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Fichamento Amilton 2 0

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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
Mikaella Vicente
N633HG-0
FICHAMENTO DE ARTIGOS CIENTÍFICOS PARA O PROJETO DE PESQUISA
São José do Rio Preto – Campus JK
2023
Fichamento do artigo 1: Concepções sobre transtornos mentais e seu tratamento entre idosos atendidos em um serviço público de saúde mental.
CLEMENTE, A. S.; LOYOLA FILHO, A. I.; FIRMO, J. O. A. Concepções sobre transtornos mentais e seu tratamento entre idosos atendidos em um serviço público de saúde mental. Cadernos de Saúde Pública, v. 27, n. Cad. Saúde Pública, 2011 27(3), p. 555–564, mar. 2011.
· OBJETIVO
Este artigo qualitativo, tem como finalidade investigar as percepções e os signos que compõe o campo dos idosos a respeitos dos transtornos mentais.
· INTRODUÇÃO
A princípio o artigo traz a ideia de que a estrutura populacional etária mundial está mudando, as pessoas passaram a ter menos filhos e a população idosa está aumentando, principalmente no Brasil, que desde a década de 60 mostra um crescimento frequente na pirâmide populacional. 
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2008 estima uma população de quase 20 milhões de brasileiros com 60 anos ou mais, correspondendo a 10,5% da população brasileira (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2010) citado por (CLEMENTE; FILHO; FIRMO, 2011. p.55).
Com isso, o autor aponta como consequencia do envelhecimento populacional, o crescimento e predomínio de enfermidades e algumas debilidades características da terceira idade. Também apresenta como uma dificuldade o sistema de saúde brasileiro, e que há uma necessidade de elaborar mais políticas públicas que favoreçam e sejam eficazes para a população idosa.
Como enfermidades e o foco principal, aponta os transtornos mentais que comentem 1/3 da população idosa.
O termo “transtorno mental” é utilizado nos sistemas classificatórios atuais da psiquiatria em substituição a outros termos como “doença” ou “enfermidade”, visando à abordagem diagnóstica puramente descritiva (conjunto reconhecível de sintomas ou comportamentos), com a premissa de neutralidade quanto às teorias etiológicas 7. (CLEMENTE; FILHO; FIRMO. mar, 2011. p 556).
Caracteriza os transtornos mentais mais comuns na terceira idade, que são a depressão e a demência, e pontua também que a ansiedade, abuso de substâncias como álcool, sedativos e quadros maníacos são transtornos importantes a serem citados.
Depressão e demência são os transtornos mentais mais frequentes na terceira idade 8. A prevalência de transtornos depressivos em populações urbanas idosas brasileiras varia de 19,8% até 38,5% 9,10. Os quadros depressivos geriátricos têm características clínicas peculiares, o que torna o subdiagnóstico comum, exigindo abordagem diagnóstica especial 11. A demência, por sua vez, apresenta frequências de 4,2% a 7,2% nos idosos, em diversas regiões do mundo e no Brasil 12, tendo prevalência crescente com o avançar da idade. Caracteriza-se por declínio cognitivo, progressiva dependência e incapacidade, até a necessidade indispensável de cuidadores ou de institucionalização. (CLEMENTE; FILHO; FIRMO. mar, 2011. p 556).
Os autores trazem que com o passar da idade o número de casos em busca de serviços de assistência à saúde mental é decrescente, acredita-se que seja apor fatores socioculturais e temporais, são citados a crença e atitudes dos idosos frente a saúde mental. Entretanto há algumas ambiguidades que são destacadas pelos próprios autores. Existe um aumento no número de idosos que procuram o serviço de consultas médicas primarias, pronto atendimento e hospitalizações, por diferentes razões.
Há uma percepção que os idosos que buscam ajuda nas unidades de assistência medicas primarias, não são devidamente avaliados com transtornos mentais e que muitos desses idosos não conseguem com autonomia perceber o transtorno, e isso agrava a necessidade de articular políticas públicas eficazes para as pessoas da terceira idade.
Tudo isso leva a presumir uma situação de desassistência, possivelmente agravada pela escassez de políticas de saúde e de formação profissional voltadas para a atenção à saúde mental do idoso. Quando se pretende melhorar a atenção em saúde, é importante avaliar e programar intervenções educativas ou terapêuticas, levando-se em consideração as percepções dos próprios pacientes. Para planejar e aprimorar a assistência à saúde mental do idoso é importante considerar as concepções desses pacientes sobre os transtornos mentais e seu tratamento. (CLEMENTE; FILHO; FIRMO. mar, 2011. p 556).
· METODOLOGIA
Discorre que a patologia não é apenas a visualização de sintomas, sob os olhos do profissional de saúde, mas é também a simbologia trazida pelos pacientes isso é, os signos por eles entendidos. Com signo, adota-se a interpretação de percepção, melhor dizendo.
O autor diz que não são apenas fatores biológicos que traçam uma patologia, ou o reconhecimento dela, mas também por determinantes culturais, sociais.
Geertz com citação em (CLEMENTE; FILHO; FIRMO, 2011. p.556) concebe a cultura como um universo de símbolos e significados que permite a um grupo interpretar sua experiência e guiar suas ações. Essa perspectiva interpretativa da cultura teve vários desdobramentos no campo da abordagem de saúde e doença.
· Local de estudo
Hospital Galba Velloso (HGV) – Belo Horizonte – MG.
Centro de Acolhimento a Crises – fundado em 2001 depois da reforma psiquiátrica – internação apenas em casos agudos.
· População de estudo
Idosos que passaram por atendimento no HGV entre março e maio de 2009.
Ao total a pesquisa foi feita com, 13 participantes 8 (M) e 5 (F), com idades diferentes, mas todos entre 60 e 83 anos.
· Coleta de dados 
Foram feitas entrevistas semiestruturadas com os idosos, buscando conhecer suas percepções a respeito dos transtornos mentais, tratamentos, motivos pelos quais buscaram o HGV, como foram atendidos, alternativas de tratamento, etc.
· Resultados
“(...) os principais diagnósticos psiquiátricos foram: transtornos psicóticos, transtornos de humor e demência. ” (CLEMENTE; FILHO; FIRMO. mar, 2011. p 556).
De acordo com o autor, não tiveram interferência: sexo, situação conjugal, escolaridade e nem mesmo o diagnóstico de cada entrevistado. Todos os participantes embora estivessem no hospital, manifestaram a preferência de atendimento e tratamento domiciliar.
Os resultados da pesquisa mostraram, que de início os pacientes apresentaram recusa, dizendo que não tinham nenhum transtorno mental, e que estavam no hospital por causa de familiares, ou que desconheciam o como chegaram até lá. Entretanto a análise dos dados mostrou 3 tipos de signos que eram correlatos ao significado médico de “transtorno mental”, são eles: “nervoso”, “problema de cabeça” e “doidura”. Todos esses signos, foram relatados como algo que trazia sofrimento ou prejudicava o idoso em algum aspecto de sua vida. 
 A maioria dos participantes avaliou seu atendimento como algo positivo de significante melhora, mas em sua maioria continuaram a desconhecer a prevalência de algum transtorno psicológico.
Os pacientes, atribuem alguns transtornos mentais como algo imoral, ou que é “contra o divino”, alguns para melhorarem tendem a irem para vieses holísticos, religiosos. 
Alguns diziam que não possuíam transtornos psicológicos, que era apenas algo “normal da idade, do envelhecimento”.
O autor afirma que o não reconhecimento dos transtornos pode ser por uma falta de insight dos pacientes (falta de consciência de sua situação). Ou até mesmo como uma maneira de se proteger dos estigmas sociais.
(...) o estigma a eles associado também tem sido estudado como um processo cultural, social e interpretativo, e imbuído de noções morais. Goffman descreveu uma série de estratégias que sujeitos utilizam para minimizar o estigma. Uma delas é a manipulação da informação, como o encobrimento”. (GOFFMAN apud (CLEMENTE; FILHO; FIRMO. mar, 2011. p 556).
Fichamento do artigo 2: PERFIL DOS IDOSOS ATENDIDOS EM UM CENTRO DE ATENÇÃOPSICOSSOCIAL – ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS.
PILLON, S. C. et al.. Perfil dos idosos atendidos em um centro de atenção psicossocial: álcool e outras drogas. Escola Anna Nery, v. 14, n. Esc. Anna Nery, 2010 14(4), p. 742–748, out. 2010.
· OBJETIVOS
Identificar o perfil dos idosos que são usuários de substâncias psicoativas no Centro de atenção psicossocial (CAPS) – álcool e outras drogas de Ribeirão Preto –SP.
· INTRODUÇÃO
O autor mostra que de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), que houve um aumento significativo na população idosa, considerados adulto acima dos 60 anos.
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), a população idosa (acima de 60 anos) era de aproximadamente 17 (10%) milhões. Anos mais tarde, esse órgão demonstrou que o número de idosos aumentou significativamente, para 19 milhões de pessoas, evidenciando o acelerado processo de envelhecimento da sociedade brasileira. Estima-se que, até o ano de 2025, o Brasil será o sexto país do mundo com maior número de pessoas idosas. (PILLON, 2010. p.743).
Como afirmação do escritor, o fenômeno se destaca pelo aumento da expectativa e melhora de vida da modernidade e que isso se tornará um grande desafio para a área da saúde, envolvendo assim a política em geral.
Destaca que mesmo que o idoso não seja o público alvo das substancias ativas, que quem faz esse papel principal é o adolescente, o uso e abuso tende a aumentar proporcionalmente com o crescimento de idosos nos índices populacionais. 
De acordo com Pillon (2010) o uso de álcool entre idosos foi descrito como um problema complexo, multifatorial, um fenômeno não muito bem entendido.
Com esse artigo, o autor pretende destacar que mesmo que o jovem seja quem mais faz o uso de substancias, os idosos também o fazem e merecem uma atenção especial. Destaca o uso como algo multifatorial, até mesmo como uma consequencia de transtornos mentais (ansiedade, depressão, demência), insônia, solidão, processos que podem estar entendidos pela sociedade como “natural do processo de envelhecimento”.
A pesquisa destaca, que homens do sexo masculino, de baixa renda e com pouco grau de instrução, são os principais a buscarem ajuda no CAPS. Também destaca a vulnerabilidade do idoso para o abuso de substancias, devido a suas condições biopsicossociais.
O uso e o abuso de álcool e ou de substâncias psicoativas por idosos provocam efeitos claros e profundos na saúde e no bem-estar dos idosos em todos os aspectos da vida e são potenciais de risco para o desenvolvimento de problemas físicos, psicológicos (autoestima, habilidade de enfrentamento, comprometimento das relações interpessoais) e sociais, muitas vezes detectados nos diversos níveis de atenção de cuidados à saúde.
(...) quando associados ao processo de envelhecimento, geram impactos nos cuidados de saúde e altos custos sociais. ((PILLON, 2010. p.743)
O CAPS-AD é aberto quando a cidade tem mais de 70 mil habitantes e atendem usuários e dependentes de substâncias independentemente da idade.
· RESULTADOS
5.889 prontuários foram avaliados, destes 3,3% (191) eram pacientes acima dos 60 anos. A média de idade foi de 64 anos, com uma variação de 60 a 81 anos, com prevalência do sexo masculino, baixa renda e aposentados.
O álcool ficou em primeiro lugar como substancia mais utilizados pelos usuários do CAPA – AD, logo em seguida vêm o abuso de medicamentos controlados e em terceiro, cocaína ou crack.
A busca por ajuda nos CAPS tem sido muito baixa, de acordo com o autor.
(...) evidenciou-se que o consumo de bebidas alcoólicas ocorreu mais entre os homens; em relação aos demais grupos da população, isso pode estar relacionado ao fato de que, diante do adoecimento, eles apresentam melhor aceitação (social/cultural) e, assim, buscam tratamento. (PILLON, 2010. p.746)
Foi visto também como um fator para o aumento do consumo de substancias, a falta de escolarização, pois de acordo com Pillon (2010) esses usuários não entendem o uso de diversas substâncias psicoativas que agem como droga causadora de graves consequências à sua saúde, principalmente as drogas lícitas e as medicações prescritas com potenciais de risco para o abuso.
Depois do uso de álcool, uma das preocupações é a utilização abusiva de medicamentos que deveriam ser controlados.
No Brasil, parece haver uma cultura de automedicação em que para todo e qualquer problema sempre existe um “remedinho” mesmo sem indicação médica, principalmente entre as pessoas mais idosas (“mais experientes”).
(...) um a cada quatro idosos fazia uso de uma medicação com potencial risco de abuso.
As drogas prescritas mais comuns incluem os sedativos, os hipnóticos e os tranquilizantes/ analgésicos, e o uso dessas substâncias são potenciais de risco para o desenvolvimento do abuso e a dependência.
(...) a literatura direciona uma atenção especial aos benzodiazepínicos que são as drogas usadas principalmente indicadas no tratamento da ansiedade e depressão, que são comuns em idosos, e evidencia que os riscos de tomar uma medicação prescrita aumentam com o avançar da idade. 
Os idosos perfazem o maior grupo de uso de drogas legais, contando com mais de 25% de todas as prescrições. (PILLON, 2010. p.746).
O afirma que há uma necessidade de focar mais no tema de abusos na terceira idade e que há também uma necessidade de especialização tanto dentro do CAPS-AD, quanto nas unidades de saúde primárias e de seus profissionais.
Fichamento do artigo 3: Psicoterapia com Idosos: Percepção de Profissionais de Psicologia em um Ambulatório do SUS.
GOMES, E. A. P.; VASCONCELOS, F. G.; CARVALHO, J. F.. Psicoterapia com Idosos: Percepção de Profissionais de Psicologia em um Ambulatório do SUS. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 41, n. Psicol. cienc. prof., 2021 41, p. e224368, 2021.
· OBJETIVOS
Investigar a atuação dos profissionais de psicologia em um ambulatório do SUS, analisar suas práticas, intervenções, percepções da psicoterapia com pessoas idosas nesse ambiente. Avaliar o sucesso e as dificuldades do psicólogo quando se trata da psicoterapia com idosos.
· INTRODUÇÃO
No decorrer deste artigo o autor vem trazendo uma concepção de que a pirâmide etária do Brasil está mudando rapidamente. De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Estatísticas, em 2011 o Brasil contava com 10% de sua população na terceira idade, isso é 17 milhões de pessoas, estavam na faixa etária acima dos 60 anos. Na mesma pesquisa existe uma previsão que a respectiva taxa em 2020 chegue a 32 milhões, portanto configurando o índice populacional brasileiro como uma nação que o número de idosos excede o número de jovens.
O autor afirma que tais estimativas preocupam o campo da saúde, pois a população idosa, em geral, necessita de mais cuidados, tanto no âmbito primário (biológico e físico), quanto no psicológico, consequentemente o Brasil necessitará de profissionais especializados nessa faixa etária em especial.
Tratando dos profissionais da área de psicologia, que ainda são permeados por preconceitos a respeito das pessoas idosas e da “velhice” em sua mera forma, o escritor afirma que há a necessidade de aprimoramento de uma compreensão ampliada dessa fase do desenvolvimento humano, para propiciar um atendimento adequado e suprir as demandas futuras.
Com isso, o autor nos alguns traz argumentos de literaturas, que tentam compreender e desmistificar a atual percepção sobre a pessoa idosa e a velhice.
Considera-se que não há “idoso típico”, ou seja, a idade não define a personalidade ou qualquer característica pessoal. Cada sujeito deve ser considerado em sua particularidade, de forma que se evite generalizações e estereótipos relativos a essa população que interfiram negativamente no modo como sua saúde será cuidada (OMS, 2019 apud GOMES; VASCONCELOS; CARVALHO, 2021. p.3)
No campo da Psicologia, o envelhecimento é considerado um processo que ocorre no decorrer da vida do indivíduo e a velhice é uma de suas fases, em que o sujeito vivencia mudanças significativas relativas a aspectos fisiológicos,psicológicos e sociais. É importante considerar, então, os efeitos das experiências vivenciadas ao longo da vida como determinantes de desfechos favoráveis ou desfavoráveis na velhice (RIBEIRO, 2015 apud GOMES; VASCONCELOS; CARVALHO, 2021. p.3)
Os estudos sobre o envelhecimento avançaram devido à ocorrência de alguns eventos socioculturais, como o envelhecimento populacional no decorrer do século XX, principalmente nos países desenvolvidos, e o consequente envelhecimento de cientistas da área do desenvolvimento humano. Eles perceberam, com sua própria experiência, que as crenças científicas relativas ao envelhecimento, que eram majoritariamente negativas, não coincidiam com a realidade que experimentavam (Neri, 2006 apud GOMES; VASCONCELOS; CARVALHO, 2021. p.3)
O autor destaca que essa percepção é trazida até mesmo para a clínica, afirma que Freud, o pai da psicologia tinha um pensamento de que com o idoso era difícil de exercer as atividades clinicas, pois, sua inflexibilidade de pensamentos e de mudanças se faziam negativos para o processo. Concepção que anos depois foi revista e mudada pelo mesmo. (Mucida 2014) citado por (GOMES; VASCONCELOS; CARVALHO, 2021).
Os estereótipos relativos à velhice, como inflexibilidade, fragilidade e incapacidade, começam a ser combatidos por meio da inserção da Psicologia em discussões do âmbito social e da saúde, pois ela fomentou problematizações sobre os conceitos de velhice vigentes a fim de que os profissionais reconheçam de que forma suas atitudes e crenças acerca da velhice influenciam em seu atendimento a esse público (Camarano & Pasinato, 2004) citado por por (GOMES; VASCONCELOS; CARVALHO, 2021. p.3.)
Os autores dão destaque ao paradigma lifespan (Baltes, 1987), afirmando que é o mais referenciado nos estudos recentes sobre o envelhecimento. Esse paradigma define a velhice não como uma fase de declínio e incapacidade, mas propõe uma visão positiva acerca do envelhecimento, com base no conceito de plasticidade do desenvolvimento humano (Fonseca, 2010).
Também nesse artigo a depressão, a insônia, a demência são as principais queixas de psicodiagnóstico apresentadas. Nos hospitais, nos ambulatórios são onde o idoso costuma buscar ajuda para sua saúde, e também são neles que encontramos os núcleos de assistência psicológica e multifuncional. Psicoterapia individual, em grupo, avaliação psicológica, são alguns atendimentos que podemos encontrar nesses lugares. Ambulatórios do setor privado se configuram diferente do setor público que é o foco deste trabalho em questão. Segundo Gomes; Vasconcelos e Carvalho (2010):
(...) no formato preconizado pelo SUS, é destinado ao atendimento em saúde mental e regulado pela Portaria SAS/MS nº 224, de 29 de janeiro de 1992. Ela define o atendimento ambulatorial como “um conjunto diversificado de atividades desenvolvidas nas unidades básicas/centro de saúde e/ou ambulatórios especializados, ligados ou não a policlínicas, unidades mistas ou hospitais”. Dentre as atividades que podem ser desenvolvidas nos diversos tipos de ambulatório, estão os grupos terapêuticos, as salas de espera e a psicoterapia individual.
Ressalta uma vez mais o déficit de especialização dos profissionais, tanto do setor público quanto do privado, com a firmação de Vasconcelor & Jager, 2017:
	“Portanto relata que existe um déficit na formação em Psicologia quanto a disciplinas voltadas ao desenvolvimento na fase da velhice”.
· METODOLOGIA
Estudo qualitativo, que visa compreender e discutir o sentido que os profissionais da saúde dão a velhice e a psicoterapia com pessoas idosas. Essa pesquisa foi realizada entre 2015 e 2016, com os profissionais de psicologia que atendiam pessoas idosas. Foram realizados questionários semiestruturados, com 7 profissionais, seno eles 6 (F) e 1 (M), entre 23 e 29 anos, que possuíam em média 4 anos de experiência profissional.
· RESULTADOS E DISCUSSÃO 
A depressão foi o principal motivo de encaminhamento dos idosos a outras especialidades.
Quando avaliado as características atribuídas pelos profissionais aos idosos, foi encontrada uma demanda alta de estereótipos atribuídas as pessoas dessa faixa etária. 
 “(...) estereótipo” significa “padrão formado de ideias preconcebidas, resultado da falta de conhecimento geral sobre determinado assunto” (GOMES; VASCONCELOS; CARVALHO, 2021. p.6.).
Afirma também que pessoas idosas são comumente atingidas por estereótipos focados nessa fase do desenvolvimento.
“(...) é comum que os idosos sejam rotulados com estereótipos negativos relativos a doença, fragilidade, sofrimento e fracasso (...)” (GOMES; VASCONCELOS; CARVALHO, 2021. p.6.)
A forma com qual o profissional enxerga e percebe o paciente idoso, pode estimular como o indivíduo se relacionará com o paciente (idoso), além de poder culminar em algumas atitudes ou pensamentos discriminatórios.
Oliveira et al. (2012) citado por (GOMES; VASCONCELOS; CARVALHO, 2021. p.6.) Afirmam ainda que “a velhice atualmente é apresentada no contexto social de forma desvalorizada. Geralmente essa imagem negativa é decorrente de informações insuficientes a respeito do processo de envelhecimento” 
O autor ronda também o campo do social, afirma que tais estereótipos que são atribuídos ao idoso e são considerados “naturais” ou “comuns” da velhice são na verdade uma construção social de valores, normas que são críveis até pela vítima, sua família e pessoas próximas e acabam chegam até o profissional de saúde em forma de “reclamações”, “queixas”.
Os idosos desse estudo de Gomes; Vasconcelos e Carvalho (2010) apresentam visões influenciadas pelos estereótipos a eles atribuídos e apresentam falas como:
“Se sentir inútil, de incapacidade, de não conseguir mais produzir nada na vida, de que não sou uma pessoa valorizada, respeitada no meu círculo familiar” (Participante 2).
“Então o nosso processo de aprendizagem, quando a gente vai envelhecendo, ele vai demorando mais, vai ficando mais lento, você precisa de um tempo maior, você precisa ler mais de uma vez, se concentrar mais…” (Participante 6)
O autor em meio a sua discussão concluiu que os profissionais de psicologia devem se atualizar e quebrar os estereótipos existentes sobre os idosos, para um melhor atendimento e melhor aderência do idoso ao tratamento.
 
Fichamento do artigo 4: Prevenção e promoção da saúde mental no envelhecimento: conceitos e intervenções.
LEANDRO-FRANÇA, C.; GIARDINI MURTA, S.. Prevenção e promoção da saúde mental no envelhecimento: conceitos e intervenções. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 34, n. Psicol. cienc. prof., 2014 34(2), p. 318–329, abr. 2014.
· OBJETIVOS
O objetivo deste artigo é nos trazer a concepção e a descrição sobre o envelhecimento, para conhecer as políticas públicas de promoção e prevenção a saúde mental do idoso e focos de intervenção como a pessoa idosa de alvo.
· DADOS IMPORTANTES DA INTRODUÇÃO
O autor cita que nas últimas décadas os aumentos de pessoas com mais de 60 anos vêm aumentando gradativamente. Que entre 1970 e 2025, estima-se que esse aumento seja de 223%.
De acordo com a pesquisa da Organização Mundial da Saúde (2002), espera-se que em 2050, haverá 2 bilhões de pessoas idosas no mundo, com sua maioria (80%) vivendo em países mais ricos e desenvolvidos.
Os níveis da expectativa de vida humana vêm aumentando, afirma o autor e não apenas em países desenvolvidos, o Brasil por sua vez, de acordo com a ONU (2002), prevê que até 2025 o pais será o 6° no ranking de pais com mais quantidade de pessoas idosas do mundo.
“Revolução da Longetividade” é o termo usado atualmente pelos meios de comunicação para tratar o impacto desse fenômeno a saúde e as políticas de prevenção e conscientização que devem ser discutidas trabalhadas e atualizadas de acordo com a necessidade das pessoas idosas.
(...) o Plano Internacional de Ação sobre o Envelhecimento (PIAE), aprovado em Madrid, pelos países membros da Organização das Nações Unidas (WHO, 2002), estabelecem direções e medidas prioritárias para promover uma velhice saudável. Nesse documento, constamalternativas de como inserir o envelhecimento na agenda do desenvolvimento do século XXI, tendo em vista que as ações de prevenção, promoção e assistência têm priorizado o público materno infantil e jovem (Xavier, 2012) apud (LEANDRO; GIARDINI, 2014. p.319).
Os 19 artigos do PIAE recomenta medidas relevantes para essa mudança de cenário tais como:
(a) reconhecimento da transformação demográfica mundial, (b) celebração do aumento da expectativa de vida em todo mundo como uma grande conquista da humanidade, (c) comprometimento das autoridades governamentais em eliminar a discriminação por motivos de idade, (d) reconhecer que o indivíduo, à medida que envelhece, deve usufruir de uma vida com saúde, segurança e participar de forma ativa na vida econômica, social, cultural e política da sociedade, (e) reconhecer a dignidade da pessoa idosa e combater as formas de abandono, abuso e violência (LEANDRO; GIARDINI, 2014.p.320)
Com relação à saúde mental da pessoa idosa, esse plano de ação prevê a aplicação de estratégias que favoreçam a prevenção de transtornos mentais, a descoberta precoce, o tratamento dessas doenças, com inclusão de procedimentos de diagnósticos, medicação adequada, psicoterapia e capacitação de profissionais e demais pessoas que atendam esse público. Além disso, está prevista a elaboração de ações que eduquem e conscientizem a população para o alcance de uma velhice com saúde física e mental bem como o fortalecimento de uma rede de cuidados e apoio aos idosos com o envolvimento da família, voluntários e comunidade. Destaca-se, ainda, nesse plano de ação a importância de realizar pesquisas, baseadas em evidências e indicadores confiáveis, sobre questões relacionadas à idade como instrumento útil para a formulação de políticas relativas ao envelhecimento. (LEANDRO; GIARDINI, 2014.p.320)
No Brasil existe algumas leis para proteger a pessoa idosa como a Constituição de 1988.
(..) quanto à seguridade social (Art.194) com medidas destinadas à saúde, à previdência e à assistência social. Inclui-se nesse repertório, a Política Nacional do Idoso, aprovada em 04 de janeiro de 1994 pela Lei nº 8.842, que institui o Conselho Nacional do Idoso (CNI) e, posteriormente, a elaboração do Estatuto do Idoso, sancionado no dia 1º de outubro de 2003 pela Lei nº 10.741, (Xavier, 2012) apud (LEANDRO; GIARDINI, 2014.p.320).
· CONCEITOS, FATORES DETERMINANTES E DE RISCO
A ONU (2002), adotou o termo “Envelhecimento Ativo” para tratar a velhice como um processo natural do desenvolvimento do ser humano e que, pode sim e deve ser vivenciado com independência, qualidade de vida, autonomia, reconhecimento dos direitos, segurança, bem-estar e saúde.
“Os fatores determinantes do envelhecimento ativo sofrem influência cultural e de gênero e envolvem a integração de aspectos individuais, econômicos, sociais, físicos, comportamentais, de serviços sociais e de saúde” (LEANDRO; GIARDINI, 2014.p.320)
Determinantes que influenciam:
Econômico: Renda, Oportunidade de trabalho, Seguridade Social, Aposentadoria, Poupança e Seguro Saúde.
Social: Vínculos Familiares, Apoio Social, Educação e Aprendizagem Permanente, Proteção Contra a Violência e Maus-Tratos.
Comportamentais: Estilos de Vida Saudável e Participação Ativa no Cuidado da Própria Saúde.
Pessoal: Influências Biológica e Genética, Fatores Psicológicos como Autoeficácia e Capacidade Cognitiva.
Serviços Sociais e de Saúde: Promoção da Saúde, Prevenção de Doenças, Acesso Equitativo a Cuidado Primário, Assistência a Saúde Física e Mental. 
Ambiente Físico: Moradia Segura, Água Potável, Ar Puro, Alimentos Saudáveis.
Aos olhos de Minayo (2012), é relatado no texto, que foram analisados 51 casos de suicídios de idosos em 10 cidades brasileiras e concluíram que depressão, conflitos familiares e conjugais formais as principais causas de suicídio nessa época da vida.
Alzheimer e Parkinson, também estão relacionados ao comprometimento de saúde, e outros mais sociais como a solidão, perca de familiares e amigos, abuso de álcool e outras drogas, sentimentos de incapacidade e inutilidade.
· Prevenção e promoção à saúde
A ONU (2004) descreve saúde mental como um estado de bem-estar no qual as pessoas acreditem em suas potencialidades e capacidades para lidar com as dificuldades cotidianas, trabalhando de forma produtiva e contribuindo para o crescimento da sua comunidade. 
O autor destaca que a prevenção e a promoção da saúde mental, nos países latino-americanos, é um grande desafio, devido a diferença social e precariedade de vida e ausência de recursos.
· Focos de intervenções na prevenção e promoção de envelhecimento ativo
O autor começa indicando que os estudos sobre a prevenção e promoção à saúde mental do idoso são escassos e conclui que os idosos são alvos menos frequentes nesses programas.
No Brasil, a abordagem mais utilizada nesses programas é a cognitivo comportamental, que é uma abordagem utilizada para a prevenção e tratamento da depressão e tem bons resultados.
O autor começa a destacar abordagens que são comprovadas pela ONU como eficazes para a prevenção e promoção da saúde mental em idosos:
a) Abordagem ecológica: Essa abordagem tem como foco uma perspectiva ampliada dos fatores determinantes da saúde e qualidade de vida e enfatiza as interações entre indivíduos, grupos e seu meio ambiente.
b) Life Review: Trata-se de uma abordagem que possibilita alternativas para lidar melhor com as perdas e declínios relacionados à idade e encontrar significado nesta nova fase da vida.
c) Abordagem de Empoderamento: é uma perspectiva de autoeficácia e que esta pode fomentar a participação do idoso nas decisões de saúde e promover resultados positivos para a sua vida.
d) Terapia Comunitária: esta é analisada como uma estratégia coletiva com foco nas histórias de vida pessoais que tem beneficiado grupos de idosos de baixo poder aquisitivo.
O autor afirma que a aposentadoria bem-sucedida é uma forma de prevenção a saúde, que se isso não ocorre de maneira saudável, pode acarretar em sofrimento psíquico grave como a depressão e suicídio. (autor, p.326)
O PPA, Programas de Preparação para Aposentadoria têm se destacado como medidas promissoras na promoção de qualidade de vida e ajustamento à aposentadoria.
· CONCLUSÃO
O escritor conclui que há uma baixa quantidade de estudos sobre a prevenção e promoção baseado em evidencias feitos até o ano de publicação do artigo (2021). E é necessário avaliar as práticas preventivas ou de promoção à saúde mental de pessoas mais velhas e idosas com rigor metodológico, baseado em evidências que assegurem a eficácia e efetividade desses programas.
Que os idosos, são alvo desatenção e isso pode ser resultado dos preconceitos e estigmas que essa faixa etária sofre, há a necessidade de romper com esses estigmas, social e profissionalmente.
O estudo revelou também a aderência do idoso com o tratamento tecnológico, via computador ou celular, o que é contrário ao que muitos pensam por causa dos estigmas sociais.
As estratégias de prevenção feitos até então são uteis para alertar as pessoas enquanto mais jovens sobre a importância de ter uma saúde em dia, fazer esportes, quebrar preconceitos sobre a velhice, mas que necessita-se de atualizações e criações de novas estratégias constantemente acompanhando o crescimento da pirâmide etária que muda cada dia mais rápido, para que o idoso.

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