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COMPETENCIA-ATRIBUIÇÕES-DO-INSPETOR-ESCOLAR

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1 
 
 
COMPETÊNCIA ATRIBUIÇÕES DO INSPETOR ESCOLAR 
1 
 
 
 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 2 
1 – INTRODUÇÃO ........................................................................................... 3 
2 - BREVE HISTÓRICO E OLHARES SOBRE A FUNÇÃO DO INSPETOR 
ESCOLAR .................................................................................................................. 6 
3 - ATRIBUIÇÕES DO INSPETOR ESCOLAR................................................ 9 
3.1 OS ASPECTOS MOTIVACIONAIS E O INSPETOR ESCOLAR ............. 12 
4 - A AÇÃO DO INSPETOR ESCOLAR NO ÂMBITO INSTITUCIONAL ....... 15 
4.1 - O INSPETOR ESCOLAR COMO AGENTE TRANSFORMADOR ......... 17 
5 - PRINCÍPIOS DA INSPEÇÃO ESCOLAR ................................................. 19 
6 - TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS QUANTO AO PAPEL DA INSPEÇÃO 
ESCOLAR NA REGULAÇÃO E NA REGULAÇÃO EDUCACIONAL ....................... 27 
7 - O INSPETOR ESCOLAR COMO FACILITADOR DA APRENDIZAGEM NO 
ENSINO FUNDAMENTAL ........................................................................................ 30 
7.1 - AS DIMENSÕES DO TRABALHO DE INSPEÇÃO ESCOLAR FRENTE 
AOS NOVOS PARADIGMAS EDUCACIONAIS ....................................................... 32 
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
1 – INTRODUÇÃO 
A figura do Inspetor Escolar passou a ocupar cada vez mais um lugar de destaque na 
administração do fazer pedagógico e na organização positiva da sua atuação. O 
Inspetor Escolar, no papel de gestor, será o mentor dos processos participativos, uma 
vez que, ao refletir sobre a realidade das unidades escolares e buscar soluções 
conjuntas, tornar-se-á um agente de participação efetiva no trabalho realizado. 
Hoje não cabe mais ao Inspetor o papel de ir à escola para prescrever, mas para 
traduzir, explicar, interpretar e reinterpretar as determinações, avaliar o seu impacto 
na vida da escola e discutir como cumprir e acompanhar a aplicação da norma, 
levando em conta a realidade da escola. O Inspetor deve estar presente para dar 
suporte à autonomia, mas impedindo a soberania. Nesse sentido, cabe a ele 
encontrar, no emaranhado legal, os caminhos caminháveis, as alternativas possíveis 
para conciliar o desejável, para garantia da qualidade do ensino, para a melhoria das 
condições de trabalho de alunos e professores, para tornar fértil a leira pedagógica, 
sem ferir as normas e dispositivos legais. 
O papel do Inspetor Escolar será de articulação e integração, contribuindo para 
recolocar a visão de totalidade no tratamento que será dado ao conhecimento, no 
currículo escolar, ajudar a escola na criação e desenvolvimento de projetos 
pedagógicos que a viabilizem o trabalho integrador em que a escola deverá se 
empenhar, com a participação de todos os seus profissionais. 
Cabe a Inspeção Escolar a tarefa de contribuir na preparação dos educandos para a 
vida social nos seu sentido abrangente, compreendendo esta abrangência como 
participação nas mudanças da sociedade, daí a necessidade da sua postura estar 
voltado para o equilíbrio emocional, bom senso, objetividade, imparcialidade, 
criatividade, responsabilidade e principalmente organização e método, colocando seu 
relato de forma que possa ser compreendido e usado pelo grupo, procurando traçar 
sempre uma ponte entre teoria e prática. 
A Inspeção Escolar está ligada a vários fatores que contribuem com o processo 
democrático da comunidade escolar. Evidentemente, nem sempre foi assim. A própria 
expressão linguística nos remete à história, desde o Brasil colonial, de que o ato de 
inspecionar nos lembra o ato de fiscalizar, observar, examinar, verificar, olhar, 
vistoriar, controlar, vigiar… 
4 
 
 
Porém, atualmente, a figura deste profissional nas Instituições Escolares proporciona 
uma estreita ligação entre os outros órgãos do Sistema Educacional, quer sejam 
Secretárias quer sejam Regionais e Unidades Escolares, para garantir a aplicação 
legal do regime democrático. Por isso, o Inspetor tem uma grande concentração nos 
aspectos Administrativos, Financeiros e Pedagógicos das Unidades Escolares, 
trabalhando inclusive, como agente sócio-político. 
Neste sentido, o Inspetor Escolar trabalha estreitamente com a gestão de pessoal. 
Está sempre preocupado com a veracidade e atualização da escrituração e 
organização escolar para proporcionar segurança no processo de arquivos e no 
futuro, próximo e até cem anos, esteja resguardada para servir de acervo de 
pesquisas históricas ou da situação funcional dos servidores que almejam a 
aposentadoria. 
Isto acontece, inclusive, com os documentos informativos da vida escolar dos alunos. 
Em qualquer tempo, as pessoas poderão procurar a sua instituição escolar de origem 
para requerer um novo documento, Histórico Escolar, por exemplo. 
O Inspetor Escolar está sempre imaginando as possibilidades do futuro, pois não se 
sabe quando alguém que conhece e trabalha na instituição Escolar ainda estará ou 
nem se lembrará das situações, casos ou momentos ocorridos; ou seja, as equipes 
de trabalhos estão sempre se renovando e acaba necessitando de uma Escrituração 
dos fatos, ato na Organização escolar muito bem definida para resguardar a 
integridade de todo arquivo (Atas, Diários de Classe, Fichas individuais e entre 
outros). 
Inclusive, como o Inspetor Escolar está sempre em contato com as comunidades 
escolares e tem um papel importante na comunicação entre os órgãos da 
administração superior do sistema e os estabelecimentos de ensino que o integram, 
“volta-se para : organização e funcionamento da escola e do ensino, a regularidade 
funcional dos corpos docente e discente, a existência de satisfatórios registros e 
documentação escolar…”(RESOLUÇÃO 305/83). 
Por isso, este profissional, como prática educativa, se torna um importante agente 
político e de caráter pedagógico do sistema, pois poderá sugerir mudanças de 
estratégias nas decisões dos órgãos do sistema para promover uma implementação 
organizacional mais ampla e democrática para garantir acesso de toda sociedade nas 
Instituições Escolares, ao conhecimento e à cultura. 
5 
 
 
Pensando nisso, os estudos e aplicação das normas do Sistema observadas pelo 
Inspetor Escolar, o faz posicionar diante de uma pragmática de educação, sociedade, 
modelos de organização e funcionamento, prática pedagógica e valores das práticas 
de conscientização e discussões. 
As ações do Inspetor não se limitam, evidentemente, apenas nas aplicações de 
normas, mas, também, nas ações de revisão ou mudanças na legislação, numa 
perspectiva crítica adequada à realidadesocial a que se destina, dando conhecimento 
à administração do Sistema das consequências da aplicação dessas mesmas 
normas. 
Sob o ponto de vista Ideológico, o Inspetor Escolar quando age criticamente nos 
aspectos educacionais no momento da aplicação da legalidade pode contribuir nas 
reformulações das leis, fazendo o legislador legislar sob o ponto de vista do ato de 
educar. Ou melhor, o Inspetor converte o conteúdo ideológico da legislação do ensino 
em diretrizes capazes de orientar a ação dos agentes do Sistema. Por isso, é um 
agente Político. 
Portanto, o papel do Inspetor Escolar no processo democrático é de fundamental 
importância social sob o ponto de vista educacional, pois se torna os “olhos”, a 
presença ou a representação, a ação do Estado ou do órgão executivo e Legislativo 
“in loco”, nas Instituições de Ensino. Inclusive, por causa da aplicação das normas 
que podem ser verificadas a sua adequação nas práxis operativas do Sistema 
Educacional. 
Por fim, o processo democrático, na função do Inspetor, é captar os efeitos da 
aplicação da norma com o objetivo de promover a desejada adequação do “formal” 
ao “real” e vice-versa com uma função Comunicadora, Coordenadora e 
Reinterpretadora das orientações e informações das bases do sistema. 
 
 
 
 
 
6 
 
 
2 - BREVE HISTÓRICO E OLHARES SOBRE A FUNÇÃO 
DO INSPETOR ESCOLAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Finoto (2010), afirma que a Inspeção Escolar aparece, pela primeira vez, na 
legislação do Ensino em 1932, na reforma de Campos do Ensino Secundário (Decreto 
- Lei nº. 21.241, de 04/05/1932-artigos 63 a 86). Em 1934 surge a figura do Fiscal 
Permanente responsável pela inspeção dos estabelecimentos de ensino normal do 
Sistema Estadual de Ensino de Minas Gerais (Decreto nº11. 501, de 14/08/1934), 
função essa que só veio a ser extinta em 1974, na vigência da Lei Estadual nº 6. 
277/73 – 1º Estatuto do Magistério (Cf. parágrafo único do artigo 10, do Decreto nº. 
16.244 de 08/05/1974). 
Em 1942 a 1946 surgem várias Leis Orgânicas, porém a única que tratava da 
Inspeção é a Lei Orgânica do Ensino Secundário conforme o Decreto – Lei nº. 4.244 
de 09/04/1942 nos artigos 75 e 76. 
Quando a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº. 4.024 de 
20/12/1961), ao delegar competência aos Estados e ao Distrito Federal para autorizar, 
7 
 
 
reconhecer e inspecionar os estabelecimentos de ensino primário e médio não 
pertencente à União (artigo 16) estabeleceu também a qualificação do responsável 
pela inspeção conforme o seguinte artigo: 
“Art.65- O Inspetor de Ensino, escolhido por concurso de títulos e provas, deve 
possuir conhecimentos técnicos e pedagógicos demonstrados de preferência no 
exercício de funções de magistério, de auxiliar de administração escolar ou na direção 
de estabelecimento de ensinos” (MENESES, 1977., apud, FINOTO, 2010). 
No cumprimento da atribuição que lhe foi conferida pelo § 3º do retro citado artigo 16, 
da LDBNE, no que se refere à inspeção dos estabelecimentos de ensino médio, o 
Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais baixou a Resolução nº. 43/66, de 
18/05/1966, que vem esclarecer que o Ensino Primário passou a contar segundo, as 
disposições da Lei nº. 2.610/62 (Código do Ensino Primário) com Inspetores 
Seccionais, Inspetores Municipais e Auxiliares de Inspeção, sendo que em 1965, 
surge também à figura do Inspetor Sindicante (Portaria Secretaria Estadual de 
Ensino- SEE, nº 68/65) para atuar junto às Delegacias Regionais de Ensino as atuais 
Superintendências Regionais de Ensino. 
Tão logo foi efetivada a transparência para a responsabilidade dos Estados, dos 
encargos de autorizar o funcionamento, reconhecer e inspecionar os 
estabelecimentos de ensino médio, conforme Portaria Ministerial nº. 713, de 
30/11/1967 e Aviso MEC, nº. 652 GB, de 14/12/1967, a Secretaria de Estado da 
Educação de Minas Gerais baixou a Portaria nº. 91/68 de 27/04/1968, estabelecendo 
normas para a inspeção permanente dos estabelecimentos de ensino médio do 
Sistema Estadual de Ensino. 
Na realidade, antes da Reforma Universitária de 1968, Lei nº. 5.540 de 28/11/ 1968, 
a inspeção era feita por elementos sem habilitação específica. Diante disso, a 
inspeção poderia ser exercida no Estado, por professores de ensino médio e até por 
portadores de diploma de curso superior, muitas vezes sem nenhuma ligação direta 
com os problemas educacionais. E ainda houve época em que a inspeção dos 
estabelecimentos do antigo ensino secundário era feito por elementos a quem 
competia tão somente fiscalizar provas exames e assinar papéis que não tinham 
8 
 
 
nenhuma finalidade prática e efetiva para a escola. Isso acontece ainda hoje em 
determinados setores burocráticos do serviço público. 
Na publicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 5.692/71 
estabeleceu a organização do ensino de 1º grau (quatro séries do primário, mais 
quatro séries do ginásio) e 2º Grau alternando toda a legislação anterior do ensino 
primário e médio. Com isso as exigências referentes à formação profissional do 
Inspetor Escolar foram as seguintes: formação em curso superior de graduação, com 
duração curta ou plena ou de pós-graduação, admissão na carreira de Inspetor 
Escolar por concurso público de provas e títulos, remuneração conforme estatuto de 
carreira do magistério. 
Com a publicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº. 9394/96 a 
formação profissional do Inspetor Escolar foi mantida. Contudo em seu artigo 64 
estabelece que a formação do Inspetor Escolar se dê em cursos de pós-graduação: 
“A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, 
inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em 
Cursos de Graduação em Pedagogia ou em nível de Pós-Graduação, a critério da 
instituição de ensino, garantida nesta formação, a base comum nacional” (LBDN 
9394/96). 
Atualmente o Inspetor Escolar possui uma jornada de trabalho de 40 horas semanais 
e está sujeito ao regime de dedicação exclusiva. (Lei nº. 9.347/86 e Decreto nº. 
26.250/86). 
As ações do Inspetor não se limitam, evidentemente, apenas nas aplicações de 
normas, mas, também, nas ações de revisão ou mudanças na legislação, numa 
perspectiva crítica adequada à realidade social a que se destina, dando conhecimento 
à administração do Sistema das consequências da aplicação dessas mesmas 
normas. (BIASI, 2009) 
Exige-se desse profissional uma postura crítica, reflexiva e fundamentada numa 
conduta ética e democrática. É sabido que este especialista surge para organizar a 
instituição em conformidade com a normatização em vigor. Logo, torna-se uma 
atividade complexa, uma vez que o desafio para a legislação atual é organizar a 
9 
 
 
escola enquanto espaço privilegiado de aprendizagem, em que devem ser 
assegurados os direitos de todos os segmentos – professor, aluno, funcionários e 
comunidade externa – para a construção de uma gestão escolar democrática 
participativa. 
Não basta organizar o ensino, faz-se necessário pensar no funcionamento da 
instituição como um todo. Lidar com essa questão requer mudanças nas práticas e 
nas relações entre os agentes educacionais, haja vista que fomos vítimas durante 
muitos anos de um “sistema de formar mutilados”, de uma pedagogia da adestração 
cotidiana, em que não havia lugar para o pensar. 
3 - ATRIBUIÇÕES DO INSPETOR ESCOLAR 
 
Os novos paradigmas da educação nacional encaminham a questão de ordem 
prática: são desafios que colocam o Inspetor Escolar para a observância da legislação 
da educação junto às escolas, pelo seu papel de legítimo representante da 
administração central e regional do Sistema. Uma leitura mais atenta da LDBN e de 
alguns de seus artigos remete a algumas competências que o Inspetor Escolar pode 
10 
 
 
exercer, em ação solidária com as escolas e seus diretores, pedagogos e professores 
e em interaçãocom setores das secretarias estaduais e municipais e dos órgãos 
regionais de educação. 
 
A Inspeção Escolar é correição, auditoria, orientação e assistência técnica. Esses 
profissionais são os olhos e os ouvidos do Poder Público na escola. O perfil desse 
profissional deve ser: 
 Função Verificadora: deve possuir domínio da legislação, ser pesquisador e 
observador. 
 Função Avaliadora: Educador 
 Função Orientadora: ter boa comunicação oral e escrita. Conciliador. 
 Função Corretiva: segurança e postura pedagógica. 
 Função realimentadora: criatividade. 
 
Além disso, o Inspetor Escolar deve ser orientado profissionalmente conforme o Art. 
4º da Resolução Secretaria Estadual de Ensino nº. 305/83: 
I - Comunicação entre os órgãos da administração superior do sistema e os 
estabelecimentos de ensino que o integram; 
II - Verificação e avaliação das condições de funcionamento dos estabelecimentos 
de ensino; 
III - Orientação e assistência aos estabelecimentos de ensino na aplicação das 
normas do sistema; 
IV - Promoção de medidas para a correção de falhas e irregularidades verificadas nos 
estabelecimentos de ensino, visando à regularidade do seu funcionamento e a 
melhoria da educação escolar. 
V - Informação aos órgãos decisórios do sistema sobre a impropriedade ou 
inadequação de normas relativas ao ensino e sugestão de modificações, quando for 
o caso. 
Com relação à conquista da autonomia da escola são atribuições do Inspetor Escolar: 
 A – Integrar-se na elaboração do Plano de Desenvolvimento da Escola; 
 
 Sensibilizar a comunidade escolar para a importância do Plano de Desenvolvimento 
da Escola; 
11 
 
 
 Participar das discussões dos usuários e profissionais da escola sob seu Plano de 
Desenvolvimento, esclarecendo as funções da comunidade escolar; 
 Auxiliar professores e especialistas a definir os componentes do Plano de 
Desenvolvimento da Escola, orientando-os sobre sua elaboração 
 
 B – Subsidiar e escola na elaboração e desenvolvimento do seu projeto pedagógico: 
 Esclarecer a escola sobre os padrões básicos (currículo, recursos humanos e 
insumos) indispensáveis à elaboração do processo pedagógico; 
 Orientar a escola na definição de sua proposta curricular, adequando-se às 
especificidades socioculturais da região e às necessidades, prioridades e 
possibilidades da comunidade à qual atende; 
 Analisar o calendário escolar considerando as especificidades da escola, as 
peculiaridades regionais e locais e as referências legais, zelando pelo seu 
cumprimento; 
 Participar da implementação do projeto pedagógico da escola, propondo a revisão de 
suas práticas educativas, quando necessário; 
 Orientar a escola na elaboração e revisão de normas regimental consoante as 
diretrizes estabelecidas em seu próprio projeto. 
 
C – Orientar a escola para a realização e a utilização de estudos e pesquisas que 
visem à melhoria da qualidade do ensino: 
 Encaminhar à escola os resultados da avaliação externa, orientando-a para a análise 
dos mesmos; 
 Subsidiar a escola na elaboração de estudos e projetos de pesquisa que visem à 
melhoria de ensino e à inovação pedagógica; 
 Promover o intercâmbio entre escolas e outras instituições para troca de experiências 
pedagógicas. 
 
D - Colaborar com a escola, orientando-a na definição de seu plano de capacitação 
de recursos humanos: 
 Subsidiar o levantamento e as necessidades de treinamento e capacitação dos 
profissionais da escola, a partir dos resultados da avaliação; 
12 
 
 
 Promover a integração das propostas de treinamento e capacitação de conjuntos de 
escolas de seu setor e da jurisdição; 
 Tomar providências, junto à S.R. E, para que as propostas de capacitação se 
efetivem. 
 
E – Orientar a direção da escola na aplicação das normas referentes à Assembleia 
Escolar como instrumento de gestão democrática da escola. 
F – Incentivar a integração das escolas entre si e destas com a comunidade. 
 
3.1 OS ASPECTOS MOTIVACIONAIS E O INSPETOR 
ESCOLAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O papel do inspetor escolar não é apenas de ser um profissional que cuida somente 
da parte burocrática e/ou fiscalizadora. Os aspectos emocionais fazem parte da vida 
profissional do inspetor escolar, no entanto, o mesmo necessita de um perfil 
motivador, pois ele passa por um processo de responsabilidades e orientações a 
todos os envolvidos nesse segmento de ensino-aprendizagem. 
Afinal quem é esse sujeito? 
13 
 
 
Silva (1999, p.84) cita “ver-se de outro modo, dizer-se de outra maneira, julgar-se 
diferentemente, atuar sobre si mesmo de outra forma. ” 
 Observa-se em tal citação, a análise (dentre outros profissionais) do inspetor escolar 
aprendendo a se conhecer a cada dia. 
De acordo com Libânio (2002, p. 20) “aprender a conhecer é inserir todo 
conhecimento no varal do passado, percebê-lo na atualidade do presente e vislumbrá-
lo em sua densidade no futuro. ” 
Parafraseando o autor a citação é notável a todo profissional inserido no processo 
educacional, em especial ao inspetor escolar. Contudo para que haja aprendizado é 
relevante o ato de pensar. Libânio (2002, p. 23) conceitua esse termo como sendo 
“pensa quem sabe perguntar-se a si a realidade num movimento em que não há 
respostas prontas. ” Diante disso nota-se a necessidade da capacidade de pensar. 
Nessa conjuntura, o inspetor escolar está inserido no papel de gestor, ele terá que 
ser um visionário, pois seu trabalho hoje consequentemente refletirá amanhã, uma 
vez que necessita obter ideias / ato de pensar em variadas possibilidades de 
mudanças, pois seu trabalho é extenso e as demandas nas escolas também. As 
escolas que pretendem obter seu processo ensino aprendizagem com qualidade, 
preocupando-se com as doutrinas democráticas, bem como o acesso e permanência 
dos alunos / comunidade na escola, consequentemente estão interessadas em 
profissionais qualificados e motivados, o inspetor escolar faz parte desse processo na 
execução de suas ações. Vale (1982, p. 35) destaca: 
[...] procurar desenvolver a sua capacidade de organizar o pensamento e compartilhar 
suas ideias, de se constituir enquanto grupo de compreender a força da ação coletiva, 
de liderar, de pensar criticamente a realidade social, de filtrar da história oficial de sua 
classe, de se capacitar a se tornar sujeito de sua própria história. 
Parafraseando ao autor, o inspetor escolar deve ser um profissional dotado de 
flexibilidade e dinamismo, deve ser um especialista focado em sustentar a motivação 
no seu ambiente de trabalho – corpo docente / comunidade escolar das unidades 
escolares em que atua – deve ser idealista e transformador, precisa saber trabalhar 
em equipe com o propósito de integração escola / comunidade. Santana (2012, p. 6): 
14 
 
 
Espera-se do inspetor escolar, um profissional que não cuide somente da parte 
burocrática, mas que procure ter um método de trabalho menos policiador e 
controlador, tornando-se mais participativo e democrático, mais orientador da 
aplicação da norma e mais estimulador da criticidade e da criatividade tão necessária 
à melhoria do funcionamento do sistema. Deverá propiciar às escolas as condições 
que assegurem sua autonomia administrativa, pedagógica e também que cuide e 
oriente a parte humana, conduzindo com todos os envolvidos o processo ensino 
aprendizagem, com qualidade, eficiência e motivação. 
 Entretanto, diante de pontuações variadas quanto ao profissional inspetor escolar, o 
mesmo tem a necessidade e responsabilidade de atuar no processo educacional de 
forma a refletir positivamente no desempenho dos profissionais atuantes na escola, 
alunos e comunidade, bem como tutear de modo a promover o progresso 
motivacional da comunidade escolar nesse contexto. 
Trabalho x motivação 
Segundo Vergas apud Fiorelli (2004, p. 118) “motivação é uma força, uma energia 
que nos impulsiona na direçãode alguma coisa que nasce de nossas necessidades 
interiores. ” 
Acordado ao autor, quando há motivação as pessoas tornam-se mais produtivas e 
atuam com mais satisfação, seja no ambiente profissional ou no ambiente social, 
desse modo produzindo melhor e com mais qualidade. 
 Diante desse fato, analisam-se diversos fatores no qual as pessoas e/ou profissionais 
sentem-se motivados, sendo que um deles é a questão salarial, ao qual o Poder 
Público não prioriza tal incentivo financeiro ao nível que é necessário na área 
educacional, lembrando que todo cidadão passa pela educação e o objetivo da 
mesma é formá-los conscientes do seu papel na sociedade, todavia devido a falta de 
incentivo financeiro a consequência é a desmotivação no desenvolvimento de um 
trabalho com qualidade. 
Especificamente no profissional inspetor escolar podem existir fatores variados que o 
leve a desmotivação além da questão salarial, como a falta de programas de 
15 
 
 
formação / treinamento, plano de carreira, reconhecimento e valorização profissional. 
Santana (2012, p. 7) enfatiza que: 
[...] as pessoas não são movidas somente por recompensas materiais, mas também 
pela admiração e, sobretudo, pelo reconhecimento, mesmo um simples elogio poderá 
ser uma poderosa alternativa para a motivação. 
 
4 - A AÇÃO DO INSPETOR ESCOLAR NO ÂMBITO 
INSTITUCIONAL 
 
A partir daí, o Inspetor assume um papel importantíssimo que é a integração na 
elaboração do plano de desenvolvimento da escola bem como o desenvolvimento do 
projeto político-pedagógico, orientar também na realização de estudos e pesquisas, 
na capacitação de recursos humanos visando assim à melhoria da qualidade do 
ensino, orientar e acompanhar processos de criação, organização da escola e 
também auxiliar na elaboração de documentos necessários para o bom 
funcionamento do sistema educacional. 
16 
 
 
A ação do Inspetor nestes aspectos torna-se mais produtiva e qualificada e contribui 
para que o ensino e a aprendizagem aconteçam de forma dinâmica. 
É preciso tomar consciência que formar cidadãos que saibam como viver e ser 
solidários faz parte do cuidado pedagógico. E o sentido fundamental da ação 
avaliativa é justamente esse, de transformação. 
Existem leis, pareceres, resoluções que regem a organização do ensino nas escolas, 
existem regimentos e determinações que regem a ação do professor na sala de aula, 
necessário se faz tomar consciência desse jogo de poder que detém toda essa 
estrutura. É a partir da ação coletiva e consensual dos professores e equipe escolar 
que isso poderá acontecer. 
Para Freire (1986), 
O educador libertador tem que estar atento para o fato de que a transformação não é 
só uma questão de método e técnicas. Se a educação libertadora fosse somente uma 
questão de métodos, então o problema seria mudar algumas metodologias 
tradicionais por outras mais modernas. Mas esse não é o problema. A questão é o 
estabelecimento de uma relação diferente com o conhecimento e com a sociedade. 
É necessário que a escola trabalhe buscando uma prática coletiva, para que os 
educadores, especialistas, pais e funcionários possam trabalhar juntos e com isso 
estarem envolvidos com a escola. É necessário ter parceria, isso contribuirá para o 
desenvolvimento da escola, possibilitando a comunidade uma escola mais 
participativa, onde cada um deve se comprometer em atuar na sua função com 
responsabilidade, pensando sempre no coletivo. “A avaliação não deve ser 
confundida com testes tão frequentes. Estes são instrumentos, meios para se avaliar 
um aspecto apenas do processo de aprendizagem, ou seja, o produto em relação ao 
desempenho, tendo em vista determinados conteúdo ou objetivos em termos de 
progresso ou proficiência. Não podem jamais constituir-se um instrumento de 
ameaça...”. (PCN, 2000, 1998). 
Cabe ao Inspetor Escolar, uma proposta que seja eficaz. E a eficácia será tanto 
quanto mais estiver voltada para o bem daquele que está aprendendo e para o 
exercício do conhecimento e pesquisa dos professores. Se for efetivamente colocada 
em prática, e a avaliação for posta a serviço de quem está aprendendo, ela própria 
se converterá em meio de aprendizagem. 
17 
 
 
A Inspeção Escolar está ligada a vários fatores que contribuem com o processo 
democrático da comunidade escolar, estreitando a ligação entre os vários órgãos do 
sistema educacional e fazendo cumprir com a legislação vigente. Visa à melhoria do 
ensino e aprendizagem, para isso tem de levar em conta a estrutura teórica, material 
e humana da escola. 
A figura do Inspetor Escolar desponta como elemento de intermediação associada à 
ideia de mudanças. Ele deve estar inserido no contexto social da escola, interagindo 
com todos os atores, e através dessa interação os problemas certamente serão 
identificados e as ações serão todas em uma mesma direção de forma democrática 
em uma sociedade multicultural. Assim, o Inspetor Escolar não é mais um fiscalizador, 
como é entendido com frequência, e sim, um colaborador que se constitui na 
somatória de esforços e ações desencadeados com sentido de promover e 
desenvolver a melhoria do processo de ensino e aprendizagem. 
 
4.1 - O INSPETOR ESCOLAR COMO AGENTE 
TRANSFORMADOR 
 
18 
 
 
Procuramos dar novo sentido às atividades escolares quando afirmamos que esse 
processo deve ser dialógico. Queremos reconhecer que a razão é inseparável da 
emoção quando dizemos que é necessário organizar as prioridades e as ações 
escolares e educacionais para construir projetos e políticas emancipadoras, que 
permitam desvelar a realidade, escrever uma nova história com base no resgate, na 
vivência e no registro das experiências e na interpretação desse registro, que 
respeitem e considerem a diferença, a diversidade cultural presente na educação e 
na sociedade. O planejamento dialógico é uma alternativa para que haja uma 
transformação de fato na realidade educacional. Com a ampliação da comunicação 
pelo diálogo coletivo e interativo desde a formulação das questões relacionadas, por 
exemplo, às questões pedagógicas, vai acontecendo um processo de participação, 
de envolvimento, de troca de ideias, de resgate de cultura e de troca de experiências, 
de propostas concretas ou concretizáveis, que estimulam o enfrentamento dos 
problemas e dos desafios apresentados pelo cotidiano. É essa a grande vantagem do 
planejamento dialógico, organizado, democraticamente sistematizado e voltado para 
o respeito à autonomia dos sujeitos partícipes do processo de ensino e aprendizagem. 
O planejamento dialógico implica uma convivência harmoniosa de pessoas que 
discutem, decidem, executam e avaliam atividades propostas coletivamente. Com 
essa convivência, o processo educativo passa a desenvolver efetivamente seu papel 
transformador, pois na medida em que discutem, as pessoas refletem, questionam e 
conscientizam-se de problemas coletivos, decidindo por engajarem-se na luta pela 
melhoria das condições de vida de todos os envolvidos nesse processo. 
No contexto escolar o planejamento dialógico caracteriza-se pela busca da integração 
efetiva entre a escola e a realidade histórico-social, primando pelo inter-
relacionamento entre a teoria e a prática. A participação de professores, alunos, 
equipe técnico-pedagógica e administrativo, bem como dos pais dos alunos, seria o 
ponto de convergência das ações voltadas para a produção de novos conhecimentos 
a serem propiciados na escola, tendo como referencial o meio em que se vive. 
Para Freire (op. cit), 
O diálogo deve ser entendido como algo que faz parte da própria natureza histórica 
dos seres humanos (...) O diálogo é o momento em que os humanos se encontram 
para refletir sobre sua realidade tal como a fazem e refazem. (...) Através do diálogo, 
19 
 
 
refletindo juntos sobre o que sabemos e não sabemos, podemos, a seguir, atuar 
criticamente para transformar a realidade. 
Significadizer que o planejamento é etapa intermediária entre o conhecimento teórico 
construído e refletido nas diversas experiências vivenciadas pelos agentes da 
educação durante sua formação pedagógica e a ação concreta a realizar. A 
consciência de que planejamos para a prática e que fazer plano só tem sentido se 
desencadear a ação, vai mudar a óptica dos planejadores comprometendo-os mais 
num trabalho personalizado e contextualizado. 
Sendo assim, o inspetor escolar pode e deve, através de suas experiências, de seus 
conhecimentos científicos, ter a intenção de manifestar o desejo de transformar o 
ensino, mediante estudos e pesquisas já vivenciadas por outras instituições, tomando 
como exemplo o resultado dos índices de aprovação e o entusiasmo dos alunos no 
que diz respeito ao engajamento dos projetos e atividades realizadas nas instituições 
escolares. 
 
5 - PRINCÍPIOS DA INSPEÇÃO ESCOLAR 
 
 
20 
 
 
Sendo o inspetor escolar um agente participativo de comunicação, orientação e de 
correção, que conduz a uma prática refletida, resultante de um confronto 
permanente entre a norma institucional e o “fazer” educacional diário, este deve 
estar atento aos princípios e valores na sua prática como tarefa primeira, dando 
primazia à postura enquanto profissional da educação. 
Sob esta perspectiva, destacamos alguns princípios a se observar na prática da 
inspeção escolar: 
1- O princípio do desenvolvimento pessoal, da qualificação profissional e da 
competência técnica. 
A necessidade da formação continuada é uma realidade que o inspetor tem de 
enfrentar. É uma tarefa desafiadora, porque conduz a um momento de criação 
conjunta e, para isso, é preciso que estejamos conectados com nossas práticas e 
nossas aspirações. É na formação continuada que produzimos novos conhecimentos 
e vivenciamos novas posturas de flexibilidade e mudanças. Ser inspetor escolar 
requer o constante aperfeiçoamento profissional, o domínio das legislações e o 
conhecimento de cada problema das escolas em seus múltiplos aspectos 
(administrativos, pedagógicos e financeiros). Para tanto, são fundamentais as 
reuniões nas SREs como espaços de formação contínua. Mas é nas escolas que essa 
formação se concretiza, é ela o locus discere e operandi em que se desenvolvem a 
profissionalidade. Conhecer o estado real de cada escola, observando e avaliando 
constantemente o desenvolvimento do processo de ensino, analisando com 
objetividade os resultados e trabalhando pela ampla democratização das 
informações, deve ser a nossa maior preocupação. 
Dessa forma, nossa ação deve ser movida por competências que se fazem 
necessárias para realização dos objetivos, trabalhando de forma eficaz, exigindo de 
todos paciência e força de vontade para um trabalho voltado para a transformação. 
Essas competências exigem compreensão, aceitação, empatia e consideração pelos 
outros. 
2- O princípio do planejamento. 
O planejamento é a principal ação de todo e qualquer empreendimento. 
Definir o que deve ser priorizado, objetivado, determinando uma linha de ação a ser 
desenvolvida no espaço escolar é uma tarefa imprescindível e que deve ser tomada 
coletivamente, em reuniões mensais nas SREs. Na inspeção escolar, conhecer e 
21 
 
 
aplicar as legislações como alternativas que mostrem um caminho, um norte para as 
práticas escolares, eis a função dos normativos e uma das nossas atribuições, que 
quando bem discutidas e planejadas, serão bem executadas. 
O princípio do planejamento se justifica porque o inspetor escolar quer resultados e 
suas ações buscam atingir objetivos. Há necessidade de uma ação racional, 
estruturada e coordenada de proposição de objetivos, estratégias de ação, 
provimento e ordenação dos recursos disponíveis, cronogramas e formas de 
monitoramento e avaliação. O plano de ação da inspeção escolar torna-se o 
instrumento unificador das atividades nas escolas, convergindo na sua execução. 
3- O princípio da liderança. 
Liderar é uma realidade desafiadora ao inspetor escolar, pois há a necessidade de 
uma revisão de papéis, de uma ressignificação de sua ação no sentido de conquistar 
autoridade, através do conhecimento de sua contribuição e postura nas escolas. 
O inspetor escolar que não possuir competência para exercer a autoridade que lhe 
foi conferida poderá, indubitavelmente, gerar o autoritarismo, agindo arbitrariamente 
e gerando insegurança e revolta em seus liderados. 
Muitas são as queixas de autoritarismo diante das ações dos inspetores escolares e 
a ele é importante autoanalisar-se, conhecer-se, para que possa contribuir igualmente 
com o crescimento das escolas e pessoas que lidera. 
A liderança com autoridade conquistada e baseada em princípios requer um conjunto 
de ações, de comportamentos, e pode ser exercida por qualquer líder que tenha 
clareza do que realmente deseja ao ocupar esta posição. Deve-se levar em conta que 
a única pessoa que pode mudar algo é ela mesma... aos outros é possível apenas 
incentivar, motivar, influenciar, mas o poder de mudança pertence a cada um. E quais 
as principais características de pessoas identificadas como líderes? Um bom líder traz 
características como honestidade, confiabilidade, cuidado e compromisso; é bom 
ouvinte; conquista a confiança das pessoas, pois domina o que faz e conhece a 
legislação; trata as pessoas com respeito e as encorajava de forma positiva e 
entusiástica; gosta das pessoas; nunca deixa as questões pessoais influenciar as 
suas atividades. 
Portanto, a verdadeira liderança perpassa por questões de caráter, de hábitos, de 
valores, de concepções. Isso requer uma escolha e muito esforço. Além de todos os 
22 
 
 
desafios naturais à função do inspetor escolar, deve-se construir sua liderança com 
base nas relações saudáveis, nos princípios e na ética. 
4- O princípio do bom relacionamento com os colegas da SRE e escolas. 
As relações humanas implicam em respeito e consideração com o próximo com o 
propósito do melhor entendimento no convívio das pessoas não só na escola, mas 
também na família, no trabalho, onde quer que seja. 
A inspeção escolar não é somente um trabalho técnico, mas uma atividade 
essencialmente humana, interagindo diretamente com pessoas, vidas, e, portanto, 
subjetividades. 
Pensar a inspeção escolar em uma perspectiva mais humanizante, com novas 
possibilidades, é o grande desafio da atualidade. Nessa perspectiva, o inspetor 
desenvolve seu trabalho no coletivo em favor de interesses mútuos, primando pelo 
aperfeiçoamento, acompanhamento, mediando as relações interpessoais, integrando 
serviços, procurando um mesmo objetivo, pois quando existe reciprocidade e união 
dentro de uma equipe há também sucesso na conquista. 
Nos dizeres de Aguiar (1996) o inspetor deve fazer de si mesmo a pessoa mais 
educada, objetiva e agradável tanto quanto permitirem a sua composição física e 
psicológica; deve ser uma pessoa que se expande cultural e humanamente com um 
corpo de conhecimentos e experiências suficientemente rico; uma pessoa capaz de 
incorporar novas habilidades e conhecimentos no seu comportamento e, de rejeitar 
aqueles que são insuficientes: assim procedendo, estará dando passos para o 
autodesenvolvimento capacitando-se, por outro lado, para influenciar os outros de 
igual modo. 
5. O princípio da autonomia. 
A atual estrutura organizacional das escolas permite uma relativa autonomia em 
relação ao sistema de ensino, garantindo-lhes a liberdade de criação e de decisão 
sobre a distribuição de recursos, tanto materiais quanto humanos, a partir de critérios 
definidos em nível central, permitindo que as instituições modernizem sua 
administração, tornando o trabalho do inspetor escolar mais condizente com as 
necessidades reais e locais. 
Dessa forma, há o desenvolvimento de uma cultura de participação e um 
comprometimento maior do inspetor escolar que, conhecendo dessa autonomia e a 
tendocomo marca em sua ação, dá condições para que os objetivos da educação 
23 
 
 
sejam atingidos. 
Logo, fornece autonomia à escola para que desenvolva suas ações, para que se 
expresse conforme suas necessidades sem, no entanto, se chocar com as diretrizes 
do poder central, acaba por flexionar o controle, dando maior liberdade para que a 
instituição tenha maior poder de ação, sem perder a unidade do sistema educacional. 
Para isso, o inspetor escolar deve estar centrado na escola, tornando as leis do 
sistema mais adaptadas àquela comunidade escolar, exigindo a flexibilidade 
necessária, alterações e facilitadores para todo o processo administrativo, 
pedagógico e financeiro. 
6. O princípio da flexibilidade. 
A concepção de inspeção flexível expressa o amadurecimento e a busca de uma 
proposta coerente com a realidade educacional, envolvendo todos os membros da 
escola. 
O inspetor flexível deve se adaptar às condições da escola em que atua, levando em 
consideração a clientela e as diferenças individuais, tornando-se a força 
impulsionadora que interpreta a realidade escolar e suas necessidades. 
Partindo das subjetividades, deve apresentar uma organização e dinamismo no seu 
trabalho, tendo como suporte o saber técnico e o comprometimento com as mudanças 
sociais e o rumo delas, respondendo as expectativas da comunidade e colaborando 
para o processo da qualidade de ensino, sem ignorar a realidade. 
7. O princípio da objetividade. 
O inspetor escolar deve ser objetivo no sentido de ter claros os conceitos e crenças 
que determinam sua maneira de agir, dos fins que pretende atingir e dos meios a 
utilizar. É necessário que ele conheça o perfil da escola, seu Projeto Político-
Pedagógico: só assim será possível orientar e ajudar, de acordo com as necessidades 
reais da comunidade escolar. 
8. O princípio da integração. 
O inspetor escolar deve ser uma pessoa capaz, preparada sob o ponto de vista 
educacional e psicológico, especialista no processo democrático dos grupos nas 
escolas. Como um líder deve conseguir a cooperação de seus colegas 
(administradores, especialistas e professores) nas decisões importantes que dizem 
respeito a eles mesmos e ao processo de ensino-aprendizagem. 
24 
 
 
É através da integração de todos os envolvidos na comunidade escolar, garantindo o 
espaço de participação, que se fará a intervenção transformadora da prática social. 
9. O princípio da cooperação. 
Como todo grupo social, a escola agrega pessoas com objetivos distintos, aspirações 
pessoais, visão de mundo particular, qualidades e características peculiares, e é esse 
conjunto diversificado que enriquece o ambiente escolar. Além de conhecer o papel 
e importância dessas pessoas, é preciso reconhecer que são possuidoras de um 
conhecimento específico em uma área e é o trabalho coletivo dessas diferentes 
especialidades na escola é que provocará mudanças. 
Ao inspetor escolar cabe a atitude positiva frente ao trabalho dessa equipe, facilitando 
o diálogo e a cooperação nas escolas. É preciso enxergar as diferenças e fazer com 
que elas contribuam para o crescimento coletivo e não sirvam de divisão entre seus 
membros ou mesmo se transformem em armas para competições entre grupos. 
Somente mediante um trabalho solidário se poderá prevenir contra as decisões 
isoladas, permeadas de interesses individuais. Todos devem trabalhar conjuntamente 
para alcançar o objetivo maior da escola e, por isso, o planejamento cooperativo é 
indispensável. 
A Inspeção Escolar está ligada a vários fatores que contribuem com o processo 
democrático da comunidade escolar. Evidentemente, nem sempre foi assim. A própria 
expressão linguística nos remete à história, desde o Brasil colonial, de que o ato de 
inspecionar nos lembra o ato de fiscalizar, observar, examinar, verificar, olhar, 
vistoriar, controlar, vigiar… 
Porém, atualmente, a figura deste profissional nas Instituições Escolares proporciona 
uma estreita ligação entre os outros órgãos do Sistema Educacional, quer sejam 
Secretárias quer sejam Regionais e Unidades Escolares, para garantir a aplicação 
legal do regime democrático. Por isso, o Inspetor tem uma grande concentração nos 
aspectos Administrativos, Financeiros e Pedagógicos das Unidades Escolares, 
trabalhando inclusive, como agente sócio-político. 
Neste sentido, o Inspetor Escolar trabalha estreitamente com a gestão de pessoal. 
Está sempre preocupado com a veracidade e atualização da escrituração e 
organização escolar para proporcionar segurança no processo de arquivos e no 
futuro, próximo e até cem anos, esteja resguardada para servir de acervo de 
25 
 
 
pesquisas históricas ou da situação funcional dos servidores que almejam a 
aposentadoria. 
Isto acontece, inclusive, com os documentos informativos da vida escolar dos alunos. 
Em qualquer tempo, as pessoas poderão procurar a sua instituição escolar de origem 
para requerer um novo documento, Histórico Escolar, por exemplo. 
O Inspetor Escolar está sempre imaginando as possibilidades do futuro, pois não se 
sabe quando alguém que conhece e trabalha na instituição Escolar ainda estará ou 
nem se lembrará das situações, casos ou momentos ocorridos; ou seja, as equipes 
de trabalhos estão sempre se renovando e acaba necessitando de uma Escrituração 
dos fatos, ato na Organização escolar muito bem definida para resguardar a 
integridade de todo arquivo (Atas, Diários de Classe, Fichas individuais e entre 
outros). 
Inclusive, como o Inspetor Escolar está sempre em contato com as comunidades 
escolares e tem um papel importante na comunicação entre os órgãos da 
administração superior do sistema e os estabelecimentos de ensino que o integram, 
“volta-se para : organização e funcionamento da escola e do ensino, a regularidade 
funcional dos corpos docente e discente, a existência de satisfatórios registros e 
documentação escolar…”(RESOLUÇÃO 305/83). 
Por isso, este profissional, como prática educativa, se torna um importante agente 
político e de caráter pedagógico do sistema, pois poderá sugerir mudanças de 
estratégias nas decisões dos órgãos do sistema para promover uma implementação 
organizacional mais ampla e democrática para garantir acesso de toda sociedade nas 
Instituições Escolares, ao conhecimento e à cultura. 
Pensando nisso, os estudos e aplicação das normas do Sistema observadas pelo 
Inspetor Escolar, o faz posicionar diante de uma pragmática de educação, sociedade, 
modelos de organização e funcionamento, prática pedagógica e valores das práticas 
de conscientização e discussões. 
As ações do Inspetor não se limitam, evidentemente, apenas nas aplicações de 
normas, mas, também, nas ações de revisão ou mudanças na legislação, numa 
perspectiva crítica adequada à realidade social a que se destina, dando conhecimento 
26 
 
 
à administração do Sistema das consequências da aplicação dessas mesmas 
normas. 
Sob o ponto de vista Ideológico, o Inspetor Escolar quando age criticamente nos 
aspectos educacionais no momento da aplicação da legalidade pode contribuir nas 
reformulações das leis, fazendo o legislador legislar sob o ponto de vista do ato de 
educar. Ou melhor, o Inspetor converte o conteúdo ideológico da legislação do ensino 
em diretrizes capazes de orientar a ação dos agentes do Sistema. Por isso, é um 
agente Político. 
Portanto, o papel do Inspetor Escolar no processo democrático é de fundamental 
importância social sob o ponto de vista educacional, pois se torna os “olhos”, a 
presença ou a representação, a ação do Estado ou do órgão executivo e Legislativo 
“in loco”, nas Instituições de Ensino. Inclusive, por causa da aplicação das normas 
que podem ser verificadas a sua adequação nas práxis operativas do Sistema 
Educacional. 
Por fim, o processo democrático, na função do Inspetor, é captar os efeitos da 
aplicação da norma com o objetivo de promover a desejada adequação do “formal” 
ao “real” evice-versa com uma função Comunicadora, Coordenadora e 
Reinterpretadora das orientações e informações das bases do sistema. 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
6 - TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS QUANTO AO 
PAPEL DA INSPEÇÃO ESCOLAR NA REGULAÇÃO E NA 
REGULAÇÃO EDUCACIONAL 
 
Em vários países da União Europeia a inspeção escolar tem passado por reformas, 
sendo fortemente associada ao papel do estado que representa. Trata-se de uma 
função, que pela sua forma de atuação, é vinculada à intervenção política do estado. 
A sua atuação fica na dependência da natureza das intervenções estatais, com 
reforço do papel regulador e avaliador do estado, que acentua o controle, uma das 
funções-chave da inspeção escolar (MAROY, 2009, p. 63). Entretanto, mesmo que 
se reconheça a importância da participação da inspeção no controle externo, o seu 
papel não se esgota nele, e por este motivo, faz-se necessário examinar a natureza 
28 
 
 
da função, quanto à realização do trabalho da inspeção escolar. De Grouwe (2006, p. 
67), propõe a análise da inspeção escolar, e reconhece que o interesse dos governos 
nas políticas educativas, com o foco nas avaliações dos resultados, constitui-se uma 
das explicações do reforço dos seus sistemas de inspeção. Constituem exemplos de 
reformas dos serviços de inspeção, no sentido do fortalecimento das ações de 
controle e sustentação pedagógica às escolas, conforme demonstrou o estudo 
documental realizado: Portugal – (documento da Inspeção Geral da Educação – IGE); 
Bélgica francófona (MAROY, 2009, p. 53); França, que repensa a natureza e os 
procedimentos da inspeção escolar, na atualidade (L’inspection Générale de l’ 
Administration de l’Éducation Nationale et de la Recherche - IGEN). 
Na concepção da função da inspeção escolar estão compreendidas, segundo De 
Grouwe (2006, p. 56), três funções-chave, que compreendem tanto o domínio 
pedagógico, como o administrativo, conforme o quadro a seguir expõe: 
Funções-chave da Inspeção Escolar 
 
Analisando as suas atribuições, fica perceptível a diversidade e a abrangência da sua 
atuação, bem como a existência de um fluxo contínuo e circular entre a orientação 
que emana dos órgãos centrais e a consequente realimentação das decisões, a partir 
das informações sobre a realidade escolar, após a aplicação da norma, oriundas do 
trabalho da inspeção escolar. Este fluxo permitiria a contextualização das decisões 
políticas ao cotidiano escolar, a revisão das ações, e o diagnóstico das reais 
necessidades. Poderia vir a ocorrer, neste caso, a transversalidade das relações, 
possibilitando a participação dos atores sociais na formulação e implementação das 
políticas educacionais. 
29 
 
 
Em relação ao lugar da inspeção na política de resultados, sendo reconhecida e 
legitimada pelo sistema, faz-se necessária uma reflexão sobre a seguinte questão: 
uma mais ampla participação dos atores sociais na decisão política fica na 
dependência de outra perspectiva política do governo. Uma regulação educacional, 
não meramente linear e hierárquica, vertical e impositiva. Novas formas de 
intervenção institucional, que permitiriam a decisão coletiva dos atores sociais. Esta 
nova modalidade de regulação seria a de coordenação das ações conjuntas dos 
envolvidos no processo político, conforme Maroy e Dupriez (2000, p. 56) expõem. Em 
tal circunstância, o papel da inspeção poderia vir a ser, como ocorre em outros países, 
o de facilitar a avaliação das medidas, verificar sua adequação e propriedade, no 
sentido de analisar, a partir da observação in loco, se elas devem ser revistas, 
alteradas, ou não. Ela exerceria o controle sim, pois este lhe é inerente, mas no 
sentido de uma avaliação diagnóstica e formativa, isto é, com o propósito de 
aprimoramento da ação educacional, de verificar onde há problemas e o que pode 
ser melhorado, sem imposições de penalidades. Em outra perspectiva de regulação 
educativa, menos imperativa e meritocrática, à inspeção caberia, a partir do 
conhecimento do cotidiano escolar, uma atuação no sentido de orientar e apoiar a 
ação educacional, e constituir-se em um elo entre as escolas e o sistema educacional. 
Representaria um canal, mas o sentido da informação seria circular, e não de correia 
de transmissão, conforme expõe Meuret (2002), que analisa a relação entre a 
inspeção e a política educacional. O autor apresenta a seguinte questão: poderiam 
as ações da inspeção se inserir em uma perspectiva de orientação às escolas, em 
sua missão educativa e pedagógica, acompanhando-as e apresentando alternativas 
em um trabalho, não “sobre”, mas “com” os profissionais da escola? 
Além da predisposição favorável à mudança, por parte dos inspetores, requer-se uma 
redefinição do posto de trabalho, que implicaria em maiores responsabilidades e na 
devida preparação destes atores sociais. O governo e os próprios inspetores sabem 
que existem determinados atributos, características e propriedades da inspeção, que 
a tornariam recomendável às finalidades a que se destina. Em princípio, uma boa 
atuação envolve conhecimentos da organização e funcionamento da escola, em 
aspectos mais abrangentes da sua natureza como instituição educacional. Nesse 
sentido, segundo Sénore (2000, p. 48) a atuação da Inspeção deveria ser não apenas 
técnica, mas também dialética e deontológica. 
30 
 
 
 
7 - O INSPETOR ESCOLAR COMO FACILITADOR DA 
APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL 
 
 
O Inspetor Escolar tem a função de integrar a escola com as normalidades e 
legislações que fazem parte da documentação de uma unidade escolar. Seu principal 
papel é articular com a equipe diretiva, para fazer valer a organização dentro do setor 
da secretaria escolar, no que diz respeito à vida escolar dos discentes, do corpo 
docente e de todos os funcionários. Entretanto, o Inspetor Escolar também exerce 
papel fundamental no processo de aprendizagem, tendo em vista a sua atuação junto 
ao corpo docente, no sentido de avaliar o desempenho dos alunos. Desta forma, vale 
a pena ressaltar a sua contribuição para que haja um avanço na qualidade do ensino 
e o desenvolvimento na vida escolar do aluno. 
31 
 
 
O Inspetor Escolar, enquanto agente educador, precisa levar em consideração a 
realidade social da escola onde trabalha para diagnosticar qual seja a identidade da 
instituição de ensino e desenvolver um trabalho que possibilite ao educando 
vislumbrar novos horizontes. Significa dizer que é necessário desempenhar suas 
funções e ideais, de modo a integrar a comunidade escolar. Para que isso aconteça, 
um dos critérios básicos é avaliar a competência dos professores em relação ao 
processo de ensino e aprendizagem e o desempenho dos alunos quanto ao índice de 
aprovação e reprovação. Sendo assim, surge o seguinte questionamento: Sendo o 
Inspetor Escolar um profissional da educação, qual seria sua participação no sentido 
de identificar as condições e critérios avaliativos presentes na comunidade escolar 
em que atua? Trata-se de relacionar o papel do Inspetor Escolar como participante 
no processo de avaliação na vida do aluno juntamente com todos os educadores da 
unidade de ensino para tomada de decisões e identificação dos métodos avaliativos. 
A concepção de avaliação é, sobretudo, as concepções de conhecimentos, de ensino, 
de educação e de escola. Cabe aos profissionais de educação, não só o professor 
dar o veredicto, mas também a Inspeção Escolar e toda equipe pedagógica sobre a 
vida escolar do aluno. Segundo Luckesi (2002), ``é certo que o atual exercício da 
avaliação escolar não está sendo efetuado gratuitamente, está a serviço de uma 
concepção teórica da educação, que por sua vez traduz uma concepção teórica da 
sociedade.`` 
A concepção de avaliação que perpassa essa lógica deve abranger a organização 
escolar como um todo: as relações internas à escola, o trabalho docente, a 
organização do ensino, o processo de aprendizagemdo aluno e, ainda, a relação com 
a sociedade. Conforme afirma Luckesi (2005): “a avaliação da aprendizagem escolar 
auxilia o educador e o educando na sua viagem comum de crescimento, e a escola 
na sua responsabilidade social. Educador e educando, aliados constroem a 
aprendizagem, testemunhando a escola, e esta à sociedade”. A avaliação escolar é 
uma tarefa didática necessária e permanente do trabalho docente, que deve 
acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem. Através dela, os 
resultados que vão sendo obtidos no decorrer do trabalho conjunto de toda a 
comunidade escolar são comparados com os objetivos propostos, a fim de constatar 
progressos, dificuldades, e reorientar o trabalho para as correções necessárias. A 
32 
 
 
avaliação é uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do 
professor como dos alunos. 
 
7.1 - AS DIMENSÕES DO TRABALHO DE INSPEÇÃO 
ESCOLAR FRENTE AOS NOVOS PARADIGMAS 
EDUCACIONAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A sociedade tem se modificado, as inovações acontecem todos os dias, constatamos 
então, que está nascendo uma nova educação, um novo sistema de pensar a escola 
e de se definir a função dos Inspetores Escolares. 
É inegável que a sociedade vem se modificando e que as inovações se fazem 
necessárias, e a escola não pode se isentar destas mudanças. Ela precisa se 
manter conectada às mudanças procurando acompanhá-las mostrando ao aluno 
que ele também precisa estar em sintonia com as evoluções ocorridas sabendo 
utilizá-las da melhor forma possível. 
Hoje, a relação professor, aluno, escola, conteúdo mudou muito. O conteúdo, que 
antes era considerado prioritário, abre espaço para a importância da relação 
33 
 
 
professor/aluno, o respeito e a aceitação plena deste como pessoa, a vivência 
democrática e o apoio total ao desenvolvimento livre e pleno do educando. 
Após a década de 60, os acontecimentos do mundo, do país e do Estado se 
aceleraram em tal ordem e com tamanho grau de intensidade, que nossas 
convicções têm sido colocadas em dúvida. O modelo de sociedade estável e 
conservadora que imperou até então já não consegue ser explicado no turbilhão de 
acontecimentos sociais econômicos, culturais e tecnológicos que se precipitaram. 
A cultura autoritária determinou princípios e normas de convivência social que não 
se enquadram nas exigências do presente, nem oferecem diretrizes. Nosso mundo 
está em permanente reconstrução, às certezas do passado parecem superadas, 
perderam-se no caminho. É necessário rever os rumos, na busca, não de uma 
direção, mas de muitas que se abrem à nossa frente. 
Como o mundo está em constante transformação, é necessário que os professores 
e especialistas da educação atualizem e introduzam novas abordagens, 
metodologias e práticas no ensino de forma crítica e criativa. 
A rapidez com que se dá a produção de novos conhecimentos impõe novas 
demandas para a escola. Mais do que nunca, o aluno precisa ser preparado para 
conviver com a provisoriedade do conhecimento, com as incertezas, com os 
imprevistos, para saber usar as novas tecnologias, as novas linguagens e se 
adaptar às novas exigências. 
As recentes mudanças na conjuntura mundial, com a globalização da economia, 
com a informatização dos meios de produção, reduziram o emprego. O mercado de 
trabalho tornou-se mais complexo e seletivo, exigindo uma mão de obra altamente 
qualificada, que precisa ser garantida pela educação. 
De acordo com Caniato (2007) se a educação nesta perspectiva, não conseguir 
estimular o aluno a se engajar na luta por amplas transformações sociais, pelo 
menos, ele vai adquirir os instrumentos necessários para que possa ter uma 
participação mais efetiva na vida da escola, de seu bairro, de seu município. Essa 
educação ainda lhe proporcionará condições de compreender as verdadeiras 
contradições desse modelo de sociedade, seus conflitos e a dialética da exploração 
e do explorado. 
Para a abordagem do fazer da Inspeção Escolar, é necessário refletirmos sobre o 
papel que se presta a escola frente ao seu trabalho. Sabemos que a escola vem 
acompanhando, na medida do possível, as diversas tendências, que variam 
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conforme o contexto socioeconômico, político, cultural de cada época. 
Ao receber influências de princípios e ideias presentes em concepções 
pedagógicas, em determinados momentos históricos da educação brasileira, a 
escola desempenhou um papel diferente, de redentora, capaz de pretensamente 
produzir a mudança social, até o de oportunizadora de relações sociais para troca 
de saberes, voltados para a participação ativa e organizada na democratização da 
sociedade, contribuindo, assim, para o desempenho do papel de cidadão. 
Tavares e Escott (2005) diz que: 
Em cada momento, a escola sempre buscou acompanhar os cenários sociais da 
época. Apesar de bem intencionada, na teoria, na prática o alcance dos objetivos 
quase sempre foi muito tímido; sabe-se que, até então, pouca intenção saiu do 
papel para se reverter em ações concretas. 
O caminhar é lento, mas o pouco que se tem deve-se muito à postura de alguns 
educadores, voltada para o ver, julgar, agir, pontos-chave do fazer pedagógico do 
educador em geral. 
O ver, o julgar e o agir podem dar sustentação no enfrentamento de desafios da 
prática pedagógica, tais como; saber ouvir, conquistar seu espaço (poder de direito 
e de fato); ampliar as possibilidades de ação do grupo; fazer uso da liderança 
diagnóstica e situacional que planeja, articula e avalia; promover ações encadeadas 
e envolver a todos no respectivo processo de estimular, facilitar e articular relações 
sociais versus contexto buscando a coerência entre o que se propõe com o que se 
faz. (MEDINA, 2005) 
Desta forma o Inspetor Escolar deve considerar os pilares da educação, ressaltados 
na comissão Internacional sobre educação para o século XXI, que são: aprender a 
conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver. 
Ainda retomando aos desafios presentes na prática pedagógica, vale lembrar que o 
Inspetor Escolar deve lembrar que o Inspetor Pedagógico deve criar espaços que 
favoreçam novas relações no interior da instituição escolar para que alunos, pais, 
professores e funcionários tornem-se um coletivo capaz de construir uma escola 
onde saberes estejam voltados para as aprendizagens do aluno e sua formação 
como cidadão comprometido com a formação da sociedade. (TAVARES e ESCOTT, 
2005). 
Deve também, lidar com espaços de confrontos e discussões que permitirão o 
conhecimento dos diferentes olhares e concepções de homem e educação que 
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permeiam as relações, o fazer e o conhecimento das envolvidas na escola. 
Mas, além dos constantes desafios da prática pedagógica o inspetor também se 
depara com diversas dificuldades, dentre elas: habilidade para sugerir e produzir, 
trabalhar causas e não efeitos, trabalhar com paradigmas para serem recriados e 
não imitados; estimular pensamentos transformadores e não repetidores; mudar 
posturas frente aos conteúdo; articular informações e ações, enfrentar condições 
precárias de trabalho. 
Constata-se que no meio educativo que muitas vezes raciocina-se mais com os 
sentimentos do que se percebe, pois os sentimentos quase sempre dão colorido aos 
fatos. 
Em outras palavras, poder-se-ia dizer que a percepção necessita de certa 
neutralidade, imparcialidade, diante da análise da situação, para uma tomada de 
decisão coerente. 
Essas posturas constituem-se em pilares da dinâmica das relações sociais, 
sinalizando ao sujeito, numa via de mão dupla, pontos de partida e pontos de 
chegada, ou seja, possibilitando não só a autoconstrução do sujeito e da realidade 
que o cerca, mas também a sua transformação. 
A ação de liderança é também um aspecto fundamental no fazer do Inspetor 
Escolar, para realizar as mudanças esperadas para o século XXI, cujo cenário 
apresenta um mundo mais interdependente,com mais competição em nível 
internacional, uma sociedade mais pluralista, democrática e participativa, com 
instituições mais flexíveis e generalistas, com fortes habilidades não cognitivas 
como: capacidade crítico-criativa, de negociação, motivação e liderança, sem 
detrimento de conhecimentos e habilidades técnicas e administrativas, com postura 
antecipativa e alto poder de realização, mais participativo, consciente da dimensão 
humanística da administração. (BERGAMINI, 1997). 
Para Medina (2005, p. 75): 
Ao inspetor cabe a segurança de que o público continue público, ao invés de se 
tornar o feudo privativo de inescrupulosos. Deve estar presente para dar suporte à 
autonomia, mas impedindo a soberania. Nesse sentido, cabe a ele encontrar, no 
emaranhado legal, os caminhos caminháveis, as alternativas possíveis para 
conciliar o desejável, para garantia da qualidade do ensino, para a melhoria das 
condições de trabalho de alunos e professores, para tornar fértil a leira pedagógica, 
sem ferir as normas e dispositivos legais. 
36 
 
 
Portanto, reflexões continuadas e permanentes sobre o papel a que se presta a 
escola; as tendências socioeconômicas, políticas, culturais dos cenários sociais, a 
postura dos educadores de modo geral; os desafios enfrentados na prática 
pedagógica; as constatações que se tem do meio educativo e a ação de liderança 
dos agentes educativos, principalmente do inspetor, tudo isso pode revitalizar a 
dúvida, o debate, o desafio e a capacidade de renovação permanente não só do 
inspetor, mas de todos os fazeres pedagógicos daqueles que são realmente 
educadores. 
O papel do Inspetor Escolar será de articulação e integração, contribuindo para 
recolocar a visão de totalidade no tratamento que será dado ao conhecimento, no 
currículo escolar. Somente quando o inspetor for educador, será capaz de 
compreender o sentido dessa totalidade e ajudar a escola a escola na criação e 
desenvolvimento de projetos pedagógicos que a viabilizem o trabalho integrador em 
que a escola deverá se empenhar, com a participação de todos os seus 
profissionais. 
O desafio exige uma revisão do papel do Inspetor Escolar, transformando-se em 
mediador da realidade concreta da sociedade e as mudanças da escola, para 
atender às exigências da contemporaneidade. Como educador, deve empreender a 
mobilização dos professores e funcionários, estimulando a organização de 
encontros, seminários, cursos e projetos de longo alcance, no papel de articulador 
da totalidade da escola, o maior desafio do inspetor é repensar novas formas de 
aperfeiçoamento. O novo estilo implica mobilizações, motivações e aprofundamento 
de conteúdos e matrizes de análises. 
Cabe a Inspeção Escolar questionar o processo pedagógico, a prática da avaliação, 
a prática da recuperação na escola, para que as soluções possam ser encontradas 
em conjunto. 
Hoje não cabe mais ao Inspetor o papel de ir a escola para prescrever, mas para 
traduzir, explicar, interpretar e reinterpretar as determinações, avaliar o seu impacto 
na vida da escola e discutir como cumprir e acompanhar a aplicação da norma, 
levando em conta a realidade da escola. As normas que disciplinam a organização e 
funcionamento da escola deveriam ser básicas, simples e objetivas. 
Enfim, cabe a Inspeção Escolar a tarefa de contribuir na preparação dos educandos 
para a vida social nos seu sentido abrangente, compreendendo esta abrangência 
como participação nas mudanças da sociedade, daí a necessidade da sua postura 
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estar voltado para o equilíbrio emocional, bom senso, objetividade, imparcialidade, 
criatividade, responsabilidade e principalmente organização e método, colocando 
seu relato de forma que possa ser compreendido e usado pelo grupo, procurando 
traçar sempre uma ponte entre teoria e prática. 
A tarefa de construir uma nova escola é trabalho coletivo. Lembramos que o coletivo 
não significa fazerem todos a mesma coisa, mas identificar as competências 
específicas e utilizá-las em busca de objetivos comuns. 
O mundo vem passando por grandes transformações e nesta aldeia global 
necessitamos de cidadãos versáteis, criativos e competentes, e para tal devemos 
contar com uma educação moderna de qualidade, apoiada na competência 
científica e política. 
Educação de qualidade passa necessariamente, pelo pedagógico, pelo 
compromisso, participação e envolvimento de todos: governo, sociedade, 
comunidade, pais, professores e especialistas. 
Ao Inspetor Escolar viabiliza-se o papel de viabilizar trocas de experiências e 
informações, bem como dinamizar a relação entre pais, alunos, e comunidades 
escolar com vistas ao bom êxito do processo ensino-aprendizagem no todo da 
instituição educativa. Certamente, este deve estar atento aos princípios e valores 
com olhar na sua prática como tarefa primeira, dando primazia a posturas que 
privilegiem a ética, enquanto profissional da educação. 
O Inspetor Escolar, sob o impacto de novas tecnologias, deverá buscar novo estilo 
organizacional de acordo com as novas formas de pensamento e estilos 
pedagógicos e administrativos adequados à nova realidade. Vinculada à visão do 
futuro deve estar à capacidade deste pedagogo em distinguir nitidamente entre a 
realidade e a possibilidade, dando aos seus atos uma significação junto ao 
compromisso político. Assim como o mundo ético e político estão em permanente 
evolução, a imagem simbólica na educação poderá abrir espaço para o possível 
mundo, contrapondo-se, sobremaneira, ao conformismo e à submissão nas ações 
deste novo profissional. 
 
 
 
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