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PMSUS PROVA 1 - saúde do idoso, reforma psiquiatrica e saúde mental

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OT 1: ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO IDOSO 
1. Existe uma linha de cuidado para o idoso (estratificação do idoso)? Cite seus principais pontos e objetivos. 
(papel da atenção básica) 
O quadro abaixo, apresentado pela OMS, mostra oportunidades de intervenção no contexto da saúde pública, visando o 
envelhecimento saudável, de acordo com as capacidades intrínseca e funcional de cada pessoa. A OMS afirma que, dada a 
heterogeneidade nas trajetórias das pessoas no processo de envelhecimento, as intervenções em saúde devem ser adaptadas às 
pessoas idosas e seus níveis de capacidade funcional, sendo que para cada nível devem-se dar distintas respostas. 
 
Para pessoas idosas que apresentam capacidade funcional alta e estável, devem-se trabalhar as ações de promoção da saúde e 
prevenção de agravos, tais como: promoção de hábitos de alimentação saudáveis; incentivo à realização de atividades físicas; 
controle do tabagismo e do consumo de bebidas alcoólicas, medicamentos e outras drogas; promoção de atividades coletivas de 
socialização; prevenção de doenças transmissíveis (como as infecções transmitidas sexualmente e as doenças pneumocócicas); 
prevenção e controle de doenças não transmissíveis (como diabetes e hipertensão). Além disso, práticas integrativas e 
complementares, como a yoga, meditação e acupuntura, dentre outras, que oferecem diferentes recursos terapêuticos da 
medicina tradicional e complementar/alternativa, ajudam no bem-estar físico, emocional e social das pessoas idosas, pois 
estimulam o autoconhecimento, a autonomia e a relação saudável com a sua fase de vida. 
Essas ações visam preservar a funcionalidade, buscando evitar a ocorrência de agravos ou o estabelecimento de condições 
crônicas que possam provocar declínio ou comprometer a autonomia e independência das pessoas. Àqueles indivíduos que já 
apresentam algum declínio funcional, é necessário ofertar cuidados que revertam, diminuam ou retardem ao máximo possível a 
continuidade desse curso. Para tanto, além de ações de promoção da saúde e prevenção de agravos e de doenças, incentivando 
comportamentos que melhorem as capacidades intrínseca e funcional, são necessárias ações de tratamento, reabilitação e 
controle estrito de condições crônicas estabelecidas. Além disso, situações agudas que demandem serviços de urgência e 
emergência ou internação hospitalar, devem ser acompanhadas muito proximamente, em especial no regresso ao lar, pós-alta, 
para prevenir o agravamento do declínio funcional e do quadro geral de saúde. 
Por fim, àqueles que apresentam perdas significativas de capacidades, tornando-se dependentes para as ABVD, cabe gerenciar 
condições crônicas já agravadas, bem como garantir a vida digna, ofertando cuidados de longa duração, inclusive 
acompanhamento domiciliar, reabilitação, cuidados paliativos, suporte a familiares e a outros cuidadores. 
Para os casos em que há declínio ou perda de capacidades, faz-se necessário o desenvolvimento de políticas públicas que busquem 
eliminar as barreiras à participação das pessoas idosas e compensar a perda de capacidade, proporcionando as adaptações e 
supervisões necessárias, seja por meio de tecnologias assistivas ou apoio de terceiros. 
A oferta de cuidado deve se dar ao longo do tempo e não de forma pontual, envolvendo pessoas próximas ao sujeito que possam 
colaborar, sejam familiares ou pessoas da comunidade. Também deve respeitar o desejo e as possibilidades de cada sujeito a 
quem o cuidado seja ofertado, construindo em conjunto com a pessoa idosa e, sempre que necessário, com seus familiares e 
cuidadores, as alternativas tanto de promoção da saúde e prevenção, quanto de tratamento e reabilitação, quando for o caso. 
Os pontos de atenção incluem tanto os serviços de saúde quanto os de outros setores, como: 
− dispositivos da assistência social 
− instituições da justiça e dos direitos humanos 
− as entidades e associações comunitárias 
− equipamentos e pontos de cultura 
− esportes, lazer e educação 
− dentre outros, necessários à integralidade do cuidado e à construção da intersetorialidade 
 
 
 
Essa classificação acima não é mais tão utilizada agora utiliza-se a divisão em Redes Poliarquias (Serviços em organização 
poliárquico tendo a pirâmide com mais serviços de atenção básica - sem hierarquia como o conceito primário, secundário e 
terciário): 
− Rede de Atenção básica 
− Rede de atenção especializada 
− Rede de urgência e emergência 
− Rede saúde mental 
− Rede hospitalar 
 
Para a organização e planejamento da atenção à saúde da pessoa idosa, considerando a imensa diversidade de condições e de 
capacidades funcionais dos indivíduos, é necessária a realização da avaliação multidimensional, que permite identificar as 
necessidades de saúde e estratificar a população idosa em, ao menos, três grandes perfis, de acordo com os níveis de 
funcionalidade apresentados: pessoas idosas independentes e autônomas; pessoas idosas com alguma limitação funcional (com 
necessidade de adaptação ou supervisão de terceiros); e pessoas idosas dependentes de terceiros para realizar suas atividades 
cotidianas. A estratificação da população idosa é útil tanto para a organização de ações de saúde dirigidas ao coletivo, 
contemplando as necessidades gerais dos diferentes perfis da população, como para identificar e planejar intervenções 
específicas, voltadas a cada sujeito singular. 
A identificação de determinadas situações deve fazer com que as equipes da AB considerem a necessidade de avaliar mais 
detalhadamente os aspectos comprometidos. Dentre os sinais de alerta destacam-se: 
 
Ainda, cabe à AB a implementação das ações de imunização, como campanhas vacinais, garantindo índices satisfatórios de 
cobertura e, portanto, de prevenção de doenças transmissíveis como a influenza e as doenças pneumocócicas. A ação de 
imunização no contexto domiciliar é de fundamental importância às pessoas idosas acamadas ou com grandes dificuldades de 
locomoção. Também é necessário garantir a imunização às pessoas idosas que vivem em instituições de acolhimento como casas-
lares, repúblicas e ILPI. Essas instituições, portanto, devem ser reconhecidas nos territórios e tomadas como responsabilidade das 
equipes de atenção básica. As campanhas vacinais específicas e as visitas domiciliares devem também ser oportunidades para a 
atualização de todo o calendário vacinal. Quando se esgotam os recursos disponíveis na atenção básica, seja para realizar a 
avaliação multidimensional ou esclarecer dúvidas diagnósticas ou, ainda, para complementação do PTS, faz-se necessário definir 
e organizar na RAS o suporte da atenção especializada ambulatorial por equipe multiprofissional capacitada. Em 
Estados/Municípios com Centros de Referência em Assistência à Saúde do Idoso (BRASIL, 2017) cabe às equipes desses serviços 
realizar não somente o atendimento dos casos encaminhados, mas também o matriciamento e capacitação das equipes da APS. 
2. RAS da atenção integral do idoso (como funciona, CREAS, CRI...) 
− Foi descontinuada em 2016 
− Idoso perambula pelas redes e é estratificado em idoso robusto (1,2 e 3) x idoso frágil (4 e 5) 
OBS: A imagem laranja, onde temos classificação do 1 ao 5 não é utilizada, é apenas para entender essa diferença de assistência 
que o idoso robusto deve ter do frágil 
 
 
 
 
 
 
 
Redes que o idoso usa: 
− Rede de urgência e emergência 
− Rede da pessoa com deficiência (usar órtese (bengalas, muletas, cadeira de rodas) é próteses (problema ósteo 
esquelético) 
− Rede psicossocial (saúde mental) 
− Rede de DCNT 
− BASICAMENTE ENTRA EM TODAS AS REDES RETIRANDO A REDE CEGONHA 
 
3. Qual a política nacional de saúde da pessoa idosa? 
A Política Nacional do Idoso, promulgada em 1994 e regulamentada em 1996, assegura direitos sociais à pessoa idosa, criando 
condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade e reafirmando o direito à saúde nos 
diversosníveis de atendimento do SUS (Lei nº 8.842/94 e Decreto nº 1.948/96). 
 
A finalidade primordial da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa é recuperar, manter e promover a autonomia e a 
independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas coletivas e individuais de saúde para esse fim, em consonância com 
os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. É alvo dessa política todo cidadão e cidadã brasileiros com 60 anos ou mais 
de idade. 
 
A necessidade de enfrentamento de desafios como: 
• a escassez de estruturas de cuidado intermediário ao idoso no SUS, ou seja, estruturas de suporte qualificado para idosos 
e seus familiares destinadas a promover intermediação segura entre a alta hospitalar e a ida para o domicílio; 
• número insuficiente de serviços de cuidado domiciliar ao idoso frágil previsto no Estatuto do Idoso. Sendo a família, via 
de regra, a executora do cuidado ao idoso, evidencia-se a necessidade de se estabelecer um suporte qualificado e 
constante aos responsáveis por esses cuidados, tendo a atenção básica por meio da Estratégia Saúde da Família um papel 
fundamental; 
• a escassez de equipes multiprofissionais e interdisciplinares com conhecimento em envelhecimento e saúde da pessoa 
idosa; e 
• a implementação insuficiente ou mesmo a falta de implementação das Redes de Assistência à Saúde do Idoso. 
 
A PNSPI foi criada para responder às Demandas das Pessoas Idosas mais frágeis dentre a População em Maior Risco de 
Vulnerabilidade. 
 
O envelhecimento populacional cursa com o aumento de doenças e condições que podem levar a incapacidade funcional. Para 
Verbrugge & Jette (1994), a incapacidade funcional é a dificuldade experimentada em realizar atividades em qualquer domínio da 
vida devido a um problema físico ou de saúde. Ela também pode ser entendida como a distância entre a dificuldade apresentada 
e os recursos pessoais e ambientais de que dispõe para superá-la (Hébert, 2003). Incapacidade é mais um processo do que um 
estado estático (Iezzoni, 2002). A Organização Mundial de Saúde (OMS) em sua Classificação Internacional de Funções, 
Incapacidade e Saúde (CIF, 2001) vê a incapacidade e as funções de uma pessoa como a interação dinâmica entre condições de 
saúde - doenças, lesões, traumas etc. - e fatores contextuais, incluindo atributos pessoais e ambientais. A dependência é a 
expressão da dificuldade ou incapacidade em realizar uma atividade específica por causa de um problema de saúde (Hébert, 2003). 
No entanto, cabe enfatizar que a existência de uma incapacidade funcional, independentemente de sua origem, é o que determina 
a necessidade de um cuidador (Néri & Sommerhalder, 2002). 
 
Incapacidade funcional e limitações físicas, cognitivas e sensoriais não são conseqüências inevitáveis do envelhecimento. A 
prevalência da incapacidade aumenta com a idade, mas a idade sozinha não prediz incapacidade (Lollar & Crews, 2002). Mulheres, 
minorias e pessoas de baixo poder socioeconômico são particularmente vulneráveis (Freedman, Martin e Schoeni, 2002). 
Independentemente de sua etiologia, pessoas com incapacidade estão em maior risco para problemas de saúde e afins (Lollar & 
Crews, 2002). A presença de incapacidade é ônus para o indivíduo, para a família, para o sistema de saúde e para a sociedade 
(Giacomin et al., 2004). 
 
 
 Diretrizes: 
• promoção do envelhecimento ativo e saudável; 
• atenção integral, integrada à saúde da pessoa idosa; 
• estímulo às ações intersetoriais, visando à integralidade da atenção; 
• provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa; 
• estímulo à participação e fortalecimento do controle social; 
• formação e educação permanente dos profissionais de saúde do SUS na área de saúde da pessoa idosa; 
• divulgação e informação sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para profissionais de saúde, gestores e 
usuários do SUS; 
• promoção de cooperação nacional e internacional das experiências na atenção à saúde da pessoa idosa; e apoio ao 
desenvolvimento de estudos e pesquisas 
 
 
4. Quais os programas para promoção e prevenção à saúde do idoso? 
Promoção do Envelhecimento Ativo e Saudável 
A promoção do envelhecimento ativo, isto é, envelhecer mantendo a capacidade funcional e a autonomia, é reconhecidamente a 
meta de toda ação de saúde. Ela permeia todas as ações desde o pré-natal até a fase da velhice. A abordagem do envelhecimento 
ativo baseia-se no reconhecimento dos direitos das pessoas idosas e nos princípios de independência, participação, dignidade, 
assistência e auto-realização determinados pela Organização das Nações Unidas (WHO, 2002). Envelhecimento bem-sucedido 
pode ser entendido a partir de seus três componentes: (a) menor probabilidade de doença; (b) alta capacidade funcional física e 
mental; e (c) engajamento social ativo com a vida (Kalache & Kickbush, 1997; Rowe & Kahn, 1997; Healthy People 2000). O 
Relatório Healthy People 2000 da OMS enfatiza em seus objetivos: aumentar os anos de vida saudável, reduzir disparidades na 
saúde entre diferentes grupos populacionais e assegurar o acesso a serviços preventivos de saúde. Além disso, é preciso incentivar 
e equilibrar a responsabilidade pessoal – cuidado consigo mesmo – ambientes amistosos para a faixa etária e solidariedade entre 
gerações. As famílias e indivíduos devem se preparar para a velhice, esforçando-se para adotar uma postura de práticas saudáveis 
em todas as fases da vida (OMS, 2002). 
Com a perspectiva de ampliar o conceito de “envelhecimento saudável”, a Organização Mundial da Saúde propõe 
“Envelhecimento Ativo: Uma Política de Saúde” (2005), ressaltando que o governo, as organizações internacionais e a sociedade 
civil devam implementar políticas e programas que melhorem a saúde, a participação e a segurança da pessoa idosa. Considerando 
o cidadão idoso não mais como passivo, mas como agente das ações a eles direcionadas, numa abordagem baseada em direitos, 
que valorize os aspectos da vida em comunidade, identificando o potencial para o bem-estar físico, social e mental ao longo do 
curso da vida. 
 
Estímulo às Ações Intersetoriais, visando à Integralidade da Atenção 
A prática da intersetorialidade pressupõe o reconhecimento de parceiros e de órgãos governamentais e não-governamentais que 
trabalham com a população idosa. A organização do cuidado intersetorial a essa população evita duplicidade de ações, corrige 
distorções e potencializa a rede de solidariedade. As ações intersetoriais visando à integralidade da atenção à saúde da pessoa 
idosa devem ser promovidas e implementadas, considerando as características e as necessidades locais. 
Divulgação e Informação sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para Profissionais de Saúde, Gestores e Usuários 
do SUS 
As medidas a serem adotadas buscarão: 
 a) incluir a PNSPI na agenda de atividades da comunicação social do SUS; 
 b) produzir material de divulgação, tais como cartazes, cartilhas, folhetos e vídeos; 
 c) promover ações de informação e divulgação da atenção à saúde da pessoa idosa, respeitando as especificidades 
regionais e culturais do País e direcionadas aos trabalhadores, aos gestores, aos conselheiros de saúde, bem como aos docentes e 
discentes da área de saúde e à comunidade em geral; 
 d) apoiar e fortalecer ações inovadoras de informação e divulgação sobre a atenção à saúde da pessoa idosa em diferentes 
linguagens culturais; 
 e) identificar, articular e apoiar experiências de educação popular, informação e comunicação em atenção à saúde da 
pessoa idosa; e 
 f) prover apoio técnico e/ou financeiro a projetos de qualificação de profissionais que atuam na Estratégia Saúde da Família 
e no Programa de Agentes Comunitários de Saúde, para atuação na área de informação, comunicação e educação popular em 
atenção à saúde da pessoa idosa. 
 
5. Quais são os instrumentos(escalas geriátricas) para avaliar a saúde do idoso? Conceitue AMPI (Avaliação Multidimensional à 
Pessoa Idosa) 
AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL À PESSOA IDOSA 
O que é? Instrumento de avaliação das condições da pessoa idosa com ênfase na capacidade funcional e demais agravos comuns 
ao processo de envelhecimento. 
Objetivo: Avaliar o desempenho funcional e classificar a pessoa idosa em saudável, pré-frágil e frágil possibilitando a organização 
da assistência na Atenção Básica. 
Procedimento: apurar as respostas referidas pelo idoso nos 17 itens da avaliação aplicando a pontuação conforme as orientações 
em cada item. 
Quem faz? A AMPI/AB poderá ser realizada por qualquer membro da equipe de saúde da Unidade Básica que tenha sido 
devidamente treinado no serviço. 
Avaliação de resultados: Cada item receberá uma pontuação. Conforme a soma dos pontos obtidos, teremos a seguinte 
classificação: 
• 0 - 5 pontos: idoso saudável 
• 6 - 10 pontos: idoso pré-frágil 
• > 11 pontos: idoso frágil 
 
 
ESCALAS 
Escala de Katz - Também conhecida como escala de Katz, é uma das mais utilizadas para avaliar o desempenho nas atividades da 
vida diária. Foi desenvolvida para realizar a avaliação em idosos e o prognóstico de doentes crônicos. 
Escala de Lachs - A Triagem Funcional do Idoso tem como objetivo o rastreamento de indicadores de perda da capacidade 
funcional. Este instrumento é utilizado para identificar os principais problemas que podem levar o idoso a alterações funcionais 
capazes de interferir no desempenho das suas atividades diárias. 
6. Qual a epidemiologia do envelhecimento da população no Brasil e no mundo? Qual a relação com a carga global de 
doenças? 
Países em desenvolvimento: idosos são pessoas com 60 anos ou mais 
Países desenvolvidos: idosos são pessoas com 65 anos ou mais 
Dados epidemiológicos: 
− Fecundidade em 1940 = 6,2 filhos por mulher para em 2007 = 2,01 filhos por mulher 
− A parcela de muito idosos (mais que 80 anos) está crescendo 4% ao ano que é uma taxa maior que a de crescimento global 
− DCNT é a doença mais prevalente nessa população 
− A população idosa atualmente está em 14,3 % da população total e passará em 2050 para 30%. 
− Diminuição da taxa de fecundidade e natalidade ⇒ que faz a inversão da pirâmide 
− Se o Brasil tiver uma inversão da pirâmide é não ter política de proteção social ocorrerá um colapso como ocorreu no Chile 
que está em um movimento constituinte 
− Na saúde em especial só a política de proteção social de DCNT não é suficiente 
− Alguns países como Alemanha, Espanha, …. Tem casas de idosos em que o idoso tem um bom estilo de vida e que pode 
permanecer por lá com qualidade de vida. Teve início na Paraíba, mas não deu certo 
− Atualmente a expectativa de vida do Brasil está aumentando agora, mas antigamente com 65 anos já era a idade máxima 
que chegava (antes 40 anos era uma pessoa idosa) 
− Todo censo é feito de 10 em 10 anos para atualização tem projeção todo ano 
− --> As políticas não estão sendo suficientes para a manutenção da vida da pessoa idosa 
− DCNT principais: Cardiovasculares, CA, metabólicas 
− Agudização das DCNT quando o sistema de saúde não consegue dar conta da situação e quando por exemplo teve a 
pandemia que está impossibilitando a ida a UBS 
 
O Brasil passa por um rápido e intenso processo de envelhecimento da sua população. De acordo com dados do IBGE, a 
expectativa de vida ao nascer dos brasileiros tem aumentado progressivamente e, em 2016, alcançou uma média de 75,72 
anos. Em torno de 29 milhões de brasileiros têm 60 anos ou mais, o que equivale a 14,3% da população total (PNAD, 2015) e 
as projeções apontam que, em 2030, o número de idosos superará o de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos em cerca de 
2,28 milhões. Em 2050, a população idosa representará cerca de 30% da população brasileira, enquanto as crianças, 14%. 
 
À medida que envelhece, a população passa a apresentar um perfil epidemiológico diferenciado, caracterizado pelo aumento 
progressivo da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, doença arterial coronariana e doença pulmonar 
obstrutiva, dentre outras, do qual decorre a crescente demanda por cuidados de longa duração. 
 
 
7. Como a pandemia alterou o processo de envelhecimento? (diminuiu de 74 para 72 expectativa de vida) 
Dentre os aspectos relacionados à saúde física, destaca-se a “imunossenescência” (diminuição das funções do sistema 
imunológico) que predispõe os idosos a desfechos negativos em relação às doenças infecciosas, como a Covid-19. Além disto, uma 
parte considerável da população idosa possui uma ou mais doenças crônicas não transmissíveis, tais como hipertensão arterial, 
diabetes, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, neoplasias, cardiopatias, dentre outras, que são importantes fatores 
prognósticos de quadros mais graves da doença. Outro ponto relevante é que o distanciamento social, fundamental para a 
redução da transmissão da COVID-19, especialmente para as pessoas com mais de 60 anos, limita o acesso dos idosos aos serviços 
de saúde para o acompanhamento regular, o que pode agravar ou descompensar condições clínicas pré-existentes. 
O distanciamento social também pode provocar problemas de saúde mental que debilitam ainda mais o bem-estar dos idosos, 
tais como sentimento de solidão, insônia, ansiedade, perda de apetite e depressão. Estudos também apontam um aumento do 
risco de doenças cardiovasculares, autoimunes, problemas neurológicos e cognitivos e de maior dependência para a realização de 
atividades da vida diária. Tais vulnerabilidades fazem parte de um conjunto de processos e condições que, além de ameaçarem 
os direitos dos idosos de um envelhecer digno e com boa saúde, favorecem e desencadeiam a ocorrência de violências que 
precisam ser enfrentadas. 
8. Quais são as ISTs mais comuns para a população idosa? 
As ISTs mais comuns são sífilis, hepatite B e HIV/AIDS. A prevalência de IST foi 3,4%, sendo 2,6%, 0,5% e 0,3% de sífilis, hepatite 
B e infecção pelo HIV. 
 
9. Qual é o tipo de violência mais recorrente em idosos? Fatores de risco para violências e acidentes? Existe algum 
programa de proteção contra violência neste público? 
Tipos de violências mais comuns: 
 
Violência Intrafamiliar e Maus Tratos contra a pessoa idosa 
De acordo com a Rede Internacional para a Prevenção dos Maus Tratos contra a Pessoa Idosa, define-se a violência contra esse 
grupo como: 
"Ato (único ou repetido) ou omissão que lhe cause dano físico ou aflição e que se produz em qualquer relação na qual exista 
expectativa de confiança". 
A violência é um problema social de grande dimensão que afeta toda a sociedade, atingindo, especialmente, e de forma 
continuada, mulheres, crianças, adolescentes, pessoas idosas e portadores de deficiência. 
 
A violência contra idosos se manifesta nas formas: 
• estrutural - ocorre pela desigualdade social e é naturalizada nas expressões da pobreza, da miséria e da discriminação 
• interpessoal - se refere nas relações cotidianas 
• institucional - se reflete na aplicação ou omissão da gestão das políticas sociais e pelas instituições de assistência 
 
A violência intrafamiliar é toda ação ou omissão que prejudique o bem-estar, a integridade física, psicológica ou a liberdade e o 
direito ao pleno desenvolvimento de outro membro da família. 
A violência intrafamiliar é aquela que acontece dentro da família, em casa ou fora dela, ou seja, nas relações entre os membros 
da comunidade familiar, formada por: 
• vínculos de parentesco natural (pai, mãe, filho/filha etc) 
• ou civil (marido/esposa, nora/genro etc), 
• por afinidade (primo ou parente do marido/esposa) 
• ou afetividade (amigo ou amiga que more na mesma casa). 
 
Tipos de violência 
• Violência física - manifestações que utilizam do uso de força física, provocando dor, incapacidade ou até a morte 
• Violência sexual - ato ou jogo sexual de caráter homo ouhetero-relacional que visa excitação ou satisfação sexual do agressor(a) 
• Violência psicológica - ação ou omissão (verbais gestuais) que causa ou visa causar dano à autoestima, à identidade ou 
desenvolvimento da pessoa idosa 
• Violência econômica ou financeira ou patrimonial - exploração indevida ou ilegal dos idosos ou ao uso não consentido por eles 
de recursos financeiros ou patrimoniais 
• Violência institucional - exercida nos/pelos próprios serviços públicos, por ação ou omissão 
• Abandono/negligência - falta de atenção para atender às necessidades da pessoa idosa 
• Autonegligência - violência da pessoa idosa contra si mesma, ameaçando sua própria saúde ou segurança 
 
 
10. Qual o impacto na vida do cuidador de idosos? Existe alguma rede de cuidado para este cuidador? 
Assumir a função de cuidador de um familiar idoso constitui uma experiência que produz enorme impacto na qualidade de vida 
desse cuidador, envolvendo alterações em sua saúde psicológica, física e social. Segundo Neri AL e Carvalho VAM (2002) as 
pesquisas revelam que na saúde física e mental do cuidador, há uma maior incidência de transtornos psiquiátricos, prevalência na 
utilização de medicamentos psicotrópicos, maior incidência de doenças somáticas, isolamento social, estresse não só pessoal, 
como familiar, alteração na saúde em geral, dentre outros efeitos. 
 
A depressão é um aspecto psicopatológico importante, já que os níveis de sintomas depressivos entre os cuidadores são altos, 
chegando até 55% de predominância nos que desempenham esse cuidado. Os resultados atuais indicam que os sintomas 
depressivos constantes estão intimamente associados à resposta ao estresse agudo (GARRIDO R e ALMEIDA OP, 2004; SCHULZ R, 
et al., 2008). Além disso, esses cuidadores sofrem risco de desenvolver a doença duas a três vezes maior que o restante da 
população. Quando analisada, a qualidade de vida de cuidadores, sobrecarregados e desgastados, observou-se que ela é 
comprometida em virtude do estresse, gerado em grande parte pela responsabilidade de cuidar. Com isso, sentimento de 
impotência, problemas de saúde, cansaço e irritabilidade podem comumente ser notificados como comprometedores da 
qualidade de vida deles. 
 
 
O cuidador de idosos usualmente é um familiar, do sexo feminino e, muitas vezes, é também idoso. Na sua maioria são pessoas 
não qualificadas, que assumiram o papel de cuidador pela disponibilidade, instinto ou vontade. É frequente encontrarmos 
cuidadores idosos, por vezes, tão ou mais frágeis que os idosos que estão sendo cuidados. Apresentam fragilidades orgânicas e 
emocionais, vivenciando um alto nível de estresse e demandando mais atenção que o próprio paciente 
 
À medida que aumentam a debilidade e a dependência do idoso, com o passar do tempo, os encargos do ato de cuidar podem 
sofrer novas mudanças, exigindo maiores esforços para que as necessidades geradas pela diminuição da capacidade funcional do 
idoso sejam supridas, podendo gerar no cuidador, como resultado da repercussão do ato de cuidar, estado de vulnerabilidade, 
desgastes físicos, psicológicos e/ou sociais. 
Os cuidadores queixam-se, muitas vezes, de sobrecarga e, frequentemente, de depressão, estresse e ansiedade. Deixam de lado, 
na maioria das vezes, a profissão, as atividades de lazer e o autocuidado, podendo levar a prejuízos na qualidade de vida e no 
cuidado prestado ao idoso. 
A sobrecarga deve ser vista como um conceito multidimensional, o qual abrange a esfera biopsicossocial, resultado da busca de 
equilíbrio entre as seguintes variáveis: tempo disponível para o cuidado, recursos financeiros, condições psicológicas, físicas e 
sociais, atribuições e distribuição de papéis. Desse modo, o ato de cuidar tem sido conceituado como importante fator estressor 
e, somado ao caráter crônico e sem um tempo definido para a sua duração, encontra-se associado a repercussões negativas do 
cuidar, provocando interferências na saúde física e psicológica de quem cuida 
 
OT2: A HISTÓRIA E A REFORMA PSIQUIATRICA NO BRASIL 
1. Quais as concepções da loucura? 
Pela visão iluminista: 
1. Conceitos de loucura como doença psiquiátrica - em especial como psicose e esquizofrenia; conceitos aos quais não nos 
ateremos aqui, embora sejam objeto de análise da mesma dissertação de mestrado. 
2. Conceitos de loucura na interface doença psiquiátrica tradicional / modificação e crítica dos conceitos psiquiátricos pela Saúde 
Mental - incluindo conceitos psicológico-filosóficos de loucura, os quais estabelecem uma área de interpenetração entre a 
Psiquiatria e a Saúde Mental. Sobre este grupo recairá o foco de análise deste artigo. 
3. Conceitos histórico-sociais de loucura relacionados à institucionalização psiquiátrica. Talvez seja este o campo de teorização 
que faz mais justiça às intenções de boa parte dos pesquisadores que se dedicam à Saúde Mental como campo de saber autônomo 
e independente, em superação ao campo psiquiátrico no que diz respeito à produção de conhecimento e mesmo à sua teorização 
como integrante da própria institucionalização da loucura (Amarante, 1994). Mas essa categoria não será analisada no presente 
artigo, uma vez que sua importância e complexidade requerem análise futura, em que seja foco. 
Teórica: 
A concepção teórica da Saúde Mental percebe a loucura essencialmente como um fenômeno de intolerância e exclusão da vida 
social, em que surge um rechaço do louco por ele ser visto como doente mental, o que conduz a uma internação hospitalar mesmo 
contra sua vontade, com o fim de ser isolado. 
2. Quais os marcos da psiquiatria no Brasil e no mundo? (desde a idade antiga) – 1808,1830,1852, 1881, 1890, 
1898, 1902, 1903, 1907, 1912, 1923, 1937, 1941, 1946, 1956, 1978, 1987, 1988, 2001, 2003, 2006 
1808 - A transferência da Corte portuguesa para a cidade do Rio de Janeiro e a consequente abertura dos portos brasileiros às 
nações amigas enseja a vinda para o Brasil de inúmeros artistas, cientistas e intelectuais. 
1830 - A Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro realiza diagnóstico sobre a situação dos loucos na cidade, que, a partir de então, 
passam a ser considerados doentes mentais, merecedores de espaço próprio para reclusão e tratamento. 
1852 - Inaugurado em 8 de dezembro, com a presença do Imperador, o Hospício de Pedro II, conhecido popularmente como 
``Palácio dos Loucos``. 
1881 - O Decreto n ° 8.024, de 12 de março, cria a cadeira de Doenças Nervosas e Mentais nas Faculdades de Medicina da Bahia 
e do Rio de Janeiro. 
1902 - Juliano Moreira é nomeado diretor do Hospício Nacional de Alienados. 
1903 - Criada a Lei de Assistência aos Alienados, primeira legislação brasileira específica sobre alienados e alienação mental. 
1907 - Criada, no Rio de Janeiro, a Sociedade Brasileira de Psiquiatria, Neurologia e Medicina Legal. 
1912 - A Psiquiatria torna-se uma especialidade médica autônoma. 
1923 - Criada a Liga Brasileira de Higiene Mental (LBHM) por Gustavo Riedel. 
1937 - O Serviço de Assistência aos Doentes Mentais é ampliado, transformando-se na Divisão de Assistência aos Doentes Mentais, 
que estende a ação federal para os vários estados da Federação. 
1941 - O Decreto-Lei n 3.171, de 2 de abril, cria o Serviço Nacional das Doenças Mentais, com seus órgãos centrais: Centro 
Psiquiátrico Nacional, Colônia Juliano Moreira e Manicômio Judiciário. 
1946 - A psiquiatra alagoana Nise da Silveira inaugura a Sessão de Terapêutica Ocupacional e Reabilitação (STOR) no Centro 
Psiquiátrico Nacional, localizado no bairro de Engenho de Dentro. 
1956 - Projeto de Lei de 10 de julho cria o Departamento Nacional de Saúde Mental. 
1978 - Criado o Movimento de Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM), um grupo de profissionais de saúde que começa a pensar 
em alternativas para a visão hospitalocêntrica. 
1987 - Criado, em São Paulo, o Núcleo de Atenção Psicossocial (NAPS) Luiz Cerqueira. Realizada, no Rio de Janeiro, a I Conferência 
Nacional de Saúde Mental (CNSM), na qual élançado o lema “Por Uma Sociedade Sem Manicômios”. 
2001 - Sancionada a Lei n ° 10.216, de 6 de abril, originalmente apresentada pelo Deputado Paulo Delgado, que trata dos direitos 
dos usuários dos serviços de Saúde Mental e retira o manicômio do centro do tratamento. Realizada, em Brasília, a III Conferência 
Nacional de Saúde Mental, com o tema “Cuidar sim, excluir não. Efetivando a Reforma Psiquiátrica com Acesso, Qualidade, 
Humanização e Controle Social”. 
2003 - A Lei n ° 10.708, de 31 de julho, institui o auxílio-reabilitação psicossocial para pacientes acometidos de transtornos mentais 
egressos de internações. Parte integrante de um programa de ressocialização de pacientes internados em hospitais ou unidades 
psiquiátricas, denominado “De Volta Para Casa”, sob coordenação do Ministério da Saúde. 
2006 - Inaugurado, dia 18 de dezembro, em Fortaleza, CE, o milésimo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do Brasil. Marco na 
consolidação da Rede de Atenção de Serviço Psicossocial do Brasil: primeira vez em que há maior investimento em ações 
comunitárias do que em 
 
3. O que foi a Luta Antimanicomial? 
O Movimento da Luta Antimanicomial se caracteriza pela luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental. Dentro desta 
luta está o combate à ideia de que se deve isolar a pessoa com sofrimento mental em nome de pretensos tratamentos, ideia 
baseada apenas nos preconceitos que cercam a doença mental. O Movimento da Luta antimanicomial faz lembrar que como todo 
cidadão estas pessoas têm o direito fundamental à liberdade, o direito a viver em sociedade, além do direto a receber cuidado e 
tratamento sem que para isto tenham que renunciar a seu lugar de cidadãos. 
A luta vai contra ao modelo institucionalizado de atenção, que possuía práticas assistenciais que violentavam e centralizavam o 
cuidado em instituições produtoras de exclusão social. 
 
4. Como era a abordagem da psiquiatria no mundo antes da Reforma Psiquiátrica? (Basaglia) 
O médico e psiquiatra Franco Basaglia foi o precursor do movimento de reforma psiquiátrica italiano conhecido como Psiquiatria 
Democrática. No ano de 1961, quando assumiu a direção do hospital, iniciou diversas mudanças com o objetivo de transformá-lo 
em uma comunidade terapêutica. Sua primeira atitude foi melhorar o cuidado técnico aos internos em Gorizia, além de melhorar 
também suas condições de hospedaria. Porém, à medida que se deparava com a miséria humana criada pelas condições do 
hospital, percebia que uma simples humanização deste não seria suficiente. Ele notou que eram necessárias transformações 
profundas tanto no modelo de assistência psiquiátrica quanto nas relações entre a sociedade e a loucura. Basaglia era grande 
crítico da postura tradicional da cultura médica, que transformava o indivíduo e seu corpo em meros objetos de intervenção 
clínica. No campo das relações entre a sociedade e a loucura, ele assumia uma posição crítica para com a psiquiatria clássica e 
hospitalar, por esta se centrar no princípio do isolamento do louco (a internação como modelo de tratamento), sendo, portanto, 
excludente e repressora. 
A partir de 1970, quando foi nomeado diretor do Hospital Provincial na cidade de Trieste, iniciou o processo de fechamento 
daquele hospital psiquiátrico. Em Trieste, ele promoveu a substituição do tratamento hospitalar e manicomial por uma rede 
territorial de atendimento, da qual faziam parte serviços de atenção comunitários, emergências psiquiátricas em hospital geral, 
cooperativas de trabalho protegido, centros de convivência e moradias assistidas (chamadas por ele de “grupos-apartamento”) 
para os loucos. No ano de 1973, a Organização Mundial de Saúde (OMS) credenciou o Serviço Psiquiátrico de Trieste como principal 
referência mundial para uma reformulação da assistência em saúde mental. A partir de 1976, o hospital psiquiátrico de Trieste foi 
fechado oficialmente, e a assistência em saúde mental passou a ser exercida em sua totalidade na rede territorial montada por 
Basaglia. Como consequência das ações e dos debates iniciados por Franco Basaglia, no ano de 1978 foi aprovada na Itália a 
chamada “Lei 180”, ou “Lei da Reforma Psiquiátrica Italiana”, também conhecida popularmente como “Lei Basaglia”. Franco 
Basaglia esteve algumas vezes no Brasil realizando seminários e conferências. Suas ideias se constituíram em algumas das 
principais influências para o movimento pela Reforma Psiquiátrica no país. 
A partir da segunda metade do século vinte, impulsionada principalmente por Franco Basaglia, inicia-se uma radical crítica e 
transformação do saber, das instituições psiquiátricas e de suas formas de tratamento. Tal movimento inicia-se na Itália, mas tem 
repercussões em todo o mundo e muito particularmente no Brasil. Nesse sentido, inicia-se o movimento de Luta Antimanicomial 
que nasce profundamente marcado pela ideia de defesa dos direitos humanos e de resgate da cidadania dos que carregam 
transtornos mentais. Aliado a essa luta, nasce o movimento da Reforma Psiquiátrica que, mais do que denunciar os manicômios 
como instituições de violências, propõe a construção de uma rede de serviços e estratégias territoriais e comunitárias, 
profundamente solidárias, inclusivas e libertárias. No Brasil, tal movimento inicia-se no final da década de 70 com a mobilização 
dos profissionais da saúde mental e dos familiares de pacientes com transtornos mentais. Esse movimento se inscreve no contexto 
de redemocratização do país e na mobilização político-social que ocorre na época. 
 
5. Como foi o processo da Reforma Psiquiátrica no Brasil? Como era vista antes (projeto de saúde mental de 
2003 a 2015 e de 2016 em diante)? 
Em 1808, ocorreu a chegada da família real portuguesa e seus súditos na cidade do Rio de Janeiro. Com esse 
desembarque e instalação dos portugueses na cidade brasileira, mudanças começaram a ocorrer no cenário, na 
economia e na cultura da região para se adequar a corte. 
Visando a modernização e a consolidação da nação como um país independente, os ditos “loucos” passaram a ser 
vistos como a escória da sociedade, representando uma ameaça à ordem pública. Sendo assim, não era bem-visto 
para o país aqueles que eram pobres ou apresentavam comportamentos agressivos e vagavam pelas ruas. 
Portanto, como não havia tratamento para os doentes mentais no país, os ricos eram mantidos escondidos nas casas 
e os pobres que perambulavam pelas ruas passaram a ser trancafiados nos porões das Santas Casas de Misericórdia, 
onde viviam em condições degradantes. 
Em 1830, a recém-criada Sociedade de Medicina e Cirurgia lança uma nova palavra de ordem: “aos loucos, o hospício”, 
protestando contra as condições dos pacientes nas Santas Casas. E em 1841, Dom Pedro II assina, o decreto de criação 
do primeiro hospício brasileiro, que recebeu seu nome e foi inaugurado em 1852. 
Os pacientes que se encontravam até então, nas Santas Casas de Misericórdia são transferidos para a primeira 
instituição psiquiátrica brasileira que tinha como base a ideia do tratamento moral. 
O Hospício Dom Pedro II, manteve-se vinculado a Santa Casa até 1890 (depois da desvinculação renomeado Hospital 
Nacional dos Alienados). E logo nos primeiros anos após a Proclamação da República ocorreu a implantação das 
primeiras Colônias de Alienados, destinadas especificamente a pacientes homens indigentes. 
As colônias de São Bento e Conde de Mesquita se constituíram como uma estratégia para amenizar a superlotação do 
Hospital, e em uma tentativa de buscar, nas práticas agrícolas, uma aceleração no processo de recuperação dos 
doentes. 
Depois de irregularidades administrativas e orçamentárias nas colônias e no hospital, Juliano Moreira, psiquiatra 
brasileiro, foi nomeado em 1903, diretor do serviço sanitário do Hospício Nacional de Alienados e da então 
Assistência Médico-Legal de Alienado. 
Ao assumir seu novo cargo, o psiquiatra iniciou algumas mudanças à instituição como: 
• aampliação dos pavilhões 
• aquisição de novos equipamentos 
• instalou o laboratório de análises clínicas 
• implantou a técnica de punções lombares para elucidação diagnóstica 
• retirou as grades e aboliu a camisa-de-força. 
Juliano Moreira, assim, atraiu vários jovens profissionais e fez do hospital uma verdadeira escola de 
psiquiatria. Porém, as colônias e o hospital continuavam com sua prática excludente. 
Em 1923, a Fundação da Liga Brasileira de Higiene Mental tornou ainda mais forte o movimento de higiene mental. 
“As palavras de ordem da Liga eram “controlar, tratar e curar” e os fenômenos psíquicos eram vistos como produtos 
da raça ou do meio, decorrentes de obscuros fatores biológicos ou orgânicos” (FONTE, 2013). 
Somente em 1970, no contexto de reforma sanitária, que se teve início aqui no Brasil discussões sobre a necessidade 
de humanizar o tratamento das pessoas com transtornos mentais. Nesse momento, diversos setores da 
sociedade estavam mobilizados em torno da redemocratização do país (período da ditadura militar). 
Devido às péssimas condições de trabalho, inadequação do quadro de recursos humanos, baixos salários e persistência 
do modelo manicomial, ocorre, em 1978, uma crise na Divisão Nacional de Saúde Mental (DINSAM), órgão do 
Ministério da Saúde então responsável pelas políticas de saúde mental e assim, surgiu o Movimento dos 
Trabalhadores em Saúde Mental reivindicando mudanças: 
• denunciava as condições de tratamento dos hospitais 
• criticava o modelo manicomial e 
• inspirava-se nas ideias de Basaglia. 
Em 1987, aconteceu o I e II Congresso do Movimento de Trabalhadores em Saúde Mental, sendo que, este último foi 
marcado pelo início da Articulação Nacional da Luta Antimanicomial e adoção do lema: “Por uma sociedade sem 
manicômios”. 
Nesse mesmo período, houve a criação do primeiro Centro de Atenção Psicossocial no país, na cidade de São Paulo, o 
CAPS Prof. Luiz da Rocha Cerqueira. 
Diante do cenário de tentativa de mudanças na saúde mental, em 1989, o Deputado Paulo Delgado apresentou no 
Congresso Nacional o Projeto de Lei 3.657/89, o qual tramitou por 12 anos até ser aprovado, sendo que durante a 
tramitação sofreu alterações, que culminaram na pouca clareza sobre como se daria a criação das estratégias extra-
hospitalares. A Lei da Reforma Psiquiátrica, Lei 10.216 foi promulgada em 06 de abril de 2001. 
Um marco histórico para o setor de saúde mental, possibilitador de mudanças ao nível do Ministério da Saúde, foi 
a Conferência Regional para a Reestruturação da Assistência Psiquiátrica, realizada em Caracas, em 1990. Neste 
encontro, no qual o Brasil foi representado e signatário, foi promulgado o documento final intitulado” Declaração de 
Caracas”. 
Na Declaração de Caracas, os países da América Latina comprometeram-se a: 
• promover a reestruturação da assistência psiquiátrica; 
• rever criticamente o papel hegemônico e centralizador do hospital psiquiátrico; 
• salvaguardar os direitos civis, a dignidade pessoal, os direitos humanos dos usuários e 
• propiciar a sua permanência no meio comunitário. 
 
6. O que é a Carta de Bauru? 
A CARTA: 
Um desafio radicalmente novo se coloca agora para o Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental. Ao ocuparmos 
as ruas de Bauru, na primeira manifestação pública organizada no Brasil pela extinção dos manicômios, os 350 
trabalhadores de saúde mental presentes ao II Congresso Nacional dão um passo adiante na história do Movimento, 
marcando um novo momento na luta contra a exclusão e a discriminação. Nossa atitude marca uma ruptura. 
Ao recusarmos o papel de agente da exclusão e da violência institucionalizadas, que desrespeitam os mínimos direitos 
da pessoa humana, inauguramos um novo compromisso. Temos claro que não basta racionalizar e modernizar os 
serviços nos quais trabalhamos. 
O Estado que gerencia tais serviços é o mesmo que impõe e sustenta os mecanismos de exploração e de produção 
social da loucura e da violência. O compromisso estabelecido pela luta antimanicomial impõe uma aliança com o 
movimento popular e a classe trabalhadora organizada. O manicômio é expressão de uma estrutura, presente nos 
diversos mecanismos de opressão desse tipo de sociedade. A opressão nas fábricas, nas instituições de adolescentes, 
nos cárceres, a discriminação contra negros, homossexuais, índios, mulheres. 
Lutar pelos direitos de cidadania dos doentes mentais significa incorporar-se à luta de todos os trabalhadores por seus 
direitos mínimos à saúde, justiça e melhores condições de vida. Organizado em vários estados, o Movimento caminha 
agora para uma articulação nacional. Tal articulação buscará dar conta da Organização dos Trabalhadores em Saúde 
Mental, aliados efetiva e sistematicamente ao movimento popular e sindical. 
Contra a mercantilização da doença! Contra a mercantilização da doença; contra uma reforma sanitária privatizante e 
autoritária; por uma reforma sanitária democrática e popular; pela reforma agrária e urbana; pela organização livre e 
independente dos trabalhadores; pelo direito à sindicalização dos serviços públicos; pelo Dia Nacional de Luta 
Antimanicomial em 1988! 
Por uma sociedade sem manicômios! 
Bauru, dezembro de 1987 
O QUE FOI A CARTA: 
O manifesto assinado por 350 trabalhadores de saúde mental que estavam presentes. Nascia ali o Movimento Nacional 
da Luta Antimanicomial. 
 
7. Quais as indicações da eletroconvulsoterapia? Insulinoterapia? 
Eletroconvulsoterapia: 
A eletroconvulsoterapia (ECT) é um tratamento efetivo para certos subgrupos de indivíduos que sofrem de doenças 
mentais graves. Tais subgrupos consistem primariamente de pacientes com transtornos depressivos graves, catatonia, 
mania e, ocasionalmente, certos pacientes com esquizofrenia. As indicações para a eletroconvulsoterapia são: 
Depressão maior (episódio único ou recorrente); Transtorno afetivo bipolar (episódio depressivo, maníaco ou misto); 
Esquizofrenia não-crônica (sintomatologia afetiva ou catatônica proeminente), Transtorno esquizoafetivo, Transtorno 
esquizofreniforme. 
 
8. Quais os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais? 
Art. 1º Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que trata esta Lei, são assegurados 
sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, 
nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, 
ou qualquer outra. 
Art. 2º Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus familiares ou responsáveis serão 
formalmente cientificados dos direitos enumerados no parágrafo único deste artigo. 
Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental: 
I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades; 
II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua 
recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade; 
III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração; 
IV - ter garantia de sigilo nas informações prestadas; 
V - ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização involuntária; 
VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis; 
VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento; 
VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis; 
IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental. 
 
OT3: ATENÇÃO À SAÚDE DO PACIENTE COM TRANSTORNO MENTAL 
1. Qual o perfil epidemiológico dos transtornos mentais no Brasil e no Mundo? Como a pandemia do COVID-19 afetou 
essa epidemiologia? (transtornos mais comuns, incidência, prevalência etc.) 
Epidemiologia no Mundo 
DEPRESSÃO: 
• Depressão é um transtorno mental que afeta mais de 264 milhõesde pessoas, de todas as idades, no mundo (WHO, 2018). 
• A depressão é uma condição comum, e o risco do episódio depressivo maior durante a vida é de aproximadamente 15%. 
• A Organização Mundial de Saúde aponta a depressão como uma das maiores causas de incapacidade e a doença com maior 
impacto na carga global de doenças. 
Em todo o mundo, a depressão é mais frequente em mulheres e, nas formas severas, pode levar ao suicídio (WHO, 2013). 
ANSIEDADE: 
• A prevalência pontual dos transtornos de ansiedade ao redor do mundo é de cerca de 4%, enquanto a prevalência ao longo da 
vida é de 29%. 
Epidemiologia no Brasil 
No Brasil, estima-se que do orçamento do SUS, 2,3% seja gasto com saúde mental, e que a prevalência de transtornos mentais e 
comportamentais seja de 20,0%, sendo que 3,0% da população geral sofra com quadros severos e persistentes e 12,0% necessitem 
de algum atendimento em saúde mental, seja contínuo ou eventual. 
Alguns estudos de base populacional realizados em países ocidentais sugerem que cerca de 35% da população adulta não 
institucionalizada apresenta algum transtorno mental ao longo da vida. No mundo, dentre as dez primeiras causas de anos vividos 
com incapacidade, sete são transtornos mentais, sendo que estes ainda respondem por 34% de todas as consultas médicas. 
Segundo um estudo da WHO (2001), no ano 2000, 12% da população apresentava algum tipo de TMC, e, em 2020, chegará a 
15%. No Brasil, estima-se que a prevalência de TMC seja de 20%, sendo que 3% da população geral sofre com quadros severos e 
persistentes e 12% necessitam de algum 13 atendimento em saúde mental, seja contínuo ou eventual. Do orçamento do SUS, 
2,3% são gasto com saúde mental. 
Esses transtornos correspondem a 12% das doenças no mundo e a 1% da mortalidade. No entanto, cerca de 40% dos países ainda 
não apresentam políticas em saúde mental que sejam eficientes e 30% não têm programas voltados para essa situação. 
A pandemia impactou negativamente o comportamento e a saúde mental das pessoas: 
• 34% dos fumantes aumentaram o número de cigarros consumidos por dia; 
• 17,6% das pessoas aumentaram o consumo de álcool. 
• O percentual das pessoas que realizavam atividades físicas semanais caiu de 30,4% para 12,6%, 
• O tempo diário de televisão aumentou em 1 hora e 45 minutos e o tempo computador e tablet também aumentou cerca de 1 
hora e 30 minutos. 
EPIDEMIOLOGIA DO SUICIDIO 
É a 3ª causa de mortes no mundo e o Brasil está entre os 10 países com maiores casos. Mais de 800 mil pessoas se suicidam todos 
os anos, representando uma morte a cada 40 segundos, no Brasil é a cada 46 minutos. Os mais acometidos são homens, brancos, 
solteiros e de baixa renda. A faixa etária de maior incidência é de 15 a 29 anos. Existem fatores preponderantes para que este 
ocorra tais como: doenças mentais, aspectos sociais e psicológicos e as condições de saúde do indivíduo, tem-se como destaque 
a maior causa de suicídio, com 35,8%, os transtornos mentais. A região brasileira com maiores índices é a Sudeste, seguida das 
regiões Sul, Nordeste, Centro Oeste e Norte. 
Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos. 
Para cada suicídio, há muito mais pessoas que tentam o suicídio a cada ano. A tentativa prévia é o fator de risco mais importante 
para o suicídio na população em geral. 
O suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos. 
79% dos suicídios no mundo ocorrem em países de baixa e média renda. 
Ingestão de pesticidas, enforcamento e armas de fogo estão entre os métodos mais comuns de suicídio em nível global. 
PRINCIPAIS CAUSAS DE SUICIDIO 
− 35,8%, os transtornos mentais 
− Baixa renda 
− Bullying/represaria social 
− Doenças terminais ou graves 
COVID 19 E SUICIDIO 
O alto potencial de suscetibilidade a consequências extremas para a saúde mental, incluindo ideação e tentativas de suicídio 
(Fitzpatrick et al., 2020). A pandemia é um tipo de catástrofe biológica, sendo um acontecimento extremamente traumático que 
pode aumentar o risco de suicídio (Que et al., 2020). De acordo com a literatura, Sher (2020b) afirma que os sobreviventes da 
COVID-19 continuamente apresentam transtorno de estresse pós-traumático, insônia, depressão, ansiedade e sintomas 
obsessivo-compulsivos. Esses dados revelam risco de suicídio, pois a maioria dos suicidas tem uma doença psiquiátrica 
diagnosticável (Sher, 2020c). 
o potencial estresse prolongado devido à pandemia de COVID-19 pode influenciar no funcionamento imunológico e neurológico 
agravando o risco de suicídio. Nesse contexto Fountoulakis et al. (2021) ratificam que as mudanças nos hábitos e rotinas diárias, 
nas condições de trabalho, assim como no comportamento social, devem causar mais estresse, especialmente com a chance de 
uma iminente crise econômica e provável desemprego. Para Deady et al. (2020), o desemprego está associado a um aumento de 
duas a três vezes no risco relativo de morte por suicídio em comparação com indivíduos empregados, também foi visto que picos 
no desemprego estão associados a aumentos compatíveis nas taxas de suicídio da população. 
 
2. Diferenças entre os principais transtornos (ansiedade, depressão etc.) - diferenciar sintomas clínicos 
(tristeza, insônia etc.) dos transtornos mentais. Quais são os transtornos mentais mais prevalentes nos profissionais 
de saúde? 
 
Transtornos mentais mais comuns em profissionais da saúde: ansiedade, depressão e sindrome de burnout. 
3. Quais são os desafios de enfrentamento dos transtornos mentais no Brasil? Quais são os fatores que 
influenciam no desenvolvimento de doenças mentais? 
Recentemente e cada vez mais, os problemas de saúde mental têm sido reconhecidos como dos mais relevantes no 
contexto da saúde pública. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que apenas a depressão, por 
exemplo, representa 4,3% da carga mundial de morbidade e 11,0% dos anos vividos com incapacidades. Isso 
naturalmente tem papel significativo em termos de perdas monetárias, com impacto que pode chegar a mais de 16 
bilhões de dólares em todo o mundo, entre 2011 e 2030. Tais custos econômicos e, portanto, sociais derivam tanto 
dos transtornos mentais se constituírem uma das principais causas para a incapacitação para o trabalho, quanto por 
serem também relacionados a diversos outros problemas de saúde, como hipertensão, diabetes, câncer e doenças do 
coração. 
Ainda há muitos e novos desafios pela frente, que certamente se inter-relacionam, entre eles se destacando a 
necessidade de capacitação e estruturação das ações da atenção primária nos cuidados em saúde mental; a 
necessidade de manutenção do ritmo histórico do crescimento da cobertura nacional de CAPS, além dos complexos 
desafios relacionados ao uso de álcool e drogas. Desafios da saúde mental: Ainda há muitos e novos desafios pela 
frente, que certamente se interrelacionam, entre eles se destacando a necessidade de capacitação e estruturação das 
ações da atenção primária nos cuidados em saúde mental, a necessidade de manutenção do ritmo histórico do 
crescimento da cobertura nacional de CAPS, além dos complexos desafios relacionados ao uso de álcool e drogas. O 
primeiro desafio aqui listado diz respeito ao fortalecimento da capacidade da atenção primária para exercer seu 
protagonismo no cuidado em relação à saúde mental, tanto em termos técnicos, quanto institucionais. Pode-se dizer 
que a responsabilidade sanitária específica da APS é realizada no cuidado efetivo e eficaz relativo aos quadros de alta 
prevalência, como os transtornos depressivos–ansiosos e os problemas referentes ao uso nocivo de álcool. Nesse 
contexto, a necessidade de integração da ESF com os outros dispositivos e instâncias do sistema de saúde é 
indispensável, para superar ações isoladas e construir redes de cuidado. No que diz respeito ao avanço da cobertura 
dos CAPS, é possível observar que o ritmo de abertura de novos serviçosfora de mais de 120 novas unidades por ano 
até 2017, a partir do que se registra queda, não chegando hoje sequer a 100 novos CAPS anuais. 
Em 2016, a Emenda Constitucional estabeleceu um teto, a ser mantido por 20 anos, que inibe o crescimento de gastos 
com saúde. Ao mesmo tempo, ocorreu reajuste substancial nos valores pagos em diárias nos hospitais psiquiátricos, 
em claro detrimento dos serviços comunitários. Pode-se entender, assim, que o limite imposto pelo contexto de 
restrição orçamentária, concomitante à reorientação da política de saúde mental, privilegiando investimentos em 
hospitais psiquiátricos, constitui uma autêntica ameaça à expansão da cobertura de serviços de base territorial. E 
estes, como é amplamente demonstrado em todo o mundo, são decisivos para a qualidade da assistência, para o 
enfrentamento dos casos mais graves e para a ampliação do alcance dos cuidados em saúde mental, devido a sua 
maior capilaridade no tecido social e articulação com a atenção primária e outros setores das políticas públicas. O 
próprio cuidado em saúde para as pessoas que fazem uso nocivo de drogas tem pautado importantes questões, tais 
como: as discussões sobre grupos específicos (jovens, indígenas, população LGBTI, negros, entre outros); os 
determinantes sociais do uso de álcool e drogas; as diferenças entre os problemas referentes ao álcool e os problemas 
referentes a outras drogas, principalmente em relação aos aspectos legais; o fortalecimento da rede de saúde mental 
e a necessidade de ampliação da cobertura de CAPS-ad e de unidades de acolhimento para adultos e crianças; além 
da questão das violações de direitos em instituições asilares, como as Comunidades Terapêuticas. Por fim, o campo 
da saúde mental é repleto de disputas, muitas vezes de caráter corporativo, que deixam de lado os valores humanos, 
éticos e científicos que devem embasar as decisões em uma política pública. 
4. Como os transtornos mentais estão relacionados com a carga global de doenças? 
Mundialmente, os transtornos mentais respondem por 32,4% dos anos de vida vividos com incapacidade.” No Brasil, 
acrescenta o estudo, estimativas recentes mostraram que os transtornos depressivos e ansiosos respondem, 
respectivamente, pela quinta e sexta causas de anos de vida vividos com incapacidade. 
No Brasil, 30% dos adolescentes apresentavam transtornos mentais comuns, caracterizados por sintomas de 
ansiedade, depressão e queixas somáticas inespecíficas. Problemas de saúde mental são altamente persistentes, 
fazendo com que uma parcela importante desses adolescentes tenha algum prejuízo, em decorrência de tais 
transtornos, na vida adulta. 
Com a publicação dos resultados do primeiro estudo de Carga Global de Doença (Global Burden of Disease – GBD), em 
1996, o impacto de transtornos prevalentes e incapacitantes com menor mortalidade, como os TM, destacaram-se 
como um grave problema de saúde pública. Nesse estudo, cinco das dez principais causas de anos vividos com 
incapacidade (Years Lived With Disability – YLD), em todo o mundo, pertenciam à categoria, a saber: transtornos 
depressivos (13,0%), transtornos decorrentes do uso de álcool (7,1%), esquizofrenia (4,0%), transtorno bipolar (3,3%) 
e transtorno obsessivo compulsivo (2,8%). 
Desde então, esses transtornos, com destaque para os transtornos depressivos e de ansiedade, têm aparecido na 
classificação das principais causas de carga de doença (Disability Adjusted Life Years – DALY) e de incapacidade (YLD) 
do mundo. Em 2010, os TM foram responsáveis por 7,4% do total de DALY e 22,9% do total de YLD, tornando-se a 
quinta principal causa de DALY e a primeira causa de YLD no mundo. 
No Brasil, há poucos estudos populacionais representativos que apresentam estimativas de prevalência para os TM12-
20. Estudo realizado com amostra representativa de adultos da cidade de São Paulo e região metropolitana constatou 
uma prevalência de TM, nos últimos 12 meses, de 29,6%, sendo a ansiedade 
(19,9%) e os transtornos de humor (11,0%) os mais prevalentes, seguidos pelos transtornos de controle de impulso 
(4,2%) e decorrentes do uso de substâncias psicoativas (3,6%). Contudo, há poucos estudos de prevalência que 
avaliam diferentes regiões do país assim como dados de mortalidade por TM22-25. 
Nesse sentido, é importante conhecer e mensurar o impacto da carga dos TM nas diferentes Unidades Federativas 
(UFs) brasileiras, tendo em vista a vasta diversidade cultural e socioeconômica no país. 
 5. Como é feita a promoção, prevenção e cuidado em saúde mental na atenção básica? 
A Atenção Básica tem como um de seus princípios possibilitar o primeiro acesso das pessoas ao sistema de Saúde, 
inclusive daquelas que demandam um cuidado em saúde mental. Neste ponto de atenção, as ações são desenvolvidas 
em um território geograficamente conhecido, possibilitando aos profissionais de Saúde uma proximidade para 
conhecer a história de vida das pessoas e de seus vínculos com a comunidade/território onde moram, bem como com 
outros elementos dos seus contextos de vida. Podemos dizer que o cuidado em saúde mental na Atenção Básica é 
bastante estratégico pela facilidade de acesso das equipes aos usuários e vice-versa. Por estas características, é comum 
que os profissionais de Saúde se encontrem a todo o momento com pacientes em situação de sofrimento psíquico. 
No entanto, apesar de sua importância, a realização de práticas em saúde mental na Atenção Básica suscita muitas 
dúvidas, curiosidades e receios nos profissionais de Saúde. 
Escuta e Acolhimento 
As intervenções em saúde mental devem promover novas possibilidades de modificar e qualificar as condições e 
modos de vida, orientando-se pela produção de vida e de saúde e não se restringindo à cura de doenças. Isso significa 
acreditar que a vida pode ter várias formas de ser percebida, experimentada e vivida. Para tanto, é necessário olhar o 
sujeito em suas múltiplas dimensões, com seus desejos, anseios, valores e escolhas. Na Atenção Básica, o 
desenvolvimento de intervenções em saúde mental é construído no cotidiano dos encontros entre profissionais e 
usuários, em que ambos criam novas ferramentas e estratégias para compartilhar e construir juntos o cuidado em 
saúde. Os profissionais de Saúde realizam diariamente, por meio de intervenções e ações próprias do processo de 
trabalho das equipes, atitudes que possibilitam suporte emocional aos pacientes em situação de sofrimento. 
O famoso desabafo: o profissional de Saúde como um interlocutor para a pessoa em sofrimento 
Não raramente, os profissionais oferecem atenção e tempo para a escuta, o que permite um espaço de desabafo para 
o paciente. A atitude de desabafar e de escutar o desabafo é comum no dia a dia de muitas pessoas, 
independentemente de elas exercerem um ofício profissional relacionado à saúde. Por ser considerada uma prática 
do senso comum e não uma técnica específica do profissional de Saúde, a oferta para escutar atentamente o desabafo 
pode parecer algo menor se comparado a outras condutas técnicas. Contudo, essa desvalorização do espaço para a 
escuta não invalida sua importância e potência, principalmente no trabalho na Atenção Básica. É uma primeira 
ferramenta a ser utilizada pelo profissional de Saúde para que o paciente possa contar e ouvir o seu sofrimento de 
outra perspectiva, por intermédio de um interlocutor que apresenta sua disponibilidade e atenção para ouvir o que 
ele tem a dizer. A partir dessa aposta, entendemos que o usuário encontrará no profissional de Saúde uma pessoa 
interessada por sua vida e em lhe ajudar. Na medida em que a unidade de Atenção Básica e seus trabalhadores 
consigam oferecer o cuidado em saúde ao longo do tempo, torna-se possível fortificar uma relação de vínculo, e então 
têm-se maiores condições de ouvir do usuário aquilo que ele tem a nos contar. Por vezes o usuário não se dá conta da 
relação de seus conflitos e seus sofrimentos comaquilo que ele fala, pensa ou faz. Ter o profissional de Saúde da 
Atenção Básica como um interlocutor pode ser uma via para lidar com esses sofrimentos cotidianos, muitas vezes 
responsáveis por somatizações ou complicações clínicas. O exercício de narrar seus sofrimentos, ter a possibilidade de 
escutar a si mesmo enquanto narra, além de ser ouvido por um profissional de Saúde atento, por si só, já pode criar 
para o usuário outras possibilidades de olhar para a forma como se movimenta na vida e suas escolhas, além de 
também ofertar diferentes formas de perceber e dar significado aos seus sofrimentos. Outras vezes, caberá ao 
profissional de Saúde, a partir daquilo que ouviu ou percebeu, devolver ao paciente algumas ofertas para lidar com 
situações que aumentam o sofrimento. A segurança para realizar estas orientações virá do vínculo produzido com o 
usuário ao longo do tempo. Cabe destacar que isso é possível justamente porque o profissional de Saúde se dispôs e 
soube se colocar como este interlocutor. 
A potência do acolhimento 
O acolhimento realizado nas unidades de Saúde é um dispositivo para a formação de vínculo e a prática de cuidado 
entre o profissional e o usuário. Em uma primeira conversa, por meio do acolhimento, a equipe da unidade de Saúde 
já pode oferecer um espaço de escuta a usuários e a famílias, de modo que eles se sintam seguros e tranquilos para 
expressar suas aflições, dúvidas e angústias, sabendo então que a UBS está disponível para acolher, acompanhar e se 
o caso exigir, cuidar de forma compartilhada com outros serviços. Estes encontros com os usuários oferecem ao 
profissional a possibilidade de conhecer as demandas de saúde da população de seu território. Com este 
conhecimento, a equipe de Saúde tem como criar recursos coletivos e individuais de cuidado avaliados como os mais 
necessários ao acompanhamento e ao suporte de seus usuários e de sua comunidade. No campo da Saúde Mental, 
temos como principais dispositivos comunitários os grupos terapêuticos, os grupos operativos, a abordagem familiar, 
as redes de apoio social e/ou pessoal do indivíduo, os grupos de convivência, os grupos de artesanato ou de geração 
de renda, entre outros. Estes dispositivos também podem ser úteis na abordagem de problemas de saúde de outros 
campos. 
 
 
8. Como é feita a vigilância relacionada ao suicídio? Qual o papel do Estado na prevenção de suicídio? (portaria 
1876, lei 13819, lei 13968) 
 
Portaria nº 1.876 de 14/08/2006: institui as Diretrizes Nacionais para Prevenção do Suicídio. 
 
Art. 2° Estabelecer que as Diretrizes Nacionais para Prevenção do Suicídio sejam organizadas de forma articulada entre o 
Ministério da Saúde, as Secretarias de Estado de Saúde, as Secretarias Municipais de Saúde, as instituições acadêmicas, as 
organizações da sociedade civil, os organismos governamentais e os não-governamentais, nacionais e internacionais, permitindo: 
I - desenvolver estratégias de promoção de qualidade de vida, de educação, de proteção e de recuperação da saúde e de 
prevenção de danos; 
II - desenvolver estratégias de informação, de comunicação e de sensibilização da sociedade de que o suicídio é um problema de 
saúde pública que pode ser prevenido; 
III - organizar linha de cuidados integrais (promoção, prevenção, tratamento e recuperação) em todos os níveis de atenção, 
garantindo o acesso às diferentes modalidades terapêuticas; 
IV - identificar a prevalência dos determinantes e condicionantes do suicídio e tentativas, assim como os fatores protetores e o 
desenvolvimento de ações intersetoriais de responsabilidade pública, sem excluir a responsabilidade de toda a sociedade; 
V - fomentar e executar projetos estratégicos fundamentados em estudos de custo-efetividade, eficácia e qualidade, bem como 
em processos de organização da rede de atenção e intervenções nos casos de tentativas de suicídio; 
VI - contribuir para o desenvolvimento de métodos de coleta e análise de dados, permitindo a qualificação da gestão, a 
disseminação das informações e dos conhecimentos; 
VII - promover intercâmbio entre o Sistema de Informações do SUS e outros sistemas de informações setoriais afins, 
implementando e aperfeiçoando permanentemente a produção de dados e garantindo a democratização das informações; e 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt1876_14_08_2006.html
 
VIII - promover a educação permanente dos profissionais de saúde das unidades de atenção básica, inclusive do Programa Saúde 
da Família, dos serviços de saúde mental, das unidades de urgência e emergência, de acordo com os princípios da integralidade e 
da humanização. 
 
CAPS 
As equipes dos Caps são responsáveis pelo cuidado de pessoas que, em grande proporção, padecem de alguns desses transtornos. 
Essas equipes lidam constantemente com indivíduos em situação de crise, quando o risco de suicídio se encontra agudizado. 
Também por estarem em contato próximo e duradouro com os pacientes, seus familiares e sua comunidade, estão em posição 
privilegiada para avaliação da “rede de proteção social” dos pacientes em risco de suicídio e a criação de estratégias de reforço 
dessa rede. 
 
 
 
● LEI Nº 13.819, DE 26 DE ABRIL DE 2019 
LEI Nº 13.819, DE 26 DE ABRIL DE 2019 - LEI Nº 13.819, DE 26 DE ABRIL DE 2019 - DOU - Imprensa Nacional 
 
Institui a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, a ser implementada pela União, em cooperação com 
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; e altera a Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998. 
Art. 3º São objetivos da Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio: 
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n%C2%BA-13.819-de-26-de-abril-de-2019-85673796
I - promover a saúde mental; 
II - prevenir a violência autoprovocada; 
III - controlar os fatores determinantes e condicionantes da saúde mental; 
IV - garantir o acesso à atenção psicossocial das pessoas em sofrimento psíquico agudo ou crônico, especialmente 
daquelas com histórico de ideação suicida, automutilações e tentativa de suicídio; 
V - abordar adequadamente os familiares e as pessoas próximas das vítimas de suicídio e garantir-lhes assistência 
psicossocial; 
VI - informar e sensibilizar a sociedade sobre a importância e a relevância das lesões autoprovocadas como 
problemas de saúde pública passíveis de prevenção; 
VII - promover a articulação intersetorial para a prevenção do suicídio, envolvendo entidades de saúde, educação, 
comunicação, imprensa, polícia, entre outras; 
VIII - promover a notificação de eventos, o desenvolvimento e o aprimoramento de métodos de coleta e análise de 
dados sobre automutilações, tentativas de suicídio e suicídios consumados, envolvendo a União, os Estados, o Distrito Federal, os 
Municípios e os estabelecimentos de saúde e de medicina legal, para subsidiar a formulação de políticas e tomadas de decisão; 
IX - promover a educação permanente de gestores e de profissionais de saúde em todos os níveis de atenção quanto 
ao sofrimento psíquico e às lesões autoprovocadas.

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