Barbosa, IM_G

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CURSO DE FORMAÇÃO 
PROFESSIONAL & SELF COACH
GED – GUIA DE ESTUDO DIRIGIDO 
IARA MARIA BARBOSA
Brasília/DF – Turma PSC INCOMPANY MPFDF 04
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Abril/2018
IARA MARIA BARBOSA
GED – GUIA DE ESTUDO DIRIGIDO
PROFESSIONAL & SELF COACH
Guia de Estudo Dirigido apresentado
como exigência para obtenção do título e
certificação internacional da formação de
PROFESSIONAL & SELF COACH. 
Brasília-DF/Turma PSC INCOMPANY MPFDF 04 A
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SUMÁRIO
1 COACHING EDUCATION..........................................................................................5
1.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA.....................................................................................5
1.2 CONCLUSÃO PESSOAL.........................................................................................10
2 COACHING..............................................................................................................11
2.1 O QUE É NECESSÁRIO NUMA SESSÃO DE COACHING.....................................11
2.2 QUAIS OS ELEMENTOS NECESSÁRIOS..............................................................12
2.3 QUAIS AS PRINCIPAIS FERRAMENTAS................................................................13
2.4 UMA BOA SESSÃO DE COACHING.......................................................................15
3 AS PERGUNTAS SÃO AS RESPOSTAS.................................................................16
4 NICHOS DE ATUAÇÃO DE COACHING.................................................................19
5 MEU NICHO DE NEGÓCIO DENTRO DO COACHING..........................................25
6 PEER COACHING...................................................................................................28
7 CINE COACHING....................................................................................................29
7.1 CONVERSANDO COM DEUS.................................................................................29
7.2 PODER ALÉM DA VIDA...........................................................................................30
7.3 QUEM SOMOS NÓS...............................................................................................31
7.4 A CORRENTE DO BEM...........................................................................................32
7.5 A PROVA DE FOGO................................................................................................33
7.6 A PROFECIA CELESTINA.......................................................................................34
7.7 DUAS VIDAS...........................................................................................................35
7.8 MÃOS TALENTOSAS..............................................................................................36
7.9 DIVERTIDAMENTE.................................................................................................37
7.10 COACH CARTER....................................................................................................38
8 NÍVEIS DA PIRÂMEDE DO PROCESSO EVOLUTIVO...........................................39
9 AGORA SOU UM PROFESSIONAL & SELF COACH.............................................41
10 MISSÃO DE VIDA....................................................................................................42
11 CURRÍCULO............................................................................................................43
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................46
ANEXOS...............................................................................................................................47
ANEXO 1 – RELATÓRIO DE PROCEDIMENTO E RESULTADOS.......................................47
ANEXO 2 – DIÁRIO DE BORDO..........................................................................................48
ANEXO 3 – COACHING GROUP MAIL................................................................................49
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1 COACHING EDUCATION
1.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
A palavra coaching deriva de coach na língua inglesa, sendo uma tradução da
palavra húngara kocsi, cujo surgimento se deu no século XVI para designar as
carruagens fabricadas na cidade de Kocs, Hungria. Tal origem já explica em partes o
que é o coaching atualmente: um processo viabilizado por alguém (coach) no intuito
de conduzir uma pessoa (coachee), ou um grupo, do lugar onde está ao lugar onde
deseja ir.
Voltando à origem, há registros de que em meados do século XVIII o termo
coach passou a ser utilizado em universidades para chamar pessoas que tinham um
alto nível de conhecimento, e por isso auxiliavam alunos a se preparar para exames.
Mais adiante, a palavra foi incorporada pelo esporte, e especificamente foi atrelada a
um método de desenvolvimento e motivação de atletas – o coaching esportivo. 
As técnicas utilizadas pelos coaches (treinadores) com os atletas nos
treinamentos esportivos surtiam efeitos além dos esperados, e favoreciam a
conquista dos resultados almejados pela equipe e individualmente. Em 1950,
executivos que tinham relação com esportes notaram o quão poderoso era aquele
processo e decidiram trazê-lo para o mundo dos negócios, com o objetivo de
desenvolver profissionais e ascender suas carreiras.
A partir do momento em que o coaching adentrou o universo corporativo, foi
necessária uma adaptação para aquele nicho, sendo absorvidas outras técnicas da
gestão de pessoas oriundas da psicologia, bem como teorias relacionadas com a
física quântica, a neurolinguística, dentre outras. Ou seja, a metodologia do
processo de coaching foi sendo desenvolvida também a partir de resultados de
pesquisas de outras ciências, incorporadas ao método que o caracteriza: a
formulação de perguntas poderosas ao coachee, ou cliente – aquele que busca o
processo de coaching.
Assim como as carruagens (kocsi) conduziam pessoas do lugar onde
estavam para onde desejavam ir, o processo de coaching prevê o desenvolvimento
do coachee, profissional e/ou pessoal, a partir da definição do resultado que ele
mesmo deseja alcançar. Portanto, pressupõe-se um cliente comprometido com sua
evolução, disposto a agir para atingir suas metas.
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Desse modo, é importante esclarecer que no Coaching é o cliente quem
define os objetivos, as metas, toma as decisões, elabora e realiza tarefas. O
profissional Coach é responsável por fazer perguntas capazes de gerar insights no
coachee, sendo deste a tarefa de responder, o que distingue o Coaching de outros
processos. 
Existem algumas abordagens de desenvolvimento humano semelhantes ao
Coaching, uma delas é o Mentoring, que se baseia na tutoria do cliente por uma
pessoa mais experiente, que irá orientá-lo a tomar decisões, capacitá-lo para novas
tarefas, e servir de modelo para ele. Outra abordagem é o Counseling, que significa
aconselhamento, maneira pela qual o profissional auxilia o cliente de forma pontual,
sem aprofundar aspectos que possam estar impedindo a pessoa de tomar decisões
sozinha.
Em contraponto, o Coaching é uma metodologia que visa engajar o cliente a
solucionar os seus próprios problemas, a evoluir com autonomia e independência.
Baseia-se na ideia de que toda pessoa é responsável por tudo o que acontece à sua
volta, portanto é preciso aprender a realizar o que deseja que aconteça, e a
ressignificar aquilo que possa estar atravancando seu crescimento. Inclusive, uma
palavra-chave do Coaching é “alavancagem”, que segundo o dicionário de Coaching
elaborado pelo Instituto Brasileiro de Coaching, é quando coach e coachee
estabelecem um ponto a ser trabalhado, e que ao longo do tempo é desenvolvido de
maneira conjunta e inconsciente com múltiplos outros pontos, deixando de ser um
trabalho com foco em ação específica para tornar-se um trabalho que terá
consequências sistêmicas.
Além do Mentoring e do Counseling, ainda há o Treinamento, que é um
processo que objetiva “desenvolver competências ou habilidades por meio de
estudo, experiência ou ensino” (MARQUES, 2017); a Consultoria, muito comum no
universo corporativo, é usada geralmente para atender a necessidades específicas
do cliente, cujo consultor irá tecer suas considerações e avaliações a respeito do
assunto e oferecer as soluções; o Ensino e a Terapia, cujos profissionais também
trabalham levando orientações, conhecimentos e suas próprias avaliações.
Nota-se que a diferença fundamental de outros métodos de desenvolvimento
humano para o Coaching é o valor atribuído à responsabilidade do cliente em
solucionar as questões. Enquanto em algumas abordagens o cliente transfere essa As
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responsabilidade, em um processo de Coaching o cliente tem a resposta certa para
si mesmo. Segundo José Roberto Marques (2016, p.02):
Coaching é uma metodologia nova que busca atender as seguintes
necessidades humanas: atingir metas, solucionar problemas e desenvolver
novas habilidades. O Coaching é um processo de aprendizagem e
desenvolvimento de competências comportamentais, psicológicas
e emocionais direcionado à conquista de objetivos e obtenção de resultados
planejados(...) 
O papel do profissional de Coach é auxiliar o cliente a alavancar os seus
resultados. Por meio das perguntas poderosas, juntamente com técnicas e
ferramentas de outros campos da ciência, o Coach propiciará um caminho rumo ao
alcance das metas do seu coachee. Não é necessário que o profissional tenha
formação na área de interesse do cliente, e sim na capacitação como Coach, cujo
conhecimento já garante a realização de um processo de Coaching. 
Faz-se necessário que o Coach ouça na essência o seu coachee, de modo
que crie com ele um estado de presença forte a ponto de esquecerem do tempo que
estão passando juntos, pois quanto mais conectados estiverem, maiores serão os
insights e os aprendizados. Ao alcançar um objetivo positivo na vida, atingem-se
“sentimentos de realização pessoal e profissional” (MARQUES, 2017), sendo
extremamente saudável e importante que o cérebro receba estímulos relacionados
às boas emoções.
Quanto mais se pensa positivamente, maior a capacidade de transformação das
crenças limitantes, bloqueios, traumas.
O coachee configura-se como aquele que busca o processo de coaching
visando melhorias, apoio, desenvolvimento em um ou mais aspectos da sua vida,
seja pessoal ou profissional. Há também pessoas que recorrem a este processo
justamente para saber onde precisam atuar para melhorar sua vida, ou para tomar
uma decisão; são extensos e variados os motivos, o coachee apenas precisa ter
consciência de que é o responsável pelas mudanças que deseja. A fim de que ele
conquiste o que se propôs é preciso que esteja em um nível excelente de
comprometimento com o processo, afinal de contas, é ele quem colocará em prática
as tarefas conversadas com o seu Coach. 
Ademais, quando uma pessoa não está verdadeiramente comprometida com
seus sonhos, ela provavelmente não irá obter êxito, porque para conquistá-los é
imprescindível a ação, o movimento. Diz um ditado popular que “sem esforço, não
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há vitória”, portanto, haverá dispêndio extra de energia, renúncias, sacrifícios,
situações que nem todos querem passar. Alguém que não se sente responsável pelo
que acontece em sua vida, tem a tendência de culpar terceiros: um comportamento
que impede a pessoa de prosperar e vencer os desafios. Assim, comprometimento e
responsabilidade são essenciais em um coachee.
O processo de Coaching se constitui em média de dez sessões com duração
de cinquenta minutos a uma hora e meia. As tarefas são um poderoso instrumento
desta prática, devem ser geradas em toda sessão a fim de que conduzam o coachee
ao seu estado desejado. Cada sessão, uma ou mais tarefas alinhadas com as metas
estabelecidas. Assim, estabelece-se o chamado foco no futuro de todo processo de
Coaching. Realiza-se hoje, no tempo presente, pois é onde tudo acontece. Ao passo
que se aproxima cada vez mais do ponto onde se quer chegar.
Durante a sessão, são empregadas pelo Coach ferramentas e técnicas que
facilitarão o aprendizado do cliente, e sobretudo o seu auto-conhecimento. Para
alcançar o sucesso e a realização pessoal e profissional, a pessoa necessita se
conhecer e saber seus pontos fortes e aqueles que precisam ser desenvolvidos.
Muitas pessoas não sabem sequer as questões que as estão impedindo de alcançar
seus sonhos, e o profissional nesse caso deve atuar no sentido de buscar o interior
dos seus clientes para que eles mesmos acessem e encontrem suas próprias
respostas. 
Quando o Coach utiliza a metodologia em favor do Coachee, auxiliando em
seu processo de descoberta, aprendizados, e ao mesmo tempo o apoia, incentiva,
realça o que há de positivo, estabelece-se então o movimento da co-criação. A
interação positiva de energia e confiança entre esses dois papeis gera um campo
vibracional extremamente potente,que irá servir e alimentar os processos criativos
de cada um deles, para que possam juntos expandir suas consciências, trocar
experiências, fazendo surgir grandes possibilidades de mudanças de vida. Quanto
maior for o comprometimento do cliente, bem como a capacidade do Coach de ouvir
na essência – para aplicar as técnicas e ferramentas oportunas – maiores serão as
chances de transformações.
Além dessas características, existem os princípios absolutos do Coaching que
regem o profissional, e são, inclusive, fundamentais para o processo de Coaching: 
1) Suspender todo tipo de julgamento: o primeiro, e talvez o mais importante
de todos os princípios, que significa honrar a história do Coachee e a sua
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visão de mundo. Compreender as diferenças e encará-las de modo
profissional é uma segurança para o cliente, cujo desenvolvimento
depende de sentir-se confortável em falar qualquer coisa para o seu
Coach;
2) Foco no futuro: o lugar onde se deseja chegar, quais objetivos o Coachee
deseja conquistar, onde ou como ele quer estar em curto, médio e longo
prazo – responder a estas questões é a direção do processo de Coaching;
3) Ação: um princípio ligado à execução de tarefas, a fim de que o objetivo
seja conquistado, muitas vezes levando um cliente a atingir além do
esperado. Não é possível um processo de Coaching sem que o Coachee
aja, pois suas atitudes é que promoverão as mudanças necessárias ao
atingimento das metas; 
4) Confidencialidade e ética: asseguram que as informações trazidas pelo
Coachee são de posse exclusiva dele, não podendo o Coach fazer uso
sem sua expressa autorização, sendo este juntamente com o primeiro
princípio, a base para a confiança entre o profissional e o cliente, que
encaminharão o processo rumo ao sucesso de ambos.
Tendo sido exposto o que é um processo de Coaching, sua história, como 
funciona, o que é um Coach e quais são suas competências, quem é o Coachee e o
que ele precisa doar para o processo, além de outras questões abordadas, é
importante também que, antes de iniciar o processo, profissional e cliente
estabeleçam de que modo acontecerão as sessões, se presencial ou on-line, o
horário, regras de convivência quanto ao uso do celular, gravações, atrasos,
contatos extra sessão, etc. A partir do momento em que os dois estiverem de acordo
com esses pontos (e outros que surgirem) fica mais fácil o entrosamento e a atitude
diante dos imprevistos torna-se mais leve.
Cumpre observar que os benefícios do Coaching são diversos, tendo em vista
despertar o potencial infinito das pessoas. Alguns deles são: melhoria na qualidade
de vida, nos resultados financeiros, nos relacionamentos, na comunicação, no
controle das emoções, aumento do equilíbrio e da harmonia interior, do
autoconhecimento, expansão da criatividade e intuição.
Importante ressaltar que Coaching não é terapia, “O foco é nas possibilidades
futuras e como transformá-las em realidade.” (MARQUES, 2016, p. 03) As
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1.2 CONCLUSÃO PESSOAL
A imersão em um processo de Coaching é capaz de transformar a vida de
qualquer pessoa. Tem a ver com perseguir sonhos e aprender a concretizar
objetivos; significa reconhecer afinidades, valores, habilidades, de modo a utilizar a
própria pessoa a seu favor. Uma metodologia que desenvolve autonomia,
independência, autoconhecimento e confiança em si mesmo, cuja utilização é
ampla, podendo ser aplicada em situações diversas.
Coaching é um para raio de técnicas e ferramentas extremamente positivas,
preparadas com o intuito de promover no Coachee um pensamento aprofundado.
Esse é o ponto que considero como sendo aquele que faz a diferença em relação a
outras abordagens porque essa investigação mais trabalhada, e conclusões que
surjam dela, vêm do próprio Coachee. E essas reflexões quando aparecem de nós
mesmos são bem mais significativas, por isso a possibilidade de transformação. Não
adianta “A” falar para “B” a importância de um assunto, se isto não fizer sentido para
“B”. 
A pergunta que o Coach deve fazer a si mesmo sobre o Coachee é: “Como eu
posso servir de apoio e trampolim para esse ser humano maravilhoso? ”.
Primeiramente, um Coach deve estar pleno de atenção e escuta para o seu cliente,
pois é isto que trará a conexão necessária para que a sessão flua em um estado de
presença, sinergia e prontidão. Assim, fica mais fácil que os famosos “insights”
apareçam, pensamentos que nascem direto do Self 2, a porção do cérebro de
caráter imaginativo e intuitivo. Têm um potencial gigante, pois a dose de criatividade
é alta, e a conexão com o universo está mais refinada, proporcionando muitas vezes
a solução de problemas, desembaraço de questões, dissolução de traumas,
indicação do que examinar dali em diante, etc.
Entre um Coach e o Coachee é necessário haver confiança. O profissional tem
que ter a capacidade de separar a sua visão de mundo para legitimar a visão do
cliente, e acreditar nos seus sonhos. O cliente precisa estar plenamente à vontade
para falar sobre o assunto que quiser, ao passo que confie nos direcionamentos que
o Coach proponha, e dê espaço para que cocriem juntos os passos no sentido de
desenvolvimento das metas desejadas. Todo esse conjunto sendo trabalhado no
processo de Coaching realiza grandes e até inimagináveis feitos.
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2 COACHING
2.1 O QUE É NECESSÁRIO NUMA SESSÃO DE COACHING
Uma sessão de Coaching pode ser realizada apenas com o diálogo entre duas
pessoas, o Coach e o Coachee. Contudo, visando o maior aproveitamento possível,
estuda-se cada vez mais maneiras de envolver essas duas pessoas de modo a
atingirem um grau de entrega e presença máximo. Primeiramente, é necessário que
o Coach e o Coachee estabeleçam de que maneira as sessões irão acontecer, no
que tange ao horário, a periodicidade, e onde, por exemplo. Essas questões
costumam ser esclarecidas na primeira sessão, chamada “zero”. 
Sendo a metodologia do Coaching a associação de diversas ciências, também
se utiliza para auxiliar o processo a Psicogeografia, que é um estudo da disposição
dos objetos, cores, sons, em determinado espaço, a fim de proporcionar e/ou
estimular emoções e percepções. Assim, é bom que as sessões aconteçam no
consultório do Coach, o Coachtório, e que o lugar seja pensado para proporcionar
conforto e segurança ao Coachee. Portanto, o local das cadeiras/poltronas, a música
que estará tocando, o cheiro do ambiente, tudo pode ser idealizado a fim de tornar o
espaço harmonioso para o fim desejado. 
O Coach tem a função de apoiar e incentivar o Coachee duranteas sessões;
através de perguntas poderosas, possibilitar que o cliente identifique seus pontos
fortes e aqueles que precisam ser trabalhados, seja na vida pessoal ou profissional.
É importante que o Coachee leve fatos, situações, questões da sua vida que
estejam dificultando seu crescimento para que nas sessões isso seja trabalhado a
fim de dissolver os problemas e encontrar as soluções. Certamente que poderá
haver situações que o Coachee sequer compreende que estão a atrapalhar o seu
desenvolvimento, e cabe ao profissional estar atento para elaborar perguntas que
serão essenciais à clareza e entendimento de tudo quanto for possível a este cliente.
Um ponto fundamental para uma sessão de Coaching, que certamente não
pode deixar de existir, é a confiança entre o profissional e o cliente; isso pode
determinar o sucesso ou fracasso do processo. Um cliente que confia no seu Coach
será intenso, franco, entrará de corpo e alma em todas as sessões e ao final estará
muito satisfeito com os seus resultados. Quando o Coach acredita em seu Coachee,
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ou seja, em seus sonhos, em sua história de vida, acontecerá o mesmo: ele colocará
muita energia positiva, dedicação e esforço para fazer as perguntas mais poderosas
do Universo para o seu cliente, cuja satisfação é uma recompensa inestimável. Se
isso acontece, as duas pessoas ganham o infinito e serão gratas uma à outra para
sempre.
2.2 QUAIS OS ELEMENTOS NECESSÁRIOS
Uma sessão de Coaching compreende alguns elementos básicos para que ela
se realize de maneira satisfatória. Primeiramente, é necessário que o Coach e o
Coachee estabeleçam de que maneira as sessões irão acontecer, no que tange ao
horário, a periodicidade, e onde, por exemplo. Essas questões costumam ser
esclarecidas na primeira sessão, chamada “zero”. 
É importante que as sessões sejam realizadas em um ambiente seguro para
que o cliente esteja à vontade, confiante de que neste local ele pode verbalizar o
que achar necessário. Além disso, o Coach deve estabelecer uma receptividade
positiva ampliando esse conforto do Coachee. Quando se tem um ambiente com
estas características (seguro, confortável) e um profissional de bom trato social,
positivo, cujo cliente sente-se bem recebido, haverá uma conexão boa e poderosa
que em Coaching chama-se Rapport.
O Coaching Education é uma maneira de expor o que é um processo de
Coaching, algo fundamental para o seguimento das sessões, pois explica como é
que acontece, a responsabilidade do cliente, a profundidade do processo, os
benefícios que podem acontecer, os princípios absolutos. A explanação sobre o
Coaching gera clareza no Coachee, sabendo ele que deve haver comprometimento
dos dois lados e justamente isso é que irá alavancar os resultados desejados.
Os resultados são os objetivos e metas estabelecidas no início do processo,
portanto é necessário saber o estado atual do Coachee e onde ele deseja chegar
para que a sessão se desenvolva neste sentido, e para que o Coach utilize as
ferramentas e técnicas adequadas para tal fim. Desse modo, a criação de tarefas
surge como um passo a mais para o atingimento do objetivo, sendo essencial que
elas existam e sejam cumpridas. Assim é que o cliente fará acontecer os seus
projetos.
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Portanto, é importante também que as sessões se iniciem falando do
cumprimento das tarefas da sessão anterior, se foram realizadas, como
aconteceram, e em caso negativo o Coach procure saber o que impediu,
incentivando o Coachee a permanecer firme em suas metas, demonstrando a
importância desse passo.
E já que o Coaching é uma abordagem de desenvolvimento humano, ao final
da sessão sempre deve existir um momento para falar dos aprendizados com o
intuito de serem reafirmados e reconhecidos, tornando-os permanentes, até que
sejam novamente questionados. Porque esse é um processo também de
autoconhecimento, que leva à cura de si e a concretização de sonhos. Hoje, sabe-se
que o ser humano não é de um jeito na profissão, outro jeito em casa, na família,
amigos, etc. Compreende-se atualmente que o ser humano é sistêmico, e que toda
melhoria é um ganho para todas as áreas da vida. Portanto, está tudo
intrinsecamente ligado. 
2.3 QUAIS AS PRINCIPAIS FERRAMENTAS
Coaching é uma mistura de diversas ciências e metodologias do
desenvolvimento humano, e amalgama um arcabouço de ferramentas que auxiliam
a compreensão do perfil comportamental, a verificar o estado atual e o desejado,
busca de autoconhecimento, planejamento e organização, entre outras
necessidades acerca do Coachee. A seguir, algumas delas:
1. Perfil Comportamental 
1.1 Sistema Representacional: idealizado pelo pesquisador de criatividade
Ned Hermman, verifica se a pessoa tende a ter uma percepção e um
aprendizado visual, sinestésico, auditivo ou digital, facilitando a
compreensão da pessoa sobre si mesma, sobretudo orienta aquelas
pessoas que acham que têm muita dificuldade de aprendizado, que se
sentem incapazes, quando na verdade é sujeito que estejam se
submetendo ao formato de aprendizagem de outras pessoas.
1.2 Perfil Águia-Gato-Lobo-Tubarão: largamente utilizada pela Psicologia,
identifica comportamento e modos de desempenho de atividades. No
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processo de Coaching o objetivo é a identificação de qualidades e
pontos de melhoria.
1.3 Linguagem do Amor: é uma ferramenta criada pelo antropólogo Gary
Chapman, cujo conceito é de que “existem cinco linguagens pelas quais
o amor é expresso e compreendido” (MARQUES, 2016, p.325.) e
quando se tem consciência de qual linguagem é preponderante em si
e/ou no parceiro, família, amigos, é possível melhorar essa capacidade
de amar e ser amado. As cinco linguagens são: palavras de afirmação,
qualidade de tempo, presentes, gestos de serviços e toque físico.
2. Estado Atual e Desejado
2.1AutoFeedBack: essa ferramenta oportuniza ao Coachee reconhecer
seus pontos fortes e os de melhorias, bem como as expectativas e
oportunidades, também os fatores limitantes, inclusive
autossabotadores. 
2.2 Roda da Vida: avalia as diferentes áreas da vida, pessoal, profissional,
relacionamentos, qualidade de vida e os seus aspectos, tendo ao final
um resultado do que a pessoa tem necessidade de melhorar, levando-a
a uma satisfação maior perante à vida.
2.3 Matriz da Gestão da Mudança: possibilita o Coachee identificar os
pontos de sua rotina que estão alinhados com seu propósito, e aqueles
que não estão, ou mesmo sinais do que ele deve reavaliar para sua vida
ser melhor.
3. Planejamento e Organização3.15W2H: essa ferramenta é utilizada para fins de planejamento de uma
meta, respondendo às perguntas onde, como, o quê, como e por quê. 
3.2Tríade do Tempo: serve para verificar como o cliente está gerindo o seu
tempo, de acordo com os conceitos de urgente, importante e
circunstancial, e o que está atrapalhando o seu desenvolvimento.
Com os resultados das ferramentas é possível realizar um grande trabalho e
ter um processo de Coaching muito valioso pois elas realmente fazem papel
de uma câmera fotográfica, tiram o retrato da realidade e demonstram
situações que não estavam tão fáceis de serem vistas. A partir disso surgem
tarefas, desejos, novos propósitos, um caminho de dissolução de problemas
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visando um futuro próspero. Na condução das ferramentas o Coach deve
procurar dar mais atenção àquelas respostas superficiais, que significam
muitas vezes a dificuldade do Coachee em enxergar além, portanto é
interessante que o profissional siga remodelando as perguntas e criando
estratégias para aprofundar assuntos que podem estar impedindo o sucesso
do seu cliente.
2.4 UMA BOA SESSÃO DE COACHING
“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma
humana, seja apenas outra alma humana. ”, frase do Carl Jung, que traduz bem a
sensação de uma boa sessão de Coaching. Tanto para o profissional quanto para o
cliente. É quando os dois estão olhando para a mesma direção e vendo os sonhos
cada dia mais próximos.
Para que isso aconteça é preciso criar um bom Rapport, que significa conexão,
entrosamento, algo que se dá em duas vias, o Coach fazendo sua parte de receber
o seu Coachee com alegria, satisfação, positividade; além disso, procurar ambientar
o local da sessão de modo a torná-lo aconchegante, seguro, confortável, disposto
segundo os estudos da Psicogeografia, se possível; olhar no olho do seu cliente,
mostrando-se disponível a escutá-lo e a compreendê-lo.
Por outro lado, é importante também que o Coachee esteja aberto para o que
vão praticar, se doe para receber o que lhe fará bem, oportunizando ao Coach as
possibilidades de alavancagem através de perguntas poderosas, que o farão ter
insights; outrossim, o Coachee deve estar bem comprometido com o processo de
Coaching, ele precisa estar plenamente consciente de que a responsabilidade de
executar as tarefas que o conduzirão ao sucesso é dele mesmo. Ao passo que ele
tem que sentir a segurança de que o profissional estará ali para apoiá-lo e incentivá-
lo sempre.
Outro ponto importante para se ter uma boa sessão é quanto a
responsabilidade do profissional em seguir os princípios do Coaching: suspender
todo tipo de julgamento, foco no futuro, ação, confidencialidade e ética. Sem
qualquer desses princípios a sessão já diminui seu potencial. O mais difícil deles é,
para mim, o não julgar, pois o julgamento, segundo estudos da neurociência, é algo
nato da natureza humana, nós nascemos julgando para podermos sobreviver. E
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então, temos que reprogramar o nosso cérebro e aprender a não julgar
verdadeiramente para que naquele momento da sessão sejamos capazes de ter a
empatia que o cliente precisa, de renunciar à nossa história de vida para olhar a vida
do cliente do seu ponto de vista. 
Uma boa sessão de coaching é, em resumo, um processo de escuta profunda.
Esse é o meio para se ter empatia, rapport, conexão, entrega, viver o presente,
suspensão dos julgamentos, autoconhecimento, cura, insights, ferramentas
adequadas, técnicas precisas, boas tarefas, e por aí vai até o infinito e além.
3 AS PERGUNTAS SÃO AS RESPOSTAS
1. Perguntas do tipo: Como? (Busca pelo processo)
- Como você pode assumir o controle da situação para...?
- Como você pode tomar para si e gerenciar o que acontece para...?
2. Perguntas do tipo: O quê (Específica e Direta)
- O que deseja melhorar em você?
- O que pretende desenvolver positivamente em si mesmo?
3. Perguntas para identificação de valores
- No que você acredita na vida?
- Qual o sentido em estar vivo para você?
4. Perguntas para verificação de responsabilidade pelos resultados
- O quanto você pode contribuir para seguir em direção a seu objetivo/meta?
- Especifique aquilo que você pode doar para ir de encontro ao seu propósito?
5. Perguntas para avaliação do comprometimento
- Como seria se fosse possível, neste momento, você sentir os resultados 
efetivos de suas ações e comportamento na conquista de seu objetivo?
- Se você pudesse nesse instante sentir as consequências diretas de como 
teve de agir e se expressar para realizar sua meta, como seria?
6. Perguntas do tipo: Qual?
- Qual outro caminho você teria para seguir?
- Qual alternativa você teria para escolher?
7. Perguntas do tipo: Quando? (Especifica tempo e prazo)
- Quando você notou suas transformações?
- Quando você percebeu suas profundas mudanças?
8. Perguntas do tipo: Onde? (Local)
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- Onde começou a dar errado?
- Onde surgiram os primeiros erros?
9. Perguntas do tipo: Por quê?
- Por que precisa ser assim?
- Por que deve acontecer desse modo?
10. Perguntas para levantamento de necessidades (Resultados esperados)
- O que você está fazendo para as pessoas se sentirem em harmonia ao seu 
lado?
- Quais ações você está tomando com o intuito de deixar bem as pessoas ao 
seu redor?
11. Perguntas de congruência (Questões sistêmicas que não afetam ninguém ao seu
redor)
- Quais outras pessoas serão afetadas pelo seu objetivo?
- Quem mais será atingido pelo resultado que você pretende?
12. Perguntas para gerar responsabilidade (Depende de quem. O cliente precisa se 
responsabilizar pela vida dele)
- Como especificamente você pode dominar os acontecimentos?
- De que maneira precisamente você pode controlar o que acontece?
13. Perguntas para definir a segmentação do objetivo
- Por onde você quer começar?
- Qual o seu primeiro passo?
14. Perguntas para levantamento de recursos (Estimule o cliente a viajar em um 
estado emocional fortalecedor)
- Quais de suas capacidades merecem aperfeiçoamento?
- Nesse momento, quais habilidades escolheria aprimorar?
15. Perguntas para mudança de estado emocional
- Você pode perceber todos os caminhos pelos quais você irá crescer e se 
desenvolver?
- Você tem condição de compreender todas as etapas em que irá melhorar e 
evoluir?
16. Perguntas para estimular a ação (Crie números e prazos)
- Você vai reagir imediatamente ou você quer deixar a situação amadurecer 
por um tempo? As
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- Você irá procurar resolver o quanto antes ou você deseja aguardar as coisas
se desenvolverem mais?
17. Perguntas para gerar esclarecimento (O Coaching entra na cabeça do cliente e 
questiona extremamente o cliente)
- O que faz perceber a importância desse fato?
- Por que esse acontecimento te parece importante?
18. Perguntas para gerar opções (Opções mais inteligentes para obter resultados)
- Você tem noção do que precisa mudar para reverter a situação?
- Você tem ideia do que é necessário transformar para que as coisas voltem 
ao estado anterior?
19. Perguntas para desafiar paradigmas (Desafiar crenças limitantes e mostrar como
atuar bem quando estamos jogando)
 - O que é mais importante que manter uma palavra?
 - Para você há algo mais valioso que a palavra cumprida?
20. Perguntas para encontrar limitações
- Quais ameaças você tem por causa de seus pontos fortes?
- Quais os riscos trazidos pelos seus melhores talentos?
21. Perguntas para manter a aprendizagem
- Olhando para trás, agora, o que você aprendeu?
- Observando o passado, a que conclusões você chega?
22. Perguntas para avaliar o progresso (Nessas questões, o cliente percebe o 
quanto você se preocupa com o progresso dele)
- Qual foi a sua evolução esta semana?
- Qual foi o aprendizado destes dias?
23. Perguntas para oferecer apoio (Participar do processo se mostrando amigo e 
parceiro)
- Como eu poderia acrescentar na busca de seu objetivo?
- O que você acredita que eu posso fazer para auxiliar a conquistar sua meta?
24. Perguntas para elaborar pensamentos
- Você poderia falar um pouco mais sobre isso?
- É possível discorrer mais sobre esse tema?
25. Perguntas desafiadoras (Questões que desafiam o cliente a pensar)
- Você acha que agir dessa forma te isenta de responsabilidade?
- Acredita que esse tipo de atitude te exime de deveres?
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26. Perguntas para definição de resultados esperados?
- O que você deseja agregar para a sua vida com o processo de Coaching?
- O que você pretende conquistar para o seu caminho com o processo de 
Coaching?
27. Perguntas para definição de evidência de realização
- Como você vai saber que atingiu os resultados esperados?
- De que maneira vai notar a realização das metas planejadas?
4 NICHOS DE ATUAÇÃO DE COACHING
O universo do Coaching é amplo e atualmente possui diversos nichos de
atuação. Isso acontece porque a metodologia é flexível e capaz de atender às mais
diversas necessidades humanas. Justamente por isso é que existem os atuais
nichos, mas não está encerrada a possibilidade de se criarem novos, devido ao grau
de abrangência do sistema de Coaching. Existem dois grandes nichos de atuação: o
Self/Life Coaching e o Business and Executive Coaching.
Life Coaching ou, traduzindo para o Português, Coaching de Vida, é uma
modalidade de Coaching voltada para o desenvolvimento pessoal, no sentido de
resolver questões de vida. Assuntos ligados à relacionamentos familiares e/ou
afetivos, ao próprio corpo, ao gerenciamento de stress, finanças, religiosidade,
saúde, dentre outros. Não obstante, o Coaching de Vida também pode ser usado
para fins profissionais por dois motivos. O primeiro é que cada vez mais
compreende-se o quanto a vida pessoal interfere na vida profissional, então o que
acontece é que ao solucionar uma questão de ordem estritamente pessoal é
provável que a carreira ascenda também. O segundo motivo é que esta modalidade
atende às pessoas que desejam mudar de carreira, porém não sabem exatamente o
que querem, e atende também ao desejo de mudança de estilo de vida – que
compreende muitas vezes a relação da pessoa com o mercado de trabalho.
O trabalho com o cliente que deseja desenvolver alguma destas áreas de sua
vida consiste na investigação de suas crenças e valores, e aquilo que pode estar
afetando negativamente o seu entorno; a busca por crenças limitantes é
fundamental, pois a dissolução delas pode ser a “chave” para o sucesso do
Coachee, que deve estar preparado para deparar-se consigo mesmo nesta
investigação profunda. É importante que o Coach empreenda inicialmente
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ferramentas que possam avaliar como está cada setor da vida do Coachee, pois
elas irão identificar aquele, ou aqueles, cujo desenvolvimento irá beneficiar mais
ainda o seu cliente. 
O Coaching de Vida atua no sentido de apoiar e incentivar o cliente a encontrar
equilíbrio emocional. José Roberto Marques (2017) diz que:
 O Life Coaching atua para entender suas condutas e suas
frustrações e a aprender a ressignificá-las ou mesmo eliminar os
comportamentos e pensamentos sabotadores. A intenção com isso é mais
que positiva, ou seja, é proporcionar ao coachee maior autoconhecimento,
autoconfiança, autossatisfação, autovalorização e autoestima, para que
assim, a pessoa possa sentir-se verdadeiramente plena. Este caminho
exige que a pessoa se permita fazer uma viagem ao seu “eu interior”, à sua
mente inconsciente, onde habitam todas as suas memórias afetivas e
lembranças, especialmente aquelas que queremos, muitas vezes, esquecer,
mas que inconscientemente, também afetam nossos resultados atuais.
Assim esclarecido o Life Coaching, pretende-se nesse trabalho discorrer um
pouco sobre cada uma das áreas existentes dentro dos nichos, as quais se seguem:
 Coaching de Relacionamento: é um processo vinculado à melhoria dos
relacionamentos do cliente, sejam familiares, afetivos ou mesmo
profissionais. O objetivo é identificar os pontos que precisam ser
transformados para cultivar relacionamentos saudáveis e pontos positivos
do cliente que possam auxiliá-lo nessa jornada. 
 Coaching de Emagrecimento: Utilizado com pessoas que desejam
emagrecer e se fortalecer emocionalmente resolvendo questões
associadas à comida. Portanto, desenvolve-se nesse tipo de processo
aspectos comportamentais que estejam dificultando a pessoa emagrecer
ou facilitando a engordar. O Coach deverá acompanhar a evolução de
modo a quebrar padrões limitantes e sentimentos negativos.
 Coaching Espiritual: voltado para o equilíbrio emocional com vistas à paz
interior, esta modalidade se concentra no exercício espiritual,
independente de religião. Intimamente ligado ao autoconhecimento,
definição de missão de vida, identificação de crenças e valores, cujo
objetivo é a harmonia de todo o ser. Esse processo desenvolve a força
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interior, valorizaçãoda essência, autocontrole emocional e firmeza nos
propósitos.
 Coaching para Adolescentes: Auxilia o jovem a passar por essa fase tão
complexa e nova, cujos desafios são grandes e os pensamentos ficam
confusos por vezes. Desse modo, o processo atua no sentido de ampliar
a visão do adolescente, ao mesmo tempo trazendo-o para reflexões
relacionadas aos seus valores e crenças que estão em formação.
Sobretudo, visa auxiliá-lo a compreender sua família para que se
reforcem esses laços ao invés de afastá-los.
 Coaching Esportivo: Usado com atletas que pretendem alto rendimento,
sabedoria para lidar com as vitórias, mas também com as derrotas,
contusões, pressão psicológica, etc. Encorajamento e incentivo constante
ao cliente, as ferramentas são voltadas para desenvolver o equilíbrio
emocional do atleta e a sua capacidade de superação a todo momento.
O Life Coaching é uma busca pessoal de transformação de vida,
independente de qual área. A segmentação serve para atender com mais precisão
os anseios humanos, mas na verdade o Life Coaching possui uma visão altamente
sistêmica, cuja abordagem de aprimoramento irá refletir na pessoa como um todo. 
O outro grande nicho do mundo Coaching é o Business and Executive
Coaching cujo foco é o aprimoramento profissional. Tendo em vista a renovação
contínua que as grandes empresas precisam buscar, a fim de atender a um mercado
extremamente dinâmico e exigente, o Coaching tem sido a alternativa para
treinamento e capacitação dos profissionais. Assim, o Business and Executive
Coaching busca aumentar o desempenho e proporcionar impactos positivos nas
organizações. O Coaching incentiva a criatividade, o desempenho inovador e a
flexibilidade, dando às organizações uma vantagem competitiva e um meio eficaz de
operar em ambientes de contínua mudança. 
O Coach e Trainer Alexandre Prado (2015), afirma que:
 Empresas de sucesso são o resultado de pessoas e processos de
sucesso. No mercado de hoje, agregar valor é o lema dos empreendimentos
de sucesso. Mas, para que os colaboradores deem o melhor de si e busquem
o constante desenvolvimento profissional, é também necessário que haja lide- A
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rança efetiva, ambiente de trabalho adequado e processos organizacionais
eficientes e motivadores. Business Coaching é uma modalidade de Coa-
ching para empresários e alto executivos e que consiste em auxiliar, através
de técnicas e ferramentas, a análise, de maneira estruturada, do business
como um todo. Nesse processo o foco é ajudar a empresa ir até onde ela pre-
tende chegar, em um determinado período de tempo, pois o alvo são as ativi-
dades que lhe trarão maior retorno financeiro. Auxilia, ainda, na tomada de
decisões mais bem fundamentadas e lucrativas, através de desenvolvimentos
de planos e ações para atingir seus objetivos. O Business Coaching apoia
empresas na maximização do seu potencial de competitividade e a direciona
para a excelência.
O Coaching Executivo, tradução para o português de Business and Executive
Coaching, está diretamente ligado aos objetivos da organização, a partir da qual é
contratado o serviço de Coaching. O intuito é desenvolver os seus profissionais de
modo a atingirem resultados extraordinários e prepará-los para o ambiente
competitivo. Sobretudo, que eles façam o melhor que puderem em suas áreas de
atuação.
Inicialmente, o serviço pode ser contratado com algum dos seguintes
objetivos: 
 Melhorar as vendas; 
 Melhorar o clima organizacional; 
 Reduzir a rotatividade de funcionários dentro da empresa; 
 Ampliar a rede de clientes em uma cidade;
 Desenvolver lideranças;
 Auxiliar na gestão do tempo;
 Eliminar comportamentos improdutivos;
 Transferir valores e missão da empresa
 Contudo, o resultado de um processo de Coaching na organização é muito
maior do que aquele pretendido, pois gera-se uma cadeia de evoluções contínuas
em cada profissional participante, como as ondas causadas por uma pedra que se
lança em um lago: reverbera por longo tempo, pode-se dizer que para sempre.
Segundo José Roberto Marques, na apostila do curso PSC (2017, p. 151),
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“Executivos que passam pelo processo de Coaching, classificam o retorno
quantitativo em 6x o valor do investimento. ”
Esse nicho é largamente utilizado no mundo corporativo visando o
desenvolvimento de lideranças, a fim de expandir a capacidade de líderes em
alcançar metas organizacionais de curto e longo prazos. As sessões podem
acontecer de modo individual e/ou em grupo. A diferença deste tipo de processo
para outros é que em Coaching Executivo existem não apenas dois atores, mas três:
o Coach, o Coachee e a organização. Os objetivos e metas estabelecidos no
processo devem estar conectados com os da empresa, ainda que passe por
questões pessoais do Coachee, com expectativas próprias, revisão de valores e
crenças, há o compromisso de honrar o conjunto.
Segundo o Manual Do Coaching Executivo, desenvolvido pelo Fórum de
Coaching Executivo, existem sete princípios globais para o Coaching Executivo, que
significam “valores ou metas de inspiração que guiam o processo de coaching. Estes
princípios fornecem uma bússola que o coach, o executivo, e outros membros da
organização do executivo utilizarão para estabelecer, manter e corrigir seu curso de
ação.” São eles:
1. Perspectiva Sistêmica
O desenvolvimento de um líder é um planejamento global, orientado para
o alcance dos objetivos da organização. O Coachee pode e deve dispor os
seus interesses, contudo lembrando que o sucesso da empresa depende
da alavancagem de si mesmo.
2. Orientação para resultados
O processo tem como ponto de partida o estabelecimento das metas pelo
Coachee, seu Coach e a organização. Devem ser estipulados os prazos
para atingimento das metas, bem como avaliação e feedback a fim de
verificar os resultados pretendidos.
3. Foco nos Negócios
O desenvolvimento do Coachee dialoga com o contexto organizacional,
portanto o Coach trabalhará a compreensão do executivo no sentido de
ampliar a sua visão para os negócios, sem que anule seus objetivos
diretamente. 
4. Parceria As
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O Coaching atua principalmente de modo individual, porém neste caso do
Coaching Executivo há uma participação de vários atores no campo do
desenvolvimento do Coachee/Executivo, seja uma pessoa da área de
Gestão de Pessoas, um diretor executivo, o responsável por treinamentos,
uma ou mais pessoas estarão envolvidas neste processo além do Coach e
do Coachee em uma relação de parceria.
5. Competência
Trata-se do nível de competênciado Coach que requer este nicho, um alto
grau de excelência que possa causar o maior impacto possível no
executivo, e na organização.
6. Integridade
Esse princípio está ligado à relação de confiança e confidencialidade entre
o Coach e o executivo, mas também dos parceiros que integram o
processo. Devem ser estabelecidas regras claras a respeito de
informações, metas, de modo que o Coachee se sinta seguro naquele
ambiente para se abrir no processo de Coaching.
7. Julgamento
O julgamento neste caso é o bom julgamento, por assim dizer, que
propicie decisões adequadas e equilibradas a respeito de diretrizes que
estão sendo avaliadas. O Coaching Executivo requer que todas as
situações sejam pensadas e pesadas no sentido de decidir pelo melhor
para a organização, portanto deve haver um conjunto de competências,
bem como um julgamento a altura.
Estes princípios servem de amparo para o Business Coaching and Executive, nicho
de Coaching cada dia mais absorvido pelas corporações, devido ao sucesso que
tem conquistado para o mundo dos negócios.
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5 MEU NICHO DE NEGÓCIO DENTRO DO COACHING
Entrei no mundo do Coaching através do meu trabalho na área de Gestão de
Pessoas do Ministério Público Federal, onde exerço funções de natureza
administrativa ligadas ao acompanhamento funcional. Esse labor vem me
conectando com habilidades que tenho como capacidade de interação com uma
diversidade grande de pessoas, traquejo social, empatia, comunicação, foco na
solução dos problemas, boa ouvinte, dentre outras. Tenho me realizado ao poder
exercê-las. 
O curso apareceu e o que mais me chamou atenção foi a oportunidade de
tornar-me instrutora/colaboradora do conhecimento que iria adquirir: essa seria uma
nova experiência e maneira de diversificar a minha área de atuação, ampliando a
minha rede de contatos, bem como a minha capacidade de transformação junto a
pessoas. Após vivenciar o curso presencial Professional and Self Coaching é que
pude perceber o tamanho do presente que havia recebido deste órgão em que
trabalho. Quanta gratidão eu senti em estar ali. Não havia outro lugar para estar, eu
também pensei. E refleti que nada é mesmo por acaso, portanto, ali estava em
cumprimento de uma missão, mais um passo para atingir o propósito da minha vida.
Assim, me vejo dando o retorno para o Ministério Público Federal, até mesmo
para outros ramos do Ministério Público da União. Desejo proporcionar mudanças
significativas para a organização através do Coaching Executivo, esse é o foco do
trabalho neste local. Acredito que o Coaching pode auxiliar a instituição a
desenvolver seu planejamento estratégico, e suas metas, com maior grau de
satisfação, se as pessoas que ali trabalham estiverem mais fortalecidas e
engajadas, primeiramente consigo mesmas, e depois com os propósitos da
instituição. 
Apesar de o Coaching Executivo ser mais comumente utilizado em empresas
com fins lucrativos, onde a necessidade de realizar processos cada vez mais rápidos
é de fato estimulada, vejo que acelerar os resultados de um órgão público também é
de grande valor, no entanto, o valor não é, diretamente, monetário. O valor é
subjetivo: cumprir a função do órgão, qual seja, a defesa da ordem jurídica, do
regime democrático, dos interesses sociais e dos interesses individuais
indisponíveis. Portanto, ainda que o serviço público não vise lucro, existe hoje uma
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carência de ordem gigantesca no Brasil no que se refere ao atendimento destes
direitos, cujo prejuízo é também monetário.
Enfim, o país precisa reforçar esse órgão – que é essencial à justiça - no que diz
respeito aos seus valores, a sua missão, ao seu legado. Esse reforço dificilmente
virá de fora, com injeção de investimentos financeiros. Então, deve começar por
dentro. Oferecer este curso é uma iniciativa neste sentido, não há a menor dúvida.
Capacitar pessoas para que desenvolvam melhor as suas atividades e auxiliem os
outros neste processo é um passo para atingir suas metas estratégicas. 
Assim, considero não haver outro caminho para mim, que não trabalhar para a
promoção deste reforço ao Ministério Público da União. Acredito que através desse
trabalho como Coach Executiva estarei alinhada com meus propósitos ao colaborar
com a transformação de uma sociedade mais justa e mais igualitária. 
Muitos servidores, hoje, desacreditam no órgão. Devido a problemas éticos e
morais dentro da instituição nem todos trabalham da mesma maneira, uns bem
mais, outros bem menos. Há uma rotatividade relativamente alta, clima
organizacional considerado ruim, servidores desmotivados. As capacitações são
feitas por obrigação, em benefício próprio ou não são feitas, de modo geral. Diante
desse quadro, considero um desafio grande desenvolver ações que modifiquem
essa realidade. Tem sido árduo o processo para melhorar o clima organizacional.
Exatamente pela falta de perspectiva em uma melhora rápida desses problemas
que noto a necessidade de uma ação inovadora, potente, eficiente, capaz de
transformar realidades e que comunique com os desejos individuais das pessoas.
Para mim, este pode ser um resumo do que é um processo de Coaching. E por isso,
confio na capacidade das técnicas e ferramentas para atingir os resultados
almejados pelas pessoas e pela organização.
Creio que um projeto que viabilize esse trabalho de Coaching Executivo no
Ministério Público Federal é o que todos precisam: desde os que trabalham na
organização até todos os cidadãos brasileiros.
Concluído esse aspecto da minha vida profissional, mais especificamente do
meu ambiente de trabalho, ainda há outro nicho que desejo trabalhar que é o Life
Coaching, ou Coaching de Vida, que é uma atuação no sentido de auxiliar o cliente a
conquistar equilíbrio emocional, através do autoconhecimento, da ressignificação
das frustrações, da eliminação de crenças limitantes. Dentro deste nicho existem
muitas possibilidades e campos de trabalho, dos quais me interesso bem.
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 No momento, desejo aprofundar em Coaching para Adolescentes, porque gosto
da relação com os jovens e acredito na potencialidade dessa fase, que muitas vezes
é inexplorada porque é um desafio sintonizá-los, sendo que eles são a chave para
mudança deste mundo. São as escolhas dos jovens que irão alavancar histórias,
positivas ou negativas. Precisamos de escolhas positivas, de jovens seguros,
confiantes, auto motivados, e que passem por esta fase difícil da melhor maneira
possível, alinhados com suas famílias e valores, e ainda queresolvam construir
novas crenças, que sejam pessoas que honram os seus ancestrais e consigam
enxergar o valor de cada um na sua própria história.
Além disso, tenho formação em Artes Cênicas – Interpretação Teatral e alguns
anos de experiência na área, que é de meu grande interesse, pois foi um curso que
fiz com alma, no frescor da juventude, com intensidade e muito feliz. Foram anos
dedicados a este ofício, parte da minha história que me fizeram chegar até aqui e
ser o que sou hoje. Por isto, desejo também poder unir essas duas artes: a Teatral e
a do Coaching. Porque sim, Coaching é uma arte. Tanto no Teatro como em
Coaching, precisamos de uma ótima escuta, de deixar fluir, neutralizar o “Self 1”,
buscar o autoconhecimento, entre outros.
Um ator precisa de encontrar em si mesmo o personagem que irá interpretar.
Nenhum ator é igual a outro e jamais interpretarão um mesmo personagem da
mesma maneira. Essa é uma das belezas da interpretação teatral. Por isso o ator
deve antes de mais nada se conhecer, saber onde moram sua luz e sua sombra, ter
domínio de muitas emoções para utilizá-las quando for preciso. Para encontrar um
personagem muitas vezes será necessário que o ator encare o que há de pior nele
mesmo e precise de todo o apoio possível para permanecer firme com o objetivo de
ir até o fim em um espetáculo, um filme, uma novela.
A ideia é utilizar ferramentas do Coaching com atores, a fim de proporcionar-lhes
a oportunidade de se conectarem mais com sua essência e assim buscarem
elementos necessários ao seu ofício como o autoconhecimento, foco, auto estima,
segurança, apoio, confiança, determinação, superação, dentre tantos outros
benefícios. Acredito que atuar neste nicho será mágico e surpreendente. Viva a Arte
do Coaching!
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6 PEER COACHING 
Coachee E-mail
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2 Eduardo Coelho Edu1104@gmail.com
3 Eduardo Coelho Edu1104@gmail.com
4 Eduardo Coelho Edu1104@gmail.com
5 Eduardo Coelho Edu1104@gmail.com
6 Eduardo Coelho Edu1104@gmail.com
7 Eduardo Coelho Edu1104@gmail.com
8 Eduardo Coelho Edu1104@gmail.com
9 Eduardo Coelho Edu1104@gmail.com
10 Eduardo Coelho Edu1104@gmail.com
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7 CINE COACHING 
7.1 CONVERSANDO COM DEUS
O filme “Conversando com Deus” é uma adaptação do livro homônimo, escrito por
Neale Donald Walsch, onde conta a própria história e transcreve seus profundos
diálogos com Deus. O autor do livro não era escritor, tornou-se após viver a
experiência de escutar a voz Divina. O que somente aconteceu porque se entregou
e deu ouvidos à Ele. Relacionando com o universo do Coaching, é possível observar
que o autor/personagem estava envolvido com o sétimo nível da pirâmide do
processo evolutivo, pela congruência com a espiritualidade e missão de vida.
Após um acidente de carro, Neale fratura o pescoço, perde o emprego, e não tendo
com quem contar é despejado da casa onde mora e vai viver na rua. Essa
experiência tem um nível de dificuldade bem alto e, verdadeiramente, apenas quem
passa pela situação sabe o que sente um morador de rua: constrangimento,
humilhação, falta de comida, de privacidade, dignidade, entre outras carências.
Assim Neale passou um bom tempo, porém nunca desistiu de sair daquele lugar, ele
mantinha acesa a chama da esperança, e mais, permanecia atento para qualquer
oportunidade que lhe aparecia.
Por outro lado, o escritor quando em situação de rua, ganhou a oportunidade de
crescer espiritualmente, e de absorver muitos aprendizados. Antes do acidente,
Neale era uma pessoa que não se importava com os relacionamentos, a experiência
de ser mendigo o clareou do quanto é importante se conectar com as pessoas. No
lugar onde estava acampando, dois moradores de rua o auxiliaram e foram
extremamente gentis com ele. Em seguida, conseguiu uma entrevista de emprego
em uma rádio; lá, uma funcionária se dispôs a apoiá-lo, sem pedir nada em troca.
Foi contratado, porém a empresa faliu e Neale ficou novamente desempregado. 
Nesse momento, o escritor se viu sem saída. A dor foi tão implacável que o fez
conectar com Deus, questionando-O e sendo questionado por Ele, trazendo
reflexões que mudaram seu modo de pensar a vida. Neale entendeu de quem era a
responsabilidade do que estava acontecendo consigo mesmo e resolveu escrever
um livro a partir dessas conversas com Deus, o que era parte da sua missão de
vida, seu propósito. O que Neale viveu foi como um processo de Coaching com
Deus, investigando profundamente para quê está vivo no mundo.
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7.2 PODER ALÉM DA VIDA
O filme narra a trajetória de um jovem ginasta, Dan Millman, que passou de um
atleta de comportamento torpe, inseguro, vaidoso, arrogante para uma pessoa
corajosa, disciplinada, firme em seus propósitos sem desrespeitar o próximo e
alegre com os desafios que a vida lhe oferece. Millman fazia parte da equipe de
ginastas da universidade, mas pouco se importava com seus colegas. Somava-se a
isso o fato de ter uma família rica e nunca lhe faltar nada. Dinheiro, namoradas, boas
notas, reconhecimento no esporte, enfim, até ali nenhum fracasso. Ou ninguém para
lhe dizer que o caminho que estava trilhando não era bom.
Até que ele conhece o frentista de um posto, Sócrates, que lhe dirige
questionamentos esquisitos, que a princípio lhe parecem “sem pé, nem cabeça”.
Mas eram questões profundas que mexiam com o ego e o intelecto de Dan, e então
ele se viu instigado a conviver com aquele homem tão sabido, mas que optou por
ser apenas um funcionário de um posto de combustível. Sócrates é um Coach para
Dan, sacode suas estruturas, revira suas ideias e estimula o ginasta a refletir sua
vida inteira.
No início, era tudo muito estranho para o atleta e ele desiste das conversas com
Sócrates; ele se envolve em um acidente no trânsito, fratura várias partes de suas
pernas, fica um bom tempo em coma, e perde os movimentos dos membros
inferiores. Ao acordar, o choque com a realidade é certo, e dali para frente ele se vê
obrigado a lidar com a realidade da vida, com as consequências de seus atos. Os
médicos não acreditavam nem que ele pudesse voltar a caminhar e ele percebe que
se ele quisesse seus movimentos de volta ele deveria ser o primeiro a ter fé.
Começa a transformação de dentro para fora, procura Sócrates para ser seu
treinador rumo a participar das próximas Olimpíadas. E tudo o que ele vem
almejando, ele passa a conquistar. 
Imbuído do desejo de ser um ginasta olímpico, se compromete a ser um atleta
disciplinado, se afasta das noitadas, das substâncias nocivas à saúde, das vontadessuperficiais. Examina a si mesmo, com o auxílio de Sócrates, e se surpreende com o
potencial que possui. Dan Millman supera o que estava acostumado a fazer, se
conecta com sua força interior, com o momento presente e conquista o direito de
competir a vaga nas Olimpíadas. É um resultado extraordinário, que ninguém
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acreditava ser possível. Uma grande lição é aprender que o primeiro passo para
qualquer desafio se constitui do tanto que se acredita na superação dele.
7.3 QUEM SOMOS NÓS
O documentário é baseado nos estudos da Física Quântica relacionados com a
construção de uma identidade mais profunda do ser humano, trazendo reflexões
sobre o poder da intencionalidade em tudo o que nos cerca. Existe uma personagem
principal que se questiona sobre quem é realmente, o que quer, qual a sua missão,
por que está onde está, e a partir disso o filme se desenvolve no sentido de
responder a essas perguntas através das comprovações que a Física Quântica vem
chegando.
Tal qual um processo de Coaching, o filme proporciona a investigação real da
existência levando ao entendimento de que tudo ao nosso redor depende de nós
mesmos, sendo essencial que o ser humano oriente a sua consciência nesse
sentido, responsabilizando-se pelas coisas que acontecem a sua volta. O
documentário também traz reflexões acerca do que é imaginação e realidade,
instigando o espectador e a personagem a avaliar com maior precisão os conflitos
da nossa mente para podermos nos livrar de crenças que muitas vezes não nos
servem mais e/ou foram construídas a partir de experiências momentâneas ou
temporárias, cujo sentido está apenas prejudicando o nosso desenvolvimento.
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7.4 A CORRENTE DO BEM
Não assisti.
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7.5 A PROVA DE FOGO
O filme “A Prova de Fogo” conta a história de um casal que está prestes a se
separar. A esposa, Catherine, não está mais feliz no casamento pois o companheiro
Caleb não lhe dá atenção, dispende seu tempo entre trabalho e vício com internet. É
incrível como essa história tem um final feliz, haja vista que o marido não percebe os
erros que comete e acredita que a reclamação da esposa seja bobagem. 
Por mais que Caleb acreditasse que estava agindo de maneira correta, ele não
gostava da ideia do divórcio, porque ele tinha em si o valor do matrimônio, e
acreditava no casamento. Isso o levou a se abrir com um colega de trabalho, e com
o seu pai, duas personagens que figuraram como coachs para Caleb, pois eles lhe
fizeram perguntas poderosas, o apoiaram até a conquista do objetivo, suspenderam
o julgamento para que ele se sentisse sempre seguro.
O pai de Caleb, tendo já vivido situação semelhante, orienta o filho a empreender
um desafio, chamado “Desafio do Amor”, com duração de 40 dias. Cada dia possui
uma tarefa ou reflexão a ser realizada. No início, Caleb não estava motivado,
considerou que não daria certo, no entanto, começou o desafio. Catherine mal
notava as tarefas, e quando notava não conseguia enxergar a intenção positiva de
Caleb, e desdenhava do café servido, das flores na mesa, da ligação no meio do dia
para saber se está tudo bem. Caleb pensou em desistir muitas vezes, mas seu pai
permanecia incentivando-o, e dando-lhe coragem para enfrentar o verdadeiro
desafio: encontrar-se com Deus, pedir perdão a Ele e perdoar a si mesmo. 
As tarefas, dia após dia, ocuparam Caleb e o afastaram do vício da internet, o que
talvez tenha sido a chave para ele despertar a consciência do que andou praticando
como marido. A mente dele estava programada para realizar muito bem o seu
trabalho como bombeiro e alienar-se diante do vício. A alteração da programação da
sua mente, no caso o compromisso em realizar o desafio do dia, ampliou o seu
olhar. Ao passo que os dias vão se passando, a motivação começa a surgir também
de dentro para fora e Caleb firma no propósito de reconquistar sua esposa, que se
mantém longe até o 43° dia, quando adoece e seu marido vê a chance de pedir
perdão pelos erros cometidos, e fazê-la acreditar que ele está transformado. 
Nem sempre a motivação começa de dentro, e por isso há muita semelhança no
processo de Coaching com este filme, pois a partir de um plano de ações que
deveriam ser executadas o personagem desenvolveu a automotivação.
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7.6 A PROFECIA CELESTINA
A tomada de decisão de uma pessoa é um processo único; notamos o quanto as
pessoas desejam fazer o que “mandam os seus corações”, pois sentem que ali está
uma espécie de chave da felicidade, ou o caminho certo a ser seguido. No filme “A
Profecia Celestina”, o personagem John Wudson, é atraído pouco a pouco a escutar
a sua intuição para que seu propósito (ainda que desconhecido) seja cumprido.
John Wudson é um professor de História e após ser demitido encontra uma amiga
que lhe diz sobre uma profecia escrita em nove pergaminhos, dos quais oito foram
encontrados no Peru e estavam sob a salvaguarda de um padre, o Padre José. A
princípio, soa como uma coincidência a demissão e o interesse em conhecer o
padre e a profecia, mas ao tomar consciência de que tudo é energia, e que cada um
é fragmento do universo, sabe-se que é parte da missão do personagem John ir
para o Peru. 
Como essa primeira “coincidência”, muitas outras aparecem diante do historiador,
que se vê extremamente inseguro em confiar seu destino, sua vida em coisas que
ele não consegue ver ainda. Assim que John conhece o Padre José, o mesmo é
levado por policiais, então John também é perseguido e vai em busca de pessoas
que possam lhe auxiliar. Essas pessoas já vinham se alinhando ao espírito da
Profecia, algumas traduziram os manuscritos cujas palavras e conceitos têm relação
com o Coaching: deixar fluir a energia do universo, quanto mais doamos a nossa
energia mais energia é produzida, propósito de vida, dentre outras, e iniciam um
processo semelhante ao processo de Coaching despertando em John a poderosa
capacidade de se entregar e confiar em si mesmo, elas sabiam que ele era o
integrante que iria ajudar a descobrir o nono pergaminho. 
À medida que John foi tomando consciência da profecia a partir da troca (flow) com
seus amigos, mais ele se imbuía do seu propósito, e ao se deparar com um novo