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Odontologia Hospitalar Introdução • A odontologia hospitalar se divide em serviço público e empresas privadas. • Algumas unidades hospitalares optam por demanda de serviço e contratam alguma empresa privada que presta esse serviço, para que haja diminuição de custo. • O CD deve identificar e determinar a necessidade de intervenções que possibilitam a redução dos riscos futuros e minimizando fatores que podem ter influência negativa no tratamento dos pacientes sistematicamente comprometidos. • Pacientes que são comprometidos, uma simples raspagem pode melhorar seu quadro clinico, uma vez que houve remoção de foco de infecção. • A laserterapia é um auxiliar no tratamento hospitalar, ajudando nas cicatrizações de lesões em um tempo menor do que seria o convencional se ela cicatrizasse sozinha, pois sozinha poderia levar muito tempo e assim estar sujeito a infecções. • Na odontologia hospitalar também são feitas adequações bucais, diminuindo focos de infecção, lesões, etc, que melhoram o quadro clinico do paciente. Paradigmas da saúde bucal e sistêmica I - II - • A odontologia hospitalar é a mesma odontologia, mas dentro desse ambiente é necessário saber que as condições e os cuidados são diferentes. Condição Sistêmica Condição Bucal Resultado positivo de saúde bucal Impacto Tratamento da Condição bucal Condição Bucal Condição Sistêmica Resultado positivo de saúde bucal Redução de Custos Impacto Tratamento da Condição bucal História da odontologia hospitalar • Século XIX- Simon Hullihen e James Garretson iniciaram o desenvolvimento da pratica odontológica no ambiente hospitalar (cirurgia bucomaxilofacial). • Século XX- Criação do departamento da odontologia hospitalar no hospital geral da Filadélfia. No Brasil • 1940 – Santa Casa de misericórdia em SP (Dr. Mario Graziani) • 1945- Hospital das clinicas da faculdade de medicina da USP • 2004 – Foi fundada em Porto Alegre com o objetivo de sistematizar e unificar os procedimentos, incentivar a participação do CD em gestão e comissões hospitalares, e apoiar pesquisas em odontologia hospitalar em todo o país. • 2005 – Santa Casa de Misericórdia Barretos - Odontologia foi definidamente incorporada a UTI (Dra. Teresa Márcia Nascimento de Morais). • 2008 – Criação do departamento de odontologia – AMIB O que tem mudado de 10 anos pra cá na odontologia hospitalar • Atendimento baseado em evidencias • O reconhecimento pela comunidade cientifica e órgãos governamentais • Gestão hospitalar - $$$ - a implementação diminui custos para o hospital • Exigência dos pacientes (conhecimento) Estruturação da atenção em saúde bucal no SUS ATENÇÃO PRIMÁRIA • UBS – Unidade básica de Saúde • USF – Unidade de Saúde da família • UOM – Unidade odontológica móvel • Ações coletivas. Educação- prevenção de agravos- diagnóstico, dentística, cirurgia básica, periodontia básica, emergência. ATENÇÃO SECUNDÁRIA • CEO – Centro de especialidade odontológica • AME – Ambulatório médico de especialidades • UPA – Unidade de pronto- atendimento • CEO: Educação-prevenção de agravos-diagnósticos, endodontia, periodontia, cirurgia de média complexidade, PNE, prótese • AME: Educação-prevenção de agravos-diagnostico, endodontia, periodontia, cirurgia de média complexidade, PNE com ou sem sedação • UPA: Emergências ATENÇÃO TERCIÁRIA • Hospitais • PS – Pronto Socorro • HOSPITAIS: Cirurgias maiores, traumatologia, PNE, Reabilitação, odontologia hospitalar • PS: Emergências Informações • O hospital deve ser uma instituição dinâmica, em constante evolução e adequação, que tem como meta prover assistência à saúde de forma integral e de qualidade. • O atendimento de pacientes em nível hospitalar antes era baseado na atuação médica. • O CD precisa se aprofundar no estudo de clinica medica para que tenha compreensão das doenças gerais e de suas etiopatogenias, bem como dos mecanismos de diagnostico e das terapias a serem aplicadas. • Nos ambientes hospitalares existem siglas médicas, que o CD hospitalar deve ter compreensão, por exemplo: DD: Decúbito dorsal CID: Classificação internacional da doença QT: Quimioterapia IRC: Insuficiência renal crônica Entre outras... • Interdisciplinaridade e cuidado integral: várias profissões passam a integrar a equipe de atenção ao paciente. Áreas da odontologia em âmbito hospitalar • Cirurgia bucomaxilofacial • Pacientes com Necessidades Especiais • Odontologia hospitalar A ODONTOLOGIA HOSPITALAR APLICA UM CONJUNTO DE AÇÕES • Preventivas • Diagnosticas • Terapêuticas • Paliativas em saúde bucal A ATUAÇÃO DO CD DEPENDE DA ESTRUTURA E DO PERFIL HOSPITALAR • Infantil (teste da linguinha, amamentação, etc) • Oncológico • Maternidade • Pronto socorro • UTI Locais de atendimento ÂMBITO AMBULATORIAL • Atendimento preventivo e curativo; mais deslocamento LEITO HOSPITALAR • Atendimento preventivo e curativo; materiais e equipamentos adaptados; menos deslocamentos UTI • Cuidados especiais e constantes; Equipe com treinamento; Protocolos CENTRO CIRURGICO • Sob anestesia geral; politraumatizados; PNE Equipe de saúde bucal • Cirurgião-Dentista e Técnico em saúde bucal. • Os cuidados bucais também deverão ser executados pelas equipes de enfermagem (auxiliares e técnicos), seguindo orientações e protocolos do CD responsável. • Hoje não se encontra tanto o TSB dentro do ambiente hospitalar, mas o CD realiza orientações aos técnicos de enfermagem e enfermeiros para a realização de alguns cuidados. Atribuições do dentista em âmbito hospitalar • Diagnostico de lesões bucais e auxilio no tratamento de manifestações bucais oriundas de doenças sistêmicas. • Diagnóstico e tratamento das condições bucais que possam acarretar complicações infecciosas, hemorrágicas, neurológicas ou cardiovasculares, seja em função das condições locais e sistêmicas, seja em decorrência de tratamento ao qual o paciente estar submetido. • Diagnóstico e tratamento das condições bucais que possam colaborar para a manutenção ou piora de desordens sistêmicas graves. • Atuação previa a terapias que possam acarretar complicações orofaciais ou sistêmicas futuras. • Atendimento a pacientes internados que apresentem dor e ou infecção de origem odontológica • Atendimento de quaisquer condições que justifiquem intervenção em ambiente hospitalar, em função do risco de complicações infecciosas ou hemorrágicas tanto em nível local quanto sistêmico. Resoluções Resolução CFO – 118/2012 Art. 26. • Compete ao CD internar e assistir pacientes em hospitais públicos e privados, com ou sem caráter filantrópico, respeitadas as normas técnico-administrativas das instituições. Art. 27. • As atividades odontológicas exercidas em hospital obedecerão às normatizações pertinentes. Art.28. • I – Fazer qualquer intervenção fora do âmbito legal da odontologia e; • II – Afastar-se de suas atividades profissionais mesmo temporariamente, sem deixar outro CD encarregado do atendimento de seus pacientes internados ou em estado grave Resolução CFO – 162/2015 • Reconhece o exercício da odontologia hospitalar • Carga horaria: 350 horas (70% - 30%) Art. 5 – são consideradas disciplinas básicas • A- Rotina hospitalar (gestão, bioética, biossegurança, prontuário, prescrição, rounds, pratica clínica, segurança do paciente, urgência e emergência). • B- Propedêutica clínica (interpretação de exames, principais agravos, pacientes sistematicamente comprometidos, interações medicamentosas). • C- BLS (Basic Life Support) Resolução CFO 163/2015Art. 1 • A odontologia hospitalar é uma área da odontologia que atua em pacientes que necessitem de atendimento em ambiente hospitalar, internados ou não, ou em assistência domiciliar. Tem como objetivos: - Promoção da saúde - Prevenção - Diagnostico - Tratamento de doenças orofaciais - Manifestações bucais de doenças sistêmicas ou de consequências de seus respectivos tratamentos Art. 2 – AS AREAS DE ATUAÇÃO DO HABILITADO EM ODONTOLOGIA HOSPITALAR, INCLUEM: • Atuar em equipes multiprofissionais, interdisciplinares e transdisciplinares na promoção de saúde baseada em evidencias cientificas, de cidadania, de ética e de humanização • Ter competência e habilidade para prestar assistência odontológica aos pacientes críticos • Ter competência e habilidade para prestar assistência odontológica aos pacientes em regime de internação, ambulatorial, domiciliar, urgência e emergência • Saber atuar em casos de emergência medica (suporte básico de vida) • Atuar na dinâmica de trabalho institucional, reconhecendo-se como agente deste processo • Aplicar o o conhecimento adquirido na clínica propedêutica, no diagnostico, nas indicações e no uso de evidencias cientificas na atenção em odontologia hospitalar • Incrementar e estimular pesquisas que permitam o uso de novas tecnologias, métodos e fármacos no âmbito da odontologia hospitalar • Atuar integrando-se em programas de promoção, manutenção, prevenção e recuperação da saúde em ambiente hospitalar Resolução CFO – 203/2019 ART. 1. SERÁ CONSIDERADO HABILITADO PELOS CONSELHOS FEDERAL E REGIONAL DE ODONTOLOGIA, EM ODONTOLOGIA HOSPITALAR, O CIRURGIAO-DENTISTA QUE: • 1 – Tenha certificado emitido por: instituição de ensino superior; entidades especialmente credenciadas junto ao MEC ou CFO; entidades de classe, sociedades e entidades de Odontologia Hospitalar, devidamente registradas no CFO. • 2 – Que a carga horaria mínima do curso seja de 350 horas, sendo 50% aulas praticas e 50% aulas teóricas, com relação de no mínimo um professor com habilitação em odontologia hospitalar para cada seis alunos no momento da aula pratica. • 3 – O número máximo de alunos por turma será de 24. O coordenador devera, no mínimo, ter o o titulo de mestre e/ou doutor na área. • 4- Ao final do curso deverá ser realizada uma avaliação teórica, pratica e TCC. Ministério da Saúde • A portaria 1032/2010 inclui serviços odontológicos na tabela de procedimentos ofertados pelo SUS a pacientes com necessidades especiais tratados em hospitais, além de ressarcir aos profissionais que realizam esses procedimentos de alta complexidade, garante também que procedimentos antes feitos na atenção primaria e secundaria, poderão ser realizados na atenção terciaria. Anvisa – RDC N° 7, 24 de fevereiro de 2010 ART. 1 • Ficam aprovados os requisitos mínimos para funcionamento de unidades de terapia intensiva, nos termos desta resolução ART. 3 • Esta resolução se aplica a todas as unidades de terapia intensiva gerais do país, sejam públicas, privadas ou filantrópicas; civis ou militares. ART. 18 Devem ser garantidos, por meios próprios ou terceirizados, os seguintes serviços à beira do leito: • Assistência nutricional • Terapia nutricional • Assistência farmacêutica • Assistência fonoaudióloga • Assistência psicológica • Assistência odontológica • Assistência social • Assistência clinica vascular Projeto de Lei Câmara dos deputados PROJETO DE LEI N° 2.776-N, DE 2008 ART. 1 • Esta lei estabelece a obrigatoriedade da presença de profissionais de odontologia na equipe multiprofissional das unidades de terapia intensiva ART. 2 • Em todas as unidades de terapia intensiva, bem como clinicas ou hospitais públicos ou privados em que existam pacientes internados, será obrigatória a presença de profissionais da odontologia para cuidados de saúde bucal do paciente PROJETO DE LEI N° 363/2011 ART. 1 • Esta lei estabelece a obrigatoriedade da presença de profissionais de odontologia nas unidades hospitalares Senado Federal PROJETO DE LEI DA CAMARA N°34 DE 2013 ART. 1 • Esta lei dispõe sobre a obrigatoriedade de prestação de assistência odontológica a pacientes em regime de internação hospitalar. ART. 2 • Em todos os casos, a assistência de que trata esta lei só será prestada após consentimento informado do paciente ou de seu representante legal. ART. 3 • É obrigatória a disponibilidade de profissionais de odontologia, nos hospitais públicos ou privados, para a prestação da assistência de que trata esta lei. Nas UTIS, os cuidados serão prestados por um odontólogo, enquanto nas demais unidades, o atendimento poderá ser feito por outros profissionais habilitados, sob supervisão de um odontólogo. Presidencial • Veto presidencial em junho de 2019 • Alegando inconstitucionalidade da matéria, porque a medida violaria a lei de responsabilidade fiscal, já que aumentaria a despesa pública obrigatória, sem cancelamento equivalente de outra e sem estimativa do seu impacto orçamentário e financeiro. Observações • Existe a lei N° 5.163/2018 do estado do MS para a presença de odontólogos em UTIs do Estado • Existe a lei N° 4.666/2021 da cidade de Dourados que dispõe sobre a criação do programa para prestação de assistência odontológica a pacientes internados em unidades hospitalares • Outros lugares como o Paraná, Distrito Federal, Alagoas, São Paulo e São Luiz do Maranhão também possuem semelhantes. Infecção Hospitalar Podem ser • Fúngica • Viral • Bacteriana • Quaisquer processos infeciosos adquiridos por um paciente após sua internação em ambiente hospitalar • Pode ser durante ou após a internação = infecção hospitalar • Prejuízos (pacientes/economia hospitalar) Fatores da Infecção Hospitalar • Pacientes nos dias de hoje possuem mais sobrevida e consequentemente maiores comorbidades e propensos a adquirir uma infecção em ambiente hospitalar. • Mais oportunidades de inoculação de microrganismos patogênicos • Técnicas de prevenção e controle Etiologia AGENTE ETIOLOGICO PREDOMINANTE: BACTERIAS • Replicação rápida • Transmissibilidade elevada • Persistência no meio • Resistência antimicrobiana • Patogenicidade • Staphylococcus aureus/kiebsiella pneumoniae/acinetobacter baumannii/ pseudomonos aeruginosa AGENTE ETIOLÓGICO: FUNGOS • Menor incidência • Fatores causando aumento: • Uso frequente de imunossupressores • Uso indiscriminado de antimicrobianos • Cândida spp/aspergillus spp • Protozoários/vírus/ácaros/surtos epidêmicos/situações distintas Fatores de risco AMBIENTE HOSPITALAR • Qualidade do ar e água • Protocolo de fluxo de serviço (limpeza, esterilização, etc) • Quartos de isolamento • Vestiários de barreira • Qualidade da limpeza e desinfecção do ambiente PACIENTE • Idade • Distúrbios nutricionais • Diabetes mellitus • AIDS • Doença pulmonar crônica • Neoplasias malignas • Insuficiência renal • Doenças autoimunes Em casos de procedimentos eletivos há a possibilidade de controle de alguns desses fatores. AGRESSÃO DIAGNOSTICA E TERAPEUTICA • Procedimentos invasivos realizados • Pneumonia nosocomial – Ventilação mecânica (PRINCIPAL) • Infecção trato urinário (sonda vesical) • Infecções cirúrgicas – quanto maior o porte da cirurgia, maior a infecção • Infecções sanguíneas (cateteres) • Medicamentoso (imunossupressores/antimicrobianos) Prevenção e controle • Higienização das mãos • EPIs • Desinfecção e esterilização dos materiais (os materiais devem ser esterilizados dentro da central/unidade pois assim o hospital tem a garantia de que foi feito corretamente o protocolo, diminuindo assim as infecções. Não pode esterilizar em outro lugar e levar pro hospital) EM CIRURGIAS ODONTOLOGICASHOSPITALARES • Procedimentos eletivos – orientação de tabagismo/controle da glicemia, patologias base, infecções ativas • Cavidade bucal higienizada • Remoção de próteses removíveis Infecções na cavidade bucal • Infecção oral é toda infecção que é encontrada na cavidade oral, podendo comprometer o estado geral do paciente e/ou exacerbar condições sistêmicas pré-existentes • A cavidade bucal apresenta a microbiota mais diversa e complexa do organismo • ORIGEM: não odontogênica e odontogênica Não odontogênica Candidose (fúngica) • Fatores predisponentes: xerostomia, radioterapia cabeça e pescoço, hiposalivação • Condições sistêmicas: síndrome da imunodeficiência adquirida, deficiência nutricional, diabetes, etc • Tratamento evita a disseminação sistêmica (esôfago/faringe/pulmão) • São 4 principais: aguda, crônica, atrófica e hiperplásica CANDIDOSE AGUDA – PSEUDOMEMBRANOSA • Placas brancas removíveis com base eritematosa • Alteração do paladar/queimação • Mucosa jugal/língua/palatos CANDIDOSE AGUDA – ATRÓFICA • Maculas eritematosas, aspecto brilhante • Ardência/queimação • Dorso da língua/palato duro/mucosa jugal • Pequeno relevo na região CANDIDOSE CRÔNICA – ATRÓFICA • Maculas eritematosas, com ou sem petéquias • Assintomática/leve ardência • Palato duro CANDIDOSE CRÔNICA – HIPERPLÁSICA • Assintomática • Placas brancas sem remoção • Mucosa jugal anterior • Mais preocupante pela semelhança com outras doenças Queilite angular • Fissuras na comissura labial • Eritemas e placas esbranquiçadas • Staphylococcus aureus • Principais fatores: Perca de dimensão vertical de oclusão, acumulo maior de saliva/umidade na região do ângulo da boca e maceração local Aspergilose • Dentre as fúngicas é a segunda com maior incidência • Condições sistêmicas • Ulceras dolorosas com evolução para lesões necróticas (cor amarelo acinzentada) • TRATAMENTO: precoce possui maior eficácia – voriconazol TRATAMENTO – CASOS FÚNGICOS • Abordagem de possíveis fatores predisponentes. Se é algo que está sendo causado pela prótese, remove-se a prótese • Nistatina suspensão 1:100.000Ul/ml – bochecho 4x ao dia, por 14 dias • Cetoconazol comprimido 200mg – 1 comprimido ao dia, por 8 dias • Fluconazol cápsula 150mg – 1 comprimido ao dia, por 8 dias Herpes – vírus • Simples (HSV 1 e 2) • 1 possui maior incidência na cavidade bucal e a 2 na cavidade genital • Primaria e recorrente. • PRIMÁRIA: Geralmente na primeira infância e assintomática • RECORRENTE: Vesículas, ardência, ulceração, perca de apetite, etc. • A recorrente aparece devido a stress, trauma, fatores imunológicos. Erupção vesicular/ulcerada em pele ou mucosa/dor/ardência. • Latentes nos gânglios dos nervos sensoriais TRATAMENTO • PRIMÁRIA: analgésico e orientação • RECORRENTE: aciclovir creme: 4x ao dia nas lesões; Aciclovir comprimido 200mg – 6/6h – 5 dias; Analgésicos e orientações. • Em paciente imunossuprimidos, principalmente internados, quando acomete a recorrente, acontece muito maior e o processo de replicação é muito rápido, e o tempo se estende mais. Varicela-Zoster • PRIMÁRIA: Catapora ou varicela • Vesículas opacas seguidas por ulcerações rasas • Na primaria não há tanta complicação da cavidade bucal. • SECUNDÁRIA: herpes-zoster – idosos, trauma, drogas, neoplasia, imunossupressão • Manifestações mucocutâneas dolorosas • Dor na região do trigêmeo, região torácica ou lombar antes mesmo das aparições das vesículas ou ulceras • Erupção de vesículas unilaterais e dolorosas no trajeto do nervo • Reativação dos nervos trigeminal, torácico e lombar. TRATAMENTO • Aciclovir creme 4x ao dia nas lesões • Aciclovir comprimido 200mg – 6/6 horas, por 5 dias • Analgésico • Orientações Toxoplasmose • Protozoário (toxoplasma gondii) • Pacientes imunossuprimidos, gestantes e fetos em desenvolvimento possuem maior risco • Febre, prostração, dor cervical ou submentoniana (linfonodos) TRATAMENTO • Gestante: sulfatiazida e pirimetamina, prevenção, transmissão e ácido fólico • Orientações Miíase oral • Doença parasitaria • Larvas de dípteros (moscas) • Completam o seu ciclo dentro do corpo humano • Locais: Bolsas periodontais, feridas de exodontias e em pequenas cavidades • É mais comum em pessoas acamadas, debilitadas, meio rural, que não possuem a capacidade de reflexo/defesa TRATAMENTO 1. Identificação do local de origem 2. Limpeza da ferida 3. Remoção da maioria das larvas 4. 1 dose de ivermectina 6mg (peso kg) 5. Controle da higiene oral Odontogênica • Decorrem das lesões dentárias e periodontais. • Pode atingir demais tecidos, através de espaços fasciais por via linfática e/ou hematogênica. Pode evoluir para angina de Ludwig, coração, cérebro, pulmão, etc • Uma microbiota mista, composta de microrganismos aeróbios Gram Positivos e anaeróbios, Gram Negativos e positivos. Podem ser usados medicações em conjunto, como em casos de abscessos, por exemplo: Amoxicilina e metronidazol. • Determina a extensão/localização • A espessura da cortical óssea que cobre o ápice do dente • A distância entre o ápice radicular e cortical óssea • Sinais: calor, rubor, tumor, dor e limitações funcionais CARACTERÍSTICAS CELULITE ABSCESSO DURAÇÃO Aguda Crônica DOR Intensa e generalizada Localizada TAMANHO Grande Pequena LOCALIZAÇÃO Limites difusos Bem definido PALPAÇÃO Pastosa e endurecida Flutuante GRAVIDADE Maior Menor PRESENÇA DE PUS Ausente Presente Abscesso • Geralmente pequenas coleções purulentas, circunscritas de baixa gravidade, com progressão lenta e causados por bactérias anaeróbicas, usualmente com menor risco à saúde. • Resultado da infecção aguda • TRATAMENTO: Drenagem Envolvimento de tecidos moles • Fragilidade fisiopatológica do osso/inserção muscular • Espaços fasciais + exsudato inflamatório • Complicações severas; maior morbidade; dificuldade de tratamento ANGINA DE LUDWIG (PRINCIPAL ODONTOGÊNICA) • Celulite cervicofacial grave • Invasão dos espaços submentoniano/submandibular/sublingual • Dor, trismo, dificuldade de deglutição e respiração • Possibilidade de atingir mediastino, pela região cervical (área eritematosa) Interdisciplinaridade • Todos os profissionais da área da saúde atuantes no ambiente hospitalar devem estar cientes e aptos a desempenharem tanto a multidisciplinariedade quanto a indisciplinariedade, o que exige treinamento e disposição de cada um para que elas ocorram. MULTIDISCIPLINARIEDADE: A multidisciplinariedade é um conjunto de disciplinas a serem trabalhadas simultaneamente, destinando-se a um sistema de um só nível e de objetivos únicos. INTERDISCIPLINARIEDADE: Na interdisciplinaridade há a preservação da autonomia de cada uma das profissões, a interdisciplinaridade se constrói a partir de um nível avançado de trocas e de cooperação entre as áreas. Fisioterapia PRINCIPAL OBJETIVO: Tratamento e a prevenção de complicações respiratórias e motoras durante a internação. Internações rápidas ou prolongadas ENFERMARIAS/INTERNAÇÕES • São pacientes de complexidade leve a moderada • Duração: horas, dias ou meses • Cinesioterapia/mecanoterapia/terapias manuais/massoterapia/termoterapia/eletroterapia • Pacientes de longas internações é possível aplicar técnicas para a melhora motora do paciente UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA • São pacientes de complexidade moderada a alta. Pacientes entubadose não entubados • Reconhecida como especialidade (fisio UTI), COFFITO • Visa a melhora e/ou reversão do quadro clinico que o levou a internação, como a prevenção das complicações respiratórias e motoras FISIOTERAPIA RESPIRATORIA • Otimizar a função respiratória para facilitar as trocas gasosas • Adequar o suporte respiratório (conferir posicionamento) • Evitar e tratar complicações pulmonares (pneumonias) • Manter a permeabilidade das vias aéreas • Favorecer o desmame da VM (ventilação mecânica) FISIOTERAPIA MOTORA • Manter a força muscular • Manter amplitude do movimento • Evitar contraturas e ulceras de decúbito • Promover independência funcional Ventilação Mecânica • Um dos pilares terapêuticos da UTI • Manutenção da troca gasosa • Aliviar o trabalho da musculatura • Reverter/evitar fadiga muscular • Diminuir o consumo de oxigênio • Permitir a aplicação de terapêuticas VENTILAÇÃO INVASIVA • Realizada com a aplicação da pressão positiva nas vias aéreas por meio de interface (cânula oro ou naso traqueal e a de traqueostomia) • Pacientes de UTI é preconizado orotraqueal e pacientes de longa internação é preconizada a traqueostomia INDICAÇÃO • Incerteza da manutenção da permeabilidade das vias respiratórias, oxigenação e ventilação • Apneia • Inconsciência • Risco de aspiração do suco gástrico TRAQUEOSTOMIA • Procedimento cirúrgico com o objetivo de expor a luz da traqueia • Em casos de ventilação mecânica prolongada • Pacientes oncológicos geralmente possuem e é necessário maiores cuidados • Ambas as cânulas apresentam instrumento ‘’cuff’’ para manter a pressão (EX: 20 a 30 cmH20), que gera um vedamento da traqueia e evita a saída de ar, a broncosapiração, infecções • O tubo deve respeitar o posicionamento para evitar extubação acidental, traumas desnecessários • A cânula orotraqueal deve permanecer dois dedos acima da bifurcação da traqueia CUIDADOS PRINCIPAIS DA VENTILAÇÃO MECANICA • Pneumonia • Lesões de traqueia e mucosa • Extubação acidental • Intubação seletiva • Cabeceira da cama entre 30-45 graus • Aspiração – higiene brônquica • Circuito entre cânula e ventilador deve se manter seco • O CD vai sempre higienizar a cavidade oral do paciente intubado, pois como a boca fica aberta é suscetível à infecções. Limpeza preconizando a clorexidina com gaze, aspirando a cavidade, em alguns pacientes também é feito escovação. Sempre diminuir a umidade, diminuindo o risco de infecção VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA • Não é empregado o uso de prótese endotraqueal • Paciente > interface > ventilador MASCARAS NASAIS • Mais confortável • Resistência das narinas ao fluxo de ar • Vazamento de ar pela boca MASCARA FACIAL OU ORONASAL • Maior volume corrente e correção mais rápida das trocas gasosas MASCARA TOTAL FACIAL: • Evita contato, lesão de pele • Diminuição no vazamento • Maior pressão respiratória DESMAME DA VENTILAÇÃO MECANICA • Processo de transição da ventilação artificial para espontânea de pacientes com ventilação invasiva mais de 24 horas • Atividade mais importante da fisioterapeuta no manejo da ventilação mecânica • Reeducação de uma função vital, atividade muscular que depende de um reaprendizado • Considerado sucesso de extubação mais de 48 horas sem suporte ventilatório Fonoaudiologia • Atuação em pacientes críticos para reabilitação da deglutição e prevenir pneumonias aspiratórias é de grande importância • Atuação em pacientes neonato • RNPT (recém-nascido pré-termo): avaliação do fonoaudiologia para o processo de transição de sonda para via oral (pacientes nascidos antes do tempo) • RNT (recém-nascido termo): sonda utilizada se o paciente tem necessidades (paralisia, má-formação, etc) • Aleitamento materno • Teste da linguinha • Teste da orelhinha Deglutição • Complexo mecanismo neuromotor que tem por função o transporte do conteúdo da cavidade bucal para o estomago • Vias neurais; sistema osteomusculoarticular; comando voluntario; intenção de se alimentar FASE ORAL • Voluntaria • CAPTAÇÃO: alimento posicionado na cavidade bucal, mastigação organizada • PREPARO: Misturado com a saliva para ser umidificado e organizado, para ser ejetado • QUALIFICAÇÃO: força que será necessária para ejeção oral (volume/textura/temperatura) • EJEÇÃO: posicionado no dorso da língua para a faringe FASE FARÍNGEA • Reflexo • Elevação do palato mole para fechar a nasofaringe, a contração peristáltica dos constritores faríngeos para propulsionar o bolo pela faringe; mecanismo de proteção das vias respiratórias • Área crítica – laringofaringe • Deglutição com segurança FASE ESOFÁGICA • Reflexo • Contração iniciada na faringe através do esôfago ate estomago • Movimentos peristálticos Disfagia • CONCEITO: Alteração em algumas fases da deglutição • Mecanismo de proteção das vias aéreas – aspiração • Quadro nutricional/hídrico • Isolamento social • Complicações severas – óbito ETIOLOGIA • Neurogênica – sistema nervoso central ou periférico • AVE – Acidente vascular encefálico • TCE – Traumatismo crânio encefálico • Cânulas de intubação • Traqueostomia • Parkinson • Alzheimer • Esclerose lateral amiotrófica • Mecânica – compromete estruturas envolvidas • Cirurgia cabeça e pescoço • IOT • TQT • Malformação da região • Psicogênica • Em geral pós traumática: fobia ou recusa de se alimentar • Quadros de ansiedade/depressivos/conversivos IOT (INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL) • Quando presente altera a deglutição • Ulceração da mucosa • Traumas laríngeos • Diminuição da sensibilidade oral • Diminuição do reflexo de tosse • Atrofia/diminuição da força muscular • Sedação /analgesia • Aspirador de saliva e higiene oral diminuem a chance de infecção relacionados a ventilação mecânica • Tempo após a extubação – avaliação • Avaliação da deglutição é multiprofissional • Legalmente habilitados para realizar avaliação, diagnóstico e tratamento fonoaudiológicos das disfagias orofaríngeas • Identificar a capacidade de proteção das vias respiratórias • Identificar a capacidade de iniciar a dieta via oral • Queixa da deglutição • Causa da disfagia • Estabelecer objetivos curto/longo prazo • Via de alimentação • Acompanhamento Nutrição • Desnutrição • Avaliação nutricional: qual tipo de alimentação (pastosa/liquida); do que o paciente está precisando • Terapia nutricional NUTRIÇÃO E ODONTOLOGIA • ASPECTOS FISIOLÓGICOS: perda e resistência dos músculos, redução da capacidade mastigatória • TECIDOS OSSEOS: perdas ósseas, osteoporose (alguns pacientes tem indicação de bisfosfonatos) • PERIODONTO: sangramento gengival, alteração da mucosa, perda de suporte • GLÂNDULAS SALIVARES: hipossalivação (alteração do paladar/bolo alimentar) • DENTES: caries, perdas dentarias TERAPIA NUTRICIONAL • É a prevenção e tratamento de doenças e suas complicações pela alimentação, com o objetivo de evitar e ou tratar a desnutrição • Desnutrição pode ter alterações nas características na forma física, função corporal e em resultados clínicos TIPOS DE NUTRIÇÃO NUTRIÇÃO ENTERAL • Passagem de dietas especiais administradas pela boca, sondas ou ostomias. • A dieta passara pelo sistema digestório configurando a chamada nutrição enteral. NUTRIÇÃO PARENTERAL • Quando o paciente não consegue absorver por via enteral • Utiliza a via intravenosa para administração do alimento em forma de solução especial parenteral quando a passagem do alimento não podeser realizada pelo aparelho digestório • VIA CENTRAL: Introdução do cateter na veia cava, jugular ou femural • VIA PERIFÉRICA: Introdução do cateter nas veias periféricas dos membros superiores • PICC: Introdução do cateter pela veia periférica do membro superior indo até a veia cava. Farmácia • A farmácia hospitalar é uma unidade clinica administrativa e econômica, dirigida por farmacêutico • Contribui no processo de cuidado à saúde e melhoria da assistência ao paciente CICLO DA ASSISTENCIA FARMACEUTICA • Seleção • Programação • Aquisição • Armazenamento • Distribuição • Utilização; prescrição; dispensação; uso CONTROLE DE ESTOQUE • Determinar o que deve permanecer em estoque • Estabelecer periodicidade do reabastecimento • Armazenar os materiais de acordo com a necessidade • Controlar a quantidade CONTROLE DE CUSTOS • Gastos com compra • Custo de armazenagem, • Perdas por perecibilidade • Custos falta de medicamento SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO • Coletivo • Individualizado • Diminui risco de aplicação de medicação errada FARMACIA CLINICA • Aplica conhecimentos específicos para prevenir e detectar problemas relacionados a medicamentos. Avaliando necessidade real • Oferecem recomendações sobre medicamentos para os demais profissionais da equipe • De maneira colaborativa, compartilhar a responsabilidade pela farmacoterapia dos pacientes Exames Complementares Classificação brasileira de ocupações • Portaria do ministério do trabalho e emprego n° 397 de 2002, que estabelece a CBO, compete ao CD solicitar exames complementares, entre eles, a solicitação de risco cirúrgico e exames laboratoriais em geral. • Para que os CD possam saber verdadeiramente utilizar os exames laboratoriais, é importante saber indica-los e interpreta-los com propriedade e de forma adequada para a prevenção de complicações perioperatórias. Exames laboratoriais/complementares • São denominados exames complementares aqueles realizados em local próprio (laboratório, clinicas de imagem, etc) • Exames laboratoriais são importantes na definição do diagnostico, quando este não pode ser esclarecido exclusivamente pelos dados de história clínica e exame físico • Compete ao CD solicitar e interpretar os exames complementares, prevenir situações sistêmicas, garantir prognostico, diminuir ou antecipar complicações; contraindicar procedimentos cirúrgicos invasivos • A clínica sempre será soberana aos exames • Os exames são para complementar a clínica Quais exames solicitar? • Uma ‘’bateria’’ de exames laboratoriais para todos os pacientes? • Por idade ou estado físico? Relato de algum histórico? • Quais critérios seguir? • Qual a competência do CD em solicitar exames laboratoriais? • Não se pede os mesmos exames para todos os pacientes; deve-se lembrar que o paciente tem custos com exames, portanto não se deve pedir sem necessidade Quais critérios para solicitação de exames complementares? • Observar principalmente a necessidade, importância e presença de aspectos que indiquem a solicitação de exames laboratoriais em odontologia • Os valores de referência estão descritos nos exames laboratoriais, não sendo obrigatório decora-los • Significado de cada alteração encontrada, o que este achado laboratorial trará de intercorrências durante o procedimento cirúrgico ou invasivo, ou ainda, que medidas pré-operatórias terão de ser empregadas • Os principais exames que contribuem para o diagnostico diferencial e planejamento odontológico são o Hemograma completo e o coagulograma Composição do sangue Por que solicitar o hemograma? • As condições a serem observadas para a solicitação do hemograma são: complexidade cirúrgica, intervenções odontológicas de médio e grande porte, suspeita clínica de anemia ou Policitemia; presença de doenças crônicas como: nefropatias, hepatopatias, lúpus eritematoso sistêmico, AIDS, neoplasias, alcoolismo, doenças hemorrágicas do trato gastrointestinal; radio ou quimioterapia recentes; uso de anticoagulantes; presença de infecção; paciente acima de 60 anos; crianças pálidas e hipoativas, má alimentação; e déficit de peso/idade. Variáveis pré-analíticas • Informações do paciente (idade, sexo, etnia, etc) • Dados clínicos do paciente (Hipótese diagnóstica) – Pode-se colocar HD no pedido do exame para o laboratório • Coleta, condições da amostra Hemograma completo ERITROGRAMA (Série vermelha) • Hematocito • Hemoglobina • Hemácias • VCM • HCM • CHCM LEUCOGRAMA (série branca) • Contagem total de leucócitos • Contagem diferencial de leucócitos PLAQUETOGRAMA (serie plaquetária) • Contagem total de plaquetas • Alteração morfológica de alguma série implica algum problema Alterações morfológicas nos Eritrócitos TAMANHO • Anisocitose (RDW) = diferentes tamanhos • Microcitose (VCM) = tamanho menor • Macrocitose (VCM) = tamanho maior COLORAÇÃO • Hipocromia = HCM baixo • Erro técnico = HCM alto Hipocromia: quadro anêmico Hemoglobina baixa: anemia AVALIAÇÕES SEMI-QUANTITATIVAS DAS ALTERAÇÕES • Além das descrições genéricas há necessidade de expressar o volume desta alteração. • Em geral de expressa por LEVE + MODERADA ++ ACENTUADA +++ MUITO ACENTUADA ++++ ANEMIA • DEFINIÇÃO: diminuição da hemoglobina total funcionante na circulação • O paciente apresenta anemia por outra causa de base • É um sintoma, portanto, condição decorrente de doença subjacente Alterações morfológicas nos leucócitos • Leucócitos são células de defesa, produzem anticorpos ou fagocitam • Divididos em tipos por forma e função • No exame, se estiverem normais, não vai haver observação. Se tiver alguma observação sobre, É ANORMAL, É ALTERAÇÃO. LEUCOCITOSES – Aumento no número de leucócitos LEUCOPENIAS – Redução do número de leucócitos • Infecções bacterianas piógenas • Inflamações • Neoplasias • Queimaduras • Infarto do miocárdio • Aplasia medular • Viroses • Tuberculose • Febre tifoide • AIDS • Hepatites • Por drogas, como a fenilbutazona (depressão medular) Alteração morfológicas nas plaquetas • PLAQUETOGRAMA realiza a contagem e avaliação morfológica dos trombócitos • Solicitado antes da cirurgia ou procedimentos susceptíveis à sangramentos, quando existe suspeita de problemas de coagulação (solicitar em conjunto o coagulograma – avaliação da hemostasia) • VALOR DE REFERÊNCIA: 150.000 a 450.000/mm³ • Trombocitopenias – sangramento perioperatório e pós operatório • Trombocitoses – tromboses Avaliação do hemograma ERITROGRAMA • Presença ou ausência de anemia, classificação, anêmicos geralmente são imunodeprimidos LEUCOGRAMA • Aumento/diminuição da leucometria total, aumento de neutrófilos (infecção bacteriana), diminuição dos neutrófilos (maior risco de infecção bacteriana), aumento de linfócitos (combate a infecções virais) PLAQUETOGRAMA • Trombopenias (risco de hemorragia); trombocitose (risco de trombose) Testes imunológicos • Várias opções detectam antígenos ou anticorpos • Testes mais complexos e caros: RT-PCR, imunofluorescência indireta, etc • Testes mais baratos (testes rápidos) • Testes rápidos: até o 7 dia o teste vai identificar RNA ou antígeno viral. Após o 7 dia vai identificar anticorpos Imunologia – Testes rápidos • Covid-19 • Dengue • Hepatites • Zika • Chikungunya • Malária • Marcadores tumorais e cardíacos • Rotavírus • Sífilis • bHCG Sangue • o sangue deve permanecer fluido sempre, em qualquer circunstância. Se existir a deficiência de fatores da coagulação, o sangue pode extravasar e gerar uma hemorragia, se existir excessode estímulos pró- coagulação, o sangue pode se solidificar e transformar um trombo. Coagulograma completo É uma avaliação composta por 7 itens, sendo 3 laboratoriais e 4 ambulatoriais. LABORATORIAIS 1. tempo de protrombina 2. tempo de tromboplastina parcial ativada 3. contagem de plaquetas AMBULATORIAIS 1. Tempo de sangramento – 1 a 3 minutos 2. Tempo de coagulação – 5 a 15 minutos 3. Prova do laço - < 5 petéquias 4. Retração do coágulo – totalmente retrátil TEMPO DE COAGULAÇÃO • Alterado nos distúrbios que afetam a formação da fibrina (fatores de coagulação – via intrínseca) TEMPO DE SANGRAMENTO • É um indicador de alterações numéricas (quantitativas) e funcionais (qualitativas) das plaquetas PROVA DO LAÇO • Mede a hemostasia primária (observação do número de petéquias) RETRAÇÃO DO COÁGULO • Avaliação de deficiências funcionais das plaquetas Tempo de protrombina • O TP é o item que permite avaliar o funcionamento adequado da via extrínseca da coagulação • Apesar de poder variar de acordo com o laboratório, de uma forma geral o valor de referencia do TP é de 9,5 a 13,5 segundos O ALARGAMENTO DO TP PODE OCORRER POR 1. Deficiência de fatores da via extrínseca, protrombina ou fibrinogênio 2. Coagulação intravascular disseminada (CIVD) 3. Uso de AO (varfarina) O ENCURTAMENTO DO TP PODE OCORRER POR 1. Suplementação de vitamina K 2. Transfusão de plasma fresco congelado 3. Trombofilias • TP encurtado não é problema no geral, o problema para o CD é o TP alongado, tem mais chances de ocorrer hemorragia, a coagulação esta prejudicada. Relação normatizada internacional (RNI) INDICAÇÃO CLINICA RNI • Profilaxia de Trombose venosa profunda • Cirurgias de alto risco 2,0 – 2,5 • Tratamento de TVP • IAM • Ataques isquêmicos passageiros 2,5 – 3,0 • TVP recorrente • Embolismo pulmonar • IAM • Válvulas prostéticas 3,0 – 4,0 • Pacientes com RNI muito altos podem sangrar muito, não podendo, dependendo do procedimento, controlar o sangramento. Tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) • O TTPa é o que nos permite a avaliação do funcionamento da via intrínseca da coagulação • O valor de referencia geral para o TTPa ate de 30 a 40 segundos CONDIÇÕES QUE PODEM PROVOCAR ALARGAMENTO DO TTPa 1. Deficiência de fatores da via intrínseca, protrombina ou fibrinogênio 2. Coagulação intravascular disseminada 3. Doença de Von Willebrand 4. Uso de heparina CONDIÇÕES QUE PODEM ENCURTAR O TTPa 1. Câncer avançado 2. Trombofilias • TTPa dentro do normal, ok. Se estiver alargado é um problema. Quando solicitar um coagulograma? • Quando pedimos um coagulograma, queremos avaliar o equilíbrio entre hemorragia e trombose nos nossos pacientes • 4 indicações gerais para solicitar coagulograma 1. Avaliação preventiva para procedimentos cirúrgicos 2. Investigação clínica de distúrbios hemorrágicos 3. Avaliação de estados pré-trombolíticos e trombofílicos 4. Acompanhamento do uso de medicações AVALIAÇÃO PREVENTIVA PARA PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS • É preciso avaliar se o sistema de coagulação está em equilíbrio • Avaliar TP, TTPa e contagem de plaquetas INVESTIGAÇÃO CLÍNICA DE DISTURBIOS HEMORRÁGICOS • Pacientes com esses distúrbios podem se apresentar com queixa de hematomas/equimoses desproporcionais ao trauma ou espontâneos, assim como tempo prolongado de sangramento ou hemorragias espontâneas • Nesses casos, além da investigação clinica minuciosa, o coagulograma completo está indicado AVALIAÇÃO DE ESTADO PRÉ-TROMBÓTICOS E TROMBOLÍTICOS • Neste grupo enquadramos pacientes que apresentam condições que podem evoluir com um distúrbio de coagulação • O importante é sempre conhecer as doenças, sua fisiopatologia e evolução, para saber se um coagulograma é necessário • Condições bem conhecidas que podemos citar aqui são doenças hepáticas crônicas, lúpus eritematoso sistêmico e câncer. É indicado a investigação pelo coagulograma completo, com maior atenção ao TTPa. ACOMPANHAMENTO DO USO DE MEDICAÇÕES • Se é o caso de um anticoagulante oral, como a varfarina, vamos acompanhar a via extrínseca da coagulação, com o TP. Mas se for o caso da heparina, vamos acompanhar a via intrínseca, com o TTPa. • O AAS é usado como anti-agregante plaquetário em diversas condições, não diminuindo o número de plaquetas, somente inibindo a ação das mesmas. Vai alterar o TS, TC e pode alterar a retração do coagulo. Não diminui o número de plaquetas. Quem toma AAS vai sangrar mais tempo do que o normal, mas se possui plaquetas o suficiente, vai parar o sangramento. Notas importantes • Clínicos e CD devem solicitar e interpretar os exames • Os exames laboratoriais complementam o diagnóstico de alterações sistêmicas com a clínica e o exame físico minucioso • Hemograma é rápido e barato, direciona a maioria das investigações clinicas • TP e TTPa se complementam, usamos exclusão para fechar determinadas alterações • Com esses dados, poderemos direcionar a investigação complementar, afunilando o leque de diagnósticos diferenciais Unidade de terapia intensiva- UTI • As unidades de terapia intensiva (UTIs) são consideradas como locais destinados a prestação de assistência especializada a pacientes em estado crítico. Para os pacientes ali internados há necessidade de controle rigoroso dos seus parâmetros vitais e assistência de enfermagem continua e intensiva. Quem é o paciente crítico? • Paciente cercado de equipamentos que fazem o suporte básico de vida desse paciente: hemodiálise, ventilação mecânica, monitoramento de pressão e FR, etc. • Condições clinicas agudas com risco moderado ou alto de morte • Pós operatórios eletivos ou de urgência • Alta complexidade • Imunossupressão e transplantes • Assistência multidisciplinar • Monitoramento e rápida intervenção • Em pacientes sem ventilação, alguns lúcidos ou outros não, os cuidados são mais fáceis do que os que possuem a ventilação mecânica. • Procedimentos eletivos dentro do ambiente de UTI são selecionados conforme a demanda. Dentro da uti são realizados procedimentos pontuais e necessários para aquele momento. • Durante a internação é comum a ocorrência de alterações no sistema estomatognático que se originam não apenas no complexo maxilomandibular • Doenças sistêmicas • Alterações relacionadas à terapêutica • Condiçao geral do paciente • Equipamentos necessários para o suporte de vida As alterações bucais mais observadas em pacientes em UTI • Doença carie/infecções gengivais e periodontais associadas ao acumulo de biofilme • Origem infecciosa • Origem traumática • Origem medicamentosa Esquema de etapas do processo de diagnóstico de lesões na boca 1. EXAME CLÍNICO • Anamnese 1. Queixa principal 2. História da doença atual 3. História medica 4. História familiar 5. História social (hábitos) 6. História dental • Exame físico: intra e extra bucal • Sinais vitais: pulso, pressão, temperatura 2. HIPÓTESE DE DIAGNÓSTICO 3. EXAMES COMPLEMENTARES • Imagem • Biópsia • Hematológicos 4. DIAGNÓSTICO FINAL 5. TERAPÊUTICA 6. PROGNÓSTICO 7. REAVALIAÇÃO Infecções Infecções nosocomiais são aqueles que se desenvolvem durante a internação do paciente • Infecção urinária • Infecção respiratória • Cateter Infecções respiratórias, relacionadas a: • Tubo IOT • Microbiota patogênica (UTI) • Antibióticos • Acumulo de secreções • Temperatura da cavidade bucal (30 a 35 graus) • Higiene • Alimentação OBS: Paciente que usa ventilação mecânica está sempre com secreção PAVM – Pneumonia aspirativa por ventilação mecânica• 48hrs após IOT até 72h após a extubação • Etiologias: aspiração da secreção orofaríngea, inalação ao aerossol, bacteremias • VM: aumenta a secreção devido ao aquecimento do ar Protocolos de soluções para higienização de pacientes • Higiene oral com clorexidina (0,12% - 0,2% - 2%), água bicarbonada, óleos, PVPI, agentes enzimáticos, água oxigenada • A clorexidina 0,12% é a mais utilizada pelo baixo custo, fácil aplicação e baixo nível de reações adversas e efetividade bactérias • Um minuto após o uso reduz 87% das bactérias aeróbias e 84% anaeróbias, após 5 horas 88% e 92% respectivamente • A mucosa absorve a clorexidina e é indicado na maioria das vezes 2x ao dia • Após a higienização: lubrificação oral para diminuir o ressecamento e diminuir a suscetibilidade a traumas e lesões ulceradas (portas para infecções) • Composição: base de água, gel de carboximetilcelulose a 3%, gel de contato, base de vaselina ou saliva artificial Lesões traumáticas Ulceras traumáticas • Consiste na perda de epitélio e exposição do tecido conjuntivo, devido trauma mecânico • Restaurações/próteses mal adaptadas • Aparelhos ortodônticos • Escovação traumática • Aparatos utilizados na ventilação mecânica • Movimentos involuntários (espasmos/convulsões) TRATAMENTO • Eliminar o agente traumático • Diminuição da sintomatologia dolorosa • Auxiliar reparo tecidual (omcilon A em orabase e fitoterápicos à base de própolis e camomila) Granuloma piogênico • Lesão nodular, vegetante, coloração avermelhada, assintomática, base séssil ou pediculada • É uma resposta a algum tipo de irritação local que pode ser causada por um trauma agudo ou ate mesmo pela presença de biofilme dentário • A lesão quando presente em gestantes também é conhecida como granuloma gravídico TRATAMENTO • Eliminar o fator traumático • Excisão cirúrgica da lesão Protetor bucal • Simples ou duplo. A melhor indicação em pacientes intubados é o duplo • Evita lesões na cavidade, mucosa e lábios, que geram maior exposição a riscos de infecção • Característica: confortável, fácil, remoção e instalação, não deve interferir na respiração, higienização, custo e resistência • Material: etilvinilacetato ‘’EVA’’ 8mm pré- fabricado • Cuidados: prevenção de acidente, na remoção para higienização/engasgo Babação • Dificuldade de controlar as secreções bucais em virtude de problemas oromotores, gerando o aumento de saliva expelida pela boca (não intencional) • O paciente corre risco de aspiração e pneumonia associada TRATAMENTO • Aparelhos intraorais, fármacos, remoção das glândulas salivares Postura em leito de uti – DTM • O termo disfunção temporomandibular é reconhecido pela american association of dental research como um grupo de condições musculoesqueléticas e neuromusculares que envolvem as articulações temporomandibulares, os músculos mastigatórios e todos os tecidos associados • Multifatorial – trauma; hábitos parafuncionais; alterações oclusais; imobilização • Paciente internado em período de intubação ficam em má postura e isso pode gerar problemas tardios na articulação TRATAMENTO: Cuidados, orientação postural, fisioterapia, dispositivos intrabucais Procedimentos odontológicos em UTI • Remoção de focos de infecção • Exodontias, tratamento periodontal, ART, protetores bucais, remoção de aparelhos fixos, controle de sangramento, diagnóstico, tratamento de lesões bucais e infecções • Alta rotação (aerossol) não é utilizado • Cada caso é um caso e deve ser programado com a equipe • Importância da aspiração pré e pós procedimento Objetivos • Implementar a rotina de higienização bucal por equipe interprofissional – enfermagem e odontologia • Manter a cavidade bucal limpa • Reduzir a colonização da orofaringe e, consequentemente, diminuir a contaminação da traqueia • Controlar o biofilme na cavidade bucal • Hidratar os tecidos intra e peribucal • Detectar focos infecciosos, lesões de mucosa, presença de corpo estranho, dor em região orofacial ou dificuldade na movimentação dos maxilares • Diminuir os riscos de infecção respiratória devido ao conteúdo presente na cavidade bucal • Proporcionar conforto e bem estar ao paciente A frequência da higiene bucal • A frequência da HB esta relacionada com a necessidade de cada paciente, sendo determinada após a avaliação da equipe de enfermagem e/ou odontológica. • A solução aquosa de digluconato de clorexidina 0,12% sem álcool deverá ser aplicada de 12 em 12 horas após a realização da higienização bucal. • Nos intervalos da aplicação da clorexidina, a higienização bucal poderá ser realizada com agua destilada ou filtrada seguindo a técnica de escovação preconizada neste POP e de acordo com a idade do paciente. Materiais/Medicamentos/equipamentos/instrumentais necessários • EPIs • Escova dental (cabeça pequena e cerdas macias) • Raspador de língua (opcional) • Abaixador de língua • Compressa de gazes • Sistema de aspiração montado (sondas de aspiração n° 10; 12; 14) • 10ml de solução aquosa de digluconato de clorexidina 0,12% sem álcool • Copo/recipiente descartável • Cuffômetro • Hidratante labial (pode-se usar ácidos graxos essenciais, glicerina ou dexpantenol creme 5%) • Saliva artificial Descrição das etapas do procedimento 1. Verificar as restrições do paciente, dentre outras: o lesão na coluna; o flexão; o extensão; o politraumatismos 2. Reunir o material necessário para realização do procedimento: o kit de higiene bucal devera ser fornecido pelo hospital, observando as exigências de padronização de cada instituição 3. Lavar as mãos 4. Paramentar com EPIs 5. Comunicar ao paciente ou ao acompanhante, o procedimento a ser realizado 6. Posicionar o paciente mantendo cabeceira elevada (30 a 45 graus, a menos que seja contraindicado) 7. O CD deve estabelecer com a equipe de enfermagem a posição mais adequada para quando for trabalhar a beira do leito, considerando a posição dos equipamentos de manutenção à vida 8. A equipe de enfermagem deve solicitar auxilio ao CD em toda situação adversa, tais como: patologias associadas, dente com mobilidade, lesões de mucosa, sangramento de origem bucal, presença de aparelhos fixos ou moveis e outras; 9. Proceder a aspiração da cavidade bucal 10. Na presença de ventilação mecânica, assegurar a correta fixação do tubo, e antes da higienização bucal verificar a pressão do balonete (cuff) – manter a pressão entre 18 e 22mmHg ou 25 e 30cmH20 11. Realizar a inspeção da cavidade bucal observando: alterações anormais, alterações salivares, mobilidade dental, sangramento, lesões de mucosa traumática, edemas de lábios ou peribucais, etc. comunicar alterações ao CD, enfermeiro e/ou médico. 12. A higienização bucal começa da parte posterior para a parte anterior, assim evitando que leve microbiota para a região posterior. 13. Conforme for higienizando, é importante sempre fazer aspiração junto 14. Ordem: Dentes de posterior para anterior; mucosas/língua; higienização do tubo; hidratação dos lábios. Resultado a ser alcançado • Padronizar os procedimentos da rotina e os materiais/soluções empregados na higiene bucal de pacientes graves ou críticos • Controlar efetivamente o biofilme na cavidade bucal. • Contribuir de maneira decisiva para a diminuição do risco de pneumonia nosocomial • Detectar e prevenir lesões bucais e DTM • Identificar e eliminar focos infecciosos • Contribuir para a redução do tempo de internação/permanência no leito e racionalizar o uso de antibióticos • Melhorar a assistência aos pacientes graves ou críticos Cuidados odontológicosem pacientes cardiopatas • Paciente cardiopata tanto em ambiente ambulatório ou hospitalar os cuidados são os mesmos, porém deve-se haver um cuidado maior no âmbito hospitalar. Introdução • As doenças cardiovasculares afetam o sistema circulatório, ou seja, o coração e os vasos sanguíneos • De acordo com o ministério da saúde o coeficiente de mortalidade por DCV é de 442/100.000 habitantes • Controle dos fatores de risco: hipertensão arterial; tabagismo; diabetes; obesidade; sedentarismo; hereditariedade; estresse • Terapêutica medicamentosa é mais eficiente no controle Alguns dos testes comuns usados para diagnosticar doenças cardiovasculares incluem • Analises de sangue (lipídios, colesterol, glicose, proteínas, etc), • Eletrocardiograma • Teste de esforço • Ecocardiograma combinada com Doppler • Angiografia coronária • Cateterismo cardíaco • Radiografia de tórax • Tomografia computadorizada • Ressonância magnética • O sistema cardiovascular pode abranger varias doenças distintas, sendo preciso abordar pontos específicos no atendimento odontológico, de acordo com cada cardiopata diagnosticada e seu tratamento • Anamnese tem papel fundamental para o planejamento das fases pre/trans/pos atendimento • Diagnostico odontológico • Complicações eventuais da DCV • Tipos e dosagem de medicamentos em uso e a serem prescritos • Procedimentos/ações do cirurgião dentista Condições cardíacas e atenção odontológica • Pacientes cardíacos quando hospitalizados apresentam-se descompensados e/ou dependentes de cuidados • Cuidados com a higienização, questões psicossociais, ambientais, familiares • Destacados os pacientes em UTI, o acumulo de biofilme tem grande influências terapêuticas medicas, alta virulência dos microrganismos CD fazendo parte da equipe multidisciplinar 1. Diagnostico de alterações bucais 2. Procedimentos emergenciais frente aos traumas 3. Prevenção de acidentes (deglutição/aspiração/mordidas em mucosa) 4. Eliminação dos processos infecciosos e inflamatórios 5. Procedimentos preventivos e curativos (odontologia) 6. Treinamento da equipe OBS: Quanto mais rápido o CD puder remover os fatores infecciosos, melhor. Hipertensão arterial • Fator de risco para DCV (Doença cardiovascular) • Doença de natureza multifatorial e na maioria dos casos assintomática • Normalidade: 120/80mmHg • CUIDADO: Durante o tratamento ter uma elevação abrupta da PA, o que pode desencadear AVE (acidente vascular encefálico) ou IM (infarto do miocárdio), devido dor, estresse, ansiedade • Aferição nas consultas é preconizado • Anamnese • Controle da ansiedade CLASSIFICAÇÃO PAS (mmHg) PAD (mmHg) NORMAL Menor ou igual a 120 Menor ou igual a 80 PRÉ-HIPERTENSÃO 121-139 81-89 HIPERTENSÃO ESTAGIO 1 140-159 90-99 HIPERTENSÃO ESTAGIO 2 160-179 100-109 HIPERTENSAO ESTAGIO 3 Maior ou igual a 180 Maior ou igual a 110 A Cascata • O medo, a dor e a ansiedade causam também o aumento da frequência cardíaca e consequentemente da pressão arterial. Levando a isquemia miocárdica, arritmias, crises hipertensivas, ACV (acidente cardiovascular) e IAM (infarto agudo do miocárdio). • Com o controle do medo e da ansiedade é possível dar uma qualidade melhor para o paciente e evitar essa cascata. Arritmias • Se há alteração no ritmo normal do coração • No Brasil, existe a necessidade da realização de profilaxia antibiótica para endocardite bacteriana em pacientes com uso de marcapasso e cardiodesfibrilador. TAQUIRRITMIAS • Maior que 100bpm • FA: fibrilação atrial a mais comum • Causa maior risco de tromboembólicos pois os pacientes tomam anticoagulante BRADIRRITIMIAS • Menor que 50bpm • Grave: marcapasso ou cardiodesfibrilador implantável Doenças valvares CONGENITA • Estenose • Insuficiência • Dupla lesão valvar ADQUIRIDA • Febre reumática, podendo ocasionar ou não lesão nas valvas FEBRE REUMATICA • Ocorre em razão da resposta com caráter autoimune do corpo a uma infecção na garganta causada por Streptococcus, também conhecida como bactéria estreptococos do grupo A. ela ocorre mais comumente entre seis e quinze anos de idade e é mais prevalente em xonas temperadas e de elevada altitude • Geralmente uma ‘’gripe mal curada’’ • Uma grave consequência da febre reumática são as sequelas cardíacas que sucedem às crises agudas. Essas complicações correspondem principalmente às lesões das válvulas mitral e a aórtica que podem se tornar muito fechadas (estenose) ou abertas (insuficiência). As lesões valvares reumáticas são as mais frequentes lesões cárdicas nos jovens, sendo causa de cerca de 40% das cirúrgicas cardíacas realizadas no INCOR • Substituição cirúrgica da valva (biológica ou metálica) • Profilaxia antibiótica em casos de febre reumática DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA • Cardiopatia mais prevalente: angina; infanto agudo do miocárdio. • A doença arterial coronariana é, na maioria das vezes, provocada pelo deposito gradual de colesterol e outras matérias gordurosas na parede de uma artéria coronariana • É uma das principais causas de morte no mundo. Infarto agudo do miocárdio (forma aguda) • Baixo risco de endocardite bacteriana nestes casos, NÃO é necessário profilaxia antibiótica • Evitar procedimentos invasivos até 3 meses após a colocação de stent • TRATAMENTOS: Medicamentos (AAS); angioplastia (stent); tratamento cirúrgico (ponte safena) Cuidados pré, trans e pós operatórios em pacientes com história de infarto do miocárdio PRÉ-OPERTÓRIO 1. ANAMNESE DETALHADA Tempo decorrido desde o infarto do miocárdio Doenças cardíacas associadas ao infarto Presença e frequência de crises de angina pectoris Medicações em uso 2. EXAME FÍSICO Pressão arterial pela manha Frequência cardíaca 3. AVALIAÇÃO LABORATORIAL TS 1 a 6mn TP 11 a 15 seg INR 1,5 a 2,5 (possibilidade de cirurgia: ate 4) TTPA 30 a 45 seg 4. PLANEJAMENTO CIRURGICO Sessões de atendimento pela manha Cirurgias de curta duração (30 min) Controle da ansiedade (Diazepam via oral 5 a 10mg 1h antes; midazolan endo venoso 0,1mg/kg; oxido nitroso 40 a 50%) TRANS OPERATÓRIO 1. MANUTENÇÃO DA PA E DO PULSO 2. ANESTESIA LOCAL Prilocaína 3% com felipressina 0,03Ulml Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 PÓS-OPERATÓRIO 1. CONTROLE DA DOR E ANSIEDADE Prescrição de analgésico e anti-inflamatório Instruções de cuidados pós-operatórios e repouso livre de estresse Cardiopatias congênitas • Defeitos anatômicos do coração ou dos grandes vasos • Comprometimento estrutural e da função • Incidência baixa – 1% • Geralmente atinge mais crianças • Cuidados: sedação (parte medica) para menos trauma e exposição a anestésico; • Anestesia: lidocaína sem vasoconstritor ACIANÓTICOS • Indicação de profilaxia antibiótica • Comunicação interatrial • Comunicação interventricular • Persistência do canal arterial CIANOTICOS • Associação de duas acianóticas • Tetralogia de fallot • Transposição dos grandes vasos • Ventrículo único Transplantados cardíacos • Erradicação de focos infecciosos= menor chance de lesões ao transplante e eventuais infecções • Exames radiográficos e laboratoriais • Controle de biofilme dental • Controle do calculo supra e subgengival • Extrair raízes e dentes com prognostico duvidoso • Eliminar focos potenciais infecções agudas ou crônicas • Nos primeiros 6 meses após o transplante deve ser realizado monitoramento periódico • Aparecimento de infecções oportunistas • Urgência e emergência, previamente discutidos com equipe • PRINCIPAL AGRAVANTE: Drogas imunossupressoras • INDICADO: Profilaxia antibiótica devido ao uso das drogas imunossupressoras ALTERAÇÕES COMUNS NESSES PACIENTES •Hiperplasia gengival causada por medicamento (ciclosporina) • Língua saburrosa • Língua fissurada • Xerostomia • Candidíase • Herpes simples FASE DE ESTABILIDADE • Após 6 meses • Avaliar o estado geral de saúde • Condicionamento e orientação • Hemostasia • Profilaxia antibiótica Endocardite bacteriana • É uma infecção no endocárdio (revestimento interno do coração) • Normalmente a doença acontece quando uma bactéria ou germes de outra parte do corpo, se espalham pelo sistema sanguíneo se ligando a áreas afetadas do coração • A endocardite é incomum em pessoas com coração saudável • Portadores de cardiopatias valvares ou congênitas, expostos a bacteremias, tornam-se predisponentes a endocardite • SINTOMAS: febre, fadiga, sudorese, alteração em ecocardiograma, complicações sistêmicas • Alta taxa de mortalidade e morbidade • Alto custo hospitalar • É provocada principalmente por Streptococcus viridians • É encontrado na flora natural da cavidade bucal, porem quando se encontra na circulação pode provocar bacteremias e causar a Endocardite • 40% dos casos são originados na cavidade bucal • Paciente em internação: aplicação do protocolo de higienização bucal, monitoramento da saúde bucal e intervenção imediata ao risco de infecção • Procedimentos com risco de sangramento em pacientes com comprometimento cardiovascular: avaliação da indicação de profilaxia antibiótica • • ACOMPANHAMENTO E TRATAMENTO PERIODICO: Erradicação de eventuais focos de infecção • AVALIAÇÃO ODONTOLOGICA: Deve abranger uma correta inspeção intra e extra oral dos tecidos moles, oclusão, estruturas dentarias, condições periodontais e exames radiográficos, por ser fonte de uma bacteremia transitória; importante a radiografia no diagnostico de infecções agudas e subagudas • Segundo AHA (2007) todos os procedimentos odontológicos que envolvem a manipulação de tecido gengival ou região periapical dos dentes ou perfuração da mucosa bucal, com exceção 1. Injeção anestésica de rotina através de tecido não infectado 2. Radiografias dentarias 3. Ajuste de aparelho ortodôntico e ou colocação de removíveis 4. Esfoliação de dentes decíduos 5. Sangramento por trauma nos lábios ou mucosa bucal PROTOCOLO DE ACORDO COM CARDIOPATIAS ALTO RISCO PARA ENDOCARDITE INFECCIOSA: PROFILAXIA SEMPRE RECOMENDADA • Prótese valvar cardíaca • Endocardite bacteriana prévia • Cardiopatia congênita cianótica • Shunt sistêmico pulmonar cirúrgico RISCO MODERADO: PROFILAXIA RECOMENDADA • Outras malformações cardíacas congênitas, que não citadas acima ou abaixo • Disfunção valvar adquirida (ex: febre reumática) • Cardiopatia hipertrófica • Prolapso da valva mitral com regurgitação e ou folhetos espessados BAIXO RISCO (RISCO IGUAL AO DA POPULAÇÃO EM GERAL): PROFILAXIA NÃO RECOMENDADA • Comunicação interatrial tipo osteum secundum isolada • Após a cirurgia para correção de comunicação interatrial, comunicação interventricular ou persistência do canal arterial • Revascularização miocárdica previa • Prolapso da valva mitral sem regurgitação • Sopro cardíaco inocente, fisiológico ou funcional • Doença de Kawasaki ou febre reumática previas sem disfunção valvar • Marca-passo cardíaco e desfibriladores implantáveis TIPO DE PACIENTE ANTIBIÓTICO POSOLOGIA DOSE ÚNICA 30 A 60 MINUTOS ANTES DO PROCEDIMENTO PROTOCOLO PADRÃO POR VIA ORAL AMOXICILINA • Adultos: 2g • Crianças: 50mg/kg ALÉRGICOS A PENICILINAS CEFALEXINA AZITROMICINA CLARITROMICINA • Cefalexina adultos/crianças: 2g e 50mg/kg • Azitromicina e Claritromicina adultos/crianças: 500mg/15mg/kg IMPOSSIBILITADOS DE RECEBER A MEDICAÇÃO POR VIA ORAL AMPICILINA CEFAZOLINA CEFTRIAXONA • Ampicilina adultos/crianças: 2g IM ou IV / 50mg/kg IM ou IV • Cefazolina e Ceftriaxona adultos/crianças: 1g IM ou IV / 50mg/kg IM ou IV ALÉRGICOS A PENICILINAS E IMPOSSIBILITADOS DE RECEBER POR VIA ORAL CEFAZOLINA CEFTRIAXONA • Cefazolina adultos/crianças: 1g IM ou IV / 50mg/kg IM ou IV • Ceftriaxona adultos/crianças: 1g IM ou IV / 50mg/kg IM ou IV Anestésicos locais ADRENALINA/VASOCONSTRITORES • Concentração médica: 0,5 a 1,0mg • CD: 0,018 mg por tubete INDICAÇÃO • 2 a 3 tubetes de lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 • Arritmias severas e descompensadas: Mepivacaina 3% sem vasoconstritor Controle da ansiedade DOSES RECOMENDADAS EM ADULTOS • DIAZAPAM: 5 a 10mg • LORAZEPAM: 1 a 2mg • ALPRAZOLAM: 0,5 a 0,75mg Anticoagulantes ESTAR ATENTO • Medicações em uso • Interações medicamentosas • Alterações sistêmicas • Tipo da doença cardíaca e sua gravidade • Conhecimento da hemostasia AVALIAÇÃO MINUCIOSA DO PRONTUARIO E A COMUNICAÇÃO COM A EQUIPE MULTIDISCIPLINAR • Medicamentos que interfiram na coagulação • Distúrbios hemorrágicos • Anamnese • Histórico familiar AAS (ACIDO ACETILSALICILICO) • É o antiplaquetário mais utilizado para prevenção primaria e secundaria de eventos cardiovasculares • Não é necessário interromper essa medicação em casos de cirurgias por exemplo, quando ela é utilizada sozinha Anticoagulantes • Mais usado: varfarina • O INR é a relação entre o tempo de protrombina do doente e um valor padrão do tempo de protrombina • Tempo necessário para o sangue coagular • Quant maior for o valor do INR, mais tempo leva o sangue para coagular. Assim, o valor do INR varia diretamente com a dose do medicamento anticoagulante • A manutenção da anticoagulação (para realização de procedimentos odontológicos) pode ser mantida desde que esteja dentro da faixa INR 2 a 3 (exame no máximo de 72h) • INR 2 a 3 nesta faixa é possível alcançar, simultaneamente, o mínimo de risco hemorrágico e trombótico MEDIDAS HEMOSTÁTICAS LOCAIS • Agentes antifibrinoliticos macerado (transamin) ou em solução (bochecho) • Adesivos biológicos • Hemostáticos absorvíveis • Sutura correta • Tamponamento • Compressa com gelo