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Atividade Pratica Supervisionada

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ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
DIREITO FALIMENTAR E RECUPERACIONAL
Aluno: Pedro Uther Dantas Trajano
RA: 8297696
ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 
1. Os alunos deverão ler os textos abaixo e realizar uma resenha critica de ambos, 
indicando sua relação.
I. DO CARÁTER EXTRACONCURSAL DOS CRÉDITOS FALIMENTARES DECORRENTES DE 
OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS PELO DEVEDOR DURANTE A RECUPERAÇÃO JUDICIAL - 
Fa[ma Nancy Andrighi 
II. ASPECTOS PROCESSUAIS DA DECRETAÇÃO DE INEFICÁCIA E DA AÇÃO 
REVOCATÓRIA FALIMENTAR - Luiz Guilherme Marinoni e Ricardo Alexandre da 
Silva 
III. RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA DE PEQUENAS E MICROEMPRESAS – A LEI 
COMPLEMENTAR N. 147/2014 -Carlos Henrique Abrão 
IV. Bankruptcy Act, 1914. United Kingdom Bankruptcy Act. 
1. O aluno deverá construir uma resenha cri[ca dos textos, correlacionando-os e 
expondo sua visão sobre a relevância da recuperação judicial e o papel das 
microempresas e empresas de pequeno porte. Deverá, ainda, relacionar a lei 
nacional com o Bankruptcy Act, 1914. 
2. A construção de argumentação cri[ca é fundamental para a realização da 
a[vidade. O aluno deverá, ainda, contextualizar seus argumentos relacionando-os 
à a[vidade econômica das empresas e a função da recuperação judicial e falência. 
3. O texto deverá conter o posicionamento do aluno frente as temá[cas 
apresentadas pelos autores. 
4. A a[vidade deverá ser lançada no Blackboard. 
I. DO CARÁTER EXTRACONCURSAL DOS CRÉDITOS FALIMENTARES DECORRENTES 
DE OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS PELO DEVEDOR DURANTE A RECUPERAÇÃO 
JUDICIAL
Os créditos extra concursais, são satisfeitos com o produto da liquidação 
dos ativos da Massa Falida com prioridade em relação aos créditos 
concursais, já existentes por ocasião da decretação da falência ou do 
pedido de recuperação judicial convolada em falência. 
Artigo 67 da LRF estabelece que “os créditos decorrentes de obrigações 
contraídas pelo devedor durante a recuperação judicial, inclusive aqueles 
relativos às despesas por exemplo com fornecedores, de bens ou serviços e 
contratos de mútuo, estes serão considerados extra concursais, em caso de 
decretação de falência, respeitada, no que couber, a ordem estabelecida no 
art. 83 desta lei"
A prioridade no tratamento conferido aos credores que continuarem a 
contratar com empresário, durante a sua recuperação judicial, é 
asseguradora pela legislação de modo a se incentivar que não haja a 
interrupção do fornecimento de mercadoria ou serviços justamente no 
período em que o empresário devedor, mas o necessita, 
independentemente de qualquer garantia, assim, os credores que tiverem 
contratado serviços/ e ou o empresário tiver contratado neste período, 
credores extra concursais e serão com prioridade em relação aos demais 
credores.
ASPECTOS PROCESSUAIS DA DECRETAÇÃO DE INEFICÁCIA E DA AÇÃO 
REVOCATÓRIA FALIMENTAR
À luz dos artigos 129 e 130 da LRF, no qual podemos observar que há uma 
tradicional distinção entre atos ineficazes em relação à massa e atos 
revogáveis. 
A abrangência que o legislador conferiu a essa diferenciação, reproduzindo-
a em outros dispositivos, poderia levar à conclusão de que nas hipóteses 
indicadas no artigo 129 os atos seriam declarados ineficazes, assim 
ocorreria a nulidade quando houvesse atos fraudulentos entre o devedor e 
aquele que fora contratado, nos termos do artigo 130. 
As ações revocatórias por ineficácia são tidas como natural objetivos, razão 
pela qual não será requerido a presença do “fraudulento”, entre as partes, 
para a decretação de sua ineficácia junto à massa falida, porém não será 
necessário investiga, se o terceiro tinha boa-fé ou não para com o 
empresário e devedor, basta que ocorra alguma das situações previstas nos 
incisos do artigo 129 da LRF e tal fato tenha ocorrido no lapso temporal do 
termo legal de falência ou nos dois anos anteriores da quebra, a depender 
do inciso, para a sua admissibilidade. 
Ação Revocatória, poderá ser proposta por quaisquer credor, pelo 
Ministério Público, ou pelo administrador judicial no prazo de 3 (três) anos 
contados da decretação da falência, podendo ter como sujeitos passivos, 
nos termos do artigo 133 da Lei 1.101/2005, todos os que figuraram no ato 
ou que por efeito dele foram pagos, garantidos, ou beneficiados, todos os 
terceiros adquirentes, se tiveram conhecimento, da intenção do devedor de 
prejudicar os credores e os herdeiros ou legatários das pessoas acima 
indicadas.
II.
RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA DE PEQUENAS E MICROEMPRESAS
A Recuperação Judicial (R.J.) é um instituto cuja origem se deu com a Lei nº 
11.101/2005. Trata-se do procedimento apropriado para viabilizar a 
preservação da sociedade empresária em que figuram como princípios: i) a 
preservação da empresa e de sua função social; ii) a dignidade pessoa 
humana; iii) igualdade entre os credores; iv) a impossibilidade de imposição 
de sacrifício maior aos credores; v) o tratamento jurídico diferenciado para 
microempresas e empresas de pequeno porte; e vi) valorização do 
trabalho, da segurança jurídica e da efetividade do direito.
O conceito trazido pela Lei de Falências e Recuperação contempla a função 
social da empresa, que passa a desempenhar papel que transcende a 
geração de lucro, alcançando também a geração de empregos, a 
remuneração dos empregados, a circulação de capital e arrecadação de 
tributos.
Com relação às pequenas empresas (de pequeno porte) e microempresas, a 
Lei no 11.101/2005 prevê o instituto da Recuperação Judicial especial, o 
qual possui requisitos e condições de concessão diferenciados em relação à 
recuperação judicial comum ou ordinária. 
Há um tratamento diferenciado nestes casos, pois apesar de sua 
importância no mercado, as microempresas e empresas de pequeno porte 
dificilmente poderiam competir com agentes econômicos poderosos em pé 
de igualdade se não fosse o tratamento diferenciado, mais simplificado no 
cumprimento de suas obrigações, determinado pela constituição. 
Os aspectos essenciais que fluem da recuperação judicial destes tipos de 
empresas, tornam este plano especial simplificado, sem muitas burocracias, 
princípio da oralidade, direção democrática dos interesses em disputa para 
que se alcance um denominador comum.
III.
BANKRUPTICY ACT
A legislação anglo-saxônica sempre previu a dissociação entre o empresário 
e a sociedade empresaria. Sempre viu a falência como uma consequência 
muito mais econômica do que processual, desta forma, a partir do 
momento em que o empresário entregava os seus bens aos credores, não 
importando o valor a ser levantado com eles, estava livre das obrigações 
antes assumidas é a discharge. Estas diretrizes estavam previstas no 
Bankruptcy Act de 1914, modificado em 1926 e 1947.
Desde a sua edição a então lei brasileira de falência sofreu duras críticas da 
maioria dos doutrinadores. As críticas se intensificaram nas últimas décadas 
quando ficou latente a importância social das empresas. A 
incompatibilidade aumentou quando a Constituição Federal promulgada 
em 1988 passou a prever a valorização do trabalho humano e a livre 
iniciativa como princípios constitucionais. Todas as críticas e 
acontecimentos resultaram no projeto de lei apresentado em 1993 e 
promulgado em 2004 que é a nova lei de falências e recuperação judicial 
objeto principal de estudo do presente trabalho. 
A principal distinção entre as duas leis falimentares, sem dúvida, reside na 
proteção econômica adotada pela nova Lei. Deixa a Lei de se preocupar 
apenas com os interesses dos credores e devedor, preocupa-se agora em 
acréscimo a isto com os interesses dos funcionários, da empresa e da 
sociedade, principal beneficiada com a manutenção da empresa 
economicamente viável. A Nova lei, Bbusca a criação de canais de 
negociação entre credores e devedor para que se busquem soluções de 
mercado para os problemas econômicos e financeiros vividos pelas 
empresas em dificuldades. 
IV.
CONCLUSAO 
A recuperação judicial possuí um papel muito importante para as 
microempresas e empresas de pequeno porte, visto quepermite a sua 
sobrevivência no mercado mesmo diante das crises econômicas e das 
dificuldades financeiras enfrentadas.
A recuperação judicial é uma alternativa para as empresas continuarem no 
mercado não decretarem falência e crescerem novamente.
Já a falência é um processo no qual todo o patrimônio do empresário 
falido seja ele pessoa física ou jurídica é arrecadado para o pagamento dos 
credores e dividas e a punição de atos criminosos praticados pelo devedor 
falido também é realizada durante a falência.
Portanto, consoante o Art. 47 da LFR, trata-se de procedimento judicial 
cujo objetivo será o de proporcionar ao devedor empresário a superação de 
sua crise econômica/financeira, continuando assim, o exercício de sua 
atividade com a manutenção dos empregos, da fonte produtora, dos 
interesses dos credores e da função social.
Logo, o objetivo da Recuperação é a Preservação da Empresa, não do 
empresário, ou seja, preservação da atividade econômica principal para a 
Preservação da função social.
Além disso é estímulo a atividade econômica
V.
Atividade Prática Supervisionada
sábado, 30 de outubro de 2021 17:00
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
DIREITO FALIMENTAR E RECUPERACIONAL
Aluno: Pedro Uther Dantas Trajano
RA: 8297696
ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 
1. Os alunos deverão ler os textos abaixo e realizar uma resenha critica de ambos, 
indicando sua relação.
I. DO CARÁTER EXTRACONCURSAL DOS CRÉDITOS FALIMENTARES DECORRENTES DE 
OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS PELO DEVEDOR DURANTE A RECUPERAÇÃO JUDICIAL - 
Fa[ma Nancy Andrighi 
II. ASPECTOS PROCESSUAIS DA DECRETAÇÃO DE INEFICÁCIA E DA AÇÃO 
REVOCATÓRIA FALIMENTAR - Luiz Guilherme Marinoni e Ricardo Alexandre da 
Silva 
III. RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA DE PEQUENAS E MICROEMPRESAS – A LEI 
COMPLEMENTAR N. 147/2014 -Carlos Henrique Abrão 
IV. Bankruptcy Act, 1914. United Kingdom Bankruptcy Act. 
1. O aluno deverá construir uma resenha cri[ca dos textos, correlacionando-os e 
expondo sua visão sobre a relevância da recuperação judicial e o papel das 
microempresas e empresas de pequeno porte. Deverá, ainda, relacionar a lei 
nacional com o Bankruptcy Act, 1914. 
2. A construção de argumentação cri[ca é fundamental para a realização da 
a[vidade. O aluno deverá, ainda, contextualizar seus argumentos relacionando-os 
à a[vidade econômica das empresas e a função da recuperação judicial e falência. 
3. O texto deverá conter o posicionamento do aluno frente as temá[cas 
apresentadas pelos autores. 
4. A a[vidade deverá ser lançada no Blackboard. 
I. DO CARÁTER EXTRACONCURSAL DOS CRÉDITOS FALIMENTARES DECORRENTES 
DE OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS PELO DEVEDOR DURANTE A RECUPERAÇÃO 
JUDICIAL
Os créditos extra concursais, são satisfeitos com o produto da liquidação 
dos ativos da Massa Falida com prioridade em relação aos créditos 
concursais, já existentes por ocasião da decretação da falência ou do 
pedido de recuperação judicial convolada em falência. 
Artigo 67 da LRF estabelece que “os créditos decorrentes de obrigações 
contraídas pelo devedor durante a recuperação judicial, inclusive aqueles 
relativos às despesas por exemplo com fornecedores, de bens ou serviços e 
contratos de mútuo, estes serão considerados extra concursais, em caso de 
decretação de falência, respeitada, no que couber, a ordem estabelecida no 
art. 83 desta lei"
A prioridade no tratamento conferido aos credores que continuarem a 
contratar com empresário, durante a sua recuperação judicial, é 
asseguradora pela legislação de modo a se incentivar que não haja a 
interrupção do fornecimento de mercadoria ou serviços justamente no 
período em que o empresário devedor, mas o necessita, 
independentemente de qualquer garantia, assim, os credores que tiverem 
contratado serviços/ e ou o empresário tiver contratado neste período, 
credores extra concursais e serão com prioridade em relação aos demais 
credores.
ASPECTOS PROCESSUAIS DA DECRETAÇÃO DE INEFICÁCIA E DA AÇÃO 
REVOCATÓRIA FALIMENTAR
À luz dos artigos 129 e 130 da LRF, no qual podemos observar que há uma 
tradicional distinção entre atos ineficazes em relação à massa e atos 
revogáveis. 
A abrangência que o legislador conferiu a essa diferenciação, reproduzindo-
a em outros dispositivos, poderia levar à conclusão de que nas hipóteses 
indicadas no artigo 129 os atos seriam declarados ineficazes, assim 
ocorreria a nulidade quando houvesse atos fraudulentos entre o devedor e 
aquele que fora contratado, nos termos do artigo 130. 
As ações revocatórias por ineficácia são tidas como natural objetivos, razão 
pela qual não será requerido a presença do “fraudulento”, entre as partes, 
para a decretação de sua ineficácia junto à massa falida, porém não será 
necessário investiga, se o terceiro tinha boa-fé ou não para com o 
empresário e devedor, basta que ocorra alguma das situações previstas nos 
incisos do artigo 129 da LRF e tal fato tenha ocorrido no lapso temporal do 
termo legal de falência ou nos dois anos anteriores da quebra, a depender 
do inciso, para a sua admissibilidade. 
Ação Revocatória, poderá ser proposta por quaisquer credor, pelo 
Ministério Público, ou pelo administrador judicial no prazo de 3 (três) anos 
contados da decretação da falência, podendo ter como sujeitos passivos, 
nos termos do artigo 133 da Lei 1.101/2005, todos os que figuraram no ato 
ou que por efeito dele foram pagos, garantidos, ou beneficiados, todos os 
terceiros adquirentes, se tiveram conhecimento, da intenção do devedor de 
prejudicar os credores e os herdeiros ou legatários das pessoas acima 
indicadas.
II.
RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA DE PEQUENAS E MICROEMPRESAS
A Recuperação Judicial (R.J.) é um instituto cuja origem se deu com a Lei nº 
11.101/2005. Trata-se do procedimento apropriado para viabilizar a 
preservação da sociedade empresária em que figuram como princípios: i) a 
preservação da empresa e de sua função social; ii) a dignidade pessoa 
humana; iii) igualdade entre os credores; iv) a impossibilidade de imposição 
de sacrifício maior aos credores; v) o tratamento jurídico diferenciado para 
microempresas e empresas de pequeno porte; e vi) valorização do 
trabalho, da segurança jurídica e da efetividade do direito.
O conceito trazido pela Lei de Falências e Recuperação contempla a função 
social da empresa, que passa a desempenhar papel que transcende a 
geração de lucro, alcançando também a geração de empregos, a 
remuneração dos empregados, a circulação de capital e arrecadação de 
tributos.
Com relação às pequenas empresas (de pequeno porte) e microempresas, a 
Lei no 11.101/2005 prevê o instituto da Recuperação Judicial especial, o 
qual possui requisitos e condições de concessão diferenciados em relação à 
recuperação judicial comum ou ordinária. 
Há um tratamento diferenciado nestes casos, pois apesar de sua 
importância no mercado, as microempresas e empresas de pequeno porte 
dificilmente poderiam competir com agentes econômicos poderosos em pé 
de igualdade se não fosse o tratamento diferenciado, mais simplificado no 
cumprimento de suas obrigações, determinado pela constituição. 
Os aspectos essenciais que fluem da recuperação judicial destes tipos de 
empresas, tornam este plano especial simplificado, sem muitas burocracias, 
princípio da oralidade, direção democrática dos interesses em disputa para 
que se alcance um denominador comum.
III.
BANKRUPTICY ACT
A legislação anglo-saxônica sempre previu a dissociação entre o empresário 
e a sociedade empresaria. Sempre viu a falência como uma consequência 
muito mais econômica do que processual, desta forma, a partir do 
momento em que o empresário entregava os seus bens aos credores, não 
importando o valor a ser levantado com eles, estava livre das obrigações 
antes assumidas é a discharge. Estas diretrizes estavam previstas no 
Bankruptcy Act de 1914, modificado em 1926 e 1947.
Desde a sua edição a então lei brasileira de falência sofreu duras críticas da 
maioria dos doutrinadores. As críticas se intensificaram nas últimas décadas 
quando ficou latente a importânciasocial das empresas. A 
incompatibilidade aumentou quando a Constituição Federal promulgada 
em 1988 passou a prever a valorização do trabalho humano e a livre 
iniciativa como princípios constitucionais. Todas as críticas e 
acontecimentos resultaram no projeto de lei apresentado em 1993 e 
promulgado em 2004 que é a nova lei de falências e recuperação judicial 
objeto principal de estudo do presente trabalho. 
A principal distinção entre as duas leis falimentares, sem dúvida, reside na 
proteção econômica adotada pela nova Lei. Deixa a Lei de se preocupar 
apenas com os interesses dos credores e devedor, preocupa-se agora em 
acréscimo a isto com os interesses dos funcionários, da empresa e da 
sociedade, principal beneficiada com a manutenção da empresa 
economicamente viável. A Nova lei, Bbusca a criação de canais de 
negociação entre credores e devedor para que se busquem soluções de 
mercado para os problemas econômicos e financeiros vividos pelas 
empresas em dificuldades. 
IV.
CONCLUSAO 
A recuperação judicial possuí um papel muito importante para as 
microempresas e empresas de pequeno porte, visto que permite a sua 
sobrevivência no mercado mesmo diante das crises econômicas e das 
dificuldades financeiras enfrentadas.
A recuperação judicial é uma alternativa para as empresas continuarem no 
mercado não decretarem falência e crescerem novamente.
Já a falência é um processo no qual todo o patrimônio do empresário 
falido seja ele pessoa física ou jurídica é arrecadado para o pagamento dos 
credores e dividas e a punição de atos criminosos praticados pelo devedor 
falido também é realizada durante a falência.
Portanto, consoante o Art. 47 da LFR, trata-se de procedimento judicial 
cujo objetivo será o de proporcionar ao devedor empresário a superação de 
sua crise econômica/financeira, continuando assim, o exercício de sua 
atividade com a manutenção dos empregos, da fonte produtora, dos 
interesses dos credores e da função social.
Logo, o objetivo da Recuperação é a Preservação da Empresa, não do 
empresário, ou seja, preservação da atividade econômica principal para a 
Preservação da função social.
Além disso é estímulo a atividade econômica
V.
Atividade Prática Supervisionada
sábado, 30 de outubro de 2021 17:00
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
DIREITO FALIMENTAR E RECUPERACIONAL
Aluno: Pedro Uther Dantas Trajano
RA: 8297696
ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 
1. Os alunos deverão ler os textos abaixo e realizar uma resenha critica de ambos, 
indicando sua relação.
I. DO CARÁTER EXTRACONCURSAL DOS CRÉDITOS FALIMENTARES DECORRENTES DE 
OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS PELO DEVEDOR DURANTE A RECUPERAÇÃO JUDICIAL - 
Fa[ma Nancy Andrighi 
II. ASPECTOS PROCESSUAIS DA DECRETAÇÃO DE INEFICÁCIA E DA AÇÃO 
REVOCATÓRIA FALIMENTAR - Luiz Guilherme Marinoni e Ricardo Alexandre da 
Silva 
III. RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA DE PEQUENAS E MICROEMPRESAS – A LEI 
COMPLEMENTAR N. 147/2014 -Carlos Henrique Abrão 
IV. Bankruptcy Act, 1914. United Kingdom Bankruptcy Act. 
1. O aluno deverá construir uma resenha cri[ca dos textos, correlacionando-os e 
expondo sua visão sobre a relevância da recuperação judicial e o papel das 
microempresas e empresas de pequeno porte. Deverá, ainda, relacionar a lei 
nacional com o Bankruptcy Act, 1914. 
2. A construção de argumentação cri[ca é fundamental para a realização da 
a[vidade. O aluno deverá, ainda, contextualizar seus argumentos relacionando-os 
à a[vidade econômica das empresas e a função da recuperação judicial e falência. 
3. O texto deverá conter o posicionamento do aluno frente as temá[cas 
apresentadas pelos autores. 
4. A a[vidade deverá ser lançada no Blackboard. 
I. DO CARÁTER EXTRACONCURSAL DOS CRÉDITOS FALIMENTARES DECORRENTES 
DE OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS PELO DEVEDOR DURANTE A RECUPERAÇÃO 
JUDICIAL
Os créditos extra concursais, são satisfeitos com o produto da liquidação 
dos ativos da Massa Falida com prioridade em relação aos créditos 
concursais, já existentes por ocasião da decretação da falência ou do 
pedido de recuperação judicial convolada em falência. 
Artigo 67 da LRF estabelece que “os créditos decorrentes de obrigações 
contraídas pelo devedor durante a recuperação judicial, inclusive aqueles 
relativos às despesas por exemplo com fornecedores, de bens ou serviços e 
contratos de mútuo, estes serão considerados extra concursais, em caso de 
decretação de falência, respeitada, no que couber, a ordem estabelecida no 
art. 83 desta lei"
A prioridade no tratamento conferido aos credores que continuarem a 
contratar com empresário, durante a sua recuperação judicial, é 
asseguradora pela legislação de modo a se incentivar que não haja a 
interrupção do fornecimento de mercadoria ou serviços justamente no 
período em que o empresário devedor, mas o necessita, 
independentemente de qualquer garantia, assim, os credores que tiverem 
contratado serviços/ e ou o empresário tiver contratado neste período, 
credores extra concursais e serão com prioridade em relação aos demais 
credores.
ASPECTOS PROCESSUAIS DA DECRETAÇÃO DE INEFICÁCIA E DA AÇÃO 
REVOCATÓRIA FALIMENTAR
À luz dos artigos 129 e 130 da LRF, no qual podemos observar que há uma 
tradicional distinção entre atos ineficazes em relação à massa e atos 
revogáveis. 
A abrangência que o legislador conferiu a essa diferenciação, reproduzindo-
a em outros dispositivos, poderia levar à conclusão de que nas hipóteses 
indicadas no artigo 129 os atos seriam declarados ineficazes, assim 
ocorreria a nulidade quando houvesse atos fraudulentos entre o devedor e 
aquele que fora contratado, nos termos do artigo 130. 
As ações revocatórias por ineficácia são tidas como natural objetivos, razão 
pela qual não será requerido a presença do “fraudulento”, entre as partes, 
para a decretação de sua ineficácia junto à massa falida, porém não será 
necessário investiga, se o terceiro tinha boa-fé ou não para com o 
empresário e devedor, basta que ocorra alguma das situações previstas nos 
incisos do artigo 129 da LRF e tal fato tenha ocorrido no lapso temporal do 
termo legal de falência ou nos dois anos anteriores da quebra, a depender 
do inciso, para a sua admissibilidade. 
Ação Revocatória, poderá ser proposta por quaisquer credor, pelo 
Ministério Público, ou pelo administrador judicial no prazo de 3 (três) anos 
contados da decretação da falência, podendo ter como sujeitos passivos, 
nos termos do artigo 133 da Lei 1.101/2005, todos os que figuraram no ato 
ou que por efeito dele foram pagos, garantidos, ou beneficiados, todos os 
terceiros adquirentes, se tiveram conhecimento, da intenção do devedor de 
prejudicar os credores e os herdeiros ou legatários das pessoas acima 
indicadas.
II.
RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA DE PEQUENAS E MICROEMPRESAS
A Recuperação Judicial (R.J.) é um instituto cuja origem se deu com a Lei nº 
11.101/2005. Trata-se do procedimento apropriado para viabilizar a 
preservação da sociedade empresária em que figuram como princípios: i) a 
preservação da empresa e de sua função social; ii) a dignidade pessoa 
humana; iii) igualdade entre os credores; iv) a impossibilidade de imposição 
de sacrifício maior aos credores; v) o tratamento jurídico diferenciado para 
microempresas e empresas de pequeno porte; e vi) valorização do 
trabalho, da segurança jurídica e da efetividade do direito.
O conceito trazido pela Lei de Falências e Recuperação contempla a função 
social da empresa, que passa a desempenhar papel que transcende a 
geração de lucro, alcançando também a geração de empregos, a 
remuneração dos empregados, a circulação de capital e arrecadação de 
tributos.
Com relação às pequenas empresas (de pequeno porte) e microempresas, a 
Lei no 11.101/2005 prevê o instituto da Recuperação Judicial especial, o 
qual possui requisitos e condições de concessão diferenciados em relação à 
recuperação judicial comum ou ordinária. 
Há um tratamento diferenciado nestes casos, pois apesar de sua 
importância no mercado, as microempresas e empresas de pequeno porte 
dificilmente poderiam competircom agentes econômicos poderosos em pé 
de igualdade se não fosse o tratamento diferenciado, mais simplificado no 
cumprimento de suas obrigações, determinado pela constituição. 
Os aspectos essenciais que fluem da recuperação judicial destes tipos de 
empresas, tornam este plano especial simplificado, sem muitas burocracias, 
princípio da oralidade, direção democrática dos interesses em disputa para 
que se alcance um denominador comum.
III.
BANKRUPTICY ACT
A legislação anglo-saxônica sempre previu a dissociação entre o empresário 
e a sociedade empresaria. Sempre viu a falência como uma consequência 
muito mais econômica do que processual, desta forma, a partir do 
momento em que o empresário entregava os seus bens aos credores, não 
importando o valor a ser levantado com eles, estava livre das obrigações 
antes assumidas é a discharge. Estas diretrizes estavam previstas no 
Bankruptcy Act de 1914, modificado em 1926 e 1947.
Desde a sua edição a então lei brasileira de falência sofreu duras críticas da 
maioria dos doutrinadores. As críticas se intensificaram nas últimas décadas 
quando ficou latente a importância social das empresas. A 
incompatibilidade aumentou quando a Constituição Federal promulgada 
em 1988 passou a prever a valorização do trabalho humano e a livre 
iniciativa como princípios constitucionais. Todas as críticas e 
acontecimentos resultaram no projeto de lei apresentado em 1993 e 
promulgado em 2004 que é a nova lei de falências e recuperação judicial 
objeto principal de estudo do presente trabalho. 
A principal distinção entre as duas leis falimentares, sem dúvida, reside na 
proteção econômica adotada pela nova Lei. Deixa a Lei de se preocupar 
apenas com os interesses dos credores e devedor, preocupa-se agora em 
acréscimo a isto com os interesses dos funcionários, da empresa e da 
sociedade, principal beneficiada com a manutenção da empresa 
economicamente viável. A Nova lei, Bbusca a criação de canais de 
negociação entre credores e devedor para que se busquem soluções de 
mercado para os problemas econômicos e financeiros vividos pelas 
empresas em dificuldades. 
IV.
CONCLUSAO 
A recuperação judicial possuí um papel muito importante para as 
microempresas e empresas de pequeno porte, visto que permite a sua 
sobrevivência no mercado mesmo diante das crises econômicas e das 
dificuldades financeiras enfrentadas.
A recuperação judicial é uma alternativa para as empresas continuarem no 
mercado não decretarem falência e crescerem novamente.
Já a falência é um processo no qual todo o patrimônio do empresário 
falido seja ele pessoa física ou jurídica é arrecadado para o pagamento dos 
credores e dividas e a punição de atos criminosos praticados pelo devedor 
falido também é realizada durante a falência.
Portanto, consoante o Art. 47 da LFR, trata-se de procedimento judicial 
cujo objetivo será o de proporcionar ao devedor empresário a superação de 
sua crise econômica/financeira, continuando assim, o exercício de sua 
atividade com a manutenção dos empregos, da fonte produtora, dos 
interesses dos credores e da função social.
Logo, o objetivo da Recuperação é a Preservação da Empresa, não do 
empresário, ou seja, preservação da atividade econômica principal para a 
Preservação da função social.
Além disso é estímulo a atividade econômica
V.
Atividade Prática Supervisionada
sábado, 30 de outubro de 2021 17:00
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
DIREITO FALIMENTAR E RECUPERACIONAL
Aluno: Pedro Uther Dantas Trajano
RA: 8297696
ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 
1. Os alunos deverão ler os textos abaixo e realizar uma resenha critica de ambos, 
indicando sua relação.
I. DO CARÁTER EXTRACONCURSAL DOS CRÉDITOS FALIMENTARES DECORRENTES DE 
OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS PELO DEVEDOR DURANTE A RECUPERAÇÃO JUDICIAL - 
Fa[ma Nancy Andrighi 
II. ASPECTOS PROCESSUAIS DA DECRETAÇÃO DE INEFICÁCIA E DA AÇÃO 
REVOCATÓRIA FALIMENTAR - Luiz Guilherme Marinoni e Ricardo Alexandre da 
Silva 
III. RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA DE PEQUENAS E MICROEMPRESAS – A LEI 
COMPLEMENTAR N. 147/2014 -Carlos Henrique Abrão 
IV. Bankruptcy Act, 1914. United Kingdom Bankruptcy Act. 
1. O aluno deverá construir uma resenha cri[ca dos textos, correlacionando-os e 
expondo sua visão sobre a relevância da recuperação judicial e o papel das 
microempresas e empresas de pequeno porte. Deverá, ainda, relacionar a lei 
nacional com o Bankruptcy Act, 1914. 
2. A construção de argumentação cri[ca é fundamental para a realização da 
a[vidade. O aluno deverá, ainda, contextualizar seus argumentos relacionando-os 
à a[vidade econômica das empresas e a função da recuperação judicial e falência. 
3. O texto deverá conter o posicionamento do aluno frente as temá[cas 
apresentadas pelos autores. 
4. A a[vidade deverá ser lançada no Blackboard. 
I. DO CARÁTER EXTRACONCURSAL DOS CRÉDITOS FALIMENTARES DECORRENTES 
DE OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS PELO DEVEDOR DURANTE A RECUPERAÇÃO 
JUDICIAL
Os créditos extra concursais, são satisfeitos com o produto da liquidação 
dos ativos da Massa Falida com prioridade em relação aos créditos 
concursais, já existentes por ocasião da decretação da falência ou do 
pedido de recuperação judicial convolada em falência. 
Artigo 67 da LRF estabelece que “os créditos decorrentes de obrigações 
contraídas pelo devedor durante a recuperação judicial, inclusive aqueles 
relativos às despesas por exemplo com fornecedores, de bens ou serviços e 
contratos de mútuo, estes serão considerados extra concursais, em caso de 
decretação de falência, respeitada, no que couber, a ordem estabelecida no 
art. 83 desta lei"
A prioridade no tratamento conferido aos credores que continuarem a 
contratar com empresário, durante a sua recuperação judicial, é 
asseguradora pela legislação de modo a se incentivar que não haja a 
interrupção do fornecimento de mercadoria ou serviços justamente no 
período em que o empresário devedor, mas o necessita, 
independentemente de qualquer garantia, assim, os credores que tiverem 
contratado serviços/ e ou o empresário tiver contratado neste período, 
credores extra concursais e serão com prioridade em relação aos demais 
credores.
ASPECTOS PROCESSUAIS DA DECRETAÇÃO DE INEFICÁCIA E DA AÇÃO 
REVOCATÓRIA FALIMENTAR
À luz dos artigos 129 e 130 da LRF, no qual podemos observar que há uma 
tradicional distinção entre atos ineficazes em relação à massa e atos 
revogáveis. 
A abrangência que o legislador conferiu a essa diferenciação, reproduzindo-
a em outros dispositivos, poderia levar à conclusão de que nas hipóteses 
indicadas no artigo 129 os atos seriam declarados ineficazes, assim 
ocorreria a nulidade quando houvesse atos fraudulentos entre o devedor e 
aquele que fora contratado, nos termos do artigo 130. 
As ações revocatórias por ineficácia são tidas como natural objetivos, razão 
pela qual não será requerido a presença do “fraudulento”, entre as partes, 
para a decretação de sua ineficácia junto à massa falida, porém não será 
necessário investiga, se o terceiro tinha boa-fé ou não para com o 
empresário e devedor, basta que ocorra alguma das situações previstas nos 
incisos do artigo 129 da LRF e tal fato tenha ocorrido no lapso temporal do 
termo legal de falência ou nos dois anos anteriores da quebra, a depender 
do inciso, para a sua admissibilidade. 
Ação Revocatória, poderá ser proposta por quaisquer credor, pelo 
Ministério Público, ou pelo administrador judicial no prazo de 3 (três) anos 
contados da decretação da falência, podendo ter como sujeitos passivos, 
nos termos do artigo 133 da Lei 1.101/2005, todos os que figuraram no ato 
ou que por efeito dele foram pagos, garantidos, ou beneficiados, todos os 
terceiros adquirentes, se tiveram conhecimento, da intenção do devedor de 
prejudicar os credores e os herdeiros ou legatários das pessoas acima 
indicadas.
II.
RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA DE PEQUENAS E MICROEMPRESAS
A Recuperação Judicial (R.J.) é um instituto cuja origem se deu com a Lei nº 
11.101/2005. Trata-se do procedimento apropriado para viabilizar apreservação da sociedade empresária em que figuram como princípios: i) a 
preservação da empresa e de sua função social; ii) a dignidade pessoa 
humana; iii) igualdade entre os credores; iv) a impossibilidade de imposição 
de sacrifício maior aos credores; v) o tratamento jurídico diferenciado para 
microempresas e empresas de pequeno porte; e vi) valorização do 
trabalho, da segurança jurídica e da efetividade do direito.
O conceito trazido pela Lei de Falências e Recuperação contempla a função 
social da empresa, que passa a desempenhar papel que transcende a 
geração de lucro, alcançando também a geração de empregos, a 
remuneração dos empregados, a circulação de capital e arrecadação de 
tributos.
Com relação às pequenas empresas (de pequeno porte) e microempresas, a 
Lei no 11.101/2005 prevê o instituto da Recuperação Judicial especial, o 
qual possui requisitos e condições de concessão diferenciados em relação à 
recuperação judicial comum ou ordinária. 
Há um tratamento diferenciado nestes casos, pois apesar de sua 
importância no mercado, as microempresas e empresas de pequeno porte 
dificilmente poderiam competir com agentes econômicos poderosos em pé 
de igualdade se não fosse o tratamento diferenciado, mais simplificado no 
cumprimento de suas obrigações, determinado pela constituição. 
Os aspectos essenciais que fluem da recuperação judicial destes tipos de 
empresas, tornam este plano especial simplificado, sem muitas burocracias, 
princípio da oralidade, direção democrática dos interesses em disputa para 
que se alcance um denominador comum.
III.
BANKRUPTICY ACT
A legislação anglo-saxônica sempre previu a dissociação entre o empresário 
e a sociedade empresaria. Sempre viu a falência como uma consequência 
muito mais econômica do que processual, desta forma, a partir do 
momento em que o empresário entregava os seus bens aos credores, não 
importando o valor a ser levantado com eles, estava livre das obrigações 
antes assumidas é a discharge. Estas diretrizes estavam previstas no 
Bankruptcy Act de 1914, modificado em 1926 e 1947.
Desde a sua edição a então lei brasileira de falência sofreu duras críticas da 
maioria dos doutrinadores. As críticas se intensificaram nas últimas décadas 
quando ficou latente a importância social das empresas. A 
incompatibilidade aumentou quando a Constituição Federal promulgada 
em 1988 passou a prever a valorização do trabalho humano e a livre 
iniciativa como princípios constitucionais. Todas as críticas e 
acontecimentos resultaram no projeto de lei apresentado em 1993 e 
promulgado em 2004 que é a nova lei de falências e recuperação judicial 
objeto principal de estudo do presente trabalho. 
A principal distinção entre as duas leis falimentares, sem dúvida, reside na 
proteção econômica adotada pela nova Lei. Deixa a Lei de se preocupar 
apenas com os interesses dos credores e devedor, preocupa-se agora em 
acréscimo a isto com os interesses dos funcionários, da empresa e da 
sociedade, principal beneficiada com a manutenção da empresa 
economicamente viável. A Nova lei, Bbusca a criação de canais de 
negociação entre credores e devedor para que se busquem soluções de 
mercado para os problemas econômicos e financeiros vividos pelas 
empresas em dificuldades. 
IV.
CONCLUSAO 
A recuperação judicial possuí um papel muito importante para as 
microempresas e empresas de pequeno porte, visto que permite a sua 
sobrevivência no mercado mesmo diante das crises econômicas e das 
dificuldades financeiras enfrentadas.
A recuperação judicial é uma alternativa para as empresas continuarem no 
mercado não decretarem falência e crescerem novamente.
Já a falência é um processo no qual todo o patrimônio do empresário 
falido seja ele pessoa física ou jurídica é arrecadado para o pagamento dos 
credores e dividas e a punição de atos criminosos praticados pelo devedor 
falido também é realizada durante a falência.
Portanto, consoante o Art. 47 da LFR, trata-se de procedimento judicial 
cujo objetivo será o de proporcionar ao devedor empresário a superação de 
sua crise econômica/financeira, continuando assim, o exercício de sua 
atividade com a manutenção dos empregos, da fonte produtora, dos 
interesses dos credores e da função social.
Logo, o objetivo da Recuperação é a Preservação da Empresa, não do 
empresário, ou seja, preservação da atividade econômica principal para a 
Preservação da função social.
Além disso é estímulo a atividade econômica
V.
Atividade Prática Supervisionada
sábado, 30 de outubro de 2021 17:00
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
DIREITO FALIMENTAR E RECUPERACIONAL
Aluno: Pedro Uther Dantas Trajano
RA: 8297696
ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 
1. Os alunos deverão ler os textos abaixo e realizar uma resenha critica de ambos, 
indicando sua relação.
I. DO CARÁTER EXTRACONCURSAL DOS CRÉDITOS FALIMENTARES DECORRENTES DE 
OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS PELO DEVEDOR DURANTE A RECUPERAÇÃO JUDICIAL - 
Fa[ma Nancy Andrighi 
II. ASPECTOS PROCESSUAIS DA DECRETAÇÃO DE INEFICÁCIA E DA AÇÃO 
REVOCATÓRIA FALIMENTAR - Luiz Guilherme Marinoni e Ricardo Alexandre da 
Silva 
III. RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA DE PEQUENAS E MICROEMPRESAS – A LEI 
COMPLEMENTAR N. 147/2014 -Carlos Henrique Abrão 
IV. Bankruptcy Act, 1914. United Kingdom Bankruptcy Act. 
1. O aluno deverá construir uma resenha cri[ca dos textos, correlacionando-os e 
expondo sua visão sobre a relevância da recuperação judicial e o papel das 
microempresas e empresas de pequeno porte. Deverá, ainda, relacionar a lei 
nacional com o Bankruptcy Act, 1914. 
2. A construção de argumentação cri[ca é fundamental para a realização da 
a[vidade. O aluno deverá, ainda, contextualizar seus argumentos relacionando-os 
à a[vidade econômica das empresas e a função da recuperação judicial e falência. 
3. O texto deverá conter o posicionamento do aluno frente as temá[cas 
apresentadas pelos autores. 
4. A a[vidade deverá ser lançada no Blackboard. 
I. DO CARÁTER EXTRACONCURSAL DOS CRÉDITOS FALIMENTARES DECORRENTES 
DE OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS PELO DEVEDOR DURANTE A RECUPERAÇÃO 
JUDICIAL
Os créditos extra concursais, são satisfeitos com o produto da liquidação 
dos ativos da Massa Falida com prioridade em relação aos créditos 
concursais, já existentes por ocasião da decretação da falência ou do 
pedido de recuperação judicial convolada em falência. 
Artigo 67 da LRF estabelece que “os créditos decorrentes de obrigações 
contraídas pelo devedor durante a recuperação judicial, inclusive aqueles 
relativos às despesas por exemplo com fornecedores, de bens ou serviços e 
contratos de mútuo, estes serão considerados extra concursais, em caso de 
decretação de falência, respeitada, no que couber, a ordem estabelecida no 
art. 83 desta lei"
A prioridade no tratamento conferido aos credores que continuarem a 
contratar com empresário, durante a sua recuperação judicial, é 
asseguradora pela legislação de modo a se incentivar que não haja a 
interrupção do fornecimento de mercadoria ou serviços justamente no 
período em que o empresário devedor, mas o necessita, 
independentemente de qualquer garantia, assim, os credores que tiverem 
contratado serviços/ e ou o empresário tiver contratado neste período, 
credores extra concursais e serão com prioridade em relação aos demais 
credores.
ASPECTOS PROCESSUAIS DA DECRETAÇÃO DE INEFICÁCIA E DA AÇÃO 
REVOCATÓRIA FALIMENTAR
À luz dos artigos 129 e 130 da LRF, no qual podemos observar que há uma 
tradicional distinção entre atos ineficazes em relação à massa e atos 
revogáveis. 
A abrangência que o legislador conferiu a essa diferenciação, reproduzindo-
a em outros dispositivos, poderia levar à conclusão de que nas hipóteses 
indicadas no artigo 129 os atos seriam declarados ineficazes, assim 
ocorreria a nulidade quando houvesse atos fraudulentos entre o devedor e 
aquele que fora contratado, nos termos do artigo 130. 
As ações revocatórias por ineficácia são tidas como natural objetivos, razão 
pela qual não será requerido a presença do “fraudulento”, entre as partes,para a decretação de sua ineficácia junto à massa falida, porém não será 
necessário investiga, se o terceiro tinha boa-fé ou não para com o 
empresário e devedor, basta que ocorra alguma das situações previstas nos 
incisos do artigo 129 da LRF e tal fato tenha ocorrido no lapso temporal do 
termo legal de falência ou nos dois anos anteriores da quebra, a depender 
do inciso, para a sua admissibilidade. 
Ação Revocatória, poderá ser proposta por quaisquer credor, pelo 
Ministério Público, ou pelo administrador judicial no prazo de 3 (três) anos 
contados da decretação da falência, podendo ter como sujeitos passivos, 
nos termos do artigo 133 da Lei 1.101/2005, todos os que figuraram no ato 
ou que por efeito dele foram pagos, garantidos, ou beneficiados, todos os 
terceiros adquirentes, se tiveram conhecimento, da intenção do devedor de 
prejudicar os credores e os herdeiros ou legatários das pessoas acima 
indicadas.
II.
RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA DE PEQUENAS E MICROEMPRESAS
A Recuperação Judicial (R.J.) é um instituto cuja origem se deu com a Lei nº 
11.101/2005. Trata-se do procedimento apropriado para viabilizar a 
preservação da sociedade empresária em que figuram como princípios: i) a 
preservação da empresa e de sua função social; ii) a dignidade pessoa 
humana; iii) igualdade entre os credores; iv) a impossibilidade de imposição 
de sacrifício maior aos credores; v) o tratamento jurídico diferenciado para 
microempresas e empresas de pequeno porte; e vi) valorização do 
trabalho, da segurança jurídica e da efetividade do direito.
O conceito trazido pela Lei de Falências e Recuperação contempla a função 
social da empresa, que passa a desempenhar papel que transcende a 
geração de lucro, alcançando também a geração de empregos, a 
remuneração dos empregados, a circulação de capital e arrecadação de 
tributos.
Com relação às pequenas empresas (de pequeno porte) e microempresas, a 
Lei no 11.101/2005 prevê o instituto da Recuperação Judicial especial, o 
qual possui requisitos e condições de concessão diferenciados em relação à 
recuperação judicial comum ou ordinária. 
Há um tratamento diferenciado nestes casos, pois apesar de sua 
importância no mercado, as microempresas e empresas de pequeno porte 
dificilmente poderiam competir com agentes econômicos poderosos em pé 
de igualdade se não fosse o tratamento diferenciado, mais simplificado no 
cumprimento de suas obrigações, determinado pela constituição. 
Os aspectos essenciais que fluem da recuperação judicial destes tipos de 
empresas, tornam este plano especial simplificado, sem muitas burocracias, 
princípio da oralidade, direção democrática dos interesses em disputa para 
que se alcance um denominador comum.
III.
BANKRUPTICY ACT
A legislação anglo-saxônica sempre previu a dissociação entre o empresário 
e a sociedade empresaria. Sempre viu a falência como uma consequência 
muito mais econômica do que processual, desta forma, a partir do 
momento em que o empresário entregava os seus bens aos credores, não 
importando o valor a ser levantado com eles, estava livre das obrigações 
antes assumidas é a discharge. Estas diretrizes estavam previstas no 
Bankruptcy Act de 1914, modificado em 1926 e 1947.
Desde a sua edição a então lei brasileira de falência sofreu duras críticas da 
maioria dos doutrinadores. As críticas se intensificaram nas últimas décadas 
quando ficou latente a importância social das empresas. A 
incompatibilidade aumentou quando a Constituição Federal promulgada 
em 1988 passou a prever a valorização do trabalho humano e a livre 
iniciativa como princípios constitucionais. Todas as críticas e 
acontecimentos resultaram no projeto de lei apresentado em 1993 e 
promulgado em 2004 que é a nova lei de falências e recuperação judicial 
objeto principal de estudo do presente trabalho. 
A principal distinção entre as duas leis falimentares, sem dúvida, reside na 
proteção econômica adotada pela nova Lei. Deixa a Lei de se preocupar 
apenas com os interesses dos credores e devedor, preocupa-se agora em 
acréscimo a isto com os interesses dos funcionários, da empresa e da 
sociedade, principal beneficiada com a manutenção da empresa 
economicamente viável. A Nova lei, Bbusca a criação de canais de 
negociação entre credores e devedor para que se busquem soluções de 
mercado para os problemas econômicos e financeiros vividos pelas 
empresas em dificuldades. 
IV.
CONCLUSAO 
A recuperação judicial possuí um papel muito importante para as 
microempresas e empresas de pequeno porte, visto que permite a sua 
sobrevivência no mercado mesmo diante das crises econômicas e das 
dificuldades financeiras enfrentadas.
A recuperação judicial é uma alternativa para as empresas continuarem no 
mercado não decretarem falência e crescerem novamente.
Já a falência é um processo no qual todo o patrimônio do empresário 
falido seja ele pessoa física ou jurídica é arrecadado para o pagamento dos 
credores e dividas e a punição de atos criminosos praticados pelo devedor 
falido também é realizada durante a falência.
Portanto, consoante o Art. 47 da LFR, trata-se de procedimento judicial 
cujo objetivo será o de proporcionar ao devedor empresário a superação de 
sua crise econômica/financeira, continuando assim, o exercício de sua 
atividade com a manutenção dos empregos, da fonte produtora, dos 
interesses dos credores e da função social.
Logo, o objetivo da Recuperação é a Preservação da Empresa, não do 
empresário, ou seja, preservação da atividade econômica principal para a 
Preservação da função social.
Além disso é estímulo a atividade econômica
V.
Atividade Prática Supervisionada
sábado, 30 de outubro de 2021 17:00
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
DIREITO FALIMENTAR E RECUPERACIONAL
Aluno: Pedro Uther Dantas Trajano
RA: 8297696
ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 
1. Os alunos deverão ler os textos abaixo e realizar uma resenha critica de ambos, 
indicando sua relação.
I. DO CARÁTER EXTRACONCURSAL DOS CRÉDITOS FALIMENTARES DECORRENTES DE 
OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS PELO DEVEDOR DURANTE A RECUPERAÇÃO JUDICIAL - 
Fa[ma Nancy Andrighi 
II. ASPECTOS PROCESSUAIS DA DECRETAÇÃO DE INEFICÁCIA E DA AÇÃO 
REVOCATÓRIA FALIMENTAR - Luiz Guilherme Marinoni e Ricardo Alexandre da 
Silva 
III. RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA DE PEQUENAS E MICROEMPRESAS – A LEI 
COMPLEMENTAR N. 147/2014 -Carlos Henrique Abrão 
IV. Bankruptcy Act, 1914. United Kingdom Bankruptcy Act. 
1. O aluno deverá construir uma resenha cri[ca dos textos, correlacionando-os e 
expondo sua visão sobre a relevância da recuperação judicial e o papel das 
microempresas e empresas de pequeno porte. Deverá, ainda, relacionar a lei 
nacional com o Bankruptcy Act, 1914. 
2. A construção de argumentação cri[ca é fundamental para a realização da 
a[vidade. O aluno deverá, ainda, contextualizar seus argumentos relacionando-os 
à a[vidade econômica das empresas e a função da recuperação judicial e falência. 
3. O texto deverá conter o posicionamento do aluno frente as temá[cas 
apresentadas pelos autores. 
4. A a[vidade deverá ser lançada no Blackboard. 
I. DO CARÁTER EXTRACONCURSAL DOS CRÉDITOS FALIMENTARES DECORRENTES 
DE OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS PELO DEVEDOR DURANTE A RECUPERAÇÃO 
JUDICIAL
Os créditos extra concursais, são satisfeitos com o produto da liquidação 
dos ativos da Massa Falida com prioridade em relação aos créditos 
concursais, já existentes por ocasião da decretação da falência ou do 
pedido de recuperação judicial convolada em falência. 
Artigo 67 da LRF estabelece que “os créditos decorrentes de obrigações 
contraídas pelo devedor durante a recuperação judicial, inclusive aqueles 
relativos às despesas por exemplo com fornecedores, de bens ou serviços e 
contratos de mútuo, estes serão considerados extra concursais, em caso de 
decretação de falência, respeitada, no que couber, a ordem estabelecida no 
art. 83 desta lei"
A prioridade no tratamento conferido aos credores que continuarem a 
contratar com empresário, durante a sua recuperação judicial, é 
asseguradora pela legislaçãode modo a se incentivar que não haja a 
interrupção do fornecimento de mercadoria ou serviços justamente no 
período em que o empresário devedor, mas o necessita, 
independentemente de qualquer garantia, assim, os credores que tiverem 
contratado serviços/ e ou o empresário tiver contratado neste período, 
credores extra concursais e serão com prioridade em relação aos demais 
credores.
ASPECTOS PROCESSUAIS DA DECRETAÇÃO DE INEFICÁCIA E DA AÇÃO 
REVOCATÓRIA FALIMENTAR
À luz dos artigos 129 e 130 da LRF, no qual podemos observar que há uma 
tradicional distinção entre atos ineficazes em relação à massa e atos 
revogáveis. 
A abrangência que o legislador conferiu a essa diferenciação, reproduzindo-
a em outros dispositivos, poderia levar à conclusão de que nas hipóteses 
indicadas no artigo 129 os atos seriam declarados ineficazes, assim 
ocorreria a nulidade quando houvesse atos fraudulentos entre o devedor e 
aquele que fora contratado, nos termos do artigo 130. 
As ações revocatórias por ineficácia são tidas como natural objetivos, razão 
pela qual não será requerido a presença do “fraudulento”, entre as partes, 
para a decretação de sua ineficácia junto à massa falida, porém não será 
necessário investiga, se o terceiro tinha boa-fé ou não para com o 
empresário e devedor, basta que ocorra alguma das situações previstas nos 
incisos do artigo 129 da LRF e tal fato tenha ocorrido no lapso temporal do 
termo legal de falência ou nos dois anos anteriores da quebra, a depender 
do inciso, para a sua admissibilidade. 
Ação Revocatória, poderá ser proposta por quaisquer credor, pelo 
Ministério Público, ou pelo administrador judicial no prazo de 3 (três) anos 
contados da decretação da falência, podendo ter como sujeitos passivos, 
nos termos do artigo 133 da Lei 1.101/2005, todos os que figuraram no ato 
ou que por efeito dele foram pagos, garantidos, ou beneficiados, todos os 
terceiros adquirentes, se tiveram conhecimento, da intenção do devedor de 
prejudicar os credores e os herdeiros ou legatários das pessoas acima 
indicadas.
II.
RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA DE PEQUENAS E MICROEMPRESAS
A Recuperação Judicial (R.J.) é um instituto cuja origem se deu com a Lei nº 
11.101/2005. Trata-se do procedimento apropriado para viabilizar a 
preservação da sociedade empresária em que figuram como princípios: i) a 
preservação da empresa e de sua função social; ii) a dignidade pessoa 
humana; iii) igualdade entre os credores; iv) a impossibilidade de imposição 
de sacrifício maior aos credores; v) o tratamento jurídico diferenciado para 
microempresas e empresas de pequeno porte; e vi) valorização do 
trabalho, da segurança jurídica e da efetividade do direito.
O conceito trazido pela Lei de Falências e Recuperação contempla a função 
social da empresa, que passa a desempenhar papel que transcende a 
geração de lucro, alcançando também a geração de empregos, a 
remuneração dos empregados, a circulação de capital e arrecadação de 
tributos.
Com relação às pequenas empresas (de pequeno porte) e microempresas, a 
Lei no 11.101/2005 prevê o instituto da Recuperação Judicial especial, o 
qual possui requisitos e condições de concessão diferenciados em relação à 
recuperação judicial comum ou ordinária. 
Há um tratamento diferenciado nestes casos, pois apesar de sua 
importância no mercado, as microempresas e empresas de pequeno porte 
dificilmente poderiam competir com agentes econômicos poderosos em pé 
de igualdade se não fosse o tratamento diferenciado, mais simplificado no 
cumprimento de suas obrigações, determinado pela constituição. 
Os aspectos essenciais que fluem da recuperação judicial destes tipos de 
empresas, tornam este plano especial simplificado, sem muitas burocracias, 
princípio da oralidade, direção democrática dos interesses em disputa para 
que se alcance um denominador comum.
III.
BANKRUPTICY ACT
A legislação anglo-saxônica sempre previu a dissociação entre o empresário 
e a sociedade empresaria. Sempre viu a falência como uma consequência 
muito mais econômica do que processual, desta forma, a partir do 
momento em que o empresário entregava os seus bens aos credores, não 
importando o valor a ser levantado com eles, estava livre das obrigações 
antes assumidas é a discharge. Estas diretrizes estavam previstas no 
Bankruptcy Act de 1914, modificado em 1926 e 1947.
Desde a sua edição a então lei brasileira de falência sofreu duras críticas da 
maioria dos doutrinadores. As críticas se intensificaram nas últimas décadas 
quando ficou latente a importância social das empresas. A 
incompatibilidade aumentou quando a Constituição Federal promulgada 
em 1988 passou a prever a valorização do trabalho humano e a livre 
iniciativa como princípios constitucionais. Todas as críticas e 
acontecimentos resultaram no projeto de lei apresentado em 1993 e 
promulgado em 2004 que é a nova lei de falências e recuperação judicial 
objeto principal de estudo do presente trabalho. 
A principal distinção entre as duas leis falimentares, sem dúvida, reside na 
proteção econômica adotada pela nova Lei. Deixa a Lei de se preocupar 
apenas com os interesses dos credores e devedor, preocupa-se agora em 
acréscimo a isto com os interesses dos funcionários, da empresa e da 
sociedade, principal beneficiada com a manutenção da empresa 
economicamente viável. A Nova lei, Bbusca a criação de canais de 
negociação entre credores e devedor para que se busquem soluções de 
mercado para os problemas econômicos e financeiros vividos pelas 
empresas em dificuldades. 
IV.
CONCLUSAO 
A recuperação judicial possuí um papel muito importante para as 
microempresas e empresas de pequeno porte, visto que permite a sua 
sobrevivência no mercado mesmo diante das crises econômicas e das 
dificuldades financeiras enfrentadas.
A recuperação judicial é uma alternativa para as empresas continuarem no 
mercado não decretarem falência e crescerem novamente.
Já a falência é um processo no qual todo o patrimônio do empresário 
falido seja ele pessoa física ou jurídica é arrecadado para o pagamento dos 
credores e dividas e a punição de atos criminosos praticados pelo devedor 
falido também é realizada durante a falência.
Portanto, consoante o Art. 47 da LFR, trata-se de procedimento judicial 
cujo objetivo será o de proporcionar ao devedor empresário a superação de 
sua crise econômica/financeira, continuando assim, o exercício de sua 
atividade com a manutenção dos empregos, da fonte produtora, dos 
interesses dos credores e da função social.
Logo, o objetivo da Recuperação é a Preservação da Empresa, não do 
empresário, ou seja, preservação da atividade econômica principal para a 
Preservação da função social.
Além disso é estímulo a atividade econômica
V.
Atividade Prática Supervisionada
sábado, 30 de outubro de 2021 17:00
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
DIREITO FALIMENTAR E RECUPERACIONAL
Aluno: Pedro Uther Dantas Trajano
RA: 8297696
ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 
1. Os alunos deverão ler os textos abaixo e realizar uma resenha critica de ambos, 
indicando sua relação.
I. DO CARÁTER EXTRACONCURSAL DOS CRÉDITOS FALIMENTARES DECORRENTES DE 
OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS PELO DEVEDOR DURANTE A RECUPERAÇÃO JUDICIAL - 
Fa[ma Nancy Andrighi 
II. ASPECTOS PROCESSUAIS DA DECRETAÇÃO DE INEFICÁCIA E DA AÇÃO 
REVOCATÓRIA FALIMENTAR - Luiz Guilherme Marinoni e Ricardo Alexandre da 
Silva 
III. RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA DE PEQUENAS E MICROEMPRESAS – A LEI 
COMPLEMENTAR N. 147/2014 -Carlos Henrique Abrão 
IV. Bankruptcy Act, 1914. United Kingdom Bankruptcy Act. 
1. O aluno deverá construir uma resenha cri[ca dos textos, correlacionando-os e 
expondo sua visão sobre a relevância da recuperação judicial e o papel das 
microempresas e empresas de pequeno porte. Deverá, ainda, relacionar a lei 
nacional com o Bankruptcy Act, 1914. 
2. A construção de argumentação cri[ca é fundamental para a realização da 
a[vidade. O aluno deverá, ainda, contextualizar seus argumentos relacionando-os 
à a[vidade econômica das empresas e a função da recuperaçãojudicial e falência. 
3. O texto deverá conter o posicionamento do aluno frente as temá[cas 
apresentadas pelos autores. 
4. A a[vidade deverá ser lançada no Blackboard. 
I. DO CARÁTER EXTRACONCURSAL DOS CRÉDITOS FALIMENTARES DECORRENTES 
DE OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS PELO DEVEDOR DURANTE A RECUPERAÇÃO 
JUDICIAL
Os créditos extra concursais, são satisfeitos com o produto da liquidação 
dos ativos da Massa Falida com prioridade em relação aos créditos 
concursais, já existentes por ocasião da decretação da falência ou do 
pedido de recuperação judicial convolada em falência. 
Artigo 67 da LRF estabelece que “os créditos decorrentes de obrigações 
contraídas pelo devedor durante a recuperação judicial, inclusive aqueles 
relativos às despesas por exemplo com fornecedores, de bens ou serviços e 
contratos de mútuo, estes serão considerados extra concursais, em caso de 
decretação de falência, respeitada, no que couber, a ordem estabelecida no 
art. 83 desta lei"
A prioridade no tratamento conferido aos credores que continuarem a 
contratar com empresário, durante a sua recuperação judicial, é 
asseguradora pela legislação de modo a se incentivar que não haja a 
interrupção do fornecimento de mercadoria ou serviços justamente no 
período em que o empresário devedor, mas o necessita, 
independentemente de qualquer garantia, assim, os credores que tiverem 
contratado serviços/ e ou o empresário tiver contratado neste período, 
credores extra concursais e serão com prioridade em relação aos demais 
credores.
ASPECTOS PROCESSUAIS DA DECRETAÇÃO DE INEFICÁCIA E DA AÇÃO 
REVOCATÓRIA FALIMENTAR
À luz dos artigos 129 e 130 da LRF, no qual podemos observar que há uma 
tradicional distinção entre atos ineficazes em relação à massa e atos 
revogáveis. 
A abrangência que o legislador conferiu a essa diferenciação, reproduzindo-
a em outros dispositivos, poderia levar à conclusão de que nas hipóteses 
indicadas no artigo 129 os atos seriam declarados ineficazes, assim 
ocorreria a nulidade quando houvesse atos fraudulentos entre o devedor e 
aquele que fora contratado, nos termos do artigo 130. 
As ações revocatórias por ineficácia são tidas como natural objetivos, razão 
pela qual não será requerido a presença do “fraudulento”, entre as partes, 
para a decretação de sua ineficácia junto à massa falida, porém não será 
necessário investiga, se o terceiro tinha boa-fé ou não para com o 
empresário e devedor, basta que ocorra alguma das situações previstas nos 
incisos do artigo 129 da LRF e tal fato tenha ocorrido no lapso temporal do 
termo legal de falência ou nos dois anos anteriores da quebra, a depender 
do inciso, para a sua admissibilidade. 
Ação Revocatória, poderá ser proposta por quaisquer credor, pelo 
Ministério Público, ou pelo administrador judicial no prazo de 3 (três) anos 
contados da decretação da falência, podendo ter como sujeitos passivos, 
nos termos do artigo 133 da Lei 1.101/2005, todos os que figuraram no ato 
ou que por efeito dele foram pagos, garantidos, ou beneficiados, todos os 
terceiros adquirentes, se tiveram conhecimento, da intenção do devedor de 
prejudicar os credores e os herdeiros ou legatários das pessoas acima 
indicadas.
II.
RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA DE PEQUENAS E MICROEMPRESAS
A Recuperação Judicial (R.J.) é um instituto cuja origem se deu com a Lei nº 
11.101/2005. Trata-se do procedimento apropriado para viabilizar a 
preservação da sociedade empresária em que figuram como princípios: i) a 
preservação da empresa e de sua função social; ii) a dignidade pessoa 
humana; iii) igualdade entre os credores; iv) a impossibilidade de imposição 
de sacrifício maior aos credores; v) o tratamento jurídico diferenciado para 
microempresas e empresas de pequeno porte; e vi) valorização do 
trabalho, da segurança jurídica e da efetividade do direito.
O conceito trazido pela Lei de Falências e Recuperação contempla a função 
social da empresa, que passa a desempenhar papel que transcende a 
geração de lucro, alcançando também a geração de empregos, a 
remuneração dos empregados, a circulação de capital e arrecadação de 
tributos.
Com relação às pequenas empresas (de pequeno porte) e microempresas, a 
Lei no 11.101/2005 prevê o instituto da Recuperação Judicial especial, o 
qual possui requisitos e condições de concessão diferenciados em relação à 
recuperação judicial comum ou ordinária. 
Há um tratamento diferenciado nestes casos, pois apesar de sua 
importância no mercado, as microempresas e empresas de pequeno porte 
dificilmente poderiam competir com agentes econômicos poderosos em pé 
de igualdade se não fosse o tratamento diferenciado, mais simplificado no 
cumprimento de suas obrigações, determinado pela constituição. 
Os aspectos essenciais que fluem da recuperação judicial destes tipos de 
empresas, tornam este plano especial simplificado, sem muitas burocracias, 
princípio da oralidade, direção democrática dos interesses em disputa para 
que se alcance um denominador comum.
III.
BANKRUPTICY ACT
A legislação anglo-saxônica sempre previu a dissociação entre o empresário 
e a sociedade empresaria. Sempre viu a falência como uma consequência 
muito mais econômica do que processual, desta forma, a partir do 
momento em que o empresário entregava os seus bens aos credores, não 
importando o valor a ser levantado com eles, estava livre das obrigações 
antes assumidas é a discharge. Estas diretrizes estavam previstas no 
Bankruptcy Act de 1914, modificado em 1926 e 1947.
Desde a sua edição a então lei brasileira de falência sofreu duras críticas da 
maioria dos doutrinadores. As críticas se intensificaram nas últimas décadas 
quando ficou latente a importância social das empresas. A 
incompatibilidade aumentou quando a Constituição Federal promulgada 
em 1988 passou a prever a valorização do trabalho humano e a livre 
iniciativa como princípios constitucionais. Todas as críticas e 
acontecimentos resultaram no projeto de lei apresentado em 1993 e 
promulgado em 2004 que é a nova lei de falências e recuperação judicial 
objeto principal de estudo do presente trabalho. 
A principal distinção entre as duas leis falimentares, sem dúvida, reside na 
proteção econômica adotada pela nova Lei. Deixa a Lei de se preocupar 
apenas com os interesses dos credores e devedor, preocupa-se agora em 
acréscimo a isto com os interesses dos funcionários, da empresa e da 
sociedade, principal beneficiada com a manutenção da empresa 
economicamente viável. A Nova lei, Bbusca a criação de canais de 
negociação entre credores e devedor para que se busquem soluções de 
mercado para os problemas econômicos e financeiros vividos pelas 
empresas em dificuldades. 
IV.
CONCLUSAO 
A recuperação judicial possuí um papel muito importante para as 
microempresas e empresas de pequeno porte, visto que permite a sua 
sobrevivência no mercado mesmo diante das crises econômicas e das 
dificuldades financeiras enfrentadas.
A recuperação judicial é uma alternativa para as empresas continuarem no 
mercado não decretarem falência e crescerem novamente.
Já a falência é um processo no qual todo o patrimônio do empresário 
falido seja ele pessoa física ou jurídica é arrecadado para o pagamento dos 
credores e dividas e a punição de atos criminosos praticados pelo devedor 
falido também é realizada durante a falência.
Portanto, consoante o Art. 47 da LFR, trata-se de procedimento judicial 
cujo objetivo será o de proporcionar ao devedor empresário a superação de 
sua crise econômica/financeira, continuando assim, o exercício de sua 
atividade com a manutenção dos empregos, da fonte produtora, dos 
interesses dos credores e da função social.
Logo, o objetivo da Recuperação é a Preservação da Empresa, não do 
empresário, ou seja, preservação da atividade econômica principal para a 
Preservação da função social.
Além disso é estímulo a atividade econômica
V.
Atividade Prática Supervisionada
sábado, 30 de outubro de 2021 17:00
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
DIREITO FALIMENTAR E RECUPERACIONAL
Aluno: Pedro Uther DantasTrajano
RA: 8297696
ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 
1. Os alunos deverão ler os textos abaixo e realizar uma resenha critica de ambos, 
indicando sua relação.
I. DO CARÁTER EXTRACONCURSAL DOS CRÉDITOS FALIMENTARES DECORRENTES DE 
OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS PELO DEVEDOR DURANTE A RECUPERAÇÃO JUDICIAL - 
Fa[ma Nancy Andrighi 
II. ASPECTOS PROCESSUAIS DA DECRETAÇÃO DE INEFICÁCIA E DA AÇÃO 
REVOCATÓRIA FALIMENTAR - Luiz Guilherme Marinoni e Ricardo Alexandre da 
Silva 
III. RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA DE PEQUENAS E MICROEMPRESAS – A LEI 
COMPLEMENTAR N. 147/2014 -Carlos Henrique Abrão 
IV. Bankruptcy Act, 1914. United Kingdom Bankruptcy Act. 
1. O aluno deverá construir uma resenha cri[ca dos textos, correlacionando-os e 
expondo sua visão sobre a relevância da recuperação judicial e o papel das 
microempresas e empresas de pequeno porte. Deverá, ainda, relacionar a lei 
nacional com o Bankruptcy Act, 1914. 
2. A construção de argumentação cri[ca é fundamental para a realização da 
a[vidade. O aluno deverá, ainda, contextualizar seus argumentos relacionando-os 
à a[vidade econômica das empresas e a função da recuperação judicial e falência. 
3. O texto deverá conter o posicionamento do aluno frente as temá[cas 
apresentadas pelos autores. 
4. A a[vidade deverá ser lançada no Blackboard. 
I. DO CARÁTER EXTRACONCURSAL DOS CRÉDITOS FALIMENTARES DECORRENTES 
DE OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS PELO DEVEDOR DURANTE A RECUPERAÇÃO 
JUDICIAL
Os créditos extra concursais, são satisfeitos com o produto da liquidação 
dos ativos da Massa Falida com prioridade em relação aos créditos 
concursais, já existentes por ocasião da decretação da falência ou do 
pedido de recuperação judicial convolada em falência. 
Artigo 67 da LRF estabelece que “os créditos decorrentes de obrigações 
contraídas pelo devedor durante a recuperação judicial, inclusive aqueles 
relativos às despesas por exemplo com fornecedores, de bens ou serviços e 
contratos de mútuo, estes serão considerados extra concursais, em caso de 
decretação de falência, respeitada, no que couber, a ordem estabelecida no 
art. 83 desta lei"
A prioridade no tratamento conferido aos credores que continuarem a 
contratar com empresário, durante a sua recuperação judicial, é 
asseguradora pela legislação de modo a se incentivar que não haja a 
interrupção do fornecimento de mercadoria ou serviços justamente no 
período em que o empresário devedor, mas o necessita, 
independentemente de qualquer garantia, assim, os credores que tiverem 
contratado serviços/ e ou o empresário tiver contratado neste período, 
credores extra concursais e serão com prioridade em relação aos demais 
credores.
ASPECTOS PROCESSUAIS DA DECRETAÇÃO DE INEFICÁCIA E DA AÇÃO 
REVOCATÓRIA FALIMENTAR
À luz dos artigos 129 e 130 da LRF, no qual podemos observar que há uma 
tradicional distinção entre atos ineficazes em relação à massa e atos 
revogáveis. 
A abrangência que o legislador conferiu a essa diferenciação, reproduzindo-
a em outros dispositivos, poderia levar à conclusão de que nas hipóteses 
indicadas no artigo 129 os atos seriam declarados ineficazes, assim 
ocorreria a nulidade quando houvesse atos fraudulentos entre o devedor e 
aquele que fora contratado, nos termos do artigo 130. 
As ações revocatórias por ineficácia são tidas como natural objetivos, razão 
pela qual não será requerido a presença do “fraudulento”, entre as partes, 
para a decretação de sua ineficácia junto à massa falida, porém não será 
necessário investiga, se o terceiro tinha boa-fé ou não para com o 
empresário e devedor, basta que ocorra alguma das situações previstas nos 
incisos do artigo 129 da LRF e tal fato tenha ocorrido no lapso temporal do 
termo legal de falência ou nos dois anos anteriores da quebra, a depender 
do inciso, para a sua admissibilidade. 
Ação Revocatória, poderá ser proposta por quaisquer credor, pelo 
Ministério Público, ou pelo administrador judicial no prazo de 3 (três) anos 
contados da decretação da falência, podendo ter como sujeitos passivos, 
nos termos do artigo 133 da Lei 1.101/2005, todos os que figuraram no ato 
ou que por efeito dele foram pagos, garantidos, ou beneficiados, todos os 
terceiros adquirentes, se tiveram conhecimento, da intenção do devedor de 
prejudicar os credores e os herdeiros ou legatários das pessoas acima 
indicadas.
II.
RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA DE PEQUENAS E MICROEMPRESAS
A Recuperação Judicial (R.J.) é um instituto cuja origem se deu com a Lei nº 
11.101/2005. Trata-se do procedimento apropriado para viabilizar a 
preservação da sociedade empresária em que figuram como princípios: i) a 
preservação da empresa e de sua função social; ii) a dignidade pessoa 
humana; iii) igualdade entre os credores; iv) a impossibilidade de imposição 
de sacrifício maior aos credores; v) o tratamento jurídico diferenciado para 
microempresas e empresas de pequeno porte; e vi) valorização do 
trabalho, da segurança jurídica e da efetividade do direito.
O conceito trazido pela Lei de Falências e Recuperação contempla a função 
social da empresa, que passa a desempenhar papel que transcende a 
geração de lucro, alcançando também a geração de empregos, a 
remuneração dos empregados, a circulação de capital e arrecadação de 
tributos.
Com relação às pequenas empresas (de pequeno porte) e microempresas, a 
Lei no 11.101/2005 prevê o instituto da Recuperação Judicial especial, o 
qual possui requisitos e condições de concessão diferenciados em relação à 
recuperação judicial comum ou ordinária. 
Há um tratamento diferenciado nestes casos, pois apesar de sua 
importância no mercado, as microempresas e empresas de pequeno porte 
dificilmente poderiam competir com agentes econômicos poderosos em pé 
de igualdade se não fosse o tratamento diferenciado, mais simplificado no 
cumprimento de suas obrigações, determinado pela constituição. 
Os aspectos essenciais que fluem da recuperação judicial destes tipos de 
empresas, tornam este plano especial simplificado, sem muitas burocracias, 
princípio da oralidade, direção democrática dos interesses em disputa para 
que se alcance um denominador comum.
III.
BANKRUPTICY ACT
A legislação anglo-saxônica sempre previu a dissociação entre o empresário 
e a sociedade empresaria. Sempre viu a falência como uma consequência 
muito mais econômica do que processual, desta forma, a partir do 
momento em que o empresário entregava os seus bens aos credores, não 
importando o valor a ser levantado com eles, estava livre das obrigações 
antes assumidas é a discharge. Estas diretrizes estavam previstas no 
Bankruptcy Act de 1914, modificado em 1926 e 1947.
Desde a sua edição a então lei brasileira de falência sofreu duras críticas da 
maioria dos doutrinadores. As críticas se intensificaram nas últimas décadas 
quando ficou latente a importância social das empresas. A 
incompatibilidade aumentou quando a Constituição Federal promulgada 
em 1988 passou a prever a valorização do trabalho humano e a livre 
iniciativa como princípios constitucionais. Todas as críticas e 
acontecimentos resultaram no projeto de lei apresentado em 1993 e 
promulgado em 2004 que é a nova lei de falências e recuperação judicial 
objeto principal de estudo do presente trabalho. 
A principal distinção entre as duas leis falimentares, sem dúvida, reside na 
proteção econômica adotada pela nova Lei. Deixa a Lei de se preocupar 
apenas com os interesses dos credores e devedor, preocupa-se agora em 
acréscimo a isto com os interesses dos funcionários, da empresa e da 
sociedade, principal beneficiada com a manutenção da empresa 
economicamente viável. A Nova lei, Bbusca a criação de canais de 
negociação entre credores e devedor para que se busquem soluções de 
mercado para os problemas econômicos e financeiros vividos pelas 
empresas em dificuldades. 
IV.
CONCLUSAO 
A recuperação judicial possuí um papel muito importante para as 
microempresas e empresas de pequeno porte, visto que permite a sua 
sobrevivência no mercado mesmo diante das crises econômicas e das 
dificuldades financeirasenfrentadas.
A recuperação judicial é uma alternativa para as empresas continuarem no 
mercado não decretarem falência e crescerem novamente.
Já a falência é um processo no qual todo o patrimônio do empresário 
falido seja ele pessoa física ou jurídica é arrecadado para o pagamento dos 
credores e dividas e a punição de atos criminosos praticados pelo devedor 
falido também é realizada durante a falência.
Portanto, consoante o Art. 47 da LFR, trata-se de procedimento judicial 
cujo objetivo será o de proporcionar ao devedor empresário a superação de 
sua crise econômica/financeira, continuando assim, o exercício de sua 
atividade com a manutenção dos empregos, da fonte produtora, dos 
interesses dos credores e da função social.
Logo, o objetivo da Recuperação é a Preservação da Empresa, não do 
empresário, ou seja, preservação da atividade econômica principal para a 
Preservação da função social.
Além disso é estímulo a atividade econômica
V.
Atividade Prática Supervisionada
sábado, 30 de outubro de 2021 17:00
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
DIREITO FALIMENTAR E RECUPERACIONAL
Aluno: Pedro Uther Dantas Trajano
RA: 8297696
ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 
1. Os alunos deverão ler os textos abaixo e realizar uma resenha critica de ambos, 
indicando sua relação.
I. DO CARÁTER EXTRACONCURSAL DOS CRÉDITOS FALIMENTARES DECORRENTES DE 
OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS PELO DEVEDOR DURANTE A RECUPERAÇÃO JUDICIAL - 
Fa[ma Nancy Andrighi 
II. ASPECTOS PROCESSUAIS DA DECRETAÇÃO DE INEFICÁCIA E DA AÇÃO 
REVOCATÓRIA FALIMENTAR - Luiz Guilherme Marinoni e Ricardo Alexandre da 
Silva 
III. RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA DE PEQUENAS E MICROEMPRESAS – A LEI 
COMPLEMENTAR N. 147/2014 -Carlos Henrique Abrão 
IV. Bankruptcy Act, 1914. United Kingdom Bankruptcy Act. 
1. O aluno deverá construir uma resenha cri[ca dos textos, correlacionando-os e 
expondo sua visão sobre a relevância da recuperação judicial e o papel das 
microempresas e empresas de pequeno porte. Deverá, ainda, relacionar a lei 
nacional com o Bankruptcy Act, 1914. 
2. A construção de argumentação cri[ca é fundamental para a realização da 
a[vidade. O aluno deverá, ainda, contextualizar seus argumentos relacionando-os 
à a[vidade econômica das empresas e a função da recuperação judicial e falência. 
3. O texto deverá conter o posicionamento do aluno frente as temá[cas 
apresentadas pelos autores. 
4. A a[vidade deverá ser lançada no Blackboard. 
I. DO CARÁTER EXTRACONCURSAL DOS CRÉDITOS FALIMENTARES DECORRENTES 
DE OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS PELO DEVEDOR DURANTE A RECUPERAÇÃO 
JUDICIAL
Os créditos extra concursais, são satisfeitos com o produto da liquidação 
dos ativos da Massa Falida com prioridade em relação aos créditos 
concursais, já existentes por ocasião da decretação da falência ou do 
pedido de recuperação judicial convolada em falência. 
Artigo 67 da LRF estabelece que “os créditos decorrentes de obrigações 
contraídas pelo devedor durante a recuperação judicial, inclusive aqueles 
relativos às despesas por exemplo com fornecedores, de bens ou serviços e 
contratos de mútuo, estes serão considerados extra concursais, em caso de 
decretação de falência, respeitada, no que couber, a ordem estabelecida no 
art. 83 desta lei"
A prioridade no tratamento conferido aos credores que continuarem a 
contratar com empresário, durante a sua recuperação judicial, é 
asseguradora pela legislação de modo a se incentivar que não haja a 
interrupção do fornecimento de mercadoria ou serviços justamente no 
período em que o empresário devedor, mas o necessita, 
independentemente de qualquer garantia, assim, os credores que tiverem 
contratado serviços/ e ou o empresário tiver contratado neste período, 
credores extra concursais e serão com prioridade em relação aos demais 
credores.
ASPECTOS PROCESSUAIS DA DECRETAÇÃO DE INEFICÁCIA E DA AÇÃO 
REVOCATÓRIA FALIMENTAR
À luz dos artigos 129 e 130 da LRF, no qual podemos observar que há uma 
tradicional distinção entre atos ineficazes em relação à massa e atos 
revogáveis. 
A abrangência que o legislador conferiu a essa diferenciação, reproduzindo-
a em outros dispositivos, poderia levar à conclusão de que nas hipóteses 
indicadas no artigo 129 os atos seriam declarados ineficazes, assim 
ocorreria a nulidade quando houvesse atos fraudulentos entre o devedor e 
aquele que fora contratado, nos termos do artigo 130. 
As ações revocatórias por ineficácia são tidas como natural objetivos, razão 
pela qual não será requerido a presença do “fraudulento”, entre as partes, 
para a decretação de sua ineficácia junto à massa falida, porém não será 
necessário investiga, se o terceiro tinha boa-fé ou não para com o 
empresário e devedor, basta que ocorra alguma das situações previstas nos 
incisos do artigo 129 da LRF e tal fato tenha ocorrido no lapso temporal do 
termo legal de falência ou nos dois anos anteriores da quebra, a depender 
do inciso, para a sua admissibilidade. 
Ação Revocatória, poderá ser proposta por quaisquer credor, pelo 
Ministério Público, ou pelo administrador judicial no prazo de 3 (três) anos 
contados da decretação da falência, podendo ter como sujeitos passivos, 
nos termos do artigo 133 da Lei 1.101/2005, todos os que figuraram no ato 
ou que por efeito dele foram pagos, garantidos, ou beneficiados, todos os 
terceiros adquirentes, se tiveram conhecimento, da intenção do devedor de 
prejudicar os credores e os herdeiros ou legatários das pessoas acima 
indicadas.
II.
RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA DE PEQUENAS E MICROEMPRESAS
A Recuperação Judicial (R.J.) é um instituto cuja origem se deu com a Lei nº 
11.101/2005. Trata-se do procedimento apropriado para viabilizar a 
preservação da sociedade empresária em que figuram como princípios: i) a 
preservação da empresa e de sua função social; ii) a dignidade pessoa 
humana; iii) igualdade entre os credores; iv) a impossibilidade de imposição 
de sacrifício maior aos credores; v) o tratamento jurídico diferenciado para 
microempresas e empresas de pequeno porte; e vi) valorização do 
trabalho, da segurança jurídica e da efetividade do direito.
O conceito trazido pela Lei de Falências e Recuperação contempla a função 
social da empresa, que passa a desempenhar papel que transcende a 
geração de lucro, alcançando também a geração de empregos, a 
remuneração dos empregados, a circulação de capital e arrecadação de 
tributos.
Com relação às pequenas empresas (de pequeno porte) e microempresas, a 
Lei no 11.101/2005 prevê o instituto da Recuperação Judicial especial, o 
qual possui requisitos e condições de concessão diferenciados em relação à 
recuperação judicial comum ou ordinária. 
Há um tratamento diferenciado nestes casos, pois apesar de sua 
importância no mercado, as microempresas e empresas de pequeno porte 
dificilmente poderiam competir com agentes econômicos poderosos em pé 
de igualdade se não fosse o tratamento diferenciado, mais simplificado no 
cumprimento de suas obrigações, determinado pela constituição. 
Os aspectos essenciais que fluem da recuperação judicial destes tipos de 
empresas, tornam este plano especial simplificado, sem muitas burocracias, 
princípio da oralidade, direção democrática dos interesses em disputa para 
que se alcance um denominador comum.
III.
BANKRUPTICY ACT
A legislação anglo-saxônica sempre previu a dissociação entre o empresário 
e a sociedade empresaria. Sempre viu a falência como uma consequência 
muito mais econômica do que processual, desta forma, a partir do 
momento em que o empresário entregava os seus bens aos credores, não 
importando o valor a ser levantado com eles, estava livre das obrigações 
antes assumidas é a discharge. Estas diretrizes estavam previstas no 
Bankruptcy Act de 1914, modificado em 1926 e 1947.
Desde a sua edição a então lei brasileira de falência sofreu duras críticas da 
maioria dos doutrinadores. As críticas se intensificaram nas últimas décadas 
quando ficou latente a importância social das empresas. A 
incompatibilidade aumentou quando a Constituição Federal promulgada 
em 1988

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