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RESENHA - FILME A CAÇA

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE PSICOLOGIA
RESENHA
FILME: A CAÇA (2013)
1. OBSERVAÇÃO E PRÉ-CONCEPÇÕES
1.1 OBSERVAÇÃO
O filme retrata a história de Lucas, que está tentando reconstruir sua vida após um divórcio complicado, além de apresentar dificuldades em relação à guarda do filho. Lucas trabalha em uma creche sendo adorado pelas crianças e mantém uma boa relação com a comunidade. Mas tudo passa a mudar quando Clara, de aproximadamente 6 anos, filha de seu melhor amigo Theo relata a diretora da escola que Lucas e ela não são mais amigos e que seu “pênis fica ereto”.
Há algumas cenas antes, percebemos que Lucas e Clara mantém uma boa relação, porém em durante uma brincadeira de Lucas com as outras crianças, Clara rouba um beijo dele que a coloca de lado e diz para ela parar. Após o ocorrido Lucas vai até ela e a repreende dizendo que não pode beijar as pessoas na boca, apenas os pais. Ele também devolve um presente que recebeu dela, mas Clara nega que tenha dado aquilo a ele e sai do cômodo aparentemente chateada. No final do dia a diretora a encontra sozinha elas Clara relata os fatos e tudo se inicia.
1.2 PRECONCEPÇÃO
Durante as primeiras cenas em que Lucas tem contato com as crianças observa-se que não há nenhuma malícia na forma como ele se relaciona com as mesmas, pelo contrário, aparentemente ele as trata com muito carinho e respeito. Porém, fiquei desconfortável, dado ao fato de que não estou acostumada a ver homens trabalhando em creche/escolas.
Outra observação que fiz foi de que Clara não consegue pisar em linhas, automaticamente pensei em diagnóstico para ela, apenas por um sintoma e isso é um ponto de atenção pois durante meus atendimentos clínicos terei de tomar cuidado para não manter viéses de confirmação. 
Também observei que durante uma cena, o irmão de Clara eum colega mostram para ela cenas de homens nus com o pênis ereto, o que pode ter levado ela dizer tais coisas para a diretora. 
2.1 OBSERVAÇÃO
 
Após Clara desabafar com a diretora, a mesma fica pensativa, sua primeira ação é chamar um psicólogo para verificar a veracidade das informações, antes mesmo de acionar os pais da criança. Durante a conversa com o psicólogo Clara nega algumas perguntas, o psicólogo insiste fazendo perguntas indutivas como “o tio Lucas mostrou o piu piu a você?” “Você ficou desconfortável com aquilo?” “Você tocou?”, Clara, aparentemente confusa em alguns momentos não respondia e em outros apenas concordava com a cabeça, fazendo movimentos para cima e para baixo e dizia que não se lembrava direito.
2.2 PRECONCEPÇÃO
Durante essas cenas observei uma falta de preparação do psicólogo em relação a casos do tipo, pois suas perguntas que são indutivas e fechadas onde a criança confusa podia responder apenas com “sim” ou “não”. Havia outros meios pelo qal ele poderia alcançar resultados mais verídicos como o desenho.
Outra observação foi de que a diretora não soube lidar com as informações recebidas, a primeira coisa após receber um relato de abuso é notificar o crime para a polícia para que eles tomem as providências necessárias. Além de não seguir um protocolo, ela espalhou boatos sem nada ter sido comprovado e/ou investigado.
3.1 OBSERVAÇÃO
Durante as próximas cenas, Lucas passa a ser avisado de tudo que está acontecendo, a diretora também avisa a mãe de Clara e faz uma reunião escolar para falar sobre o ocorrido, ela diz que mais crianças podem ter sido abusadas sexualmente e explica possíveis sinais de que as crianças possam apresentar caso tenham passado por algum tipo de abuso, a mãe de Clara não consegue escutar toda a história e sai durante o início da reunião.
3.2 PRECONCEPÇÃO
Durante esse momento é observado que a diretora não é uma profissional qualificada para falar a respeito de abuso sexual, além de não passar a informação de forma especificada, citando todos os fatos, o que foi falado e como. O que deu brecha para que os pais imaginassem todos os tipos de abuso. Ao passar as informações de possíveis sinais, todos eram genéricos e as crianças poderiam apresentar mesmo sem ter passado pela situação, o que também dá espaço para possíveis enganos.
4.1 OBSERVAÇÃO
Em uma das cenas, Lucas acorda com uma ligação do filho que diz que estão dizendo coisas horríveis a respeito do pai, que responde a ele para não acreditar no que está sendo dito.
Após ir até à escola para descobrir o que estava acontecendo e ser expulso por um de seus colegas, Lucas vai até à casa de seu melhor amigo Theo, com objetivo de ter uma conversa séria a respeito dos boatos, porém sua esposa não quer tê-lo em sua casa e ele acaba sendo expulso novamente. Nesse momento Clara ouve a discussão e pergunta para a mãe se o pai está zangado, diz também que contou apenas uma mentira e que todos começaram a acreditar e inventar mais coisas, a mãe diz que isso pode ter sido uma forma da mente dela esquecer as memórias, mas que tudo o que ela contou realmente aconteceu.
4.2 PRECONCEPÇÃO
A forma como a mensagem foi espalhada, sem intermédio de profissionais, sem a polícia ainda estar envolvida e investigando, sem a criança fazer um corpo de delito. Os riscos eram grandes para Lucas, já que alguns casos parecidos no Brasil causaram linchamento público de pessoas. Lucas não teve a oportunidade de contar sua versão, ninguém quis ouvi-lo. Devemos considerar que diante de uma acusação de abuso a criança pode ter sido ameaçada, portanto é necessário observar tudo o que foi dito e como, mas a mãe ao ouvir Clara disse coisas que a deixou ainda mais confusa. 
5.1 OBSERVAÇÃO
Em outro momento, Clara vai até a casa de Lucas pedir para passear com a cadela e diz que contou apenas uma mentira e todos acreditaram, Lucas tenta “tirar” mais informações, mas Clara aparentemente está confusa, Lucas a assusta ao coagi-la e ela vai para a casa. A namorada de Lucas está presente nesse momento e questiona-o sobre o ocorrido, mas Lucas a expulsa brutalmente de sua casa após o questionamento.
 
5.2 PRECONCEPÇÃO
Durante esse momento percebemos o quanto Clara é liberta, os pais de Clara não sabiam que ela havia ido até a casa de Lucas que poderia ser mesmo seu abusador. Durante todo o filme vimos que ela sai sem que os pais saibam, também mostra momentos em que os pais estão brigando e a deixam sozinha, o que nos mostra a possibilidade de Clara mentir em diversas situações.
6.1 OBSERVAÇÃO
 
Em outra cena, Marcos, filho de Lucas vai até ele sem que sua mãe saiba, aparentemente está muito abalado com tudo que está sendo falado, o padrinho também se faz presente e está ajudando o Lucas com as questões jurídicas.
 
Marcos vai até o mercado, ao chegar é constrangido, escuta que não é mais para ir até lá e também que o pai não é bem-vindo. Ao voltar para a casa é surpreendido pelo pai sendo preso, está sem chave e em vez de ligar para a mãe, resolve ir até a casa de Theo. 
Diante de Theo, pergunta sobre uma cópia da chave e pede para conversar. Theo, sua esposa e Clara se sentam em frente ao Marcos e o mesmo começa pedir para que ambos ajudem seu pai, diz que Clara precisa ouvir e passa a pergunta-lá porque ela está mentindo. A menina confusa diz que não fez nada, mas Marcos fica nervoso e vai atrás da menina que está sendo levada para outro cômodo pela mãe. Os outros homens presentes na casa o seguram enquanto Marcos cospe na face de Clara, Marcos é expulso e apanha de um dos homens.
6.2 PRÉ-CONCEPÇÃO
 
Diante dessa situação entendemos a possibilidade de causar danos ao psicológico de um adolescente, quando ele vai até o mercado sendo recebido da mesma forma, mostra como a sociedade não sabe diferenciar o que alguém fez e um parente próximo. Mesmo que o pai fosse um abusador, ele não tem nada a ver com o que o que aconteceu, mas sofre com as consequências. Infelizmente isso acontece em diversas frentes, sobre diversas situações. 
Percebemos também a raiva que Marcos mantém de Clara, pois sendo tão novo não entende o porque dela mentir, sem cogitar toda a confusão mental e possíveis induções que a meninavem sofrendo. 
7.1 OBSERVAÇÃO
Lucas é solto da prisão por falta de provas, e em um momento com seu filho é surpreendido por uma pedra que entra pelo vidro de sua janela. Eles ficam preocupados e Lucas vai até a porta da frente para ver se encontra alguém, mas da de cara com um saco plástico, quando abre observa sua cadela morta com uma corda, dando a entender que ela foi enforcada. 
7.2 PRECONCEPÇÃO
Entendo novamente que a sociedade não consegue diferenciar os atos da pessoa de seus entes queridos e até animais. Entendemos que o filho de Marcos não tem nada ver com o que está acontecendo, mesmo que ele entenda e consiga discernir a situação. Agora uma cadela, qual a sua culpa? Isso nos mostra o quando julgamos e o quanto as pessoas ao nosso redor podem sofrer com nossos atos, mesmo que não tenham ligação com o ocorrido.
8.1 OBSERVAÇÃO
Na próxima cena, Lucas também vai ao mercado. O moço que trabalha no açougue diz que não venderá para ele, Lucas fica indignado com a situação e diz que não podem fazer isso com ele, mas é surpreendido por outras pessoas que também não o querem no local, ele se mantém ali e acaba sendo expulso violentamente, apanha de todos, mas, mesmo assim, volta ao mercado, agride o açougueiro e efetua suas compras. Saindo do mercado, Theo o e sua esposa o observam voltar para a casa.
8.2 PRECONCEPÇÃO
Observamos a gravidade de um boato que foi espalhado, mesmo que não havendo provas concretas, e ele tenha sido liberado pela polícia sua vida está comprometida. Por conta de um boato as pessoas são excluídas de todas as atividades possíveis, até mesmo de uma atividade essencial como realizar as compras. É visível também que Marcos não se deixa preocupar pelo que falam dele, o mesmo não se sente culpado, ele se esforça para manter sua vida normal, mesmo que tudo esteja desmoronando.
9.1 OBSERVAÇÃO
Após limpar os ferimentos e se arrumar Lucas vai até a missa de natal, onde todos se surpreendem com a sua presença. Theo e sua esposa ficam conversando e Lucas se mantém olhando para os mesmos, como se quisesse que Theo visse em seus olhos que ele não havia feito nada. Quando as crianças da escola começam a cantar, Lucas fica emotivo. Ao olhar para trás e ver Theo e a esposa cochichando vai até eles e começa a gritar, repete inúmeras vezes para Theo olhar-lhe e ver se encontra algo. Mesmo com outras pessoas tentando segurá-lo ele da vários socos em direção a Theo, que não devolve, mesmo com a cabeça sangrando. Lucas é expulso da missa. Após algumas horas, Theo pega algumas sobras de sua ceia de natal e uma bebida e vai até a casa de Lucas, o encontra dormindo, Lucas acorda assustado e pergunta o que ele está fazendo ali, Theo oferece a comida e Lucas não aceita de início, mas depois come como se estivesse com bastante fome.
Nas próximas cenas, toda a vizinhança aparece junto de Lucas, que foi aparentemente perdoado.
9.2 PRÉ-CONCEPÇÃO
Ao final entendemos que o pai de Clara acredita na inocência de Lucas, e após um ano todos estão vivendo bem novamente em sociedade.
 O que observo é que muitas vezes isso não ocorre, e mesmo que a pessoa seja perdoada ou inocentada pela polícia a situação mancha a sua imagem na sociedade, além da pessoa acusada ficar com sequelas.
10. CONCLUSÃO
A acusação de um crime não cometido é muito grave, Lucas não teve em nenhum momento o direito de se explicar e/ou se defender. Entendemos também que as crianças mentem, elas não falam a verdade o tempo todo e diante de uma acusação precisamos verificar e investigar o ocorrido. Após assistir ao filme e entender sua mensagem é possível entender o peso de algumas ações.

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