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PNH- Clínica Ampliada, Equipe de Referência e Projeto Terapêutico Singular (1)

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PNH: Clínica Ampliada, Equipe de Referência e Projeto 
Terapêutico Singular 
× O Ministério da Saúde tem reafirmado o HumanizaSUS como política que atravessa as diferentes ações e 
instâncias do Sistema Único de Saúde, operando com o princípio da transversalidade, a Política Nacional de 
Humanização (PNH) lança mão de ferramentas e dispositivos para consolidar redes, vínculos e a co-
responsabilização entre usuários, trabalhadores e gestores. Ao direcionar estratégias e métodos de articulação 
de ações, saberes, práticas e sujeitos, pode-se efetivamente potencializar a garantia de atenção integral, 
resolutiva e humanizada. 
➔ Os valores que norteiam a PNH são a autonomia e o protagonismo dos sujeitos, a co-
responsabilidade entre eles, os vínculos solidários e a participação coletiva no processo de gestão. 
CLÍNICA AMPLIADA (CA): 
× É uma das diretrizes que a Política Nacional de Humanização propõe para qualificar o modo de se fazer 
saúde; 
× Ampliar a clínica é aumentar a autonomia do usuário do serviço de saúde, da família e da comunidade. É 
integrar a equipe de trabalhadores da saúde de diferentes áreas na busca de um cuidado e tratamento de acordo 
com cada caso, com a criação de vínculo com o usuário. A vulnerabilidade e o risco do indivíduo são 
considerados e o diagnóstico é feito não só pelo saber dos especialistas clínicos, mas também leva em conta a 
história de quem está sendo cuidado; 
× Na prática, a CA acontece através da escuta, o trabalhador da saúde vai buscar junto ao usuário, os motivos 
pelos quais ele adoeceu e como se sente com os sintomas, para compreender a doença e se responsabilizar na 
produção de sua saúde. É importante estar atento para os afetos entre os trabalhadores e usuários buscando a 
autonomia da pessoa diante do seu tratamento, ao mesmo tempo em que seu caso é tratado de forma única e 
singular; 
× A CA propõe que o profissional de saúde desenvolva a capacidade de ajudar as pessoas, não só a combater 
as doenças, mas a transformar-se, de forma que a doença, mesmo sendo um limite, não a impeça de viver 
outras coisas na sua vida. 
➔ Podemos dizer então que a clínica ampliada é: 
• um compromisso radical com o sujeito doente, visto de modo singular; 
• assumir a RESPONSABILIDADE sobre os usuários dos serviços de saúde; 
• buscar ajuda em outros setores, ao que se dá nome de INTERSETORIALIDADE; 
• RECONHECER OS LIMITES DOS CONHECIMENTOS dos profissionais de saúde e das TECNOLOGIAS 
por eles empregadas e buscar outros conhecimentos em diferentes setores; 
• assumir um compromisso ÉTICO profundo. 
EQUIPE DE REFERÊNCIA: 
× É um arranjo organizacional que apresenta características de transversalidade; 
× A equipe de referência contribui para tentar resolver ou minimizar a falta de definição de responsabilidades, 
de vínculo terapêutico e de integralidade na atenção à saúde, oferecendo um tratamento digno, respeitoso, com 
qualidade, acolhimento e vínculo; 
× Cada equipe de referência torna-se responsável pela atenção integral do usuário doente, cuidando de todos 
os aspectos de sua saúde, elaborando projetos terapêuticos e buscando outros recursos terapêuticos, quando 
necessário. 
➔ Apoio Matricial: é um arranjo na organização dos serviços que complementa as equipes de 
referência. O apoio matricial é uma forma de organizar e ampliar a oferta de ações em saúde, que 
lança mão de saberes e práticas especializadas, sem que o usuário deixe de ser cliente da equipe de 
referência. Atua de modo TRANSDISCIPLINAR. 
PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR (PTS): 
× É um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, 
resultado da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar, com apoio matricial se necessário. Geralmente 
é dedicado a situações mais complexas; 
× Possibilita a participação, reinserção e construção de autonomia para o usuário e/ou familiar em sofrimento 
psíquico; 
× Principal instrumento de trabalho interdisciplinar dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS); 
× O PTS contém QUATRO elementos: 
1. Diagnóstico: deverá conter uma avaliação orgânica, psicológica e social, que possibilite uma 
conclusão a respeito dos riscos e da vulnerabilidade do usuário. Deve tentar captar como o Sujeito 
singular se produz diante de forças como as doenças, os desejos e os interesses, assim como também 
o trabalho, a cultura, a família e a rede social. Ou seja, tentar entender o que o Sujeito faz de tudo que 
fizeram dele. 
2. Definição de metas: uma vez que a equipe fez os diagnósticos, ela faz propostas de curto, médio e 
longo prazo, que serão negociadas com o Sujeito doente pelo membro da equipe que tiver um vínculo 
melhor. 
3. Divisão de responsabilidades: é importante definir as metas de cada um com clareza. 
4. Reavaliação: momento em que se discutirá a evolução e farão as devidas correções de rumo. 
× O PTS insere-se como uma ferramenta que visa promover um cuidado contínuo de acordo com a perspectiva 
biopsicossocial. 
 
REFERÊNCIAS: 
BVS - Ministério da Saúde - Dicas em Saúde. Saude.gov.br. Disponível em: 
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/201_clinica_ampliada.html>. Acesso em: 24 abr. 2023. 
CLÍNICA AMPLIADA, EQUIPE DE REFERÊNCIA E PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR 
2.a edição Série B. Textos Básicos de Saúde Brasília − DF 2007. [s.l.: s.n., s.d.]. Disponível em: 
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/clinica_ampliada_2ed.pdf>.

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