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UNIVERSIDADE POTIGUAR – UNP CURSO: ENGENHARIA CIVIL Disciplina: Patologia e Recuperação de Edificações Professor: Msc. Ewerton Campelo Assis de Oliveira FISSURAS, TRINCAS E RACHADURAS Dentre as inúmeras manifestações patológicas que afetam os edifícios, uma das que acontecem com frequência é a ocorrência das trincas e/ou fissuras em paredes e/ou pisos, que em geral são consequência do comprometimento dos revestimentos aplicados, das alvenarias e/ou da estrutura da edificação, podendo inclusive às mesmas serem avisos de um eventual estado perigoso para a estrutura. Em uma analogia simples com a medicina, podemos afirmar que a fissura/trinca é a “febre” de nosso corpo quando estamos doentes, ou seja, ela é um sintoma que algo está errado em nossa edificação. Identificar os tipos, tamanhos e causas, é essencial para garantirmos a segurança e providenciarmos o correto reparo. INTRODUÇÃO As trincas/fissuras/rachaduras em elementos estruturais, alvenarias e revestimentos podem ser causadas por uma série de fatores, os mais comuns são: Ações externas aos componentes: Ø sobrecarga da estrutura; Ø movimentação dos revestimentos e/ou da estrutura (movimentação térmicas e/ou higroscópicas), Ø recalques de fundações; Ø ausência e/ou deficiência/deformações de elementos estruturais e/ou de sustentação; Ø ausência de juntas de dilatação/movimentação; INTRODUÇÃO Ações internas aos componentes: Ø retração das argamassas e/ou do concreto devido à dosagem inadequada; Ø ausência de cura principalmente em locais de vento e calor excessivo (por exemplo, na cidade do Natal/RN); Ø emprego de areia inadequada e ou contaminada; Ø tempo insuficiente de hidratação da cal eventualmente utilizada; Ø dentre outros. INTRODUÇÃO Em uma visão geral, simplificada, as origens das fissuras de uma edificação podem surgir na fase de projetos (arquitetônico, estrutural, de fundação, de instalações), de execução da alvenaria, dos vários sistemas de acabamento e, inclusive, na fase de utilização, por mau uso da unidade. Ainda, existem as fissuras com origem exógenas (externa) às obras. Nela podem surgir fissuras com origem na natureza (como abalos sísmicos, ventos, enchentes etc) e com origem em obras vizinhas (como rebaixamento do lençol freático, trepidações causadas pelo cravamento de estacas, escavações, etc) ORIGEM Acrescenta-se ainda que o surgimento de trincas e fissuras em alvenarias, revestimentos podem gerar constrangimentos psicológicos aos usuários, bem como pode permitir a passagem de água (do lado externo para o interno), ou seja, a penetração indesejável de fluidos nas construções (infiltração), que além de provocar manchas, eflorescências, bolhas e saponificação da pintura, possibilitam também a proliferação de bolores e outros fungos, provocadores de doenças alérgicas respiratórias. INTRODUÇÃO Aberturas de fissuras na ordem de 0,1 mm ou mais, são significantes para a penetração direta de água de chuva. Nos casos mais graves, no caso de elementos estruturais, a passagem da água propicia um processo de corrosão das armaduras destes elementos (vigas, pilares e lajes), que se não forem tratadas adequadamente podem comprometer a estabilidade estrutural das edificações, portanto, esta manifestação patológica (trincas e fissuras) merece especial atenção. INTRODUÇÃO A fissura/trinca é originada em função da atuação de tensões nos materiais. Quando a solicitação é maior do que a capacidade de resistência do material, a fissura tem a tendência de aliviar suas tensões. Quanto maior for a restrição imposta ao movimento dos materiais, e quanto mais frágil ele for, maiores serão a magnitude e a intensidade da fissuração. DEFINIÇÕES A norma brasileira ABNT/NBR 9575/10 (Impermeabilização - Seleção e Projeto), define trinca ou fissura no substrato como a abertura ocasionada por deformações ou deslocamentos do substrato, que pode ser classificada em estática ou dinâmica, cuja a amplitude (extensão) é variável. Fissura de componente estrutural: seccionamento na superfície ou em toda seção transversal de um componente, com abertura capilar. Provocado por tensões normais ou tangenciais. DEFINIÇÕES DEFINIÇÕES Na literatura especializada, assim como nas normas técnicas, não há uma uniformidade de opiniões quanto ao intervalo de abertura para classificar as fissuras, trincas e rachaduras, o que leva a alguns peritos classificarem as fissuras com diferentes nomes entretanto, costuma-se classificá-las da seguinte maneira: CLASSIFICAÇÃO Fissurômetro: equipamento para medição e controle de atividade da abertura. Fissurômetro As fissuras em alvenarias, ainda, podem ser classificadas quanto a forma de manifestação (geométricas ou mapeadas), quanto a sua atividade (ativas ou passivas) e a variação da abertura (sazonais ou progressivas), conforme demonstrado na figura abaixo: CLASSIFICAÇÃO Fissuras Geométricas (ou isoladas): podem ocorrer tanto nos elementos da alvenaria - blocos e tijolos - quanto em suas juntas de assentamento. Um bom exemplo é quando a fissura acompanha o bloco cerâmico. Fissuras mapeadas (ou disseminadas): podem ser formadas por retração das argamassas, por excesso de finos no traço ou por excesso de desempenamento. No geral, elas têm forma de "mapa" e, com frequência, são aberturas superficiais. CLASSIFICAÇÃO Fissuras passivas (mortas ou estáticas): quando são estacionárias, ou seja, não variam conforme o passar do tempo (abertura constante). São causadas por solicitações que não apresentam variações sensíveis ao longo do tempo. E, por isso, podem ser consideradas estabilizadas. Fissuras ativas (vivas ou dinâmicas): são aquelas que têm variações sensíveis de abertura e fechamento, ou seja, sofrem variações ao longo do tempo. Uma fissura ativa se torna grave quando sua abertura e comprimento estão continuamente crescentes, podendo ser indicativo que algo está errado necessitando de uma melhor analise e intervenção (progressiva). CLASSIFICAÇÃO Fissuras ativas progressivas: quando a abertura é sempre crescente, e pode ser um indicativo de problemas estruturais, que devem ser corrigidos antes do tratamento das fissuras. As causas desses problemas devem ser determinadas por meio de observações e análise da estrutura. Fissuras ativas sazonais: quando as variações oscilam em torno de um valor médio - oscilantes - e podem ser correlacionadas com a variação de temperatura e umidade (sazonais), então as fissuras, embora ativas, não indicam ocorrência de problemas estruturais. CLASSIFICAÇÃO Ø Exemplos de fissuras/trincas estáticas são as provenientes da retração da argamassa de emboço. Uma vez que a retração cessa, as trincas deixam de ocorrer. CLASSIFICAÇÃO: Estáticas Fissuração mapeada causada por retração de secagem da argamassa As fissuras em argamassas de revestimento irão depender, sobretudo, do seu módulo de deformação e da sua capacidade de absorver as deformações impostas pelo substrato. CLASSIFICAÇÃO: Estáticas Por outro lado, uma trinca dinâmica (“viva”) é aquela em que: 1. Há concentração de tensões; 2. A resistência do material é vencida; 3. Ocorre um fissura/trinca; 4. Ocorre o alívio das tensões de origem; 5. As tensões se repetem de forma cíclica, podendo ou não agravar o problema. CLASSIFICAÇÃO: Dinâmicas As trincas dinâmicas são muito mais comuns e alguns exemplos são: 1. trincas nos últimos pavimentos decorrentes da dilatação térmica da laje de cobertura; 2. trincas entre esquadrias de madeira e o acabamento do emboço; 3. trincas em muros demasiadamente longos; 4. trincas em pisos contínuos. As trincas “vivas” não podem ser corrigidas por simples calafetação (vedação) com material rígido, pois no retorno das tensões ele será novamente fragilizado. CLASSIFICAÇÃO: Dinâmicas CLASSIFICAÇÃO: Dinâmicas Destacamento da argamassa de revestimento por movimentação térmica Bastante comum, também, é a fissura de origem higrotérmica: Elas são resultantes dos pontos de contato de materiais que apresentam simultaneamentecoeficientes de dilatação térmica diferentes, e/ou diferentes dilatações provocadas pela maior ou menor absorção de água e/ou de calor. Fissuras Dinâmicas: de origem higrotérmicas É o caso das áreas de contato entre as estruturas de concreto armado e as alvenarias, quando passam por ciclos de recebimento de sol e chuva. Nos últimos andares dos edifícios esse fenômeno costuma ficar bastante visível quando a pintura do revestimento externo perde sua capacidade hidrofugante. Fissuras Dinâmicas: de origem higrotérmicas Uso de telas metálicas para amarração pilar/alvenaria Fissuras Dinâmicas: de origem higrotérmicas Uso de ferro cabelo para amarração pilar/alvenaria } Patologia característica das estruturas de concreto. } A caracterização da fissuração depende sempre da origem, intensidade e magnitude do quadro de fissuração existente. } Fatores: retração plástica; assentamento plástico do concreto; movimentação de formas e/ou do subleito; retração hidráulica, recalques de fundação, sobrecarga da estrutura. CONCRETO: FISSURAS ETRINCAS } Retração plástica (quando a água de desloca para fora de um corpo poroso não totalmente rígido, ocorre uma contração deste corpo. CONCRETO: FISSURAS ETRINCAS } Assentamento plástico do concreto (após o lançamento do concreto, os sólidos da mistura começam a sedimentar, deslocando água e o ar aprisionado. CONCRETO: FISSURAS ETRINCAS } Movimentação de Formas e/ou do Subleito (os recalques do subleito ou mau escoramento das fôrmas podem causar trincas no concreto durante a fase plástica. CONCRETO: FISSURAS ETRINCAS } Retração hidráulica (após a pega é devido à perda por evaporação de parte da água de amassamento para o ambiente, de baixa umidade relativa. A retração após a pega manifesta-se muito mais lentamente do que a retração plástica. CONCRETO: FISSURAS ETRINCAS } Recalques de fundações. CONCRETO: FISSURAS ETRINCAS } Sobrecarga da estrutura: Um exemplo de sobrecarga na edificação., é durante a execução da obra, são colocadas pilhas de sacos de cimento, tijolos ou acúmulo de areia ou entulho sobre as lajes, atingindo cargas superiores às cargas teóricas estabelecidas na NBR 6120/2000. CONCRETO: FISSURAS ETRINCAS FISSURAS E TRINCAS EM OBRAS Trinca horizontal em alvenaria, próxima ao teto: pode ocorrer devido ao abaulamento e da dilatação térmica da laje de cobertura. Fissuras nas paredes em direções aleatórias: podem ser devidas à expansão de tijolos cerâmicos, retração da argamassa de revestimento, retração da alvenaria ou falta de aderência da argamassa ao substrato da parede. Trincas no piso: podem ser produzidas por vibrações de motores, excesso de peso sobre a laje ou baixa resistência da laje. Se as trincas atravessarem a laje até a parte inferior, a gravidade é maior. } Fissuras causadas por deformabilidade excessiva em lajes é uma das principais causas de patologias nas edificações hoje em dia, especialmente nos painéis de vedação (alvenarias), com o aparecimento de trincas em paredes e revestimentos, e outros componentes da edificação, como esquadrias, destacamento de pisos etc Trincas no teto podem ser causadas pela deformação excessiva da laje, ocasionada pela baixa resistência da laje ou excesso de peso sobre a laje Fissuras ou trincas diagonais em alvenarias: este é um sintoma de recalques diferenciais. Um dos lados da fundação cedeu mais que o outro. Fissuras em alvenarias provocadas deformações na estrutura de concreto armado (vão intermediários e balanços) Trinca vertical: A resistência a tração dos componentes de alvenaria é superior à resistência à tração da argamassa ou a tensão de aderência argamassa/blocos. Trinca vertical: A resistência a tração dos componentes de alvenaria é igual ou inferior à resistência à tração da argamassa. Fonte:Thomaz, 1989. Fonte:Thomaz, 1989. Fissuração típica da alvenaria causada por sobrecarga vertical. Ruptura localizada da alvenaria sob o ponto de aplicação da carga e propagação de fissuras a partir deste ponto. Fonte:Thomaz, 1989. Fonte:Thomaz, 1989. Fissuração teórica no entorno de abertura, em parede solicitada por sobrecarga vertical. Fissuração típica (real) nos cantos das aberturas, sob atuação de sobrecargas. Fonte:Thomaz, 1989. Fonte:Thomaz, 1989. Trincas horizontais na alvenaria provenientes da expansão dos tijolos. O painel é solicitado a compressão da direção horizontal. Trincas nas peças estruturais: a expansão da alvenaria solicita o concreto a tração. Fonte:Thomaz, 1989. Fonte:Thomaz, 1989. Trincas na face superior da laje devidas à ausência e/ou deficiência de armadura negativa. Fonte:Thomaz, 1989. } As lajes pré-moldadas têm tendência a fissuras nas juntas entre os blocos (cerâmicos) e às vigotas pré-moldadas (nervuras) devido a flexão das lajes. Fonte:Thomaz, 1989. Fissuras verticais no pilar indicando insuficiência de estribos. Fonte:Thomaz, 1989. Trincas verticais no sentido longitudinal do pilar (ao longo da barra de canto), ocasionadas pelo processo expansivo do aço, após a oxidação do mesmo. Em casos mais graves pode ocorrer o desplacamento do concreto. Trincas horizontais próximas do piso: podem ser causadas pelo recalque da fundação do muro (baldrame) ou mesmo pela absorção da umidade pelas paredes. Trincas horizontais no topo do muro: podem ser causadas pela movimentações higroscópicas causadas pela absorção de umidade. Trinca vertical em muros: é causada, geralmente devido as movimentações térmicas (destacamento entre alvenaria e pilar ou trinca no corpo da alvenaria). Trincas de cisalhamento provocadas por expansão térmica da laje de cobertura, apresentando direção inclinada nos cantos das paredes. O monitoramento de fissuras pode ser qualitativo (colagem de placa de vidro sobre a fissura, ou utilização de selos de gesso ou argamassa) ou quantitativo (fissurômetro). MONITORAMENTO Testemunho de gesso ou pasta de cimento. MONITORAMENTO Utilização de fissurômetro É importante destacar que para cada tipo de fissura/trinca/rachadura existe uma causa ou uma combinação de fatores, por isso é difícil tratar de um único modo todos os tipos de fissuras, e consequentemente é necessária a análise prévia por um profissional habilitado para definir a causa e o tipo da fissura/trinca (abertura, geometria, sentido, extensão, movimentação e posição em relação a outros elementos construtivos) para a escolha correta do tratamento. TRATAMENTO DAS FISSURAS Os sistemas de recuperação de fissuras, usualmente utilizados, podem ser classificados quanto aos materiais utilizados. Ø Selantes acrílicos (mástiques) Ø Grampeamento Ø Telas metálicas Ø Injeções Ou ainda classificados quanto aos efeitos: Ø Técnicas Ativas (travando o movimento da fissura) Ø Técnicas Passivas (Liberando o movimento) TRATAMENTO DAS FISSURAS } Ligado à perfeita identificação da causa (principalmente no que diz respeito à atividade da fissura: ativa ou passiva). } Independente da atividade, o tratamento prevê uma barreira ao transporte de líquidos e gases até as armaduras (no caso de estruturas de concreto armado) ou ao interior das edificações. } No caso das fissuras ativas, é o que se usualmente faz, a menos que seja eliminada a causa que as gerou (fissuras ativas), casos em que passarão a ser passivas. TRATAMENTO DAS FISSURAS } Portanto, em fissuras ativas, cobre-se os bordos externos da mesma e, eventualmente, preenchendo-a com material elástico e não resistente (resinas ou mástiques acrílicos ou poliuretânicas). } Já nos casos passivos, há que se fechar a fissura, o que é conseguido pela injeção de um material aderente e resistente, normalmente resina epoxídica. TRATAMENTO DAS FISSURAS } No caso de microfissuras, é comum o tratamento com impermeabilizante acrílico flexível para fachada. Aplicado em 2 a 3 demãos, na forma de pintura, este produto acompanha a movimentação das microfissuras e evita a infiltração de água pela fachada, podendo-se substituir o selador por tinta acrílica.} Já para fissuras em ALVENARIAS, é sugerido o tratamento com o preenchimento da abertura da fissura com mástique acrílico (Vedacril, Sikacryl, Monopol acrílico, Tekbond, etc), e posterior acabamento com espátula, no entanto esta solução somente será bem sucedida em locais de pouca ou total estabilização das movimentações. TRATAMENTO DAS FISSURAS 1. Abrir a trinca. Utilizando uma espátula comum ou em formato “V”, conhecida também como “abre trincas”, abra a fissura em toda a sua extensão, removendo também a pintura nas faixas laterais 2. Remover o pó; 3. Preencher a trinca com o mástique acrílico; 4. Posterior acabamento com espátula; 5. Lixar a área (aproximadamente 24h depois); 6. Finalização com a pintura da área. 1-TRATAMENTO COM MÁSTIQUE ACRÍLICO } Entende-se como mástique o produto industrializado, com características de deformação plástica, para preenchimento, calafetação ou vedação de aberturas, tais como trincas, fendas ou juntas (ABNT/NBR 9575/10), normalmente este produto é comercializado em bisnaga (cartucho), que após ser inserido em pistola específica (pistola aplicadora)é aplicado no local da trinca ou fissura. 1-TRATAMENTO COM MÁSTIQUE ACRÍLICO 1-TRATAMENTO COM MÁSTIQUE ACRÍLICO Vídeo de aplicação de mástique acrílico https://www.youtube.com/watch?v=vPkaC5YH-V8 I-TRATAMENTO COM MÁSTIQUE ACRÍLICO } Opcionalmente, para complementar o tratamento com utilização de mástique acrílico, poderá ser estruturada a área com a aplicação de uma tela especial (véu estruturante) à base de poliéster ou de fibras de vidro de mono filamento contínua para posterior pintura do local. } De acordo com a norma ABNT/NBR 9575/10 o véu estruturante é um produto industrializado, utilizado como armadura, composto por fibras (de vidro, polipropileno, poliéster, náilon) distribuídas multidirecionalmente, que atua como um curativo flexível, ou seja, preenche a falha sem enrijecer a superfície, evitando que surjam novas fissuras nas proximidades. 1-TRATAMENTO COM MÁSTIQUE ACRÍLICO Em fissuras ativas em alvenarias, é sugerido o seguinte tratamento. Preencher a abertura da fissura com mástique acrílico. Posteriormente, pode-se estruturar a área com a aplicação de uma tela especial a base de fibras de vidro de mono-filamento contínuo e posterior pintura flexível. USO DEVÉU ESTRUTURANTE 2- COSTURA DAS FISSURAS (GRAMPEAMENTO) Concreto } Para fissuras ativas e em que o desenvolvimento acontece segundo linhas isoladas e por deficiências localizadas de capacidade resistente. } Os grampos devem ser dispostos de forma a não introduzirem esforços em linha, nem mesmo os de ancoragem no concreto (diferentemente inclinados em relação ao eixo da fissura e ter comprimento variável). 2- COSTURA DAS FISSURAS (GRAMPEAMENTO) } As etapas de execução da técnica de costura de fissuras (PEÇAS DE CONCRETO) são: 1. sempre que possível, descarregamento da estrutura, pois o processo em questão não deixa de ser um reforço; 2. execução de berços na superfície do concreto; 3. injeção da fenda com resinas epoxídicas ou cimentícias, fazendo a selagem a um nível inferior ao do berço executado. O grampeamento deve ser, sempre e necessariamente, posterior à injeção; 4. colocação dos grampos e complementação dos berços executados com o mesmo adesivo utilizado para a selagem; 5. as fendas devem ser costuradas nos dois lados da peça, se for o caso de se estar lidando com peças tracionadas. 2- COSTURA DAS FISSURAS (GRAMPEAMENTO) } As etapas de execução da técnica de costura de fissuras EM ALVENARIAS são: 1. Abertura da trinca e/ou fissura em cada face afetada da parede com a retirada do revestimento (largura aproximada de 5 a 15cm), até encontrar o tijolo da alvenaria; 2. Em seguida o seu preenchimento com argamassa armada (grampos de aço em formato de “C” ou tela metálica); 3. Posteriormente proceder com a pintura/textura (interna e externa). 2- COSTURA DAS FISSURAS (GRAMPEAMENTO) 3- USO DE TELAS METÁLICAS O uso de telas metálicas galvanizadas entre a base e a camada de argamassa, de forma a absorver as tensões em regiões onde exista a possibilidade do aparecimento de fissuras, como no encontro da laje de cobertura com a alvenaria (platibanda) e no encontro pilar e alvenaria. 3- USO DE TELAS METÁLICAS 3- USO DE TELAS METÁLICAS 3- USO DE TELAS METÁLICAS Também usa-se telas metálicas galvanizadas para a amarração da alvenaria nos pilares de concreto. 4- A TÉCNICA DE INJEÇÃO DE FISSURAS (2) } Entende-se por injeção a técnica que garante o perfeito enchimento do espaço formado entre as bordas de uma fenda. } As fissuras com abertura superior a 0,1 mm (usualmente classificada como fissura ou trinca) devem ser injetadas, procedimento que é sempre feito sob baixa pressão (< 0,1 MPa). } As superiores a 3,0 mm (usualmente classificada como rachadura) e não muito profundas, quando é admissível o enchimento por gravidade. 4- A TÉCNICA DE INJEÇÃO DE FISSURAS (2) Vídeo de injeção de resina epóxidica / estrutural https://www.youtube.com/watch?v=vSTlvCXBQWk O processo deve observar os seguintes passos: 1. Após a limpeza da superfície, é realizado a abertura de furos ao longo do desenvolvimento da fissura, com diâmetro da ordem dos 10 mm e não muito profundos (30 mm), obedecendo a espaçamento l que deve variar entre os 50 mm e os 300 mm, em função da abertura da fissura (tanto maior quanto mais aberta esta for), máximo de 1,5 vezes a profundidade da fissura; 2. limpeza da fenda - ou do conjunto de fissuras - e dos furos, com ar comprimido, por aplicação de jatos, seguida de aspiração; 3. nos furos, são fixados tubinhos plásticos, de diâmetro um pouco inferior ao da furação, com parede do tubo pouco espessa, através dos quais será injetado o produto. A fixação do tubo é feita através do próprio adesivo (resina epoxídica) que selará também o intervalo de fissura entre dois furos consecutivos (selamento superficial da fissura); 4- A TÉCNICA DE INJEÇÃO DE FISSURAS (2) 4. a selagem dos tubinhos é feita pela aplicação de uma cola epoxídica bicomponente, em geral aplicada a espátula ou colher de pedreiro. Ao redor dos tubos plásticos, a concentração da cola (ou rersina) deve ser ligeiramente maior, de forma a garantir a fixação deles. 5. antes de se iniciar a injeção, a eficiência do sistema deve ser comprovada, o que pode ser feito pela aplicação de ar comprimido, testando então a intercomunicação entre os furos e a efetividade da selagem. Se houver obstrução de um ou mais tubos, será indício de que haverá necessidade de reduzir-se o espaçamento entre eles, inserindo-se outros a meio caminho; 6. testado o sistema e escolhido o material, a injeção da resina (epoxídica e/ou estrutural) pode então iniciar-se através dos bicos de perfuração, tubo a tubo, sempre com pressão crescente, escolhendo-se normalmente como primeiros pontos aqueles situados em cotas mais baixas. 4- A TÉCNICA DE INJEÇÃO DE FISSURAS (2) Preparação da fenda para o procedimento de injeção 4- A TÉCNICA DE INJEÇÃO DE FISSURAS 4- A TÉCNICA DE SELAGEM DE FISSURAS } Técnica de vedação dos bordos das fendas ativas. } Para aberturas inferiores a 10 mm o processo de aplicação é o mesmo citado para preparação da injeção. } Em abertura superior a 10 mm, dever-se-á proceder da forma descrita a seguir: } 10 mm < ω < 30 mm - enchimento da fenda, sempre na mesma direção, com grout, podendo, em alguns casos, haver a adição de carga, procedendo- se a selagem convencional das bordas, com produto à base de epóxi; } ω > 30 mm - a selagem aqui já passa a ser encarada como se fosse a vedação de uma junta de movimento e que prevê a inserção de um cordão em poliestireno extrudado, ou de uma mangueira plástica, para apoio e isolamento do selante do fundo da fenda. Uma outra hipótese é a colocação de juntas de neoprene, que deverão aderir aos bordos da fenda, devidamente reforçados para o efeito. 4- A TÉCNICA DE SELAGEM DE FISSURAS 4- A TÉCNICA DE SELAGEM DE FISSURAS
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