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Indicadores de Morbimortalidade 1 Indicadores de Morbimortalidade Data de Criação Fonte Intensivão 2021 Medgrupo Coeficientes RISCO Numerador diferente do denominador Exemplo: número de óbitos em ≥ 50 anos / população ≥ 50 anos Morbidade Incidência Número de casos novos / população exposta ao risco Pode ser chamada de ataque (taxa/coeficiente de ataque) Melhor para avaliar doenças AGUDAS Melhoria das possibilidades diagnósticas → aumento da incidência (mais casos novos detectados) Prevalência Número de casos totais (novos e antigos) / população Melhor para avaliar doenças CRÔNICAS Causam aumento da prevalência: Aumento da incidência (aumento dos casos novos) Imigração de doentes Drogas que não curam, mas controlam a doença e melhoram a sobrevida Causam redução da prevalência: @07/08/2023 Indicadores de Morbimortalidade 2 Morte Cura Emigração de doentes Prevenção P (prevalência) = I (incidência) x D (duração) “A prevalência de uma doença varia proporcionalmente com o produto da incidência pela duração ‘da doença” Duração curta → prevalência baixa Duração longa → prevalência alta Doenças não curáveis ou não instituição de tratamento em doenças curáveis Mortalidade Geral Número de óbitos / população Coeficiente: por 1.000 habitantes Indicadores de Morbimortalidade 3 Não é um bom indicador das condições de saúde uma determinada população O numerador pode estar superestimado em localidades com maiores facilidades médico-hospitalares, que recebem doentes de outras áreas, se os óbitos forem tabulados segundo o local de ocorrência Para que isso não ocorra, a contabilização estatística de morte é feita no município de residência da pessoa, e não do de óbito Específica Materna Número de óbitos por causa materna / nascidos vivos Coeficiente: 100.000 nascidos vivos Causas diretas: a própria gravidez, parto ou puerpério levaram à morte Mais frequentes Principais causas no Brasil: hipertensão (pré-eclâmpsia e eclâmpsia), hemorragia e infecção São mortes evitáveis (importante indicador do nível de saúde de uma população) Notificação compulsória Causas indiretas: existência de doença prévia que piorou no contexto de gravidez, parto ou puerpério e levou à morte Causas acidentais não entram Infantil Número de óbitos < 1 ano / nascidos vivos Coeficiente: 1.000 nascidos vivos Importante indicador do nível de saúde de uma população Notificação compulsória Classificações: Mortalidade Perinatal: óbitos a partir de 22 semanas de gestação (natimortos) e menos de 7 dias de vida / número de nascidos (vivos + mortos) Avalia assistência do obstetra e do pediatra Indicadores de Morbimortalidade 4 Principal causa de morte: prematuridade; segunda causa: malformações congênitas Natimortalidade: óbito a partir de 22 semanas de gestação (natimortos) / número de nascidos (vivos + mortos) Avalia assistência obstétrica Mortalidade Neonatal: número de óbitos até 28 dias de vida / número de nascidos vivos Precoce: < 7 dias de vida Mais de 50% dos óbitos no primeiro ano ocorrem na primeira semana de vida Tardia: entre 7 e 27 dias de vida Avalia assistência pediátrica Mortalidade Pós Neonatal: número de óbitos de 28 dias até 1 ano / número de nascidos vivos Também chamada de mortalidade infantil tardia Avalia as condições de vida do país/meio ambiente (saneamento básico, política de estímulo ao aleitamento materno, vacinação) Principal fator responsável pela redução da mortalidade infantil no Brasil (em todas as regiões do país) Mortalidade na infância: óbitos até 5 anos de vida / nascidos vivos Indicadores de Morbimortalidade 5 Letalidade Número de óbitos / número de doentes Avalia a gravidade de uma doença Virulência: capacidade de um agente infeccioso levar a casos graves ou fatais A letalidade vai além da virulência, pois considera sempre a morte Índices PROPORÇÃO Indicadores de Morbimortalidade 6 Numerador igual ao denominador Exemplo: número de óbitos ≥ 50 anos / número total de óbitos Mortalidade Índice de Swaroop-Uemura (I$U) “Razão de mortalidade proporcional” Número de óbitos ≥ 50 anos / número total de óbitos Indicador de saúde Numa sociedade com bons indicadores de saúde, esperamos que a maior parte dos óbitos se dê em pessoas mais idosas Relação com o desenvolvimento socioeconômico de um país 1º nível: ≥ 75% → desenvolvidos 2º nível: 50-74% 3º nível: 25-49% 4º nível: < 25% → subdesenvolvidos Quanto mais alto, melhor para o país Curvas de Nelson Moraes “Curvas de mortalidade proporcional” Representações gráficas da distribuição proporcional dos óbitos por faixas etárias Indicadores de Morbimortalidade 7 Como gravar? Não Lembro Um Jeito → N L U J Tipo I: nível de saúde muito baixo Curva em N Alta mortalidade infantil Pico de mortes em adultos jovens → conflitos armados (os adultos jovens são incapazes de sobreviver) Queda da mortalidade entre os idosos → a população não consegue chegar em idades mais avançadas Tipo II: nível de saúde baixo Curva em L ou J invertido Pico de mortes em crianças → saneamento básico muito precário e pobreza extrema Tipo III: nível de saúde regular Curva em U ou V Mortalidade na infância (até 5 anos) maior que no nível IV Pico da mortalidade nos pacientes mais velhos Tipo IV: nível de saúde elevado Indicadores de Morbimortalidade 8 Curva em J Baixo número de mortes em crianças e adultos jovens Aumento de morte exponencial conforme a idade Mortalidade Proporcional Número de óbitos por idade ou por causa / número total de óbitos Causas Gerais 1) Doenças do aparelho circulatório 2) Neoplasias 3) Doenças do aparelho respiratório 4) Causas externas Causas desconhecidas: má assistência de saúde à população + mau preenchimento da declaração de óbito Sexo Masculino 1) Doenças do aparelho circulatório 2) Neoplasias 1. Câncer de pulmão Indicadores de Morbimortalidade 9 2. Câncer de próstata 3) Causas externas Sexo Feminino 1) Doenças do aparelho circulatório 2) Neoplasias 1. Câncer de mama 2. Câncer de pulmão 3) Doenças do aparelho respiratório 4) Doenças endocrinológicas 5) Causas externas Entre 1 e 59 anos 1) Causas externas 1. Agressão e homicídio 2. Acidentes de transporte Em menores de 1 ano 1) Afecções perinatais 2) Malformações congênitas Sistemas de notificação SINASC: sistemas de informação dos nascidos vivos SIM: sistemas de informação de natalidade SINAN: sistemas de informação nacional dos agravos de notificação IBGE: informa a população Transição Demográfica Principais determinantes: Queda na taxa de fecundidade Número de nascidos vivos / mulheres em idade fértil Indicadores de Morbimortalidade 10 Queda na taxa de mortalidade geral Levam à: Aumento da esperança de vida Aumento do índice de envelhecimento Número de idosos (≥ 60 anos) / a cada 100 jovens (≤ 15 anos) Pirâmide etária: estreitamento da base e alargamento do ápice Transição Epidemiológica Substituição das doenças infecto-parasitárias (transmissíveis) pelas doenças crônico-degenerativas/externas (não transmissíveis) É a transição epidemiológica que leva à transição demográfica Carga Global de Doenças Indicador mais sensível para avaliar a morbimortalidade Mortalidade: quebra na extensão de vida → anos de vida perdidos Condições mais importantes no Brasil: homicídio, IAM, AVE e acidente de trânsito Morbidade: quebra na qualidade de vida → anos vividos com incapacidades (temporárias ou permanentes) Condições mais importantes no Brasil: dor lombar, cefaleia, ansiedade e depressão DALY Disability-Adjusted Life Year - anos de vida perdidos ajustados por incapacidade Anos de vida perdidos + anos vividos com incapacidade Quanto maior, pior a saúde do país Estabelece 3 fatores de importância: I) Doenças transmissíveis e nutricionais II) Doenças não transmissíveis III) Causas externas Indicadores de Morbimortalidade 11 Apesar de a transição epidemiológica mostrar a tendência de substituição das doenças transmissíveis pelas não transmissíveise pelas causas externas, as doenças transmissíveis ainda ocupam uma carga importante (tuberculose, dengue, malária) O Brasil possui uma TRIPLA carga de doença Excesso de óbitos em 2020-2021 Não se pode dizer que a causa foi DIRETAMENTE o COVID-19, mas sim a PANDEMIA Sobrecarga dos hospitais Interrupção no tratamento de doenças crônicas Não assistência médica por medo de adquirir novas doenças COVID-19 (indiretamente)
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