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Introdução à Administração Financeira
Apresentação
As empresas precisam o tempo todo de recursos, seja para aquisição de uma máquina ou um 
equipamento, para a contratação de pessoas, seja para estruturar suas operações ou para sua 
expansão. Tomar decisões é o papel do administrador financeiro nas organizações. É dele a 
responsabilidade de buscar oportunidades para manter a empresa saudável em um mundo de 
negócios competitivo.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai ver o conceito de administração financeira, suas 
principais funções em uma organização e os dilemas enfrentados na tomada de decisões.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Apresentar a administração financeira e suas áreas de atuação.•
Identificar as atribuições do administrador financeiro.•
Reconhecer as principais funções dos administradores financeiros de uma empresa ou 
organização.
•
Desafio
Os diretores de uma determinada empresa organizaram uma equipe para tratar da área de fusões e 
aquisições. Fazem parte dessa equipe três administradores e dois engenheiros que têm o propósito 
de adquirir empresas em estágio de falência.
Você é um dos administradores e precisa buscar as fontes adequadas de pesquisa. Falando com 
alguns corretores imobiliários de empresas, você recebeu informações de duas empresas que 
teriam possibilidades para compra. Você recebeu alguns indicadores de desempenho e precisa 
analisá-los:
Considere P = Período ou Intervalo de tempo.
Diante dessas informações, você, como participante da equipe, vai ter que elaborar um parecer 
sobre os resultados apresentados. Isso vai definir se as empresas têm potencial ou não para 
aquisição. Então, mãos à obra!
Infográfico
A administração financeira envolve uma série de decisões, entre elas as que dizem respeito acerca 
do que fazer com os recursos financeiros, como utilizá-los e como obter recursos adicionais em 
caso de insuficiência desses recursos. O papel do administrador financeiro é proporcionar à 
empresa os recursos financeiros necessários às suas operações, aplicando as sobras e captando as 
faltas.
Conteúdo do livro
Para você conhecer um pouco mais sobre a tomada de decisões, leia o capítulo Introdução à 
administração financeira, pertencente à obra Gestão financeira.
Nele conheça os principais conceitos e características das tomadas de decisões, aspecto de grande 
influência na sustentabilidade financeira da organização e sua competitividade no mercado em que 
atua.
Boa leitura.
GESTÃO 
FINANCEIRA
Fernanda Rocha de Aguiar
Introdução à administração 
financeira
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Apresentar a administração financeira e suas áreas de atuação.
 Identificar as atribuições do administrador financeiro.
 Reconhecer as principais funções dos administradores financeiros de 
uma empresa ou organização.
Introdução
A administração financeira é uma das áreas mais relevantes das orga-
nizações, pois detém a tomada de decisão que conduz a empresa aos 
objetivos de sustentabilidade financeira e competitividade no mercado 
em que atua. Essa administração ocorre em empresas de todos os portes, 
ainda que o enfoque varie de acordo com o segmento estabelecido, 
sempre buscando a otimização de recursos para maximizar o lucro ao 
dono do negócio ou ao acionista.
Especialmente o contexto em que as organizações estão inseridas 
influencia diretamente essa área, pois variáveis como inflação, economia, 
mudanças de governo, taxas cambiais, globalização, aumento de riscos 
empresariais afetam diretamente a gestão financeira (LEMES JÚNIOR; 
RIGO; CHEROBIM, 2016). Tal situação exige que a área de finanças se 
adapte às transformações dos últimos tempos.
Portanto, neste capítulo, você vai aprender sobre a administração 
financeira e suas áreas de atuação, conhecendo as atribuições e funções 
do profissional dessa área. 
A administração financeira e suas 
áreas de atuação
Segundo Assaf Neto e Silva (2002), a administração fi nanceira traduz um 
campo de estudo teórico e prático que almeja um processo empresarial mais 
efi ciente para a captação e a alocação de recursos de capital. Também é im-
portante mencionar que a administração fi nanceira se apresenta como uma 
ferramenta destinada a controlar a viabilidade de meios que resultem em 
obtenção de receitas capazes de prover a realização de operações e atividades 
da empresa.
Destaca-se, além disso, que há relação direta entre a administração finan-
ceira e a visão sistêmica, que representa a capacidade de deliberar considerando 
o contexto, a conjuntura e a análise das partes em relação ao todo. Para que 
sejam tomadas as melhores decisões, os gestores financeiros necessitam obter 
informações dos ambientes interno e externo, além de analisar todas as áreas 
da empresa em relação à necessidade de recursos e ao retorno esperado.
Ross (2015) menciona que a administração financeira existe porque trabalha 
para a sobrevivência das empresas, pode evitar falência, bem como superar 
a concorrência, além de maximizar as vendas ou a participação do mercado 
e minimizar os custos e maximizar os ganhos para garantir o crescimento 
dos lucros.
Na Figura 1, a seguir, é possível observar que as informações internas da 
empresa quanto ao seu planejamento bem como sobre o mercado em que atua 
são entradas que processam as decisões da administração financeira quanto 
aos recursos a serem utilizados, às decisões de investimentos e aplicações e 
aos fluxos financeiros, de modo que haja a maximização do retorno.
Figura 1. A função financeira e a visão sistêmica.
Fonte: Kwasnicka (2004, apud JACOBSEN, 2011, p. 21).
Introdução à administração financeira2
As áreas de atuação
A administração fi nanceira de uma empresa lida com a aplicação das es-
tratégias estabelecidas para incrementar a receita da organização e defi nir 
orçamentos para as diferentes áreas da organização. Devido à sua importância, 
a administração fi nanceira pode ser dividida em áreas de atuação, conforme 
podemos observar a seguir.
Análise financeira
Para que a empresa possa ter equilíbrio entre as suas despesas e receitas, espe-
cialmente visando reservas para a sua sustentabilidade fi nanceira, é necessário 
que haja planejamento para avaliar a condição fi nanceira da empresa. Essa 
análise ocorre por meio de relatórios fi nanceiros cujas informações contábeis 
demonstrem os resultados. As informações devem munir os tomadores de 
decisão para a análise estratégica sobre a sua capacidade de produção, o 
rumo a ser seguido, sempre no intuito de buscar alavancar suas operações. 
Os relatórios demonstrarão não apenas as contas de resultado do regime de 
competência, mas a situação do fl uxo de caixa. Diante desses dados, é possível 
desenvolver e implementar ações com objetivo de crescimento para o retorno 
fi nanceiro necessário.
Todas as informações financeiras de uma empresa precisam ser registradas, eviden-
ciando suas movimentações. Essas informações geram lançamentos contábeis (regis-
trados na contabilidade) e financeiros (entradas e saída no caixa da empresa) que são 
chamados, respectivamente, de regime de competência e regime de caixa. No regime 
de competência, o registro do evento se dá na data que o evento aconteceu. A 
contabilidade define o regime de competência como o registro do documento na 
data do fato gerador (ou seja, na data do documento, não importando quando vai ser 
pago ou recebido). O regime de caixa considera o registro dos documentos na data 
de pagamento ou recebimento, como se fosse uma conta bancária. Para análises 
financeiras, utiliza-se os regime de caixa que contabiliza receitas, custos, despesas e 
investimentos dentro do mês (REIS, 2006).
3Introdução à administração financeira
Finanças corporativas
É a área responsável por tomar decisões fi nanceiras a respeito do negócio, 
utilizando ferramentas e índices para as análises fi nanceiras. O objetivoé 
maximizar a valorização da empresa e evitar que ela adentre em riscos fi nan-
ceiros para garantir competitividade. Essa área é crucial para a sobrevivência 
e o posicionamento da organização. Os principais indicadores que compõem 
as fi nanças corporativas são: a lucratividade, os custos fi xos, o faturamento, 
o índice de endividamento e, principalmente, o retorno sobre investimento, 
costumeiramente chamado de ROI (Return On Investment). Diante das in-
formações corporativas, é possível tomar decisões fi nanceiras acertadas. 
Tal situação não é exatamente fácil, pois trata-se de escolhas que defi nem o 
futuro de uma empresa. Para tanto, muitas variáveis devem ser consideradas, 
como taxas de juros, carga tributária, volume de crédito de longo prazo e 
regras de mercado que podem ser alteradas constantemente.
Tomada de decisão de investimentos
Conforme Lemes Júnior, Rigo e Cherobim (2016), investimento é toda aplicação 
de capital em algum ativo tangível ou não cuja fi nalidade seja obter retorno 
futuro. Nessa abordagem, as decisões de investimento envolvem a elaboração, 
a avaliação e a seleção de propostas de aplicações de capital efetuadas com 
objetivo, normalmente, de médio e de longo prazo (ASSAF NETO; SILVA, 
2002). Investir o capital de uma empresa requer que a devida avaliação no 
retorno do investimento. Essa decisão está diretamente relacionada ao rumo 
e à saúde fi nanceira da empresa, especialmente porque a viabilidade dos 
investimentos deve ser bem criteriosa, uma vez que o seu resultado pode ser 
fatal ao futuro da organização. 
Matias (2007) menciona que o nível estratégico da empresa deve tomar 
a decisão do investimento a partir de técnicas quantitativas para amparar os 
executivos na análise dos projetos. Dentre as técnicas existentes para avaliação 
de investimentos, as mais utilizadas são o tempo de retorno do investimento 
(payback), o valor presente líquido (VPL) e a taxa interna de retorno (TIR).
O payback é uma das ferramentas mais utilizadas, pois define a expecta-
tiva de tempo de retorno de um investimento. Ou seja, após a realização do 
investimento, em quanto tempo ele já estaria pago e passaria a dar retorno 
à empresa, dando a ideia do grau de risco do projeto. Se o prazo for muito 
grande, há variáveis que podem afetar o processo e não garantir que haverá 
as entradas de caixa que estão previstas, evidenciando alo risco.
Introdução à administração financeira4
Financiamentos
A administração fi nanceira da empresa também poderá ser dedicada às deci-
sões de fi nanciamento de curto e de longo prazo e dependerá da necessidade 
de recursos. Quando são empréstimos de curto prazo, para pagamento em 
até um ano, existe a fi nalidade de atender temporariamente as necessidades 
apresentadas. Essa captação de recursos ocorre por meio de intermediários 
fi nanceiros.
Para avalizar um financiamento, a administração financeira leva em con-
sideração a combinação dos financiamentos a curto e longo prazos com a 
estrutura de capital, ou seja, a empresa não deve ter mais capital emprestado 
do que próprio, para que não haja dificuldades na capacidade de pagamento. 
É preciso avaliar se há equilíbrio entre juros e formas de pagamento, bem 
como se a instituição que concede os recursos é confiável.
Instituições financeiras
As instituições fi nanceiras são responsáveis por captar recursos fi nanceiros, 
conceder crédito e intermediar a compra e a venda de ações. Sua função é 
analisar os negócios do mercado de capitais que se referem aos investimentos, 
aplicações e empréstimos, determinando as melhores posições fi nanceiras e 
indicando as opções para as partes interessadas.
Conseguir rendimentos a partir de uma quantia aplicada é o desejo de todas as pessoas 
que possuem algum investimento. Boa parte dos investidores conseguem bons 
resultados, mas sabemos, também, que há muita gente que não investe, pois tem 
dificuldade de encontrar aplicações financeiras mais rentáveis. A internet facilitou a 
forma como as pessoas têm acesso ao mercado de ações e títulos, mas exige que você 
entenda onde está investindo e todas as características das aplicações financeiras. 
Saiba mais no link a seguir. 
https://qrgo.page.link/vWswV
5Introdução à administração financeira
Atribuições do administrador financeiro
Os administradores fi nanceiros podem exercer suas atribuições nas empresas, 
instituições fi nanceiras, corretoras de valores, agências que operam com 
mercado de capitais ou até mesmo prestar consultoria externa às organizações. 
A área fi nanceira é vital em todas as empresas e o administrador fi nanceiro 
tem como principal atribuição analisar as movimentações econômicas do 
mercado para apontar as melhores decisões a serem tomadas pelas empresas, 
infl uenciando seu crescimento econômico.
O administrador financeiro precisa ter preparo para administrar os 
recursos da empresa de tal forma que o retorno aos acionistas seja sufi-
ciente para mantê-los como investidor. Além disso, precisam preocupar-se 
com a satisfação de seus clientes, consumidores e fornecedores internos 
e externos, assim como conhecer os espaços de debates no ambiente de 
produção e possuir visão sistêmica da atividade, de modo a garantir que 
ela esteja sendo operada da forma mais eficiente possível. É necessidade 
primordial, nesta função, o conhecimento do mercado financeiro a fim de 
analisar, avaliar entre diversas propostas, o melhor investimento a se fazer 
e quando fazer. Ser capaz de captar novos recursos também é essencial, 
além de saber analisar, planejar e prever os riscos envolvidos nas tomadas 
de decisão.
O principal foco do gestor financeiro é fazer o patrimônio líquido de uma 
empresa aumentar, gerando lucro líquido. 
Para que se possa entender como anda o desempenho da empresa dentro de 
um cenário tão competitivo e turbulento, é necessário acompanhar o seu 
fluxo e sua lucratividade líquida. Conforme Gitman (2004), o fluxo de caixa é 
essencial para a empresa e deve ser a primeira preocupação do administrador 
financeiro, tanto na gestão das finanças do dia a dia quanto no planejamento 
e na tomada de decisões estratégicas (XAVIER, 2016, p. 11). 
O administrador financeiro tem como principal objetivo aumentar o 
valor do patrimônio líquido de uma companhia ao gerar lucro líquido por 
meio das atividades operacionais da organização. Para isso, esse profissional 
deve contar com um conjunto de informações gerenciais que possibilitem 
a devida análise da situação financeira da empresa a fim de maximizar os 
resultados financeiros.
Introdução à administração financeira6
Os cenários de incerteza e alta competitividade que permeiam as organiza-
ções exigem que haja um melhor entendimento sobre sua performance. Para 
tanto, o gestor financeiro deve acompanhar esse andamento de custos, despesas 
e receitas, prevendo diferentes possibilidades aos resultados da empresa. 
Frezatti (2009) ressalta que a sobrevivência das empresas depende de 
controle financeiro e constante acompanhamento do fluxo de caixa. A partir 
dessa forma de atuação é que os administradores financeiros podem acompa-
nhar os resultados e especialmente planejar e orientar o emprego de recursos. 
A ausência desse trabalho resulta na morte das empresas já em seus primeiros 
anos, exatamente devido à falta de acompanhamento do fluxo de caixa. Dessa 
forma, falta-lhes a estratégia de aproveitar as oportunidades para se prepararem 
para os diferentes cenários. O fluxo de caixa é uma ferramenta que busca o 
resultado entre as entradas e saídas de recurso em um determinado período.
Por isso, o administrador financeiro recebe essa valiosa incumbência que 
assegura o acompanhamento constante das finanças da empresa. Mas não se 
trata de apenas atualizar diariamente o fluxo de caixa, e, sim, de garantir sua 
análise. Deve-se, então, emitir pareceres com base em alguns aspectos como 
consistência, comparação e otimização (FREZATTI, 2009).
  Análise de consistência: trata de garantir que as projeções estão con-siderando as informações adequadas.
  Análise comparativa: aborda a direção que o fluxo de caixa está 
seguindo, se os resultados melhoram ou pioram em comparação aos 
diferentes períodos, como mês anterior ou ano anterior.
  Análise de otimização: versa sobre a análise do fluxo operacional 
utilizado, apresentando algumas simulações que avaliam os resultados 
em detrimento dos riscos estudados.
 Outras análises devem ser praticadas pelo administrador financeiro, como, 
por exemplo, os indicadores que revelam o giro de caixa. Essa informação é 
obtida pelo tempo que o ciclo financeiro de uma empresa se repete, ou seja, 
quanto tempo é necessário para que tudo o que a empresa vendeu realmente 
seja convertido em dinheiro em caixa. Se o ciclo financeiro é pequeno, o giro 
de caixa é considerado grande, pois essas duas informações são inversamente 
proporcionais. O resultado desejável é que o giro de caixa seja alto, de modo 
que não haja necessidade de dinheiro entre o pagamento do fornecedor e a 
entrada de receita advinda dos clientes. 
7Introdução à administração financeira
Como o administrador financeiro pode saber se o giro de caixa está adequado?
Para conseguir encontrar o giro de caixa de uma empresa, o administrador financeiro 
deverá realizar um cálculo. A primeira informação relevante é o ciclo financeiro da 
organização, que é o prazo em dias que as receitas levam para se transformarem em 
dinheiro.
A fórmula para encontrar o ciclo financeiro da firma é a seguinte:
CCC = DIO + DSO – DPO
Onde:
DIO é o prazo médio de estoque;
DSO é o prazo médio para receber as vendas;
DPO é o prazo médio para pagar os fornecedores.
Tendo em mãos o ciclo financeiro da empresa, o administrador financeiro saberá 
em quanto tempo o dinheiro investido na compra do estoque volta para o caixa por 
meio das vendas.
Por exemplo: uma empresa possui um prazo médio para o estoque de 60 dias; o 
prazo para receber os valores das vendas é de 30 dias; o tempo médio para pagar 
fornecedores é de 45 dias.
Sendo assim, o cálculo do ciclo financeiro será: 
CCC = 60 + 30 – 45
CCC = 45
Se o ciclo financeiro da empresa é de 45 dias, podemos entender quantas vezes o 
capital gira na empresa dividindo os dias do ano pelos dias do ciclo financeiro:
365/45 = 8,11
Ou seja, o giro de caixa dessa empresa é de 8 vezes no ano. Esse é um bom giro, 
pois até mesmo ao considerar o ciclo financeiro vemos que a empresa pode depender 
pouco do capital de terceiros, já que, entre os investimentos do estoque, as vendas 
e o recebimento de tais recursos, a empresa fica pouco tempo sem ver o dinheiro 
oriundo das vendas. O administrador financeiro sabe dessa informação e deve projetar 
as contas da empresa com base nesse ciclo.
Fonte: Giro... ([20--?]). 
Os balanços praticados pela empresa também são analisados pelos adminis-
tradores financeiros e a famosa DRE (demonstração do resultado do exercício) 
é um dos elementos-chave para a explanação das conclusões apresentadas.
A DRE indica os custos, receitas e despesas de um determinado período 
em formato simplificado, como se observa na Figura 2, a seguir.
Introdução à administração financeira8
Figura 2. Estrutura da demonstração do resultado do exercício 
(DRE). 
Fonte: Soares e Scarpin (2010, p. 37).
A receita bruta de vendas corresponde a todas as vendas realizadas pela 
empresa, a tudo o que foi faturado naquele período. No entanto, o adminis-
trador financeiro sabe que o faturamento não é a mesma coisa que lucro, pois 
trata-se de um valor bruto que ainda não teve o abatimento dos descontos 
cabíveis, como as devoluções, os descontos concedidos, impostos e o custo 
dos produtos vendidos. Somente após essas deduções é que a DRE indica os 
resultados do lucro antes das provisões do imposto de renda e da contribuição 
social. Depois de todas essas informações é que há a indicação do valor que 
poderá ser lucro ou prejuízo da empresa. Portanto, o administrador financeiro 
necessita ter o domínio dessas informações para indicar o melhor caminho a 
ser seguido e a tomada de decisão que deve ser realizada.
9Introdução à administração financeira
Planejar-se financeiramente significa gerenciar bem os seus gastos, quitar quaisquer 
dívidas que possam existir, saber quanto é possível economizar e investir bem os 
recursos poupados. A questão é: como chegar a esse patamar? Veja no link a seguir.
https://qrgo.page.link/CKWKX
Funções do administrador 
financeiro nas empresas
O profi ssional ligado à administração fi nanceira é chamado de administrador 
fi nanceiro, diretor fi nanceiro ou supervisor fi nanceiro. Esse profi ssional é 
responsável pelo gerenciamento e pela aplicabilidade das técnicas da ad-
ministração, adaptando os conceitos teóricos à realidade da organização. 
Os administradores fi nanceiros apresentam diferentes funções no âmbito das 
empresas, como o gerenciamento das contas da empresa, decisões de investi-
mento, elaboração de orçamentos, encaminhamento de relatórios, planejamento 
de metas fi nanceiras, como apresentado a seguir.
  Decisões de investimento: o administrador financeiro deve oferecer 
suporte de decisão ao investimento para que os valores que forem 
obtidos pela empresa se encaixem como excedente de caixa. Para 
tanto, ele precisa de informações adequadas e devidamente atua-
lizadas para o desenvolvimento de uma carteira de investimentos, 
sempre de acordo com as políticas da empresa. Normalmente o 
modelo de investimentos da gestão que o administrador realiza 
baseia-se no conhecido CAPM (Capital Asset Pricing Model), que 
demonstra o retorno que um investidor aceitaria por investir em uma 
empresa. Trata-se de uma “[...] maneira de encontrar uma taxa de 
retorno exigido que leve em conta o risco sistemático” (PRATES. 
2016, documento on-line). 
Introdução à administração financeira10
Carteira de investimentos é o conjunto de aplicações do investidor, seja pessoa física 
ou jurídica, que apresenta o portfólio de investimentos, reunindo todos os ativos 
financeiros que podem fazer o dinheiro crescer, tanto em renda fixa quanto variável. 
É importante mencionar que o administrador financeiro sabe que não existe o melhor 
investimento, mas consegue identificar o que se apresenta como mais adequado a 
um objetivo e perfil de risco. Veja mais no artigo a seguir.
https://qrgo.page.link/zD1hr
  Administração das contas: o administrador financeiro gerencia “[...] 
os recursos financeiros da organização para oferecer contribuições 
valiosas sobre a liquidez, as dívidas e as projeções financeiras, que 
auxiliam na tomada de decisões sobre investimentos” (ENTENDA..., 
[20--?], documento on-line). Dessa forma, também é sua função ga-
rantir a entrada do dinheiro nas contas da empresa e assegurar o 
pagamento das dívidas. Para tanto, antes de a dívida ser contraída 
pela organização, o administrador financeiro é quem aprova ou não 
uma solicitação de gastos realizado por qualquer outra área da em-
presa, como as decisões de compras. A forma de acompanhar essas 
transações é a demonstração de fluxos para acompanhar o caminho 
do dinheiro na empresa. Nesse caso, os administradores consideram 
os efeitos de alterações na demanda, além de ofertas e preços sobre o 
desempenho da empresa. O entendimento da natureza desses fatores 
ajuda os administradores a tomarem as decisões operacionais mais 
vantajosas. Igualmente, os administradores podem determinar o mo-
mento propício de emitir ações, obrigações ou outros instrumentos 
financeiros (LIMA; OLIVEIRA, 2016).
  Declarações financeiras: é responsabilidade do administrador finan-
ceiro construir os relatórios financeiros mensais com detalhamento de 
entradas e saídas do dinheiro da empresa. Essas práticas asseguram a 
lisura das informações, bem como deixam os documentos devidamente 
organizados para o caso de auditorias e conferências necessárias pelos 
acionistas ou órgãos de governo. 
11Introdução à administração financeira
  Elaboração de orçamento: “[...] uma das principais funções doad-
ministrador financeiro é elaborar o orçamento mensal da organização 
com base nos requisitos do negócio” (ENTENDA..., [20--?], documento 
on-line). Como ele gerencia o caixa da empresa, acaba por ter condi-
ções ideias para projetar o orçamento e, ao desempenhar essa função, 
mantém contato com os gestores de todas as áreas da organização para 
constantemente receber informações que demonstrem a necessidade de 
caixa. Após preparar o orçamento, o administrador financeiro aloca o 
dinheiro necessário a cada área (ENTENDA..., [20--?]).
O papel da gestão financeira envolve principalmente a análise, o planejamento, o 
controle e as tomadas de decisões. O gestor analisa resultados de diversos relatórios 
que demonstram a situação atual das finanças. Com base nessas informações, o gestor 
financeiro irá tomar decisões importantes para a saúde da empresa, como investimentos 
ou empréstimos. No vídeo do link a seguir, entenda as principais responsabilidades do 
gestor financeiro e a importância que ele terá para garantir o crescimento da empresa. 
https://qrgo.page.link/JLdMh
ASSAF NETO, A.; SILVA, C. A. T. Administração do capital de giro. São Paulo: Editora Atlas, 
2002.
ENTENDA o papel do administrador financeiro nas empresas. Mercado em Foco, [20--?]. 
Disponível em: https://mercadoemfoco.unisul.br/entenda-o-papel-do-administrador-
-financeiro-nas-empresas/. Acesso em: 30 ago. 2019.
FREZATTI, F. Gestão do fluxo de caixa diário: como dispor de um instrumento fundamental 
para o gerenciamento do negócio. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
GIRO de caixa. Blog Mais Retorno, [20--?]. Disponível em: https://maisretorno.com/blog/
termos/g/giro-de-caixa. Acesso em: 30 ago. 2019.
GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 10. ed. São Paulo: Pearson Addison 
Wesley, 2004.
Introdução à administração financeira12
JACOBSEN, Alessandra de Linhares. Introdução à administração 2. ed. Florianópolis : 
Departamento de Ciências da Administração/UFSC, 2011.
KWASNICKA, E. L. Introdução à administração. São Paulo: Atlas, 2004.
LEMES JÚNIOR, A. B.; RIGO, C. M.; CHEROBIM, A. P. M. S. Administração financeira: princí-
pios, fundamentos e práticas brasileiras. 4. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2016.
LIMA, J. R.; OLIVEIRA, R. F. O administrador financeiro: seu papel e suas habilidades 
dentro das organizações sob a percepção dos gestores. Organizações e Sociedade, v. 5, 
n. 3, p. 5-16, 2016. Disponível em: http://revista.facfama.edu.br/index.php/ROS/article/
view/191/147. Acesso em: 30 ago. 2019.
PRATES, W. R. O que é CAPM (Capital Asset Pricing Model)? Blog WR Prates, 2016. Dis-
ponível em: https://www.wrprates.com/o-que-e-capm-capital-asset-pricing-model/. 
Acesso em: 30 ago. 2019.
REIS, H. C. Regime de caixa ou de competência: eis a questão. Revista de Administração 
Municipal, v. 52, n. 260, p. 37-48, 2006. Disponível em: http://www.oim.tmunicipal.org.br/
abre_documento.cfm?arquivo=_repositorio/_oim/_documentos/4529D07C-0F29-3F8B-
-9850EEADDC99B4D217122008103654.pdf&i=268. Acesso em: 30 ago. 2019.
ROSS, S. A. et al. Administração financeira. Porto Alegre: AMGH, 2015.
SOARES, M.; SCARPIN, J. E. A convergência da contabilidade pública nacional às normas 
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Leituras recomendadas
MARTINS, T. S.; CRUZ, J. A. W.; CORSO, J. M. D. O impacto da implementação do balan-
ced scorecard no desempenho financeiro. Revista Gestão & Planejamento, v. 12, n. 1, p. 
61-73, 2011. Disponível em: http://www.spell.org.br/documentos/ver/897/o-impacto-
-da-implementacao-do-balanced-scorecard-no-desempenho-financeiro. Acesso 
em: 30 ago. 2019.
MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administração. 5. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2000.
VIEIRA, M. V. Administração estratégica do capital de giro. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 
2008.
13Introdução à administração financeira
Dica do professor
Veja na Dica do professor as atribuições da administração financeira e o perfil de um gestor 
financeiro.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/09ec505211a9d8bd8bd11abce777e63d
Exercícios
1) O que é administração financeira?
A) É o conjunto de relatórios que identificam as operações de uma empresa.
B) É o conjunto de métodos e técnicas que devem ser utilizados para gerenciar os recursos 
financeiros de uma empresa.
C) Trata-se de um conjunto de indicadores elaborados pelos diretores da empresa, auxiliados 
pelos gerentes de bancos, que levam à obtenção de resultados financeiros das empresas.
D) São regras determinadas pela empresa para o controle das suas informações.
E) Trata-se do controle do fluxo de caixa.
2) A tomada de decisões é o processo pelo qual os gerentes reagem às oportunidades e 
ameaças que os confrontam ao analisar as opções e fazer determinações, ou tomar decisões, 
sobre objetivos organizacionais e modos de ação específicos. Identifica-se neste processo o 
processo reativo dos gestores à oportunidades e ameaças. Descreva como isto ocorre no 
processo operacional da organização:
I) A tomada de decisões em resposta às oportunidades ocorre quando os gerentes buscam 
maneiras de aprimorar o desempenho organizacional para beneficiar clientes, funcionários e 
outros stakeholders (pessoas interessadas).
II) A tomada de decisões em resposta a ameaças ocorre quando eventos dentro ou fora da 
organização estão afetando adversamente o desempenho organizacional e os gerentes estão 
buscando maneiras de aumentar o desempenho.
III) A tomada de decisões em resposta às oportunidades ocorre quando os gerentes estão 
sempre tentando tomar boas decisões para aprimorar o desempenho comercial.
Assinale a alternativa correta que demonstra o processo de tomada de decisão baseado em 
oportunidades e ameaças.
A) Alternativa I e II. 
B) Alternativa I. 
C) Alternativa III. 
D) Alternativa II. 
E) Alternativa I, II e III. 
3) Qualquer tomada de decisões efetuada pelos gestores de uma organização requer um 
planejamento, não importando se a ação a ser executada seja de curto, médio ou longo 
prazo. É fundamental para a sobrevivência das empresas que todo o projeto seja 
apresentado de forma lógica e estruturada para que, com esse domínio, reduzam-se riscos e 
contingências. Dentro da concepção acerca da tomada de decisões, e considerando as 
alternativas a seguir, qual delas você destacaria como aquela que melhor identifica seu 
propósito? 
A) Trata-se do processo ao qual os gerentes reagem aos novos entrantes e aos seus preços.
B) Trata-se do processo de análise do mercado e dos diferentes segmentos.
C) Trata-se do processo pelo qual os gerentes reagem a oportunidades e ameaças ao analisar 
opções e fazer determinações sobre objetivos organizacionais e modos de ação específicos.
D) Trata-se de uma análise simples do negócio.
E) Tomar decisões apresenta-se de uma forma rotineira. Todo gestor toma decisões 
independentemente de variáveis, sejam para determinar ações sobre possibilidades positivas 
de negócios ou reduzir os obstáculos.
4) A partir da leitura indicada para esta unidade, foi possível perceber a diferença entre a 
tomada de decisões programadas e a tomada de decisões não programadas. Das alternativas 
a seguir, assinale a CORRETA:
A) As decisões não programadas não ocorrem nas organizações.
B) A primeira, refere-se a ações de rotina e padronizadas; a segunda, refere-se a ações 
sistêmicas.
C) A primeira, refere-se a uma ação que é definida somente pelo know-how do gestor e sua visão 
de mercado, não requerendo nenhum planejamento. A segunda, refere-se a uma reação 
rápida a algum problema que ocorreu na empresa ou em seu entorno.
D) As decisões programadas e não programadas são determinadas pelo tempoque o gestor tem 
à disposição para a sua elaboração.
E) A primeira, trata-se de uma decisão de rotina, praticamente automática, que segue padrões 
predeterminados, levando em consideração ações de planejamento, organização, direção e 
controle, atreladas aos objetivos organizacionais e sua visão. A segunda, refere-se à tomada 
de decisões não esperadas, contingenciais, que exigem respostas rápidas a oportunidades ou 
ameaças existentes no mercado. No entanto, tomar decisões sem uma análise prévia das 
alternativas e seus impactos geram riscos que, na maioria das vezes, resultam em altos custos 
organizacionais.
5) A administração financeira, através de seu gestor, condiciona esse profissional a tomar uma 
série de decisões, entre elas o que diz respeito aos recursos financeiros. As principais 
questões que se configuram nestes casos são, por exemplo, diante de recursos disponíveis, 
como utilizá-los e, ao contrário, quando escassos, como obtê-los. O propósito do gestor é 
proporcionar à empresa os recursos necessários e que possam suprir todas as suas 
operações, ou pelo menos parte significativa delas, sabendo que precisará tomar novas 
decisões dependendo da disponibilidade ou não desses recursos. Diante da importância das 
ações que o ocupante desse cargo precisa reconhecer, destaque entre as alternativas a 
seguir, quais são os principais passos definidos pelos autores citados para esta unidade e que 
devem ser considerados em um processo de tomada de decisões.
A) São seis os passos definidos pelos autores: reconhecer a necessidade de uma decisão; gerar 
alternativas; analisar as alternativas; escolher entre as alternativas; implementar a alternativa 
escolhida; aprender com o feedback.
B) São cinco os passos definidos pelos autores: reconhecer a necessidade de uma decisão; gerar 
alternativas; analisar as alternativas; descartar alternativas; implementar a alternativa 
escolhida; aprender com o feedback.
C) Os autores consideram cinco os passos definidos pelos autores: reconhecer a necessidade de 
uma decisão; gerar alternativas; analisar as alternativas; escolher entre as alternativas; 
implementar a alternativa escolhida.
D) São seis os passos definidos pelos autores: mapear as ações passadas da empresa; reconhecer 
a necessidade de uma decisão; gerar alternativas; analisar as alternativas; escolher entre as 
alternativas; implementar a alternativa escolhida.
E) São sete os passos definidos pelos autores: reconhecer a necessidade de uma decisão; gerar 
alternativas; analisar as alternativas; escolher entre as alternativas; implementar a alternativa 
escolhida; aprender com o feedback; gerar relatórios.
Na prática
O papel do administrador financeiro é avaliar os resultados dos investimentos que realiza. Ao tomar 
essa decisão, ele deve verificar as taxas de retorno de acordo com os prazos. A partir disso, busca 
no mercado diferentes possibilidades para que possam manter sempre que possível a maior 
rentabilidade e liquidez. Isso nem sempre é possível, pois a rentabilidade máxima pode 
comprometer a liquidez. Essa é uma das decisões que o administrador deve tomar.
Veja o caso ocorrido na empresa TecnoCity, uma startup focada em tecnologia. Mediante os 
resultados positivos obtidos nos últimos períodos, o administrador financeiro da empresa decidiu 
fazer investimentos.
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Administradores em conflito de interesses junto às Sociedades 
Anônimas
Clique a seguir e leia sobre esse conflito de interesses.
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O que é Gestão Financeira e Administrativa? Entenda
Se você tem interesse em trabalhar com gestão de empresas e está ligado nas profissões do futuro, 
precisa conhecer as funções do administrador financeiro.
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https://karinec.jusbrasil.com.br/artigos/493760069/administradores-em-conflito-de-interesses-junto-as-sociedades-anonimas
https://www.t4consultoria.com.br/o-que-e-gestao-financeira-e-administrativa
Introdução às Demonstrações Financeiras
Apresentação
Você sabe como uma empresa precisa fazer a sua prestação de contas? Toda empresa precisa 
divulgar suas demonstrações financeiras, e estas demonstrações são uma forma de prestação de 
contas aos sócios e acionistas. Tais demonstração são regidas por uma legislação específica e 
trazem informações sobre a posição patrimonial e financeira da empresa, o resultado e o fluxo 
financeiro, para a tomada de decisão e avaliação do resultado da administração. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender sobre a estrutura das demonstrações 
contábeis e terá uma visão geral da utilização de cada uma das demonstrações.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar a estrutura conceitual das demonstrações financeiras.•
Reconhecer as principais demonstrações financeiras.•
Analisar os dados disponíveis em cada demonstração financeira.•
Desafio
Você e um amigo farão uma parceria para, juntos, abrirem um negócio próprio. Ao invés de 
começar uma empresa do "zero", vocês optam por adquirir uma empresa que já esteja em 
operação, pois acreditam que vocês têm conhecimento para alavancar os resultados da empresa.
Seu colega é especialista em operações e você o especialista contábil-financeiro, logo, cabe a você 
a análise técnica de qual empresa pode ser comprada.
 
Selecione três demonstrações contábeis para analisar a situação da empresa. Justifique sua escolha 
dizendo quais informações devem ser analisadas nos demonstrativos selecionados.
Infográfico
As demonstrações contábeis obrigatórias que uma empresa deve divulgar dependem do tipo de 
empresa. Veja, no Infográfico, um resumo destas informações.
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Conteúdo do livro
Você sabe como avaliar se uma empresa está em uma boa situação financeira? Saiba que o 
desempenho de uma empresa é medido por relatórios, chamados de demonstrações financeiras ou 
demonstrações contábeis. Estas demonstrações são informações, na sua maioria, obrigatórias e 
divulgadas pelas organizações como uma forma de prestação de contas aos sócios e acionistas.
Os dados apresentados têm origem em relatórios contábeis de um período de exercício. As 
demonstrações financeiras são o produto da contabilidade, pois os relatórios apresentados são 
evidências das modificações no patrimônio da empresa baseadas em fatos associados ou não à 
tomada de decisão da gestão.
O objetivo das demonstrações financeiras é fornecer informações sobre a posição patrimonial e 
financeira da empresa, o resultado e o fluxo financeiro, para tomada de decisão e avaliação do 
resultado da administração. Para entrar neste assunto, leia o capítulo Introdução às demonstrações 
financeiras do livro Gestão de custos industriais.
 
GESTÃO DE 
CUSTOS 
INDUSTRIAIS
Gustavo Antoni
Introdução às 
demonstrações financeiras
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Descrever a estrutura conceitual das demonstrações financeiras.
 � Reconhecer as principais demonstrações financeiras.
 � Visualizar os dados disponíveis em cada demonstração financeira.
Introdução
Você sabe como uma empresa precisa fazer a sua prestação de con-
tas? Toda empresa precisa divulgar suas demonstrações financeiras, as 
quais são uma forma de prestação de contas aos sócios e acionistas. 
Tais demonstrações são regidas por uma legislação específica e trazem 
informaçõessobre a posição patrimonial e financeira da empresa, o 
resultado e o fluxo financeiro, para tomada de decisão e avaliação do 
resultado da administração.
Neste texto, você vai aprender sobre a estrutura das demonstra-
ções contábeis e ter uma visão geral da utilização de cada uma das 
demonstrações.
Estrutura conceitual para apresentação das 
demonstrações contábeis
A estrutura conceitual para a elaboração das demonstrações contábeis foi 
definida pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) através do pro-
nunciamento CPC 00 emitido em janeiro de 2008 e atualizado em dezembro 
de 2011, isto é, o CPC 00 (R1) (LIMEIRA et al., 2012).
Segundo Limeira et al. (2012, p. 40):
A finalidade dessa estrutura conceitual é: 
a) dar suporte a desenvolvimento de novos pronunciamentos técnicos 
e à revisão de pronunciamentos existentes quando necessário;
b) dar suporte aos responsáveis pela elaboração das demonstrações con-
tábeis na aplicação dos pronunciamentos técnicos e no tratamento 
de assuntos que ainda não tiveram sido objeto de pronunciamentos 
técnicos;
c) auxiliar os auditores independentes a formar sua opinião sobre a confor-
midade das demonstrações contábeis com os pronunciamentos técnicos;
d) apoiar os usuários das demonstrações contábeis na interpretação 
de informações nelas contidas, preparadas em conformidade com 
os pronunciamentos técnicos; e
e) proporcionar, àqueles interessados, informações sobre enfoque ado-
tado na formulação dos pronunciamentos técnicos.
Os princípios contábeis são classificados tecnicamente pelo CPC em 
duas categorias:
1. Pressupostos básicos
2. Características qualitativas das demonstrações contábeis
Pressupostos básicos
Conforme Perez Junior e Begalli (2009), os pressupostos básicos e suas ca-
racterísticas são:
 � Regime de competência – os efeitos das transações são reconhecidos 
quando ocorrem, e não quando recursos financeiros são recebidos ou 
pagos. Além disso, são realizados os registros contábeis no período a 
que essas transações se referem.
Gestão de custos industriais 72
Imagine que sua empresa é uma fabricante de máquinas e equipamentos e realizou 
uma venda no valor de R$ 600.000,00. Para facilitar a compra e fechar o pedido, sua 
empresa ofereceu uma condição de pagamento diferenciada: 50% do valor à vista e 
50% a prazo (30 dias).
Conforme o regime de competência, todo valor deve ser registrado apurando-se o 
valor total da venda, independentemente se o valor desta venda foi recebido ou não.
Assim, o registro ficará desta maneira:
D – Contas a receber R$ 300.000,00
D – Caixa R$ 300.000,00
C – Vendas brutas R$ 600.000,00
Fonte: Adaptado de Limeira et al. (2012).
 � Continuidade – as demonstrações contábeis devem ser elaboradas 
pressupondo-se que a empresa continuará operando nos próximos 
períodos, logo, não haverá necessidade de entrar em liquidação ou 
reduzir significativamente o volume de suas operações.
Imagine que você trabalha na empresa que adquiriu o equipamento vendido no quadro 
anterior (“Fique Atento”). Sua empresa deve registrar o equipamento pelo valor da 
compra (R$ 600.000,00), já que irá utilizá-lo nas suas operações durante muitos anos.
Fonte: Adaptado de Limeira et al. (2012).
Características qualitativas das demonstrações 
contábeis
As características qualitativas tornam as demonstrações contábeis úteis aos 
seus usuários, de maneira que as informações ali contidas possam auxiliar 
nos processos decisórios da empresa (LIMEIRA et al., 2012).
73Introdução às demonstrações financeiras
As características qualitativas são subdivididas em duas categorias, de 
acordo com o CPC 00 (R1) de dezembro de 2011: 
1. Reputadas como mais úteis e fundamentais
2. Características auxiliares para o processo decisório quando as ca-
racterísticas de relevância e representação fidedigna resultarem em 
equivalência.
Confira essas duas categorias descritas de forma sucinta nos Quadros 1 e 2.
Fonte: Adaptado de Limeira et al (2012).
Reputadas como mais úteis e fundamentais
Característica Descrição
Relevância Informações relevantes são 
aquelas capazes de influenciar um 
processo decisório, auxiliando os 
tomadores de decisão a avaliarem 
impactos de eventos do passado 
ou preverem impactos futuros 
das decisões do presente.
Representação fidedigna Uma representação fidedigna se 
refere a informações completas, 
neutras e livres de erro, ou seja, deve 
conter as informações necessárias 
aos usuários, representar a realidade 
– qualquer que seja esta realidade. 
Os dados devem ser obtidos por 
métodos e processos adequados.
Quadro 1. Características qualitativas: categoria 1.
Gestão de custos industriais 74
Fonte: Adaptado de Limeira et al (2012).
Características auxiliares para o processo decisório 
quando as características de relevância e representação 
fidedigna resultarem em equivalência
Característica Descrição
Comparabilidade Permite identificar similaridades 
e diferenças entre itens.
Verticabilidade Os usuários da informação 
podem chegar a um consenso 
sobre uma situação financeira.
Tempestividade A informação está disponível 
antes da tomada de decisão, 
podendo influenciá-la.
Compreensibilidade As informações são apresentadas 
de forma clara e concisa.
Quadro 2. Características qualitativas: categoria 2.
Principais demonstrações contábeis
A Lei das Sociedades por Ações estabelece que, a cada período de 12 meses 
(período social), a empresa deve elaborar e publicar as seguintes demonstrações 
financeiras (MARION, 2015):
 � Balanço patrimonial
 � Demonstração dos resultados do exercício (DRE)
 � Demonstração do resultado abrangente (DRA)
 � Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (DLPAc)
 � Demonstração dos fluxos de caixa 
 � Demonstração do valor adicionado (se for companhia aberta)
75Introdução às demonstrações financeiras
Além das demonstrações aqui mencionadas, há também as notas explica-
tivas, que são complementares às demonstrações e trazem informações que 
são difíceis de serem indicadas nas demonstrações, como mudança de critério 
contábil, garantias oferecidas aos bancos que concederam empréstimos, taxas 
de juros, entre outras (MARION, 2015).
Na Lei das Sociedades por Ações, existem exigências específicas para 
companhias abertas quanto às demonstrações contábeis, de forma que estas 
companhias devem apresentar, obrigatoriamente:
1. Demonstração do valor adicionado
2. Demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL)
A DMPL substituirá a demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados 
(DLPAc). Além disso, mesmo empresas que não são sociedades anônimas 
podem ser sujeitas a essas demonstrações obrigatórias pela Lei das Sociedades 
de Ações, desde que tenham atingido no ano anterior saldos de ativo total su-
perior a R$ 240 milhões, ou o total de vendas anual superior a R$ 300 milhões.
Para saber mais sobre os tipos de sociedades e relatórios contábeis obrigatórios, leia 
o Capítulo 1 do livro Contabilidade empresarial, de José Carlos Marion.
Balanço patrimonial
O balanço patrimonial é uma demonstração financeira que descreve a situação 
financeira e patrimonial de uma empresa ao final de um período ou exercício 
(LIMEIRA et al., 2012).
Gestão de custos industriais 76
Exercício é o período em que fatos contábeis são verificados. Geralmente, coincide 
com o ano astronômico; é tempo de duração de um ciclo da administração patrimonial 
(SÁ, 2005). 
O balanço patrimonial, segundo Marion (2015), é a principal demonstração 
contábil, e, segundo Barroso (2013), é uma demonstração estática, ou seja, em 
uma data específica, detalha os bens da empresa, valores a receber e valores a 
pagar. O balanço patrimonial é formado por duas colunas, sendo que a coluna 
da esquerda é a do ativo e a coluna da direita são o passivo e o patrimônio 
líquido, como mostrado no Quadro 3.
Fonte: Adaptado de Marion (2015).
Balanço patrimonial
Ativo Passivo e patrimônio líquido
Quadro 3. Balanço Patrimonial.
 � Ativo – recursos controlados pela empresa. Podem ser bens (tudo queatende uma necessidade e que pode ter valor econômico atribuído) e 
direitos (créditos que a empresa tem a receber).
 ■ Bens: máquinas, estoques, instalações, entre outros (algo que pode 
trazer benefício para a empresa).
 ■ Direitos: contas a receber, duplicatas a receber, ações, títulos de 
crédito, entre outros.
 � Passivo – todas as obrigações ou os débitos que a empresa tem com 
terceiros. Exemplos: impostos a pagar, financiamentos e empréstimos. 
 � Patrimônio líquido – capital social aplicado no empreendimento. Os 
recursos financeiros investidos na empresa são chamados de capital, 
e a remuneração do capital resultante da atividade empresarial é cha-
mada de lucro, e ambos são patrimônio dos sócios. Sendo assim, são 
demonstrados como patrimônio líquido da instituição.
77Introdução às demonstrações financeiras
O patrimônio líquido pode ser calculado subtraindo o passivo do ativo, 
desta forma:
Patrimônio líquido = ativo – passivo
No Quadro 4, é mostrada a representação do balanço patrimonial.
Fonte: Adaptado de Limeira et al. (2012).
Balanço patrimonial
Ativo Passivo
Bens e direitos Obrigações
Patrimônio líquido
Capital
Lucros acumulados
Quadro 4. Formação básica e representação da estrutura patrimonial.
Demonstração dos resultados do exercício 
A demonstração dos resultados do exercício (DRE) é a representação dos 
resultados operacionais de uma organização em termos financeiros e econô-
micos. É um demonstrativo divulgado pelas empresas todos os anos, conforme 
previsto em lei, mas o mais comum é ser apresentado mensalmente na gestão 
de negócios e a cada trimestre, para fins fiscais.
De acordo com Marion (2015), a DRE apresenta o retorno do investimento 
realizado pelos sócios, seja lucro ou prejuízo, evidenciando um indicador de 
eficiência do investimento. A DRE apura receitas, custos e despesas para 
evidenciar o resultado líquido do exercício, conforme regime de competências. 
O Quadro 5 exemplifica de forma simples a estrutura de uma DRE.
Gestão de custos industriais 78
Fonte: Adaptado de Marion. (2015).
DRE
Receita - - - - - -
(-) Custo - - - - - -
Lucro bruto - - - - - -
(-) Despesa - - - - - -
Lucro líquido - - - - - -
Quadro 5. Estrutura simplificada da DRE.
A DRE representa informações referentes a um período de tempo, pois é 
uma demonstração dinâmica. Já o balanço patrimonial demonstra informações 
de uma data específica, assim, podemos concluir que uma DRE apresenta 
dados dos eventos que ocorreram entre dois balanços (LIMEIRA et al., 2012).
A DRE é a demonstração contábil destinada a comprovar como foi construído o 
resultado das atividades de uma organização em um determinado período. Assim, 
fica demonstrado como foi realizado o lucro ou o prejuízo e ficam identificadas as 
variações do patrimônio líquido demonstradas no balanço patrimonial.
Demonstração do resultado abrangente
O resultado abrangente é definido como 
[...] uma alteração no patrimônio líquido de uma sociedade durante um período, 
decorrente de transações e outros eventos e circunstâncias não originadas 
dos sócios. Isso inclui todas as mudanças no patrimônio durante o período, 
exceto aquelas resultantes de investimento dos sócios. (PORTAL DA CON-
TABILIDADE, [201-?]).
79Introdução às demonstrações financeiras
A demonstração do resultado abrangente (DRA) é uma ferramenta de 
análise, pois permite avaliar a atualização do capital dos sócios, através do 
registro no patrimônio líquido das receitas e despesas incorridas devido a 
investimentos de longo prazo. Na prática, a DRA tem por objetivo mostrar as 
modificações no patrimônio líquido como um lucro da empresa (PORTAL 
DA CONTABILIDADE, [201-?]).
Ainda segundo o Portal da Contabilidade ([201-?]), a DRA deve ser feita 
separadamente da DRE, mas, como no Brasil a demonstração das mutações 
do patrimônio líquido (DMPL) é obrigatória para as empresas abertas, a DRA 
pode ser apresentada como uma parte da DMPL.
Demonstração das mutações do patrimônio líquido 
Conforme Marion (2015), a demonstração das mutações do patrimônio líquido 
(DMPL) mostra a movimentação de todas as contas do patrimônio líquido 
ocorrida durante o exercício. Nesta demonstração, todo acréscimo ou dimi-
nuição do patrimônio é mostrado, como também a formação ou utilização 
de reservas.
A DMLP é a subdividida em dois blocos: transações de capitais com os 
sócios e resultados abrangentes.
Demonstração dos fluxos de caixa 
A demonstração dos fluxos de caixa (DFC) permite identificar as variações no 
fluxo de disponibilidades da empresa, tanto para a conta caixa quanto para os 
equivalentes de caixa: numerários em mão, depósitos bancários disponíveis, 
aplicações de custo prazo e aplicações de alta liquidez (LIMEIRA et al., 2012). 
Conforme os autores (2012, p. 69):
Gestão de custos industriais 80
A demonstração do fluxo de caixa tem por objetivo apresentar os fatos 
que acarretam modificação no nível de disponibilidade, que é a base 
para avaliação financeira da entidade e sua capacidade de arcar com 
os pagamentos das suas obrigações. Teremos condições de identificar 
as fontes de obtenção de dinheiro, as origens das disponibilidades e a 
respectiva alocação do dinheiro, a aplicação das disponibilidades, assim 
como os objetivos das aplicações. 
Demonstração do valor adicionado
O valor adicionado é a soma da riqueza gerada por cada patrimônio individu-
almente, e a demonstração do valor adicionado indica quanto do valor gerado 
cabe a cada uma das partes que contribuíram para sua formação (LIMEIRA 
et al., 2012).
81Introdução às demonstrações financeiras
BRAGA, Z. J. B. Curso de Gestão Contábil Financeira. Porto Alegre: [s. n.], 2013.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). Pronunciamento Técnico CPC 00 
(R1): estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro. 
Brasília, DF, 2011. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/
Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=80>. Acesso em: 22 mar. 2017.
LIMEIRA, A. L. F. et al. Gestão contábil financeira. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2012. (Série 
FGV Management).
MARION, J. C. Contabilidade empresarial. 17. ed. São Paulo: Atlas, 2015. 
PEREZ JUNIOR, J. H.; BEGALLI, G. A. Elaboração das demonstrações contábeis. São 
Paulo: Atlas, 2009.
PORTAL DA CONTABILIDADE. Demonstração do resultado abrangente. [201-?]. Disponível 
em: <https://goo.gl/oh6gZe>. Acesso em: 22 mar. 2017.
REGO, R. T. Análise de demonstrações financeiras estudo de caso da Perdigão S/A. 
Revista da Faculdade de Ciências Administrativas de Curvelo, Curvelo, v. 3, p. 71-87, 2004. 
Disponível em: <https://goo.gl/oNJanI>. Acesso em: 22 mar. 2017.
SÁ, A. L. de. Dicionário de contabilidade. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
Leitura recomendadas
PORTAL DA CONTABILIDADE. IBRACON – NPC 27. Demonstrações Contábeis. [201-?]. 
Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/ibracon/npc27.htm/>. 
Acesso em: 22 mar. 2017.
82Introdução às demonstrações financeiras
Dica do professor
Veja a Dica do Professor sobre quais demonstrações contábeis devem ser elaboradas ou publicadas 
de acordo com o tipo de empresa.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/96da5811dece40570f313813182a5937
Exercícios
1) "Os efeitos das transações são reconhecidos quando ocorrem, e não quando recursos 
financeiros são recebidos ou pagos e os registros contábeis são realizados no período a que 
estas transações se referem".
 
A que princípio contábil esta afirmação se refere? 
A) Continuidade.
B) Comparabilidade.
C) Regime de competência.
D) Representação fidedigna.
E) Tempestividade.
2) "Informações capazes de influenciar um processo decisório, auxiliando os tomadores de 
decisão a avaliar impactos de eventos do passado ou, ainda, prever impactos futuros das 
decisões presentes”.
 
A que princípio contábil esta afirmação se refere? 
A) Relevância.
B)Representação fidedigna.
C) Compreensibilidade.
D) Tempestividade.
E) Verticabilidade.
"Demonstração financeira que descreve a situação financeira e patrimonial de uma empresa 
ao final de um período ou exercício".
3) 
 
A qual demonstração contábil esta afirmação se refere?
A) Demonstração do resultado do exercício.
B) Demonstração do resultado abrangente.
C) Demonstração das mutações do patrimônio líquido.
D) Demonstração do fluxo de caixa.
E) Balanço patrimonial.
4) "Demonstração que apresenta o retorno do investimento realizado pelos sócios, seja lucro 
ou prejuízo, evidenciando um indicador de eficiência do investimento”.
 
A qual demonstração contábil esta afirmação se refere?
A) Balanço patrimonial.
B) Demonstração das mutações do patrimônio líquido.
C) Demonstração do valor adicionado.
D) Demonstração do resultado do exercício.
E) Notas explicativas.
5) “Demonstração que permite identificar as variações no fluxo de disponibilidade de recursos 
da empresa”.
 
A qual demonstração contábil esta afirmação se refere?
A) Demonstração do valor adicionado.
B) Demonstração do fluxo de caixa.
C) Demonstração do resultado do exercício.
D) Demonstração das mutações do patrimônio líquido.
E) Demonstração do resultado abrangente.
Na prática
Veja como as demonstrações financeiras são divulgadas por uma grande empresa brasileira.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Demonstrações contábeis.
As demonstrações contábeis são documentos imprescindíveis para qualquer empresa. Elas 
oferecem aos usuários um balanço da situação financeira, permitindo a estimativa de resultados 
futuros.
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Análise de demonstrações financeiras: Estudo de caso da 
Perdigão S/A.
O presente artigo apresenta conceitos, importância e aplicação das principais técnicas utilizadas na 
análise de demonstrativos contábeis,especialmente o Balanço Patrimonial e o Demonstrativo do 
Resultado do Exercício. Clique no link e leia o artigo completo.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Demonstrações contábeis - Referentes às demonstrações 
contábeis.
Em dezembro de 2007, foi sancionada a Lei nº 11.638, que trouxe novas regras para a elaboração e 
divulgação das demonstrações contábeis. Clique aqui continuar lendo o artigo.
https://www.youtube.com/embed/botYiNArYVI
https://www.academia.edu/24209228/AN%C3%81LISE_DE_DEMONSTRA%C3%87%C3%95ES_FINANCEIRAS_ESTUDO_DE_CASO_DA_PERDIG%C3%83O_S_A_AN%C3%81LISE_DE_DEMONSTRA%C3%87%C3%95ES_FINANCEIRAS_ESTUDO_DE_CASO_DA_PERDIG%C3%83O_S_A
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http://www.crcrs.org.br/demonstracoes-contabeis/
Sistema Financeiro Nacional
Apresentação
O Sistema Financeiro Nacional é extremamente importante para o cenário econômico-financeiro 
do Brasil, sendo fundamental o conhecimento mais detalhado sobre seu papel para melhor 
compreender a maioria das intermediações financeiras entre pessoas, fisicas ou jurídicas, e os 
órgãos e instituições.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá analisar os objetivos, o funcionamento e a composição 
do Sistema Financeiro Nacional, bem como a forma como ele se manifesta e é trabalhado nas 
relações cotidianas.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Explicar os objetivos do Sistema Financeiro Nacional.•
Descrever o funcionamento do Sistema Financeiro Nacional.•
Apresentar a composição do Sistema Financeiro Nacional.•
Desafio
Quando tratamos sobre o Sistema Financeiro Nacional, diversos mercados podem ser 
considerados. Dentre eles, um é bastante explorado por diversos tipos de entidades para uma 
infinidade de fins, sejam eles de investimentos ou especulativos. De modo geral, as principais 
operações desse mercado são desenvolvidas entre duas partes, que normalmente são, de um lado, 
os credores e, do outro lado, o tomador.
Identifique, por meio das características trazidas no texto acima, de qual mercado se trata. Explique 
seus principais objetivos, a sua atuação no cotidiano da vida em sociedade e qual o órgão 
responsável por sua fiscalização.
Infográfico
O infográfico a seguir apresenta uma interessante linha do tempo na qual você irá acompanhar a 
evolução das normas que ajudaram a construir o Sistema Financeiro Nacional da forma que ele está 
constituído hoje em dia.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
Conteúdo do livro
O mercado financeiro brasileiro vem se desenvolvendo de forma muito ampla, sendo indispensável 
uma organização mais formal e dinâmica para a regulamentação das normas atinentes ao tema.
No capítulo O Sistema Financeiro Nacional, da obra Constituição e Tribitação, você verá os 
objetivos, o funcionamento e a estrutura do Sistema Financeiro Nacional.
Boa leitura.
CONSTITUIÇÃO 
E TRIBUTAÇÃO 
Mariana Portella
Revisão técnica:
Gustavo da Silva Santanna 
Bacharel em Direito
Especialista em Direito Ambiental Nacional e Internacional 
e em Direito Público
Mestre em Direito
Professor em cursos de graduação e pós-graduação em Direito
Cata logação na publicação: Karin Lorien Menoncin – CRB 10/2147
C756 Constituição e tributação / Magnum Koury de Figueiredo 
Eltz... [et a l.] ; [revisão técnica: Gustavo da Silva 
Santanna]. – Porto Alegre: SAGAH, 2018.
346 p. : il. ; 22,5 cm
ISBN 978-85-9502-404-5
1. Direito constituciona l. 2. Direito tributário. I. Eltz, 
Magnum Loury de Figueiredo. II.Título.
CDU 34(091)
LIVRO_Constituicao e Tributacao.indb 2 30/04/2018 16:23:12
Sistema Financeiro Nacional
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Explicar os objetivos do Sistema Financeiro Nacional.
 Descrever o funcionamento do Sistema Financeiro Nacional.
 Apresentar a composição do Sistema Financeiro Nacional.
Introdução
O mercado financeiro brasileiro começou a ser desenvolvido quando a 
primeira agência do Banco do Brasil foi criada no País, ainda na época em 
que a Família Real Portuguesa veio para o Brasil, em 1808. Desde então, esse 
mercado se desenvolveu notoriamente, o que exigiu uma organização mais 
formal e dinâmica para que a sua evolução continuasse. Dessa forma, surgiu 
o Sistema Financeiro Nacional (SFN), que possibilita a organização do mer-
cado financeiro com o propósito de atender as necessidades da sociedade.
Neste capítulo, estudaremos os objetivos, o funcionamento e a es-
trutura do SFN com o objetivo de compreender como ele se manifesta 
nas ações financeiras. 
Objetivos do Sistema Financeiro Nacional
O texto constitucional apresenta a existência de dois grandes sistemas fi nan-
ceiros no nosso ordenamento jurídico: 
 o público, que se funda nos problemas das finanças e dos orçamentos
públicos, com regulamentação nos arts. 163 a 169 da Constituição Federal; 
 outro inerente ao setor privado e previsto no art. 192, caput, do mesmo
diploma legal.
LIVRO_Constituicao e Tributacao.indb 205 30/04/2018 16:24:17
Nesse artigo, está previsto como o segundo modelo de sistema financeiro 
deve se estruturar, bem como a exigência de que ele atenda os interesses 
coletivos e seja regulado por leis complementares. 
A Lei nº. 4.595, de 31 de dezembro de 1964, disciplina o SFN ao dispor 
sobre a política e as instituições monetárias, bancárias e creditícias, criando 
o Conselho Monetário Nacional (CMN) e outras providências. Essa lei foi 
recepcionada pela Constituição Federal de 1988 como lei complementar, 
motivo pelo qual vale ressaltarmos que somente poderá ser alterada por meio 
de ato legislativo específico. Da mesma maneira, diversos outros diplomas 
legais abordam a atividade financeira, cada qual merecedor do seu destaque 
no desenvolvimento do SFN.
O legislador constituinteexpôs o SFN no texto da Constituição, concedendo 
à norma um caráter formalmente constitucional ao estabelecer objetivos a serem 
observados por todas as entidades que o integram. O SFN é constituído por 
diversos órgãos e instituições que buscam propiciar situações adequadas ao bom 
funcionamento do mercado de capitais e ao fomento dos recursos financeiros 
entre empresas e investidores. O seu principal objetivo é a intermediação entre 
investimento e poupança para garantir eficiência nas operações que os envolvem, 
ou seja, é a criação de um vínculo entre eles para operações mais efetivas entre si.
O objetivo do SFN é intermediar o dinheiro entre quem pode investir e quem necessita 
dele para consumir, promovendo mais eficiência nessa relação. Eis a essência do 
processo apresentada de forma simples e realista.
Esse sistema se baseia na lógica dos conceitos de investimento e poupança. 
Assim, de um lado temos o cidadão com renda destinada ao consumo ou à 
reserva e, do outro, o indivíduo que precisa de recursos porque consome para 
além da própria renda. Se imaginarmos essa intermediação sendo feita direta-
mente pelos poupadores em favor dos investidores, logo nos depararíamos com 
situações de risco que provocariam desequilíbrio nesse tipo de relação. Isso 
pois a possibilidade de os tomadores de crédito se tornarem inadimplentes é 
bastante razoável, especialmente se considerarmos as frequentes instabilidades 
sofridas pelo País. Por esse viés, o SFN assume um importante papel como 
ente responsável pelo desenvolvimento socioeconômico da Nação.
Sistema Financeiro Nacional206
LIVRO_Constituicao e Tributacao.indb 206 30/04/2018 16:24:17
Segundo os autores Armando Castelar Pinheiro e Jairo Saddi (2006, p. 449):
Não há um país desenvolvido sem um bom sistema financeiro, o que implica 
também que não há país nessa situação sem um bom sistema legal e judicial, 
pois a intermediação financeira não pode se desenvolver sem uma base ju-
rídica adequada. As transações realizadas no mercado financeiro são estru-
turadas contratualmente e têm, nas suas duas pontas, agentes que raramente 
se conhecem. Ao contrário da maioria das atividades comerciais, em que as 
duas partes cumprem suas obrigações (quase) simultaneamente, no mercado 
financeiro o descompasso temporal está na essência da transação: toma-se 
recursos hoje para serem pagos de volta no futuro. A fidúcia é fundamental. 
E na presença de oportunismo, muitas operações financeiras seriam inviáveis 
sem a sustentação de um bom aparato jurídico. A regulação de instituições 
financeiras se justifica tanto por objetivos macro como microeconômico. 
Os primeiros estão relacionados à capacidade de os bancos criarem moeda 
(escritural) e ao papel de desempenharem como canais de transmissão da 
política monetária.
Todos os processos regulados e fiscalizados pelo SFN estão sob estrito 
controle do Poder Público em consonância com o que determina o texto cons-
titucional. Assim, o legislador constituinte se responsabilizou por delinear as 
funções sociais das entidades que integram esse sistema.
Funcionamento do Sistema Financeiro Nacional
O SFN reúne diversas instituições que viabilizam a transferência de recur-
sos entre quem possui e quem necessita delas, sendo composto por órgãos 
reguladores, entidades supervisoras e operadoras. Essa organização objetiva 
tornar possíveis e seguras as intermediações fi nanceiras de transferência dos 
recursos dos agentes superavitários para os defi citários.
Para isso, o SFN é segmentado em quatro grandes espécies de mercados 
(Figura 1), que são:
Mercado de crédito — atuam instituições fi nanceiras e não fi nanceiras que 
oferecem serviço de intermediação de crédito. Por exemplo, no caso dos agentes 
defi citários que necessitam de recursos para consumo próprio ou para 
capital de giro, o principal órgão fiscalizador é o Banco central do Brasil.
Mercado monetário — negociam-se ativos fi nanceiros com objetivo de ga-
rantir a liquidez da economia. 
207Sistema Financeiro Nacional
LIVRO_Constituicao e Tributacao.indb 207 30/04/2018 16:24:17
Mercado de capitais — visa direcionar recursos fi nanceiros ao comércio, 
à indústria, dentre outras atividades econômicas, contribuindo assim para o 
desenvolvimento econômico.
Mercado de câmbio — negociam-se trocas de moedas estrangeiras por reais. 
O Banco Central do Brasil (BC, BACEN ou BCB) é o responsável pela admi-
nistração, fi scalização e pelo controle das operações de câmbio.
Figura 1. Segmentação do mercado financeiro.
Fonte: Furlani (2013, documento on-line).
Os bancos, partes integrantes do SFN, atuam como gestores do risco de boa 
parte das transações financeiras, intermediando a situação entre quem possui 
valores para investir e quem está sem recursos e necessita tomar emprestado. 
Aqueles que possuem valores disponíveis para investimento são chamados de 
agentes superavitários, enquanto aqueles que consomem além do que recebem 
são conhecidos como agentes deficitários. Os agentes superavitários, quando 
colocam o seu dinheiro no SFN, por meio de alguma das instituições que o com-
põem, seja depositando alguma quantia na poupança ou comprando algum título, 
estão colocando o seu dinheiro à disposição dos bancos e instituições financeiras 
para que eles emprestem aos agentes deficitários, na forma de empréstimo, 
financiamento e etc. Essa equação inclui a cobrança de juros aos devedores para 
remunerar os poupadores e as instituições financeiras responsáveis pelo processo.
Assim, podemos definir como função do SNF agrupar e alocar os re-
cursos econômicos de forma eficiente, possibilitando uma fluência entre 
os recursos dos agentes superavitários e dos deficitários, permitindo que 
Sistema Financeiro Nacional208
LIVRO_Constituicao e Tributacao.indb 208 30/04/2018 16:24:18
todos tenham suas necessidades atendidas através da atuação de instituições 
especializadas para esses fins.
Composição do Sistema Financeiro Nacional
No seu art. 1º, a Lei nº. 4.595, de 31 de dezembro de 1964, prevê que o SFN 
deve ser constituído pelos seguintes órgãos e entidades: CMN, BCB, Banco 
do Brasil S/A, Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social 
(BNDES), bem como demais instituições fi nanceiras públicas e privadas 
(BRASIL, 1964). Ademais, podemos dividir o SFN a partir da sua composição 
em órgãos normativos, entidades supervisoras e operadoras.
Os órgãos normativos têm competência para disciplinar, regulamentar e 
estabelecer políticas públicas para o seu setor. As entidades supervisoras, por 
sua vez, fiscalizam as entidades operadoras, que realizam as operações de 
fato. A seguir, conferiremos as definições de cada um dos órgãos normativos 
e entidades supervisoras.
Órgãos normativos
CMN: órgão máximo do SFN, possui a responsabilidade de formular a política 
da moeda e do crédito, objetivando a estabilidade da moeda e o desenvolvimento 
econômico e social do País.
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP): órgão normativo das 
atividades de seguros no Brasil.
Conselho Nacional da Previdência Complementar (CNPC): detém a função 
de regular o regime de previdência complementar operado pelas entidades 
fechadas de previdência complementar.
Entidades supervisoras
Banco Central do Brasil (BC, BACEN ou BCB): responsável pelo controle 
da infl ação no País. Ele atua com o intuito de regular a quantidade de moeda 
na economia para a estabilidade dos preços, além de ser responsável pela 
autorização do funcionamento das instituições fi nanceiras. As suas atividades 
também incluem a preocupação com a estabilidade fi nanceira, motivo pelo 
qual o BCB regula e supervisiona as instituições fi nanceiras.
209Sistema Financeiro Nacional
LIVRO_Constituicao e Tributacao.indb 209 30/04/2018 16:24:18
Comissão de Valores Mobiliários (CVM): responsável por fi scalizar, nor-
matizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil.
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP): órgão responsável pelo 
controle epela fi scalização dos mercados de seguro, previdência privada 
aberta, capitalização e resseguro.
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC): 
órgão de supervisão e fi scalização que tem como objeto os fundos de pensão.
As entidades operadoras devem ser definidas como entidades públicas ou 
privadas que atuam no SFN e se encontram sob o domínio da regulação e da 
fiscalização exercida pelos órgãos normativos e pelas entidades supervisoras. 
Trata-se das instituições que estão na linha de frente desempenhando o papel 
de intermediadoras. São exemplos de entidades operadoras a bolsa de valores, 
os bancos, as seguradoras, as corretoras, etc.
Todos os órgãos do SFN contam com atribuições específicas e níveis de 
importância dentro do sistema. Essa estruturação é resultado da evolução 
histórica do SFN, que se desenvolveu com o passar dos anos de acordo com 
as demandas da sociedade e do Poder Público.
1. São entidades supervisoras do SFN:
a) o BCB e a CVM.
b) a CVM e a Associação Nacional dos 
Bancos de Investimento (ANBID).
c) o BCB e o Comitê de Política 
Monetária (COPOM).
d) o CMN e o BCB.
e) o Banco do Brasil e a Caixa 
Econômica Federal.
2. Entre os objetivos do SFN, está:
I. intermediar o dinheiro de 
quem pode investir e de quem 
precisa dele para consumir, 
garantindo mais eficiência 
na relação entre eles.
II. fomentar, com exclusividade, 
as entidades financeiras 
ligadas ao Poder Público.
III. intermediar processos sob o 
estrito controle do Poder Público.
a) Apenas as afirmativas I 
e II estão corretas.
b) Apenas as afirmativas II 
e III estão corretas.
c) As afirmativas I, II e III 
estão corretas.
d) Apenas a afirmativa 
III está correta.
e) Apenas as afirmativas I 
e III estão corretas.
Sistema Financeiro Nacional210
LIVRO_Constituicao e Tributacao.indb 210 30/04/2018 16:24:19
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Composição e segmentos do Sistema Financeiro Nacional. 
Brasília, [2004]. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/pre/composicao/composicao.
asp>. Acesso em: 23 abr. 2018. 
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Entenda o CMN. c2018. Disponível em: <http://www.
bcb.gov.br/Pre/CMN/Entenda%20o%20CMN.asp>. Acesso em: 23 abr. 2018.
BRASIL. Lei nº. 4.595, de 31 de dezembro de 1964. Dispõe sobre a Política e as Instituições 
Monetárias, Bancárias e Creditícias, Cria o Conselho Monetário Nacional e dá outras 
providências. 1964. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4595.
htm>. Acesso em: 22 abr. 2018.
FURLANI, J. R. A. Como funciona o Sistema Financeiro. Cada centavo conta, Brasília: 
Banco Central do Brasil, 2013. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/Pre/bcUni-
versidade/Palestras/Palestra_SFN_04062013_Furlani.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2018.
PINHEIRO, A. C.; SADDI, J. Direito, economia e mercados. Rio de Janeiro: Campus, 2005. 
3. O SFN é segmentado em quatro 
grandes espécies de mercados. 
Qual dos mercados abaixo 
não integra esse sistema?
a) Mercado referencial.
b) Mercado de crédito.
c) Mercado monetário.
d) Mercado de capitais.
e) Mercado de câmbio.
4. São entidades operadoras na 
composição do SFN, EXCETO:
a) bancos.
b) bolsa de valores.
c) corretoras.
d) seguradoras.
e) BCB.
5. A _____________ disciplina o SFN 
ao dispor sobre a política e as 
instituições monetárias, bancárias e 
creditícias, criando o CMN e outras 
providências. Essa lei foi recepcionada 
pela Constituição Federal de 
1988 como lei complementar.
a) Lei nº. 4.595, de 31 de 
dezembro de 1964.
b) Lei nº. 4.380, de 21 de 
agosto de 1964.
c) Lei nº. 6.385, de 7 de 
dezembro de 1976.
d) Lei nº. 4.357, de 16 de 
julho de 1964.
e) Lei nº. 6.404, de 15 de 
dezembro de 1976.
211Sistema Financeiro Nacional
LIVRO_Constituicao e Tributacao.indb 211 30/04/2018 16:24:20
 
 
Dica do professor
Assista na Dica do Professor algumas características que se destacam do Banco Central do Brasil, 
importante entidade que compõe o Sistema Financeiro Nacional.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
 
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/f28a0024a35d60c5072d3ebcfdbf9478
Exercícios
1) São entidades supervisoras do Sistema Financeiro Nacional:
A) Banco Central do Brasil e Comissão de Valores Mobiliários 
B) Comissão de Valores Mobiliários e ANBID 
C) Banco Central do Brasil e Comitê de Política Monetária
D) Conselho Monetário Nacional e Banco Central do Brasil
E) Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal 
2) Os objetivos do Sistema Financeiro Nacional são:
I - intermediar, possibilitando maior eficiência, o dinheiro de quem possui para investir e de 
quem precisa para consumir;
II – fomentar, com exclusividade, as entidades financeiras ligadas ao Poder Público;
III – intermediar processos sob o estrito controle do Poder Público.
Estão corretas:
A) I e II.
B) II e III.
C) I, II e III.
D) Somente III.
E) I e III.
3) O SFN é segmentado em quatro grandes “mercados”. Qual dos abaixo não faz parte do 
sistema?
A) Mercado referencial.
B) Mercado de crédito.
C) Mercado monetário.
D) Mercado de capitais.
E) Mercado de câmbio.
4) Qual das alternativas abaixo não é uma das entidades operadoras na composição do Sistema 
Financeiro Nacional?
A) Bancos.
B) Bolsa de valores.
C) Corretoras.
D) Seguradoras.
E) Banco Central do Brasil.
5) A lei __________ disciplina o sistema financeiro, dispondo sobre a política e as instituições 
monetárias, bancárias e creditícias, criando o conselho monetário nacional, entre outras 
providências. A referida lei foi recepcionada pela Constituição de 1988 como lei 
complementar.
O texto acima se refere a qual lei?
A) Lei no 4.595/64.
B) Lei no 4.380/64.
C) Lei no 6.385/76.
D) Lei no 4.357/64.
E) Lei no 6.404/76.
Na prática
Como o SFN se apresenta no nosso dia a dia?
Para que possamos atender nossas necessidades diárias, devemos equacionar da melhor forma 
possível o que recebemos a título de salário e as contas que devemos pagar. Essa parece uma 
movimentação simples e privada, em que cada indivíduo cuida de suas peculiaridade econômicas.
Mas para que toda essa equação funcione da forma mais adequada e para que a economia do país 
esteja o mais equilibrada possível, existem várias instituições, órgãos, entidades e empresas que 
trabalham de forma integrada. O Sistema Financeiro Nacional, por exemplo, fiscaliza o montante de 
dinheiro que está em circulação no país, com o objetivo de fazer a economia continuar girando de 
forma coordenada.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Sistema Financeiro Nacional – SFN
O artigo sugerido faz uma compilação dos normativos que tratam sobre o Sistema Financeiro 
Nacional – SFN, com a divulgação das Leis 11.638/2007 e 11.941/2009 que foram publicadas com 
o objetivo de harmonizar as normas brasileiras às normas internacionais, considerado um grande 
avanço para o Brasil.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Agenda do setor financeiro 2019
O periódico a seguir traz uma reflexão acerca da estreita relação entre o setor financeiro e os 
demais setores da economia, abordando de forma aprofundada todos os institutos pertinentes.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Decisão do Tribunal Regional Federal da 1.a Região (TRF1)
O link abaixo traz uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1.a Região (TRF1) que deu 
provimento ao recurso em sentido estrito do Ministério Público Federal (MPF) para aceitar 
denúncia em desfavor de três acusados de atentar contra o Sistema Financeiro Nacional (SFN). O 
acórdão tem teorias muito interessantes acerca do assunto objeto do nosso estudo.
https://www.unitins.br/BibliotecaMidia/Files/Documento/AVA_634336331659392500cap_sfn.pdf
https://cnf.org.br/agenda-do-setor-financeiro-2019/
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou cliqueno código para acessar.
A importância do mercado de capitais e o papel da CVM
Você conhece a importância do mercado de capitais e a respectiva responsabilidade da CVM? Saiba 
mais sobre este tema, no vídeo curto logo baixo
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://juristas.com.br/wp-content/uploads/2017/12/Aco%CC%81rda%CC%83o-Sistema-Financeiro-Nacional-Pronaf.pdf
https://www.youtube.com/embed/324xDQnnLW8
Planejamento do desempenho financeiro 
futuro
Apresentação
As informações contidas nos demonstrativos financeiros auxiliam a área de planejamento em 
desenvolver ferramentas de planejamento referente ao desempenho das organizações. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai identificar como é desenvolvido o planejamento do 
desempenho financeiro futuro das empresas.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar os termos das demonstrações financeiras que auxiliam na previsão de eventos 
futuros.
•
Relacionar as ações da empresa com seus respectivos impactos financeiros.•
Comparar indicadores financeiros e projetar seus próximos resultados.•
Desafio
O bom conhecimento das demonstrações contábeis financeiras não é útil apenas aos contadores, 
afinal, o planejamento financeiro (ao qual estão subordinadas todas as atividades da empresa) é 
apresentado utilizando-se as demonstrações contábeis, ainda que com viés financeiro. Sabe-se 
também que, independentemente do tamanho da empresa, quanto mais profissional for sua 
administração, mais atenção será dada ao planejamento financeiro. 
Logo, para resolver este Desafio, você como gerente de planejamento financeiro da empresa, 
deverá explicar por que a maioria das empresas começa a elaboração de seus planejamentos 
financeiros estipulando os preços que serão cobrados pelos seus produtos e a previsão de suas 
vendas, para tentar prever o lucro que obterão no final do próximo ano contábil.
Infográfico
Para a devida tomada de decisão identificar o lucro almejado nas operações é uma condição 
importante para a gestão.
No Infográfico a seguir como as empresas preveem seu lucro total esperado, partindo do volume 
de vendas e dos preços dos produtos que irão vender.
Conteúdo do livro
O planejamento financeiro possui entre as suas principais funções a tarefa funcional de orientar o 
planejamento, ou seja, de indicar a direção que o planejamento estratégico financeiro deve seguir. 
Normalmente são ações que visam a permanência da organização no mercado e a sua 
sustentabilidade econômico financeira. 
No capítulo O planejamento do desempenho financeiro futuro você irá aprender sobre como as 
demonstrações e índices financeiros auxiliam a tomada de decisão.
Boa leitura. 
REALIDADE 
SOCIOECONÔMICA 
E POLÍTICA 
BRASILEIRA 
Rosângela Aparecida da Silva
Planejamento 
do desempenho 
financeiro futuro
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar os termos das demonstrações financeiras que auxiliam na 
previsão de eventos futuros.
  Relacionar as ações da empresa com seus respectivos impactos 
financeiros.
  Comparar indicadores financeiros e projetar seus próximos resultados.
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar o papel da administração financeira e 
como seus termos podem auxiliar nas decisões de investimento futuro 
de uma empresa. Para isso, você vai comparar indicadores financeiros que 
são obtidos de seus registros financeiros, realizados com muita dedicação 
e noção de sua importância para a organização.
A administração financeira como termômetro 
da empresa
O desempenho fi nanceiro futuro de uma empresa depende muito do quão 
comprometida ela está em analisar as suas possibilidades administrativas 
fi nanceiras dentro de um mercado específi co.
O lado da administração de empresas em uma economia tem várias faces: 
desde estudos do ambiente externo e suas variações até a compreensão sobre 
o ambiente interno da organização.
C06_Planejamento_desempenho_financeiro.indd 1 16/03/2018 11:25:05
Mas, afinal, o que é a administração financeira? Administrar financeira-
mente alguma empresa ou até mesmo sua família significa poder gerir seus 
recursos e receitas de forma a cobrir seus custos e despesas de maneira eficiente 
e, sobretudo, ter planejamento sustentável de longo prazo. A administração 
financeira tem relação com todos os agentes econômicos: produtores, consu-
midores, governo e instituições financeiras, de modo que se relaciona com a 
microconomia e com a macroeconomia.
Microeconomia e macroeconomia: influência nas organizações
A microeconomia, também chamada de teoria dos preços, tem como objetivo estudar 
o comportamento dos produtores e dos consumidores em mercados específicos. 
Para isso, analisa os agentes econômicos individuais, ou seja, como os consumidores 
tomam decisões de consumo, como os produtores tomam decisões de produção e, 
assim, de que jeito os mercados formarão os preços, entre outras variáveis. Ao levar 
em consideração esse estudo, a organização estará conhecendo seu público-alvo, suas 
percepções de consumo e tendo noção do que, quanto, como e por que produzir 
(VASCONCELLOS; GARCIA, 2014). Além disso, conseguirá verificar de que maneira seu 
mercado se comporta, se encontrará alguma barreira para a entrada em determinada 
região ou segmento, seja essa barreira de custo, de retaliação das empresas existentes ou 
mesmo de cunho institucional (como barreiras ditadas por licitações governamentais).
De acordo com Dornbusch, Fischer, Startz (2013), a macroeconomia se relaciona 
ao comportamento da economia como um todo, desde suas expansões e recessões, 
o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), as taxas de inflação e desemprego, as 
contas públicas do país até a taxa de câmbio. 
Mas por que a macroeconomia se relaciona com as organizações? Se a organização 
analisa tudo em nível micro e não analisa se a macroeconomia favorece a sua ma-
nutenção e seu crescimento futuro, de nada adianta! A empresa pode ter problemas 
de custos de mão de obra com inflação, de compra de insumos para produção, de 
decisões de estoques, de taxas de juros para financiamentos e investimentos e muito 
mais. Qualquer ação governamental relacionada à macroeconomia pode afetar a 
organização, sobretudo no que tange à parte financeira.
Um administrador financeiro tem que entender que o papel dele não é só 
saber fazer contas (mesmo porque os sistemas informatizados já fazem isso), 
e sim, principalmente, interpretar essas contas e seus resultados para tentar, 
 Planejamento do desempenho financeiro futuro 2
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com um mínimo de riscos, prever eventos futuros e preparar a empresa ou a 
família para enfrentá-los. 
Os sistemas informatizados de planejamento de recursos das empresas são 
bem importantes para o registro de resultados econômicos e financeiros da 
organização e podem ser encontrados em vários formatos, desde os básicos, 
que registram apenas uma parte das operações da empresa (como a parte 
financeira), até os completos, que registram desde a compra de insumos para 
produção até a venda ao consumidor final.
O chamado ERP (Enterprise Resource Planning) 
é um sistema de informática responsável por cuidar de todas as operações 
diárias de uma empresa, desde o faturamento até o balanço contábil, de com-
pras a fluxo de caixa, de apuração de impostos a administração de pessoal, 
de inventário de estoque às contas a receber, do ponto dos funcionários a 
controle do maquinário da fábrica, enfim, todo o trabalho administrativo e 
operacional feito numa empresa. (ENTENDA, 2018).
Esses tipos de sistemas de gestão empresarial podem ser encontrados em 
diversas empresas de TI (Tecnologia da Informação) e, às vezes, são muito 
acessíveis se a empresa não for muito complexa. Podem ser encontrados e 
contratados, inclusive, de maneira virtual,pela internet (exemplos: ContaAzul, 
Meu Dinheiro e outros).
É possível, por meio de um sistema adequado, customizar o que a empresa 
quer de resultados. Assim, um bom administrador financeiro trabalhará com 
o técnico de sistemas para melhor adequar o sistema informatizado ao que a 
organização necessita como resultado para, então, conseguir analisar, ajudando 
na elaboração dos indicadores da empresa da melhor maneira possível. 
Dessa forma, não basta ter um sistema eficiente que registre tudo, é preciso 
ter pessoal capacitado para colocar os dados certos nos lugares adequados e, 
assim, gerar resultados sem distorções da realidade da empresa. Ainda assim, 
esses resultados devem ser analisados com sabedoria pelo administrador 
financeiro.
Quantas vezes você se já deparou com empresas que pareciam ir absoluta-
mente bem financeiramente e, de repente, uma crise econômica as derrubou? 
Provavelmente, inúmeras vezes! As causas podem ser inúmeras – má gestão, 
corrupção, estoques elevados demais –, mas a principal é a falta de planeja-
mento financeiro. 
3 Planejamento do desempenho financeiro futuro 
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Caso de uma empresa têxtil de pequeno porte de Santa Catarina
A empresa X, de pequeno porte, do ramo têxtil e de origem familiar, que vende para 
outras grandes empresas do mesmo setor, ganhava muito dinheiro no curto prazo e, 
por isso, não se preocupava em gerir seu caixa, pois tinha faturamento alto por mês, 
suficiente para cobrir seus custos e despesas e ainda gerar um lucro líquido considerável.
Para uma empresa com 15 funcionários em um setor e região altamente competitivos, 
isso era muito bom. Mas havia graves problemas de gestão da empresa que foram sendo 
postergados: as contas da família detentora da empresa eram misturadas com as contas 
da própria empresa; o gestor financeiro (dono da empresa) não entendia de finanças e 
também fazia a gestão de RH (Recursos Humanos); as vendas da empresa dependiam 
quase exclusivamente de duas grandes empresas (80%), sem contrato por tempo, e 
sim por demanda; seus fornecedores só vendiam a prazo se a empresa comprasse uma 
grande quantidade de insumos e fosse adimplente (pagasse em dia).
Além desses, outros problemas de gestão eram os papéis designados aos funcionários 
que não eram bem definidos. Isso dificultava muito os momentos de decisões produtivas 
e financeiras a serem tomadas. Outro agravante era que a empresa quase não tinha 
reserva técnica, pois utilizava quase todo seu lucro para despesas familiares.
Com a chegada da crise econômica, o gestor não tinha condições de verificar em 
que estava ganhando ou perdendo e o que podia ser melhorado, uma vez que ele não 
acompanhava os movimentos de mercado e nem das suas contas. O descontrole das 
finanças levou ao desespero, pois o empresário não se conseguia mais cobrir os custos e 
as despesas. Isso ocorreu por causa da diminuição da demanda de seus grandes clientes. 
O que corrigir se não se sabia em que segmentos se ganhava mais ou menos? Quais 
eram as maiores despesas/custos da empresa? Será que o processo produtivo estava 
maximizando o uso de recursos? Se demitissem para reduzir os custos fixos, existiriam 
os custos empregatícios, porém faltavam recursos para essas rescisões. 
Diante disto, o proprietário decidiu pedir um empréstimo. O problema é que ele não 
pesquisou as taxas de mercado para empréstimos ao seu setor e o quanto poderia pagar 
mensalmente, utilizando crédito fácil com taxas mais altas.
Resultado: como não calculou quanto podia pagar, chegou um momento em que 
não conseguia mais arcar com suas obrigações, ficando inadimplente e, então, em uma 
situação quase irreversível. Para comprar insumos, tinha que comprar à vista, pois o 
fornecedor não vendia a prazo para inadimplentes. Assim, para toda clientela da empresa 
que pagava a prazo (30, 60, 90 dias), a empresa ia ao banco e vendia essas duplicatas, 
recebendo a taxas maiores ainda (ninguém estava comprando muito à vista) para pagar 
seus fornecedores. Isso tudo virou uma “bola de neve”: no mês seguinte, havia furo no 
caixa porque a empresa já havia gasto no mês anterior o dinheiro que entraria depois. 
Todos os bens da empresa já estavam comprometidos, pois serviram de garantia para 
novos empréstimos e os donos entrarm em depressão.
Só então resolveram contratar um consultor/assessor financeiro, o que acabou 
salvando a empresa. O mais importante, em termos de aprendizado financeiro é que, 
com as próprias perguntas dos gestores no momento de crise, pode-se tirar várias 
lições de administração financeira. 
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No exemplo citado neste texto, como resposta às perguntas do gestor 
da empresa, tem-se vários aprendizados: ser administrador financeiro 
não é só olhar para o que entra e o que sai, e sim saber o que compõe 
tudo isso, controlar, cuidar do nível e da composição do endividamento 
e/ou financiamento, ter uma conta de reserva ou investimentos, tratar de 
manter boas relações com quem compra e com quem fornece (por isso a 
relação do setor financeiro com o setor de compras e vendas dentro de 
uma organização é de importância elevada), gerenciar as relações com os 
intermediários financeiros (bancos, entre outros), não misturar contas da 
empresa com contas familiares (ter pró-labore – salário para o dono que 
trabalha), entre outros fatores. 
Reestruturar a empresa, definindo melhor as funções de cada colaborador 
ali dentro, foi o primeiro passo de uma longa jornada de adequação ao mercado 
e ao planejamento financeiro que a empresa teve que fazer. 
De acordo com o estudo de caso exemplificado, o tempo é uma coisa bem 
relevante, pois irá gerar históricos e possibilidades de projeção futura. O valor 
do dinheiro no tempo é um fator que, sem sombra de dúvidas, tem que ser 
considerado pelo administrador financeiro. O dinheiro que você tem agora não 
tem o mesmo valor depois de um tempo. Isso ocorre porque, primeiramente, 
em economias com inflação, o dinheiro perde poder aquisitivo, ou seja, o 
que você compra hoje com determinada quantia, não comprará mais adiante 
com a mesma quantia. 
Em segundo lugar, considera-se que, ao longo do tempo, o dinheiro 
será corrigido por taxas de juros (dinheiro que fica parado não está sendo 
administrado financeiramente) e, assim, possa cobrir a inflação e ainda 
proporcionar um ganho real. Mas o que é ganho real? É quando o dinheiro 
ganho no futuro cobre as taxas de inflação do período e ainda dá ganhos 
para que se consuma mais do que no presente. É nesse caso que entra o 
fator risco! Será que realmente vou ter, no futuro, o que tenho agora em 
termos financeiros? 
Depende da aversão, ou não, do investidor ao risco. Em geral, os adminis-
tradores financeiros de empresas têm uma maior aversão ao risco e, portanto, 
há preferência geral de lucros em curto prazo. Contudo, é importante salientar 
que os maiores retornos de longo prazo estão associados a riscos maiores. 
É por isso que, nesse caso, para diminuir os riscos, é necessário acompanhar 
cada detalhe financeiro da empresa por meio de planilhas e indicadores e 
comparar os ganhos do negócio com o que se teria se aplicasse o dinheiro em 
investimentos financeiros que proporcionassem riscos menores ou proporcio-
nais. Essa é uma das formas de analisar o custo de oportunidade do capital ou 
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o custo do capital: se eu aplicar uma quantia nisso, quanto estarei perdendo 
de ganhos em outra coisa e quanto estou ganhando nessa?
Essa é uma premissa básica da administração financeira: os retornos 
têm trade offs com riscos, ou seja, têm relação e, portanto, são passíveis 
de escolhas – quanto maior o tempo de retorno, o risco tende a ser maior 
(GITMAN, 2010).
Trade off, de acordo com Gitman (2010),é quando se tem que fazer uma escolha em 
detrimento de outra. Como exemplo, no caso aqui apresentado, pode-se abrir mão 
de ter retorno no curto prazo para ganhar mais no longo prazo, com riscos maiores.
Quando falamos em retorno em administração financeira, estamos supondo 
que a empresa possa ter lucros positivos, e não receitas ou faturamentos ne-
cessariamente altos. Não confunda: uma empresa pode ter um faturamento 
muito alto, vender muito, mas se os seus custos e despesas forem maiores do 
que esse rendimento, a empresa estará com prejuízo. O que deve ficar claro 
é que o objetivo aqui é a maximização do lucro, que é o ganho auferido pelo 
dono do capital ao diminuir do faturamento da empresa os gastos totais da 
mesma (custos e despesas gerais)!
Um administrador financeiro tem que ter todas as atividades financeiras da 
organização registradas em planilhas e/ou sistemas informatizados que gerem 
resultados de indicadores financeiros – a começar pelo registro, que deve ser 
muito bem executado e realmente ser colocado a cada fator que lhe compete para 
que, na hora dos resultados, não cause interpretações errôneas. Constantemente, 
deparamo-nos com casos de empresas que têm um sistema excelente de registros 
econômicos e financeiros, mas não têm a menor ideia do que significam todos 
os seus resultados. Se esse for o caso, reuniões conjuntas com desenvolvedores 
de sistemas e especialistas em finanças devem gerar bons resultados. 
A primeira e mais importante conta de uma empresa é seu fluxo de caixa, 
que registra as entradas e saídas da empresa em determinado período, indicando 
o saldo de caixa ao final do tempo considerado.
De acordo com Olivo (2012), há diferenças entre os fluxos de caixa depen-
dendo de para que fins de análise se quer utilizar. 
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Quando se analisa pelo princípio da competência, os dados que utili-
zamos para colocar no fluxo é do tempo do seu fato gerador, ou seja, se as 
despesas, custos e receitas foram do mês de março, os valores que irão ser 
contabilizados a fim de gerar o Balanço Patrimonial (BP), o Demonstrativo 
do Resultado do Exercício (DRE) e dados para a Controladoria serão do mês 
de março (não importando se o pagamento foi feito depois) – isto é, compete 
àquele período. Se for utilizado o conceito de caixa, serão registrados todos 
os valores que entrarem e/ou saírem naquele mês em dinheiro (operacional), 
data de pagamento e/ou recebimento, independentemente de quando foram 
gerados (OLIVO, 2012).
Utilizamos com frequência, para a construção de indicadores, o fluxo 
de caixa feito pelo princípio da competência; para projetar valores futu-
ros, em casos de investimentos, utilizamos o fluxo de caixa projetado, que 
é uma estimativa do quanto se pode ganhar ou perder com determinado 
investimento. É importante salientar que, depois de projetar e realizar o 
investimento, é possível confrontar o fluxo de caixa futuro realizado com o 
estimado ou projetado e perceber até que ponto o administrador financeiro 
está conseguindo acertar nas estimativas da organização e, assim, poder 
corrigir os rumos futuros da empresa.
Por último, vale perceber que as demais contas de fluxo de caixa que a 
empresa deve ter, se quiser gerenciar financeiramente bem o seu negócio, 
além das contas registradas anteriormente, são:
  A conta financiamento, na qual a empresa registra todos os empréstimos 
e financiamentos que tem desde períodos de pagamentos, amortizações, 
taxas de juros até saldo devedor.
  A conta investimentos, que mostra desde o quanto a empresa tem apli-
cado, qual é a disponibilidade de retirada, taxa de juros a receber até 
o saldo credor.
Com base nas contas anteriores, você pode se perguntar por que não retirar 
o dinheiro da conta investimentos e pago os empréstimos e financiamentos 
da outra conta?
Existem razões coerentes e, a seguir, veremos algumas:
  A empresa precisa ter dinheiro para cobrir uma eventual perda de 
demanda e para capital de giro, ou seja, precisa ter liquidez.
  Se um bom administrador financeiro deixou uma razoável soma de 
valores na conta investimentos, é porque ele percebeu que as taxas de 
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juros ganhas nos investimentos superam as taxas perdidas nos finan-
ciamentos, além dos custos de transação.
  Muitos financiamentos de equipamentos, por exemplo, podem ser aba-
tidos por meio de sua depreciação do Imposto de Renda quando este é 
cobrado sobre o lucro real da empresa.
Enfim, o administrador financeiro deve ter uma visão holística (do todo) 
para que consiga minimizar os custos, maximizar os ganhos e planejar o futuro 
financeiro da organização com eficiência.
Termos comumente utilizados em administração financeira: 
  Faturamento: é a receita (preço da mercadoria ou serviços vendidos X quantidade 
vendida) que se obtém na venda de bens ou serviços.
  Receita Bruta (RB): equivale ao faturamento, sem excluir os impostos sobre receita 
da empresa.
  Receita Líquida (RL): é a Receita Bruta menos os impostos.
  Lucro Bruto (LB): equivale à RL menos o Custo de Mercadorias Vendidas (CMV).
  Lucro Líquido (LL): é o Lucro Bruto (LB) menos todas as despesas, incluindo nesta 
diminuição os impostos ou contribuições sobre o lucro, se houver.
  Custos: todo gasto realizado que está diretamente ligado à produção de algo 
(exemplos: custo de equipamento para produção, tecido para produzir camisas).
  Despesas: todo gasto da empresa que não está ligado diretamente ao processo 
produtivo (exemplos: despesas administrativas, financeiras, almoxarifado).
  Liquidez: significa o quanto se terá de dinheiro a tempo de honrar os compromis-
sos. Quanto mais rápido um ativo se transforma em dinheiro, mais líquido ele é.
  Taxa de juros nominal: é a taxa de mercado anunciada pela instituição financeira.
  Taxa de juros real: é a taxa nominal menos a taxa de inflação.
  Capital de giro: dinheiro necessário para cobrir os gastos de uma empresa entre 
um período e outro.
Decisão produtiva e impacto financeiro futuro
As ações das empresas têm que ser muito bem pensadas, já que suas decisões 
provavelmente terão impactos fi nanceiros devido ao fato de que toda a atividade 
produtiva é interdependente da fi nanceira e vice-versa.
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O processo de tomada de decisões reflete a essência do conceito de Adminis-
tração. Administrar é decidir, e a continuidade de qualquer negócio depende 
da qualidade das decisões tomadas por seus administradores nos vários níveis 
organizacionais. E estas decisões, por sua vez, são tomadas com os dados e 
as informações viabilizados pela Contabilidade, levantados pelo comporta-
mento do mercado e desempenho interno da empresa. (ASSAF NETO, 1997).
Esse processo vem se tornando cada vez mais complexo em economias 
como a do Brasil, na qual a inflação e as taxas de juros oscilam de maneira que 
o investidor tem que ajustar cada vez com mais frequência seu planejamento 
produtivo e financeiro. 
Modelos pré-concebidos de organização financeira que servem a outros 
países desenvolvidos provavelmente necessitarão de uma intensa adaptação 
em um país em que o marco regulatório da atividade econômica é tão mutável 
quanto o da brasileira. Tudo isso faz com que investimentos tenham um risco 
maior nessa região (ASSAF NETO, 1997).
Contudo, apesar dessas dificuldades regionais, é preciso estudar os pres-
supostos básicos de análise de investimentos para que, então, possamos 
adaptá-los.
Com isso em mente, vem a pergunta: o que é realmente investimento? 
Investimento é aquilo que você abre mão de usufruir agora para poder ganhar 
mais no futuro. Segundo Olivo (2012), investimento é usar recursos disponíveis 
no presente para criar maisrecursos no futuro.
Então, comprar um carro para utilizar na atividade produtiva da empresa 
é um investimento financeiro? Depende! Se o carro for servir para alguma 
atividade que compense seus gastos e possa gerar ganhos futuros maiores, 
é investimento financeiro. Agora, se o carro for usado eventualmente para 
alguma atividade da empresa que não é rotineira, deve-se pensar se vale 
financeiramente comprá-lo ou alugá-lo, visto que, no último caso, em geral, 
quem arca com as manutenções preventivas, corretivas e com a depreciação 
do veículo é o locador.
Lembre-se que, no caso de compra, haverá custos de prestações (se a 
compra foi a prazo), manutenção, combustível, seguro, IPVA, licenciamento, 
DPVAT e perda do valor do carro ao longo do tempo, entre outros gastos. 
Pode-se até pensar que é um investimento, mas, no fim, pode acabar sendo 
um custo que não compense.
Perceba que é muito importante pensar em investimento financeiro se você 
quer um futuro melhor e mais rentável para a sua empresa. Mas por que os 
investimentos das empresas são tão importantes para a economia?
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O investimento gera empregos que, por consequência, gerarão renda para a 
sociedade, que vai adquirir mais mercadorias e serviços e pagar mais impostos, 
de modo que a economia continue girando. Se as empresas pararem de investir 
em produção, todos os agentes econômicos saem prejudicados (produtores, 
consumidores, governo).
Quais tipos de investimentos as empresas costumam fazer?
Tudo que a empresa decidir fazer reduzindo seus ganhos hoje para receber 
mais no futuro se trata de investimento. Essas escolhas não são simples: a 
empresa pode ter que escolher, por falta de recursos financeiros, se vai fazer 
um investimento ou outro a partir de análise econômico-financeira (exemplo: 
será que como gestor financeiro devo aumentar a capacidade produtiva ou 
melhorar a tecnologia do produto e, assim, melhorar o preço do mesmo?). 
É importante frisar que, mesmo no caso em que há recursos financeiros 
para realizar um determinado investimento, deve-se fazer a análise de sua 
viabilidade econômico-financeira para que não se perca dinheiro no processo.
Outro princípio não menos importante: na análise de investimentos em que 
não há recursos suficientes para se fazer todo o investimento, entra a possi-
bilidade de financiamento, que também é um dos fatores a serem estudados 
pelo administrador financeiro para verificar até que ponto o investimento 
compensa o uso de recursos de terceiros. Mesmo quando se tem recursos 
próprios, também convém verificar as possibilidades de financiamentos, 
sobretudo quando estes têm incentivos governamentais (como do BNDES 
– Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e, quem sabe, 
aplicar o dinheiro próprio em algo mais rentável.
Exemplos comuns de alvos de análise econômico-financeira de investimentos na 
empresa:
  Aumento da capacidade produtiva: é o mais comum, pois a maioria das empresas 
querem melhorar sua posição representativa no mercado.
  Compra de equipamentos com maior tecnologia: também é normal que as em-
presas queiram trocar equipamentos que já estejam depreciados e não produzam 
tanto quanto o necessário.
  Investimento em um novo produto: requer, em geral, um maior dispêndio financeiro 
e, portanto, deve ser bem estratégico e analisado, pois envolve riscos maiores.
Esses são apenas alguns exemplos, mas o que importa é que sejam bem analisados, 
acompanhados e revistos ao longo do tempo. 
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Na compra de equipamento com maior tecnologia, por exemplo, o gestor 
da empresa tem que se fazer várias perguntas: será que a organização terá 
demanda suficiente para suportar o custo desse equipamento? Será que não 
é mais interessante alugar esse equipamento e deixar a manutenção com o 
locador? Existe pessoal capacitado para trabalhar com esse novo equipamento 
ou terei que contratar novos? São inúmeras perguntas com respostas diversas 
para que a organização tenha uma diminuição do risco de investimento no 
seu negócio.
Não devemos esquecer, aqui, nas ações e decisões da empresa, da avaliação 
constante das contas de financiamento e investimento, que vão dar uma noção 
realista do quanto a empresa pode gastar e emprestar, além de considerar que, 
durante esse período, a empresa tem que continuar funcionando e, portanto, 
tem que ter capital de giro.
Para entender mais sobre análise econômica e financeira 
de investimentos, acesse o link a seguir (SEBRAE, 2018).
https://goo.gl/45DcJM 
Você pode saber mais sobre formas de avaliar a viabilidade econômico-financeira 
de investimentos, fazer planos de negócio e, assim, reduzir riscos de perda finan-
ceira a partir da obra indicada: “Análise de investimentos: matemática financeira, 
engenharia econômica, tomada de decisão, estratégia empresarial” (CASAROTO 
FILHO; KOPITTKE, 2000). 
11 Planejamento do desempenho financeiro futuro 
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Contas da empresa e geração de indicadores 
financeiros
O fl uxo de caixa pode ser utilizado para registrar as entradas e saídas da 
empresa diariamente e, com isso, fazer seu histórico. Enquanto isso, o fl uxo 
de caixa projetado serve para a análise de viabilidade econômico-fi nanceira 
de investimentos, pois pode demonstrar o tempo de retorno do investimento, 
a taxa interna de retorno do investimento (em valores percentuais) e o va-
lor líquido atualizado ganho com o projeto. Com a análise correta desses 
indicadores, podemos estimar a viabilidade, ou não, de um investimento 
considerado. Se, por exemplo, a taxa de retorno de um novo investimento não 
compensar o que a empresa ganharia em outro investimento (seja produtivo 
ou no mercado fi nanceiro), não valeria, em termos fi nanceiros, realizar esse 
novo investimento.
Além das contas do demonstrativo do fluxo de caixa, o administrador 
financeiro da empresa deverá ter, em seu poder, as contas registradas pela 
contabilidade e saber como elas foram elaboradas com base na legislação 
pertinente, para, então, analisá-las de forma que consiga retirar históricos 
de indicadores financeiros e consiga projetar dados futuros de controle da 
empresa.
As contas mais utilizadas da contabilidade que irão gerar dados para a 
administração e para a construção de indicadores financeiros são a do Ba-
lanço Patrimonial (BP) e o Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE).
O Balanço Patrimonial (BP) dá uma visão geral da empresa em determinado 
período de tempo; mostra seus bens, direitos e obrigações por meio dos ativos 
e passivos de curto e longo prazo e o patrimônio líquido resultante.
Dessa conta BP, podem sair os indicadores do período analisado de:
  Liquidez: os índices de liquidez vão determinar a capacidade de 
pagamento da empresa no tempo calculado. Os índices de liquidez 
calculados são liquidez geral, seca, imediata e corrente. As variações 
nesses índices são de grande importância para a empresa avaliar 
financeiramente seus recursos e, portanto, sua capacidade de honrar 
seus compromissos financeiros em um período determinado (ZAN-
LUCA, 2018).
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  Estrutura do capital: Além dos índices de liquidez, o BP fornece dados 
para a análise da estrutura do capital, como grau de endividamento, 
composição de endividamento, grau de imobilização do patrimônio 
líquido e grau de imobilização de recursos não correntes, que também 
são elementos importantes para a avaliação do desempenho da empresa 
(SILVA, 2013).
Além do BP, o DRE (Demonstrativo do Resultado do Exercício) pode 
oferecer resultados de rentabilidade para a empresa, como a Rentabilidade 
do Ativo ou do Investimento (ROA ou ROI), queé amplamente utilizada para 
mostrar o poder de ganho da organização.
O mais importante, nas contas de uma empresa, é saber analisá-las para 
ter um quadro geral da situação financeira dessa empresa e, assim, poder 
tomar decisões mais assertivas, com conhecimento de causa, melhorando as 
possibilidades de sucesso em projetos futuros.
O aprofundamento do estudo do Demonstrativo do Fluxo de Caixa, do 
Balanço Patrimonial, do Demonstrativo do Resultado do Exercício e de todos 
eles no conjunto e seus indicadores fornecem um mapa financeiro da organi-
zação que não deve ser ignorado.
No link a seguir, você encontra um conteúdo de fácil 
compreensão e que mostra as contas e os indicadores 
financeiros mais utilizados (EQUIPE INFOMONEY, 2006). 
https://goo.gl/y3zLFY 
13 Planejamento do desempenho financeiro futuro 
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ASSAF NETO, A. A dinâmica das decisões financeiras. Cadernos de Estudos, São Paulo, 
n. 16, 1997. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi
d=S1413-92511997000300001>. Acesso em: 15 fev. 2018.
CASAROTO FILHO, N.; KOPITTKE, B. H. Análise de investimentos: matemática financeira, 
engenharia econômica, tomada de decisão, estratégia empresarial. 9. ed. São Paulo: 
Atlas, 2000.
DORNBUSCH, R.; FISCHER, S.; STARTZ, R. Macroeconomia. 11. ed. Porto Alegre: AMGH, 
2013. 
ENTENDA o que é ERP (Sistemas de Gestão Empresarial). Portal ERP, São Paulo, 2018. 
Disponível em: <https://portalerp.com/erp/5-entenda-erp>. Acesso em: 22 fev. 2018.
EQUIPE INFOMONEY. Análise financeira: conheça os indicadores mais usados pelos 
analistas. InfoMoney, São Paulo, 2018. Disponível em: <http://www.infomoney.com.
br/educacao/guias/noticia/568514/analise-financeira-conheca-indicadores-mais-
-usados-pelos-analistas>. Acesso em: 14 mar. 2018
GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2010.
OLIVO, R. L. F. Análise de investimentos. 2. ed. Campinas: Alínea, 2012.
SEBRAE. Como elaborar um plano de negócio. São Paulo, 2018. Disponível em: <http://
www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/como-elaborar-um-plano-de-nego
cio,37d2438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD#0>. Acesso em: 14 mar. 2018.
SILVA, E. C. Como administrar o fluxo de caixa das empresas. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
VASCONCELLOS, M. A. S.; GARCIA, M. Fundamentos de Economia. 5. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2014.
ZANLUCA, J. S. Cálculo e análise dos índices de liquidez. Portal da Contabilidade, São 
Paulo, 2018. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/
indices-de-liquidez.htm>. Acesso em: 19 fev. 2018.
Leituras recomendadas
DRAMBROWISK, A.; BRESSIANI, C. E. Gestão financeira e custos. Blumenau: Edifurb, 2008. 
VASCONCELOS, Y. L. Planejamento financeiro. Curitiba: IESDE, 2008.
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C06_Planejamento_desempenho_financeiro.indd 14 16/03/2018 11:25:08
 
Dica do professor
A profissionalização da gestão empresarial é uma necessidade nos dias atuais, pela crescente 
competitividade existente no mercado. Não atentar para este novo posicionamento torna o 
provável planejamento financeiro inócuo, pois não haverá um acompanhamento adequado para 
controlar as variáveis de mercado e conduzir a empresa à melhores resultados. 
Na Dica do Professor, você irá compreender como é desenvolvido o planejamento do desempenho 
financeiro futuro das empresas.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/1216dce4aca944b1c879d0864e96bb0b
Exercícios
1) Você foi convidado para ministrar uma palestra em um seminário sobre planejamento do 
desempenho financeiro das empresas e escolheu o tema “sazonalidade”. Posto isso, assinale 
a alternativa que indica com assertividade um item a ser levantado sobre planejamento do 
desempenho financeiro da empresa:
A) A sazonalidade importa pouco no planejamento financeiro, pois as pequenas oscilações ao 
longo do ano não o impactam de modo significativo, afinal, ele é anual.
B) A sazonalidade impacta no desempenho financeiro da organização, pela variação cambial das 
exportações. 
C) A importância da sazonalidade vai depender de cada tipo de empresa, mas sempre de forma 
anualizada. 
D) A importância da sazonalidade é relevante no planejamento e resultado financeiro, pois 
depende de cada tipo de empresa e nem sempre será apenas de forma anualizada. 
E) A importância da sazonalidade vai depender de cada tipo de empresa e das oscilações 
econômicas. 
2) Você foi contratado para prestar consultoria a uma empresa que enfrenta o seguinte dilema: 
como prever com exatidão as despesas com juros se, para isso, é necessário conhecer o total 
do endividamento. Além disso, para calcular esse total, é preciso saber quanto será gasto 
com o pagamento de juros. A empresa ouviu falar que existem duas alternativas. Assinale a 
alternativa que contém a colocação MAIS ADEQUADA:
A) Você vai explicar que é necessário estabelecer um dos valores e, com base neste, calcular o 
outro, que será uma meta a atingir.
B) Você vai explicar que uma alternativa é aceitar certa margem de erro em ambas as previsões, 
e a outra é utilizar planilhas eletrônicas para solucionar a equação. Em ambos os casos, não se 
deve esperar uma precisão muito grande.
C) Você vai analisar os dados da empresa e levantar o preciso ponto de equilíbrio entre as duas 
contas.
D) Você vai utilizar “regra de três” para determinar a melhor solução.
E) Você vai explicar que a despesa com juros deverá ser a mesma do ano anterior.
3) Você é o responsável pelo planejamento do desempenho financeiro da área de vendas de 
uma grande empresa e tem as seguintes informações: 
- Receita Total Anual de vendas do período (ano) anterior: R$ 7.910,00 
- Quantidade de produtos vendidos no período anterior: 565 unidades 
- O setor após analisar o contexto macro e micro econômico prevê que as vendas em 
quantidade do período atual deverão ser 20% superiores ao período passado. E que o preço 
médio dos produtos vendidos deverá ser reajustado em 15%.
Considerando tais informações, assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE o 
preço unitário médio do ano anterior e a receita projetada do ano atual:
A) O preço será R$ 14,00, e a receita do ano atual será R$ 10.915,80.
B) O preço não há como ser determinado , mas a receita do ano atual será R$ 10.915,80.
C) A receita do ano atual não há como ser determinada , mas o preço será R$ 14,00.
D) O preço será R$ 14,00, e a receita do ano atual será R$ 19.015,80.
E) O preço será R$ 16,10, e a receita do ano atual será R$ 10.915,80.
4) Considerando a continuidade do planejamento financeiro da área de vendas, as seguintes 
informações foram identificadas: 
- Receita Total Anual de vendas do período (ano) anterior: R$ 7.910,00 
- Quantidade de produtos vendidos no período anterior: 565 unidades 
- O setor após analisar o contexto macro e micro econômico prevê que as vendas do período 
atual deverão ser 20% superior ao período passado. E que o preço médio dos produtos 
vendidos deverá ser reajustado em 15%.
Baseada nestas premissas a diretoria da empresa solicitou que você projetasse o lucro total 
esperado para o próximo período (ano) e você recebeu as seguintes informações: 
- O custo variável unitário médio no período anterior era de R$ 3,50 e sofrerá um reajuste de 
10%. 
- O custo fixo total foi de R$ 2.700,00 e reduzirá em 12%.
Com essas novas informações, assinale a alternativa que apresenta o lucro total esperado 
CORRETO para o ano atual:
A) O lucro previsto será de R$ 10.915,80.
B) O lucro previsto será de R$ 2.610,30.
C) O lucro previsto será de R$ 2.410,71.
D) O lucro previsto será de R$ 5.021,01.
E) O lucro previsto será de R$ 5.929,50.
5) Ao apresentar para a direção da empresa o valor projetado do lucro total esperado à 
diretoria (R$ 5.929,50), os diretores perceberamque cometeram um erro e lhe pediram para 
recalculá-lo. 
Pois o custo fixo total de R$ 2.700,00, sofrerá um reajuste de 12%, em vez da redução 
anteriormente informada.
Realize o ajuste necessário e assinale a alternativa que apresenta o lucro total esperado 
CORRETO para o ano atual:
A) O lucro previsto será de R$ 10.915,80.
B) O lucro previsto será R$ 2.610,30.
C) O lucro previsto será R$ 5.281,50.
D) O lucro previsto será R$ 5.021,01.
E) O lucro previsto será R$ 5.894,79.
Na prática
O conhecimento do endividamento da empresa é uma premissa para a composição do 
planejamento financeiro. Assim pode-se projetar os custos com os juros dos recursos captados e 
relacionar com o resultado que é a lucratividade. Quando esta prática é desenvolvida pelos 
gestores o resultado é presente.
Na Prática você vai conhecer um exemplo que ocorre no mercado siderúrgico.
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https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/af5d86c4-5f0f-462e-b154-a7c1526f80ce/d5d84736-a61d-4c04-b04d-6385d3e7e1ef.png
 
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Planejamento e previsão de vendas
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Os principais indicadores para avaliar as vendas do negócio
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HIGGINS, Robert C. Análise para Administração Financeira. 
Leia o Capítulo 3 - Previsão Financeira, páginas 89 a 107.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
https://www.youtube.com/embed/tqPiUodiQw0
https://exame.com/pme/os-principais-indicadores-para-avaliar-as-vendas-do-negocio/

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