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Resenha Crítica - filme - A caça

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Nome: 
Matrícula (RA): 
Campus: Período: Noturno Turma: 
Curso: Psicologia Semestre: 5° 
Professor: 
Resenha crítica do filme: A caça
O filme a caça é dirigido por Thomas Vinterberg e conta a história de Lucas, homem que mora em uma cidadezinha pequena onde todos se conhecem. Ele é solteiro, aliás divorciado e tem um filho que não mora com ele, chegando na idade da adolescência aproximadamente. 
Lucas trabalha como professor em uma creche da cidade, dentre os alunos, ele tem uma relação bem próxima com Clara, filha de um amigo que costuma beber e caçar. Mas, Lucas tem uma boa relação e é querido por todos os alunos da escolinha. 
Falando um pouco sobre clara, ela mora com os pais e com o irmão que outrora, também fora aluno de Lucas, inclusive este irmão durante todo o filme, demonstra repúdio pelo professor. Ela tem aproximadamente 5 anos e no meio familiar é exposta a situações não apropriadas para a idade, brigas entre o pai e a mãe, e também pornografia no celular do irmão, na cena, Thorstem diz: “olha esse pirulito clara, parece um poste!”
A vida de Lucas começa a mudar no dia em que Clara faz um coração e o coloca no bolso dele e em seguida ao observar alguns alunos brincando com ele, o beija. O professor conversa com Clara, dizendo que ela não deveria agir desta maneira. A menina nega que tenha colocado o coração no bolso dele e fica ressentida com a repreensão.
No fim do dia, clara fala para a diretora da escola que não gosta de Lucas, que ele é feio, bobo e que tem um pênis. A diretora diz que todos os homens possuem um pênis e Clara retruca dizendo que o dele ficava duro como um poste. Coincidência ou não, frase semelhante com que a Thorstem disse anteriormente.
A partir desta declaração, a diretora solicita a ajuda de um profissional da saúde, não ficou claro no filme a função do mesmo, parecia um assistente social ou psicólogo, para averiguar o caso e para ela ter certeza antes de comunicar a família sobre o acontecido e tomar as devidas providências. Clara, demonstrou-se fechada para a conversa. Porém, alguns detalhes chamam a atenção. O profissional induz diversas situações para Clara como: “Foi aqui na escolinha que ele te mostrou?” ;“Você pegou no piu piu dele?”; “Você se lembra se saiu uma coisa branca do piu piu?” . Tendo em vista que no início, o discurso de Clara não teve conotação sexual, este tipo de indução foi totalmente antiética do profissional. A criança fica tendenciosa a responder “sim” para as perguntas. 
No caso do trabalho do psicólogo, o profissional poderia utilizar algumas ferramentas como desenhos e atividades lúdicas para acessar a criança de uma maneira mais sutil.
Após esta suposta confissão de Clara para este profissional, a diretora comunica a mãe da menina e também os pais dos alunos sobre o suposto abuso na escolinha. O ideal seria que um profissional preparado, como um psicólogo desse esse tipo de notícia aos pais, dado a seriedade e importância do assunto. É perceptível no filme, que as palavras e a forma como foi conduzida deixaram os pais em pânico. 
A vida de Lucas muda totalmente com esta situação. Ele chegou a ser preso após outras crianças terem relatado abusos em um porão, evento que durou por pouco tempo, devido à falta de provas.
Diversas outras situações, aconteceram consecutivamente, como a perda do emprego, amigos se afastando e exclusão da sociedade, sendo até impedido de fazer compras em um mercado da cidade. Nesta altura, Lucas já estava tão afetado pela situação que demonstrou traços violentos, agredindo um funcionário do local. 
Clara em dado momento do filme, quando se deu conta que o comentário tinha afetado a vida de Lucas, disse a mãe que ele não a fez nada, mas a mãe abraça a filha, e diz a ela que a mente decidiu não lembrar porque o que tinha acontecido fora um evento muito traumático, desta maneira reforçou Clara a acreditar que tinha realmente sido abusada e também mostra o quanto é difícil não acreditar no discurso de uma criança, mesmo que a história não tenha sido narrada com detalhes. A mãe entendeu que a negação de Clara sobre o que tinha dito, na realidade, era uma negação do problema em si.
Em todo o filme o peso da sociedade, do jugo social é apresentado. O filho de Lucas vai para a cidade vê-lo, e a imagem negativa, criminosa que as pessoas têm para com o pai é transmita para o filho. 
Após aproximadamente um ano, depois de passar por esse devastador momento de exclusão o pai de Clara decide acreditar em Lucas após Clara dizer que ele não havia feito nada a ela. 
O incrível de observar é que foi necessário apenas uma pessoa dar um passo para acreditar em Lucas, que todos em volta também aceitaram a inocência dele como verdade. Os grupos em geral, estão muito tendenciosos nas decisões. Não as tomam após analisar os fatos e sim, seguem os demais.
O único que não tomou esta verdade para si, foi Thorstem, o irmão de Clara.
O questionamento que fica: teria ele sido abusado por Lucas quando trabalhava na antiga escola e por este motivo o menino sempre tratava o professor com repúdio? Por saber que a ameaça era real e que sua irmãzinha poderia mesmo ter sido abusada? Ou será que o caçador Lucas virou a caça da sociedade após a declaração de uma criança que tinha uma “paixão” infantil e teria fantasiado toda essa situação após a rejeição do professor? 
Em ambas as situações, é importante ressaltar a importância de uma boa análise, uma investigação dos fatos e profunda sobre o caso, inclusive, casos policiais relacionado a abuso devem ser tratados com extremo sigilo, pois a repercussão na sociedade influencia muito a vida de todos envolvidos e podem trazer consequências irreversíveis.

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