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Educação e Diversidade - Avaliação 2

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Informações Adicionais 
 Período: 06/03/2023 00:00 à 29/05/2023 23:59 
 Situação: Cadastrado 
 Tentativas: 1 / 3 
 Pontuação: 2500 
 Protocolo: 837536460 
 
 
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1) 
Ao pensarmos com Foucault a questão da sexualidade, podemos questionar sobre o 
intenso discurso atual que entende a sexualidade pela ideia da repressão e do caráter 
reprodutor onde o casamento heterossexual seria o único possível para manter essa 
regra, algo que no século XVIII de fato ocorreu. Porém, com o advento da burguesia 
era preciso tornar o corpo e o sujeito dócil e útil e assim, passou a permitir e controlar 
ao mesmo tempo sexualidades diversas, mirando na produção de capital. Hoje 
percebemos, por exemplo, a indústria pornográfica, os consultórios de terapeutas 
sexuais, os medicamentos e as revistas vendendo o caminho para o prazer sexual. 
Nesse sentido, Foucault chama de hipótese repressiva, porque não se proíbe, se fala 
e muito sobre sexo para que assim possa controlar e torná-lo positivamente 
produtivo. Ao se criar um discurso pretensamente repressivo, produz-se uma 
verdade sobre o sexo que não interdita, mas o qual se escreve a história do sexo, 
numa técnica de poder e a partir de uma vontade de saber. 
 
Considere as seguintes assertivas sobre essa discussão: 
 
1 - o poder incitou a proliferação de discursos, seja na igreja, na escola, na família 
ou no consultório médico, que não visavam proibir ou reduzir a prática sexual, mas 
sim o controle do sujeito e seu corpo. 
 
2 - deve-se falar de sexo, não apenas algo a ser tolerado, mas gerido e inserido para 
o "bem de todos" com intuito de fazê-lo funcionar, pois não se julga, administra-se 
o sexo, visando regulá-lo e aumentar sua potência como regulador da sociedade. 
 
3 - os discursos médicos e de outras áreas da ciência despertaram sua atenção sobre 
a sexualidade, a exemplo da pedagogia que elaborou um discurso sobre o sexo da 
criança, que aliada a psiquiatria, estabeleceu uma conexão com as ditas perversões 
sexuais, assinalando perigos ao se falar constantemente sobre. 
 
4 - a investigação psiquiátrica, o relatório pedagógico e o controle familiar não tem 
a função de vigiar e reprimir essas sexualidades, apenas ajudar a tornar a 
sexualidade algo melhor para todos. 
 
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Considerando a discussão sobre a hipótese repressiva de Foucault e sua atualidade, 
as assertivas 1, 2, 3 e 4 são, respectivamente: 
 
Alternativas: 
 a) 
V, V, V, V. 
 b) 
V, V, F, F. 
 c) 
V, V, V, F. 
Alternativa assinalada 
 d) 
F, F, V, F. 
 e) 
V, F, V, F. 
2) 
"Penso que deveríamos nos interessar pela história tanto dos homens como das 
mulheres, e que não deveríamos tratar somente do sexo sujeitado, assim como um 
historiador de classe não pode fixar seu olhar apenas sobre os camponeses. Nosso 
objetivo maior é compreender a importância dos sexos, isto é, dos grupos de gênero 
no passado histórico. Nosso objetivo é descobrir o leque de papéis e de simbolismos 
sexuais nas diferentes sociedades e períodos, é encontrar qual é seu sentido e como 
eles funcionavam para manter a ordem social ou para mudá-la" (DAVIS, 1976, p. 
90). 
 
(DAVIS, Natalie Zamon. Women´s history in transition: the European case. Feminist 
Studies, n. 1, p. 83-103, 1976) 
Segundo a historiadora feminista Natalie Davis (1976), ao se pensar sobre gênero, 
devemos considerar: 
 
Alternativas: 
 a) 
construir uma história com as mulheres, que seja um campo específico das 
feministas, pois é uma área que os homens não dominam. 
 b) 
produzir uma história de mulheres apenas segmenta e separa o sentido de 
produzir história e em nada afeta a sociedade como está organizada, pois 
não dá para simplesmente alterar os fatos só porque algumas estudiosas 
começaram a "recriar" a historiografia. 
 c) 
falar de gênero não é falar de mulheres, mas é entender homens e mulheres 
dentro de um contexto social, por isso uma abordagem histórica que perceba 
ambos para entender diferentes processos em diferentes épocas dessas 
relações estabelecidas. 
Alternativa assinalada 
 d) 
a história das mulheres é diferente, porque diz respeito ao sexo e à família, 
por isso ser separada de uma história política e econômica, que estaria mais 
próxima da vida pública reservada aos homens. 
 e) 
a história não precisa ser reescrita, basta achar exemplos de mulheres que 
fizeram algo de significativo em algum tempo ou mulheres virtuosas e incluir 
no livro didático, por exemplo, e assim cuidaremos de ter uma história que 
fale de homens e mulheres. 
3) 
"O gênero é uma das referências recorrentes pelas quais o poder político tem sido 
concebido, legitimado e criticado. Ele não apenas faz referência ao significado da 
oposição homem/mulher; ele também o estabelece. Para proteger o poder político, 
a referência deve parecer certa e fixa, fora de toda construção humana, parte da 
ordem natural ou divina. Desta maneira, a oposição binária e o processo social das 
relações de gênero tornam-se parte do próprio significado de poder; por em questão 
ou alterar qualquer de seus aspectos ameaça o sistema inteiro" (SCOTT, 1995, p. 
92). 
 
(SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade, 
Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 71-99, 1995) 
 
Sobre a relação de gênero e poder político proposto pela historiadora feminista Joan 
Scott, considere V para Verdadeiro e F para Falsa, nas assertivas abaixo: 
 
( ) nessa relação, por exemplo, pode se pensar na Revolução Francesa, onde as 
sans culottes eram vistas como "megeras do inferno", vis e desnaturalizadas em 
oposição a "feminilidade" de Maria Antonieta, que escapa à multidão, procurou 
refúgio na servidão a um rei, seu marido e cuja beleza inspirou o orgulho nacional, 
desenhando qual o papel apropriado ao dito feminino na política. 
 
( ) Louis de Bonald em 1816, quando da discussão sobre o divórcio na legislação 
da Revolução Francesa, ponderou que a democracia permite ao povo enquanto parte 
fraca da sociedade se voltar contra o poder; enquanto o divórcio, permitira às 
esposas, como parte fraca, rebelar-se contra a autoridade do marido, por isso da 
mesma forma que se mantinha o Estado longe do povo, deveria se manter a família 
fora do poder das esposas. 
 
( ) ainda há que se estudar a conexão entre os regimes autoritários e o controle 
das mulheres, como durante a tomada hegemônica dos jacobinos na Revolução 
Francesa, ou quando Stalin se apoderou do controle da autoridade na ex. URSS e 
mesmo na implementação da política nazista a Alemanha ou no triunfo do Ayatolá 
Komehini no Irã, onde todos utilizaram a autoridade e o poder como dominante 
masculinos, tratando no feminino os inimigos, forasteiros e subversivos, traduzindo 
em leis e códigos que proibiram as mulheres de participar da vida política, abortar, 
códigos de vestuários e tantas outras ações de controle. 
 
(Adaptado de Scott (1995)) 
 
 
Assinale a alternativa que elenca corretamente a sequência entre verdadeiro e 
falso: 
 
Alternativas: 
 a) 
V - V - F. 
 b) 
F - F- V. 
 c) 
V - V - V. 
Alternativa assinalada 
 d) 
V - F - V. 
 e) 
V - F - F. 
4) 
Analise as asserções a seguir e suas relações: 
 
"Os usos da diversidade cultural, de seu estudo, sua descrição, sua análise e sua 
compreensão, têm menos o sentido de nos separarmos dos outros e separarmos os 
outros de nós, a fim de defender a integridade grupal e manter a lealdade do grupo, 
do que o sentido de definir o campo que a razão precisa atravessar, para que suas 
modestas recompensas sejam alcançadas e se concretizem. O terreno é irregular, 
cheio de falhas súbitas e passagens perigosas, onde os acidentes podem acontecer 
e de fato acontecem, e atravessá-lo ou tentar atravessá-lo contribui pouco ou nada 
para transformá-lo numa planície nivelada, segura e homogênea, apenas tornando 
visíveis suasfendas e contornos" ( GEERTZ, 2001, p. 81) 
 
Porque 
 
 
"[...] a noção de diversidade das culturas humanas não deve ser concebida de uma 
maneira estática. Esta diversidade não é a mesma que é dada por um corte de 
amostras inerte ou por um catálogo dissecado" (LEVI-STRAUSS, 1975, p. 17). 
 
(GEERTZ, Clifford. Nova luz sobre a antropologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 
2001 e LEVI-STRAUSS, Claude. Raça e história. Lisboa: Presença, 1975) 
 
Pensando esse conceito de diversidade na escola, é correto afirmar sobre as 
asserções que: 
 
Alternativas: 
 a) 
as duas são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da 
primeira. 
Alternativa assinalada 
 b) 
as duas são verdadeiras, mas não estabelecem relação entre si. 
 c) 
a primeira é uma afirmativa falsa; e a segunda, verdadeira. 
 d) 
a primeira é uma afirmativa verdadeira; e a segunda, falsa. 
 e) 
as duas são falsas, e a segunda não complementaria a primeira. 
5) 
O sentido de diversidade ou diferença dentro das políticas públicas governamentais 
sobre a Educação ganharam forte impulso, principalmente a partir de 1997, com a 
publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), o qual indicava essa 
discussão como tema transversal. A pesquisadora Elizabeth Macedo (2009), faz uma 
importante crítica sobre a questão da diferença nessa proposta: 
 
"Minha denúncia das estratégias utilizadas pelas cadeias universalistas no sentido de 
continuar garantindo sua hegemonia nada tem a ver com a defesa do particularismo. 
Em outra direção, entendo que o caminho para um currículo centrado na diferença é 
desconstruir a dicotomia entre particular e universal, percebendo este último como 
lugar vazio preenchido temporariamente por articulações hegemônicas. [...] analisar 
como as cadeias universalistas veem buscando garantir sua hegemonia nos currículos 
é uma forma de ação política, na medida em que nos permite indagar sobre como 
constituímos as estruturas do poder por intermédio do posicionamento de sujeitos 
no interior contestado dessas estruturas" (MACEDO, 2009, p. 105). 
 
(MACEDO, Elizabeth. Como a diferença passa do centro à margem nos currículos: o 
caso dos PCN. Educação e Sociedade, v. 30, n. 106, p. 23-43, 2009) 
 
Assinale a alternativa correta quanto à discussão da diferença nos PCN: 
 
Alternativas: 
 a) 
a escola possui um caráter universal, que deve ser para todos, mas na 
elaboração dos PCN e mediante essa dificuldade do universal, procurou-se 
valorizar o particular, o que acaba por incorrer a escola em funcionar apenas 
para um grupo e não para esse todo universal ao qual ela deveria ser. 
 b) 
a autora corrobora que os PCN trouxeram uma nova abordagem sobre a 
diversidade, algo que não existia nas políticas educacionais anteriores da 
década de 1990, porém ela salienta para a importância de não particularizar 
demais de modo que o todo da escola seja esquecido, haja vista ser um 
espaço amplo, de contínua rotação e imprevisibilidade. 
 c) 
os PCN são documentos que estão distantes da realidade da escola, não 
dialogam com os (as) professores (as) justamente por esse caráter 
universalizador, que acaba por desconsiderar as experiências e vivências que 
professores (as) e alunos (as) têm dentro desse espaço, caracterizando 
assim uma abordagem que não dá conta de toda essa trama social que circula 
dentro da própria escola. 
 d) 
a matriz curricular, ao se balizar com os PCN institui a diversidade com o 
propósito de entender a escola como o lugar do diverso, desde que seja 
homogeneizado até mesmo as particularidades, sem que com isso se esqueça 
desse caráter mais geral do espaço escolar. 
 e) 
a principal crítica da autora se refere a um caráter universalizante, portanto, 
homogeneizador do que se entende por diferença e o desdobramento nas 
relações de poder que posicionam esses sujeitos à margem, quando 
consideram estes como uma particularidade e não o todo, viabilizando o 
discurso de que a escola deve ser para atender uma maioria, sem considerar 
as especificidades. 
Alternativa assinalada

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