Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Prof. Josimar Oliveira 2 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS • Histograma • Curva “S” • Curva “ABC” • Estudo de caso de planejamento e orçamento de obras 3 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Histograma O histograma apresenta de forma simples, a distribuição dos recursos tais como mão de obra, materiais e equipamentos, ao longo dos seus períodos de utilização. Seus valores são obtidos através da atribuição em cada uma das barras que representam cronograma físico financeiro, a fração de recursos consumidos em cada período de sua duração, após atribuído o recurso em todas as atividades do projeto em que ele for necessário, soma-se, de modo a descobrir sua quantidade total, período a período (LIMMER, 2010). 4 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Histograma Conforme Mattos (2010), o Histograma de recursos é representado através de um gráfico de colunas que demonstra a quantidade requerida de recurso por unidade de tempo, conforme é exemplificado no Gráfico abaixo. Histograma, de mão de obra. 5 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Histograma O histograma é uma das ferramentas estatísticas da qualidade, ele é utilizado para representar graficamente uma grande quantidade de dados numéricos, através da análise do histograma é possível interpretar estas informações de forma mais fácil e simples, do que acompanhando uma grande tabela ou um relatório com somente números e/ou valores (KUROKAWA e BORNIA, 2002). 6 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Histograma A partir da análise do histograma, o gerente de obras pode aplicar a técnica de nivelamento de recursos, que consiste de ajustes feitos nas datas de início e término das atividades, com base nas restrições de recursos, como por exemplo, os recursos de mão de obra, quando livelados reduzem a quantidade de demissões e contratações durante o período de execução da obra (PMBOK, 2013). 7 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Histograma Sempre que houver algum recurso, com sua disponibilidade restrita a certos períodos, em quantidade limitada, com destinação para duas ou mais atividades na mesma época, ou para manter o uso do recurso em nível constante. O nivelamento de recursos pode ser utilizado, a fim de reduzir custos podendo muitas vezes causar mudanças no caminho crítico original (PMBOK, 2013). 8 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Curva “abc” Curva ABC de insumos é a apresentação dos insumos em ordem decrescente de custos, contando com os principais itens em termos de custo colocados no topo, e assim sucessivamente até os insumos menos significativos (MATTOS, 2006). As informações fornecidas pela curva ABC capacitam a empresa a estabelecer uma política adequada de compras. Em conformidade com Solano (2003) as principais utilidades da curva ABC, são: 9 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Curva “abc” a) no Planejamento de Empreendimentos, onde a estratégia da empresa e a padronização de projetos destacam a importância da curva ABC, na tomada de decisão inicial, quando ainda se quer definir “O QUE?” e o “COMO?” fazer o futuro empreendimento, com base em empreendimentos já concluídos; b) na Programação de Empreendimentos, para orçamentos expedidos em estudos de viabilidade preliminares; 10 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Curva “abc” c) no Planejamento de Obras, quando já é possível comparar a curva ABC real do projeto a ser executado com as curvas da cultura da empresa, a fim de corrigir rumos, reestudar os principais centros de custos e estabelecer os objetivos gerais e específicos da política de suprimentos e mão-de-obra; d) na Programação de Obra, checando através de um número reduzido de itens as variações de custos individuais e suas repercussões no Custo Global da Construção, para as devidas providências; 11 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Curva “abc” e) no Gerenciamento de Obras, onde destaca o pouco uso das curvas ABC pelos gerentes de obras e as utilidades para os setores de suprimentos e produção. 12 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Curva “abc” Os pontos de divisão entre as classes A, B e C são definidos com base apenas no bom senso do gestor. Nela ele separa o essencial do trivial fazendo com que o foco da obra seja direcionado para o que realmente importa. 13 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Curva “abc” A ordenação pode ser feita segundo os diferentes parâmetros associados a cada item (custos, volumes, consumo de insumos, duração, etapas, entre outros.). Na Construção Civil, o critério utilizado tem sido o de priorização por custos, através da geração de curvas ABC de serviços do orçamento, de insumos de mão de obra, de insumos de material, entre outros. Costuma-se colocar: Na Classe A uma pequena porcentagem de itens, na maioria dos casos menos que 20‘% dos itens. Na Classe C, costuma-se colocar em torno de 50 % dos itens. Na Classe B, a diferença dos 100% (ASSUMPÇÃO, 1990). 14 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Curva “ABC” Nas figuras a seguir são apresentados os insumos de forma decrescente, baseados no custo de cada insumo e em seguida sua representação gráfica nas imagens abaixo: 1 - Ordenação financeira de insumos nas Classes A, B e C 2 - Curva ABC de insumos 15 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Curva “abc” 1 - Ordenação financeira de insumos nas Classes A, B e C Fonte: Mattos (2006) 16 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Curva “abc” 2 - Curva ABC de insumos Fonte: Mattos (2006) 17 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Curva “s” Segundo Limmer (2010) Curva “S” é a representação dos valores acumulados a cada período. Nela mostra-se a distribuição de um recurso de forma acumulativa, podendo representar o projeto como um todo, em termos de homem-hora ou de moeda necessária à sua execução, conforme pode ser visto em gráfico 1. A curva “S” tem este nome em razão de seu formato. Ela tem a característica de ser sempre crescente, mostrando o total acumulado de um determinado recurso e se constrói ao longo do tempo. Tendo sua ordenada mais alta como sendo o total geral de uso do recurso (MATTOS, 2010). 18 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Curva “s” Dentre os benefícios da curva “S”, Mattos (2010) cita: ● A curva S é uma curva única que mostra o desenvolvimento da obra do início ao fim; ● Pode ser aplicada de projetos simples a grandes e complexos empreendimentos ● Possibilita a visualização do parâmetro acumulado (trabalho ou custo) em qualquer época do projeto ● Aplica-se o detalhamento de engenharia por homem-hora, quantidade de serviço executado, uso de recurso ou valores monetários; 19 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Curva “s” ● Ótima ferramenta de controle previsto x realizado; ● Fácil leitura e permite apresentação rápida da evolução do projeto; ● Serve para decisões gerenciais sobre desembolsos e fluxo de caixa; ● De acordo com o formato do S, pode-se constatar se há grande (ou pequena) concentração de atividades no começo (ou fim) da obra. 20 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Curva “s” Com base nos princípios da curva “S”, pode-se gerar modelos de planejamento do consumo dos recursos, bem como modelos de planejamento das despesas diretas dos projetos, fundamentados em dados históricos das empresas construtoras ou em curvas teóricas (ICHIARA, 1998). 21 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Curva “s” Segundo Lima (2014), graças a seu formato curvo, a curva “S” é de fácil reconhecimento, sendo uma importante ferramenta de acompanhamento de da evolução de uma variável seja ela de custo, produção, faturamento, etc. no decorrer do tempo, conforme gráfico abaixo: 22 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Curva “s” Curva “S” de acompanhamento físico, ao longo do tempo em semanas. 23 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Estudo de caso Neste capítulo, serão apresentadas técnicas de planejamento de obra para um empreendimento de uma residência unifamiliar situada na cidade de Barra dos Coqueiros. Inicialmente serão apresentadas as características daobra e dos projetos que fornecidos para sua execução. Com base nos projetos, foi montada uma Estrutura Analítica de Projeto, uma Planilha Orçamentária e a respectiva Curva ABC das etapas da obra. Desta EAP, foi retirada da etapa Infraestrutura, a sub-etapa Sapatas e suas respectivas atividades. Nela será apresentada a planilha orçamentária e então, correrá a aplicação das técnicas de Planejamento e Controle. 24 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Estudo de caso Para esta sub-etapa do empreendimento, com base na EAP e na Planilha Orçamentária foi desenvolvida uma Rede PERT-CPM e a partir desta elaborados os Cronogramas Físico-Financeiro das datas mais cedo e mais tarde, suas Curvas “S” e por fim o Histograma de Serventes tanto para as datas mais cedo como para data mais. Por fim foi apresentado o histograma nivelado de serventes. 25 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Estudo de caso A escolha de obra se deu devido a fase em que se encontrava o projeto, Pré-execução, e com base nos projetos foi criada a Estrutura Analítica do Projeto, e dela foi gerado o orçamento. As técnicas de planejamento foram aplicadas a sub-etapa Sapatas, pois os serviços anteriores não apresentariam uma aplicabilidade clara das ferramentas, além de não proporcionarem resultados significativos. 26 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS CARACTERÍSTICA DA OBRA Obra será realizada no condomínio Alphaville Sergipe, Quadra AI, lote 19, situada no bairro Atalaia Nova, cidade de Barra dos Coqueiros, no estado de Sergipe. Este empreendimento será construído em um terreno de 459,00m² tendo um total de 316,44m² de área construída em dois pavimentos, e taxa de ocupação de 43,50%. As Figuras apresentaram informações do projeto arquitetônico. • Planta de Localização do terreno. • Fachada Noroeste. • Fachada Sudoeste 27 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Característica da obra 28 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Característica da obra 29 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Característica da obra 30 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Características dos projetos Empresas Projetistas Os projetos foram fornecidos por 3 empresas distintas, neste trabalho denominadas de Empresa A (responsável pelo projeto arquitetônico); Empresa B (responsável pelo projeto estrutural) e empresa C (responsável pelos projetos elétrico e Hidrossanitários). 31 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Características dos projetos Projeto Arquitetônico Constituído por 6 pranchas contendo os projetos de: Localização; Situação; Plantas Baixas Pavimento Térreo e Superior; Cobertura; Cortes; e Fachadas. Trata-se de uma residência de alto padrão, contendo, três suítes, um quarto, lavabo, cozinha, sala de estar, sala intima, wc de serviço, garagem, duas varandas, deck e área de serviço. A fachada terá 628,15m² de área pintada, 32,01m² de revestimento em porcelanato e um “brise soleil” de 6,48m². Os revestimentos internos não foram determinados no projeto arquitetônico, assim como os acabamentos de louças e metais, para realização do orçamento foi determinado pelo proprietário que os itens a serem colocados serão de alto padrão. 32 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS CARACTERÍSTICAS DOS PROJETOS Projeto Estrutural Constituído de 8 pranchas, sendo elas, Locação e Forma Pavimento Superior; Forma Cobertura e Reservatório; Armação de Sapatas; Armação de Vigas Baldrames; Armação de Vigas do Pavimento Superior; Armação de Vigas do Pavimento de Cobertura; Armação de Vigas do Reservatório e Armação dos Pilares. A fundação prevista no projeto foi fundação direta, do tipo sapatas, travadas por vigas baldrames impermeabilizadas, com laje niveladora de 8 cm de espessura executada sobre solo compactado. 33 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS CARACTERÍSTICAS DOS PROJETOS Projeto Estrutural O projeto possui 17 sapatas e pilares de tamanhos variados, 15 vigas pavimento superior, 19 vigas no pavimento térreo e 17 vigas baldrames. As lajes terão trechos de lajes nervuradas e trechos de lajes maciças, a estrutura da edificação foi projetada para suportar as cargas independente das alvenarias, que neste projeto funcionarão apenas como vedação, porém foi autorizado pelo projetista a execução da estrutura segundo os procedimentos de alvenaria estrutural, desde que fossem respeitadas as dimensões solicitadas em projeto. Portanto a estrutura será executada simultaneamente com a alvenaria, sendo os pilares concretados em duas etapas, uma a 1,5 metros do piso do pavimento, e outra a 3,30 metros do piso do mesmo pavimento. 34 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS CARACTERÍSTICAS DOS PROJETOS Projeto Elétrico O projeto elétrico prevê uma demanda de 28,41 Kw e uma carga instalada de 53,375W, tendo o padrão de entrada de energia subterrâneo, e três quadros de distribuição, sendo dois deles instalados no térreo e um terceiro no primeiro pavimento e um total de 32 circuitos. Todas as informações deste projeto foram colocadas em uma única prancha, denominada Projeto Elétrico Planta Baixa e Detalhes. 35 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS CARACTERÍSTICAS DOS PROJETOS Projeto Hidrossanitários Os Projetos Hidrossanitários, foram organizados em duas pranchas, sendo uma delas Projeto Hidráulico: Planta Baixa, Detalhes e Isométricos, e a outra, Projeto de Esgoto: Planta Baixa e Detalhes. O projeto de distribuição hidráulica contará com instalações de água quente e água fria, sendo o aquecimento da água quente, realizado através de boilers. O projeto de esgoto e drenagem pluvial são compostos das instalações individuais de cada um dos banheiros, do lavabo e da cozinha, tendo um total de 3 caixas de inspeção, 1 caixa de gordura, 1 caixa redentora e 6 caixas de areia. 36 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS CARACTERÍSTICAS DOS PROJETOS Projeto Elétrico O projeto elétrico prevê uma demanda de 28,41 Kw e uma carga instalada de 53,375W, tendo o padrão de entrada de energia subterrâneo, e três quadros de distribuição, sendo dois deles instalados no térreo e um terceiro no primeiro pavimento e um total de 32 circuitos. Todas as informações deste projeto foram colocadas em uma única prancha, denominada Projeto Elétrico Planta Baixa e Detalhes. 37 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO Das ferramentas que foram apresentadas na revisão bibliográfica serão aplicadas neste capítulo a Estrutura Analítica de Projeto (EAP), Curva ABC, Rede PERT-CPM, Cronograma Físico Financeiro, Curvas “S”, Histogramas e Nivelamento de Recursos, além destes, será apresentada a Planilha Orçamentária. A análise dos projetos recebidos forneceu informações relacionadas as atividades que deveriam ser executadas e das técnicas construtivas à serem aplicadas neste empreendimento. Pôde-se então criar uma estrutura em 4 níveis de detalhamento, sendo o primeiro nível o projeto em sua plenitude, e o níveis seguintes 38 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO Divisões do todo em etapas, sub-etapas e atividades, obtendo-se a Estrutura Analítica do Projeto (Quadro 1). A partir dessa EAP foram elaborados o orçamento estimativo para sua execução com seus respectivos percentuais de custos de cada etapa ( Quadro 2) e a respectiva Curva ABC (Quadro 3) das etapas da obra. 39 Estrutura Analítica do Projeto Quadro 1 - Resumo da EAP da obra 40 Estrutura Analítica do Projeto Quadro 1 - Resumo da EAP da obra 41 Estrutura Analítica do Projeto Quadro 1 - Resumo da EAP da obra 42 Percentuais De Custos De Cada Etapa Quadro 2 - Planilha Orçamentária ETAPA / SUB-ETAPA 43 Percentuais De Custos De Cada Etapa Quadro 2 - Planilha Orçamentária ETAPA / SUB-ETAPA 44 Percentuais De Custos De Cada Etapa Quadro 2 - Planilha Orçamentária ETAPA / SUB-ETAPA 45 Percentuais De Custos De Cada Etapa Quadro 2 - Planilha Orçamentária ETAPA / SUB-ETAPA 46 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO A classificação daCurva ABC (Quadro 3) foi feita considerando os 9 primeiros itens da tabela colocados na classe A que correspondem a 41,23% do custo da obra, a classe B é composta dos próximos 15 itens que quando somados representam 35,29% do custo total da obra, por fim, na região C foram colocados os 31 itens restantes do projeto representando 20,48% do custo total do projeto. Esta analise pode ser realizada para insumos específicos ou etapas e atividades, neste trabalho foi feita apenas das etapas para apresentar que grande parte do custo da obra se concentrava em um número pequeno de etapas. 47 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO A Curva ABC, apresenta as etapas de acordo com sua importância no custo total do projeto. Esta informação é muito valiosa, pois evita que o gerente de projeto dedique sua atenção a atividades menos importantes da EAP. 48 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO A Curva ABC, apresenta as etapas de acordo com sua importância no custo total do projeto. Esta informação é muito valiosa, pois evita que o gerente de projeto dedique sua atenção a atividades menos importantes da EAP. 49 Curva ABC Quadro 3 - Ordenação financeira das sub-etapas nas Classes A, B e C 50 Curva ABC Quadro 3 - Ordenação financeira das sub-etapas nas Classes A, B e C 51 Curva ABC Quadro 3 - Ordenação financeira das sub-etapas nas Classes A, B e C 52 Curva ABC Quadro 3 - Ordenação financeira das sub-etapas nas Classes A, B e C 53 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO Com base na EAP da obra (Quadro 1), são apresentadas neste trabalho, as seguintes técnicas de planejamento referentes ao item 2.1 (execução das Sapatas): Estrutura Analítica de Projeto (EAP), Rede PERT-CPM, Cronograma Físico Financeiro, Curvas “S” e Histogramas e a respectiva Planilha Orçamentária. PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO Estrutura Analítica de Projeto O Quadro 4 abaixo apresenta a EAP da sub-etapa Sapatas com as suas respectivas atividades. Quadro 4 - Estrutura Analítica da Sub-Etapa de Sapatas PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO Orçamento Com base nos itens mostrados na Estrutura Analítica apresentada no quadro 1, foi feito o levantamento das quantidades de materiais necessários para atendimento das solicitações de projeto. Após a conclusão dos levantamentos quantitativos, foi elaborada uma planilha orçamentária apresentada no Quadro 5, utilizando como base as composições de custos unitários contidas no Software ORSE (Orçamento de Obras de Sergipe), desenvolvido pela Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas de Sergipe (CEHOP) do Governo do Estado de Sergipe. Desta planilha retirou-se do Item 2.1 o Orçamento da sub-etapa Sapatas (Quadro 5). APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO Orçamento Quadro 5 -Orçamento do item 2.1 PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO A técnica de rede PERT-CPM Foi aplicada pelo método dos blocos visto que, em conformidade com Mattos (2010), este método possui a vantagem de ilustrar todos os tipos de ligações, o que é extremadamente necessário no setor da construção civil. A Rede PERT-CPM para este projeto é apresentada no Quadro 5 criada com base na Quadro 1. Rede PERT-CPM APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO Rede PERT-CPM PDI – Primeiro Dia de Início FL – Folga Livre PDT– Primeiro Dia de Término FT – Folga Total UDI – Último dia de Início UDT – Último dia de Término Tabela para elaboração de diagrama de rede PERT-CPM APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO Rede PERT-CPM Diagrama de rede pelo método PDM PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO A análise da rede PERT-CPM possibilitou a criação dos diagramas para as datas mais cedo e mais tarde do projeto. Para essa representação foi utilizado o gráfico de barras horizontais conhecido como o gráfico de Gantt. Concluídas todas as representações gráficas e diagramas, foi possível determinar que esta etapa do projeto terá a duração de 34 dias, podendo ser reduzida com o aumento da quantidade de profissionais envolvidos na produção, sem que o custo de execução seja alterado. Cronogramas Físico-Financeiro APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO Cronogramas Físico-Financeiro Cronograma físico financeiro para as datas mais cedo APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO Cronogramas Físico-Financeiro Cronograma físico financeiro para as datas mais tarde PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO Curvas “S” Dos cronogramas gerados a partir do diagrama de rede, foram extraídas as curvas para os percentuais dos custos acumulados nos tempos mais cedo e mais tarde, chamadas respectivamente de curva ASAP e ALAP. Essas curvas delimitam a região de controle em que um gerente de projeto pode operar sem extrapolar o insumo por elas representado. PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO Curvas “S” PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO Curva “S” Esta curva apresenta os valores acumulados nas datas mais cedo (ASAP) e nas datas mais tardes (ALAP), o espaço entre estas linhas é denominado zona de controle, e ela apresenta a área em que o gerente de projetos pode trabalhar sem que que corram fugas do valor orçado. PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO Histogramas de Mão de obra Ao alocar recursos nas atividades, os Gráficos abaixo (conhecidos como histogramas de recursos) foram delineados. Esta análise pode ser realizada para recursos humanos, materiais ou equipamentos, e mostra a necessidade de um determinado recurso ao longo do tempo de projeto. Segundo o PMBOK (2013), a análise desses gráficos possibilita ao gerente de projeto a capacidade de aplicar a técnica de nivelamento de recursos. Neste projeto foram elaborados histogramas para analisar a quantidade de serventes no decorrer da obra. A escolha deste insumo ocorreu devido a sua presença em todas as atividades estudadas. PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO Histogramas de Mão de obra Segundo o PMBOK (2013), a análise desses gráficos possibilita ao gerente de projeto a capacidade de aplicar a técnica de nivelamento de recursos. Neste projeto foram elaborados histogramas para analisar a quantidade de serventes no decorrer da obra. A escolha deste insumo ocorreu devido a sua presença em todas as atividades estudadas. PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO Histogramas de Mão de obra Histograma de serventes para as datas mais cedo PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO Histogramas de Mão de obra Histograma de serventes para as datas mais tarde PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO Histogramas de Mão de obra Os gráficos demonstram que caberia a este projeto a realização de um nivelamento de recursos, pois ao seguir as datas mais cedo ou mais tarde o gerente de projeto precisaria fazer demissões e admissões que seriam evitadas com o nivelamento, ocasionando assim uma redução em encargos contratuais de mão de obra. A partir dos Gráficos demonstrados, fazendo então o nivelamento de recurso de serventes, obtivemos o próximo gráfico a seguir: PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO Histogramas de Mão de obra Histograma após o nivelamento PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO Histogramas de Mão de obra Após a análise dos Histogramas para as datas mais cedo e mais tarde, foi percebido que ambos apresentavam oscilações na quantidade de serventes, o que significaria demissões e contratações durante a execução do serviço,o que geraria custos indesejados. PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO Histogramas de Mão de obra No Histograma ALAP a deficiência ocorria apenas no dia 18, devido ao item 2.1.4, que possuía duração de 28 dias. Optou-se então por aumentar a produtividade dos serventes para que se concluísse a atividade em 27 dias, sendo pago o valor correspondente aos 28 dias de trabalho. Desta forma nivelou-se o Histograma, evitando demissões, recontratações e redução do prazo total de execução da etapa demonstrada pois a atividade alterada correspondia a um caminho crítico do projeto. Com a diminuição do tempo de execução obtém-se economia devido ao decréscimo dos custos de Benefícios e Despesas Indiretas (BDI).
Compartilhar