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Aula 03 Patologias FISSURAS E TRINCAS

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UNIVERSIDADE POTIGUAR – UNP
CURSO: ENGENHARIA CIVIL
Disciplina: Patologia e Recuperação de 
Edificações
Professor: Msc. Ewerton Campelo Assis de Oliveira
FISSURAS, TRINCAS E RACHADURAS
Dentre as inúmeras manifestações patológicas que afetam os
edifícios, uma das que acontecem com frequência é a ocorrência
das trincas e/ou fissuras em paredes e/ou pisos, que em geral são
consequência do comprometimento dos revestimentos aplicados,
das alvenarias e/ou da estrutura da edificação, podendo inclusive às
mesmas serem avisos de um eventual estado perigoso para a
estrutura.
Em uma analogia simples com a medicina, podemos afirmar que a
fissura/trinca é a “febre” de nosso corpo quando estamos doentes,
ou seja, ela é um sintoma que algo está errado em nossa edificação.
Identificar os tipos, tamanhos e causas, é essencial para garantirmos
a segurança e providenciarmos o correto reparo.
INTRODUÇÃO
As trincas/fissuras/rachaduras em elementos estruturais, alvenarias
e revestimentos podem ser causadas por uma série de fatores, os
mais comuns são:
Ações externas aos componentes:
Ø sobrecarga da estrutura;
Ø movimentação dos revestimentos e/ou da estrutura
(movimentação térmicas e/ou higroscópicas),
Ø recalques de fundações;
Ø ausência e/ou deficiência/deformações de elementos estruturais
e/ou de sustentação;
Ø ausência de juntas de dilatação/movimentação;
INTRODUÇÃO
Ações internas aos componentes:
Ø retração das argamassas e/ou do concreto devido à dosagem
inadequada;
Ø ausência de cura principalmente em locais de vento e calor
excessivo (por exemplo, na cidade do Natal/RN);
Ø emprego de areia inadequada e ou contaminada;
Ø tempo insuficiente de hidratação da cal eventualmente utilizada;
Ø dentre outros.
INTRODUÇÃO
Em uma visão geral, simplificada, as origens das fissuras de
uma edificação podem surgir na fase de projetos
(arquitetônico, estrutural, de fundação, de instalações), de
execução da alvenaria, dos vários sistemas de acabamento
e, inclusive, na fase de utilização, por mau uso da unidade.
Ainda, existem as fissuras com origem exógenas (externa)
às obras. Nela podem surgir fissuras com origem na
natureza (como abalos sísmicos, ventos, enchentes etc) e
com origem em obras vizinhas (como rebaixamento do lençol
freático, trepidações causadas pelo cravamento de estacas,
escavações, etc)
ORIGEM
Acrescenta-se ainda que o surgimento de trincas e fissuras em
alvenarias, revestimentos podem gerar constrangimentos psicológicos
aos usuários, bem como pode permitir a passagem de água (do lado
externo para o interno), ou seja, a penetração indesejável de fluidos
nas construções (infiltração), que além de provocar manchas,
eflorescências, bolhas e saponificação da pintura, possibilitam também
a proliferação de bolores e outros fungos, provocadores de doenças
alérgicas respiratórias.
INTRODUÇÃO
Aberturas de fissuras
na ordem de 0,1 mm ou
mais, são significantes
para a penetração
direta de água de
chuva.
Nos casos mais graves, no caso de elementos estruturais, a passagem
da água propicia um processo de corrosão das armaduras destes
elementos (vigas, pilares e lajes), que se não forem tratadas
adequadamente podem comprometer a estabilidade estrutural das
edificações, portanto, esta manifestação patológica (trincas e fissuras)
merece especial atenção.
INTRODUÇÃO
A fissura/trinca é originada em função da atuação de tensões
nos materiais. Quando a solicitação é maior do que a
capacidade de resistência do material, a fissura tem a
tendência de aliviar suas tensões. Quanto maior for a
restrição imposta ao movimento dos materiais, e quanto mais
frágil ele for, maiores serão a magnitude e a intensidade da
fissuração.
DEFINIÇÕES
A norma brasileira ABNT/NBR 9575/10 (Impermeabilização -
Seleção e Projeto), define trinca ou fissura no substrato
como a abertura ocasionada por deformações ou
deslocamentos do substrato, que pode ser classificada em
estática ou dinâmica, cuja a amplitude (extensão) é variável.
Fissura de componente estrutural: seccionamento na
superfície ou em toda seção transversal de um componente,
com abertura capilar. Provocado por tensões normais ou
tangenciais.
DEFINIÇÕES
DEFINIÇÕES
Na literatura especializada, assim como nas normas
técnicas, não há uma uniformidade de opiniões quanto ao
intervalo de abertura para classificar as fissuras, trincas e
rachaduras, o que leva a alguns peritos classificarem as
fissuras com diferentes nomes entretanto, costuma-se
classificá-las da seguinte maneira:
CLASSIFICAÇÃO
Fissurômetro: equipamento para medição e controle de atividade da abertura. 
Fissurômetro
As fissuras em alvenarias, ainda, podem ser classificadas
quanto a forma de manifestação (geométricas ou
mapeadas), quanto a sua atividade (ativas ou passivas) e a
variação da abertura (sazonais ou progressivas), conforme
demonstrado na figura abaixo:
CLASSIFICAÇÃO
Fissuras Geométricas (ou isoladas): podem ocorrer tanto
nos elementos da alvenaria - blocos e tijolos - quanto em
suas juntas de assentamento. Um bom exemplo é quando a
fissura acompanha o bloco cerâmico.
Fissuras mapeadas (ou disseminadas): podem ser
formadas por retração das argamassas, por excesso de finos
no traço ou por excesso de desempenamento. No geral, elas
têm forma de "mapa" e, com frequência, são aberturas
superficiais.
CLASSIFICAÇÃO
Fissuras passivas (mortas ou estáticas): quando são
estacionárias, ou seja, não variam conforme o passar do
tempo (abertura constante). São causadas por solicitações
que não apresentam variações sensíveis ao longo do tempo.
E, por isso, podem ser consideradas estabilizadas.
Fissuras ativas (vivas ou dinâmicas): são aquelas que têm
variações sensíveis de abertura e fechamento, ou seja,
sofrem variações ao longo do tempo. Uma fissura ativa se
torna grave quando sua abertura e comprimento estão
continuamente crescentes, podendo ser indicativo que algo
está errado necessitando de uma melhor analise e
intervenção (progressiva).
CLASSIFICAÇÃO
Fissuras ativas progressivas: quando a abertura é sempre
crescente, e pode ser um indicativo de problemas
estruturais, que devem ser corrigidos antes do tratamento
das fissuras. As causas desses problemas devem ser
determinadas por meio de observações e análise da
estrutura.
Fissuras ativas sazonais: quando as variações oscilam em
torno de um valor médio - oscilantes - e podem ser
correlacionadas com a variação de temperatura e umidade
(sazonais), então as fissuras, embora ativas, não indicam
ocorrência de problemas estruturais.
CLASSIFICAÇÃO
Ø Exemplos de fissuras/trincas estáticas são as provenientes da
retração da argamassa de emboço. Uma vez que a retração
cessa, as trincas deixam de ocorrer.
CLASSIFICAÇÃO: Estáticas
Fissuração mapeada causada por retração de secagem da argamassa
As fissuras em argamassas de revestimento irão depender,
sobretudo, do seu módulo de deformação e da sua capacidade de
absorver as deformações impostas pelo substrato.
CLASSIFICAÇÃO: Estáticas
Por outro lado, uma trinca dinâmica (“viva”) é aquela em que:
1. Há concentração de tensões;
2. A resistência do material é vencida;
3. Ocorre um fissura/trinca;
4. Ocorre o alívio das tensões de origem;
5. As tensões se repetem de forma cíclica, podendo ou não
agravar o problema.
CLASSIFICAÇÃO: Dinâmicas
As trincas dinâmicas são muito mais comuns e alguns exemplos
são:
1. trincas nos últimos pavimentos decorrentes da dilatação
térmica da laje de cobertura;
2. trincas entre esquadrias de madeira e o acabamento do
emboço;
3. trincas em muros demasiadamente longos;
4. trincas em pisos contínuos.
As trincas “vivas” não podem ser corrigidas por simples
calafetação (vedação) com material rígido, pois no retorno das
tensões ele será novamente fragilizado.
CLASSIFICAÇÃO: Dinâmicas
CLASSIFICAÇÃO: Dinâmicas
Destacamento da argamassa de revestimento por movimentação térmica
Bastante comum, também, é a fissura de origem higrotérmica:
Elas são resultantes dos pontos de contato de materiais que
apresentam simultaneamentecoeficientes de dilatação térmica
diferentes, e/ou diferentes dilatações provocadas pela maior ou
menor absorção de água e/ou de calor.
Fissuras Dinâmicas: de origem higrotérmicas
É o caso das áreas de contato entre as estruturas de concreto
armado e as alvenarias, quando passam por ciclos de
recebimento de sol e chuva. Nos últimos andares dos edifícios
esse fenômeno costuma ficar bastante visível quando a pintura
do revestimento externo perde sua capacidade hidrofugante.
Fissuras Dinâmicas: de origem higrotérmicas
Uso de telas metálicas para amarração pilar/alvenaria
Fissuras Dinâmicas: de origem higrotérmicas
Uso de ferro cabelo para amarração pilar/alvenaria
} Patologia característica das estruturas de concreto.
} A caracterização da fissuração depende sempre da origem,
intensidade e magnitude do quadro de fissuração existente.
} Fatores: retração plástica; assentamento plástico do concreto;
movimentação de formas e/ou do subleito; retração hidráulica,
recalques de fundação, sobrecarga da estrutura.
CONCRETO: FISSURAS ETRINCAS
} Retração plástica (quando a água de desloca para fora de um
corpo poroso não totalmente rígido, ocorre uma contração deste
corpo.
CONCRETO: FISSURAS ETRINCAS
} Assentamento plástico do concreto (após o lançamento do
concreto, os sólidos da mistura começam a sedimentar, deslocando
água e o ar aprisionado.
CONCRETO: FISSURAS ETRINCAS
} Movimentação de Formas e/ou do Subleito (os recalques do
subleito ou mau escoramento das fôrmas podem causar trincas no
concreto durante a fase plástica.
CONCRETO: FISSURAS ETRINCAS
} Retração hidráulica (após a pega é devido à perda por
evaporação de parte da água de amassamento para o ambiente, de
baixa umidade relativa. A retração após a pega manifesta-se muito
mais lentamente do que a retração plástica.
CONCRETO: FISSURAS ETRINCAS
} Recalques de fundações.
CONCRETO: FISSURAS ETRINCAS
} Sobrecarga da estrutura: Um exemplo de sobrecarga na
edificação., é durante a execução da obra, são colocadas pilhas
de sacos de cimento, tijolos ou acúmulo de areia ou entulho
sobre as lajes, atingindo cargas superiores às cargas teóricas
estabelecidas na NBR 6120/2000.
CONCRETO: FISSURAS ETRINCAS
FISSURAS E TRINCAS EM OBRAS
Trinca horizontal em alvenaria, próxima ao teto: pode ocorrer devido
ao abaulamento e da dilatação térmica da laje de cobertura.
Fissuras nas paredes em direções aleatórias: podem ser devidas à expansão de
tijolos cerâmicos, retração da argamassa de revestimento, retração da
alvenaria ou falta de aderência da argamassa ao substrato da parede.
Trincas no piso: podem ser produzidas por vibrações de motores,
excesso de peso sobre a laje ou baixa resistência da laje. Se as trincas
atravessarem a laje até a parte inferior, a gravidade é maior.
} Fissuras causadas por deformabilidade excessiva em lajes é
uma das principais causas de patologias nas edificações hoje em dia,
especialmente nos painéis de vedação (alvenarias), com o aparecimento
de trincas em paredes e revestimentos, e outros componentes da
edificação, como esquadrias, destacamento de pisos etc
Trincas no teto podem ser causadas pela deformação excessiva da laje,
ocasionada pela baixa resistência da laje ou excesso de peso sobre a laje
Fissuras ou trincas diagonais em alvenarias: este é um sintoma de recalques 
diferenciais. Um dos lados da fundação cedeu mais que o outro. 
Fissuras em alvenarias provocadas deformações na estrutura de 
concreto armado (vão intermediários e balanços) 
Trinca vertical: A resistência a tração
dos componentes de alvenaria é
superior à resistência à tração da
argamassa ou a tensão de aderência
argamassa/blocos.
Trinca vertical: A resistência a
tração dos componentes de
alvenaria é igual ou inferior à
resistência à tração da argamassa.
Fonte:Thomaz, 1989.
Fonte:Thomaz, 1989.
Fissuração típica da alvenaria
causada por sobrecarga vertical.
Ruptura localizada da alvenaria
sob o ponto de aplicação da
carga e propagação de fissuras a
partir deste ponto.
Fonte:Thomaz, 1989.
Fonte:Thomaz, 1989.
Fissuração teórica no entorno
de abertura, em parede
solicitada por sobrecarga
vertical.
Fissuração típica (real) nos
cantos das aberturas, sob
atuação de sobrecargas.
Fonte:Thomaz, 1989.
Fonte:Thomaz, 1989.
Trincas horizontais na alvenaria
provenientes da expansão dos
tijolos. O painel é solicitado a
compressão da direção horizontal.
Trincas nas peças estruturais: a
expansão da alvenaria solicita o
concreto a tração.
Fonte:Thomaz, 1989.
Fonte:Thomaz, 1989.
Trincas na face superior da laje
devidas à ausência e/ou
deficiência de armadura
negativa.
Fonte:Thomaz, 1989.
} As lajes pré-moldadas têm
tendência a fissuras nas juntas
entre os blocos (cerâmicos) e às
vigotas pré-moldadas (nervuras)
devido a flexão das lajes.
Fonte:Thomaz, 1989.
Fissuras verticais no pilar
indicando insuficiência de
estribos.
Fonte:Thomaz, 1989.
Trincas verticais no sentido
longitudinal do pilar (ao longo da
barra de canto), ocasionadas pelo
processo expansivo do aço, após a
oxidação do mesmo. Em casos mais
graves pode ocorrer o desplacamento
do concreto.
Trincas horizontais próximas do piso: podem ser causadas pelo recalque da 
fundação do muro (baldrame) ou mesmo pela absorção da umidade pelas paredes.
Trincas horizontais no topo do muro: podem ser causadas pela movimentações 
higroscópicas causadas pela absorção de umidade.
Trinca vertical em muros: é causada, geralmente devido as movimentações térmicas
(destacamento entre alvenaria e pilar ou trinca no corpo da alvenaria).
Trincas de cisalhamento provocadas por expansão térmica da laje de cobertura,
apresentando direção inclinada nos cantos das paredes.
O monitoramento de fissuras pode ser qualitativo (colagem de
placa de vidro sobre a fissura, ou utilização de selos de gesso
ou argamassa) ou quantitativo (fissurômetro).
MONITORAMENTO
Testemunho de gesso ou pasta de
cimento.
MONITORAMENTO
Utilização de fissurômetro
É importante destacar que para cada tipo de
fissura/trinca/rachadura existe uma causa ou uma combinação
de fatores, por isso é difícil tratar de um único modo todos os
tipos de fissuras, e consequentemente é necessária a análise
prévia por um profissional habilitado para definir a causa e o
tipo da fissura/trinca (abertura, geometria, sentido, extensão,
movimentação e posição em relação a outros elementos
construtivos) para a escolha correta do tratamento.
TRATAMENTO DAS FISSURAS
Os sistemas de recuperação de fissuras, usualmente
utilizados, podem ser classificados quanto aos materiais
utilizados.
Ø Selantes acrílicos (mástiques)
Ø Grampeamento
Ø Telas metálicas
Ø Injeções
Ou ainda classificados quanto aos efeitos:
Ø Técnicas Ativas (travando o movimento da fissura)
Ø Técnicas Passivas (Liberando o movimento)
TRATAMENTO DAS FISSURAS
} Ligado à perfeita identificação da causa (principalmente no que
diz respeito à atividade da fissura: ativa ou passiva).
} Independente da atividade, o tratamento prevê uma barreira
ao transporte de líquidos e gases até as armaduras (no caso de
estruturas de concreto armado) ou ao interior das edificações.
} No caso das fissuras ativas, é o que se usualmente faz, a menos
que seja eliminada a causa que as gerou (fissuras ativas), casos
em que passarão a ser passivas.
TRATAMENTO DAS FISSURAS
} Portanto, em fissuras ativas, cobre-se os bordos externos
da mesma e, eventualmente, preenchendo-a com material
elástico e não resistente (resinas ou mástiques acrílicos
ou poliuretânicas).
} Já nos casos passivos, há que se fechar a fissura, o que é
conseguido pela injeção de um material aderente e
resistente, normalmente resina epoxídica.
TRATAMENTO DAS FISSURAS
} No caso de microfissuras, é comum o tratamento com
impermeabilizante acrílico flexível para fachada. Aplicado em 2 a 3
demãos, na forma de pintura, este produto acompanha a
movimentação das microfissuras e evita a infiltração de água pela
fachada, podendo-se substituir o selador por tinta acrílica.} Já para fissuras em ALVENARIAS, é sugerido o tratamento com o
preenchimento da abertura da fissura com mástique acrílico
(Vedacril, Sikacryl, Monopol acrílico, Tekbond, etc), e posterior
acabamento com espátula, no entanto esta solução somente será
bem sucedida em locais de pouca ou total estabilização das
movimentações.
TRATAMENTO DAS FISSURAS
1. Abrir a trinca. Utilizando uma espátula comum ou em
formato “V”, conhecida também como “abre trincas”, abra a
fissura em toda a sua extensão, removendo também a pintura
nas faixas laterais
2. Remover o pó;
3. Preencher a trinca com o mástique acrílico;
4. Posterior acabamento com espátula;
5. Lixar a área (aproximadamente 24h depois);
6. Finalização com a pintura da área.
1-TRATAMENTO COM MÁSTIQUE ACRÍLICO
} Entende-se como mástique o produto industrializado, com
características de deformação plástica, para preenchimento, calafetação
ou vedação de aberturas, tais como trincas, fendas ou juntas
(ABNT/NBR 9575/10), normalmente este produto é comercializado em
bisnaga (cartucho), que após ser inserido em pistola específica (pistola
aplicadora)é aplicado no local da trinca ou fissura.
1-TRATAMENTO COM MÁSTIQUE ACRÍLICO
1-TRATAMENTO COM MÁSTIQUE ACRÍLICO
Vídeo de aplicação de mástique acrílico 
https://www.youtube.com/watch?v=vPkaC5YH-V8
I-TRATAMENTO COM MÁSTIQUE ACRÍLICO
} Opcionalmente, para complementar o tratamento com utilização de
mástique acrílico, poderá ser estruturada a área com a aplicação de
uma tela especial (véu estruturante) à base de poliéster ou de fibras
de vidro de mono filamento contínua para posterior pintura do
local.
} De acordo com a norma ABNT/NBR 9575/10 o véu estruturante é
um produto industrializado, utilizado como armadura, composto por
fibras (de vidro, polipropileno, poliéster, náilon) distribuídas
multidirecionalmente, que atua como um curativo flexível, ou seja,
preenche a falha sem enrijecer a superfície, evitando que surjam
novas fissuras nas proximidades.
1-TRATAMENTO COM MÁSTIQUE ACRÍLICO
Em fissuras ativas em alvenarias, é sugerido o seguinte tratamento. Preencher
a abertura da fissura com mástique acrílico. Posteriormente, pode-se
estruturar a área com a aplicação de uma tela especial a base de fibras de
vidro de mono-filamento contínuo e posterior pintura flexível.
USO DEVÉU ESTRUTURANTE
2- COSTURA DAS FISSURAS (GRAMPEAMENTO)
Concreto
} Para fissuras ativas e em que o desenvolvimento acontece
segundo linhas isoladas e por deficiências localizadas de
capacidade resistente.
} Os grampos devem ser dispostos de forma a não
introduzirem esforços em linha, nem mesmo os de ancoragem
no concreto (diferentemente inclinados em relação ao eixo
da fissura e ter comprimento variável).
2- COSTURA DAS FISSURAS (GRAMPEAMENTO)
} As etapas de execução da técnica de costura de fissuras (PEÇAS DE
CONCRETO) são:
1. sempre que possível, descarregamento da estrutura, pois o
processo em questão não deixa de ser um reforço;
2. execução de berços na superfície do concreto;
3. injeção da fenda com resinas epoxídicas ou cimentícias, fazendo a
selagem a um nível inferior ao do berço executado. O
grampeamento deve ser, sempre e necessariamente, posterior à
injeção;
4. colocação dos grampos e complementação dos berços executados
com o mesmo adesivo utilizado para a selagem;
5. as fendas devem ser costuradas nos dois lados da peça, se for o
caso de se estar lidando com peças tracionadas.
2- COSTURA DAS FISSURAS (GRAMPEAMENTO)
} As etapas de execução da técnica de costura de fissuras EM
ALVENARIAS são:
1. Abertura da trinca e/ou fissura em cada face afetada da parede
com a retirada do revestimento (largura aproximada de 5 a 15cm),
até encontrar o tijolo da alvenaria;
2. Em seguida o seu preenchimento com argamassa armada (grampos
de aço em formato de “C” ou tela metálica);
3. Posteriormente proceder com a pintura/textura (interna e
externa).
2- COSTURA DAS FISSURAS (GRAMPEAMENTO)
3- USO DE TELAS METÁLICAS
O uso de telas metálicas galvanizadas entre a base e a
camada de argamassa, de forma a absorver as tensões em
regiões onde exista a possibilidade do aparecimento de
fissuras, como no encontro da laje de cobertura com a
alvenaria (platibanda) e no encontro pilar e alvenaria.
3- USO DE TELAS METÁLICAS
3- USO DE TELAS METÁLICAS
3- USO DE TELAS METÁLICAS
Também usa-se telas metálicas galvanizadas para a
amarração da alvenaria nos pilares de concreto.
4- A TÉCNICA DE INJEÇÃO DE FISSURAS (2)
} Entende-se por injeção a técnica que garante o perfeito
enchimento do espaço formado entre as bordas de uma fenda.
} As fissuras com abertura superior a 0,1 mm (usualmente
classificada como fissura ou trinca) devem ser injetadas,
procedimento que é sempre feito sob baixa pressão (< 0,1
MPa).
} As superiores a 3,0 mm (usualmente classificada como
rachadura) e não muito profundas, quando é admissível o
enchimento por gravidade.
4- A TÉCNICA DE INJEÇÃO DE FISSURAS (2)
Vídeo de injeção de resina epóxidica / estrutural
https://www.youtube.com/watch?v=vSTlvCXBQWk
O processo deve observar os seguintes passos:
1. Após a limpeza da superfície, é realizado a abertura de furos ao
longo do desenvolvimento da fissura, com diâmetro da ordem dos
10 mm e não muito profundos (30 mm), obedecendo a
espaçamento l que deve variar entre os 50 mm e os 300 mm, em
função da abertura da fissura (tanto maior quanto mais aberta esta
for), máximo de 1,5 vezes a profundidade da fissura;
2. limpeza da fenda - ou do conjunto de fissuras - e dos furos, com ar
comprimido, por aplicação de jatos, seguida de aspiração;
3. nos furos, são fixados tubinhos plásticos, de diâmetro um pouco
inferior ao da furação, com parede do tubo pouco espessa, através
dos quais será injetado o produto. A fixação do tubo é feita através
do próprio adesivo (resina epoxídica) que selará também o
intervalo de fissura entre dois furos consecutivos (selamento
superficial da fissura);
4- A TÉCNICA DE INJEÇÃO DE FISSURAS (2)
4. a selagem dos tubinhos é feita pela aplicação de uma cola
epoxídica bicomponente, em geral aplicada a espátula ou colher de
pedreiro. Ao redor dos tubos plásticos, a concentração da cola (ou
rersina) deve ser ligeiramente maior, de forma a garantir a fixação
deles.
5. antes de se iniciar a injeção, a eficiência do sistema deve ser
comprovada, o que pode ser feito pela aplicação de ar comprimido,
testando então a intercomunicação entre os furos e a efetividade
da selagem. Se houver obstrução de um ou mais tubos, será indício
de que haverá necessidade de reduzir-se o espaçamento entre eles,
inserindo-se outros a meio caminho;
6. testado o sistema e escolhido o material, a injeção da resina
(epoxídica e/ou estrutural) pode então iniciar-se através dos bicos
de perfuração, tubo a tubo, sempre com pressão crescente,
escolhendo-se normalmente como primeiros pontos aqueles
situados em cotas mais baixas.
4- A TÉCNICA DE INJEÇÃO DE FISSURAS (2)
Preparação da fenda para o procedimento de injeção
4- A TÉCNICA DE INJEÇÃO DE FISSURAS
4- A TÉCNICA DE SELAGEM DE FISSURAS
} Técnica de vedação dos bordos das fendas ativas.
} Para aberturas inferiores a 10 mm o processo de aplicação é o
mesmo citado para preparação da injeção.
} Em abertura superior a 10 mm, dever-se-á proceder da forma
descrita a seguir:
} 10 mm < ω < 30 mm - enchimento da fenda, sempre na mesma direção,
com grout, podendo, em alguns casos, haver a adição de carga, procedendo-
se a selagem convencional das bordas, com produto à base de epóxi;
} ω > 30 mm - a selagem aqui já passa a ser encarada como se fosse a
vedação de uma junta de movimento e que prevê a inserção de um cordão
em poliestireno extrudado, ou de uma mangueira plástica, para apoio e
isolamento do selante do fundo da fenda. Uma outra hipótese é a
colocação de juntas de neoprene, que deverão aderir aos bordos da fenda,
devidamente reforçados para o efeito.
4- A TÉCNICA DE SELAGEM DE FISSURAS
4- A TÉCNICA DE SELAGEM DE FISSURAS

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