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FUNDAMENTOS PARA A PRÁTICA ODONTOLÓGICA
Antonio de Castro B. Neto
AMÁLGAMA DENTAL
Introduzido em 1826, como primeiro material restaurador. Amalgama é a mistura de liga metálica com Mercúrio (Hg) líquido, é uma massa com plasticidade para inserir em cavidades.
A composição do pó (limalha), que é a liga, é composta por Zinco 1%, Prata 65%, Estanho 29% e Cobre 6%. E a parte líquida é composto por Mercúrio 3%.
Prata: Resistencia mecânica, retarda perda de brilho e da dureza e diminui o escoamento.
Cobre: Substitui a prata. Aumenta a resistência mecânica, diminui o escoamento e a corrosão e so pode ter 6% em ligas convencionais.
Zinco: Desoxidante durante a fusão da liga, menor incidência de fratura marginal e o máximo de utilização no amalgama é 2%.
Estanho: Facilita a amalgamação, metal
Mercúrio: Líquido à temperatura ambiente, cor prateada brilhante, densidade elavada, volátil e altamente toxico.
VANTAGENS DE UTILIZAÇÃO
· Menos sensível à técnica e de fácil manipulação.
· Material durável e de baixo custo.
· Utilização envolve menos custo para o dentista.
· Menor tempo envolvido na técnica.
· Boa resistência ao destaque.
· Baixa adesão de bactérias na superfície.
· Bem indicado para situações que não envolvem estética.
MISTURA
Pó + Líquido = Trituração
Manual com grau e pistilo. Dosagem manual. (não é mais utilizado)
Mecânica com amalgamador digital. Atualmente tanto o pó quanto o líquido já vem dosagem certa.
INSERÇÃO
Condensação é feita com porta amálgama e condensadores.
REAÇÃO DE PRESA
Cristalização: processo de endurecimento do amálgama. As reações de presa das ligas de amálgama com mercúrio são geralmente descritas pelas fases metalúrgicas que são envolvidas.
CLASSIFICAÇÃO
Formato das partículas: Pode ser irregular (limalha) que são obtidas através da moagem e partículas esféricas obtidas pela atomização. Irregular: 50% ou mais de Hg e resiste melhor a pressão de condensação. Esférica: Menos Hg e a reação química é mais rápida, com maior lisura e brilho.
Tamanho das partículas: Podem ser pequenas, medias e grandes que estão presentes em todos os amalgamas. Se so forem presentes partículas pequenas e grandes necessitará de maiores quantidade de mercúrio.
Conteúdo de cobre: Baixo teor de cobre (-6%) e alto teor de cobre (6 – 30%). Baixo teor de cobre necessitam de mais mercúrio e possuem menor resistência, não sendo mais utilizadas.
LIGAS CONVENCIONAIS
Baixo Teor de Cobre 
Ag3Sn + Hg ------------ Ag3Sn + Ag2Hg3 + Sn8Hg
 V + Hg ------------ V + V1 + V2
· V: gama
· V1: gama 1
· V2: gama 2 (responsável pela má resistência do amalgama)
Alto Teor de Cobre Dispersa
Ela possui pó com ligas de duas composições diferentes (baixo e alto teor de cobre), tendo melhores propriedades que ligas convencionais.
Alto Teor de Cobre Única
Partículas com mesma composição química, principais componentes: cobre, estanho e prata. Com melhores propriedade mecânicas, resistência a corrosão e redução da fase gama 2.
ESTABILIDADE DIMENSIONAL
Pode sofrer expansão ou contração dependendo da manipulação. O ideal é a mínima alteração dimensional. A contração causa micro infiltração, acúmulo de placa e carie reincidentes. A expansão causa pressão sobre a polpa.
O amalgama que possui zinco na composição garante estabilidade, porém ele não pode ter contato com umidade durante a trituração ou condensação.
Expansão tardia: pode ocorrer depois de passados as primeiras 24h (3 a 5 dias).
RESISTÊNCIA
Tempo de trituração e velocidade inferem na resistência do amalgama. A Subtrituração (menos tempo) e a sobretrituração (mais tempo) diminuem a resistência.
A condensação certa elimina a porosidade. Porém se for com muita força acaba diminuindo a quantidade de Hg na massa do amalgama reduzindo a relação mercúrio/liga e favorecendo a contração.
A cristalização também infere na resistência. A resistência inicial do amalgama é baixa, com 20min a resistência é apenas 6% do valor total (uma semana depois) e após 8h a resistência é de 70% do valor total.
CREEP
Deformação dependente do tempo que é produzida por tensões. O processo de creep pode causar a expansão de uma restauração de amalgama para fora da cavidade preparada, aumentando sua suscetibilidade à fratura marginal. 
O ideal é minimizar a taxa de creep (falhas).
COROSSÃO
A chance de infiltração é menor com amalgama pelo seu poder corrosivo que selam a interface dente-restauração, o que dificulta o processo de retirada do amalgama caso tenha necessidade de remover a restauração do paciente.
DESVANTAGENS DO AMALGAMA
· Estética
· Sujeito a corrosão e ação galvânica (transmissão térmica do amalgama para o dente)
· Toxidade do mercúrio 
TOXICIDADE
As principais fontes de exposição: derramamento acidental, pouca higiene ao manipular, contato direto com o mercúrio e alergias e envenenamento crônico (mais raros).
Durante todo o processo de manipulação desse composto ocorre a liberação de vapor de mercúrio (maior fator tóxico do amalgama).

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