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Farmacologia do Sistema Cardiovascular Angina pectoris Quadro repentino e grave caracterizado por dor comprimindo o peito que se irradia pelo pescoço, pelo maxilar, as costas e braços Causas Fluxo sanguíneo insuficiente para suprir as demandas de oxigênio do miocárdio, levando à isquemia Obstrução ou espasmos das artérias coronárias - aterosclerose nas artérias cardíacas Padrões de angina Angina estável - típica Sensação de queimação de perfusão coronariana decorrente da aterosclerose Ocorre durante exercício físico ou excitação emocional Alivia com repouso ou uso de nitratos Angina instável Fica entre a angina estável e o infarto do miocárdio Ocorre durante o repouso Sintomas não aliviam com nitratos e repouso Requer controle de dislipidemias, diabetes e hipertensão Angina variante ou Prinzmetal Padrão incomum de angina episódica que ocorre em repouso, decorrente do espasmo da coronária Responde rapidamente aos nitratos Tratamento farmacológico da angina Nitratos Orgânicos - dinitrato de isossorbida e mononitrato de isossorbida Vasodilatador potente causa alívio imediato da angina Convertidos em óxido nítrico (NO), o GMPc sequestro do cálcio intracelular relaxamento Relaxamento a demanda cardíaca por oxigênio Efeitos colaterais Cefaleia, doses + altas - hipotensão postural, rubor facial e taquicardia Interação com ininibidores da PDE-5 (fosfodiesterase-5) como sildenafil, tadalafil, vardenafil hipotensão perigosa sidenafil potencializa os efeitos dos nitratos, recomenda-se 6 horas de intervalo entre a ingestão dos fármacos -bloqueadores propranolol, atenolol, metoprolol a demanda por oxigênio do miocárdio pela redução da freqüência e da força de contração do miocárdio Bloqueadores dos canais de cálcio nifedipina, verapamil e diltiazem o influxo de cálcio é essencial para a contração muscular, são vasodilatadores e produzem efeito inotrópico negativo Efeitos colaterais Rubor, cefaleia, edema periférico Hipertensão Arterial A hipertensão que necessita de tratamento farmacológico é definida como uma pressão sanguínea sistólica maior do que 140 mmHg e/ou pressão sanguínea diastólica maior que 90 mmHg. Categorias da hipertensão Normal: <120/<80 Pré-hipertensão: 120-139/80-89 Hipertensão estágio 1: 140-159/90-99 Hipertensão estágio 2: >160/>100 Mecanismo fisiológico de controle da pressão arterial 1) Barorreceptores e sistema nervoso autônomo 2) Sistema renina-angiotensina-aldosterona Tratamento farmacológico da Hipertensão -bloqueadores: propranolol, metoprolol e atenolol a PA primariamente pela do débito cardíaco IECAs: captopril e enalapril Inibem a produção de angiotensina II e aldosterona resultando e < resistência vascular e < retenção de sódio e água Recomendados quando os fármacos de 1ª escolha são ineficazes Antagonistas dos receptores de angiotensina: losartam Alternativa aos IECAs Inibidores diretos da renina Alisquireno Promove inibição direta da ação da renina com consequente diminuição da formação de angiotensina II Bloqueadores de canais de cálcio: verapamil, diltiazem, nifedipino, anlodipino Recomendados quando os fármacos de 1ª escolha são ineficazes Efetivos em pacientes com angina e diabetes Antagonistas dos receptores : prazosin, doxazosin a resistência vascular periférica a pressão arterial Agonistas 2: clonidina e metildopa Atuam inibindo a liberação noradrenérgica central Diuréticos: Terapia de 1ª escolha para o tratamento da hipertensão IC coração é incapaz de bombear sangue suficiente para suprir as necessidades do organismo Sintomas Dispneia Fadiga Retenção de líquido anormal no volume de sangue e de líquido intersticial IC “congestiva” congestão pulmonar e edema periférico Insuficiência cardíaca (IC) Respostas compensatórias da IC da atividade simpática da capacidade de bombear o sangue PA tende a cair baroceptores detectam essa da PA resposta automática de ativação simpática estímulo no coração e nos vasos taquicardia e vasoconstrição Respostas compensatórias da IC Ativação do sistema renina-angiotensina débito cardíaco o fluxo sanguíneo nos rins liberação de renina da formação de angiotensina II induz a liberação de aldosterona da resistência vascular, retenção de sódio e água do volume de sangue edema pulmonar e periférico Respostas compensatórias da IC Hipertrofia miocárdica coração de tamanho câmaras se dilatam e se tornam mais globulares inicialmente estiramento do músculo cardíaco leva a uma contração mais forte com o passar do tempo o alongamento excessivo das fibras resulta no enfraquecimento das contrações Inibidores da enzima conversora de Angiotensina (IECA) enalapril, captopril, ramipril, fosinopril Impedem a conversão de angiotensina I no potente vasoconstritor angiotensina II resistência vascular, o tônus venoso e a PA Corrigem a hiperativação do sistema renina angiotensina Efeitos colaterais: tosse seca, hipotensão postural, insuficiência renal, hiperpotassemia, angioedema, hipotensão sintomática e não podem ser utilizados por gestantes por serem fetotóxicos Tratamento farmacológico da IC Bloqueadores dos receptores de angiotensina (BRA) losartana São antagonistas competitivos dos receptores AT1 Efeitos colaterais: semelhantes aos IECA, com exceção da tosse seca Tratamento farmacológico da IC Inibidores diretos da renina Alisquireno Promove inibição direta da ação da renina com consequente diminuição da formação de angiotensina II Principais reações adversas “Rash” cutâneo, diarreia (especialmente com doses elevadas, acima de 300 mg/dia), tosse Contraindicado na gravidez, pacientes diabéticos Tratamento farmacológico da IC Bloqueadores carvedilol e metoprolol Evitam os efeitos da ativação simpática Vasodilatadores dinitrato de isossorbida a capacidade venosa a carga sobre o coração Diuréticos Aliviam o edema pulmonar, periférico e o volume sanguíneo Tratamento farmacológico da IC Tratamento farmacológico da IC Fármacos inotrópicos digitálicos (digoxina), dobutamina a contratilidade do músculo cardíaco e, dessa forma, o débito cardíaco Digitálicos = glicosídeos cardíacos ou glicosídeos digitálicos (digoxina) Inibem a bomba de Na+/K+ , como a troca de Na+ por Ca++ depende do gradual de concentração, essa troca fica comprometida, mantendo-se o Cálcio na musculatura cardíaca Efeitos colaterais: toxicidade é muito comum (dosagem de K+). Intoxicação digitálica: disritmia progressiva, que pode levar ao bloqueio cardíaco completo; anorexia, náuseas, vômitos, cefaleia, fadiga, confusão, visão borrada, alteração na percepção de cores Agonistas -adrenérgicos dobutamina Fármaco inotrópico devido a sua ação sobre 1 Administrado IV em hospitais Diurético poupador de potássio espioronolactona Antagonista da aldosterona, a retenção de Na+, a hipertrofia miocárdica e a hipopotassemia. Utilizado em casos avançados de IC Efeitos colaterais: distúrbios gástricos, letargia, confusão, ginecomastia, diminuição de libido e irregularidades menstruais Tratamento farmacológico da IC Arritmias Cardíacas Batimentos cardíacos células musculares células neuromusculares Nodo sinoatrial (SA) Nodo atrioventricular (AV) Sistema Purkinje Arritmias cardíacas Bradiarritmias Farmacológica Doença cardíaca estrutural Taquiarritmias Eletrocardiograma Deflexões ou ondas no aparelho de registro Onda P Complexo QRS Onda T Tipos de arritmia Bradicardia Sinusal Bloqueio do ramo feixe Tipos de arritmia Flutter Atrial Fibrilação atrial Tipos de arritmia Taquicardia supraventricular Taquicardia ventricular Tipos de arritmia Fibrilação ventricular Princípios clínicos do uso de antiarrítmicos Faixa terapêuticaestreita Monitorização da [ ] plasmática do fármaco Indução novas arritmias Remover os fatores precipitantes da arritmia Arritmias assintomáticas – não tratar Fármacos antiarrítmicos Classe I Bloqueiam canais de sódio voltagem-dependentes Classe IA velocidade de despolarização, prolongam o potencial de ação e o período refratário do ventrículo Fármacos antiarrítmicos Quinidina Taquiarritmia atrial, taquiarritmia ventricular Intolerância GI Chinchonismo - visão embaçada, zumbido, desorientação, psicose Interação com digoxina Procainamida Taquiarritmia atrial, taquiarritmia ventricular Síndrome tipo lupus, depressão, alucinação, psicose Fármacos antiarrítmicos Disopiramida Taquiarritmia atrial, taquiarritmia ventricular Reações anticolinérgicas Contra-indicada para IC Fármacos antiarrítmicos Classe IB a duração do potencial de ação e encurtam a repolarização (fase 3) Úteis em taquicardias ventriculares Fármacos antiarrítmicos Lidocaína Emergência de arritmia, suprime arritmias por automaticidade anormal Arritmias, alteração no SNC (alteração da fala, agitação, parestesias, sonolência, convulsões, confusão) Sofre intenso metabolismo de 1ª passagem Fármacos antiarrítmicos Mexiletina Tratamento crônico de arritmias ventriculares associadas ao infarto do miocárdio prévio Tocainida Taquiarritmias ventriculares Toxicidade pulmonar - fibrose pulmonar Fármacos antiarrítmicos Classe IC Deprimem acentuadamente a velocidade do potencial de ação Fármacos antiarrítmicos Flecainida Arritmias ventriculares refratárias Vertigem, visão embaçada, cefaleia, náusea Efeito inotrópico negativo Propafenona Arritmias ventriculares refratárias Fármacos antiarrítmicos Classe II Antagonistas beta-adrenérgicos despolarização de fase 4, deprimindo a automaticidade, força e frequência cardíaca Taquiarritmias por da atividade simpática, flutter e fibrilação atrial Propranolol Metoprolol Esmoprolol Fármacos antiarrítmicos Classe III Bloqueiam canais de potássio, o efluxo deste íon durante a repolarização Prolongam o potencial de ação sem alterar a fase 0 ou prolongar o potencial de repouso da membrana Fármacos antiarrítmicos Amiodarona Taquicardias supraventriculares e ventriculares Fibrose pulmonar Intolerância GI Tremores Ataxia Tontura Alterações na tiroide Hepatotoxicidade Neuropatia Pele azulada Arritmias Fármacos antiarrítmicos Sotalol Betabloqueador Pode induzir a síndrome de torsade pointes Morte súbita Dofetilida 1ª escolha na fibrilação atrial Fármacos antiarrítmicos Classe IV Bloqueadores de canais de cálcio a corrente de entrada de cálcio no tecido cardíaco Disritmias atriais, taquicardia supraventricular, flutter e fibrilação atrial Fármacos antiarrítmicos Verapamil Diltiazem Hipotensão Inotropia negativa Cefaleia Rubor Constipação Edema Fármacos antiarrítmicos Outros Digoxina Flutter atrial Adenosina Em altas doses velocidade de condução, a automaticidade do nódulo AV Taquicardia supraventricular aguda Ação ultracurta