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1 Analise crítica do livro: A morte e um dia que vale apena viver Universidade Uniron-Sapins Porto velho- RO dia 08 de JUNHO de 2023. Turma: ODO MP 1 Matéria: Psicologia Aplicada a Saúde Prof.ª: Francleia de Nazaré correia Silva Alunas: Maria Eduarda Neves Uchôa 2 Informações do critico Universidade Uniron-Sapins Porto velho- RO dia 08 de JUNHO de 2023. Turma: ODO MP 1 Matéria: Psicologia Aplicada a Saúde Prof.ª Francleia de Nazaré correia Silva Alunas: Maria Eduarda Neves Uchôa • Analise critica solicitada pela professora: Francleia com o intuído de promover conhecimento sobre cuidados paliativos, tendo em vista a colaboração do livro. Para ser entregue no dia 12 de junho de 2023, como TED 2 podendo valer de 0 a até 1 ponto na média. Porto Velho-RO 3 Sumário Capa 01 Informações do crítico 02 Sumario 03 Introdução 04 Analise do livro 05 a 12 Imagens 13 Conclusão 14 Agradecimento 15 ´´Pense o bem. Sinta-se bem. Fale bem sobre o bem que há. Faça bem o bom. Seja você.´´ 4 Introdução Eu cuido das pessoas que morrem!" É logo uma das primeira frases de Ana Claudia Quintana Arantes, autora do livro A morte é um dia que vale a pena viver e, também, médica geriatra e especialista em cuidados paliativos, um livro que tem um título, à primeira vista, mórbido, mas que fala mais de como viver melhor, até que a morte chegue, tanto para pacientes terminais, os que terão um diagnóstico certo de morte, bem como para todos nós, na medida em que esta é uma certeza para qualquer ser vivo, principalmente, a nós humanos dotados de razão e consciência. Um livro de autoajuda, de leitura rápida com pouco mais de 175 páginas, é um relato das experiências vividas pela autora. Em determinadas partes, ela usa meio que um diário para contar suas agruras, principalmente, no começo da profissão, quando via um sofrimento bárbaro nas pessoas que estavam à beira da morte. Alguns casos são colocados em destaque, mas não se trata de um livro que apenas compila os registros dos momentos da morte de várias pessoas. Bom, toda a leitura chega no momento certo para cada um, mas essa deveria chegar para uma boa parcela, na medida em que reúne um conteúdo de total relevância para todos. Seria resumindo, como um livro que concentra um milhão de livros, uma leitura que, certamente, fará uma inflexão na vida de quem lê-lo com atençã 5 Analise ➢ A Morte é Um Dia Que Vale a Pena Viver - Ana Claudia Diante de uma doença grave e incurável, as pessoas entram em sofrimento desde o diagnóstico. A morte anunciada traz a possibilidade de um encontro veloz com o sentido da sua vida, mas traz também a angústia de talvez não ter tempo suficiente para a tal experiência de descobrir esse sentido. ➢ Desconfortavelmente maravilhoso? Primeira coisa que me fez amar o livro foi o fato de ter sido escrito por uma brasileira. Ana tem uma sensibilidade incrível e vai discorrendo o quanto ela foi lapidada com o passar dos anos. Viverei lidando com morte, mas nunca (me) preparei ou lidei paliativamente com ela. Particularmente gosto muito de trabalhar com processo de luto e acho que agora gostarei ainda mais de trabalhar o que vem antes do muro. ➢ ?Será que algum dia as pessoas serão capazes de desenvolver uma conversa simples e transformadora sobre a morte?? Como afirmei acima, é desconfortavelmente maravilhoso, esse livro me abraçou, fez com que me sentisse acolhida, mesmo com um tema tão polêmico e também fez com que parasse para ressignificar muitas coisas ?Do lugar onde eu estava, podia enxergar coisas que os outros não viam? A forma como ela abordou o assunto de fé x religião foi um dos meus capítulos favoritos. 6 E o mais lindo de tudo é ter a consciência de que tudo vai acabar, quando vemos a vida por esse ângulo, aprendemos a aproveitar. Permita-se sentir para aprender a vivenciar. Belíssimo. As lágrimas são feitas de água salgada, como o mar. Chorar essa emoção é como tomar um banho de dentro para fora. ➢ Reflexões necessárias sobre o processo da morte Focando mais nos processos dos Cuidados Paliativos e no cuidado que todos merecem antes da sua morte, a autora nos mostra como o esse processo pode se transformar de um momento de pura angústia em um dos momentos com uma vivência mais genuína possível. Achei um livro muito bom, apesar de alguns pontos serem tratados de maneira bem superficial. Mas é um livro curto pra isso mesmo, pro leitor poder ter esse primeiro contato com o assunto, se aventurar na beleza da escrita e dos pontos discutidos e, a partir daqui escolher se adentrar mais ou não nesse mundo. Foi uma boa INTRODUÇÃO. Eu, particularmente, fui bastante tocada com as relações médica- paciente, pois quero ter uma carreira na área da saúde, e esse livro me alertou e me tocou bem em pontos que se mostram TÃO importantes, mas que são tão poucos discutidos. Espero ser um pontapé para uma melhoria minha profissional no futuro. ➢ Pensamentos: Pensar na sua própria morte parece mórbido, é um tabu. No dia a dia procuramos não nos dar conta da nossa finitude, do que pode acontecer caso fiquemos doentes e não haja retorno, nem cura para nossa enfermidade. 7 Pensando nisso tudo a autora fez uma trajetória onde se encontrou e se realizou, apesar de ser julgada por muitos. Mas para isso trabalhou muito, estudando, criando regras e estabelecendo critérios científicos e constitucionais que dessem respaldo ao que acreditava ser o certo a fazer. Estudou medicina, e durante seus estágios e depois de formada, nos seus plantões, não ficava satisfeita como os médicos eram ensinados a só dar atenção à doença, sem pensar no paciente como pessoa. Isso a transtornava e a fazia pensar como poderia fazer diferente. Abandonou a carreira por um tempo, e foi se interessando pelos “Cuidados Paliativos”, o que a levou a participar de um TED sobre o assunto, que foi muito visualizado e que gerou esse livro. “Cuidados Paliativos consistem na assistência, promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e de seus familiares diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento da dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais.” (Organização Mundial d Saúde, 2002) (pg. 41) A autora nos mostra que é possível pensar na morte digna, sem sedação final, nos casos de doenças incuráveis, onde levar um doente para o CTI é uma tortura desnecessária e fútil. Deve haver um consentimento do paciente que através dos Cuidados Paliativos, com respaldo na lei, na constituição e com suas próprias regulamentações dentro da medicina, deve deixar claro à equipe médica e aos familiares os seus desejos. 8 “Cuidados paliativos é tratar e escutaro paciente e a família, é dizer ‘sim, sempre há algo que pode ser feito’ da forma mais sublime e amorosa que pode existir. É um avanço da medicina.” (Mensagem de agradecimento deixada por uma filha que acompanhou a morte do pai) (pg. 51) O livro vai nos falando da sua trajetória, como escolheu essa especialidade e no que ela consta, todos os pormenores, desde conversar com o paciente sobre sua doença, sobre seus sentimentos e arrependimentos, sempre incluindo a família nesse movimento de aceitação, compreensão e de ajuda nesse processo final, tão sofrido, mas muitas vezes necessário, sem volta. E o diferencial, que adorei, foi a abertura dos capítulos, com citações lindíssimas, e pertinentes ao assunto. "Não tenho medo da morte mas medo de morrer, sim a morte é depois de mim mas quem vai morrer sou eu o derradeiro ato meu e eu terei de estar presente assim como um presidente dando posse ao sucessor terei que morrer vivendo sabendo que já me vou." (Gilberto Gil) (abertura do capítulo Medo da Morte, Medo da Vida pg. 57) 9 Complexo, difícil, sofrido, mas ao mesmo tempo belo! Morrer com dignidade. Corajosa! “Aceito a morte como parte da vida e tomo todas as providências e condutas para oferecer ao meu paciente a saúde, definida aqui como o bem-estar resultante do conforto físico, emocional, familiar, social e espiritual." (pg. 49) E no Brasil estamos engatinhando nesse assunto. Quando o livro foi escrito, havia “cerca de 180 serviços de Cuidados Paliativos, a maioria deles públicos, enquanto nos Estados Unidos há mais de 4 mil.” ➢ Tempo: Passamos a vida a tentar aprender a ganhar. Procurando cursos livros, milhares de técnicas sobre como conquistar bens, pessoas, benefícios, vantagens. Sobre a arte de ganhar existem muitas lições, mas e sobre a arte de perder?? ?No entanto, saber perder é a arte de quem conseguiu viver plenamente o que ganhou um dia.? Livro da Dra Ana, uma médica especialista em cuidados paliativos. Cuidados paliativos é quando você precisa cuidar de alguém que não tem mais cura. De alguém com uma doença em estado terminal, geralmente muito dolorosa e que sabe que não vai viver. E tentar deixar a vida dessa pessoa o mais confortável possível em seus últimos dias de vida. O Brasil é um dos piores países para se morrer. Pior que Uganda. Isso não só pela falta de tratamentos médicos, principalmente quando o 10 paciente é pobre. Mas também pela falta de empatia dos médicos para lidar com o doente terminal e com a família do doente terminal. Muitas vezes o médico não tem ideia de que a maneira como ele fala que será preciso sedar o paciente, que não tem mais o que fazer, que não tem jeito, que essas palavras ficarão na mente da família pra sempre. E que tudo o que a família quer naquele momento, é que a equipe médica entenda que não é um paciente que está ali naquela cama. É o amor de alguém. É o pai de alguém. O filho de alguém. O livro fala também sobre como se preparar em vida para esse momento, e um dos mais eficazes métodos de preparação é evitar os arrependimentos: ➢ Arrependimento por trabalhar com algo que não gosta, que não te traz alegria. ➢ Arrependimento por não ter demonstrado afeto pelas pessoas importantes pra você. ➢ Arrependimento por não estar mais na presença de amigos. ➢ Arrependimento por não ter feito tudo o que podia para ter sido mais feliz. ➢ Nada melhor para ter uma morte serena, do que ter vivido uma vida plena. 11 ➢ Um livro sobre a vida? Esse livro foi indicado pela minha psicóloga depois que perdi pessoas muito queridas em um ano conturbado! Posso dizer que me surpreendeu muito! Trata se do luto visto e retratado de diferentes formas e não apenas a morte em si. Por exemplo: vivemos vários lutos ao longo da vida, o término de um relacionamento, a perda de um emprego ou algo material (ou não), que gostamos muito... Esse livro é fantástico e além de nos mostrar o quão importante é sentir cada uma dessas perdas, nos ensina a valorizar a vida de uma outra forma! Meu olhar mudou depois de lê-lo e sem dúvidas é um dos meus preferidos e mais indicados! ➢ Um tema necessário Por que só decidimos falar sobre a morte quando ela bate a nossa porta? Por que ter medo de algo que é a certeza que temos na vida? Só damos o real valor a nossa vida quando tivermos consciência de que a vida uma hora acaba e só vai restas bons momentos para aqueles que ficam. É um livro reflexivo! ➢ sobre morrer Estamos morrendo a cada instante, mas ainda não temos uma previsão certa da data exata. Conversar sobre a morte enquanto temos saúde é vital para que o momento seja vívido com mais plenitude. 12 Questões como se iremos querer a morte natural ou nos apoiaremos em cada ato médico por mínimo que seja o benefício deve ser decidido enquanto temos lucidez. Como desejamos que seja o nosso dia a dia , cuidados de higiene e funeral completam essas questões. Porém o mais importante, é como vamos presenciar a morte da pessoa amada sem tomar para nós o sofrimento e ao mesmo tempo nutrirmos nossa compaixão. E enquanto vivos e jovens termos ciência de que nossas escolhas de agora, como comemos, dormimos trabalhos e socializamos , podem definir como iremos morrer. Super recomendo o livro, pra alinharmos o nosso propósito de vida com o nosso destino final. ➢ Morrer é ser esquecido. Esse livro retrata a perspectiva de uma médica que durante longos anos não aceitou o "não há mais nd a se fazer" quando se trata de um paciente com doença terminal. Com uma escrita suave e envolvente ela demonstra que sempre existe algo a ser feito, e que isso não pode ser reduzido a impossibilidade de restituir a saúde daquele que, certamente, não estará presente fisicamente. ➢ Considerações finais: Nota do livro: 4,5/5 Tempo de leitura: 10:22:15 Paginas: 223 Edição do manuscrito: Edição comemorativa, revista e ampliada. 13 Imagens “A consciência da morte é a maior realizadora de sonhos que existe.” – Ana Claudia Quintana Arantes Em 2013, Ana Claudia Quintana Arantes deu uma palestra ao TED que rapidamente viralizou e hoje ultrapassa 3 milhões de visualizações. A última fala do vídeo, “A morte é um dia que vale a pena viver”, se tornou o título deste livro, que, desde seu lançamento em 2016, vem conquistando e encantando um público cada vez maior. Nesta belíssima ode à vida e à humanidade, a autora aborda o tema da finitude por um ângulo surpreendente. O que deveria nos assustar não é a morte em si, mas a possibilidade de chegarmos ao fim da vida sem tê-la aproveitado, de não usarmos nosso tempo da maneira que gostaríamos. Invertendo a perspectiva do senso comum, somos levados a refletir sobre nossa própria existência e oferecer às pessoas a oportunidade de viver bem até o dia de sua partida, até o término natural de sua jornada. 14 Conclusão “A morte é um dia que vale a pena viver” - Ana Claudia Arantes É muito comum ler críticas sobre livros de auto-ajuda, como se eles fossem um gênero inferior de leitura, sobretudo quando comparados a obras literárias. Como costumo falar por aqui, entendo que preconceitos literários e generalizações nos impedem de conhecer e diversificar nossas leituras e podem afastar alguns leitores da conversa sobre livros. Na verdade, acho que esses gêneros nem deveriam ser comparados, já que têm propostas totalmente diferentes e podem ser aproveitados por quem os lê. Pessoalmente, gosto dos livros de não ficção - e que se enquadram na categoria de desenvolvimento pessoal - quando a autora/autor propõe reflexões e ensinamentos por meio da experiência na área que dominam. E é justamente isso que a Dra. Ana ClaudiaArantes faz nesse livro! Médica especializada em cuidados paliativos, assim definidos como ações que visam a melhorar a qualidade de vida do paciente e seus familiares diante de uma doença que ameace a vida, a autora se vale de sua vivência com centenas de pacientes para lidar com um assunto tão incômodo: a morte. O que mais me impressionou na leitura foi a sensibilidade e a simplicidade com que os temas são abordados pela Dra. Ana. A proposta é despertar no leitor reflexões sobre os taboos que envolvem o tema, a relevância dos cuidados paliativos e a necessidade de “normalizarmos” a nossa relação com a morte. Além de uma parte mais técnica sobre a temática dos cuidados paliativos, há também passagens bem emocionantes de relatos da autora com seus pacientes. É a atuação de um médico que não se limita aos conhecimentos sobre o corpo e as doenças, mas depende de uma visão muito mais completa do ser humano assistido. Apesar de ser uma leitura muito agradável e convidativa, as palavras da autora podem causar um certo desconforto - muitas vezes necessário - e acabam ficando na nossa cabeça por muitos dias. Recomendo muito! 15 Agradecimento “Olá, Francleia! Me de a honra de agradecer imensamente pela sugestão do livro que você nos deu sobre (os cuidados paliativos) A morte e um dia que vale apena viver. Muito obrigada mesmo por dedicar um tempo para nos dar essa obra prima de literatura, ela realmente fez a diferença. Saiba que sua escolha, mesmo que eu já tivesse o interesse desse livro, fez com que eu apresasse essa leitura na frente de minha lista para eu pudesse entender essas gloriosas lições de vida que você conseguiu oferecer para mim e meus colegas de classe! Espero que eu tenha conseguido absorver o que, você quis me mostra. Grande abraço. "A sabedoria nasce do aprendizado. O aprendizado nasce da observação. A observação nasce do silêncio. O silêncio gera a lucidez. A lucidez leva a compreensão de tudo que vem da sabedoria de viver cada momento pela primeira vez, porque não é a primeira vez. Presta a amorosa atenção. Pode ser sua última chance."