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INTERPRETAÇÃO DO HEMOGRAMA

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11/02/2021
1
Interpretação Clínica do 
Hemograma
Prof. Me. João Paulo Sampaio
Biomédico - Uninovafapi
Esp. em Hematologia Clínica - Incursos
Esp. em Microbiologia Clínica - UFPI
Mestre em Ciências e Saúde – UFPI
Doutorando em Ciências (Medicina Tropical) IOC/Fiocruz
1
Hemograma
Completo?
Triagem?
Diagnóstico?
Acompanhamento?
2
11/02/2021
2
3
A coleta
4
11/02/2021
3
Locais de punção
5
Fatores pré-analíticos
6
11/02/2021
4
Fatores pré-analíticos
7
Fatores fisiológicos
• Gestação
• Altitude
• Exercício
• Tabagismo
8
11/02/2021
5
Divisão do hemograma
• Eritrograma
• Hemácias
• Hemoglobina (Hb)
• Hematócrito (Htc)
• Índices hematimétricos
• Volume Corpuscular Médio (VCM)
• Hemoglobina Corpuscular Média (HCM)
• Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM)
• Índice de Anisocitose eritrocitária (RDW)
• Descrição morfológica
9
Divisão do hemograma
• Leucograma
• Contagem global
• Contagem diferencial
• Descrição morfológica
10
11/02/2021
6
Divisão do hemograma
• Plaquetograma
• Contagem do número de plaquetas
• Índices plaquetários: 
• Plaquetócrito (Ptc)
• Volume plaquetária médio (VPM)
• Índice de Anisocitose plaquetária (PDW)
• Descrição morfológica 
11
Hemograma
12
11/02/2021
7
ERITROGRAMA
13
Esfregaço
14
11/02/2021
8
15
16
11/02/2021
9
Microhematócrito
• Realizado em tubo capilar. 
• Utilização de microcentrífuga onde o tubo é colocado à 
10.000rpm por 5 minutos 
• Nesta técnica todo material será descartado após uso. 
17
18
11/02/2021
10
19
20
11/02/2021
11
Valores Falsamente Diminuídos 
• Diluição com anticoagulante 
• Longo período de centrifugação 
• Microcentrífuga descalibrada (> força) 
• Tubos mais finos 
• Armazenamento da amostra 
• Microcitose 
21
Valores Falsamente Aumentados 
• Garroteamento excessivo 
• Curto período de centrifugação 
• < força de centrifugação 
• Desidratação
22
11/02/2021
12
Dosagem da hemoglobina
• Principal componente eritrocitário. 
• Dosagem realizada por métodos colorimétricos 
(hemoglobinometria) após conversão da hemoglobina em 
cianometamoglobina expressa em g/dl. 
23
Métodos de dosagem da Hb
• Drabkin-> ferricianeto de potássio converte o ferro ferroso 
da hemoglobina à ferro férrico formando metahemoglobina. 
• A metahemoglobina combina com o cianeto de potássio para 
formar um composto estável -> cianometahemoglobina. 
24
11/02/2021
13
Dosagem da hemoglobina
• A dosagem de Hb está diretamente relacionada com o conteúdo e 
coloração do eritrócito, de grande valia no diagnóstico das 
anemias. 
Causas de erro: 
• pipetagem
• lipemia
• alta contagem de leucócitos 
• sujeira na parede de leitura 
• presença de carboxihemoglobinas (fumantes) 
25
Contagem de glóbulos vermelhos
• Consiste na determinação do número de eritrócitos por mm3 de 
sangue. 
• O sangue é diluído na porção 1:200 com o líquido de Hayem
Líquido de Hayem: 
• Bicloreto de mercúrio 
• Cloreto de sódio 
• Sulfato de sódio 
• Água destilada 
26
11/02/2021
14
Contagem de glóbulos vermelhos Reativo de Hayem
GV
27
Contagem de glóbulos vermelhos
Realização do exame: 
• Pipetar com micropipeta 0,02 mL (20 µL) da amostra 
• Após fixação da lamínula sobre a câmera de Neubauer 
preencher com o sangue diluído, proceder a contagem 
seguido do cálculo. 
• Contar os eritrócitos presentes nos cinco campos – 4 laterais 
e 1 central) do quadrado central. 
• Proceder a soma e multiplicar por 10.000 
28
11/02/2021
15
29
30
11/02/2021
16
Glóbulos vermelhos
• Valores de referência: 
•♂ - 4,5 a 5,5 milhões/mm3 
•♀ - 4,0 a 5,0 milhões/mm3 
• Recém nascidos – 5,5 a 7,0 milhões / mm3 
31
Interpretação
• Valores aumentados em policitemias
• Valores diminuídos processos anêmicos de diversas etiologias 
• Contagem em câmara de Neubauer oferece grande 
variabilidade de erro e dispêndio de tempo� automação 
32
11/02/2021
17
Índices hematimétricos
33
Índices hematimétricos
Volume corpuscular médio (VCM)
nVR: 80 a 100 fL (fentolitros)
nVCM= Htc(%) x 10
Hemácias (milhões)
• Volume corpuscular médio. Mede o tamanho das hemácias ou eritrócitos.
Serve para avaliar os tipos de anemia que se manifestam com hemácias de
grande, pequeno ou tamanho normal, isto é , anemias macro, micro e
normocíticas. Assumiu a posição de parâmetro mais importante para o
diagnóstico diferencial das anemias.
34
11/02/2021
18
Volume corpuscular médio
Através do VCM classifica-se as anemias como: 
• Macrocíticas 
• Microcíticas 
• Normocíticas 
35
Alterações no VCM
Microcitose 
• Hemácias abaixo de 80 fL (adulto). 
• Está associada à deficiência de ferro e talassemias. 
Macrocitose 
• Hemácias acima de 100 fL (adulto). 
• Está associada à deficiência de vitamina B12, quimioterapia, 
doença hepática, hipotireoidismo e mieloma
36
11/02/2021
19
Índices hematimétricos
Hemoglobina Corpuscular média (HCM)
nVR: 27 a 32 pg
nHCM= Hg (g/dL) x 10
Hemácias (milhões)
• E o peso da hemoglobina dentro das hemácias É o conteúdo médio de 
hemoglobina por eritrócito
Classificação: Hipercrômia
Normocrômia
Hipocrômia
37
Índices hematimétricos
Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM)
n VR: 32 - 36%;
n CHCM= Hg (g/dL) x 100
Hto(%)
Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média.
• É o percentual de hemoglobina em 100ml de hemácia
• Concentração da hemoglobina dentro da hemácia
• Índice calculado a partir do valor da hemoglobina e hematócrito, que significa quanto 
de hemoglobina média percentualmente está contida em cada hemácia.
38
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20
Índices hematimétricos
• RDW (automação)
• É a expressão numérica da ANISOCITOSE(diferentes 
tamanhos de hemácias)- Inversamente proporcional a 
homogeneidade da população eritróide.
• Valores Normais- 11-14,5%
39
LEUCOGRAMA
40
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21
Leucograma
• Contagem de glóbulos brancos (WBC) 
• Contagem diferencial 
• Extensão sanguínea 
41
Contagem de glóbulos brancos
• Realizada com pipeta de Thoma ou pipeta volumétrica 
• Pipeta volumétrica 
• Pipetar em tubo de ensaio 20 µL de sangue total para 380 µL de 
solução de Turk, ou seja, diluir o sangue de 1:20 
• O líquido de turk lisa as hemácias mantendo a morfologia dos 
leucócitos 
• Homogeneizar e transferir aproximadamente 15 µL para a câmara 
de neubauer
42
11/02/2021
22
Contagem de glóbulos brancos
43
Contagem de glóbulos brancos
• Cálculo: 
• Contar os quatro quadrados laterais externos e multiplicar por 50 
• Valores de referência: 
•♂ e ♀ - 4.000 a 11.500/mm3 
• Crianças até 7 anos – 5,0 a 15.000/mm3 
• Recém nascidos – 10,0 a 25.000/mm3 
44
11/02/2021
23
Extensão sanguínea
• Preparar duas lâminas limpas 
• Em uma das lâminas, colocar uma gota de 
sangue total 
• Com a outra lâmina, realizar deslizamento 
para obtenção de esfregaço delgado 
45
Extensão sanguínea
• Fixação e coloração da lâmina depois de seca: 
• Derivados de Romanowsky: 
• Giemsa (azul-eosina) 
• Leishman e Wright 
• Panótico (solução 1 , 2 e 3) 
• Corante ácido - eosina: 
• afinidade por substâncias alcalinas – citoplasma 
• Corante alcalino - azul de metileno 
• afinidade por substâncias ácidas – núcleo 
46
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24
47
PLAQUETOGRAMA
48
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25
Contagem de plaquetas: Métodos de Fônio
• Contagem em lâmina 
• Realizar esfregaço e corar 
• Contar 5 campos microscópicos, contendo cerca de 200 hemácias 
cada um e fazer uma regra de três com exemplo: 
5 campos: 
1000hemácias--------- 15 plaquetas 
nº G.Vermelhos ------- X 
• VR: 
• 150.000 – 400.000 mm3 
49
Contagem de plaquetas
• Causas de erro: 
• Agregação plaquetária – EDTA, atraso na coleta, 
conservação in vitro 
• Satelitismo plaquetario- é mediado por um fator plasmático (IgG ou 
IgM). As plaquetas aderem in vitro aos neutrófilos, envolvendo-os 
como uma coroa) 
50
11/02/2021
26
Alterações quantitativas
• Trombocitose – é o aumento na contagem de plaquetas 
• Trombocitopenia - é a diminuição na contagem de plaquetas 
51
Satelitismo plaquetário
52
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Plaqueta normal
53
Macroplaqueta
54
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28
55
Casos
• Para exemplificar três situações, consideremos os exemplos 
hipotéticos de 3 diferentes mulheres adultas, comparando 
seus resultados com os de referência.
Caso 1 Caso 2 Caso 3
Hemácias (x 106) 3,8 3,3 2,8
Hemoglobina (g/dL) 8,5 12,1 8,3
Hematócrito (%) 25 30 27
VCM (fL) 71 90 110
RDW (%) 16 17 19
HCM (pg) 22 27 28
CHCM (%) 28 30 30
56
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29
• Caso 1
É típico de anemia microcítica (VCM diminuído) e hipocrômica (HCM 
diminuído);
• Caso 2
É característico de anemia normocítica (VCM normal) e normocrômica
(HCM normal); 
• Caso 3
É indicativo de anemia macrocítica (VCM aumentado).
57
Série Vermelha
n Os glóbulos vermelhos são corpúsculos vermelhos do sangue. 
n Um milímetro cúbico do sangue contém cerca de cinco 
milhões de corpúsculos ou glóbulos vermelhos, chamados 
também de eritrócitos ou hemácias.
58
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30
Eritrócitos/Hemácias
n Uma variação de 4 a 6 milhões é considerada 
normal e uma de 8 milhões pode ser encontrada 
em indivíduos que vivem em regiões de grande 
altitude.
n Esse número pode ser menor que 1 milhão em 
caso de anemia grave. 
n Os glóbulos vermelhos contêm hemoglobina, a 
qual é responsável pelo transporte de oxigênio 
para os tecidos.
59
Hemácias normais
60
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31
Alterações da 
série vermelha
61
Quanto a coloração 
n Normocrômica: quantidade normal de hemoglobina
n Hipocromia: hemácias menos coradas do que o normal. 
Observa-se na hematoscopia uma aumento do halo 
central da hemácia. 
n Hipercromia / policromatofilia : a hemoglobina está 
aumentada
62
11/02/2021
32
Hemácias hipocrômicas
63
Hemácias hipercrômicas/policromatófilas
• Presença simultânea de eritrócitos azulados (eritrócitos jovens
liberados pela médula) com eritrócitos normais.
• Presente em tratamento com ferro, sangramento, hemólise, hipóxia
acentuada.
64
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33
Hipercromia x Hipocromia
65
Quanto ao tamanho
• Normocítica: eritrócitos que tem uma variação normal de tamanho entre 6.8 a 7.5 µ.
• Microcítica: hemácias abaixo de 8 u (adulto), diminuição na síntese da hemoglobina
• Macrocíctica: hemácias acima de 100 u (adulto), resultado de um defeito na maturação 
nuclear e/ou na estimulação da eritropoiese. Associada à deficiência de vitamina B12 e 
ácido fólico, uso fármacos: AZT, anticonvulsivante: carbamazepina, fenitóina; 
quimioterapicos( metotraxate, hidroxiuréia, azatioprina),doença hepática, 
hipotireoidismo, mieloma, hepatopatias, esplenectomia.
• Anisocitose: diferença no tamanho das hemácias.
66
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34
Normal X Anemia por deficiência de ferro
Hipocromia
Anisocitose
Poiquilocitose
Normocítica
Normocrômica
67
Hemácias macrocíticas
Normocítica
Normocrômica Macrocítica
68
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35
Sistema de escore utilizado nas alterações
(1+/4+) – de 2 a 10% de hemácias alteradas - Discreta
(2+/4+) – de 10,1 a 25% de hemácias alteradas - Moderada
(3+/4+) - de 25,1 a 50% de hemácias alteradas – Acentuada / 
Evidente
(4+/4+) - > 50% de hemácias alteradas - Acentuada
69
Quanto a forma
• Envelhecimento da célula, artefato técnico e patologias intra
ou extra eritrocitárias: 
a. Eritropoiese anormal (formação dos glóbulos vermelhos); 
b. Formação inadequada de hemoglobina; 
c. Lesões dos eritrócitos ao deixarem a medula óssea; 
d. Eritropoiese aumentada (pela necessidade de grande 
produção). 
70
11/02/2021
36
Poiquilocitose
• Variação geral das formas das hemácias que normalmente se 
apresentam em uma forma circular e com um halo central claro. Comuns 
nas anemias ferropênicas severas, anemias megaloblásticas
71
Eliptócitos
• Defeitos entre as proteínas (glicoforinas, espectrina, anquirina,
aducina, actina) da membrana dos glóbulos vermelhos. Esses resultam
em uma instabilidade do citoesqueleto dos eritrócitos, com
subseqüente formação dos eliptócitos e, nos casos mais severos, à
significativa fragmentação celular e hemólise.
72
11/02/2021
37
Esferócitos
• As anormalidades encontradas resultam de defeitos
heterogêneos na composição proteica da membrana plasmática
dos eritrócitos. Há uma redução da camada fosfolipídica, que leva
a uma alteração da área superficial da membrana.
73
Dacriócitos
• Hemácias em forma de lágrima. Ocorrem provavelmente por retardo da
saída da medula óssea. Presente na metaplasia mielóide, na anemia
megaloblástica, nas talassemias e na esplenomegalia
74
11/02/2021
38
Codócitos
• Células em forma de alvo. Ocorre um excesso de membrana, fazendo
com que a hemoglobina se distribua em um anel periférico, com uma
zona densa central. Encontradas nas talassemias, na hemoglobina C,
icterícia obstrutiva e na doença hepática severa.
75
Esquizocitos
• Fragmentos de hemácias de tamanhos diferentes e com formas
bizarras de meia- lua ou triângulo. Observados em muitos casos
de próteses valvulares e vasculares, microangiopatias, síndrome
hemolítica urêmica, nos casos de queimaduras graves.
76
11/02/2021
39
Estomatócitos
• Se deve basicamente à hidratação aumentada com influxo de
sódio para o interior da célula, eritrócitos em forma de
estômago, presentes na Estomatocitose hereditária,
alcoolismo, cirrose hepática, alterações na bomba de Na e K.
77
Drepanócitos
• Hemácias em forma de foice, característica da anemia falciforme. Há a
presença de ao menos um gene mutante, que leva o organismo a produzir a
hemoglobina S (HbS). Essa hemoglobina é devida à substituição de um único
nucleotídeo que altera o códon do sexto aminoácido da B-Globina de ácido
glutâmico para valina (GAA → GUA: Glu6Val)
78
11/02/2021
40
Acantocitos
• Ocorre por disposição anormal dos ácidos graxos na membrana eritrocitária.
Hemácias pequenas com projeções irregulares.
• Presente na betalipoproteinemia hereditária e outras dislipidemias, na cirrose
hepática, na hepatite do recém-nascido, na anemia hemolítica, após
esplenectomia e após administração de heparina.
79
80
11/02/2021
41
Inclusões 
citoplasmáticas
81
Anel de Cabot
• Em forma de anel podendo, em alguns casos, torcer-se, assumindo um aspecto
de oito (8) ou como uma estrutura anelar. Pode também se observada em
outras situações de eritropoiese anormal. Sua origem se deve a material
remanescente dos microtúbulos do
• citoplasma dos eritroblastos, especialmente de RNA ribossômico. É um
filamento fino, de cor vermelho-violeta, concêntrico em relação à membrana
celular, que resulta de restos mitóticos de mitoses anômalas.
82
11/02/2021
42
Anel de Cabot
• Anemia hemolítica severa, anemia megaloblástica e 
disseritropoiese (anemia sideroblástica, eritroleucemia e 
mielofibrose idiopática)
83
Corpúsculo de Howel-Jolly
• São achados histopatológicos de restos nucleares basofílicos (aglomerados de DNA)
em hemácias circulantes. Durante a maturação das hemácias na medula óssea
normalmente os núcleos são expelidos, mas, em alguns casos, uma pequena porção de
DNA permanece. Corpúsculo nucleares de mitoses anômalas. São restos nucleares
remanescentes vistos quando há hipofunção esplênica , pela falta de função filtrante
do baço. Vistos também em doenças com deseritropoiese ( anemias megaloblásticas,
hemolíticas , mielodisplasias. São observados em pacientes esplenectomizados,
84
11/02/2021
43
Pontilhado basofílico
• É um artefato de coloração pela
preciptação dos ribossomos , quando
muito ricos em RNA. Os granulados
variáveis em número e tamanho, de
cor azulada, agregados de ribossoma.
Pode ser visto em grandes
policromatocitoses, nos micrócitos da
ß-talassemia , deficiência genética de
pirimidina 5-nucleotidase , e um
pontilhado grosseiro é visto na
intoxicação por chumbo (saturnismo),
nas talassemias e em outras
alterações da hemoglobina e outras
severas formas de anemias
85
Corpos de Heinz
Precipitados de hemoglobina desnaturada
que podem ser encontrados aderidos à
membrana das hemácias, em pacientes com
anemia hemolíticas por algumas drogas,
crises hemóliticas na deficiência da glicose-
6-fosfato hidrogenase e nas síndromesdas
hemoglobinas instáveis.
Para sua visualização, é necessária
coloração especial como azul de cresil
brilhante, que não é o caso da imagem acima.
São removidos pelo baço ,de modo que são
numerosos em pacientes esplenectomizados.
86
11/02/2021
44
Rouleaux
• Aglutinações das hemácias que
formam verdadeiras pilhas,
podendo ser observadas em
lâmina corada, é decorrente da
concentração elevada de
fibrinogênio ou de globulinas,
especialmente nas gamopatias
monoclonais.
• Levam ao aumento da velocidade
da hemossedimentação.
87
Eritroblasto
• São hemácias nucleadas que 
podem aparecer no sangue 
periférico em decorrência de 
grandes regenerações 
eritrocitárias, ou como 
conseqüências de infiltração 
medular. Aparecem à anemia 
hemolítica e nas reações 
leucoeritroblásticas (fibrose e 
metástase medular). 
88
11/02/2021
45
Corpúsculo de Pappenheimer
• Associados à ribossomos 
remanescentes, apresentam-se 
como pontos enegrecidos, agrupado 
ou localizados em anemias 
hemolíticas e sideroblásticas. São 
eritrócitos que possuem no seu 
interior agregados de ferritina, 
localizados próximos a membrana
89
SÉRIE BRANCA
90
11/02/2021
46
Valores de 
referência
91
Leucócitos
Agranulócitos
Linfócito
Monócito
Granulócitos
Basófilo
Neutrófilo Eosinófilo
92
11/02/2021
47
Classificação dos leucócitos 
Granulócitos (apresentam grânulos no citoplasma) Agranulócitos (não apresentam grânulos no citoplasma) 
Neutrófilo Eosinófilo Basófilo Linfócito Monócito 
Característica geral Núcleo geralmente trilobulado. Núcleo bilobulado
Grânulos citoplasmáticos 
muito grandes, chegando a 
mascarar o núcleo
Núcleo muito condensado, 
ocupando quase toda a célula
Núcleo em forma de rim ou 
ferradura
Função Fagocitar elementos estranhos ao organismo
Fagocitar apenas 
determinados 
elementos. Em doenças 
alérgicas ou provocadas 
por parasitas intestinais 
há aumento do número 
dessas células
Liberar heparina
(anticoagulante) e 
histamina (substância 
vasodilatadora liberada 
em processos alérgicos)
Linfócitos T auxiliares ou células 
de “memória imunológica” 
orientam os linfócitos B na 
produção de anticorpos; 
linfócitos T supressores 
determinam o momento de parar 
a produção dos anticorpos; 
linfócitos T citotóxicos que 
produzem substâncias que 
mudam a permeabilidade das 
células invasoras (bactérias) ou 
de células cancerosas, 
provocando sua morte. 
Linfócitos B, que formarão os 
plasmócitos do tecido 
conjuntivo, são os responsáveis 
pela produção de anticorpos 
específicos no combate 
imunológico aos antígenos 
invasores.
Fagocitar bactérias, vírus 
e fungos
93
Valores normais
Valor relativo
(%)
Valor Absoluto 
(mm³)
Bastão 2 – 4 180 – 300
Segmentado 58 – 68 3000 – 6000
Eosinófilo 2 – 6 100 – 300
Linfócito 20 – 30 1000 – 3000
Monócito 4 – 8 200 – 800
Basófilo 0 - 1 0 – 50
94
11/02/2021
48
Valor relativo valor absoluto
Contagem global: 7.500
100% ------------- 7.500
56% -------------- X
X = 56 x 7.500 = 4.200 
100
95
96
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49
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Neutrófilo
Os neutrófilos possuem grânulos
(lisossomos) contendo enzimas como
a mieloperoxidase responsável pela
destruição de agentes estranhos.
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Eosinófilo
• São células da linhagem mielóide podendo
ser metamielócitos, bastonetes,
segmentados que apresentam granulação
grosseira em núcleo e em citoplasma de cor
vermelho-laranja ou tijolo.
• Os eosinófilos possuem grânulos maiores e
menos numerosos que os neutrófilos.
Participam do processo de distribuição de
algumas parasitoses, de reações de defesa
humoral do tipo imunológica contra corpos
estranhos e principalmente contra
proteínas induzidas no organismo. Causas
de leucocitose eosinofílicas: Parasitose
intestinal ou de pele, alergias, radiação,
infecção, doença dermatológica como
pênfigo, eczema, psoriase. Eosinopenia :
todos os casos de estímulo do eixo
hipófise/supra-renal ( estresse, doenças
infecciosas) uso de corticóide.
99
Basófilo
• São células da linhagem mielóide podendo
ser metamielócitos, bastonetes,
segmentados que apresentam granulação
grosseira de cor negro-azulada em núcleo
e granulações violeta-escuro em
citoplasma
•
• Os basófilos possuem grânulos grandes,
pouco numerosos e ricos em
mucopolissacarídeos ácidos. Pelo fato de
possuírem receptores para IgE, estão
envolvidas com fenômenos de
hipersensibilidade sistêmica.
• São causas de leucocitose basofílica:
Reações alérgicas, radiação, doenças
mieloproliferativas.
100
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Linfócitos
• Os linfócitos estão diretamente
relacionados às respostas imunes,
são basicamente divididos em dois
grupos: Linfócitos T (LT) e
Linfócitos B (LB) além das Células
Naturais Killer (NK).
101
Linfócitos
Os linfócitos pequenos, que predominam no sangue , são
células de 7-15 µ cromatina densa que oculta os nucléolos, e
escasso citoplasma hialino de cor azul-celeste a azul-escuro ,
geralmente sem grânulos relação N/C 3:1.
Os linfócitos grandes tem mais citoplasma, e o núcleo pode
ter pequena chanfradura, que podem confundir-se com
monócitos. Normalmente 70-90% dos linfócitos sangüíneos
são T e 5-20% são B.
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Monócito
• Monócitos: circulam brevemente no 
sangue e exercem suas funções nos 
tecidos, onde se localizam como 
macrófagos fixos. É uma célula com 
cerca de 14-21 µ com núcleo em forma 
de ferradura ou chanfrado, as vezes 
com imagens semelhantes a 
circunvoluções, relação N/C 1:1, sem 
nucléolos. Citoplasma azul-
acinzentado, com numerosas 
granulações azuladas finas lembrando 
poeira, presença ocasional de vacúolos.
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Alterações da 
série branca
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Leucocitoses
• Leucocitose fisiológica
• Leucocitose reativa
• Leucocitose patológica
• Doenças mieloproliferativas
• Doenças linfoproliferativas
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Alterações reacionais
• Granulações Tóxicas- quando a granulopoiese é
continuadamente exigida , pela extensão e duração de um
foco inflamatório, há encurtamento do estágio intermitótico
e diminuição dos prazos de maturação das células
precursoras; sendo assim , os neutrófilos chegam ao sangue
periférico com granulações primárias, própria dos pró-
mielócitos. São grânulos grandes, ricos em enzimas e coram-
se em roxo-escuro.
• Vacuolização Citoplasmática
• Hipersegmentação Nuclear
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Desvio à esquerda
• O desvio à esquerda ou desvio maturativo é o jargão 
utilizado quando da presença de maior quantidade de 
bastonetes e(ou) de células mais jovens da série 
granulocítica (metamielócitos, mielócitos, promielócitos e 
mieloblastos).
• Escalonado – Sugere processos infecciosos (bacterianos)
• Não escalonado – Sugere processos cancerígenos
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Desvio à esquerda
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Hipersegmentação nuclear
• São neutrófilos com muitos 
segmentos nucleolares. Pode 
ser adquirido ou hereditário: 
Adquirido é resultado de 
células velhas, reumatismo 
crônico, colecistes, colites 
crônicas, tuberculose; na 
hereditária é herdado de forma 
autossômica dominante, sem 
anomalias clinicas. 
109
Granulações tóxicas
•Granulações tóxicas: São
alterações adquiridas por
estímulos extrernos. Trata-se
de granulações mais grosseiras
que os normais e se apresentam
no citoplasma de neutrófilos.
• São granulações azurófilas
estimuladas por infecção,
inflamação, queimaduras, por
alterações no próprio
granulóide lisossoma.
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Vacúolos
•Degenerações vacuolares: 
• São espaços circulares
brancos de tamanho
variado, onde há vacúolo é
sinal degenerativo de
leucócitos. Encontrado em
processo supurativo,
septicemia, febre tifóide,
meningite.
111
Síndrome de Chediak-Higashi
• É uma rara enfermidade 
genética autossômica recessiva 
que causa disfunção de 
melanócitos. , plaquetas e dos 
neutrófilos. Com o processo da 
enfermidade surgem anemias, 
trombocitopenias e 
neutropenias.
• Características morfológicas: 
grânulos primários enormes, 
grosseiros e refringentes em 
todos os leucócitos. 
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Anomalia de Alder-Reilly
• doença rara, de herança 
autossômica recessiva,em que os 
neutrófilos apresentam grande 
número de grânulos grandes, 
basofílicos ou violáceos no 
citoplasma. 
• Por vezes, os linfócitos também 
podem apresentar tal granulação 
anômala.
113
Corpúsculo de Döhle
• São inclusões ovais no citoplasma dos 
polimorfonucleares de coloração azul 
pálida, remanescentes de ribossomas
livres que persistiram após um estágio de 
desenvolvimento mais precoce, 
localizando-se na periferia do 
citoplasma, na maioria das vezes 
isoladas. São encontrados em infecções 
graves, queimaduras, após uso de 
citotóxico, anemia aplástica, trauma, 
gravidez, câncer e normalmente é 
acompanhado de granulações tóxicas. 
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Pelger-Huet (hiposegmentação)
• São alteração hereditária autossômica 
dominante rara, que se caracteriza pelo 
achado de neutrófilos hipossegmentados, 
sem que, no entanto ocorra alteração da 
função da célula, caracteriza-se por 
falência ou desenvolvimento anormais das 
células da série granulocítica. Na 
anomalia de Pelger as células 
apresentam dificuldade de segmentação 
nuclear, porém, não são imaturas. Ocorre 
em infecções graves, leucemias, câncer 
ósseo, pacientes tratados com 
sulfonamidas. 
115
May-Hegglin
• trata-se de uma síndrome rara 
caracterizada por 
trombocitopenia de variável 
intensidade, presença de 
plaquetas gigantes e inclusões 
azuis-acinzentadas no 
citoplasma dos granulócitos e 
dos monócitos. Nos neutrófilos, 
tais inclusões podem se 
assemelhar a Corpos de Döhle.
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Plaquetas
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Plaquetas
!São elementos muito importantes na Hemostasia.
!São de pequeno tamanho na observação microscópica, forma discóide e 
inativas, podendo ser ativadas para exercer funções de proteção vascular.
!Podem participar de processos trombóticos se forem ativadas 
excessivamente.
!É útil também para manter o estado hemostático normal para proteger o 
mesmo de fenômenos hemorrágicos.
Plaquetopenia/Trombocitopenia: N° de plaquetas diminuídasà Hemorragia;
Plaquetocitose/Trombocitose: N° de plaquetas aumentadasà Trombose
- As plaquetas atuam no processo da coagulação do sangue através da produção de uma 
enzima denominada Tromboplastina
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Alterações do número de plaquetas
• Observamos aumento das plaquetas (plaquetose) nas respostas às
infecções, inflamação e hemorragia. Pode estar presente na
anemia ferropriva e doenças mieloproliferativas crônicas.
• A diminuição das plaquetas (plaquetopenia) pode ser observada
em pacientes em uso de agentes químicos ou drogas que agem por
mecanismos imunes ou por supressão medular como ocorre no uso
de agentes quimioterápicos antineoplásicos.
• Observamos também plaquetopenia na púrpura trombocitopênica
idiopática ou secundária a doenças autoimunes, anemia aplástica e
as coagulopatias de consumo.
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Contagem de plaquetas
• Técnica automatizada
• Técnica manual
• Método Fonio
• Método Barbara H O’connor
• Método de Nosanchuk
• Método alternativo
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Obrigado pela atenção.
joao-sampaio@hotmail.com
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