Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Bases Celulares e Moleculares I MEDICINA - UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO 2023 PÁGINA 1 Sumário ................................................................................................ 10 Bioquímica ...................................................................................................................... 10 Fundamentos químicos ................................................................................................. 11 .......................................................................................................... 13 ....................................................................... 15 Potencial hidrogeniônico (pH) ...................................................................................... 15 Teoria ácido-base .......................................................................................................... 17 Segundo a teoria de Bronsted-Lowr: ....................................................................... 17 Força dos ácidos ........................................................................................................... 18 Sistema tampão .............................................................................................................19 ....................................................... 22 Organização celular ..................................................................................................... 22 Funções das Estruturas Celulares .............................................................................. 24 ................................................................................................................... 26 Os Aminoácidos ............................................................................................................ 26 Funções dos Aminoácidos ........................................................................................... 26 Estrutura Geral dos Aminoácidos ............................................................................... 27 Classificação dos Aminoácidos ................................................................................... 28 Aminoácidos apolares (hidrofóbicos) .......................................................................... 30 Aminoácidos polares (hidrofílicos) ............................................................................... 31 Aminoácidos incomuns ................................................................................................ 32 Ionização de aminoácidos ........................................................................................... 33 Aminoácidos anfóteros ................................................................................................. 34 Características da Forma Zwitteriônica ...................................................................... 35 Ionização da Glicina ..................................................................................................... 36 Curva de Titulação da Glicina ..................................................................................... 37 Região de Tamponamento .......................................................................................... 38 Ionização da Alanina .................................................................................................... 39 Curva de Titulação do Glutamato ............................................................................... 39 Curva de titulação da histidina .................................................................................... 40 PÁGINA 2 Absorção dos fármacos ................................................................................................ 41 ................................................................................................. 44 O Que é DNA? Qual a sua importância? ................................................................... 52 Dogma central da Biologia ........................................................................................... 52 Do que o DNA é formado? .......................................................................................... 53 DNA x RNA: .................................................................................................................. 53 A estrutura do DNA: ..................................................................................................... 54 Organização dos cromossomos .................................................................................. 60 O que é gene? ............................................................................................................... 61 Todo DNA é codificado em proteína? ......................................................................... 62 Composição do genoma .............................................................................................. 63 Estrutura do gene ......................................................................................................... 64 Expressão gênica ......................................................................................................... 65 .................. 66 Ligação Peptídica ......................................................................................................... 66 Nomenclatura de peptídeos e proteínas .................................................................... 67 Onde e quando ocorre a ligação peptídica? .............................................................. 68 Código genético, códon de iniciação e códons de finalização ................................. 68 RNAt: ............................................................................................................................. 69 RNAm: ........................................................................................................................... 70 Síntese proteica ............................................................................................................. 71 Compartimentalização da célula: ................................................................................. 71 Endereçamento de proteínas ...................................................................................... 73 Tráfego vesicular .......................................................................................................... 75 .............................................................................................................. 75 Divisão celular ............................................................................................................... 75 Ciclo celular ................................................................................................................... 76 Mitose ............................................................................................................................ 76 Etapas da mitose .......................................................................................................... 77 O fuso mitótico e os microtúbulos ............................................................................... 79 Microtúbulo de Áster: ................................................................................................ 80 PÁGINA 3 Microtúbulos do cinetocoro: ..................................................................................... 80 Microtúbulos interpolares: ......................................................................................... 81 Anel contrátil e citocinese ............................................................................................ 82 Mitose x Meiose ............................................................................................................ 83 Meiose ........................................................................................................................... 83 Prófase I ........................................................................................................................85 Meiose I x Meiose II ..................................................................................................... 86 ............................................ 87 Alterações cromossômicas .......................................................................................... 87 Cariótipo ........................................................................................................................ 88 Indicações clínicas para análise cromossômica ........................................................ 89 Alterações cromossômicas numéricas ....................................................................... 89 Anomalias ...................................................................................................................... 90 Causas das alterações cromossômicas numéricas .................................................. 92 Alterações cromossômicas podem ocorrer de maneiras .......................................... 93 Alterações cromossômicas numéricas (aneuploidias) .............................................. 93 Aneuploidia dos cromossomos sexuais ..................................................................... 94 Causas das anomalias cromossômicas estruturais .................................................. 95 Síndrome do miado de gato ........................................................................................ 97 Deleção terminal e deleção intersticial ....................................................................... 97 Cromossomo em anel .................................................................................................. 98 Isocromossomo ............................................................................................................ 98 ..................................................................................... 99 Proteínas ....................................................................................................................... 99 Função das proteínas .................................................................................................100 Estruturas das proteínas ............................................................................................. 101 Classificação das proteínas ........................................................................................ 102 Proteínas simples e conjugada ..................................................................................104 Proteínas fibrosa e globular ........................................................................................104 Desnaturação proteica ................................................................................................ 105 Organização das proteínas ......................................................................................... 105 PÁGINA 4 ................................................................................................................ 106 Citoesqueleto celular .................................................................................................. 106 Filamentos de actina ................................................................................................... 107 Microfilamentos corticais .............................................................................................108 Filamentos intermediários ............................................................................................ 113 Microtúbulos do citoesqueleto ..................................................................................... 115 Microtúbulos do citoplasma ........................................................................................ 116 Microtúbulos mitóticos ................................................................................................. 116 Cílios e flagelos ............................................................................................................ 117 Proteínas dos cílios e flagelos ..................................................................................... 117 Doenças associadas ao citoesqueleto ....................................................................... 121 Esferocitose Hereditária .......................................................................................... 122 Distrofia Muscular de Duchenne ............................................................................ 122 Síndrome de Kartagener: ........................................................................................ 122 Proteína Sonic hedgehog: ...................................................................................... 123 Doença de Alzheimer .............................................................................................. 123 Epidermólise Bolhosa Simples ............................................................................... 124 ...................................................................................... 124 Gametogênese ............................................................................................................ 124 A reprodução sexuada ................................................................................................ 125 A gametogênese humana ........................................................................................... 126 A espermatogênese .................................................................................................... 127 Ovogênese ..................................................................................................................... 129 Os folículos ovarianos .................................................................................................. 131 Ovocitação ................................................................................................................... 132 A fertilização ................................................................................................................. 133 Transporte e a capacitação dos espermatozoides ................................................... 134 ................................................. 136 Mioglobina x Hemoglobina: ........................................................................................ 137 Globinas: ...................................................................................................................... 139 Tipos de globinas: .................................................................................................... 139 PÁGINA 5 Genes das globinas: sínteses das diferentes hemoglobinas ...............................140 Cadeias do tipo alfa no gene 16: ............................................................................ 141 Cadeias tipo alfa - zetta: ......................................................................................... 142 Tipos de cadeia alfa do cromossomo 16: .............................................................. 143 Cadeias globínicas do tipo beta: ............................................................................ 143 Cadeia épsilon: ........................................................................................................ 144 Cadeia gama: ........................................................................................................... 145 Cadeia delta: ............................................................................................................146 Heme: ........................................................................................................................... 147 Biossíntese do grupo heme: ...................................................................................148 Degradação do grupo heme: síntese de bilirrubina ..............................................149 .............................................................................................................150 Mutações de origem: ................................................................................................... 152 Mutação gênica benéfica: ........................................................................................... 153 Mutação gênica neutra:............................................................................................... 154 Mutação gênica deletéria: ........................................................................................... 155 Mutação por expansão e por repetição: .................................................................... 156 ..................................................................................... 158 Organização do genoma humano: ............................................................................. 158 DNA à proteína: ........................................................................................................... 159 As doenças genéticas: ............................................................................................... 160 Padrão de herança monogênico: ............................................................................... 161 O estudo da hereditariedade: ..................................................................................... 162 Conceitos em genética médica: ................................................................................. 163 Locus gênico e genes e alelos: ..............................................................................164 Genótipo e fenótipo: ................................................................................................164 Herança autossômica x sexual: .............................................................................. 165 Padrão de herança dominante e recessivo: .............................................................. 167 Haplossuficiência e haploinsuficiência: .....................................................................168 Heredograma: ............................................................................................................. 169 Quadro de punnett:..................................................................................................... 169 PÁGINA 6 Fatores que alteram a expressão de genes: .............................................................. 171 Padrões de herança monogênica .............................................................................. 176 Herança monogênica autossômica dominante ......................................................... 177 Alelos múltiplos e codominância: ............................................................................... 178 ...............................................................................................................180 ............................................................................... 182 Acondroplasia: ............................................................................................................. 182 Características: ...................................................................................................... 182 Síndrome de Marfan: ................................................................................................... 183 Fibrilina: ........................................................................................................................184 Padrão de herança: ..................................................................................................... 185 ................................................................................................ 187 Huntingtina: ..................................................................................................................188 Hipercolesterolemia familiar: ......................................................................................188 ................................................................................ 191 Padrão de herança recessivo: .................................................................................... 191 ................................................................................................. 193 ...................................................................................... 195 Modelos de ação das enzimas: .................................................................................. 197 Nomenclatura das enzimas: ...................................................................................... 198 Classificação das enzimas: ....................................................................................... 199 Enzimas e suas reações: ........................................................................................... 200 Enzimas e a necessidade de outros grupos químicos: ............................................ 201 Quais são os fatores que interferem na reação da enzima? .................................. 203 ......................................................................................................................................... 207 Acidúria glutárica tipo I: .............................................................................................. 208 Quais são as doenças mais prevalentes causadas pelos erros inatos? ............... 209 Qual a incidência dos erros inatos do metabolismo? ............................................... 210 Dominância incompleta: ............................................................................................... 211 Classificação dos erros inatos: .................................................................................... 211 Classificação segundo Saudubray: ............................................................................ 212 PÁGINA 7 Sinais de alerta: ........................................................................................................... 213 Diagnóstico laboratorial............................................................................................... 214 Teste do pezinho: ........................................................................................................ 215 ............................................................................... 216 Hemoglobinopatia SC (HbSC): .................................................................................. 216 Hemoglobinopatia C (HbC):........................................................................................ 217 Metemoglobinemia: ..................................................................................................... 218 Anemia megaloblástica: .............................................................................................. 219 Anemia por deficiência de ferro:................................................................................ 220 Talassemia beta: ......................................................................................................... 221 Esferocitose hereditária: ............................................................................................ 223 Talassemia alfa: .......................................................................................................... 224 .......................................................... 237 Herança ligada ao X recessivo: ................................................................................. 238 Hemofilia: .................................................................................................................... 239 Distrofia Muscular de Duchenne (DMD): .................................................................. 240 Daltonismo: ................................................................................................................. 242 Herança ligada ao X dominante: ............................................................................... 243 Síndrome de Rett: ......................................................................................................244 Raquitismo hipofosfatêmico: ..................................................................................... 245 Doenças com viabilidade apenas em heterozigotas: .............................................. 246 Herança ligada ao cromossomo Y ou herança holândrica: .................................... 247 Sindrome do X-frágil: um padrão de herança complexo: ........................................ 248 Considerações para a prática clínica: ....................................................................... 250 ........................................................................................................................... 250 Lipídios ........................................................................................................................ 250 Ácidos graxos ............................................................................................................. 252 Nomenclatura dos ácidos graxos .............................................................................. 254 Esteróis ........................................................................................................................ 255 Colesterol .................................................................................................................... 257 Triacilgliceróis ............................................................................................................. 258 PÁGINA 8 Ceras biológicas ......................................................................................................... 259 Glicerofosfolipídeos .................................................................................................... 260 Esfingolipídeos............................................................................................................ 260 Lipídeos sinalizadores ................................................................................................. 261 .............................. 265 Determinação sexual .................................................................................................. 265 Determinância sexual cromossômica ....................................................................... 267 Determinância sexual gonodal .................................................................................. 267 Determinância sexual fenotípico ............................................................................... 268 Disgenesia gonodal .................................................................................................... 269 DDS Testicular 46, XX ............................................................................................... 270 DDS Ovotesticular ....................................................................................................... 271 Genitália ambígua ...................................................................................................... 273 Distúrbios de Determinação Sexual Fenotípicos ..................................................... 274 .............................................................................................................. 275 Polissacarídeos .......................................................................................................... 275 Glicogênio ................................................................................................................... 277 Amido ........................................................................................................................... 279 Celulose ........................................................................................................................ 281 Quitina ......................................................................................................................... 283 Peptidioglicanos e Glicosaminoglicanos .................................................................. 284 Quem são os principais glicosaminoglicanos que garantem à matriz extracelular viscosidade, adesão e resistência à tensão? .......................................................... 286 Mucopolissacaridoses (MPS) .................................................................................... 287 Glicoconjugados ......................................................................................................... 289 Agrecano (Agrecam) ................................................................................................... 291 Osteoartrite (Artrose) .............................................................................................. 292 Heteropolissacarídeos ............................................................................................... 293 ............................................................................ 294 Herança Poligênica e Multifatorial ............................................................................. 295 Limiar de Risco ........................................................................................................... 297 PÁGINA 9 Como determinar o grau de influência do ambiente na expressão de determinados genes? ......................................................................................................................... 300 Defeitos congênitos e doenças multifatoriais na população adulta ....................... 302 Doenças do fechamento do tubo neural (DFTN) ..................................................... 303 .................................................................................... 306 Lipoproteínas x Colesterol ......................................................................................... 306 Lipoproteínas .............................................................................................................. 307 Apolipoproteínas ......................................................................................................... 308 Metabolismo dos Quilomícrons ................................................................................. 309 Metabolismo da VLDL, IDL e LDL ............................................................................... 311 Captação e Degradação da LDL ................................................................................ 312 Destino da LDL ............................................................................................................ 314 Aterosclerose ............................................................................................................... 314 Metabolismo da HDL ................................................................................................... 315 Benefícios da HDL no Organismo .......................................................................... 317 Transporte Reverso de Colesterol ............................................................................. 318 Dislipidemia .................................................................................................................. 319 Dislipidemia de Classificação Genética ................................................................ 320 Dislipidemia de Classificação Fenotípica .............................................................. 321 ......................................................................................... 323 PÁGINA 10 Bioquímica Este documento é uma introdução à bioquímica, que é a química dos seres vivos. São abordados os quatro principais grupos de biomoléculas: carboidratos, proteínas, lipídeos e ácidos nucleicos. Também são discutidos conceitos fundamentais de química, como átomos, moléculas, ligações químicas e eletronegatividade. São processos químicos que ocorrem dentro das células. É a química dos seres vivos. Em BCM1 a bioquímica e estrutural, ou seja, estamos a química das biomoléculas (moléculas formadas basicamente de carbono - compostoorgânico - nossa principal fonte de energia) Os quatro principais grupos de biomoléculas que abordaremos: • Carboidratos (importante para a energia - glicose) • Proteínas (tem funções receptora, estrutural, energéticas, são receptores importantes, são enzimas (catalisadores biológicos) importantes. • Lipídeos (triacilglicerol - acúmulo de gordura nos adipócitos-, tem função de isolante térmico, estrutural. • Ácidos nucleico Lipoproteína são estruturas que transportam os lipídeos ao longo da corrente sanguínea LDL e HDL são lipoproteínas PÁGINA 11 Os melanócitos produzem a melanina. Dentro dos melanócitos há o aminoácido tirosina. Os albinos têm deficiência da enzima tirosinase, por isso não tem pigmentação na pele. O álcool inibe o processo metabólico de síntese de glicose nas células Todo e qualquer medicamento e uma estrutura química Os organismos diferem amplamente quanto as sãs Fontes de energia e aos precursores biossintéticos. Os seres humanos são quimio- heterotróficos. Fundamentos químicos As células têm membrana plasmática, organelas distintas com funções distintas, ou seja, são complexos supramolecular (formados por carboidratos, lipídeos e proteínas). ÁTOMOS MOLÉCULAS MACROMOLECULAS COMPLEXO SUPRAMOLECULAR ORGANELAS CÉLULAS Íons são átomos que ganharam ou perderam elétrons. Aníon: quando o átomo ganha elétrons Cátion: quando o átomo perde elétrons Ferro e uma substância inorgânica que auxilia no transporte da Hb As proteínas são biomoléculas formadas por carbono e diferentes grupos funcionais. Elas são formadas por monômeros: aminoácidos. Os ácidos nucleicos são formados por bases nitrogenadas e açúcares. PÁGINA 12 Os lipídeos, em sua grande maioria, e formado por uma molécula de álcool e uma cadeia de hidrocarboneto. Eletronegatividade: tendência que o átomo tem de atrair elétrons para si. Ligações químicas: covalente (e determinada pelo compartilhamento dos elétrons, quando nenhum puxa mais para si os elétrons e não há formação de polos - ligação apolar, já quando há o compartilhamento de elétrons e a formação de polos e polar) e iônica (quando há doação de elétrons, obrigatoriamente há um Cátion e um aníon, e os elementos apresentam eletronegatividade muito distintas) PÁGINA 13 Este documento descreve a anemia falciforme, uma doença genética hereditária em que as hemácias assumem a forma de foice, prejudicando o transporte de oxigênio pelo corpo. A hemoglobina é uma proteína encontrada nas hemácias e é constituída por duas cadeias de proteínas alfa e duas cadeias de proteínas beta. A anemia falciforme é causada por uma mutação na cadeia beta da hemoglobina, que resulta em uma hemácia em forma de foice. A icterícia é um sinal clínico comum. A bilirrubina é um subproduto da degradação das hemácias e pode levar à formação de cálculos biliares. A hemoglobina é uma proteína constituída por monômetros (aminoácidos), e ela se encontra dentro das hemácias. É constituída por duas cadeias de proteínas alfa e duas cadeias de proteínas beta, mais 4 grupos heme (cada grupo tem 1 anel e 3 íons de ferro). Icterícia e um sinal clínico. Drepanócito: hemácia em formato de foice. Possui duas cadeias alfa e duas cadeias beta*. Dentro das cadeias beta, encontrasse valina (sem carga) no sexto aminoácido (glutamato). Dura 20 dias. Dentro da célula há um polímero de HbS. A hemácia adquire o formato de foice, prejudicando no transporte de oxigênio pelo organismo. A anemia falciforme é uma doença genética hereditária Eritrócitos: hemácias e elas tem formato de disco bicôncavo. Dura 120 dias. PÁGINA 14 HbA1 hemoglobina normal. HbS hemoglobina falciforme. A bilirrubina tem afinidade com esclera, mucosas e pele. Ela chega no intestino e convertida em estercobilina e convertida na cor marrom. Bilirrubinato de cálcio: criação de cálculos biliares. PÁGINA 15 Potencial hidrogeniônico (pH) Este documento aborda o sistema tampão e os tampões biológicos, que mantêm o pH do meio, permitindo que uma solução resista ao pH. O bicarbonato e a hemoglobina são exemplos de tampões sanguíneos. A teoria ácido-base de Bronsted-Lowry explica que um ácido doa prótons, enquanto uma base recebe prótons. O sistema tampão é regulado pelo sistema respiratório e renal e é importante para manter o pH do corpo humano. O tampão bicarbonato é um exemplo de tampão aberto que controla o pH do sangue. O sistema tampão mantem o pH do meio, fazendo com que determinada solução resista ao pH. pH = POTENCIAL HIDROGENIÔNICO O pH mede a concentração [] de íons H+ Quando a concentração de H+ é alta, o pH é classificado como ácido, porém, quando a concentração é baixa, o pH é básico. Valores de alguns pH do corpo humano: • pH sanguíneo: 7,35 - 7,45 • pH intracelular: +/- 7,2 (a muscular 6,8) • pH estômago: 2 - 2,5 • pH intestino: 6 • pH urinário: 5,5 - 7,5 PÁGINA 16 O bicarbonato e a hemoglobina são tampões sanguíneos. Ele e produzido dentro do eritrócito e enviado para o meio plasmático. PÁGINA 17 Teoria ácido-base Segundo a teoria de Bronsted-Lowr: Ácido e toda e qualquer substância capaz de doar um próton. Um ácido forte quando colocado em água, forma sua base conjugada e, consequentemente, sua base conjugada e fraca porque ela receber prótons com dificuldade. Já os ácidos fracos doam prótons com dificuldade, formando sua base conjugada forte, que recebe próton com facilidade. Base e toda e qualquer substância capaz de receber um próton Ka nos indica se um ácido doa ou recebe prótons com facilidade, nos indicando a forca desse ácido. PÁGINA 18 pKa e ka indicam a mesma coisa. Quanto maior for o Ka, menor será o pKa; e quanto maior o pKa, menor será o Ka. Resumindo: ambos são proporcionalmente inversos. Força dos ácidos Um ácido forte quando colocado em água, forma sua base conjugada e, consequentemente, sua base conjugada é fraca porque ela receber prótons com dificuldade. Já os ácidos fracos doam prótons com dificuldade, formando sua base conjugada forte, que recebe próton com facilidade. PÁGINA 19 Sistema tampão A concentração do ácido e da base são as mesmas. Quando tenho a mesma concentração dessas substâncias temos o equilíbrio do pH. PÁGINA 20 Quando a solução atinge o valor de pKa da substância e o exato ponto do equilíbrio e o melhor momento do tampão, e consequentemente onde o tampão tem seu melhor funcionamento. A região de tamponamento do tampão e determinado em uma unidade a mais ou uma unidade a menos do valo do pH Tampão, sistema respiratório e sistema renal: regulam o pH do corpo. A hemoglobina pode funcionar como tampão por causa de parte do CO2 que estava livre no meio. Anidrase carbônica e uma das enzimas mais rápidas que temos, ela se localiza dentro dos eritrócitos O CO2 e transportado até os pulmões na forma de bicarbonato e depois se torna em CO2 novamente e é liberado pela expiração Quando o bicarbonato sai para o sangue, o cloro fecha a “porta” fazendo com que o bicarbonato não retorne. PÁGINA 21 O tampão bicarbonato e um tampão aberto, controlado pelo sistema respiratório e sistema renal. A função do bicarbonato e tamponar o sangue para não ter alteração no pH. PÁGINA 22 Organização celular A organização celular é o arranjo estrutural e funcional das diferentes organelas celulares em uma célula. A célula é a menor unidade funcional dos seres vivos e é responsável por manter a vida dos organismos. A organização celular é fundamental para o funcionamento adequado da célula e é essencial para a sobrevivência e o desenvolvimento dos organismos. As células podem ser classificadas em dois tipos principais: células procariontese células eucariontes. As células procariontes, como as bactérias, são células simples e sem núcleo bem definidas, enquanto as células eucariontes, como as células animais e vegetais, são células mais complexas e contêm várias organelas especializadas, além de um núcleo bem definido. As células eucariontes são organizadas em três principais regiões: a membrana plasmática, o citoplasma e o núcleo. A membrana plasmática é uma camada fina de lipídios e proteínas que envolve a célula, separando o interior da célula do meio externo e controlando o fluxo de fluxo para dentro e para fora da célula. O citoplasma é uma região entre a membrana plasmática e o núcleo, contendo várias organelas celulares, como mitocôndrias, ribossomos, retículo endoplasmático e complexo de Golgi, entre outras. O núcleo é uma organela grande e esférica que contém o material genético da célula, incluindo os cromossomos e o DNA. As diferentes organelas celulares são responsáveis por funções específicas dentro da célula. Por exemplo, as mitocôndrias são organelas responsáveis pela produção de energia celular, enquanto os ribossomos são responsáveis pelo esquema de proteínas. O retículo endoplasmático é PÁGINA 23 responsável pela síntese de lipídios e proteínas, enquanto o complexo de Golgi é responsável pela transformação, embalagem e distribuição dessas saídas para outras partes da célula. Em resumo, a organização celular é essencial para o funcionamento adequado das células e, consequentemente, dos organismos. A célula é composta por diversas estruturas que a mantiveram em funcionamento, como membrana plasmática, citoplasma e núcleo. A membrana plasmática é a camada que envolve uma célula e é formada por lipídios e proteínas. O citoplasma é o espaço interno da célula, preenchido por um líquido chamado citosol e contém diversas organelas, como mitocôndrias, ribossomos e retículo endoplasmático. O núcleo é uma estrutura que contém o material genético da célula, como o DNA, e está envolvido por uma membrana nuclear. Além dessas estruturas, a célula pode conter outras organelas específicas de acordo com seu tipo e função. PÁGINA 24 Funções das Estruturas Celulares As células são as unidades básicas da vida e possuem diversas estruturas celulares, também chamadas de organelas, que desenvolvem funções específicas para manter a célula viva e funcionando corretamente. A seguir, explicaremos as principais funções das organelas celulares: 1. Membrana plasmática: é uma camada lipoproteica que envolve toda a célula e é responsável por regular a entrada e saída de substâncias na célula, além de manter sua integridade. A membrana plasmática é formada por fosfolipídios e proteínas. 2. Núcleo: é a organela que contém o material genético da célula, incluindo os cromossomos e o DNA. O núcleo controla a atividade celular e é responsável pela transmissão das informações genéticas para as células filhas durante a divisão celular. O núcleo está envolvido por uma membrana nuclear e contém um ou mais nucléolos. 3. Ribossomos: são organelas responsáveis pela síntese de proteínas. Eles representam a tradução do código genético do DNA para a formação de proteínas específicas para a célula. Os ribossomos podem estar presentes no citoplasma da célula (ribossomos livres) ou aderidos ao retículo endoplasmático rugoso. 4. Retículo endoplasmático rugoso: é uma organela formada por membranas com ribossomos aderidos. É responsável pela síntese de proteínas que serão destinadas a outras organelas. 5. Retículo endoplasmático liso: é uma organela formada por membranas sem ribossomos aderidos. É responsável pela síntese de lipídios e pela desintoxicação de substâncias nocivas à célula. 6. Complexo de Golgi: é uma organela responsável pela transformação, embalagem e distribuição de proteínas e lipídios para outras partes da célula ou para fora dela. O complexo de Golgi recebe bandeira do retículo endoplasmático rugoso e como modificado, adicionando açúcares e outros grupos químicos para que sejam adequados para sua função. PÁGINA 25 7. Lisossomos: são organelas que contêm enzimas digestivas e têm como função a digestão de materiais estranhos à célula, como bactérias, vírus e células mortas. Os lisossomos também participam da reciclagem de proteínas e outras substâncias no interior da célula. 8. Mitocôndrias: são organelas responsáveis pela produção de energia celular. Elas produzem a energia (liberada gradualmente) das moléculas de ácidos graxos e glicose, provenientes dos alimentos, produzindo calor e moléculas de ATP. A ATP é usada para realizar suas diversas atividades, como movimentação, secreção e divisão mitótica. 9. Citoesqueleto: é uma rede de filamentos proteicos que dão forma e estrutura à célula, além de permitir a movimentação de organelas e o deslocamento da célula como um todo. 10. Peroxissomos: são organelas que contêm enzimas oxidativas e têm como função a desintoxicação de substâncias nocivas à célula, além de participarem da síntese de ingestão biliares e do metabolismo de lipídios. RESUMINDO PÁGINA 26 Os Aminoácidos Os aminoácidos são os blocos de construção fundamentais das proteínas, que são essenciais para a vida. Existem 20 aminoácidos diferentes que se encontram nas proteínas, e cada um tem uma estrutura química única e propriedades diferentes. Os aminoácidos são constituídos de um grupo amino (-NH2), um grupo carboxila (-COOH) e uma cadeia variável lateral que os diferenciam entre si. A cadeia lateral pode ser alifática, aromática, polar ou apolar e pode influenciar nas propriedades físicas e químicas da proteína. Os aminoácidos se unem entre si mediante enlaces peptídicos, que formam cadeias lineares chamadas peptídeos. Os peptídeos se dobram e se encaixam em estruturas tridimensionais complexas para formar as proteínas. Os aminoácidos também têm outras funções importantes no corpo, atuam como neurotransmissores, são precursores de hormônios e participam do metabolismo energético. Funções dos Aminoácidos Os aminoácidos são orgânicos que possuem diversas funções importantes no organismo. Alguns exemplos das funções dos aminoácidos incluem: 1. Síntese de proteínas: os aminoácidos são os blocos de construção das proteínas, que são essenciais para o crescimento e manutenção dos tecidos do corpo. 2. Produção de hormônios e neurotransmissores: alguns aminoácidos são utilizados na síntese de hormônios e PÁGINA 27 neurotransmissores, como a dopamina e a serotonina, que são importantes para a regulação do humor e do comportamento. 3. Produção de energia: alguns aminoácidos podem ser convertidos em emissão de energia, como a glicose, por meio de processos metabólicos. 4. Proteção do sistema imunológico: alguns aminoácidos, como a glutamina, são importantes para a manutenção do sistema imunológico e podem ajudar a proteger o organismo contra o antígeno. 5. Transporte de substâncias: alguns aminoácidos, como a metionina, são usados no transporte de substâncias no organismo. 6. Regulação do equilíbrio ácido-base: alguns aminoácidos são capazes de regular o pH do sangue, ajudando a manter o equilíbrio ácido-base do organismo. Essas são apenas algumas das funções dos aminoácidos no organismo. Cada um dos 20 aminoácidos comuns tem suas próprias características e funções específicas. Estrutura Geral dos Aminoácidos Os aminoácidos são orgânicos que contêm um grupo amina (-NH2), um grupo carboxila (-COOH) e um grupo lateral, também conhecido como cadeia lateral ou grupo R, que é diferente para cada aminoácido. Essa estrutura é conhecida como estrutura geral dos aminoácidos. O grupo amina (-NH2) é formado por um átomo de nitrogênio (N) ligado a dois átomos de hidrogênio (H). O grupo carboxila (-COOH) é formado por um átomo de carbono (C) ligado a um grupo hidroxila (OH) eum átomo de oxigênio (O) duplamente ligado a outro átomo de oxigênio. O grupo amino e o grupo carboxila são ligados ao carbono central, denominado α-carbono. Essa ligação é chamada de ligação peptídica, que é uma ligação covalente formada por uma reação de condensação entre o grupo PÁGINA 28 carboxila de um aminoácido e o grupo amina de outro aminoácido, com a eliminação de uma molécula de água. A cadeia lateral ou grupo R é a parte da molécula de aminoácido que difere para cada aminoácido. Esse grupo pode ser uma estrutura simples, como um átomo de hidrogênio, ou uma estrutura complexa, como um anel aromático ou uma cadeia alifática. A natureza química e estrutura da cadeia lateral é que confere as características únicas e as propriedades químicas de cada aminoácido. Os aminoácidos podem ser classificados em diferentes grupos com base nas propriedades químicas da cadeia lateral. Por exemplo, os aminoácidos com cadeia lateral hidrofóbica são insolúveis em água, enquanto os aminoácidos com cadeia lateral hidrofílica são solúveis em água. Além disso, a carga elétrica da cadeia lateral pode variar de neutra a positiva ou negativa, o que afeta a interação entre os aminoácidos e sua função no organismo. Em resumo, a estrutura geral dos aminoácidos é composta por um grupo amina, um grupo carboxila e uma cadeia lateral que é diferente para cada aminoácido. A combinação única dessas três partes confere as características e propriedades únicas de cada aminoácido, que são essenciais para a sua função no organismo Classificação dos Aminoácidos Existem várias formas de classificar os aminoácidos, mas a mais comum é baseada nas características químicas da sua cadeia lateral (ou grupo R). Aqui estão as principais categorias de aminoácidos: 1. Aminoácidos alifáticos: Esses aminoácidos têm cadeias laterais compostas por átomos de carbono e hidrogênio, sem grupos funcionais adicionais. Existem três tipos de aminoácidos alifáticos: glicina, alanina e valina. PÁGINA 29 2. Aminoácidos aromáticos: Esses aminoácidos têm cadeias laterais que incluem um anel aromático, geralmente derivado do benzeno. Existem dois tipos de aminoácidos aromáticos: fenilalanina e tirosina. 3. Aminoácidos básicos: Esses aminoácidos têm cadeias laterais com grupos amino secundários ou terciários, que podem aceitar prótons (H+) para se tornarem positivamente dependentes (íons). Existem três tipos de aminoácidos básicos: lisina, arginina e histidina. 4. Aminoácidos reforçados: Esses aminoácidos têm cadeias laterais com grupos carboxílicos, que podem doar prótons (H+) para se tornarem tóxicos (íons). Existem dois tipos de aminoácidos antioxidantes: ácido aspártico e ácido glutâmico. 5. Aminoácidos neutros polares: Esses aminoácidos têm cadeias laterais com grupos hidroxila (-OH) ou grupos amino (-NH2), que são polares e interagem bem com a água. Existem seis tipos de aminoácidos neutros polares: serina, treonina, cisteína, asparagina, glutamina e tirosina. 6. Aminoácidos neutros apolares: Esses aminoácidos têm cadeias laterais que são apolares e não interagem bem com a água. Existem sete tipos de aminoácidos neutros apolares: metionina, Iso leucina, leucina, prolina, fenilalanina, triptofano e alanina. Além disso, os aminoácidos também podem ser classificados como essenciais ou não essenciais. Aqueles que não podem ser sintetizados pelo organismo e devem ser obtidos através da dieta são chamados de essenciais, enquanto aqueles que o organismo pode sintetizar a partir de outros aminoácidos são chamados de não essenciais. Em resumo, a classificação dos aminoácidos é baseada em suas características químicas, principalmente em relação à cadeia lateral, e isso determina as propriedades físicas e químicas de cada aminoácido e como ele interage com outras origens para formar proteínas e realizar suas funções biológicas. PÁGINA 30 Aminoácidos apolares (hidrofóbicos) Os aminoácidos apolares são aqueles que possuem cadeias laterais compostas por átomos não polares, como hidrogênio e carbono, e não possuem cargas elétricas emanadas. Isso significa que esses aminoácidos são hidrofóbicos e tendem a se agrupar em ambientes não aquosos, como no interior de proteínas de membranas. Os aminoácidos apolares são classificados em dois grupos: alifáticos e aromáticos. O grupo dos aminoácidos alifáticos apolares inclui glicina, alanina, valina, leucina e isoleucina. A cadeia lateral desses aminoácidos é formada por uma sequência de átomos de carbono e hidrogênio, geralmente sem nenhuma ramificação ou grupo funcional. Essa estrutura linear e hidrofóbica permite que esses aminoácidos sejam utilizados como blocos de construção de proteínas com funções estruturais e de transporte de membrana, por exemplo. PÁGINA 31 Já o grupo dos aminoácidos aromáticos apolares inclui fenilalanina, tirosina e triptofano. Esses aminoácidos possuem cadeias laterais com anéis aromáticos, que conferem a eles propriedades de absorção de luz e cor. A fenilalanina e o triptofano são importantes na síntese de proteínas, enquanto a tirosina desempenha papéis importantes como precursor de neurotransmissores e hormônios da tireoide. Em geral, os aminoácidos apolares são menos reativos quimicamente do que outros aminoácidos. Por isso, eles são frequentemente encontrados em regiões de proteínas que não interagem com o ambiente aquoso, como na região transmembrana de proteínas de membrana ou no interior hidrofóbico de proteínas globulares. Eles também podem ser encontrados em regiões de interface entre proteínas diferentes ou entre proteínas e membranas lipídicas, onde a hidrofobicidade da cadeia lateral é importante para a estabilidade e funcionalidade dessas complexas. Aminoácidos polares (hidrofílicos) Os aminoácidos polares são aqueles que possuem cadeias laterais com grupos autônomos polares, que podem interagir com emissão de água e formar ligações de hidrogênio. Isso os torna hidrofílicos e capazes de interagir com o ambiente aquoso, tornando-os importantes na estabilização de proteínas em solução aquosa. Os aminoácidos polares são divididos em dois grupos: os aminoácidos polares com carga positiva e os aminoácidos polares com carga negativa. O grupo dos aminoácidos polares com carga positiva inclui arginina, lisina e histidina. A cadeia lateral desses aminoácidos contém grupos amina (NH2) e/ou imino (NH) que possuem carga positiva em pH fisiológico. Eles podem interagir com sinais de água e outros grupos polares através de ligações de hidrogênio eletrostáticos, e são importantes em proteína-proteína e proteína-ácido nucleico. PÁGINA 32 O grupo dos aminoácidos polares com carga negativa inclui ácido aspártico e ácido glutâmico. A cadeia lateral desses aminoácidos contém grupos carboxila (COOH) que possuem carga negativa em pH fisiológico. Eles podem interagir com sinais de água e outros grupos polares através de ligações de hidrogênio eletrostáticos, e são importantes em proteína-proteína e proteína-ácido nucleico. O grupo dos aminoácidos polares não carregados inclui serina, treonina, cisteína, asparagina e glutamina. A cadeia lateral desses aminoácidos contém grupos hidroxila (OH), amida (NH2), sulfidrila (-SH) ou carbonila (CONH2), que podem interagir com emissão de água e outros grupos polares através de ligações de hidrogênio. Eles são importantes em proteína- proteína e proteína-ligante, bem como na regulação da atividade enzimática e na modulação da estabilidade proteica. Em geral, os aminoácidos polares são altamente reativos quimicamente, o que lhes confere a capacidade de participar de uma variedade de rejeição e reações bioquímicas. Eles são frequentemente encontrados em regiões de proteínas que interagem com o ambiente aquoso, como na superfície de proteínas globulares ou na região ativa de enzimas. Aminoácidosincomuns Os aminoácidos incomuns são aqueles que não são encontrados em todas as proteínas, mas são encontrados em algumas proteínas específicas ou em organismos específicos. Eles geralmente são sintetizados por rotas alternativas biossintéticas ou pela modificação pós-traducional de aminoácidos comuns. Alguns exemplos de aminoácidos incomuns incluem: 1. Piroglutamato: é um aminoácido cíclico derivado da glutamina ou glutamato. É encontrado em proteínas como hormônios hipotalâmicos e neuro peptídeos. PÁGINA 33 2. Hidroxiprolina: é um aminoácido derivado da prolina que é encontrado em colágeno e outras proteínas estruturais. 3. Selenocisteína: é um aminoácido derivado da cisteína que contém selênio em vez de enxofre. É encontrado em proteínas que contêm selenoproteínas, como a glutationa peroxidase. 4. N-formilmetionina: é um aminoácido derivado da metionina que é encontrado em proteínas bacterianas e em proteínas mitocondriais e cloroplastídicas. 5. 3-metilhistidina: é um aminoácido derivado da histidina que é encontrado em proteínas musculares como a miosina. 6. Gama-carboxiglutamato: é um aminoácido derivado do glutamato que é encontrado em proteínas envolvidas na coagulação sanguínea, como a protrombina. Esses aminoácidos incomuns desempenham funções importantes nas proteínas em que são encontrados e podem ter propriedades bioquímicas únicas. Eles são produzidos em capacidades limitadas pelo organismo e geralmente são derivados de precursores comuns. A descoberta de novos aminoácidos incomuns em proteínas pode levar a uma melhor compreensão da estrutura e função das proteínas e da diversidade bioquímica na natureza. Ionização de aminoácidos A ionização dos aminoácidos é um processo em que o aminoácido perde ou ganha um próton (íon H+) e se transforma em uma forma carregada eletricamente, chamada de íon. Esse processo ocorre em soluções aquosas, como no ambiente celular, onde os aminoácidos podem estar presentes como parte de uma proteína ou em forma livre. A ionização dos aminoácidos é influenciada pelo pH do meio em que se encontram, pois o pH afeta a quantidade de prótons disponíveis. Em um meio ácido, com um pH menor que o ponto isoelétrico (pI) do aminoácido, ele tende a ganhar um próton e se tornar um íon positivo, chamado de cátion. PÁGINA 34 Em um meio básico, com um pH maior que o pI, ele tende a perder um próton e se tornar um íon negativo, chamado de ânion. O ponto isoelétrico (pI) é o pH em que o aminoácido não possui carga líquida, ou seja, a quantidade de cargas positivas é igual à quantidade de cargas negativas. Nesse ponto, a ionização do aminoácido é mínima e ele é chamado de zwitterion, pois possui tanto uma carga positiva no grupo amino como uma carga negativa no grupo carboxila. A ionização dos aminoácidos é importante para a compreensão da estrutura e da função das proteínas. As forças entre os grupos carregados dos aminoácidos são responsáveis pela estabilidade das proteínas e pela sua capacidade de se ligar a outras, como ligantes e substratos. A compreensão dessas emoções é fundamental para o desenvolvimento de medicamentos e outras aplicações terapêuticas em proteínas. Aminoácidos anfóteros Os aminoácidos possuem caráter anfótero, o que significa que podem se comportar como ácidos ou bases, dependendo do meio em que se encontram. Eles possuem um grupo carboxila (COOH), que pode doar um próton (H+) e se comportar como um ácido, e um grupo amino (NH2), que pode aceitar um próton e se comportar como uma base. Em solução aquosa, os aminoácidos podem se ionizar, ganhando ou perdendo prótons, e assim, adquirindo cargas positivas ou negativas. Isso faz com que os aminoácidos tenham uma alta capacidade de interagir com outras cargas carregadas, como íons e proteínas. Além disso, essa propriedade anfotérica é importante para a formação de proteínas. Durante uma síntese proteica, os aminoácidos se unem por ligações peptídicas, e essa ligação é formada entre o grupo carboxila de um aminoácido e o grupo amino de outro aminoácido. Dessa forma, a reação PÁGINA 35 de ligação peptídica envolve a perda de um próton do grupo carboxila de um aminoácido e recebido de um próton pelo grupo amino de outro aminoácido. Em resumo, a capacidade anfotérica dos aminoácidos é fundamental para sua participação em diversas reações bioquímicas e para a formação das proteínas. Eles podem doar ou aceitar prótons e se ionizar, adquirindo emoções positivas ou negativas, o que os torna altamente interativos com outras lideranças e capazes de realizar diversas funções no organismo. Características da Forma Zwitteriônica A forma zwitteriônica é uma característica exclusiva dos aminoácidos e se refere ao estado em que eles se encontram em um ambiente neutro, sem a presença de saturação ou bases que podem alterar seu estado de ionização. Nessa forma, os aminoácidos possuem tanto uma carga positiva quanto uma carga negativa, o que lhes confere um caráter neutro. A forma zwitteriônica é resultante do equilíbrio entre a doação de um próton (H+) do grupo carboxila (-COOH) e aceita de um próton pelo grupo amina (-NH2). Essa interação iônica é extremamente importante para a estrutura e função das proteínas, pois as cargas opostas dos aminoácidos para as projetadas eletrostáticas e estabilizadas das estruturas tridimensionais das proteínas. Na forma zwitteriônica, o aminoácido não possui carga líquida, ou seja, a quantidade de cargas positivas é igual à quantidade de cargas negativas. Isso ocorre porque a estrutura da molécula permite que o grupo carboxila (COOH) e o grupo amina (NH2) venham próximo um do outro, permitindo que tenha causado uma reação de neutralização, na qual um próton do grupo carboxila é doado para o grupo amina. É importante destacar que a forma zwitteriônica dos aminoácidos só é possível em pH neutro. Em pH ácido, os aminoácidos perdem sua carga PÁGINA 36 negativa e se tornam catiônicos. Em pH básico, eles perdem sua carga positiva e se tornam aniônicos. Em resumo, a forma zwitteriônica é uma característica importante dos aminoácidos que lhes conferem um caráter neutro e contribuem para a estabilização das estruturas tridimensionais das proteínas. Ela é resultante do equilíbrio entre a doação de prótons pelo grupo carboxila e a aceitação de prótons pelo grupo amina. Ionização da Glicina A glicina é um aminoácido simples, que apresenta a estrutura mais básica entre os aminoácidos. A sua molécula possui um grupo carboxila (- COOH) e um grupo amina (-NH2) unidos ao mesmo átomo de carbono, denominado carbono alfa (α). Essa estrutura faz química com que a glicina apresenta propriedades anfotéricas, ou seja, pode atuar tanto como ácido quanto como base. Quando a glicina é dissolvida em água, ocorre a ionização de seus grupos carboxila e amina, levando à formação de íons. A molécula de glicina pode doar um próton (H+) do grupo carboxila (-COOH) e assim se comportar como um ácido, formando o íon negativo glicinato (-NH3+CH2-COO^-). Alternativamente, uma molécula pode receber um próton do meio e se comportar como uma base, formando o íon positivo protonado glicínio (+NH3- CH2-COOH). A ionização da glicina é influenciada pelo pH do meio em que ela se encontra. Em pH abaixo do seu ponto isoelétrico (pI), que é 6,05 para a glicina, há maior quantidade de íons glicínio (+NH3-CH2-COOH), que é a forma protonada. Em pH acima do seu ponto isoelétrico, a molécula de glicina assume a forma de glicinato (-NH3+CH2-COO^-), que é a forma desprotonada. É importante destacar que, em condições regulatórias, a glicina existe predominantemente na forma zwitteriônica, ou seja, com cargas PÁGINA 37 positivas e negativas balanceadas, pois o pH intracelular e extracelular mantém-se próximo do seu ponto isoelétrico. Isso permite que a glicina participe de diversas reaçõesbioquímicas, como a síntese de proteínas e a transmissão de sinais nervosos, além de atuar como um neurotransmissor inibitório no sistema nervoso central. Curva de Titulação da Glicina A curva de titulação da glicina representa a variação do pH em função do volume de ácido ou base adicionado a uma solução de glicina. A titulação pode ser realizada com um ácido forte, como o HCl, ou uma base forte, como o NaOH. A curva de titulação da glicina é caracterizada por três regiões principais. Na primeira região, o pH é baixo e o ácido clorídrico adicionado reage com a glicina, originado na formação de íons glicínio (+NH3-CH2- COOH). Nessa região, a curva é quase linear, pois a concentração de íons de hidrogênio é alta e o pH varia pouco com o volume de HCl adicionado. Na segunda região, ocorre a zona de tamponamento, na qual o pH varia um pouco mesmo com a adição de ácido ou base, pois a glicina atua como um acompanhado, mantendo o pH relativamente constante. Essa região ocorre próximo ao ponto isoelétrico da glicina (pH = 6,05), onde a glicina existe predominantemente na forma zwitteriônica. Na terceira região, o pH aumenta rapidamente com a adição de base forte, como o NaOH, pois a glicina se torna mais desprotonada e a concentração de íons hidroxila aumenta, resultando em um aumento significativo no pH da solução. A curva de titulação da glicina é importante porque permite determinar o ponto isoelétrico e as constantes de ionização do aminoácido. Além disso, a curva de titulação pode ser utilizada para avaliar a capacidade PÁGINA 38 da glicina em diferentes pHs e, assim, compreender melhor o papel da glicina em processos biológicos. Região de Tamponamento A região de tamponamento é uma região da curva de titulação de uma solução ácido-base na qual o pH da solução varia muito pouco mesmo com a adição de ácido ou base. Isso ocorre devido à presença de um prescritor, que é uma mistura de um ácido fraco e sua base conjugada (ou uma base fraca e seu ácido conjugado) que é capaz de neutralizar pequenas quantidades de ácido ou base adicionada à solução. Na região de tamponamento, a concentração do ácido fraco e da base conjugada está próxima à concentração equimolar, o que significa que ambos estão presentes em semelhantes. Isso permite que o mantenha o pH da solução relativamente constante, mesmo com a adição de pequenos ácidos ou base. A eficácia de um antibiótico em manter o pH constante depende de sua constante de dissociação ácida (Ka) e do pH da solução. Quanto maior o valor de Ka, mais eficaz será o iniciado em manter o pH constante. Além disso, a capacidade de um progredir em manter o pH constante é maior quando o pH da solução está próximo ao seu próprio pH de equilíbrio (pKa), que é o pH não qual a concentração de ácido fraco e de sua base conjugada são iguais. Na curva de titulação, a região de tamponamento ocorre em torno do ponto de equivalência, onde as quantidades de ácido e base adicionadas são iguais. Nessa região, a eficácia do estresse é maior e o pH da solução varia pouco mesmo com a adição de pequenos suplementos de ácido ou base. A região de tamponamento é importante em muitos processos biológicos, como a manutenção do pH sanguíneo, onde a presença de PÁGINA 39 tampões, como o bicarbonato, é fundamental para evitar variações excessivas no pH que poderiam afetar a função das células. Além disso, a região de tamponamento é utilizada em técnicas laboratoriais, como a eletroforese em gel, para manter o pH constante e garantir a estabilidade das proteínas. Ionização da Alanina A alanina é um aminoácido que pode existir em diferentes formas ionizadas, dependendo do pH da solução. Em soluções ácidas, a alanina doa um próton para a solução e se transforma em um ânion, conhecido como ânion alaninato. Em soluções alcalinas, a alanina ganha um próton da solução e se transforma em um cátion, conhecido como cátion alanínio. A forma mais comum da alanina em solução aquosa é a forma zwitteriônica, que é uma espécie neutra que contém tanto um grupo amino protonado (+NH3) quanto um grupo carboxila ionizado (-COO-). Essa forma da alanina é estável em uma ampla faixa de pH, em torno de pH 6. A ionização da alanina é importante em processos biológicos, pois a forma ionizada da alanina pode influenciar a estrutura e a função de proteínas e enzimas. Além disso, a alanina é um importante metabólico intermediário e pode ser utilizada como fonte de energia pelos organismos. A compreensão da ionização da alanina é, portanto, essencial para entender como os aminoácidos são processados e utilizados no organismo. Curva de Titulação do Glutamato A curva de titulação do glutamato é uma representação gráfica da variação do pH de uma solução contendo glutamato à medida que ácido ou base é adicionado a ela. O glutamato é um aminoácido que possui dois grupos ácidos carboxílicos (-COOH) e um grupo amina (-NH2), o que lhe confere duas etapas de ionização. PÁGINA 40 A primeira etapa ocorre quando o glutamato faz um próton de um dos seus grupos carboxila (-COOH) para a solução, formando o ânion glutamato. Nesse ponto, o pH da solução aumenta gradualmente até atingir um pKa de cerca de 2,2, quando começa a ocorrer a segunda etapa de ionização. Na segunda etapa, o glutamato do outro próton do seu outro grupo carboxila (-COOH), formando o íon dipolar ou zwitteriônico, conhecido como ânion glutamato ou glutamato- e cátion glutamínico ou glutamato+. Nesse ponto, o pH da solução aumenta de forma mais abrupta e atinge um pKa de cerca de 9,7, quando a ionização é completa. A curva de titulação do glutamato mostra que ele tem um ponto isoelétrico (pI) de cerca de 3,2. O ponto isoelétrico é o pH no qual a carga líquida da molécula é zero e é determinado pela média dos pKa dos grupos ionizáveis presentes na molécula. A curva de titulação do glutamato é importante para a compreensão da sua ionização em solução aquosa, o que é crucial para a sua função como neurotransmissor excitatório no sistema nervoso central. Além disso, o conhecimento da curva de titulação do glutamato é importante para entender como ele pode ser utilizado em processos bioquímicos, como a síntese de proteínas e na produção de energia. Curva de titulação da histidina A curva de titulação da histidina é uma representação gráfica da variação do pH de uma solução contendo histidina à medida que ácido ou base é adicionado a ela. A histidina é um aminoácido que possui um grupo ácido carboxílico (-COOH), um grupo amina (-NH2) e um grupo imidazol (-C3H4N2), o que lhe confere três etapas de ionização. A primeira etapa ocorre quando o grupo ácido carboxílico doa um próton (-H+) para a solução, formando o ânion histidinato. Nesse ponto, o pH PÁGINA 41 da solução aumenta gradualmente até atingir um pKa de cerca de 2,2, quando começa a ocorrer a segunda etapa de ionização. Na segunda etapa, o grupo imidazol da histidina atua como um preparador e ajuda a manter o pH constante, mesmo quando ácido ou base é adicionado. Nesse ponto, o pH da solução permanece relativamente estável até atingir um pKa de cerca de 6,0, quando começa a ocorrer o terceiro estágio de ionização. Na terceira etapa, o grupo amina doa um próton (-H+) para a solução, formando o ânion histidinato. Nesse ponto, o pH da solução aumenta novamente até atingir um pKa de cerca de 9,2, quando a ionização é completa. A curva de titulação da histidina é importante para a compreensão da sua capacidade de funcionar como um medicamento fisiológico em uma faixa de pH próxima ao pH fisiológico (7,4). Além disso, a histidina é um aminoácido essencial para a síntese de proteínas e é um precursor de compostos bioativos, como a histamina. A compreensão da curva de titulação da histidina é, portanto, essencial para entender como ela é utilizada em processos bioquímicose metabólicos no organismo. Absorção dos fármacos A absorção de fármacos é um processo pelo qual os medicamentos passam do local de administração (por exemplo, boca, pele, veia) para a corrente sanguínea, permitindo que eles tomem o local de ação no corpo. A absorção é uma etapa crucial para a eficácia de um medicamento e pode ser influenciada por diversos fatores. Os fármacos podem ser absorvidos de diferentes formas, dependendo de como são administrados. A absorção por via oral é a mais comum e envolve a passagem do medicamento através da parede do trato gastrointestinal para a corrente sanguínea. Nesse processo, os fármacos passam por diversas barreiras, incluindo a mucosa intestinal, a parede do PÁGINA 42 intestino delgado e o portal do sistema circulatório, antes de atingir a circulação geral do corpo. A absorção por via intravenosa é mais rápida, uma vez que o medicamento é injetado diretamente na corrente sanguínea. A absorção por via intramuscular é mais lenta, uma vez que o medicamento deve passar pelos tecidos musculares antes de atingir a corrente sanguínea. A absorção por via tópica (por exemplo, através da pele) pode ser influenciada pela permeabilidade da pele e pela formulação do medicamento. A absorção dos fármacos pode ser protegida por diversos fatores, incluindo a formulação do medicamento, a solubilidade do medicamento, o pH do meio, a presença de alimentos no trato gastrointestinal, a idade e a saúde do paciente, entre outros. Uma vez absorvidos, os fármacos são transportados pela corrente sanguínea para o local de ação, onde exercem seu efeito terapêutico. A eficácia do medicamento pode ser influenciada por fatores como a biodisponibilidade (ou seja, a quantidade do medicamento que efetivamente atinge o local de ação), a dose controlada, a duração do tratamento e a presença de outras substâncias que podem interagir com o medicamento. Em resumo, a absorção de fármacos é um processo complexo que envolve a passagem do medicamento através de diversas barreiras antes de atingir a corrente sanguínea e o local de ação. A compreensão dos fatores que influenciam a absorção dos medicamentos é fundamental para garantir sua eficácia e segurança terapêutica. Deve-se levar em conta também pKa dos fármacos: • Fármacos com caráter ácido: absorção estomacal • Fármacos com caráter básico: absorção intestinal PÁGINA 43 PÁGINA 44 Organização genômica QUESTÕES NORTEADORAS: 1 - Qual é a composição química do DNA? O DNA, ou ácido desoxirribonucleico, é composto por nucleotídeos, que por sua vez são compostos por três componentes: uma base nitrogenada (adenina, guanina, citosina ou timina), um açúcar de cinco carbonos (desoxirribose) e um grupo fosfato. A sequência específica de bases nitrogenadas ao longo do DNA é responsável pela informação genética que é transmitida de uma geração para a próxima. As bases nitrogenadas adenina e guanina são chamadas de purinas, enquanto citosina e timina são chamadas de pirimidinas. A sequência de nucleotídeos no DNA é o que determina a sequência de aminoácidos nas proteínas que o corpo produz. 2 - Quais os componentes de um nucleotídeo? Um nucleotídeo é composto por três componentes básicos: uma base nitrogenada, um açúcar de cinco carbonos e um grupo fosfato. A base nitrogenada é uma molécula plana que contém átomos de hidrogênio e carbono, e é responsável por codificar a informação genética no DNA e RNA. Existem quatro tipos de bases nitrogenadas encontradas nos nucleotídeos: adenina (A), guanina (G), citosina (C) e timina (T) no DNA, e uracila (U) no RNA. PÁGINA 45 O açúcar de cinco carbonos encontrado nos nucleotídeos é chamado de ribose no RNA e desoxirribose no DNA. Ele fornece a estrutura para o nucleotídeo, bem como a conexão para a base nitrogenada. O grupo fosfato é uma molécula de ácido fosfórico que é ligada ao açúcar de cinco carbonos. Ele é responsável por dar carga negativa aos nucleotídeos, o que os torna solúveis em água e permite sua participação em reações químicas dentro das células. Juntos, esses três componentes formam os nucleotídeos, que são as unidades básicas que compõem o DNA e o RNA, e são responsáveis pela transmissão da informação genética e síntese de proteínas. 3 - Quais são as bases púricas e pirimídicas? As bases nitrogenadas podem ser classificadas em dois tipos: púricas e pirimídicas. As bases púricas têm uma estrutura de anel duplo e incluem a adenina (A) e a guanina (G), que são encontradas no DNA e RNA. As bases pirimídicas têm uma estrutura de anel simples e incluem a citosina (C), timina (T) e uracila (U), que são encontradas no RNA. No DNA, a timina substitui a uracila e forma pares complementares com a adenina. A diferença na estrutura das bases púricas e pirimídicas é importante na formação da estrutura da dupla hélice do DNA, onde a adenina forma pares de base com a timina e a guanina forma pares de base com a citosina. Esses pares de base fornecem a estrutura para a transmissão da informação genética de uma geração para a próxima, e é por isso que eles são tão importantes na biologia molecular. 4 - Qual tipo de ligação química é observado nas seguintes situações: entre os nucleotídeos? Entre as fitas de DNA? Entre a pentose e a base nitrogenada? PÁGINA 46 Os nucleotídeos estão ligados uns aos outros por ligações fosfodiéster, que são ligações covalentes entre o grupo fosfato de um nucleotídeo e o açúcar de cinco carbonos do próximo nucleotídeo. Essas ligações formam uma "espinha dorsal" de DNA e RNA, que é composta por uma alternância de açúcares e grupos fosfatos. Entre as fitas de DNA, as bases nitrogenadas formam pares complementares e são mantidas juntas por ligações de hidrogênio. Essas ligações ocorrem entre uma base púrica (adenina ou guanina) em uma fita e uma base pirimídica (timina ou citosina) na outra fita. A adenina forma duas ligações de hidrogênio com a timina, enquanto a guanina forma três ligações de hidrogênio com a citosina. Essas ligações de hidrogênio são relativamente fracas, mas em conjunto, elas fornecem a força necessária para manter as duas fitas de unidades de DNA. Entre a pentose (açúcar de cinco carbonos) e a base nitrogenada, há uma ligação glicosídica, que é uma ligação covalente entre o açúcar e a base. Essa ligação conecta o açúcar à base e forma o nucleosídeo, que é a unidade básica do DNA e RNA. A ligação glicosídica ocorre entre o carbono 1' do açúcar e o álcool da base. Dependendo do tipo de açúcar envolvido, o nucleosídeo pode ser chamado de desoxinucleosídeo (sem DNA) ou ribonucleosídeo (sem RNA). 5 - Como o DNA é organizado dentro do núcleo de células eucariotas? O DNA em células eucarióticas é organizado em cromossomos que se encontram dentro do núcleo. Cada cromossomo é uma estrutura altamente organizada que contém uma longa molécula de DNA emparelhada com proteínas histonas e não-histônicas que ajudam a compactar e organizar o DNA. Os cromossomos são compostos por duas partes principais: a cromatina e os centrômeros. A cromatina é a porção solta do cromossomo que PÁGINA 47 contém DNA, proteínas histonas e outras proteínas associadas ao DNA. Os centrômeros são regiões especializadas que se encontram em cada cromossomo e ajudam a dividir as duas irmãs cromátides durante a mitose e a meiose. A organização dos cromossomos varia durante o ciclo celular. Durante a interfase, ocorre uma fase do ciclo celular em que a célula se prepara para se dividir, os cromossomos se desenrolam e se tornam menos condensados, permitindo que o DNA seja replicado e acessado por proteínas envolvidas na estrutura de proteínas e na expressão gênica. Durante a mitose, os cromossomos se condensam e se tornam altamente visíveis sob um microscópio óptico. Isso permite que os cromossomos sejam distribuídos igualmente entre as células
Compartilhar