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FACULDADE IDEAL-FACI
Função Social da Lei de Falência 
BELÉM-PA
2013
FACULDADE IDEAL- FACI
Este presente trabalho foi proposto com o objetivo para obtençao de nota complementar referente a 1º avaliação da disciplina Direito Comercial, aos alunos do 10º semestre do curso de direito da Faculdade Ideal.
DISCIPLINA: DIREITO COMERCIAL
PROFESSOR: BRUNO
TURMA: 10A
EQUIPE:
JOSÉ WAGNER MUNIZ;
LILIANE REBELO;
WESCLEY DINIZ
SIDNEY VIEIRA
BELÉM-PA
2013
Introdução
 		A partir do do Código Civil de 2002, a mpresa assumiu importante papel na atual socciedade, considerando sua função indispensável no núcleo da economia. Por isso, pela ordem constitucional pode ser tida como essencial também sua função social. De fato, a Lei 10.406/2002, efetivou o que se previa no artigo 5º, XXII, da Constituição Federal de 1988.
Para existência da sociedade empresária, é necessário que esta goze de regime econômico de 
livre iniciativa e de liberdade de concorrência, sendo isto indispensável a conquista de 
clientes/consumidores, respeitando os direitos a eles garantidos.
Dessarte, a empresa inserida no contexto econômico e social vigente, pode atravessar uma crise empresarial. Há várias possibilidades que levam uma empresa a passar por dificuldades, seja ela econômica, financeira ou patrimonial. Essa crise também pode ser ocasiada por problemas na macroeconomia. 
 		A Lei 11.101/2005 surgiu para afim de ajustar mecanismos jurídicos afim de auxiliar na superação da crise econômico-financeira da empresa com o instituto da recuperação judicial, extrajudicial e falência, trazedo diretrizes ao regime jurídico ante a crise empresarial, afim de assegurar a função social da empresa e garantir o cumprimento da obrigação. Em caso de falência, por completa inviabilidade empresarial, o patrimônio da sociedade garante aos credores o cumprimento da obrigação.
 		A essência da Lei Falimentar é manter a empresa enquanto unidade produtiva, seus recursos geradores de renda e emprego. Acabando a modalidade concordata foi cedido à empresa optar pela recuperação judicial ou extrajudicial, com a flexibilização em processos de recuperação empresarial, seguindo um plano alternativo para solucionar as dificuldades advindas de uma crise, ainda que momentânea da entidade empresarial.
Instituindo a recuperação judicial e a extrajudicial. A Nova Lei de Falência frisa pela manutenção a recuperação é ferramenta afim de manter a unidade de produção.
	Conceito de Falência:
 							  	 A palavra Falência, segundo o dicionário Michaelis é proveniente do termo latino fallentia, sendo o “ Ato ou efeito de falir; falimento , estado de quase Insolvência ou de insolvência..."
 	 A falência era interpretada como sanção ao devedor, no entanto, o desenvolvimento das sociedades e da tecnologia permitiu a quebra do paradigma. 
 O art. 75 da Lei de Falencia declara:
“a falência, ao promover o afastamento do devedor de suas atividades, visa a preservar e otimizar a utilização produtiva dos bens, ativos e recursos produtivos, inclusive os intangíveis, da empresa”.
 		Outrossim, segundo Fabio Ulhoa Coelho (2011, p. 345): “Um dos pressupostos da instauração deste específico processo judicial de execução é, portanto, a insolvência. Atente-se que não deve ser entendido esse pressuposto em sua acepção econômica, ou seja, como estado patrimonial de insolvência de bens de um sujeito de direito para a integral solução de suas obrigações”.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA LEI DE FALÊNCIAS: 
	Viabilizar a preservação da empresa
 		Por este principio, busca-se viabilizar a preservação da empresa em razão de sua função social. O princípio da recuperação de empresários e empresas é extremamente importante para o Estado, para isso deve fornecer condições para que a empresa se recupere a fim de estimular sua atividade empresarial. A recuperação também significa proteção aos trabalhadores, com a finalidade de dar preferência no recebimento de créditos, há ainda a predominância dos interesses dos credores.
	Credito com custo reduzido
 		Este principio serve para passar segurança jurídica às pessoas que detém o capital, a fim de que estimule o crescimento econômico, com celeridade e eficiência, atreladas a normas falimentares claras afim de evitar burocracia.
	Segurança jurídica
 		Por este principio deve ser fornecida clareza processual, para que assim, as partes possuam segurança jurídica.
	Maior participação ativa dos credores
 		É extremamente necessário que os credores tenham grande participação no processo, pois, caso isso ocorra, a possibilidade de êxito é grande.
	Maximização do valor dos ativos do falido 
 		Principio que visa que sejam explorados os ativos de quem sofre a falência, desburocratizando o processo.
	A Função Social
 		Antes de debruçar nas características e natureza de cada crédito falimentar, destacar o valor social da ordem de pagamento classificada, a saber:
a) Créditos extraconcursais
b) Créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 salários mínimos por credor, e créditos decorrentes de acidente de trabalho.
c) Créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado.
d) Créditos Tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, excetuadas as multas tributárias.
e) Créditos com privilégio especial. 
f) Créditos com privilégio geral.
g) Créditos quirografários.
h) Multas contratuais e penas pecuniárias por 
infração das leis penais ou administrativas, inclusive 
as multas tributárias. 
i) Créditos Subordinados.
 	Desse modo, a Lei 11.101/2005 considerou, o interesse público na satisfação dos créditos submetidos à falência definindo a classificação por classes baseada na função social da empresa.
 		Para exemplo, embora haja dois credores, com os mesmos valores de créditos no importe de R$ 50.000.00 (cinquenta mil reais), se o primeiro provém de legislação do trabalho, ou seja, possuí natureza alimentar, e o segundo provém de uma natureza contratual, no exemplo do contrato de empréstimo celebrado pela sociedade empresária e instituição bancária. Nesse caso, o legislador estabeleceu que o credor de crédito de natureza trabalhista receberá o valor acima referido, enquanto o segundo, por ser de natureza contratual, receberá depois de todos os demais credores por não haver nenhuma preferência em seu recebimento, por ser crédito de natureza quirografária. Esse exemplo torna prático o entendimento do interesse social na falência e evidencia, de forma clara, o atendimento à função social da empresa. 
 		Trata-se de algo que advém da ordem social, posto que seria injusto que um grande credor bancário recebesse antes de um trabalhador que despendeu anos de labuta com muito empenho e sacrifício, o que torna cogente a satisfação do crédito trabalhista - alimentar. Ainda assim, buscou resguardar outros credores, no que tange aos que promoveram a ação de falência, conforme preconiza o inciso IV, que resguarda o pagamento desses créditos oriundos da ação judicial e suas custas devidas, num entendimento correto por questão de justiça.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 		Nota-se que a Nova Lei de Falência e de Recuperação de Empresas, traz em si uma realidade social, necessária para evitar que dificuldades financeiras afastem do mercado produtivo empresas que viabilizem possibilidade de superar essa crise, num determinado período de tempo. O eventual desaparecimento de qualquer empreendimento econômico causa inúmeros transtornos para a sociedade, trazendo como conseqüências inevitáveis, dependendo do raio de sua atuação, o fechamento de postos de trabalho, o desaquecimento da economia, a redução das exportações, a queda dos níveis de concorrência e dos recolhimentos de tributos.
 Toda a empresa tem uma função social a cumprir e, sendo a organização empresarial um ente de significativa importância para a sociedade, a eventual extinção da unidade produtiva, resulta inevitavelmente, em conseqüências negativas para o conjunto social, aí incluídos Estado, a comunidade como um todo e, inclusiveos próprios credores.
 O novo diploma legal cria condições concretas para a reestruturação da empresa, possibilitando a sua recuperação. Não mais se exige a comprovação de inexistência de protestos, para que o Poder Judiciário possa deferir a recuperação judicial.
 A Lei nº 11.101/05, impôs o valor mínimo de 40 salários mínimos para o deferimento do pedido de falência, prova inequívoca de que ela traz compromissos com os princípios gerais da atividade econômica prevista no artigo 170 da CF, bem como, reafirmar que toda empresa é um bem social, e que por isso precisa ser preservada.
 Estão resguardados nessa Nova Lei de Falências e de Recuperação de Empresas os princípios da função social e o da preservação da empresa, construídos na valorização do trabalho humano, na livre concorrência e na livre iniciativa, assegurando a todos existência digna, de conformidade com os ditames da justiça social.
Bibliografia
COELHO, Fabio Ulhoa. Manual de Direito Comercial – Direito de empresa. 21ª edição. São Paulo/SP. Editora Saraiva. 2009.
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/seminasoc/article/view/13145/12110