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VARIABILIDADE GENÉTICA ASSOCIADA AO HLA - B*52 RELACIONADA A NÃO PROGRESSÃO DA DOENÇA AIDS A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) é uma doença que causa alterações no sistema imunológico humano devido a infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Estudos relatam que a variabilidade genética está associada a não progressão da doença desta forma, estudar essas diferenças abre possibilidades para o desenvolvimento de novos medicamentos que melhore o prognóstico das pessoas que vivem com HIV/Aids, além de possibilitar a descoberta de uma vacina. OBJETIVO: Descrever as associações entre variabilidade genética no HLA e a progressão do HIV/Aids. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura qualitativa, onde foram utilizados bancos de dados públicos como: NCBI, PUBMED, SCIELO, NATURE e AMERICAN SOCIETY FOR MICROBIOLOGY. Na busca foram utilizados os seguintes descritores: HIV, AIDS, HLA-B*52, polimorfismos genéticos. Foram incluídos os artigos publicados nos últimos 6 anos. RESULTADOS: Entre os fatores citados nos trabalhos avaliados destacam-se as diferenças genéticas entre os indivíduos atrelado a não progressão da doença, neste contexto foi identificado pessoas infectadas pelo HIV que não apresentaram sintomas de AIDS sem que tenha tido acesso a nenhum tratamento nos últimos 10 anos (controladores de elite), enquanto outras adoeceram muito rapidamente (progressores rápidos). Uma das possíveis justificativas são as diferenças genéticas de cada indivíduo em uma das regiões mais variáveis do DNA chamada de HLA, essa região está associada à progressão diferente de doenças induzidas pelo HIV-1 e AIDS. Nas pesquisas realizadas, os alelos HLA-B são considerados fortes determinantes genéticos para o desfecho da doença, reforçando a existência de diferenças significativas nas frequências de alelo HLA-B entre os distintos perfis de progressão da AIDS. Um estudo realizado no Brasil conseguiu encontrar a associação entre a variabilidade HLA-B52 e a não progressão da AIDS. Pesquisas realizadas em outros países demonstram que o HLA-B52 apresenta relatos de associações, ora de proteção, ora de suscetibilidade a depender da variabilidade genética populacional, demonstrando assim a importância de dar continuidade a pesquisa para esclarecer tais questões. CONCLUSÃO: Embora existam muitas perguntas sobre os reais efeitos do HLA-B52 em cada população, a relevância dos estudos sobre a região do HLA do genoma se torna bastante aceitável, reforçando a importância dos genes HLA na reação à doença. Fica claro que além dos fatores genéticos existem outros aspectos inclusive externos que influenciam na progressão da AIDS, porém, ainda assim, torna-se promissor a continuidade de pesquisas do genoma humano e sua variabilidade.