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ANÁLISE DE SISTEMA DE ESTOQUES POR MEIO DE ANÁLISE DE CURVA ABC E GIRO DE ESTOQUE

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ANÁLISE DE SISTEMA DE ESTOQUES 
POR MEIO DE ANÁLISE DE CURVA 
ABC E GIRO DE ESTOQUE: UM 
ESTUDO DE CASO NUMA 
ORGANIZAÇÃO HOSPITALAR 
PÚBLICA. 
 
Gleyci kelly carneiro barbosa da silva (UPE ) 
gleycikellly@gmail.com 
ELINE SOUZA MATEUS (Estacio ) 
ELINE.2010@HOTMAIL.COM 
Andre Luiz Gomes da Silva (Estacio ) 
andre.algs@hotmail.com 
 
 
 
O estudo foi realizado numa organização hospitalar pública da cidade 
do Recife, com o objetivo de analisar o sistema de gestão de estoques 
atual por meio da aplicação de dos métodos de gestão de estoques: 
Curva ABC, Giro de Estoques e Coberrtura de Estoques. O estudo irá 
avaliar o grau de importância dos itens do estoque com base no 
modelo de gestão de estoques por Curva ABC, para avaliar o grau de 
distribuição dos produtos na forma de gestão de seus níveis de estoque 
e forma de reposição. E análise dos níveis de estoques por meio dos 
modelo de Giro de Estoque, que irá apresentar o grau de rotatividade 
dos itens do estoque com o objetivo de avaliar a eficiência na 
aplicação dos recursos financeiros em produtos estocados. Assim como 
avaliar o tempo que os produtos permanecem em média nos estoques 
para serem consumidos e repostos aos estoques, para determinar o 
tempo médio que os produtos ficam parados nos estoques. Ao final do 
estudo deseja-se apresentar a eficiência e eficácia da gestão de 
estoques atualmente aplicada n organização hospitalar pública, para 
propor um sistema de gestão de estoques por meios dos modelos 
aplicados ao estudo. 
 
Palavras-chave: Gestão de Estoques, Curva ABC, Giro de Estoque, 
Cobertura de Estoque 
XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO 
Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil 
João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. 
 
 
 
XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO 
Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil 
João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. 
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1. Introdução 
A gestão de estoque representa para as empresas boa parte dos ativos de uma empresa, mas ao 
mesmo tempo representa custo devendo ser bem administrado para que não cause perdas e 
custos para a organização. Segundo Garcia et al. (2006), a gestão de estoque é um conceito 
que está presente em praticamente todo o tipo de empresas, assim como na vida cotidiana das 
pessoas. Desde o início da história, a humanidade tem usado estoques de variados recursos, de 
modo a suportar o seu desenvolvimento e sobrevivência, tais como ferramentas e alimentos. 
O estudo proposto foi realizado numa organização do segmento de saúde hospitalar que está 
localizada na cidade do Recife e atende a população da cidade com diversas especialidades. 
Para o estudo foram selecionados os dados relativos aos produtos estocados e movimentados 
nos últimos seis meses (de outubro de 2015 a março de 2016). 
O problema de pesquisa irá analisar o sistema de gestão de estoques por meio os métodos de 
Curva ABC, que pretende avaliar os itens de acordo com seu grau de importância para a 
operação da empresa, Giro de Estoque que irá revelar os itens que apresentam níveis de 
estoques adequados que aumente a eficiência da área e da organização. 
Ao final do estudo se espera poder contribuir para a gestão de estoque da organização quanto 
a forma como gerencia seus estoques, aumentando a sua eficiência e eficácia, por meio da 
identificação de problemas na gestão de estoques e proposição de um modelo de gestão de 
estoques. Além de contribuir para o meio acadêmico pela discursão do tema e métodos 
científicos aplicados neste estudo. 
1.1. Justificativa e relevância 
Hospitais são organizações complexas e delicadas para se discutir, e ao se tratar de 
instituições públicas lança-se um olhar crítico perante o mesmo. No Brasil a questão da saúde 
é muita discutida, a falta de investimento nesse setor torna um caos os hospitais piorando 
ainda mais os gargalos dentro desse setor. A falta de assistência básica e o drama da falta de 
leitos levam a piorar a vida dos profissionais da área e a saúde da população. 
Assim a relevância deste estudo se concentra na questão de buscar aumentar a eficiência das 
organizações hospitalares em todos os níveis de gestão e neste estudo aumentar a eficiência da 
 
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Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil 
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gestão dos estoques, isto pois os estoques representam insumos ou produtos acabados, que 
estão armazenados para serem consumidos. Dentro de uma empresa manter um controle de 
estoque eficiente, se faz necessário o uso de algumas ferramentas para controlar, por exemplo, 
quanto, e quando comprar; quanto tem em estoque e quanto saí, manter o controle e previsão 
de demanda para ter um ponto de ressuprimento e manter o meu estoque sob controle. 
Segundo Rajewski et. al. (2009), altos estoques contabilizam um alto custo para estocagem e 
também para os encargos e perdas, sejam por furtos, por obsolescência ou mesmo quando é 
avariado e perde o valor original total que poderia ser consumido. 
Assim, Bowersox (2001, p.223), afirma que não se pode apenas pensar em investir em 
estoque excessivamente, sobrecarregando este setor com grande quantidade de mercadorias e 
outros também setores como o financeiro, que deve ter grande capital imobilizado. Além de 
aumentar os custos, deixa-se de investir o capital em outros setores para compra de produtos. 
2. Referencial teórico 
Dentro de qualquer organização que tenha armazenamento de materiais, a gestão de estoque 
se torna o assunto mais preocupante. Sendo assim a preocupação se direciona não só aos 
gestores da área, mas a outros departamentos como o financeiro e o administrativo. 
(CORRÊA, CORRÊA, 2012). Entendendo como a gestão eficiente dessa administração de 
materiais é importante, vários profissionais se aperfeiçoaram no âmbito de otimização de 
armazenamento para consumo ou venda (BALLOU,2010). 
Tem-se como foco maximizar e otimizar os recursos, e assim diminuir os custos. Então 
afirma-se que ‘’ os estoques servem para melhorar o nível de serviço; incentivar a economia 
na produção; agir como proteção contra o aumento dos preços; assegurar a organização contra 
contingências’’ (BALLOU,2011, p.204). 
A administração de estoques se dá pela acumulação de materiais, seja em excesso ou na falta. 
E Arnold (2006) comenta que quando os estoques apresentam falta, isso gera uma cadeia de 
falhas em consequência de pedidos e clientes perdidos. Para POZZO (2010) o controle de 
estoque se dá em manter os níveis de materiais necessários: matéria-prima, material auxiliar, 
material de manutenção, material de escritório, material e pecar em processos e produtos 
acabados. 
 
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Os estoques servem para satisfazer as necessidades futuras, e para isso existem alguns tipos de 
controle deste. No estoque mínimo, existe uma quantidade mínima de itens que devem ter em 
estoques quando este for consumido e chegar no ‘’Ponto de Pedido’’ estoque mínimo, deve-se 
fazer uma compra. (TÓFOLI, 2008). Estoque de segurança, como o próprio nome remete, é 
caracterizado por manter níveis de estoque suficientes diante da oscilação da demanda. Para 
Tófoli (2008) as empresas sentem necessidade desse tipo de estoque. O estoque máximo serve 
para as empresas calcularem a capacidade física das instalações, soma-se o lote de suprimento 
mais o estoque de segurança para caso a parada da produção por motivos de espaço ou 
financeiro. 
A administração eficientede estoque representa um dilema vivido por grandes e médias 
empresas, uma vez que estoque é patrimônio líquido. Evitar perda de materiais, comprar na 
quantidade certa para que não falte, é um desafio para os profissionais de logística. Uma vez 
que estes ficam responsáveis pelo controle de estoque, movimentação de materiais, expedição 
e distribuição. E para que possamos ter um controle eficaz, faz-se o uso de ferramentas 
administrativas como a curva ABC, essa ferramenta classifica os materiais de maior custo e 
movimentação indica pela letra A médio custo e média movimentação e por fim baixo custo e 
baixa movimentação. 
Para gerir esses estoques, é usada uma das ferramentas mais importantes no controle de 
estoque. A curva ABC, é um gráfico onde são caracterizados e listados os produtos 
classificados em: produtos em maior movimentação e alto custo indicado pela letra A; 
produtos em média movimentação e custo indicado pela B e produtos de baixa movimentação 
e custo indicado pela letra C. Essa curva também pode ser utilizada para a classificação de 
clientes, através dos volumes que comprar ou do lucro que proporciona para a organização 
(PINTO, 2002). 
O método da curva ABC segundo Slack, Chambers e Jhonston (2009), é um método que 
separa e classifica os produtos de maior movimentação e importância. A classe A, representa 
80% do estoque onde ficam os produtos de maior movimentação e importância; na classe B, 
representada por 10% e 15% são os itens intermediários; e por fim a classe C, representada 
por 10% a 5% que são os itens de baixa movimentação e importância. 
 
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Slack (2002) conceitua dois importantes procedimentos para análise e controle de estoque, 
sendo eles: cobertura de estoque e o giro de estoque. Onde o primeiro se refere há quanto 
tempo dura um estoque se não for renovado. Já o segundo diz em quanto tempo um estoque é 
completamente usado podendo ser renovado, calculando-se sua frequência. A Formula 1 
apresenta a equação para a mensura da cobertura de estoque e por qual período aquela 
mercadoria estará suprindo as necessidades da organização. 
 Formula 1 
Desta maneira, podemos utilizar a gestão de estoques embasando-se nos níveis que se tem e 
aonde se quer chegar. Pozo (2002) afirma que a gestão de estoques por meio dos giros ou 
rotatividade baseia-se em fatores como custos das vendas, ou quantidade média de estoque, 
dividido pelo custo anual de um período (anual). Podendo-se avaliar a quantidade de vezes 
que o estoque gira e se os investimentos feitos nele condizem com a realidade, se está sendo 
bom seu giro, ou seja, se renovando o estoque e gerando lucro, ou se o giro é baixo, 
impactando no fluxo de caixa e risco de avarias. 
Ao falar-se de giro de estoque temos que, obrigatoriamente, citar algumas das formas de 
reabastecimento da cadeia de suprimentos. Dentre elas, temos o Ponto de Pedido, que consiste 
em analisar o estoque e identificar em qual o momento do cenário é necessário e mais viável 
implantar um pedido. Isto porque, segundo Bowersox (1997), quanto maior o pedido, mais 
tenderá aumentar o estoque médio, e, consequentemente aumentará os custos de manutenção 
anual de estocagem em contrapartida, quanto maior for o pedido, será necessário menos 
dispêndio de tempo, implantação e custos de pedido. A Fórmula 2 fornece o cálculo de giro 
de estoque sugerido por Ballou (2001). 
 Formula 2 
Outro fator que deve ser levado em consideração é o Lead Time do processo. Tempo em que 
é feito o pedido, processado, produzido e entregue até o destinatário final, que deve ser bem 
planejando e observado as possíveis causas imprevisíveis que possam impactar no processo 
da cadeia logística. Assim, Fleury e Wanke (2000) observam duas possibilidades de demanda, 
que podem influenciar no controle do estoque, onde há duas situações: uma é o cenário 
 
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estável, onde o consumo se mantém contínuo. E a outra é um cenário (dito Real), onde há 
instabilidades de consumo e incertezas. 
Martins e Alt (2007), explica que o sistema periódico de reposição de estoque é previamente 
estabelecido, onde ocorre conforme prazo pré-fixado, e ao chegar à data pré-estabelecida é 
feito o pedido de reabastecimento da diferença do que tem em estoque com o que foi 
programado, sendo reabastecida apenas aquela quantidade a completar o nível de estoque 
desejado. 
 
3. Metodologia 
O estudo tem como característica o uso de métodos de pesquisa qualitativa e quantitativa, com 
o objetivo de coletar informações com base na realidade da organização. 
Segundo Richardson (1989), uma pesquisa qualitativa busca produzir informações 
aprofundadas e ilustrativas sobre uma realidade, diferentemente da abordagem quantitativa 
não necessita especificamente de dados numérico/estatísticos como base de pesquisa, pois seu 
objetivo é qualificar os fatos de acordo como ocorrem. 
Assim este estudo se classifica como qualitativo, por fazer uso do meio bibliográfico, para 
reunir as informações e conhecimentos necessário por meio de livros, artigos, revistas, 
periódicos, mesmo que já tenham sido explorados, ainda podem trazer uma nova visão e 
conhecimento acerca do tema pesquisado. Segundo Lakatos (2009), em uma pesquisa 
bibliográfica o método visa se utilizar de informações e conhecimentos já escritos e dar um 
novo enfoque de acordo com o objetivo do estudo, contribuindo para o embasamento para as 
análises e conclusões do estudo. 
Outro método qualitativo que será aplicado no estudo é o de estudo de caso, que consiste na 
análise das condições reais, a fim de trazer problemas da realidade cotidiana associada à teoria 
e suas possíveis soluções para os problemas abordados. Marconi e Lakatos (1996), afirmam 
que esta fase é realizada após o estudo bibliográfico. 
Já a pesquisa quantitativa, tem como enfoque a quantificação em números, por meio de 
informações, são transformados em dados e daí é possível a análise quantificada. Utiliza-se 
 
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nesta, dados numéricos e ferramentas como a média, mediana, estatística, percentagem, 
desvio padrão, etc. Por meio do cruzamento da pesquisa qualitativa e quantitativa pode-se 
utilizar das duas pesquisas para ter melhor aproveitamento dos dados na aplicação de ações e 
soluções do problema pesquisado. 
Assim, busca-se uma proposição de solução utilizando a teoria aqui abordada e a prática da 
empresa pesquisada, colhendo informações no campo de estudo, tanto dados quantitativos, 
quanto os qualitativos, acerca do estoque da empresa Arthur Eletromóveis, analisando a forma 
de compra do estoque, quantidades, modelos, e de que maneira influenciam no giro dos 
estoques e sua otimização e no aumento de sua eficiência. Por meio da pesquisa de campo 
será levantado os dados, analisado e comparado com a teoria, formulando possíveis soluções 
para os objetivos geral e específicos já apresentados anteriormente. 
4. Análises dos resultados 
O estudo foi aplicado aos dados coletados de outubro de 2015 a março de 2016 sobre o 
estoque de uma organização hospitalar da cidade do Recife, com o propósito de trabalhar com 
informações e dados mais atualizados. Para isso o estudo foi dividido em três partes: a 
primeira etapa foi a análise dos produtos estocados pela organização por meio da Curva ABC 
de custos. 
Para o estudoforam selecionados os itens de estoque que foram consumidos nesse período de 
análise, que totalizaram 360 itens e aplicado o método de Curva ABC, com o parâmetro de 
classificação da curva com base nos custos totais de A=80%, B=15% e C=5%. Após a 
aplicação foram encontrados a seguinte distribuição dos itens estocados conforme Tabela 1. 
Tabela 1 – Análise da Curva ABC de Custos dos Itens Consumidos no Período de Out/15 a Mar/16. 
Classificação da Curva Número de Itens % de Participação dos Itens 
Curva A 94 26,11% 
Curva B 88 24,44% 
Curva C 177 49,17% 
Fonte: Próprio autor. 
 
Com base no resultado da análise de Curva ABC, foi possível perceber que o volume de itens 
críticos para a gestão dos estoques pelo seu custo e frequência de consumo representam 
apenas 26% e que a maior parte dos estoques consumidos são produtos de baixo consumo 
representados por aproximadamente 50%. 
 
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Após a análise de Curva ABC dos itens do estoque, foi aplicado o método Giro de Estoque, 
com o objetivo de análise o número de itens com nível de estoque adequados ao seu consumo 
e anormalidades na gestão de estoques classificados como baixos ou excedentes. Os 
resultados da análise dos 360 itens analisados na Curva ABC são apresentados na Tabela 2. 
Tabela 2 – Análise do Giro de Estoques dos Itens Consumidos no Período de Out/15 a Mar/16. 
Giro de Estoque Número de Itens % de Participação dos Itens 
0,00 a 0,20 166 46,15% 
0,21 a 0,41 6 1,54% 
0,42 a 0,62 6 1,54% 
0,63 a 0,83 6 1,54% 
0,84 a 1,00 11 3,08% 
Acima de 1,00 166 46,15% 
Fonte: Próprio autor. 
A análise do Giro de Estoque apresentou a situação dos itens do estoque quanto a sua 
rotatividade e conforme a Tabela 2, é possível perceber que 46% dos itens tem um giro de 
estoque acima de 1,00 o que significa que esses produtos são consumidos em até um mês. 
Mas mais de 50 % dos itens do estoque apresentam situação inversa o que demonstra que há 
um desequilíbrio nos níveis de estoques mantidos na organização. 
Já na análise da cobertura de estoque conforme Tabela 3, foi possível observar que 52% dos 
itens possuem uma cobertura média de estoque de até 30 dias, o que representa um ótimo 
nível de gestão de estoques, porém quase 48% dos itens do estoque possuem uma cobertura 
de estoque acima de 30 dias, o representa um problema para os riscos da manutenção de 
estoques como: avarias, perdas, furtos, obsolescência e perecibilidade dos itens. 
Tabela 3 – Análise da Cobertura de Estoques dos Itens Consumidos no Período de Out/15 a Mar/16. 
Cobertura Estoque 
(dias) Número de Itens % de Participação dos Itens 
1 a 5 72 20,00% 
6 a 11 17 4,62% 
12 a 17 22 6,15% 
18 a 23 39 10,77% 
24 a 30 39 10,77% 
Acima de 30 172 47,69% 
Fonte: Próprio autor. 
 
4.1. Resultados do Estudo de Caso 
 
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Diante dos resultados obtidos no estudo pode-se concluir que a gestão de estoques da 
organização hospitalar localizada na cidade do Recife, apresenta uma ineficiência 
significativa, isto baseado nas análises dos níveis de estoques. 
A análise da Curva ABC apresentou que a organização aplica um modelo de gestão comum 
para todos os itens do estoque, independentemente de sua classificação quanto a Curva ABC, 
ou seja, seja qual for o grau de importância dos itens do estoque, os níveis de manutenção de 
estoques e lotes de reposição são realizados da mesma forma. Quando a organização poderia 
aumentar a sua eficiência financeira e de gestão dos estoques com a aplicação de 
planejamento de compras baseadas na classificação ABC dos estoques. 
Já quanto ao Giro dos Estoques foi possível observar que a organização tem um número muito 
alto de itens que estão com seus níveis de estoques acima do adequado, isso pois seus giros de 
estoque estão muito baixos, ou seja o volume das compras e os níveis de estoque máximo não 
devem estar alinhados com a demanda dos consumidores e operações hospitalares, o que 
fazem gerar esse alto tempo para renovação dos estoques. 
Ao se analisar a cobertura dos estoques em número de dias foi possível observar que a maior 
parte dos itens são consumidos dentro de 30 dias, o que representa que o seu nível de estoque 
e de reposição dos estoques está alinhado com a demanda de sua operação, gerando uma 
eficiência quanto a esses itens. Mas na análise geral a organização possui uma ineficiência 
geral, isto por que 47% dos itens estocados possuem um nível de estoque muito acima de 30 
dias de estoques, o que resulta em armazenamento de produtos que não são necessários 
consumindo espaço, recursos financeiros, tempo de manutenção dos estoques e aumentando 
os riscos associados com a geração de estoques. 
 
5. Considerações finais 
O estudo realizado na organização hospitalar pública apresentou que embora a empresa 
possua um sistema de informação para a gestão dos estoques, a uma considerável ineficiência 
na gestão dos níveis de estoques e reposição dos mesmos. O que sugere que a organização 
deve alinhar seus níveis de estoque de acordo com a classificação dos itens e pelo 
comportamento de seu consumo. 
O estudo se revela de suma importância não só para a empresa do estudo de caso, mas como 
base de conhecimento para estudos futuros quanto a gestão de estoques em outras empresas 
 
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do segmento e diversos, na busca pela eficiência no uso de seus recursos financeiros aplicados 
aos estoques. 
Como sugestão para estudos futuros é sugerido avaliar se o comportamento da gestão de 
estoques em organizações hospitalares particulares possui a mesma gestão de estoques e uma 
ineficiência significativa como identificada neste estudo numa organização hospitalar pública. 
Outra sugestão de estudo futuro é de se analisar quais os fatores que conduzem a organização 
hospitalar pública a gerar níveis de estoque desalinhados com a realidade de consumo de suas 
operações. 
 
 
 
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