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Aula 9 - Farmacologia do Sistema Cardiovascular


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Farmacologia do Sistema 
Cardiovascular
Angina pectoris
 Quadro repentino e grave caracterizado por dor comprimindo o peito que se irradia pelo pescoço, pelo maxilar, as costas e braços
Causas
 Fluxo sanguíneo insuficiente para suprir as demandas de oxigênio do miocárdio, levando à isquemia
 Obstrução ou espasmos das artérias coronárias - aterosclerose nas artérias cardíacas
Padrões de angina
 Angina estável - típica
 Sensação de queimação
  de perfusão coronariana decorrente da aterosclerose 
 Ocorre durante exercício físico ou excitação emocional
 Alivia com repouso ou uso de nitratos
 Angina instável
 Fica entre a angina estável e o infarto do miocárdio
 Ocorre durante o repouso
 Sintomas não aliviam com nitratos e repouso
 Requer controle de dislipidemias, diabetes e hipertensão
Angina variante ou Prinzmetal
 Padrão incomum de angina episódica que ocorre em repouso, decorrente do espasmo da coronária
 Responde rapidamente aos nitratos
Tratamento farmacológico da angina
 Nitratos Orgânicos - dinitrato de isossorbida e mononitrato de isossorbida
 Vasodilatador potente causa alívio imediato da angina
 Convertidos em óxido nítrico (NO), o GMPc  sequestro do cálcio intracelular  relaxamento 
 Relaxamento  a demanda cardíaca por oxigênio
Efeitos colaterais
 Cefaleia, doses + altas - hipotensão postural, rubor facial e taquicardia
Interação com ininibidores da PDE-5 (fosfodiesterase-5) como sildenafil, tadalafil, vardenafil hipotensão perigosa
sidenafil potencializa os efeitos dos nitratos, recomenda-se 6 horas de intervalo entre a ingestão dos fármacos
-bloqueadores
propranolol, atenolol, metoprolol 
  a demanda por oxigênio do miocárdio pela redução da freqüência e da força de contração do miocárdio
Bloqueadores dos canais de cálcio
nifedipina, verapamil e diltiazem
 o influxo de cálcio é essencial para a contração muscular, são vasodilatadores e produzem efeito inotrópico negativo
Efeitos colaterais
 Rubor, cefaleia, edema periférico
Hipertensão Arterial
A hipertensão que necessita de tratamento farmacológico é definida como uma pressão sanguínea sistólica maior do que 140 mmHg e/ou pressão sanguínea diastólica maior que 90 mmHg.
Categorias da hipertensão
Normal: <120/<80
Pré-hipertensão: 120-139/80-89
Hipertensão estágio 1: 140-159/90-99
Hipertensão estágio 2: >160/>100
Mecanismo fisiológico de controle da pressão arterial
1) Barorreceptores e sistema nervoso autônomo
2) Sistema renina-angiotensina-aldosterona
Tratamento farmacológico da Hipertensão
-bloqueadores: propranolol, metoprolol e atenolol
  a PA primariamente pela  do débito cardíaco
IECAs: captopril e enalapril
 Inibem a produção de angiotensina II e aldosterona resultando e < resistência vascular e < retenção de sódio e água
 Recomendados quando os fármacos de 1ª escolha são ineficazes
Antagonistas dos receptores de angiotensina: losartam
 Alternativa aos IECAs
Inibidores diretos da renina  Alisquireno
Promove inibição direta da ação da renina com consequente diminuição da formação de angiotensina II
Bloqueadores de canais de cálcio: verapamil, diltiazem, nifedipino, anlodipino
 Recomendados quando os fármacos de 1ª escolha são ineficazes
 Efetivos em pacientes com angina e diabetes
Antagonistas dos receptores : prazosin, doxazosin 
  a resistência vascular periférica  a pressão arterial
Agonistas 2: clonidina e metildopa
 Atuam inibindo a liberação noradrenérgica central
Diuréticos: 
 Terapia de 1ª escolha para o tratamento da hipertensão
 IC  coração é incapaz de bombear sangue suficiente para suprir as necessidades do organismo
 Sintomas
 Dispneia
 Fadiga
 Retenção de líquido
  anormal no volume de sangue e de líquido intersticial  IC “congestiva”  congestão pulmonar e edema periférico
Insuficiência cardíaca (IC)
Respostas compensatórias da IC
  da atividade simpática
  da capacidade de bombear o sangue  PA tende a cair
 baroceptores detectam essa  da PA  resposta automática de ativação simpática
 estímulo  no coração e  nos vasos  taquicardia e vasoconstrição
Respostas compensatórias da IC
 Ativação do sistema renina-angiotensina
  débito cardíaco  o fluxo sanguíneo nos rins  liberação de renina   da formação de angiotensina II  induz a liberação de aldosterona   da resistência vascular, retenção de sódio e água
  do volume de sangue  edema pulmonar e periférico
Respostas compensatórias da IC
 Hipertrofia miocárdica
 coração  de tamanho
 câmaras se dilatam e se tornam mais globulares
 inicialmente  estiramento do músculo cardíaco leva a uma contração mais forte
 com o passar do tempo  o alongamento excessivo das fibras resulta no enfraquecimento das contrações 
Inibidores da enzima conversora de Angiotensina (IECA)  enalapril, captopril, ramipril, fosinopril
 Impedem a conversão de angiotensina I no potente vasoconstritor angiotensina II
  resistência vascular, o tônus venoso e a PA
Corrigem a hiperativação do sistema renina angiotensina
 Efeitos colaterais: tosse seca, hipotensão postural, insuficiência renal, hiperpotassemia, angioedema, hipotensão sintomática e não podem ser utilizados por gestantes por serem fetotóxicos
Tratamento farmacológico da IC
Bloqueadores dos receptores de angiotensina (BRA)  losartana 
 São antagonistas competitivos dos receptores AT1
 Efeitos colaterais: semelhantes aos IECA, com exceção da tosse seca
Tratamento farmacológico da IC
Inibidores diretos da renina  Alisquireno
Promove inibição direta da ação da renina com consequente diminuição da formação de angiotensina II
Principais reações adversas
“Rash” cutâneo, diarreia (especialmente com doses elevadas, acima de 300 mg/dia), tosse
Contraindicado na gravidez, pacientes diabéticos
Tratamento farmacológico da IC
Bloqueadores   carvedilol e metoprolol
 Evitam os efeitos da ativação simpática
Vasodilatadores  dinitrato de isossorbida
  a capacidade venosa   a carga sobre o coração
Diuréticos
 Aliviam o edema pulmonar, periférico e  o volume sanguíneo
Tratamento farmacológico da IC
Tratamento farmacológico da IC
Fármacos inotrópicos  digitálicos (digoxina), dobutamina
  a contratilidade do músculo cardíaco e, dessa forma,  o débito cardíaco
Digitálicos = glicosídeos cardíacos ou glicosídeos digitálicos (digoxina)
 Inibem a bomba de Na+/K+ , como a troca de Na+ por Ca++ depende do gradual de concentração, essa troca fica comprometida, mantendo-se o Cálcio na musculatura cardíaca
 Efeitos colaterais: toxicidade é muito comum (dosagem de K+). Intoxicação digitálica: disritmia progressiva, que pode levar ao bloqueio cardíaco completo; anorexia, náuseas, vômitos, cefaleia, fadiga, confusão, visão borrada, alteração na percepção de cores 
Agonistas -adrenérgicos  dobutamina 
 Fármaco inotrópico devido a sua ação sobre 1
 Administrado IV em hospitais 
Diurético poupador de potássio  espioronolactona
 Antagonista da aldosterona,  a retenção de Na+, a hipertrofia miocárdica e a hipopotassemia. 
 Utilizado em casos avançados de IC
 Efeitos colaterais: distúrbios gástricos, letargia, confusão, ginecomastia, diminuição de libido e irregularidades menstruais
Tratamento farmacológico da IC
Arritmias Cardíacas
Batimentos cardíacos
células musculares
células neuromusculares
Nodo sinoatrial (SA)
Nodo atrioventricular
(AV)
Sistema Purkinje
Arritmias cardíacas
Bradiarritmias
Farmacológica
Doença cardíaca estrutural
Taquiarritmias
Eletrocardiograma
Deflexões ou ondas no aparelho de registro
Onda P
Complexo QRS
Onda T
Tipos de arritmia
Bradicardia Sinusal
Bloqueio do ramo feixe
Tipos de arritmia
Flutter Atrial
Fibrilação atrial
Tipos de arritmia
Taquicardia supraventricular
 
Taquicardia ventricular
Tipos de arritmia
Fibrilação ventricular
Princípios clínicos do uso de antiarrítmicos
Faixa terapêuticaestreita
Monitorização da [ ] plasmática do fármaco 
Indução novas arritmias
Remover os fatores precipitantes da arritmia
Arritmias assintomáticas – não tratar
Fármacos antiarrítmicos
Classe I
Bloqueiam canais de sódio voltagem-dependentes
Classe IA
 velocidade de despolarização, prolongam o potencial de ação e  o período refratário do ventrículo
Fármacos antiarrítmicos
Quinidina 
Taquiarritmia atrial, taquiarritmia ventricular
Intolerância GI
Chinchonismo - visão embaçada, zumbido, desorientação, psicose 
Interação com digoxina
Procainamida
Taquiarritmia atrial, taquiarritmia ventricular
Síndrome tipo lupus, depressão, alucinação, psicose
Fármacos antiarrítmicos
Disopiramida 
Taquiarritmia atrial, taquiarritmia ventricular
Reações anticolinérgicas
Contra-indicada para IC
Fármacos antiarrítmicos
Classe IB
 a duração do potencial de ação e 
encurtam a repolarização (fase 3)
Úteis em taquicardias ventriculares
Fármacos antiarrítmicos
Lidocaína
Emergência de arritmia, suprime arritmias por automaticidade anormal
Arritmias, alteração no SNC (alteração da fala, agitação, parestesias, sonolência, convulsões, confusão)
Sofre intenso metabolismo de 1ª passagem
Fármacos antiarrítmicos
Mexiletina 
Tratamento crônico de arritmias ventriculares associadas ao infarto do miocárdio prévio
Tocainida
Taquiarritmias ventriculares
Toxicidade pulmonar - fibrose pulmonar
Fármacos antiarrítmicos
Classe IC
Deprimem acentuadamente a
 velocidade do potencial de ação
Fármacos antiarrítmicos
Flecainida
Arritmias ventriculares refratárias
Vertigem, visão embaçada, cefaleia, náusea
Efeito inotrópico negativo 
Propafenona
Arritmias ventriculares refratárias
Fármacos antiarrítmicos
Classe II
 Antagonistas beta-adrenérgicos
 despolarização de fase 4, deprimindo a automaticidade,  força e frequência cardíaca
Taquiarritmias por  da atividade simpática, flutter e fibrilação atrial
Propranolol
Metoprolol
Esmoprolol 
Fármacos antiarrítmicos
Classe III
Bloqueiam canais de potássio,  o efluxo deste íon durante a repolarização
Prolongam o potencial de ação sem alterar a fase 0 ou prolongar o potencial de repouso da membrana
Fármacos antiarrítmicos
Amiodarona
Taquicardias supraventriculares e ventriculares
Fibrose pulmonar
Intolerância GI
Tremores
Ataxia
Tontura
Alterações na tiroide
Hepatotoxicidade
Neuropatia
Pele azulada
Arritmias
Fármacos antiarrítmicos
Sotalol	
Betabloqueador
Pode induzir a síndrome de torsade pointes
Morte súbita
Dofetilida
1ª escolha na fibrilação atrial
Fármacos antiarrítmicos
Classe IV
Bloqueadores de canais de cálcio
 a corrente de entrada de cálcio no tecido cardíaco
Disritmias atriais, taquicardia
supraventricular, flutter e fibrilação atrial
Fármacos antiarrítmicos
Verapamil
Diltiazem
Hipotensão
Inotropia negativa
Cefaleia
Rubor
Constipação
Edema
Fármacos antiarrítmicos
Outros
Digoxina 
Flutter atrial
Adenosina
Em altas doses  velocidade de condução,  a automaticidade do nódulo AV
Taquicardia supraventricular aguda
Ação ultracurta