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descentralização e desconcentração ADM

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Para que você saiba o que é a Administração Pública Direta e a Indireta, deve conhecer os institutos da 
descentralização e da desconcentração, na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, são 
abordadas duas situações:
a) Quando há a criação de órgãos.
b) Quando há criação de pessoa jurídica.
Explique se há desconcentração ou descentralização em cada uma dessas situações. Além disso, 
responda: quais são os fundamentos constitucionais para que a criação de pessoa jurídica ocorra 
dentro da Administração Pública?
Administração Pública: 
 Descentralização e Desconcentração.
Administração Direta é termo utilizado em nosso país para designar o conjunto de
órgãos que integram a estrutura interior da máquina administrativa do ente federado, em
nível federal, estadual, distrital ou municipal. Tem relação com o fenômeno da
centralização administrativa que ocorre quando os entes da Administração Pública Direta
prestam os serviços públicos diretamente, por meio de seus órgãos e agentes. A
Administração Pública Direta representa o “centro do poder” na titularidade da prestação
do serviço público.
Os órgãos públicos são as repartições internas do Estado, criados a partir da
desconcentração administrativa, com a finalidade de desempenhar funções estatais,
sendo despidos de personalidade jurídica. Ou seja, é o compartimento na estrutura estatal
a que são cometidas determinadas funções, sendo integrado por agentes públicos que,
quando as executam, manifestam a própria vontade do Estado. 
Como assinala Di Pietro, na desconcentração ocorre “uma distribuição interna de
competências, ou seja, uma distribuição de competências dentro da mesma pessoa
jurídica; sabe-se que a Administração Pública é organizada hierarquicamente, como se
fosse uma pirâmide em cujo ápice se situa o Chefe do Poder Executivo. As atribuições
administrativas são outorgadas aos vários órgãos que compõem a hierarquia, criando-se
uma relação de coordenação e subordinação entre uns e outros. Isso é feito para
descongestionar, desconcentrar, tirar do centro um volume grande de atribuições, para
permitir seu mais adequado e racional desempenho”.
Segundo o art. 61, §1º, II, e, da CF/88, a criação de um órgão público depende de
lei, de iniciativa privativa do respectivo Chefe do Poder Executivo (federal, estadual,
distrital ou municipal), de modo que apenas outra lei, da mesma iniciativa, poderá
extingui-lo (princípio do paralelismo das formas). 
Em suma, a desconcentração ocorre quando uma pessoa jurídica desconcentra a
sua atuação ao criar órgãos dentro da sua própria estrutura. Assim, há a divisão de
funções e prestações de serviço dentro da própria pessoa jurídica. Contudo, os órgãos
criados não possuem personalidade jurídica própria. 
A Constituição Federal de 1988 também prevê a descentralização político-
administrativa como um dos meios para alcançar o desenvolvimento sustentável. Trata-se
do desenvolvimento político, social, jurídico, econômico e ético, pautados pelos princípios
constitucionais.
Podemos compreender o termo descentralização como sendo a forma pela qual o
Estado distribui uma série de competências a entes jurídicos autônomos criados por ele
ou a terceiros em colaboração, transferindo a execução e/ou a titularidade do serviço para
outra pessoa, quer seja de direito público ou, ainda, de direito privado que explorará esse
serviço em seu próprio nome, por sua própria conta e risco, mediante fiscalização estatal.
 A descentralização pode ocorrer por meio de outorga legal ou por
delegação/colaboração; Na outorga, é transferida a titularidade e a execução do serviço
público à pessoa jurídica diversa do Estado, ao passo que, na colaboração, ocorre por
contrato ou ato unilateral em que apenas a execução do serviço público é transferida
(para uma pessoa jurídica de direito privado), permanecendo com o Estado a titularidade
do serviço.
Por se tratar de pessoas diferentes, de entidades administrativas, dotadas de
personalidade jurídica própria e autonomia administrativa, contratadas ou criadas
mediante lei específica, para o exercício de finalidade e competências descentralizadas,
não há hierarquia ou subordinação. Entre a Administração Direta e Indireta existe a
chamada tutela administrativa, conhecida como controle finalístico ou supervisão
ministerial.
O ente da Indireta fica vinculada aos fins para os quais foi criado em relação à
pessoa jurídica da Administração Direta que o criou. Por conta disso, um dos sinônimos
de Administração Indireta é Administração Descentralizada. Já em relação ao particular, a
Administração irá apenas fiscalizar a execução desses serviços, mas também sem
vínculo de natureza hierárquica 
Assim, observa-se que a diferença reside na amplitude da transferência. Enquanto a
amplitude da transferência na desconcentração ocorre dentro dos limites da
Administração, dentro do mesmo órgão ou de um órgão para outro; na descentralização
essa transferência pode ser delegada também para fora da Administração. 
Assim, o Estado presta o seu serviço público de forma:
 centralizada, quando executa as tarefas atribuídas diretamente por intermédio de
órgãos e agentes da Administração Direta; 
 descentralizada, quando desempenha algumas das suas atribuições por meio de
outra pessoa jurídica e não pela Administração Direta;
 desconcentrada, quando a execução das funções é dívida em órgãos, de modo
que a distribuição das atribuições se dá internamente, ou seja, dentro da mesma pessoa
jurídica. 
A descentralização das atividades públicas é uma medida que consolida a
democracia, pois aumenta a participação da sociedade em ações que eram de
exclusividade do Estado.

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