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resumo - interdependência complexa, neoliberalismo institucional, realismo ofensivo

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1. Interdependência complexa: três características centrais:
· existência de múltiplos canais de comunicação e negociação (diversidade de atores internacionais)
· existência de uma agenda múltipla nas questões internacionais: segurança, economia, direitos humanos, meio ambiente, terrorrismo, etc (ausência de hierarquia entre eles) > a principal potência militar não é mais o vencedor automático nos demais assuntos
· papel cada vez menor do uso da força > cada vez menos aceitável para resolver questões que não são de segurança [disputas econômicas – ChinaxEUA]
Interdependência gera custo p/ os Estados => os Estados buscam manter o controle sobre seu desempenho econômico [EUA – déficit econômico financiado pelos outros, Europa e países periféricos]
Duas dimensões de poder: sensibilidade x vulnerabilidade
· Sensibilidade > Quanto o Estado se afeta com um determinado impacto de um acontecimento externo
· Vulnerabilidade > Quanto o Estado possui de alternativa para lidar com esse impacto
Interdependência => potencial fonte de conflito/recurso de poder
Multiplicidade de temas => Estados que são poderosos em uma dimensão (militar), não sejam nas outras (comércio, desenvolvimento tecnológico) [Ver os 5 monopólios do centro]
· As organizações internacionais devem expressar as decisões estatais e servir de espaço para resolver problemas que dependem da cooperação interestatal
· Cooperação interestatal nas organizações internacionais > meio mais eficaz para enfrentar os conflitos provocados pela interdependência
2. Neoliberalismo Institucional (Keohane) => o Estado continua sendo o ator central da política internacional e elege seus objetivos de maneira racional, em busca de seu próprio interesse (interesses materiais e de segurança) [então os EUA irão fazer de tudo pra continuar com seus objetivos de espalhar a Doutrina Monroe pelo mundo, dos outros financiarem seu déficit e de se apropriar de todos os recursos do mundo, não deixando a China se tornar hegemônica > esta permanecendo na periferia]
Keohane => importância maior à cooperação internacional e instituições internacionais são facilitadoras dessa cooperação
· Atores estatais egoístas podem encontrar maneiras de cooperar entre si quando percebem que buscam os mesmos objetivos (coordenação x colaboração)
· Egoísmo racional:
· não gera necessariamente discórdia entre os Estados
· aponta geralmente para as instituições como a melhor opção para melhores resultados para os próprios Estados
· Os Estados não são uma ameaça
Instituições:
· papel fundamental na organização do sistema internacional
· afetam a percepção e a conduta dos Estados no que diz respeito à ação coordenada
· contribuem para que a anarquia internacional seja um ambiente menos inseguro pq promovem transparência sobre os interesses e as intenções dos Estados entre os mesmos
· aumentam a chance de ações coordenadas visando maiores ganhos mútuos 
O medo de trapaça continua sendo um importante fator => instituições servem para minimizar este medo, com mecanismos de controle para verificar se os acordos estão sendo cumpridos
Regimes internacionais => mecanismos para facilitar a criação de acordos na política mundial > facilitam acordos com regras, normas, princípios e procedimentos > os atores atingem seus interesses de forma coletiva
[Pensar nas instituições que poderiam substituir a ONU – banco mundial, OTAN, etc]
Muito mais provável que um Estado prefira promover ganhos mútuos e melhorar sua situação particular, mesmo que isso signifique melhorar também a situação dos outros Estados [entramos novamente na questão centro x periferia]
Cooperação => um processo de negociação usualmente chamada de “coordenação política” > ajuste das políticas de um ator às preferências dos outros envolvidos [caso EUA x Europa]
Existência de conflito quando as políticas da contraparte são vistas como obstáculos à obtenção dos próprios objetivos [mas como a Europa não tem um projeto para chamar de seu ou, pelo menos, o projeto europeu está em stand by por enquanto pq os interesses europeus são os mesmos que os do EUA – manter o status quo de centro – então não vai haver conflito entre os dois]
3. Realismo ofensivo (Mearsheimer)
Relações interestatais => interminável sucessão de guerras e conquistas
· Estado-racional: escolha racional [tanto Mearsheimer quanto Keohane concordam]
Os Estados continuam vivendo na incerteza gerada sob a condição anárquica do sistema internacional
É equivocado afirmar que a competição pela segurança e a possibilidade de guerra entre as grandes potências tenham sido expelidas do sistema internacional com o fim da Guerra Fria [dominação do centro p/ periferia – capitalismo sempre vai ser imperialista]
Cinco premissas:
(i) sistema anárquico – não há governo sobre os governos [sistema-mundo]
(ii) grandes potências possuem alguma capacidade militar [monopólios do centro]
(iii) relações interestatais marcadas pelas incertezas – os Estados não estão certos das intenções dos outros [na verdade sabem – Keohane e Amir argumento]
(iv) sobrevivência principal objetivo dos Estados [déficit EUA pode dar razão – vulnerabilidade, usado pelo Amir, conceito do Keohane]
(v) as grandes potências são atores racionais [todos os Estados o são]
Qualquer potência que tenha uma vantagem significativa de poder sobre seus rivais provavelmente se comportará mais agressivamente porque tem capacidade para tal, bem como incentivos para agir assim [projeto doutrina Monroe mundial – EUA]

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