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FP 106 - Funiber

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Austrália Pág. 25 à 40
A Austrália conseguiu alcançar um nível de excelência na educação com políticas públicas voltadas ao progresso e desenvolvimento, transformando a educação do país, estabelecendo objetivos que direcionaram o ensino rumo a elevação da escolaridade, reduzindo pela metade a diferença entre o conhecimento esperado e o que foi apreendido pelos alunos, trabalhando muito leitura, escrita e matemática. Desta forma, houve uma ampla reforma educacional, atrelada ao desenvolvimento do país, com metas que visavam melhorar a qualidade do ensino, onde a educação é vista como um dos principais motores da economia naquele país, tendo maciços investimentos, que tiveram retorno, haja vista os indicadores que denotam progresso nos resultados dos testes nacionais de leitura, escrita e matemática.
Na Austrália, o sistema de ensino básico se inicia aos sete anos, começando com um ano de educação infantil, além de seis anos de educação primária e, logo após, mais seis anos de educação secundária, no entanto, em alguns estados a mudança começa por oito anos de educação primária e mais cinco de educação secundária. Ao fim desta etapa, o aluno tem a opção de cursar um ensino técnico ou fazer alguns exames para qualificar-se ao ensino superior. Em cima disso, há políticas orientadoras, com estimulo à participação dos pais, bem como estratégias integradas para as comunidades educacionais de baixa renda.
 O fruto destas políticas surgiu com a “Declaração de Melbourne” trazendo uma bagagem acerca do proposto, sendo uma educação qualitativa, competitiva e que dá ao jovem conhecimento para que possa assegurar à todos uma melhoria nos serviços voltados nas comunidades, além da questão da inclusão social buscando vencer as desigualdades existentes sofridas pelos aborígenes australianos, atrelada à sustentabilidade ambiental, com isso, alcançando as metas necessárias para o país, sendo traçados que todas as escolas devam assegurar a equidade no ensino além da excelência acadêmica. Com o processo de implementação do currículo, amplamente debatido em consultas públicas, houve a mudança no setor educacional, que antes era descentralizado, centralizando mas sendo construído com decisões políticas respaldadas com um acordo nacional, definindo o compromisso dos gestores com as autoridades envolvidas na educação, buscando relacionar o desenvolvimento na educação ao desenvolvimento do país, no entanto, houve resistência por parte das universidades, argumentando que haveria perda de autonomia dos estados e das comunidades sobre a definição do currículo, sendo considerada uma imposição que não levou em conta as necessidades particulares de diversos grupos distintos, sem contar que o mesmo levaria à uma incorporação funcional de todos os cidadãos, para o mercado mundial globalizado e neoliberal. Com isso, foi criado a Acara, um órgão federal com a incumbência de desenvolver o currículo, a avaliação e registro da situação educacional no país. 
O currículo foi pensado com o objetivo de desenvolver as competências nos alunos para um país do futuro, buscando estimular as habilidades dos mesmos, com conteúdos contextualizados, que tenha sentido em conjunto com o ambiente ou tema em questão, porém, há algo não negociável no currículo, sendo uma condição imutável, ou seja, as definições tem de ser alcançadas. Vale lembrar que, o currículo não fica apenas em metas a serem alcançadas, mas sim, nas competências complementadas tendo a necessidade de desenvolver competências genéricas ou transversais no currículo, tendo de ser aprimorada em todas as áreas do ensino e graus no ensino escolar. As avaliações não se centram apenas na medição de que o aluno apreendeu, mas sim, na otimização das informações no processo de ensino-aprendizagem 
Colômbia Pág. 41 a 50
Nas décadas de 70 e 80 deu-se origem a um movimento pedagógico, inspirado pela Escola Nova, elaborando um extenso processo de reflexão sobre a realidade e a educação da Colômbia, alcançando uma importância no cenário do país, tendo neste meio tempo uma nova constituição em 1991, visando o processo de descentralização na educação, estabelecendo os objetivos gerais na área e a normativa sobre o currículo, que vigora até os dias atuais.
Foi feito a divisão da estrutura escolar em níveis, tendo atribuído às escolas a responsabilidade de elaborar o currículo e que, demais alinhamentos curriculares seria definidos pelo Ministério da Educação daquele país, onde as secretarias de educação assumiriam a missão de aprovar os currículos escolares. O que ficou evidenciado na implementação deste projeto foi a inexperiência dos docentes na elaboração do currículo, pois, antes era feito pelo Ministério da Educação, que enviava pronto às unidades escolares todo conteúdo que deveria ser aplicado em sala. A solução encontrada frente a inexperiência dos professores na elaboração dos currículos, foi o apoio das editoras privadas que, com base nos alinhamentos curriculares elaboraram propostas com definição e objetivos claros que estabelecesse um padrão de qualidade na educação. 
Com a promessa de entrada na OCDE o país foi obrigado a preocupar com o sistema de avaliação de desempenho dos alunos, onde antes o pais só tinha uma única avaliação geral conhecida como “Saber”, mais focada na seleção para o ingresso na universidade e, como consequência, teve uma exigência por parte do órgão internacional que obrigou o país a discutir as competências e padrões escolares. 
Importante frisar que o país não possui um Currículo Nacional, tendo o Ministério da Educação dado autonomia para que as escolas desenvolvessem o currículo cada uma, mas definindo os objetivos da educação e desenvolvendo materiais de apoio e estudos aos docentes, tendo as escolas a incumbência de estabelecer os conteúdos, sequencias e implementações didáticas de acordo com o Projeto Educativo Institucional. Os objetivos específicos permanecem gerais, não se aprofundando em nenhuma área de saber, não sugerindo uma sequência dos conteúdos, partindo desta premissa que as unidades escolares irão elaborar os seus currículos, podendo escolher seus conteúdos e a sequência que será aplicada em sala.
Foi discutido um padrão único de competências, uma necessidade do Governo em inserir um novo documento curricular no sistema de ensino, que contemplasse avaliações de desempenho, organização do currículo, facilitando o trabalho docente, tudo isso sugerido mediante uma discussão junto a OCDE, na qual o país desejava fazer parte. Com isso, definiram os Padrões Básicos de Competências para cada área curricular, estabelecidas como padrões à serem alcançados pelos estudantes. Como em outros países, não houve consenso, uma vez que este debate entre o meio acadêmico e professores que se opuseram às decisões, classificando como um centralismo inconstitucional, uma vez que significava perder a autonomia dos docentes nas escolas.
A ideia de que “não se avalia não se aprende” foi fortalecer uma avaliação que fosse reforçada, com informações que pudessem melhorar o aprendizado dos estudantes na escolas por meio desta prova. Com isso, verifica-se que o país busca um maior controle do que ocorre nas unidades escolares, onde o país mantem uma complexa estrutura curricular, mas os Padrões Básicos de Competências mostra-se evoluído e pode converter numa base nacional única no país, haja vista que, ainda não há um currículo comum para a Colômbia.

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