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Farmacologia do sistema cardio

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Revisão de fisiologia cardio 
 
CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL 
- Fatores: Vascular, Humoral (adrenalina) 
e Neuronal 
- Complacência (conter o volume de 
sangue) da aorta e reflexão da onda de 
pulso / arterioesclerose 
- Remodelação vascular 
- Volume sanguíneo e tônus venoso = 
Pressão Venosa Central 
- Força de contratilidade cardíaca 
- Angiogênese 
 
a) Vascular: 
 Endotélio e musculatura lisa vascular 
- vasoconstritores produzidos pelo 
endotélio 
• TxA2 
 
• Endotelina 
 
- vasodilatadores 
• NO – influenciado pela acetilcolina 
e bradicinina 
Produzido quando os níveis de cálcio 
aumentam na célula endotelial 
É responsável por gerar um 
relaxamento no músculo liso – 
aumento da formação de GMPc 
• Prostaciclina I2 
• Acetilcolina 
• EDFH 
 
SISTEMA RENINA ANGIOTENSINA 
ALDOSTERONA 
- Sistema justaglomerular e mácula densa 
são estruturas renais essenciais no 
controle da PA 
- A renina tem a função de transformar o 
angiotensinogênio em angiotensina 1, que 
por sua vez é convertida na angiotensina 
2 pela ECA (muito encontrada no pulmão) 
 
 
 
- A angiotensina 2 ao se ligar nos 
receptores AT1 realiza: 
➔ Vasoconstrição 
 
➔ Aumento da liberação de 
noraepinefrina = aumenta ações do 
sistema nervoso simpático 
 
➔ Reabsorção de sódio no túbulo 
contorcido proximal 
 
➔ Secreção de aldosterona 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
2 
 
ALDOSTERONA – tem função de 
reabsorção de sódio e eliminação de 
potássio 
 
OBS: nervo vago diminui a frequência 
cardíaca 
 
- remodelação do vaso sanguíneo → 
quando um vaso é cronicamente agredido 
(epitélio danificado, sem produção correta 
de prostaglandinas, muita produção de 
endotelina 
 
 
 
 
 
 
 
Capacitância - capacidade de conter 
volume de sangue 
 
PRÉ-CARGA: 
- antes da contração ventricular 
- o retorno venoso influencia 
- é diretamente relacionada ao sistema 
venoso → vasos de capacitância (veias, 
vênulas) 
 
PÓS CARGA 
- carga contra a qual o coração contrai no 
período de sístole 
- pressão exercida sobre o ventrículo 
esquerdo durante a ejeção ventricular 
- depende da pressão arterial 
- influenciada pelo sistema arterial → 
vasos de resistência (artérias, arteríolas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REMODELADA NORMAL 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
3 
 
Farmacologia cardiovascular 1 
 
- Relação do anti inflamatório com a 
hipertensão – Inibem prostaglandinas 
(vasodilatadoras), levando a 
vasoconstrição 
 
FATORES DE RISCO 
Medicamentos: inibidores da MAO, 
simpatomiméticos, AINEs, AIEs, 
descongestionantes nasais, ADT, 
hormônios tireoidianos, anticoncepcionais 
orais. 
Drogas ilícitas: cocaína, Cannabis sativa, 
anfetaminas. 
 
• Pressão está relacionada ao débito 
cardíaco e resistência periférica 
 
Tratamento não farmacológico 
● Redução do peso corporal. 
● Redução da ingesta de sal/sódio. 
● Aumento da ingesta de potássio. 
● Redução do consumo de bebidas 
alcoólicas. 
● Exercício físico regular. 
● Abandono do tabagismo. 
● Controle das dislipidemias e do 
diabetes mellitus. 
● Medidas antiestresse. 
● Evitar drogas que aumentam a PA 
 
 
 
FARMACOTERAPIA DA HIPERTENSÃO 
ARTERIAL SISTÊMICA 
- tem como obejtivo a redução da PA, a 
redução da morbidade e mortalidade 
associadas a doença, e a fim de evitar 
complicações cardiovasculares 
- normalmente esses fármacos são 
eficazes por via oral, e podem ser usados 
em associação – não se pode usar 
manipulados 
 
ORIENTAÇÕES PARA O USO DESSES 
FÁRMACOS 
- O fármaco demora em torno de 4 
semanas para ter efeito farmacológico, 
por isso precisa-se utiliza-lo por no 
mínimo 4 semanas antes de modificar 
(salvo exceções) 
- é importante o uso contínuo do 
medicamento 
- alertar o paciente sobre os possíveis 
efeitos adversos 
 
FÁRMACOS 
> Inibidores da ECA (IECA) 
> Bloqueadores de receptores AT1 de 
angiotensina II (BRA) 
> Bloqueadores de Canais de Cálcio 
(BCC) 
> Bloqueadores Adrenérgicos 
> Diuréticos (DIU) 
> Vasodilatadores Diretos 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
4 
 
A maioria desses fármacos tem como 
objetivo → Bloquear a reabsorção de 
sódio 
 
 
REVISÃO DE RENAL 
- diuréticos podem agir em 2,3,4,5 
 
Bloqueadores dos canais de sódio, 
diuréticos osmóticos → atuam no 5 
- Diuréticos → durante o trajeto do filtrado 
deve-se diminuir a reabsorção de sódio 
- Exemplos: 
. Anidrase carbônica – atua em 2 
. Diuréticos de alça são os mais potentes 
→ bumetanida, furosemida, torsemida, 
ácido etacrínico 
. Tiazídicos – dimiui reabsorção de sódio 
e cloreto 
. Diuréticos de alça tem maior capacidade 
de excretar potássio 
. Diuréticos poupadores de potássio → 
atuam no túbulo coletor 
 
 
1- DIURÉTICOS 
- Aumentam a taxa de fluxo urinário 
- Aumentam a taxa de excreção de Na+ e 
H2O→ aumentando a diurese 
- Ajustam o volume e composição dos 
fluidos em diversascondições patológicas 
(HA, IC, IR, sínd. nefrótica, cirrose) 
- Existe um freio diurético que evita que a 
natriurese seja infinita → SN simpático, 
Renina-angiotensina-aldosterona, 
pepitídeo natriurético natural, etc 
 
- Diuréticos mexem com os íons 
presentes no organismo → por isso é 
importante analisar constantemente os 
níveis desses íons (ex: perda de potássio, 
cálcio, magnésio – podem gerar arritmias) 
→ Classificações dos diuréticos 
a) Diuréticos de alça 
b) Diuréticos tiazídicos 
c) Diuréticos poupadores de potássio 
d) Inibidores da anidrase carbônica 
e) Diuréticos osmóticos 
- A função dos diuréticos é inibir 
transportadores renais de íons e diminuir 
a reabsorção de sódio em diferentes parte 
dos néfron. 
- Levando a um aumento de íons na urina 
- Diminuem volemia 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
5 
 
- Diminuem reabsorção de água (diurese) 
- Diminuem reabsorção de sódio 
(natriurese) 
- Entre alguns desses fármacos da 
mesma classe há diferença na potência, a 
eficácia é praticamente a mesma 
 
 
A) DIURÉTICOS DE ALÇA 
- Quem são? Ácido Etacrínico, 
Bumetanida, Furosemida, Torsemida 
- bem absorvidos no TGI, sendo 
rapidamente distribuídos, meia vida de 4 
horas 
- são os mais potentes de todos os 
diuréticos 
- Mecanismo de ação: Inibe co-
transportador Na+ /K+ /2Cl- no segmento 
espesso da alça ascendente de Henle 
(Aumenta débito urinário, aumenta 
excreção Na+, Cl- , K+, H+, Mg2) 
- Esses fármacos atacam o local de 
ligação do Cl– localizado no domínio 
transmembranal do simporte 
- Eles reduzem a reabsorção de Na e 
aumentam a excressão de potássio 
- Aumenta excreção HCO-3, Ca2+ 
- ATENÇÃO! Fármacos inibidores da COX 
diminuem o efeito hipotensor dos 
diuréticos de alça → diminuem a eficácia 
desses medicamentos, pois diminuem 
prostaglandinas e assim diminuem o fluxo 
sanguíneo renal 
OBS: diuréticos podem aumentar a 
glicemia → sobe colesterol e triglicérides 
- Aumentam a síntese de protaglandinas 
- Os diuréticos de alça são poderosos 
estimulantes da liberação da renina 
- Como o Ca2+ é reabsorvido no túbulo 
contorcido distal, pessoas que tem as 
concentrações normais de Ca na corrente 
sanguínea não haverão alterações 
significantes 
- os diuréticos de alça bloqueiam a 
capacidade do rim em concentrar urina. 
- Podem ter efeitos neurotóxicos pois 
podem  excreção renal e concentração 
sérica do lítio (em pacientes que 
consomem esses medicamentos) 
→ eles competem pelo mesmo canal para 
serem excretados, assim o fármaco tem 
prioridade para a excreção, levando ao 
aumento desse fármaco 
- Podem levar a um risco de arritmias nos 
pacientes devido a excreção de K+, Ca2+ 
, Mg2+ 
 
- Efeitos adversos: 
• Hipotensão ortostática 
 
• Hipovolemia 
 
• Desequilíbrio eletrolítico 
 
• Hiperuricemia – aumento de ácido 
úrico também pelo fato do fármaco 
competir com o diurético pelo 
mesmo canal de excreção 
 
• Ototoxicidade – surdez transitóriaou definitiva 
 
• Alcalose metabólica H+ → A perca 
de K+ das células na troca por H+ 
leva à alcalose com 
hipopotassemia. 
- Usos clínicos dos diuréticos de alça 
•ICC , edema pulmonar agudo 
•Hipertensão 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
6 
 
•Edema, ascite (IRC, hepática) 
•Hipercalcemia 
•Endovenosa em edema pulmonar 
- Efeito vasodilatador mais rápido que a 
ação diurética → Possível diminuição de 
resposta a Angiotensina II, aumento de 
prostaglandinas 
- Furosemida pode levar a hipocalemia, 
assim ela pode ser utilizada juntamente 
ao fármaco cloreto de potássio 
 
- os diuréticos de alça possuem meia-vida 
de eliminação curta e não estão 
disponíveis preparações de liberação 
prolongada 
Interações medicamentosas: 
- aumentam a atividade de 
anticoagulantes 
- AINES 
- Lítio 
- Antidiabéticos orais → Risco de 
hiperglicemia 
 
B) DIURÉTICOS TIAZÍDICOS 
- Quem são? Clorotiazida, Clortalidona, 
Hidroclorotiazida, Hidroclorotiazida, 
Indapamida, Metolazona, 
Bendroflumetiazida, Benztiazida, 
Meticlotiazida, Politiazida 
- eles impedem a reabsorção de sódio e 
aumentam a excreção de água 
- Aumentam a excreção de cloreto, 
potássio e bicarbonato 
- Ativa a troca de sódio por Magnésio, 
sódio entra cálcio sai, 
- Diminuem o volume sanguíneo 
- Mecanismo de ação: Bloqueiam o co-
transportador NaCl no túbulo contorcido 
distal diminuindo a reabsorção de Na+ e 
cloreto → automaticamente a célula tenta 
equilibrar os íons e assim ativa bombas 
que levam K ao lúmen para ser excretado 
- a capacidade deles de diminuir a 
rebsorção de sódio é bem menor que os 
diuréticos de alça 
- CUIDADO – ATRAVESSA A PLACENTA 
→ não recomendado para lactantes e 
gestantes 
 
→ Clorotiazida 
- tratamento de edema grave da cirrose e 
da insuficiência cardíaca com efeitos 
adversos mínimos 
 
→ Hidroclorotiazida 
- mais potente, mas as eficácias são 
comparáveis 
 
→ Clortalidona 
- se comporta como a hidroclorotiazida 
- duração de ação longa e, por isso, 
frequentemente é usada uma vez ao dia, 
no tratamento da hipertensão. 
 
→ Metalozona 
- causa excreção de Na+ na insuficiência 
renal avançada. 
→ Indapamida 
- diurético não tiazídico lipossolúvel 
- ação prolongada 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
7 
 
- apresenta ação anti-hipertensiva 
significativa com efeitos diuréticos 
mínimos 
- menos propensa a acumular-se em 
pacientes com insuficiência renal e pode 
ser útil no seu tratamento. 
 
- Usos clínicos 
• Hipertensão 
• Edema (ICC, hepatopatias, doença 
renal, glicocorticoides) 
• Terapia com corticosteróides e 
estrogênio 
• Diabetes Insípidos 
• Os diuréticos tiazídicos, 
paradoxalmente, reduzem o 
volume urinário no diabetes 
insípido , reduzindo o volume por 
produção de um líquido hipotônico 
no túbulo distal, reduzindo a 
capacidade do rim de secretar 
urina hioptônica (reduz depuração 
de água livre). 
 
- Efeitos adversos 
• hipocalemia, hiponatremia, 
hipercalcemia 
• hiperglicemia 
• fadiga , cansaço 
• aumenta LDL, colesterol, triglicérides 
• Hipovolemia 
• Intolerância à glicose 
• Hipocalemia + Hipomagnesemia → 
Arritmias Ventriculares 
 
 
Interações 
- Podem aumentar os níveis da glicemia; 
- Hipocalemia – costicosteróides, 
corticotropina, anfotericina 
- Aumentam a resposta dos relaxantes 
musculares 
- Associados a AINES - menores efeitos 
diuréticos 
 
• Os tiazídicos diminuem o volume 
intravascular 
 
• Ativação do sistema renina-
angiotensina-aldosterona. 
• aumento da aldosterona contribui 
significativamente para as perdas 
urinárias de K+ . 
• deficiência de K+ pode ser superada 
com espironolactona, triantereno ou 
amilorida, que atuam retendo K+ 
 
C) DIURÉTICOS POUPADORES DE 
POTÁSSIO 
- Medicamento que influencia diminuindo 
a ação da aldosterona → diminuição de 
sódio e retenção de potássio 
- podendo levar a um quadro de 
hipercalemia (hiperpopotassemia) 
 
→ Espironolactona 
• Antagonista competitivo da aldosterona 
• Aumenta a excreção de sódio, cloreto e 
água 
- Usos clínicos: hipertensão (associado a 
outros diuréticos), hirsutismo 
- Extra bula → pode ser utilizado para 
tratamento de síndrome do ovário 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
8 
 
policístico, pois ela bloqueia o receptor de 
androgênio e inibe a síntese de 
esteroides 
 
I. Inibidores de canais de Na+ no 
ducto coletor 
Exemplos: • Amilorida; • Triantereno 
Mecanismo de ação: Inibidores de canais 
de Na+ , assim diminuem a reabsorção de 
Na+ e a excreção de K+ . 
 
II. Antagonista de aldosterona. 
Exemplos: •Espironolactona (Aldactone); 
•Canrenona; •Eplerenona 
Mecanismo de ação: São antagonistas da 
aldosterona, competem pelos receptores 
intracelulares de aldosterona nas céls. do 
túbulo distal terminal, reduzindo a 
secreção de K+ no ducto coletor. 
 
- Usos clínicos dos diuréticos poupadores 
de potássio 
• Hipertensão associado a outros 
diuréticos 
• Hiperaldosteronismo 
• Aumenta a sobrevida no ICC (evita 
remodelamento que ocorre como 
compensação no IC progressiva) 
• Efeitos antiandrogênicos: tratar 
hirsutismo e síndrome do ovário 
policístico 
 
- Amilorida não sofre metabolismo 
 
- Efeitos adversos dos diuréticos 
poupadores de potássio 
• Distúrbios do TGI 
 
• Letargia 
 
• Confusão mental 
 
• Hiperuricemia 
 
• Hipercalemia 
 
• Azotemia ( ureia, creatinina e ácido 
úrico) 
 
• Diminuição da libido (efeitos 
antiandrogênicos inespecíficos) 
 
• Ginecomastia em homem e 
irregularidades menstruais em 
mulheres 
 
 
→ Triantereno e Amilorida 
- Mecanismo de ação: Inibem canais de 
sódio do epitéliorenal, assim como a 
secreção de potássio 
- Usos clínicos: 
• Hipertensão associado a outros 
diuréticos 
• Diminui edema e ascite na ICC 
 
- Efeitos adversos 
• Hipercalemia 
• Cãibras nas pernas 
• Tontura, fadiga, cefaleia. 
• Distúrbios gástricos (diarreia, náusea) 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
9 
 
D) DIURÉTICO INIBIDOR DA 
ANIDRASE CARBÔNICA 
→ Acetazolamida 
- aumentam a eliminação de bicarbonato 
acompanhado de Na+ , K+ e água, 
resultando em aumento do fluxo de urina 
alcalina e acidose metabólica 
- utilizado para glaucoma 
 
→ Manitol 
- Atua nas partes do néfron que são 
livremente permeáveis à água: o túbulo 
proximal, o ramo descendente da alça e 
os túbulos coletores 
- efeito osmótico carrega vários eletrólitos 
na urina 
- utilizado para preparo de cólon 
- Ef. Adversos: expansão súbita do 
volume intravascular por efeito osmótico e 
rápida queda de PA, desidratação, 
distúrbio eletrolítico 
 
AÇÃO ANTI HIPERTENSIVA DOS 
DIURÉTICOS 
- Efeitos natriuréticos, com diminuição do 
volume extracelular. 
- Redução da resistência vascular 
periférica (RVP) - o volume circulante 
praticamente se normaliza, após quatro a 
seis semanas de uso do fármaco. 
- A administração intravenosa de 
furosemida a pacientes com edema 
pulmonar causado por ICC aguda 
provoca um efeito vasodilatador 
terapeuticamente útil antes do início do 
efeito diurético. 
- Deve-se dar preferência aos DIU 
tiazídicos ou similares 
- Além do diurético pode-se associar um 
bloqueador do canal de cálcio 
2. VASODILATADORES 
- Fisiologia da contração e relaxamento do 
músculo liso 
• A contração do músculo liso se inicia 
coma uma elevação de Ca+ 
 
• Fármacos podem causar contração da 
musculatura pelos seguintes 
mecanismos: 
- Liberação de Ca 
- Despolarização da membrana → levando a 
entrada de cálcio na célula 
- Aumento da sensibilidade ao cálcio 
 
• Fármacos podem causar o 
relaxamento da musculatura pelos 
seguintes mecanismos 
- Inibição da entrada de cálcio 
- aumento do GMPc ou do CAMP 
 
Oxido nítrico (NO) – é um fator de 
relaxamento produzido pelo endotélio 
→ A produção dele é estimulada por 
agonistas tais como a acetilcolina ou a 
bradicinina 
→ O mecanismo que leva ao relaxamento do 
músculo lisoé que o NO ativa a guanilato 
ciclase promovendo o relaxamento dessas 
células 
 
- Fármacos vasodilatadores tem um papel 
importante no tratamento de quadros como: 
hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, 
angina, etc 
- Esses fármacos atuam diminuindo o tônus 
vascular → ao interferirem no músculo liso 
vascular e/ou endotélio vascular 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
10 
 
CLASSES DE VASODILATADORES 
• Nitratos 
• Bloqueadores dos canais de cálcio 
• Inibidores de PDE 
• Doadores de NO 
• Agonista do canal de K 
 
Nitratos 
ATENÇÃO! Não associar nenhum deles com 
o sildenafil 
Mecanismo de ação: são quimicamente 
reduzidos e liberam NO 
Quem são? Nitroprussiato de sódio, 
mononitrato de isossorbida, nitroglicerina, 
propatinilnitrato 
→ A venodilatação causada pelo NO provoca: 
 Capacitância venosa Pressão e VD 
VD: volume diastólico 
 
→ Eles ocasionam a redução da pré carga e 
diminuição da demanda do miocárdio por 
oxigênio, e assim eles acabam diminuindo o 
trabalho cardíaco 
 
→ Secundariamente eles também reduzem a 
pressão aórtica e a pós carga 
 
 
 
 
Nitroprussiato de sódio 
Mecanismo de ação – libera NO 
Usos clínicos: emergências hipertensivas, 
angina, insuficiência cardíaca secundária a 
IAM (infarto agudo do miocárdio) 
Efeitos adversos: hipotensão, rash cutâneo, 
taquicardia, tontura, cefaleia, 
metemoglobinemia 
• Cuidado! Se houver uma 
administração prolongada ou o 
paciente tiver insuficiência renal → 
esses fármacos podem levar a grande 
toxicidade pela produção de cianeto 
Atenção! Esse fármaco é o único da classe 
dos nitratos que tem afinidade tanto por 
artérias quanto veias – realizando uma 
“dulpla” vasodilatação 
 
Dinitrato de isossorbida e nitroglicerina 
- mecanismo de ação = mesmo do 
nitroprussiato 
→ tem maior afinifade por vasos de 
capacitância (veias) 
- usos clínicos: angina estável e instável, IAM, 
hipertensão arterial, insuficiência cardíaca 
aguda e crônica 
- Efeitos adversos: hipotensão ortostática, 
taquicardia, podem gerar tolerância 
 
• INFORMAÇÕES IMPORTANTES 
SOBRE OS NITRATOS: 
- causam venodilatação que leva a diminuição 
do retorno venoso e redução da pré carga 
- a vasodilatação arterial leva a diminuição da 
pós carga → assim como o nitroprussiato tem 
ação nessas duas porções (arterial e venosa) 
ele promove uma grande vasodilatação e 
assim poupando o coração diminuindo seu 
trabalho cardíaco 
 
 
VASODILATADOR DE MECANISMO 
INCERTO: 
Hidralazina: 
- Atua em artérias e arteríolas principalmente- 
levando a queda na pressão arterial e 
aumento do débito cardíaco 
- consequentemente gera uma diminuição da 
pós carga 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
11 
 
- atenção > Interfere com a ação do trisfosfato 
de inositol sobre a liberação de Ca2+ do 
retículo sarcoplasmático 
- Usos clínicos: tratamento de curto prazo de 
hipertensão grave na gravidez (eclâmpsia e 
pré eclâmpsia), insuficiência cardíaca (porém 
sempre associado com nitratos) 
 
INIBIDORES DE PDE (fosfodiesterase) 
Milrinona e Amrinona 
Mecanismo de ação – são inibidoras seletivas 
para a isoforma PDE3 presentes no coração 
- reduzem pré carga e pós carga 
NÃO PODEM SER ASSOCIADAS A 
NITRATOS 
- usos clínicos: insuficiência cardíaca severa 
(curto prazo – administração intravenosa) 
- Efeitos adversos: hipotensão e 
trombocitopenia 
 
Sildenafila (viagra) 
- Mecanismo de ação – inibidora seletiva para 
a PDE5 presente no músculo liso do corpo 
cavernoso (essa enzima degrada GMPc no 
corpo cavernoso) 
O aumento do GMPc no corpo cavernoso 
gera o relaxamento do músculo liso no corpo 
cavernoso → permitindo a ereção 
- Uso clínico: disfunção erétil 
- Efeitos adversos: tontura, ondas de calor, 
congestão nasal, náusea 
CUIDADO! 
Uma combinação de sildenafila e nitratos 
pode gerar hipotensão extrema → ENTÃO 
EVITAR ESSA ASSOCIAÇÃO 
- A sildenafila potencializa os nitratos 
orgânicos, que ativam a guanilil ciclase, e 
assim pode-se ocasionar uma grave 
hipotensão no paciente 
 
ATIVADORES DOS CANAIS DE K+ 
Minoxidil, Cromakalim, Nicorandil 
- Mecanismo de ação: ativadores dos canais 
de K+ 
- tem a função de reduzirem a pós carga 
- Usos clínicos: tratamento de hipertensão 
refrária a outros anti -hipertensivos 
- Efeitos adversos: cefaleia, taquicardia, 
edema (pode ser evitado ao associar com 
diuréticos), hirsurtismo 
 
BLOQUEADORES DOS CANAIS DE 
CÁLCIO 
- atuam sobre os canais de cálcio do tipo L → 
impedem sua abertura e consequentemente a 
entrada de cálcio 
- eles reduzem a excitabilidade e a frequência 
cardíaca 
- promovem relaxamento da musculatura lisa 
arterial e diminuição da resistência vascular 
periférica 
OBS: a musculatura esquelética não é 
afetada por esses fármacos 
- Classes: 
• Dihidropiridinas – nifedipina e 
amlodipina 
 
• Fenilalquilaminas – verapamil 
 
• Benzotiazepinas – diltiazem 
 
- as diferenças entre essas classes se deve 
ao sítio de ligação em que atuam 
 
Nifedipina e Amlodipina 
- curta ação – NIFEDIPINA 
- ação longa – AMLODIPINA 
- usos clínicos: HAS, doença arterial 
coronariana, angina 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
12 
 
- efeitos adversos: hipotensão, tontura, 
taquicardia, constipação, edema pulmonar, 
edema periférico 
 
Verapamil e Diltilazem 
- Efeitos adversos: hipotensão, bradicardia 
sinusal (pode levar a falência cardíaca), 
depressão cardíaca, bloqueio de condução no 
nodo átrio-ventricular 
- usos clínicos: angina, HAS, fibrilação atrial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
13 
 
Farmacologia cardiovascular 2
 
INIBIDORES DA ENZIMA DE 
CONVERSÃO DE ANGIOTENSINA 1 – 
IECA 
- Quem são? Captopril, enalapril, 
lisinopril, ramipril, fosinopril, perindopril, 
tandrolapril 
-Angiotensina 2 é um potente 
vasoconstritor!! Sem angiotensina 1 não 
se tem a formação da angiotensina 2 
→ IECA ajuda na produção de 
prostaciclina E2 e óxido nítrico – pois ele 
diminui a disfunção endotelial 
- Pacientes com alto risco de eventos 
cardiovasculares se beneficiam com o 
tratamento com o IECA 
- Atuam nos leitos vasculares de rins 
coração, cérebro, artérias e veias 
- IECA e BRA são os únicos capazes de 
diminuir tanto pré quanto pós carga em 
mesma intensidade (arteriolodilatação e 
vênulodilatação - diminuem retorno 
venoso) – vasodilatação generalizada 
Diminuição da pós e da pré carga → está 
se diminuindo o trabalho cardíaco 
(coração infartado, chagas, ICC) 
- Quando maior a sobrecarga cardíaca – 
leva à liberação de adrenalina – ativação 
do sistema adrenérgico (diminuindo o 
tônus adrenérgico humoral) 
- Mecanismo de ação molecular: inibidor 
da enzima de conversão da angiotensina 
1 
- Utilizados para hipertensão arterial e 
insuficiência cardíaca 
 
 
→ Efeito de classe – todo fazem o 
mesmo efeito e desfeixo clínico → Todos 
eles bloqueiam a conversão de 
angiotensina 1 em 2 e possuem perfis de 
efeitos adversos e contraindicações 
semelhantes 
 
- Aplicação terapêutica - curto e longo 
prazo: HAS, ICC, prevenção de nefropatia 
diabética e microalbuminúria, 
Diminui o remodelamento cardíaco (ICC – 
o coração está sofrendo um processo de 
deformação devido a uma hiper produção 
de miofibroblastos que proliferam de 
maneira desordenada afetando as 
pressões intracavitárias e prejudica mais 
ainda o remodelamento) após o IAM, 
Diminui a hipertrofia ventricular (diminui a 
pós carga), homeostase do endotélio 
- Atua recuperando o endotélio do 
glomérulo e assim melhora a 
vascularização renal e a função renal – 
evitando que o paciente tenha agravos 
renais 
 
ATENÇÃO o que é pré e pós carga vai 
cair na prova 
 
OBS: bradicinina é um pontente 
vasodilatador 
Impedem a formação de uma substância 
vasoconstritora ao mesmo tempo inibemas cininases (que degradam os 
mediadores inflamatórios que atuam 
sobre a permeabilidade vascular 
principalmente as bradicininas) → Assim 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
14 
 
com a inibição desses degradadores 
aumenta a quantidade de mediadores 
vasodilatadores → DUPLO efeito 
vasodilatador 
 
Efeitos adversos 
- Tosse, traqueíte -> Por conta da 
bradicinina 
- Angioedema -> inchaço de mucosas 
- Hipercalemia -> inibição da ECA —
diminui angiotensina 2 – o que leva a 
diminuição da aldosterona – e devido a 
isso ocorre a maior excreção de sódio e 
consequentemente maior retenção de 
potássio que leva à hipercalemia → esse 
quadro geralmente ocorre quando se tem 
alguma lesão renal prévia 
- Hipotensão arterial, IRA. 
 
CUIDADO insuficiência renal (valor de 
função renal menor que 40), hipercalemia, 
estenose bilateral da artéria renal ou outra 
causa de hiperreninemia (renina alta) 
- Contra-indicado: gestantes 
(teratogenicidade), anemia, hepatoxidade. 
 
- Interações medicamentosas 
• Antiácidos → diminuição da 
biodisponibilidade dos IECA 
 
• AINES diminuem o efeito dos IECA 
 
• Diuréticos poupadores de potássio 
(espironolactona) – podem 
exacerbar a hiperpotassemia 
induzida pelos IECA 
 
 
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES 
DA ANGIOTENSINA II 
- A angiotensina ll aumenta a resistência 
periférica total pois 
• Vasoconstrição direta vascular 
(arteríolas e vênulas) e renal. 
 
• Aumenta a liberação de NE 
 
• Aumenta o tônus simpático (SNC). 
 
• Liberação de catecolaminas da 
medula suprarrenal. 
 
• Diminuição da excreção de Na e 
água, aumenta a de K, 
 
• Liberação de aldosterona 
 
• Na pré-carga (expansão do volume 
devido à retenção de Na+) e na 
pós-carga cardíacas ( elevação da 
P A) contribuem para a hipertrofia e 
a remodelagem cardíacas 
 
Angiotensina 2 = aumento do trabalho 
cardíaco 
 
- Quem são? Losartana, valsartana, 
candesartana, ibesartana, olmesartana 
- Aplicação terapêutica – curto e longo 
prazo - : HAS, ICC, prevenção de 
nefropatia diabética e microalbuminúria, 
diminui o remodelamento cardíaco após o 
IAM, diminui a hipertrofia ventricular, 
homeostase do endotélio 
- Efeitos adversos = mesmos dos IECA 
- Contra-indicação: diferentes graus de 
insuficiência renal, hipercalemia] 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
15 
 
NÃO PODE COADMINISTRAR IECAS E 
BRAS → risco de lesão renal e sem efeito 
terapêutico significante 
 
BLOQUEADOR DA ALDOSTERONA 
- Espironolactona 
Mec de ação: bloqueador do receptor de 
mineralocorticóide (MR) nos túbulos 
renais. Antagonista da aldosterona. 
Usos: coadjuvante 
ICC – diminuir o remodelamento do 
ventrículo esquerdo pós-iam (redução da 
morbi-mortalidade), tratamento do edema 
de membros. 
HAS - Quando e terapia conjunta com 
outros diuréticos espoliadores de K, irá 
reter potássio no sangue. (poupador de 
potássio). 
Aldosteronismo secundário - (insuficiência 
cardíaca, cirrose hepática, síndrome 
nefrótica e ascite grave) e Aldosteronismo 
primário 
 
• ATENÇÃO - para uso isolado ele 
não tem efeito expressivo como 
diurético 
 
- Efeitos Adversos: hipercalemia, 
hiponatremia, ginecomastia, mastalgia, 
disfunção sexual, efeitos anti-
androgênicos. No SNC incluem 
sonolência, letargia, ataxia, confusão e 
cefaleia. 
NÃO PODE HAVER TERAPIA 
COMBINADA DE IECA E ANTAGONISTA 
DE RECEPTOR DE ANGIOTENSINA 1 
(BRA) 
 
INIBIDOR DIRETO DA RENINA 
- ALISQUIRENO 
O angiotensinogênio é o único substrato 
específico da renina. Os IDR inibem a 
clivagem da Angio I a partir do 
angiotensinogênio pela renina, uma 
reação enzimática que constitui a etapa 
Limitadora de velocidade para a geração 
subsequente de Angll. O alisquireno é o 
único IDR aprovado para uso clínico. 
Biodisponibilidade é baixa. Alimentos e 
outros fármacos reduzem sua absorção. 
Indicação: HAS 
Efeitos adversos: angioedema, reações 
alérgicas 
Contra-indicação: uso conjunto com iECA 
ou BRA, gestantes, insuficiência renal, 
nefropatia diabética. 
Não é superior aos efeitos clínicos dos 
iECA e BRAs 
 
OBS: Clonidina → agonista alfa 2 
ativação de alfa dois – bloqueio 
adrenérgico (diminuição do estímulo 
adrenérgico) 
 
 
BLOQUEADORES OU ANTAGONISTAS 
ADRENÉRGICOS 
- Bloqueio dos receptores adrenérgicos 
em nível sistêmico e SNC. 
- Mec ação: Bloqueio adrenérgico no 
musculo liso vascular diminui 
indiretamente o entrada de cálcio para as 
células. 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
16 
 
Bloqueio adrenérgico e fármacos de ação 
central: 
• Clonidina 
• Metildopa 
Clonidina tem local de ação predominante 
no bulbo principalmente como agonista de 
receptores alfa 2 do SNC. 
A metildopa é um agente anti-hipertensivo 
de ação central → ela é um agonista dos 
receptores alfa2 e reduzir a pressão 
arterial de modo semelhante ao 
mecanismo da clonidina. 
Metildopa: bom para gestantes 
Ef. Adversos: sonolência, torpor, lentidão, 
anemia hemolítica com a metildopa 
 
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES 
BETA ADRENÉRGICOS 
- São a base do esquema de tratamento 
clínico para pacientes com angina estável 
crônica 
- eles diminuem a frequência e 
contratilidade cardíaca ao reduzirem a 
demanda de oxigênio do miocárdio 
- É comum a coadministração desses 
fármacos com nitratos orgânicos para 
tratamento da angina estável 
CUIDADO! → não associar esses 
fármacos com os BCC do tipo não 
hidropirínidínicos – pois isso pode levar a 
bradicardia sinusal extrema ou bloqueio 
de condução AV 
- também podem ser utilizados em 
pacientes com insuficiência cardíaca 
clinicamente estável 
- quem são? 
Beta não seletivos 1ª geração – nadolol, 
pindolol, propranolol, timolol, sotalol 
Beta 1 seletivos de 2ª geração – atenolo, 
bisoprolol, esmolol, metoprolol 
Beta não seletivos de terceira geração – 
carvedilol, labetalol 
Beta 1 seletivos de 3ª geração - nebivolol 
 
➔ Efeitos adversos: sonolência, 
bradicardia, crises asmáticas e 
broncoespasmo, efeito dopping 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
17 
 
 
Fármacos envolvidos com a 
hemostasia 
 
CLASSES: 
• Anti agregantes plaquetários 
• Anticoagulantes 
• Trombolíticos 
As plaquetas possuem alguns receptores 
em sua membrana 
 
Fisiologicamente: 
ATP é transformado em AMPc através da 
enzima adenilil ciclase (que está presente 
dentro das plaquetas) → ativam a 
proteína quinase A (PKA) nas plaquetas→ 
e inibe agregação plaquetária 
 
Se houver algum tipo de lesão 
A ruptura da placa leva a exposição de 
colágeno e vWF que leva ao processo de 
adesão plaquetária 
Maior liberação de COX1 (produção de 
tromboxano A2 – que promove agregação 
plaquetária) 
P2Y1 e P2Y12 são receptores ativados 
por ADP – quando eles se ligam inibe a 
adenilil ciclase e assim é diminuida a 
 
quantidade de AMPc → 
consequentemente diminui a quantidade 
de PKA e assim começa o processo de 
agregação plaquetária 
 
Maior expressão da GPIIb/IIIa – as 
plaquetas começam a se agregar cada 
vez mais 
 
Receptores relacionados com a 
agregação plaquetária podem ser 
bloqueados por fármacos anti agregantes 
plaquetários 
 
Fibrinogênio – é transformado em fibrina 
durante o processo de coagulação 
- O processo de agregação gera ligações 
de fibrinogênio a receptores GP em 
plaquetas próximas 
→ elas então se tornam um foco para a 
formação de fibrina 
 
Alguns fármacos podem atuar no 
plasminogênio e assim intensificar o 
processo de fibrinólise 
➢ Ativador de plasminogênio 
converte plasminogênio em 
plasmina (que é responsável pela 
digestão da fibrina) 
 
IAP-1 e IAP-2 são inibidores do ativador 
de plasminogênio 
Alfa antiplasmina inativa a plasmina 
 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
18 
 
HEMOSTASIA 
- primária → plaquetas formando o 
tampão plaquetário 
- secundária → ativação da cascata de 
coagulação 
 
OBS: Zimogênio – proteínaque precisa 
ser ativada para ter função → os fatores 
de coagulação estão como zimogênios na 
circulação 
 
TROMBOS 
- existem três tipos de trombo: 
• trombo hemostático (fisiológico - 
hemorragia); 
• trombo venoso 
• trombo arterial (patológicos). 
 
a) Tromboembolismo venoso 
- fatores como cirugia, doenças auto 
imunes, tumores, imobilidade, etc podem 
ser risco para o desenvolvimento desse 
tipo de trombo 
- esses trombos podem evoluir das 
seguintes maneiras: sofrerem lise, 
obstruirem a circulação, migrarem, etc 
ATENÇÃO para a tríade de Virchow 
(lesão da parede vascular, alteração do 
fluxo arterial, coagulabilidade anormal) 
A heparina por exemplo é um fármaco 
que torna a anti trombina mais efetiva, 
potencializando sua ação → promovendo 
um bloqueio maior da trombina 
 
Anticoagulantes orais promovem uma 
interferância na γ-carboxilação dos 
fatores de coagulação II, VII, IX e X 
1. FÁRMACOS 
ANTIPLAQUETÁRIOS 
- Alvos farmacológicos: - esses 
fármacos impedem o processo de 
agregação plaquetária por diversos 
caminhos diferentes 
➔ Bloqueio da COX 1 
 
➔ Bloqueio do receptor de ADP 
(P2Y1 e P2Y12) 
 
➔ Bloqueio do receptor gpIIb/IIIa 
 
 
Ácido aetilsalicílico 
- Mecanismo de ação: inibem a COX 1 
interferindo na síntese de ácido 
aracdônico e consequentemente de 
eicoisanoides, diminuindo a produção de 
PGI2, PGE2 e tromboxano A2 
- é um inibidor irreversível da COX1 
→ essa ação é permanente e dura toda a 
vida da plaqueta -> doses sucessivas = 
prolongam o tratamento 
Ácido acetilsalicílico – é transformado em 
acido salicílico levando ao bloqueio da 
produção de TxA2 
OBS: tromboxano A2 é um indutor da 
agregação plaquetária e vasoconstritor 
- Efeitos adversos: sangramentos, 
ulcerações no trato gastro intestinal , 
trombocitopenia, altera a glicemia e o 
ácido úrico e diminui o potássio 
 
Dipiridamol 
- Mecanismo de ação: inibidor da 
fosdodiesterase - potencializando o nível 
de AMPc dentro da plaqueta ativando a 
PKA e inibindo a agregação plaquetária 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
19 
 
Obs: função da fosfodiesterase – 
transforma o GMPc em GMP (no 
processo de vasodilatação), no processo 
de coagulação ela transforma AMPc em 
AMP 
- Usos clínicos: redução da isquemia 
quando associado a aspirina, também é 
um vasodilatador (quando é associado 
com a varfarina é extremamente eficaz 
para inibir a embolização em próteses de 
valvas cardíacas) 
 
 
Tirofibana 
- Mecanismo de ação: inibidor da 
glicoproteína IIb/IIIa → o fármaco é um 
antagonista do fibrinogênio 
- Impede que o fibrinogênio se ligue a 
glicoproteína IIb/IIIa 
- Usos clínicos: admnistração IV - 
síndrome coronariana aguda e 
angioplastia 
 
Abciximab 
- mesmo mecanismo de ação da 
tirofibana 
- É um inibidor não competitivo → 
irreversível 
- é um anticorpo monoclonal quimérico 
- A excreção dele é demorada quando 
ligado a plaqueta 
 
Eptifibatida 
- Mecanismo de ação: mesmo mecanismo 
de ação da tirofibana 
- via intravenosa 
 
Ticagrelor 
- Mecanismo de ação: um inibidor 
reversível do P2Y12 (aumenta a 
quantidade de AMPc, aumentando PKA e 
inibindo agregação plaquetária – via oral 
 
Ticlopidina 
- pró fármaco 
- Mecanismo de ação: bloqueador 
irreversível do receptor da 
adenosinadifosfato (ADP) → inibe o 
receptor P2Y12. 
- usos clínicos: prevenção de eventos 
cerebrovasculares recorrentes e nas 
anginas 
- Efeitos adversos: náusea, vômito , 
diarréia, trombocitopenia 
- A inibição da agregação plaquetária 
persiste por alguns dias após a 
interrupção do fármaco. 
 
Clopidogrel 
- pró fármaco 
- Mecanismo de ação: Inibidor irreversível 
dos receptores plaquetários P2Y12, mas 
é mais potente e tem toxicidade 
ligeiramente menor do que a ticlopidina 
 
Prasugrel 
- pró fármaco 
- início de ação mais rápido que os outros 
- leva a uma inibição maior e mais 
previsível da agregação plaquetária 
induzida pelo ADP 
CUIDADO 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
20 
 
- interação de fármacos com o citocromo 
2C19. 
- não associar clopidogrel e inibidores de 
bomba de próton 
 
Atopaxar e Vorapaxar 
- Mecanismo de ação: inibem a ligação da 
trombina a seu receptor (PAR-1) → 
impedem a agregação plaquetária 
dependente de trombina 
- Via de adnministração oral 
- Reação adversa: sangramentos 
 
 
2. FÁRMACOS 
ANTICOAGULANTES 
- Alteram o processo de coagulação 
- Importantes para a prevensão de 
desenvolvimento de trombos sanguíneos 
 
PARENTERAIS 
Heparina 
- Via parenteral 
- Mecanismo de ação: Ativador da anti 
trombina III (que por sua vez inibe vários 
fatores de coagulação como II, IX, X) → 
diminuição da cascata de coagulação 
Heparina leva a uma mudança 
conformacional na antitrombina – no local 
de encaixe da antitrombina com o fator Xa 
Heparina de baixo peso molecular – 
principal ação sobre o fator Xa 
• Exemplos: Enoxaparina, 
Dalteparina, Nadroparina, 
Ardeparina 
- Usos clínicos da heparina: trombose 
venosa, coágulos na gravidez 
- Efeitos adversos: sangramentos, 
alterações hepáticas; osteoporose ; ↓ 
síntese de aldosterona, trombocitopenia 
Sulfato de protamina – tem grande 
afinidade pela heparina → “antídoto” para 
heparina → via intravenosa 
Fator plaquetário 4 produzido pelas 
plaquetas liga-se a heparina e impede 
que ela interaja com a antitrombina → 
isso limita a atividade da heparina, porém 
a heparina de baixo peso molecular e o 
fondaparinux são menos afetados pelo 
fator plaquetário 4 
- Heparina em altas doses pode 
atrapalhar a agregação plaquetária e 
assim prolongar o tempo de sangramento 
- A heparina depura o plasma lipêmico 
(rico em lipídeos) pelo fato de induzir a 
liberação da lipoproteína lipase 
Heparinas de paixo peso molecular → são 
excretadas pelo rim logo CUIDADO com 
pacientes com comprometimento renal 
 
Fondaparinux 
- Não deve ser administrado em pacientes 
com insuficiência renal. 
- usos clínicos: pacientes submetidos à 
cirurgia de quadril, de joelho, de fratura de 
quadril e para a terapia inicial em 
pacientes com embolia pulmonar ou TVP. 
 
Idraparinux 
- É uma versão do fondaparinux 
- Como esse fármaco não tinha um 
antídoto, foi adicionado um núcleo biotina 
formando o idrabiotaparinux → cujo 
antídoto é a avidina 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
21 
 
Lepirudina 
- Mecanismo de ação: é um inibidor direto 
da trombina 
- via IV 
- cuidado ao utilizá-la em pacientes com 
insuficiência renal 
- não tem antídoto 
 
ORAIS 
Varfarina, marevan, dicumarol 
- Mecanismo de ação: são antagonistas 
da vitamina K (que faz a síntese dos 
fatores de coagulação II, VII, IX, X) 
CUIDADO – varfarina passa para o feto e 
pode gerar má formação 
 
A varfarina se liga na enzima vitamina K 
epóxido redutase (VKOR) → diminuindo a 
quantidade de vitamina K reduzida → 
diminui a formação dos fatores da cascata 
de coagulação ativados 
 
• Antagonistas da vitamina K não 
devem ser utilizados durante a 
gravidez, 
 
Redução no efeito dos anticoagulantes 
orais podem estar relacionadas a 
• Consequência da ligação à 
colestiramina no trato 
gastrintestinal 
 
• aumento do volume de distribuição 
 
• Em consequência de 
hipoproteinemia, como na 
síndrome nefrótica; 
 
• Aumento da depuração metabólica 
do fármaco em decorrência da 
indução de enzimas hepáticas 
(CYP2C9) por barbitúricos, 
carbamazepina ou rifampicina 
 
• Ingestão de grandes quantidades 
de alimentos ou suplementos ricos 
em vitamina K; 
 
• Aumento dos níveis dos fatores da 
coagulação durante a gravidez. 
 
Etexilato de dabigatrana → novo no 
mercado 
- pró farmaco 
- quando utilizado em doses fixas 
monitoramento rotineiro da coagulação é 
desnecessário 
- Usos clínicos: prevenção de acidente 
vascular encefálico em pacientes com 
fibrilação atrial. 
 
Rivaroxabana 
- Mecanismo de ação: inibidor oral do 
fator Xa 
- Usos clínicos:profilaxia de trombos após 
cirurgia de substituição de quadril ou 
joelho e prevenção do acidente vascular 
encefálico em pacientes com fibrilação 
atrial não valvular. 
 
Apixabana 
- Mecanismo de ação: inibidor oral do 
fator Xa 
- Usos clínicos: prevenção de acidente 
vascular encefálico e embolia em 
pacientes com fibrilação não valvular 
RESUMO POR JÚLIA FRATI 
22 
 
- metabolizado principalmente pela 
CYP3A4 
 
 
3. FÁRMACOS TROMBOLÍTICOS 
- Atenção para o risco hemorrágico, uma 
das principais complicações nesses 
fármacos 
 
Estreptoquinase 
- Mecanismo de ação: liga-se ao 
plasminogênio (alteração 
conformacional), ↑plasmina (digestão da 
fibrina) 
- Efeitos adversos: hemorragias, febre 
- usos clínicos: infarto agudo do 
miocárdio, trombose coronariana 
NÃO É INDICADO EM CASOS DE 
➔ Pós cirúrgico recente 
 
➔ Sangramentos no TGI 
 
➔ Antecedentes de AVC 
 
➔ Alterações hemorrágicas 
 
 
Anistreplase, alteplase, reteplase, 
tenecteplase, lanoteplase e 
desmoteplase 
- tecnologia de DNA recombinante 
produziu – o t-PA recombinante (ateplase) 
- ativadores teciduais do plasminogênio 
- utilização intravenosa 
- é contraindicado para pacientes que 
recentemente sofreram acidente vascular 
encefálico hemorrágico 
INIBIDORES DA FIBRINÓLISE 
Ácido aminocaproico e ácido 
tranexâmico 
- esses fármacos são análogos da lisina 
- se ligam no plasminogênio e plasmina → 
bloqueio da interação da plasmina com a 
fibrina

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