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1 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AMAPÁ Campus Macapá CURSO SUPERIOR TECNOLOGIA DE ALIMENTOS EMANUELA DOS REIS PEREIRA TAMIRIS NAYARA TAVARES FERREIRA TAIZA DAYANE SILVA E SILVA BACURI (Platonia insignis) MACAPÁ-AP 2023 2 SUMÁRIO 1 CONCEITUAÇÃO ................................................................................................................ 3 2 CARACTERÍSTICAS .......................................................................................................... 3 3 HABITAT ............................................................................................................................... 4 3.1 Colheita e Pós-colheita ................................................................................................... 5 3.2 Consumo .......................................................................................................................... 5 3.3 Partes usadas ................................................................................................................... 5 4 COMERCIALIZAÇÃO ........................................................................................................ 6 5 NA CULINÁRIA ................................................................................................................... 6 6 BACURI SEM SEMENTE ................................................................................................... 6 7 COMPOSIÇÃO QUÍMICA/NUTRICIONAL DA POLPA DO BURITI ........................ 6 8 INFORMAÇÃO NUTRICIONAL ....................................................................................... 6 CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................... 8 3 1 CONCEITUAÇÃO Bacuri é um fruto de Platonia insignis, uma espécie nativa da Amazônia, pertencente à família Clusiaceae, subfamília Clusioideae e ao gênero Platonia. A palavra bacuri é de origem tupi (de ba, cair e kury, logo), que significa “o que cai logo que amadurece”, em alusão ao fato de que o fruto se desprende naturalmente da árvore quando atinge a maturação, ocasião em que já está apto para o consumo. 2 CARACTERÍSTICAS O bacurizeiro apresenta porte médio a grande, geralmente, com altura entre 15 e 25m, podendo atingir, nos indivíduos mais desenvolvidos, altura superior a 30m. Nessa situação ocupa o dossel superior da floresta e o diâmetro na altura do peito varia entre 70 e120cm e a copa apresenta diâmetro entre 10-20m. O tronco é retilíneo, de forma circular e com ramificações somente no terço terminal. É revestido de casca com espessura variando entre 8- 20(-25) mm, irregular, bastante rugosa, fissurada, com sulcos longitudinais mais ou menos profundos, coloração pardo-escura, com pequenas zonas acinzentadas ou esbranquiçadas, exudando resina de coloração amarelada, quando cortada ou ferida. Figura 2: Bacuri – árvore (Foto: Acervo ISPN) Figura 1:Flor de Bacuri (Foto: Daniel Vieira) 4 As folhas são simples, opostas, glabras, subcoriáceas, sem estípulas, verde-brilhosas na face adaxial e verde mais claro e com pouco brilho na face abaxial. São elípticas, com base e ápice de forma variável e comprimento e largura do limbo foliar, em média, de 10,8 e 4,9cm. As flores são pendulares, grandes, com comprimento médio de 6,1cm e largura de 4,1cm e apresentam variação, pedúnculo robusto com comprimento e largura de 2,5cm e 0,6cm. São hermafroditas e encontram-se distribuídas nas extremidades dos ramos, isoladas ou em grupos de duas até trinta. O cálice é constituído por cinco sépalas de cor verde, que apresentam tamanhos diferentes e são imbricadas. A corola é constituída por cinco pétalas, alternas, côncavas com coloração externa que varia do creme até uma tonalidade rosada intensa. O fruto é do tipo bacáceo, uniloculado, com formato arredondado, ovalado, piriforme ou achatado. A casca (epicarpo + mesocarpo) é o componente do fruto que se apresenta em maior proporção, representando, em média, 65,8% de seu peso, com limites entre 53,3% e 76,6%. O rendimento percentual de polpa com forte aroma e sabor doce, varia acentuadamente entre genótipos, com limites mínimo 11,1% e máximo de 27,7%. A participação relativa das sementes se situa entre 11,9% e 18,7%. Estima-se que a produtividade média de frutos por planta e ao ano seja de 500 frutos. Figura 4:Platonia insignis 3 HABITAT Na Amazônia brasileira, o bacuri é encontrado mais facilmente em solos de terra firme, predominantemente em Latossolo Amarelo de textura média e em Neossolos quatzarenicos. Figura 3: Platonia insignis 5 Esses solos caracterizam-se por serem profundos, friáveis, porosos e pela elevada acidez e baixa fertilidade natural, devido à pobreza de elementos nutritivos e ao alto teor de alumínio permutável. 3.1 Colheita e Pós-colheita Os frutos do bacuri, em geral, atingem o ponto de colheita em torno de 120 a 150 dias após a floração/frutificação. Na região Meio-Norte do Brasil, o período de colheita concentra- se no período de dezembro a março, com maior concentração nos meses de janeiro e fevereiro. Contudo, nas áreas de ocorrência mais ao sul do estado do Maranhão e norte de Tocantins a colheita inicia-se em novembro. No estado do Pará a safra abrange o período de dezembro a maio, concentrando-se nos meses de fevereiro e março e pico de colheita em fevereiro. Após o mês de maio, o fruto praticamente não é mais encontrado nos mercados e feiras-livres. Em plantas adultas de bacurizais nativos colhem-se, em média, 500 frutos/planta, com peso médio variando de 350 a 500g. Entretanto, existem bacurizeiros que chegam a produzir de 900 a 1000 frutos por planta. 3.2 Consumo O consumo do fruto in natura predomina nos locais de ocorrência natural da espécie, principalmente onde não se dispõem de energia elétrica, que impossibilita a conservação da polpa congelada. Nesses locais, o caráter sazonal do bacuri limita seu consumo ao período da safra. Nos grandes centros urbanos, é consumido, tanto ao natural quanto na forma de refresco, néctar, sorvete, doce, geléia, compota, licor e em bebidas lácteas. Contém diversos antioxidantes e grande quantidade de vitaminas, minerais, fibras e um teor considerável de compostos bioativos. 3.3 Partes usadas A polpa da fruta é bastante utilizada na culinária regional, sendo ingrediente de bolos, pudins, biscoitos, bombons e outras iguarias. O óleo extraído das sementes é usado para fazer sabão, curar doenças de pele e fazer remédio cicatrizante para ferimentos de animais. O tronco fornece madeira de alta qualidade para móveis e nas construções civil e naval. Cascas, sementes e látex apresentam importantes propriedades medicinais. 6 4 COMERCIALIZAÇÃO Visto muito em feiras livre embora seja também encontrado em ruas e cidades do norte do Brasil, apresentando uma produção anual média 200 frutos por plantas. 5 NA CULINÁRIA A polpa pode ser consumida in natura usada em sucos, geleias, sorvetes e entre outras, na sua casca libera uma resina amarelada adstringente sua semente sendo fontes de óleos com um teor alto de ácido palmítico, tem sido um destaque alto na indústria de farmacêutica e cosmético. 6 BACURI SEM SEMENTE Tem uma ocorrência rara nas populações dessa espécie, é um fruto pequeno possuem uma casca espessa e contém pouca polpa. Seu genótipo apresenta peso médio de 104g, valor mínimo e máximo de 64g e 162g , tendo um rendimento de polpa de cerca de 17%, o PH e de acidez 3,07 e 2,27% de ácido cítrico, tendo oteor de sólidos solúveis de 11,46°Brix , brix/acidez de 5,08%. Na indústria de alimentos esse tipo de buriti sem semente e num entanto promissor no rendimento da polpa fora a mão de obra para retirada da polpa é e de um bom aproveitamento no higiênico-sanitário pois não requer ter um contato manual para retirada de polpa. 7 COMPOSIÇÃO QUÍMICA/NUTRICIONAL DA POLPA DO BURITI Tendo potenciais nutritivos e funcionais, comparado a outros frutos sua polpa tem uma quantidade relevante de sacarídeos (glicose, frutose e sacarose) os minerais (Na, K, Ca, Mg, P, Fe, Zn e Cu) flavonoides, antocianinas polifenóis além de glutamina e ácido glutâmico como os aminoácidos majoritários em sua composição tendo constituintes voláteis com o seu odor exótico, tendo em vista que o seu potencial do fruto com certa de 71,0%. 8 INFORMAÇÃO NUTRICIONAL Energia 105 Kcal/100g Proteínas 1,45g Lipídios 2g Carboidratos 22,8g Fibras 7,4g Cálcio 20mg Fósforo 36mg Ferro 2,2mg Açúcares totais 10,98/ 22,80g 7 Sacarose 1,12% Glucose 13,15% Frutose 16,16% Fibra alimenta 5,2g Tendo um PH entre 3,3 e 4,2, acidez total titulável entre 0,36 e 1,48%, sólidos solúveis 15 e 18 Brix e sólidos totais 15,62 e 22,36%, tendo uma quantidade superior de amido por 200g de polpa é de 1g, que é considerando o alto esse é o fato responsável na extração da polpa e com bons teores de fosforo em sua composição. CONCLUSÃO O crescimento do mercado de bacuri tem ocasionado algumas mudanças em toda a cadeia, desde a produção até o consumo. As mudanças ocorridas até o período desta pesquisa se devem basicamente ao fato de o fruto e seus derivados estarem ganhando maior espaço no hábito de consumo da população local. Com isso, a demanda tem aumentado significativamente. Hoje, a cadeia de comércio se diversificou. Bragança já compra bacuri de outros municípios e exporta parte de sua produção principalmente para Belém. O crescimento da demanda proporcionou um aumento nos preços e todos os pontos da cadeia estão conseguindo uma renda suficiente para estimular a ampliação do mercado. Agentes especializados na transformação do fruto em polpa e revenda para lanchonetes e sorveterias que antes não existiam, começam a ganhar espaço; as sorveterias e lanchonetes começam a trabalhar com uma rotatividade muito maior do produto; os feirantes também conseguem ampliar suas atividades, e o produto agora é comercializado (nos períodos de safra) diariamente. Isso tudo tem chegado aos agricultores que começam a valorizar suas áreas de capoeira e reverter áreas do atual cultivo itinerante para a regeneração da capoeira. As vantagens disso, considerando o atual esgotamento dos solos das regiões é muito grande. Além da área manejada ter um tempo de pousio suficiente para se recuperar, ela também pode se transformar em fonte de renda para essas famílias. 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FABRÍCIO NUNES BALOK. Caracterização das propriedades físico-químicas, bioquímicas e farmacológicas do Baru (Dipteryx alata) e Bacuri (Platonia insignis). UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA, ITAQUI 2016; José edmar urano de CarvaLho1, aLFredo KinGo oyama homma1, WaLniCe maria oLiveira do nasCimento1. Platonia insignis Bacuri. 1 Eng. Agrônomo(a). Embrapa Amazônia Oriental; Lidio Coradin, Julcéia Camillo, Frans Germain, Corneel Pareyn. Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial Plantas para o Futuro: Região Nordeste. Ministério do Meio Ambiente Secretaria de Biodiversidade Departamento de Conservação e Manejo de Espécies, Brasília - DF MMA 2018; Google acadêmico, bancos genéticos de bacuri.jeu de carvalho, LFL Vasconcelos-2021- alice.cntia.embrapa.br, acesso:28 de fevereiro 2023: Comportamento das características físicas e físico-química da polpa de bacuri submetidas ao processamento para obtenção de espuma e pó. Avc morai, Tpessoa, FA Teixeira-research, society and, 2022-rsdjournad.org, acesso:28 de fevereiro 2023; Química e farmacologia do buriti, scientia amazonia, V.3,n,z29-46, 2014 revista on-line, acesso: 28 de fevereiro 2023; Ainfo.cnptia.embrapa.br, acesso:28 de fevereiro 2023.
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