sólidos que se liquefazem para entrar em combustão: gasolina, GLP, parafina. etc..Se caracterizam por queimarem somente na superfície e não deixam resíduos C Incêndios que envolvem equipamentos elétricos energizados: motores, geradores, cabos, etc. D Incêndios em metais combustíveis, tais como: magnésio, titânio, potássio, zinco, sódio, etc. 9-METÓDOS DE EXTINÇÃO DO INCÊNDIO Para extinguirmos um incêndio, bastaria eliminar um dos lados do tetraedro do fogo. 9-1-ISOLAMENTO: RETIRADA DO COMBUSTÍVEL Consiste em evitar que o combustível alimente o fogo´. Ex: Fechamento do registro de passagem do gás de cozinha para os queimadores do fogão. Retirar de um local os materiais que podem alimentar o fogo. 9.2- RESFRIAMENTO: RETIRADA DA FONTE DE CALOR Consiste em remover calor a uma velocidade maior do que é gerado( abaixar a temperatura do que está pegando fogo). 8 9.3-ABAFAMENTO : RETIRADA DO COMBURENTE ( OXIGÊNIO ) Consiste em baixar a concentração do oxigênio no fogo, pela diluição do ar com gases inertes. O mais usado é o CO2( gás carbônico) 9.4-EXTINÇÃO QUÍMICA : INIBIÇÃO DA REAÇÃO EM CADEIA Consiste em interromper as reações em cadeia sem remoção de combustível, resfriamento direto ou pela diluição do oxigênio. Os agente que conseguem isto são os pós químicos secos, gases e líquidos halogenados. 10-AGENTES EXTINTORES Qualquer substância capaz de extinguir o fogo. 10.1-Água - é o agente extintor de maior emprego, apagando, principalmente, por resfriamento. A sua aplicação pode ser feita de uma das seguintes maneiras: Jato sólido; Neblina de alta velocidade; Neblina de baixa velocidade. Com exceção do tipo de lançamento, na forma de neblina de baixa velocidade, a água não pode ser usada em incêndios de Classe C, por ser excelente condutora de eletricidade. 10.2-Espuma - apaga principalmente por abafamento. Existem dois tipos de espuma: a química, na qual a formação de espuma é feita pela reação dos preparados, e a mecânica, onde se dá uma simples mistura do extrato, água e ar. A espuma mecânica é utilizada principalmente para incêndios da Classe B. Jamais utilize espuma em corrente elétrica. 10.3-Dióxido de carbono (CO2) - age formando uma capa gasosa em torno da substância incendiada, reduzindo assim, a percentagem de oxigênio que a envolve, sendo em conseqüência, excelente extintor de incêndios incipientes e não ventilados. Sendo o CO2 um gás inerte, seco, e não corrosivo, não produz avarias nas instalações sobre as quais é lançado. Por não ser condutor de eletricidade, pode ser utilizada com segurança contra incêndios que envolvam equipamentos elétricos energizados. O dióxido de carbono não se congela à temperatura ambiente, não deixa resíduos e é facilmente removido pela simples ventilação do compartimento. É indicado para incêndios Classe C, porém pode ser empregado no princípio de qualquer classe de incêndio. 10.4-Pó químico para classe BC- É um excelente AGENTE EXTINTOR para incêndios das Classes B e C. Age principalmente por abafamento. É constituído, na sua quase totalidade, por bicarbonato de sódio ou potássio e misturado a outras substâncias extintoras. O pó químico em contato com as chamas decompõe-se, formando, principalmente, CO2 , e extinguindo- as com grande eficiência. Importante: em instalações elétricas... Use somente extintores de CO2 ou Pó Químico. Nunca use extintores de água ou espuma. 9 10.4.1- PÓ QUÍMICO para classe D São pós ESPECIAIS usados para extinguir o fogo em matérias pirofóricos. Também são usados compostos específicos para cada material pirofórico. 10.4.2-PÓ QUÍMICO ABC Pó químico a base de MONOFOSFATO DE AMÕNIA( nome comercial) com propriedade de cobrirem princípios de incêndio das CLASSES ABC. 11- EXTINTORES DE INCÊNDIO São aparelhos de fácil manejo e adequados para combater pequenos focos de incêndio logo no seu início, quando é mais fácil a extinção. São fabricados em cilindros de aço e no seu interior possui substâncias extintoras capazes de extinguir o fogo por ABAFAMENTO,RESFRIAMENTO , EXTINÇÃO QUÍMICA. 11.1 -SELEÇÃO DE EXTINTORES DE ACORDO COM OS RISCOS Os extintores devem ser selecionados para cobrir as áreas com risco de incêndio, de acordo com sua capacidade extintora e com a natureza dos combustíveis predominantes no ambiente, conforme a CLASSE da NATUREZA DO FOGO. Além dos princípios mencionados na classificação do fogo quanto à natureza, deverão ser considerados outros fatores, também importantes, que podem influir na cobertura dos riscos: TEMPERATURA Ao ser selecionado um aparelho para cobrir uma determinada área, deve ser considerada a temperatura ambiente do local, a fim de que esta não interfira com o bom funcionamento do extintor. Os extintores são fabricados para funcionarem satisfatoriamente dentro de uma faixa de temperatura entre 5ºC e 50ºC. Fora destas condições, os aparelhos devem ser protegidos por dispositivos que permitam um funcionamento perfeito. AGRESIVIDADE DO MEIO Em certas instalações, como por exemplo, indústrias químicas, a agressividade do meio ambiente pode atacar os aparelhos, destruindo ou alterando os seus diversos componentes e mecanismos. VIBRAÇÃO Quando os extintores são instalados em veículos ou em áreas sujeitas a vibrações, devem ser providenciados suportes especiais para impedir um funcionamento acidental ou alterar as condições de agente extintor. PESO TOTAL DO APARELHO 10 Para certos locais, onde o trabalho é exercido por menores ou mulheres, há necessidade de selecionar aparelhos cujo peso não interfira ou impeça a sua perfeita utilização. RISCO DO AGENTE EXTINTOR Certos aparelhos contêm agentes extintores que em determinados ambientes pequenos e fechados podem ser asfixiantes;neste caso, os aparelhos devem ser sinalizados com legendas tais como: ATENÇÃO: NÃO USE EM AMBIENTES COM VENTILAÇÃO DEFICIENTE. REATIVIDADE DO AGENTE O agente extintor pode ser também responsável por acidentes às vezes catastróficos, por que pode reagir de forma violenta com produtos em chamas, por exemplo, água sobre sódio, magnésio, titânio etc, ou ainda Pó químico seco a base de bicarbonato sobre Anidrido Maleico. Estas reações podem ser violentas e / ou incontroláveis. 11.2-Extintores portáteis O limite para ser considerado como extintor portátil é que o peso total do aparelho (corpo + agente extintor) não passe de 20 Kg de peso. Cada extintor deverá estar sempre em seu lugar, limpo, bem conservado e com carga perfeita. Nunca se devem impedir as áreas de acesso aos mesmos, com objetos, armários, volumes, etc. O desimpedimento dessas áreas representa segurança. Atualmente os extintores mais encontrados são os que utilizam os seguintes agentes extintores: CO2 Pó Químico Água Pressurizada Espuma mecânica. São pouco encontrados e de uso restrito, extintores com carga de soluções alcalinas, líquidos vaporizantes, tetracloreto de carbono e outros. Portanto, saiba: Onde se encontram os extintores; Como usá-los; Para que tipo de incêndio eles servem. Qualquer pessoa deve saber utilizar extintores de incêndio. Com essa finalidade é interessante que se leia o quadro a seguir: 11.2.1-EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADO Este é o extintor mais indicado para o combate a príncipio de incêndio em materiais da classe “A” (sólidos); não deverá ser usado em hipótese alguma em materiais da classe “C” (elétricos energizados), pois a água é excelente condutor de eletricidade, o que acarretará no aumento do fogo; deve-se evitar também seu uso em produtos da 11 classe “D” (materiais pirofóricos), como o magnésio, pó de alumínio e o carbonato de potássio, pois em contato com a água eles reagem de forma violenta. A água agirá por resfriamento e abafamento. Procedimentos para uso: - retirar o pino de segurança; - empunhar a mangueira e o gatilho; e - apertar o gatilho e dirigir o jato para a base do fogo. 11.2.2-EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZÁVEL (PRESSÃO INJETADA) Seu uso é equivalente ao de água pressurizada, diferindo-se apenas externamente pelo pequeno cilindro contendo gás propelente, cuja válvula deve ser aberta no ato de sua utilização, a fim de pressurizar o ambiente interno do extintor, permitindo o seu funcionamento. O agente propulsor (propelente) é o gás carbônico (CO2). Procedimentos de uso: - abrir a válvula do cilindro de gás; - empunhar a mangueira e o gatilho; e - apertar o gatilho e dirigir o jato para a base do fogo. 11.2.3-EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO (PQS) É o mais indicado para ação em materiais da classe “B” (líquidos inflamáveis), mas também pode ser usado em materiais classe “A” e em último caso, na classe “C”. Age por abafamento, isolando o oxigênio e liberando gás carbônico assim que entra em contato com o fogo. Procedimentos para uso: - retirar o pino de segurança; - empunhar a pistola difusora; e - atacar o fogo acionando o gatilho. 11.2.4-EXTINTOR DE PQS COM PRESSÃO INJETÁVEL As mesmas características do PQS pressurizado, mas mantendo externamente uma ampola de gás para a pressurização no instante do uso. Procedimentos para uso: - abrir a ampola de gás; - empunhar a pistola difusora; e - apertar o gatilho e dirigir a nuvem de pó para a base do fogo. 12 11.2.5-EXTINTOR DE ESPUMA MECÂNICA PRESSURIZADO A espuma é gerada pelo batimento da água com o líquido gerador de espuma e ar (a mistura da água e do líquido gerador de espuma está sob pressão, sendo expelida ao acionamento do gatilho, juntando-se então ao arrastamento do ar atmosférico em sua passagem pelo esguicho). Será usado em princípios de incêndio das classes “A” e “B”. Procedimentos de uso: - retirar o pino de segurança; - empunhar o gatilho e o esguicho; e - apertar o gatilho, lançando a espuma contra o fogo. 11.2.6EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO (CO2) É o mais indicado para a extinção de princípio de incêndio em materiais da classe “C” ( elétricos energizados ), podendo ser usado também na classe “B”. Procedimentos para uso: - retirar o pino de segurança; - empunhar o gatilho e o difusor; e - apertar o gatilho, dirigindo o difusor por toda a extensão do fogo. Procedimentos para uso: - retirar o pino de segurança; - empunhar o gatilho e o difusor; e- acionar o gatilho, dirigindo o jato para a base do fogo. 11.3-EXTINTOR SOBRE RODAS (CARRETA – não portátil) A diferença dos extintores em geral é a sua capacidade. Devido ao seu tamanho, sua operação requer duas pessoas. As carretas podem ser: Água com mais de 50 litros; Espuma mecânica com mais de 50 litros a; Pó químico seco com mais de 20 Kg; ou Gás carbônico com mais de 30 Kg. Quando existirem aparelhos sobre-rodas , os locais a proteger devem oferecer a necessária facilidade de movimentação. Em espaços abertos, as áreas devem permitir que os extintores sejam movimentados sem dificuldades impostas pelo terreno. 13 Em áreas fechadas, portas, corredores, passagens devem ser examinadas de modo a permitir que os aparelhos possam circular sem dificuldades. 11.4-TABELA DE USO DE AGENTES EXTINTORES Classe de Incêndio ÁGUA ESPUMA PQS CO² A SIM Excelente SIM Regular Somente na superfície Somente na superfície B NÃO SIM Excelente SIM Excelente SIM Bom C NÃO NÃO SIM Bom SIM Excelente D NÃO NÃO PQS Especial NÃO UNIDADE EXTINTORA 10 litros 9 litros 4 Kg 6 Kg ALCANCE MÉDIO DO JATO 10 m 5 m 5 m 2,5 m TEMPO DE DESCARGA 60 seg 60 seg 15 seg 25 seg Os extintores devem ser distribuídos de tal forma que o operador não percorra mais que: RISCO BAIXO 25 m RISCO MÉDIO 20 m RISCO ALTO 15 m 11.5-SINALIZAÇÃO DE EXTINTORES Quando os extintores forem instalados em paredes ou divisórias, a altura de fixação do suporte deve variar, no máximo, entre 1,6 m do piso e de forma que a parte inferior do extintor permaneça no mínimo 0,2 m do piso acabado. Os extintores não devem ser instalados em escadas. Devem estar desobstruídos e devidamente sinalizados de acordo com o estabelecido na norma em uso. É permitida a instalação de extintores sobre o piso acabado, desde que permaneçam, apoiados em suportes apropriados, com altura recomendada entre 0,10 m e 0,20 m do piso. 1,60m Sinalização piso 1,0 x 1,0m 14 11.6- CAPACIDADE EXTINTORA E UNIDADE EXTINTORA Capacidade Extintora: Medida do poder de extinção de fogo de um extintor, obtida em ensaio prático normalizado. Capacidade extintora é uma das formas de medir o poder de extinção de fogo de um extintor, e é obtida por meio de um ensaio normalizado, de acordo as normas ABNT NBR 15808 (extintores de incêndio portáteis) e ABNT NBR 15809 (extintores de incêndio sobre rodas). A definição de uma unidade extintora é baseada no estudo conduzido em laboratórios, isto é, será um volume de agente extintor que é capaz de extinguir um princípio (foco) de incêndio padronizado, e devem ter as seguintes especificações: Agente Extintor Unidade Extintora Capacidade Extintora Água 10 LITROS 2-A Espuma mecânica 9 LITROS 2-A (NBR 15808) 10-B (NBR 15809) Dióxido de Carbono CO2 06 Kg 5-B C Pó Químico Seco BC 04 Kg 10-B (NBR 15809) Pó Químico Seco ABC 04 Kg 20-B C (NBR 15809) 2-A (NBR 15808) UNIDADE EXTINTORA X CAPACIDADE EXTINTORA Existe uma diferença fundamental entre estes conceitos quando um projeto para combate a princípio de incêndio estiver sendo planejado. É considerada uma unidade extintora o extintor com determinada quantidade de agente extintor, assim, extintor de 9 L de espuma mecânica, extintor de 4 kg degás carbônico, extintor de 10 L de água pressurizada e extintor de 4 kg de pó para extinção de incêndio são considerados uma unidade extintora, e isto não garante maior eficiência do extintor em combater o incêndio. A capacidade extintora por sua vez mede o volume (quantidade) de fogo que o extintor é capaz de extinguir, assim por exemplo, um extintor de 9 L de espuma mecânica pode ter classificação diferenciada em função da tecnologia embutida na sua fabricação. Em termos práticos pode-se verificar que o projeto dimensionado com unidade extintora não irá garantir que o sistema realmente será eficiente no combate a princípio de incêndio, enquanto o projeto dimensionado com capacidade extintora é de maior confiança pois o extintor antes de ser instalado deve comprovar seu desempenho extinguindo um determinado volume de fogo, verificado através de ensaio em laboratório. (Vide material da Kidde) 15 11.7-DISTRIBUIÇÃO DE EXTINTORES Classe de Risco Área máxima coberta por unidade Extintora (m²) Distância máxima percorrida pelo operador (m) SUSEP Corpo Bombeiros SUSEP Corpo Bombeiros A (Nº 01 e 02) B (Nº 03 até 06) C (Nº 07 até 13) --- RJ SP --- RJ SP 500 200 500 20 20 25 250 150 250 15 15 20 250 100 150 15 10 15 Importante notar que ambas as recomendações devem ser atendidas. Outras considerações também devem ser observadas; a saber: 1. Será exigido um mínimo de duas unidades extintoras para cada pavimento, galeria, jirau ou risco isolado; 2. Permite-se a existência de apenas uma unidade extintora nos casos de área inferior à 50m2; 3. Aos riscos constituídos por armazéns ou depósitos em que não haja processo de trabalho, à não ser operações de carga e descarga, será permitida a colocação de extintores em grupos, em locais de fácil acesso, de preferência em mais de um grupo e próximos às portas de entrada e / ou saída; 4. No mínimo 50% das unidades extintoras que protegem um local, devem ser tipos extintores portáteis. 5. Recomendamos que sejam estudados outros itens importantes presentes nas normas e circular com relação a instalações de extintores. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS Classe de Risco Área máxima coberta por unidade Extintora (m²) Distância máxima percorrida pelo operador (m) SUSEP NR-23 Corpo Bombeiros SUSEP NR-23 Corpo Bombeiros A (Nº 01 e 02) B (Nº 03 até 06) C (Nº 07 até 13) --- --- RJ SP --- ---- RJ SP 500 500 200 500 20 20 20 25 250 250 150 250 15 10 15 20 250 150 100 150 15 10 10 15 1-Um estabelecimento com as dimensões 100m x 100 m possui classe de risco A segundo a SUSEP. Calcular, segundo a SUSEP, a quantidade de extintores que serão colocados nesse estabelecimento. Do total calculado, 50%dos extintores serão de água, 30% de pó químico e o restante de gás carbônico. Área= 100x 100 = 10 000m2 ; 16 Quantidade de extintores= Área o local/ área coberta por unidade extintora Quantidade= 10 000/500 = 20 extintores Extintores de água (50%) = 0,50 x 20 = 10 ; pó químico = 0,30 x 20 = 6; CO2 = 20-( 10 + 6) = 4 ou 20% de 20 = 0,20x20= 4 1.1- Defina a capacidade mínima de agente extintor que os extintores de incêndio possam ser considerados como unidade extintora. Água deverá ter 10 litros; Pó químico deverá ter 4 KG ; CO2 deverá ter 6 KG 1.2- Quantas carretas de água poderei usar nesse dimensionamento? Resp: 50 % do dimensionamento deverá ser extintores portáteis. Nesse caso só poderei usar uma carreta( 5 UE) . 2- Num dimensionamento ficou decidido que seria preciso 5 extintores de CO 2 . Cada extintor deveria ter com capacidade de 6 KG. A empresa possui 3 extintores de gás carbônico de 10Kg. A empresa precisa comprar extintores de gás carbônico para completar esse dimensionamento? Quantos? Solução: cada extintor de 10 Kg equivale a 1 UE. 10/6 = 1,66 , nesse caso só usaria o valor inteiro. Resp : Precisaria comprar somente 2 extintores de incêndio. 3- Um estabelecimento com as dimensões 121m x 163 m possui classe de risco A segundo a SUSEP. Cada extintor cobre a área de 500 m2.Calcular, segundo a SUSEP, a quantidade de extintores que serão colocados nesse estabelecimento Solução: Cálculo da Área do local Área = 121x 163 Área = 19723 m2 Quantidade de extintores = Área do local / 500 Quantidade de extintores = 19723/500=39,446 , nesse caso preciso aproximar para mais, ou seja 40. Se fosse 39,01? Aproximaria também para 40. Resp: 40 extintores 11.8-MANUTENÇÃO DE EXTINTORES Todo aparelho de extintor portátil ou não, deve ser recarregado periodicamente. Esta periodicidade é estabelecida pela NBR 12962 e pela Portaria 173 do INMETRO, deste modo a mais restritiva á Portaria 173 que deve ser seguida e ser feita anualmente a recarga dos extintores. 17 Tipo de Extintor Inspeção 1º nível Inspeção de 2º nível - Recarga ABNT NBR 12962 Portaria 173 de 12/06/2006 INMETRO Água Mensal Até cinco anos. Anual. CO2 Mensal Até cinco anos. Anual. Espuma Mecânica Mensal Até cinco anos. Anual. Pó químico seco BC Mensal Até três anos. Anual. Pó químico seco ABC Mensal Até cinco anos. Anual. A inspeção de 3º nível é o Reteste hidrostático que deve ser feito em empresa credenciada pelo INMETRO no máximo a cada 5 anos. 11.8.1- INSPEÇÃO DE PRIMEIRO NÍVEL Aquela em que o proprietário do aparelho pode e deve conduzir a intervalos conforme especificado nesta norma. Este tipo de manutenção pode ser feito pelos Técnicos de segurança ou ainda por empresas contratadas, com a seguinte exigência: Não pode ser trocada nenhuma peça que esteja submetida à pressão. Deste modo podemos substituir mangotes, difusores, adesivos fixados no corpo do extintor, sinalização vertical e horizontal, suporte de parede e outros. Entende-se por inspeção, uma rápida, porém criteriosa verificação para assegurar que o equipamento esta em condições de ser operado. As inspeções poderão ser mensais ou em intervalos menores caso seja necessário. Por isso mesmo, as pessoas envolvidas deverão promover mensalmente no mínimo uma inspeção criteriosa das condições gerais do aparelho. Esta inspeção deverá ser registrada em formulário próprio e individual de cada extintor (ver a seguir – Formulário básico de Inspeção para extintores). Nesta inspeção deverão ser vistoriados os seguintes quesitos: Estado geral do corpo do extintor (corrosão, pintura e outro dano qualquer) Sinalização e suporte; Condições do selo do INMETRO e validade da carga e reteste; Acessibilidade ao extintor; Estados das rodas, eixos e estrutura do carro quando for sobre-rodas ou tipo carreta. Além disso, particularmente para cada tipo de extintor o seguinte: PARA EXTINTOR DE CO2 Existência do quebra jato (dispositivo onde é feita a expansão do gás); Estado e conservação do difusor e punho; Válvula de disparo (gatilho) e de segurança (alívio); Cinta que segura o difusor; Mangote, se não esta quebrado ou cortado; Lacre e pino lateral de travamento do gatilho; Semestralmente o extintor deverá ser pesado e comparado com as informações apresentadas no corpo da válvula de disparo, peso cheio / vazio. Logo abaixo do gatilho, mais ainda no corpo da válvula existem importantes informações codificadas pelas seguintes letras PC e PV, querem 18 com isto informar qual o peso do extintor cheio (PC) e conseqüentemente o peso vazio (PV), logo a diferença entre PC e PV é a carga de agente extintor do aparelho. Os extintores de CO2 devem ser pesados a cada seis meses e comparado com o peso cheio, caso houver uma redução de 10% da carga, este aparelho deverá ser enviado para recarga. Os aparelhos dos extintores de CO2 (pela alta pressão) são fabricados sem nenhuma costura isto é, são produzidos através de aço sem costuracom espessura de 5mm EXERCÍCIO RESOLVIDO 1-Possuo um extintor novo de CO 2. O extintor vazio pesa é 13 Kg e cheio 19Kg. A partir de qual valor(peso) esse extintor deverá se enviado para a recarga? RESP: 19KG – 0,6 KG = 18,4 KG (NESSE VALOR OU ABAIXO DEVERÁ SOFRER RECARGA EXPLICAÇÃO: DEVERÁ SER RECARREGADO QUANDO HOUVER REDUÇÃO DE 10 % DA CARGA NOMINAL DO EXTINTOR, NESSE CASO 10% DE 6KG( 0,6KG OU 600 GRAMAS). PARA EXTINTORES DE ESPUMA MECÂNICA Válvula de disparo; Mangueira cortada ou entupida; Indicação do manômetro (deve estar o ponteiro na faixa amarela ou verde); Orifícios de adução de ar. PARA EXTINTORES PRESSURIZADOS DE ÁGUA OU PÓ QUÍMICO Válvula de disparo; Mangueira cortada ou entupida; Indicação do manômetro (deve estar o ponteiro na faixa amarela ou verde). PARA EXTINTORES COM AMPOLA DE GÁS EXTERNA DE ÁGUA OU PÓ QUÍMICO Pistola de disparo do extintor (para pó químico); Perfeito encaixe e vedação da conexão cilindro e ampola; Mangueira cortada ou entupida; 19 Válvula de segurança (alívio); Alça para o transporte. Cada extintor deve ter duas fichas de controle. Uma é conhecida como Etiqueta do Extintor e, deve estar fixada no próprio extintor. Onde mensalmente o responsável pela inspeção registra seu trabalho. A ficha a seguir é um modelo de Ficha de Controle de Inspeção de Extintores onde os responsáveis devem mensalmente fazer as anotações devidas durante a rotina de inspeção. Sugiro que esta inspeção seja registrada em ficha de papel, uma vez que a NR-23 tinha esta exigência. Pode-se também ter um arquivo de forma eletrônica como controle centralizado. FICHA DE CONTROLE DE INSPEÇÃO DE EXTINTORES PORTÁTEIS Tipo ____________ Localização __________________________________ N de série ___________ Próxima Recarga ___ /____/____ Próximo Reteste ___ /___/____ Nº interno ______ Ano ________ Peso Kg ________Kg em ___/___/____ Peso Kg ________Kg em___/___/____ Meses do ano ETIQUETA DE INSPEÇÃO DE EXTINTORES Mês Data Responsável Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 20 Itens a serem inspecionados 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Acessibilidade ao Extintor Adesivo com as Instruções Corpo do Extintor sem Danos Gatilho ou Válvula de Disparo Lacre de Segurança Nº de Série Visível Pintura do Corpo Rodas, Eixos e sua Estrutura Selo do INMETRO Sinalização do Piso (1,0 m) Sinalização Vertical Suporte de Parede ou Piso Ampola Externa (Água, PQS) Anel Plástico da Válvula Mangote de Descarga (Água, PQS). Manômetro Indicador (Água, PQS). Pistola de Pó (PQS) Cinta Plástica Difusor Plástico de CO2 Mangote de Alta Pressão de CO2 Punho Isolante de CO2 Válvula de Segurança (CO2, Ampola) Outros OK - Item dentro das especificações N - item em desacordo com especificações Observações: ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ________________________________ 21 Responsável pela inspeção: Nome _____________________________________ Qualificação ___________________ 11.8.2- MANUTENÇÃO DE SEGUNDO NÍVEL-( RECARGA) Aquela em que o proprietário do aparelho não pode conduzir a intervalos conforme especificado nesta norma. Este tipo de manutenção somente pode ser feito pelos Técnicos de uma empresa credenciada pelo INMETRO: RECARGA DE EXTINTORES A manutenção de segundo nível consiste por recarga a reposição do agente extintor, inclusive do agente expedidor, teste de manômetro, válvula de disparo e a substituição de peças defeituosas por novas do próprio fabricante. Pode ainda ser refeita a pintura externa e outras manutenções de primeiro nível. Todos extintores deverão ser recarregados após seu uso, manutenção ou quando for indicado pela inspeção. A recarga, assim como a manutenção deverá ser realizada por pessoal técnico especialmente treinado e sempre deverão ser seguidas às instruções dos fabricantes e ABNT quanto, a utilização de ferramentas adequadas, prazos e etc. Todo aparelho de extintor portátil ou não, deve ser recarregado periodicamente. Esta periodicidade é estabelecida pela NBR 12962, entretanto, em função do custo x benefício e confiabilidade, recomendamos que seja feita anualmente a recarga dos extintores. Os extintores tipo gás carbônico (CO2), bem como as ampolas de gás propelente, externas dos extintores de água e pó químico, devem a cada seis meses ser pesada. Caso o seu peso tenha perda de 10% da carga, estes deverão ser enviados para recarga, independentemente de ter ou não completado o prazo da última recarga. 22 11.8.3- MANUTENÇÃO DE TERCEIRO NÍVEL - RETESTE HIDROSTÁTICO A norma NBR 13485 da ABNT é que estabelece os parâmetros de Reteste hidrostático. Todo aparelho de extintor portátil ou não, deverá sofrer reteste hidrostático a cada cinco anos no mínimo, ou quando o usuário suspeitar que o extintor esteja corroído ou com qualquer outro dano que possa por em risco a funcionabilidade, ou acidente com o operador.Este tipo de manutenção somente pode ser feito pelos Técnicos de uma empresa credenciada pelo INMETRO. O reteste consiste em submeter o corpo do extintor a pressão hidrostática 28Kgf/cm² para extintores de baixa pressão. Todo aparelho é desmontado, suas peças são separadas e são submetidas a inspeção criteriosa. O corpo do extintor é colocado em banhos de soluções químicas (decapagem) que retira toda a tinta. A seguir os aparelhos são preenchidos com água e, submetidos a um aumento da pressão produzido por equipamento externo. Os cilindros de alta pressão ampolas externas de gás propelente e o extintor de CO2 sofrem teste hidrostático da mesma maneira que os cilindros de gás industrial tipo oxigênio, nitrogênio ou argônio.Sempre que qualquer extintor for para reteste hidrostático este, deverá ser devolvido acompanhado de documentação própria relativa ao teste, e nos aparelhos deverão ser marcadas nos locais acima mencionados anteriormente as seguintes codificações: Quando os extintores são reprovados no reteste hidrostático a firma os devolverá com identificação do local onde furou (para extintores de baixa pressão), ou deformação plástica junto com o relatório de reteste. Cabe ao proprietário promover a baixa de patrimônio do aparelho e a sua destruição para impedir qualquer reutilização. 23 11.9- INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES Geralmente os aparelhosde extintores tipo pó químico possuem descarga controlada, isto é, tanto os extintores pressurizados bem como com ampola externa de gás que possuem pistola na ponta da mangueira, o que não ocorre com os extintores de água com ampola externa de gás propelente. Os dispositivos de segurança podem ser de ALIVIO tipo intermitente não podendo sofrer entupimento, ou de ruptura com disco adequado, mais usado nos aparelhos pressurizados. Os extintores com carga a partir de 4Kg devem ter mangueiras, e ter comprimento de no mínimo 0,60m para aparelhos de até 12Kg, e comprimento mínimo de 5m para extintores com 20 Kg, 50Kg até de 75Kg. Os aparelhos pressurizados devem ter manômetro com escala de zero até duas vezes a pressão de carregamento em Kgf/cm2. Normalmente estes manômetros possuem três faixas de cores, a saber: Manômetro na faixa branca ou amarela, excesso de pressão; Manômetro na faixa verde, faixa ideal onde o ponteiro deve ficar quando em operação; Manômetro na faixa vermelha indica que a pressão é insuficiente para operação, deverá ser recarregado. A operação de lacre do aparelho deve ser feita de maneira tal que torne fácil verificar-se qualquer uso ou violação. Nota: As informações acima com relação ao manômetro também são válidas para extintores de água pressurizados. 11.9.1- FORMAS DE IDENTIFICAÇÃO DE EXTINTORES PORTÁTEIS Todo aparelho de extintor quando é fabricado apresenta as seguintes identificações: XXXX XXXXX 00 – 00 NBR 11751 Logomarca INMETRO Logomarca Fabricante Norma da ABNT Mês – ano fabricação No de série do extintor 24 Nota: Nos extintores de fabricação recente está sendo estampado somente o ano de fabricação ao invés de mês e ano de fabricação. Estas informações estão à disposição dos responsáveis pela manutenção e / ou inspeção dos extintores para fins de controle de validade da carga e reteste hidrostático bem como, de patrimônio, em locais particulares, conforme figuras abaixo: Nos extintores tipo de baixa pressão como os pressurizados ou com ampola externa de gás para os agentes extintores água, espuma mecânica e pó químico seco, ficam na borda inferior dos aparelhos, denominada de “SAIA” do extintor, e tem a seguinte padronização conforme apresentados na figura abaixo. Nos extintores tipo de alta pressão como os de CO2, e nas ampolas de propelente de gás externo de CO2 ou nitrogênio, ficam na parte superior do cilindro onde normalmente são denominados como COLARINHO. 11.9.2-SELO DE CONFORMIDADE DO INMETRO Este selo é de vital importância, somente as empresas credenciadas pelo INMETRO o podem adquirir. Neles estão informações importantíssimas para as quais devemos ter muita atenção, conforme mostrado nas figuras abaixo: 25 O selo de cor Vermelha é o selo que sempre virá da fábrica, informando que este extintor é original, isto é, ainda não sofre qualquer manutenção. O selo reage a luz Ultravioleta para dificultar a falsificação. Atenção a este detalhe sempre que for comprar novos extintores. No selo vermelho devem vir as seguintes informações: Logomarca do INMETRO; Número de série do selo; Identificação do fabricante do aparelho; O número de licença do fabricante; Identificação do Organismo de Certificação de Produto. O selo de cor Azul é o selo que sempre virá da empresa contratada para serviços de manutenção como, por exemplo, recarga ou reteste. Também reage a luz Ultravioleta. Atenção a este detalhe sempre que for comprar novos extintores por que não são novos aparelhos. No selo azul devem vir as seguintes informações: Logomarca do INMETRO; Número de série do selo; Identificação da empresa que fez a manutenção no aparelho; Data de realização da manutenção; Identificação do Organismo de Certificação de Produto. Importante notar que qualquer rasura ou outras imperfeições que impeça a boa leitura dos dados, podem causar problemas jurídicos, pois o selo é a única forma de identificação válida. Por isso, estes devem ser bem protegidos. Normalmente ao se receber extintores novos ou após qualquer serviço de manutenção é fortemente recomendado usar uma proteção por uma cobertura com adesivo plástico transparente, que oferecerá proteção contra chuva, sol, rasuras, ataque químico etc. 11.10-SIMBOLOGIA NO CORPO DO EXTINTOR Existem dois tipos de simbologia, uma para ser colocada no corpo do extintor em adesivo com a classificação do agente extintor em função da classe de incêndio e, recomendações de uso. A segunda forma de simbologia é a que normalmente é utilizada para identificação do tipo do extintor nos desenhos e projetos de combate ao incêndio. 11.10.1-SIMBOLOGIA DO AGENTE EXTINTOR NO APARELHO A utilização de simbologia com cores, letras e palavras permite a confirmação imediata de um extintor quanto a sua adequação à classe de incêndio, permitindo seu uso correto e em tempo bastante breve. Os símbolos são constituídos por figuras geométricas tendo em seu interior a letra da classe de incêndio, e sobre e abaixo palavras indicativas da classe da natureza do fogo. Os símbolos completos para a identificação das classes de incêndio são: 26 EXTINTORES DE INCÊNDIO CLASSE "A" Ao lado do triângulo os tipos de COMBUSTÍVEIS; Triângulo eqüilátero na cor VERDE; Letra "A" escrita na cor BRANCA. Atualmente a série abaixo de pictogramas vem sendo usada para facilitar as pessoas em reconhecer o extintor correto para o tipo de classe de incêndio. EXTINTORES DE INCÊNDIO CLASSE "B" Ao lado do quadrado a palavra: LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS; Quadrado na cor VERMELHA; Letra "B" escrita na cor BRANCA. Atualmente a série abaixo de pictogramas vem sendo usada para facilitar as pessoas em reconhecer o extintor correto para o tipo de classe de incêndio. EXTINTORES DE INCÊNDIO CLASSE "C” 27 Acima do círculo a palavra" EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS; Círculo na cor AZUL; Letra "C" escrita na cor BRANCA; Atualmente a série abaixo de pictogramas vem sendo usada para facilitar as pessoas em reconhecer o extintor correto para o tipo de classe de incêndio. EXTINTORES DE INCÊNDIO CLASSE "D" Acima da estrela a palavra: METAIS; Estrela de cinco pontas na cor AMARELA; Letra "D" escrita na cor BRANCA; Abaixo da estrela a palavra: COMBUSTÍVEIS NOTAS: 1. Para extintores com agente de múltiplos propósitos tais como o pó químico ABC à simbologia abaixo é que vem fixa ao corpo do extintor indicando quais as classes de incêndio onde é eficaz. 28 2- Para extintores com agente de múltiplos propósitos tais como espuma mecânica a simbologia abaixo vem fixa ao corpo do extintor indicando quais as classes de incêndio onde é eficaz. EXTINTORES DE INCÊNDIO CLASSE "K" Acima da frigideira a palavra: ÓLEO E GORDURA Letra "K" escrita na cor BRANCA; 3-Como já foi dito anteriormente está é uma classificação nova.Ainda não homologada no Brasil, entretanto, provavelmente será aceita. 11.10.2- OUTRA FORMA PRÁTICA DE IDENTIFICAR EXTINTORES DE INCÊNDIO Nas fotos abaixo são apresentadas formas auxiliares de identificação à distância dos extintores, uma vez que, os aparelhos de Água e PQS são muitos parecidos. O mercado tem 29 praticado a técnica de pintar as partes superiores em cores sendo Cor Branca para PQS, Verde para Água e Azul para CO2. Nada normalizado até agora, mas é uma boa sugestãode melhoria de identificação. 30 11.10.3-SIMBOLOGIA PARA PROJETOS DE COMBATE AO INCÊNDIO A simbologia é tradicionalmente igual para todos os regulamentos quando se trata de projetos de proteção contra incêndio é a mostrada a seguir; Extintores de água - a simbologia é um círculo com um ponto no centro; Extintores de espuma - a simbologia é um círculo com uma cruz na forma dos quadrantes norte, sul, leste e oeste; Extintores de gás carbônico - a simbologia é um círculo tendo uma indicação similar a um relógio marcando 9 horas; Extintor de pó químico seco - a simbologia é um círculo similar ao anterior só que há um complemento para o quadrante sul. Quando em um local existem mais de um tipo de capacidade, costuma-se colocar no desenho representativo do extintor o volume do agente diferente do volume da unidade extintora. Extintores tipo carreta tem sua simbologia idêntica ao mencionado acima, entretanto, recebe duas pequenas barras laterais, que querem dar a impressão que são rodas laterais. 10Kg 31 Bibliografia Apostila do Professor Renato M. Allemand – da Coordenação dos Cursos de Técnico de Segurança do trabalho do CEFET Rio de janeiro Portaria MTb 3214 de 8 de junho de 1978 Manual de Segurança do Centro de Pesquisas de Desenvolvimento Leopoldo A. Miguez de Mello, CENPES - PETROBRÁS Incêndios - Prevenção e Responsabilidade, Sul América Seguros. Livro da CIPA - Manual de Segurança e Saúde no Trabalho São Paulo - Fundacentro, 1990. IT – 21, 22 – Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros da policia Militar do estado de São Paulo. Google – Página de sinalização de extintores, hidrantes – acesso 19 set 2010. Página da NAVY Engenharia – acesso 19 set 2010. Pagina da Kidde do Brasil – acesso 19 set 2010. Norma NBR 14276/2006 – Brigada de Incêndio – Requisitos. https://bombeirobaldini.blogspot.com/2014/09/unidade-extintora-x-capacidade.html. Acesso em 17/10/2019 https://www.bucka.com.br/voce-sabe-o-que-e-capacidade-extintora/. Acesso em 17/10/2019