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Auxiliar Administrativo Apostila Ficha Técnica PREFEITURA DE ARACAJU EDVALDO NOGUEIRA FILHO PREFEITO FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE FORMAÇÃO PARA O TRABALHO EDIVANEIDE DE SOUZA PAES LIMA PRESIDENTE SANDRA MAGNA DE REZENDE XAVIER CARVALHO DIRETORA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL JOSÉ ARNALDO ALMEIDA SILVA DIRETOR DE EMPREENDEDORISMO E COOPERATIVISMO DIOGO BRITO DE FIGUEIREDO DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO FUNDAT A FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE FORMAÇÃO PARA O TRABALHO – FUNDAT, criada em 1997, é um órgão que atua sem fins lucrativos e de caráter filantrópico. A FUNDAT tem como prioridade o desenvolvimento de ações integradas que auxiliem na mudança do perfil socioeconômico de Aracaju, transformando o nível de vida do trabalhador da nossa cidade, em sintonia com aspirações individuais e da comunidade. É através da FUNDAT que a PREFEITURA DE ARACAJU desenvolve uma política concreta de trabalho e renda voltada para responder às necessidades do cidadão aracajuano, que busca ingressar em uma profissão no mercado de trabalho ou pretende montar e desenvolver seu próprio negócio. As ações da FUNDAT direcionadas para a Qualificação Profissional têm a concepção de aliar aos conhecimentos técnicos, informações e vivências sobre relações humanas e cidadania. As turmas de qualificação são ofertadas em vários bairros da capital e podem ser divididas em profissionalizantes, a partir de 160 horas, e livres, abaixo de 160 horas. Como estão em constante atualização, informações sobre datas de inscrições e locais de realização de cada curso devem ser procuradas nas UQPS (Unidades de Qualificação Profissional) mais próximas da sua residência. Ou ainda é possível se dirigir à sede Fundação, localizada na Rua João Pessoa, 127, Centro. Telefone: (79) 3179-1331. APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO 4 INFORMAÇÕES AO ALUNO O cidadão matriculado nos cursos oferecidos pela FUNDAT deve tratar com respeito os Professores, Funcionários e Colegas e, ainda: 1. Apresentar-se ao local do curso com roupas adequadas de modo a manter o respeito mútuo e atender às normas de higiene e segurança pessoal e coletiva. 2. Não será permitido o uso de bermudas e saias acima do joelho, blusas curtas e decotes ousados, ou qualquer outra vestimenta que possa desviar atenção do aluno. 3. Não danificar portas, janelas, e cadeiras localizadas no recinto escolar. É importante lembrar que este patrimônio também pertence a você, e que o local ainda será utilizado como centro de formação para outros cursos. 4. Qualquer pessoa que causar danos materiais ao Patrimônio Público ou a objetos de propriedade da FUNDAT deverá indenizar o prejuízo. 5. Manter sua frequência e pontualidade durante as aulas, já que as faltas comprometem a assimilação do conteúdo e prejudicam o nível de formação final. A tolerância de atraso do aluno será somente de 10 minutos, e não será permitido um número de faltas maior que 25% do total de aulas do curso. As faltas do aluno somente serão abonadas por motivos de doença, mediante apresentação de Atestado Médico, nos demais casos, as faltas serão apenas justificadas. Portanto, o aluno que ao longo do curso apresentar 26% de faltas, estará automaticamente REPROVADO. O aluno com idade igual ou superior a 16 anos está apto para se matricular nos cursos oferecidos pela FUNDAT. Todavia, se verificada a evasão desse aluno em 02 cursos consecutivos, o mesmo somente poderá matricular-se em outro curso após 03 meses contados da data da sua última evasão. APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO 5 Sobre o autor Simone Sousa Brandão – Bacharel em Administração de empresas; Especialista em Gestão Educacional; Especialista em Ensino a distância APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO 6 Sumário I Introdução........................................................................................................................................................7 O que é Administração.......................................................................................................................................7 O que faz um administrador...............................................................................................................................7 Teoria Científica..................................................................................................................................................8 Teoria Neoclássica............................................................................................................................................10 Teoria Burocrática.............................................................................................................................................11 Teoria Moderna................................................................................................................................................11 Teorias Contemporâneas da Gestão.................................................................................................................12 Teoria da contingência......................................................................................................................................12 Teoria dos Sistemas..........................................................................................................................................12 II Funções PODC................................................................................................................................................14 III Comunicação................................................................................................................................................16 Correspondência empresarial...........................................................................................................................29 IV Organizações................................................................................................................................................35 V Setores...........................................................................................................................................................39 Bibliografia........................................................................................................................................................49 APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO 7 I Introdução O que é Administração A administração é composta por um mundo de ações, quando se analisa o processo evolutivo por que passaram as organizações, basicamente ao longo do século XX, percebe-se que dentro do modelo de concorrência capitalista que caracteriza o mundo ocidental, ocorreu um processo de evolução na forma de organização das empresas e na teoria da administração. Wren (2005) afirma que administrar é essencial para organizar empreendimentos e desenvolver funções que obtenham de maneira efetiva a aquisição, alocação e utilização de esforços humanos recursos físicos para atingir alguma meta. Uma empresa é uma organização, e toda organização é composta de três partes básicas: pessoas, tarefas e administração. Então, pode-se afirmar que administrar é o processo de trabalhar com pessoas e recursos para realizar objetivos organizacionais. O que faz um administrador É aquele que atua no planejamento, na organização, na gestão e no controle da empresa. Administrar nada mais é que gerenciar negócios, pessoas ou recursos, com o objetivo de alcançar metas definidas. Antecedentes históricos A teoria geral da administração aborda como os gerentes e supervisores se relacionam com suas organizações no conhecimento de seus objetivos, a implementação de meios eficazes para atingir as metas atingidas e como motivar os colaboradores a executar o mais alto padrão. É uma coleção de ideias que estabelece regras gerais sobre como gerenciar uma empresa ou organização. Ela começou com a ênfase nas tarefas, com a administração científicade Taylor. A seguir, a preocupação básica passou para a ênfase na estrutura com a teoria clássica de Fayol e com a teoria burocrática de Max Weber, seguindo-se mais tarde a teoria estruturalista. A reação humanística surgiu com a ênfase nas pessoas, por meio da teoria comportamental e pela teoria do desenvolvimento organizacional. A teoria geral da administração é baseada no conceito de departamentalização, o que significa que as diferentes atividades a serem realizadas para alcançar o propósito comum da organização devem ser identificadas e classificadas em diferentes grupos ou departamentos, de tal forma que a tarefa possa ser realizada de forma eficaz. A teoria administrativa de Henri Fayol, acreditava que deveria ser enfatizada a gestão organizacional e os fatores humanos e comportamentais na administração. APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO https://blog.softwareavaliacao.com.br/o-que-e-psicologia-organizacional/ 8 Assim, ao contrário da teoria de gestão científica de Taylor, onde mais ênfase foi dada em melhorar a eficiência do trabalhador e minimizar o tempo de tarefa, Neste caso, o foco principal é como a gestão da organização é estruturada e quão bem os indivíduos são organizados para realizar as tarefas solicitadas. A outra diferença entre esses dois é que a teoria administrativa se concentra em melhorar a eficiência do gerenciamento primeiro para que os processos possam ser padronizados e então se mova para o nível operacional, onde os trabalhadores individuais são levados a aprender as mudanças e implementá-las em seus trabalhos rotineiros. Enquanto no caso da teoria da gestão científica, ela enfatiza a melhoria da eficiência dos trabalhadores no nível operacional, o que, por sua vez, melhora a eficiência do gerenciamento. Toda e qualquer organização necessita de uma prática administrativa que oriente na busca de seus objetivos. Ao longo da história foi surgindo uma ciência que visa subsidiar o processo de mediação para busca dos fins estabelecidos. Esta ciência é a Administração, que com o tempo foi se desenvolvendo lentamente, ao receber influência da filosofia, da igreja e das organizações militares. O processo de evolução da Administração é intensificado após a revolução Industrial, e principalmente no século XX, surgindo várias teorias com aspiração de sistematizar o processo administrativo. Essas teorias atuam nas mais diversas organizações, embora sejam idealizadas em cenários industriais e empresarias, inclusive na educação. Integrantes da teoria geral da administração, conheça as várias teorias que foram surgindo ao longo das décadas e sua influência no mundo das organizações. Teoria Científica Esta teoria é bem conhecida por sua aplicação da ciência da engenharia no chão de fábrica ou nos níveis operacionais. O principal contribuinte desta teoria é Frederick Winslow Taylor (1856 – 1915), e é por isso que a gestão científica é frequentemente chamada de taylorismo. No contexto da teoria geral da administração, a teoria científica se concentrou em melhorar a eficiência de cada indivíduo na organização. A principal ênfase está no aumento da produção através do uso de tecnologia intensiva, e os seres humanos são apenas considerados como adjuntos às máquinas no desempenho de tarefas rotineiras. APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO 9 Abrange basicamente o trabalho realizado no chão de fábrica, uma vez que essas tarefas são bem diferentes das outras tarefas executadas dentro da organização. São de natureza repetitiva e os trabalhadores individuais que realizam suas atividades diárias são divididos em um grande número de repetições cíclicas das mesmas atividades ou intimamente relacionadas. Além disso, essas atividades não exigem que o trabalhador individual exerça atividade complexa de resolução de problemas. Portanto, mais atenção deve ser imposta à padronização dos métodos de trabalho. Os principais conceitos da gestão científica, dada por Taylor, podem ser resumidos da seguinte forma: Planejamento separado de fazer; Os supervisores devem dar instruções em seus respectivos campos de atuação; Estudos de tempo, movimento e fadiga devem ser usados para determinar a quantidade justa de trabalho realizada por trabalhador individual; Melhorar as condições de trabalho e padronizar as ferramentas, período de trabalho e custo de produção; Seleção científica adequada e treinamento de trabalhadores devem ser feitos; Os incentivos financeiros devem ser dados aos trabalhadores para aumentar sua produtividade e motivá-los a ter um bom desempenho. Assim, dentro da teoria geral da administração, a gestão científica se concentrou mais em mecanização e automação, ou seja, aspectos técnicos de eficiência, em vez de aspectos mais amplos do comportamento humano na organização. Ford e a linha de montagem – Após os trabalhos desenvolvidos por Taylor, será fundamental que você conheça as contribuições para Administração, feitas por Henry Ford (1863 – 1947). Ford foi um dos principais seguidores de Taylor, embora tenha elaborado suas próprias ideias a respeito da administração. Henry Ford, americano, iniciou seus trabalhos como simples mecânico, chegando a engenheiro de uma fábrica e, mais adiante, ele fundou a Ford Motor Company (1903). Ford instalou a primeira linha de montagem de automóveis, numa época em que os carros eram fabricados de maneira artesanal e por encomenda. Assim, ele tinha como objetivo fabricar carros em série, padronizados e idênticos, em grandes quantidades, usando peças intercambiáveis (permuta) e preços populares. Para Tal, Ford criou a linha de montagem móvel e os princípios da produção em massa. Desse modo, ele conseguiu popularizar o automóvel que era um artigo de alto luxo na sua época. Na produção em série, padronizam-se o material, os métodos e os processos de fabricação. A mão de obra e a engenharia também segue um padrão. A ideia é: “tudo ao APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO 10 menor custo possível”. Ford implementou essas ideias e, em 1913, fabricava 800 carros por dia, substituindo a mão de obra física por tecnologia e reduzindo as tarefas por operações simples sem esforço. Resumo dos Aspectos que fundamentavam o Fordismo: 1. A condição básica para a produção é a simplicidade; 2. Processo produtivo é planejado, ordenado, continuo e ritmado; 3. O operário tem posto fixo e o produto percorre a linha de montagem móvel; 4. As operações são analisadas e divididas em elementos ou tarefas mínimas; 5. Princípio da intensificação; Redução do tempo de produção, usando equipamentos e matéria-prima. O produto vai para o mercado imediatamente; 6. Princípio de economicidade: redução do estoque de matéria prima em transformação. Velocidade de produção. Vender e receber antes de pagar ao fornecedor; 7. Princípio de produtividade: aumento da produtividade do operário pela especialização e linha de montagem. Este cenário lhe oferece uma ideia do que se entende por linha de montagem móvel e produção em massa. Todavia, o fordismo fez sucesso não apenas pelas técnicas, mas também porque o mercado tinha demanda real de consumo em massa. Teoria Neoclássica A Teoria Neoclássica é a versão estendida da teoria clássica, na qual as ciências comportamentais são incluídas no gerenciamento. Segundo essa teoria, a organização é o sistema social e seu desempenho é afetado pelas ações humanas. A teoria clássica enfatizava as variáveis fisiológicas e mecânicas e considerava-as como os principais fatores determinantes da eficiência da organização, que se originou nos trabalhos do seu fundador o engenheiro francês Henry Fayol (1814 – 1925), que também sofreu as consequências da Revolução Industrial. Mas, quando a eficiência da organização foi verificada, constatou-se que, apesar do aspecto positivo dessas variáveis, a resposta positiva no comportamentono trabalho não foi evocada. Assim, os pesquisadores tentaram identificar as razões do comportamento humano no trabalho. Isto levou à formação de uma teoria neoclássica que focalizou principalmente os seres humanos na organização. Esta abordagem é muitas vezes referida como teoria comportamental da organização ou relações humanas nas organizações. A teoria neoclássica postula que uma organização é a combinação de ambas as formas, formal e informal, que é ignorada pela teoria organizacional clássica. A estrutura informal da organização devido às interações sociais entre os trabalhadores afeta e é afetada pela estrutura formal da organização. Geralmente, os conflitos entre o interesse organizacional e individual existem e dessa forma, integrá-los é uma necessidade. APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO 11 Dentro da teoria geral da administração, a teoria neoclássica afirma que um indivíduo é diversamente motivado e deseja satisfazer certas necessidades. A comunicação é um critério importante para medir a eficiência da informação transmitida de e para diferentes níveis da organização. O trabalho em equipe é o pré-requisito para o bom funcionamento e isso só pode ser alcançado por meio de uma abordagem comportamental, ou seja, como os indivíduos interagem e respondem uns aos outros. Teoria Burocrática A Teoria Burocrática está relacionada com a estrutura e processo administrativo da organização e é dada por Max Weber (1864 – 1920), que é considerado o pai da burocracia. O que é burocracia? O termo burocracia significa as regras e regulamentos, processos, procedimentos, padrões, etc., que são formulados para reduzir a complexidade do funcionamento da organização. Segundo Max Weber, a organização burocrática é o meio mais racional para exercer um controle vital sobre os trabalhadores individuais. Uma organização burocrática é aquela que tem uma hierarquia de autoridade, força de trabalho especializada, princípios padronizados, regras e regulamentos, pessoal administrativo treinado, etc. Essa teoria difere da organização gerencial tradicional no sentido; é impessoal, e o desempenho de um indivíduo é julgado por meio de uma atividade baseada em regras e as promoções são decididas com base em seus méritos e desempenho. Além disso, existe uma hierarquia na organização, que representa as linhas claras de autoridade que permitem ao indivíduo conhecer seu supervisor imediato, a quem ele é diretamente responsável. Isso mostra que a teoria burocrática tem muitas implicações em vários campos da teoria geral administrativa. Teoria Moderna A teoria moderna é a integração de conceitos valiosos dos modelos clássicos com as ciências sociais e comportamentais. Esta teoria postula que uma organização é um sistema que muda com a mudança em seu ambiente, tanto interno quanto externo. Existem várias características da teoria moderna que a diferenciam de outros conjuntos da teoria geral administrativa. Estas são: A teoria moderna considera a organização como um sistema aberto - Isso significa que uma organização interage consistentemente com seu ambiente, de modo a sustentar e crescer no mercado. Desde que, a organização adota o sistema aberto, vários elementos, como entrada, transformação, processo, saída, feedback e ambiente. Assim, esta teoria difere da teoria clássica, onde a organização é considerada como um sistema fechado. Sendo a organização tratada como um sistema aberto, cuja sobrevivência e crescimento são determinados pelas mudanças no ambiente, a organização é considerada de natureza adaptativa, que se ajusta ao ambiente em mudança; A teoria moderna considera a organização como um sistema que é dinâmico; APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO 12 A teoria moderna é probabilística e não determinista por natureza. Um modelo determinístico é aquele cujos resultados são predeterminados e que os resultados dos modelos probabilísticos são incertos e dependem da chance de ocorrência; Essa teoria abrange aspectos multiníveis e multidimensionais da organização. Isso significa que abrange tanto o ambiente macro quanto o micro, isto é, ambiente externo e interno à organização; A teoria moderna é multivariável, o que significa que considera múltiplas variáveis simultaneamente. Isso mostra que causa e efeito não são fenômenos simples. Em vez disso, o evento pode ser causado como resultado de diversas variáveis que podem estar inter-relacionadas ou interdependentes. Os cientistas de diferentes áreas fizeram importantes contribuições para a teoria moderna. Eles enfatizaram a importância da comunicação e integração do interesse individual e organizacional como pré-requisitos para o bom funcionamento da organização. Teorias Contemporâneas da Gestão Analisando a teoria geral administrativa em cada das suas ramificações, percebe-se a evolução das mesmas e que as proposições não são antagônicas, mas se completam. Assim, cada instabilidade encontrada tem sido aprimorada por novas teorias posteriores, desenvolvidas até os dias atuais, adaptadas ao cenário vigente de sua formulação, integrando a teoria geral da administração, surgem as seguintes teorias contemporâneas: Teoria da contingência Basicamente, a teoria da contingência afirma que, quando os gerentes tomam uma decisão, eles devem levar em conta todos os aspectos da situação atual e atuar sobre os aspectos que são fundamentais para a situação em questão. Basicamente, é a abordagem que depende. Por exemplo, o esforço contínuo para identificar a melhor liderança ou estilo de gerenciamento pode agora concluir que o melhor estilo depende da situação. Se alguém está liderando tropas no Golfo Pérsico, um estilo autocrático é provavelmente o melhor. Se alguém está liderando um hospital ou universidade, um estilo de liderança mais participativo e facilitador é provavelmente o melhor. Teoria dos Sistemas A teoria de sistemas teve um efeito significativo na ciência da administração e na compreensão das organizações. Primeiro, vamos ver o que é um sistema? APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO https://blog.softwareavaliacao.com.br/visao-holistica/ 13 Um sistema é uma coleção de partes unificadas para atingir uma meta geral. Se uma parte do sistema for removida, a natureza do sistema também será alterada. Por exemplo, uma pilha de areia não é um sistema. Se alguém remover uma partícula de areia, você ainda tem uma pilha de areia. No entanto, um carro em funcionamento é um sistema. Remova o carburador e você não terá mais um carro em funcionamento. Um sistema pode ser visto como tendo entradas, processos, saídas e resultados. Os sistemas compartilham feedback entre cada um desses quatro aspectos dos sistemas. Vamos olhar para uma organização. Os insumos incluem recursos como matérias- primas, dinheiro, tecnologias e pessoas. Essas entradas passam por um processo em que são planejadas, organizadas, motivadas e controladas para, em última análise, atender aos objetivos da organização. Saídas seriam produtos ou serviços para um mercado. Os resultados seriam, por exemplo, melhor qualidade de vida ou produtividade para clientes / clientes, produtividade. O feedback seria informação de recursos humanos executando o processo, clientes usando os produtos, etc. O feedback também vem do ambiente maior da organização, por exemplo, influências do governo, sociedade, economia e tecnologias. Essa estrutura geral do sistema se aplica a qualquer organização, incluindo subsistemas (departamentos, programas etc.) na organização geral. Dentro da teoria geral administrativa, a teoria dos sistemas pode parecer bastante básica. No entanto, décadas de treinamento gerencial e práticas no local de trabalho não a seguiram. Apenas recentemente, com enormes mudanças que as organizações enfrentam e como elas operam, os educadorese gerentes passam a encarar essa nova maneira de ver as coisas. Essa interpretação trouxe uma mudança significativa (ou mudança de paradigma) na forma como o gerenciamento estuda e aborda as organizações. O efeito dessa parcela que engloba a teoria geral da administração é que escritores, educadores, consultores, etc. estão ajudando os gerentes a olhar para a organização de uma perspectiva mais ampla. A teoria de sistemas trouxe uma nova perspectiva para os gerentes interpretarem padrões e eventos no local de trabalho. Eles reconhecem as várias partes da organização e, em particular, as inter-relações das partes, por exemplo, a coordenação da administração central com seus programas, engenharia com manufatura, supervisores com colaboradores, etc. Este é um grande desenvolvimento. No passado, os gerentes geralmente tomavam uma parte e se concentravam nisso. Então eles mudaram toda a atenção para outra parte. O problema era que uma organização poderia, por exemplo, ter uma administração central maravilhosa e um conjunto maravilhoso de colaboradores, mas os departamentos não sincronizavam de forma alguma. APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO https://blog.softwareavaliacao.com.br/administracao-de-recursos-humanos/ 14 ATIVIDADE 1.Quais os ensinamentos de Taylor que você identifica na sua rotina de trabalho? 2. Esses ensinamentos são validos até hoje? 3. Quais os pontos negativos e positivos? 4. Essas mesmas perguntas você deverá responder em relação a Ford e a Fayol. O que você nos conta? II Funções PODC Quais são as funções administrativas A administração tem como principal função trazer os melhores resultados organizacionais, colocando em prática um gerenciamento com base em resultados e maximizando a possibilidade de crescimento, eficácia e ganho. Todos os administradores devem desempenhar ao menos quatro funções básicas de gestão. Como elas são indispensáveis, podemos conceituar administrador como uma pessoa que planeja, organiza, dirige e controla as atividades de uma organização. É fundamental que o gerenciamento siga esses princípios da administração, que podem ser agrupados em quatro funções essenciais conhecidas como PODC, uma sigla que reúne as palavras Planejamento, Organização, Direção e Controle. Como podemos perceber o conceito de administração é amplo e engloba todos aqueles que possuem alguma responsabilidade por resultados dentro de uma organização. Estas funções compreendem um grande universo de ações que o gestor deve tomar para manter a organização no rumo certo. APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO 15 Planejar – Ela tem origem com Henri Fayol, em 1916, onde ele identificou não só a função planejar como demais funções. Essa função visa definir objetivos e meios para alcançá-los. Trata-se de uma tarefa considerada básica para uma organização, uma vez que representa uma forma de se antecipar às dúvidas e probabilidades. É um processo consciente e organizado de determinar os objetivos que a empresa pretende alcançar. Planejar significa estabelecer os objetivos da empresa e por quais caminhos se chegará a eles. Afinal, nenhum projeto é feito no improviso. Ele é antes pensado e discutido, ou seja, planejado, e depois comunicado aos demais funcionários envolvidos. Além de questões internas da empresa, deve-se levar em conta, na hora de planejar, os cenários futuros do mercado. Ao contrário do que muitos podem pensar, o planejamento não envolve apenas intuição do administrador. Ele precisa, primeiramente, estudar bastante o mercado e tentar embasar as suas projeções o máximo possível. Claro que um profissional experiente ou intuitivo terá melhor capacidade de interpretar os dados, mas o estudo é sempre o ponto de partida do planejamento. Organizar – E como colocar em prática tudo aquilo que foi planejado? Organizando os recursos da empresa. Ou seja, definir de que maneira o projeto será feito e distribuí-lo entre os departamentos e profissionais correspondentes. Aí, entra em jogo a produtividade e eficiência, isto é, fazer o trabalho no menor tempo e com o menor desperdício possível – sem prejudicar a qualidade de entrega. Para essa função, obviamente, o administrador precisa de uma ótima capacidade de organização – individual e coletiva. Visão sistêmica e um bom conhecimento sobre os processos produtivos do setor da empresa também são características essenciais. A organização é definida como a construção estrutural de uma empresa por meio de dois pontos de vista. São eles: Recursos: podem ser humanos (quadro de colaboradores) e/ou materiais (matérias- primas), que são necessários para executar os planos estabelecidos pela organização; Operações: é criação das atividades e tarefas a serem executadas conforme a definição de autoridade e responsabilidade de cada um dentro da empresa. A organização é considerada o instrumento de operacionalização do planejamento, que possibilita a transformação dos planos em objetivos concretos. Essa é a forma como a empresa coordena todos os seus recursos, sejam eles financeiros, humanos ou materiais. Dirigir – significa liderar. Ou seja, a capacidade de mobilizar os recursos humanos para que os resultados desejados sejam alcançados. Não estamos falando apenas de distribuir as tarefas, mas sim de influenciar e motivar os funcionários da empresa de maneira positiva. A pessoa tem que estar centrado no. Muitos administradores que são brilhantes nas outras três funções deixam a desejar nessa, é por isso que todo administrador é um líder. Para liderar, você vai precisar, sobretudo, de muita inteligência emocional, que é a capacidade de perceber as emoções dos outros e comunicar as suas. Muita perspicácia no que faz. É uma questão de fazer o possível para manter os funcionários satisfeitos coletivamente, sem prejudicar as finanças da empresa. Por meio de sua influência, o administrador faz com que seus colaboradores atendam ao que foi planejado. Trata-se de um processo interpessoal, que visa ativar pessoas por meio de instruções, motivação, comunicação, liderança e coordenação dos trabalhos. A direção é uma das funções administrativas mais importantes, pois lida essencialmente e exclusivamente com pessoas. APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO http://www.ibccoaching.com.br/portal/lideranca-e-motivacao/historias-frases-motivacao-empresarial/ https://blog.contaazul.com/como-ser-um-bom-lider-dicas-essenciais/ https://blog.contaazul.com/gestao-de-recursos-humanos-reforma-trabalhista https://blog.contaazul.com/gestao-de-recursos-humanos-reforma-trabalhista https://blog.contaazul.com/metas-de-produtividade-saiba-como-ser-justo-e-estar-dentro-da-lei https://blog.contaazul.com/como-identificar-oportunidades/ https://blog.contaazul.com/planejamento-estrategico 16 Controlar – Esta é a verificação e avaliação do plano que já foi executado, para que possa haver correções futuras. A função do controle é verificar se os objetivos foram alçados ou não. A essência do controle administrativo é a ação corretiva e ações preventivas. Você planejou, organizou e delegou as tarefas aos seus empregados. Isso tudo não é garantia de que, na prática, o trabalho será bem executado e dará os resultados previstos, para isso, existe o controle. Ele envolve a criação de padrões de desempenho, medição do desempenho atual, a comparação entre o desempenho padrão e o atual e as possíveis ações corretivas para redirecionar os esforços no caminho dos objetivos inicialmente traçados. Para controlar a empresa, ajuda muito ter uma boa capacidade de análise, mas, assim como no planejamento, é fundamental se basear em números. Quanto mais indicadores técnicos você tiver, melhor condição terá de fazer uma avaliação fidedigna da situação da empresa. Mas lembre-se que a frieza dos números também pode enganar – use a sua capacidade de observação para interpretaras planilhas. ATIVIDADE 1.Quais são as origens e a importância da função planejamento? 2. O que significa a função organização? 3. Qual é a diferença entre responsabilidade e autoridade? 4. A comunicação é importante para a função direção? Justifique a sua resposta? 5. Com as suas palavras descreva o processo de controle? III Comunicação Comunicação textual – Produção textual A produção de textos é o ato de expor por meio de palavras as ideias, sendo uma ação deveras importante. Saber produzir um texto pode ser um pré-requisito para conseguir um emprego, uma vaga na faculdade, dentre outros. Pessoas que escrevem bons textos conseguem se expressar melhor. A leitura, intimamente ligada à escrita, é um ato essencial para se produzir um bom texto. Enquanto lemos estamos ampliando nosso vocabulário e, consequentemente, nosso universo interpretativo. Ou seja, com o ato da leitura estamos aumentando nossa capacidade de entender melhor tudo que nos rodeia. Sendo assim, para produzir um bom texto é muito importante conhecer os diversos tipos de textos existentes, para que seja coerente com a proposta. Assim, os principais tipos de textos: 1.Dissertação: são textos argumentativo e opinativo, por exemplo, artigos, resenhas, ensaios, monografias, etc. De modo geral, dissertar significa falar, discutir, debater, refletir, informar alguém a respeito de um assunto. É um tipo de texto verbal em prosa, ou seja, é estruturado por períodos e por parágrafos. Com relação aos aspectos qualitativos, a Dissertação pressupõe a capacidade do autor em expor, refletir, analisar e interpretar fatos, informações e opiniões a respeito de APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO https://www.portugues.com.br/redacao/dicas-redacao-construindo-periodo.html https://www.portugues.com.br/redacao/a-estruturacao-paragrafo-.html https://blog.contaazul.com/modelo-planilha-fluxo-caixa/ https://blog.contaazul.com/escolha-os-indicadores-de-produtividade-certos-para-sua-empresa 17 um determinado tema. Existem algumas maneiras de dissertar sobre um tema. Vejamos algumas: 1.1 Dissertação expositiva Nessa modalidade textual, o objetivo do texto, como o próprio nome sucinta, é expor informações que possam informar o leitor a respeito do que é aquele assunto. Dessa forma, o objetivo do autor da dissertação expositiva não é convencer o leitor do seu posicionamento, contestar posições diferentes, debater ou problematizar/polemizar, mas, sim, expor informações a partir das quais o leitor poderá saber um pouco mais a respeito de determinado assunto. 1.2 Dissertação argumentativa Nessa modalidade textual, o objetivo do texto é convencer/persuadir o leitor a acatar os pontos de vista do autor a respeito de determinado assunto. Nesse sentido, o autor deve selecionar, organizar e relacionar argumentos em defesa de seu ponto de vista. A qualidade dessas escolhas é o que determinará a persuasão por parte do leitor. Quanto ao ponto de vista do autor na dissertação argumentativa, ele pode ser manifestado em primeira pessoa do singular ou plural. É possível também utilizar os verbos na terceira pessoa para defender conceitos conhecidos ou universais, já expressos anteriormente por outros. A Dissertação deve ter, pelo menos, três parágrafos. Assim como os textos do tipo narrativo possuem início, meio e fim, os textos dissertativos também devem ser estruturados a partir de uma introdução, desenvolvimento e conclusão. É preciso ficar atento a essa estrutura, pois ela é que garante a progressão textual. Antes de iniciar a escrita de uma Dissertação, o autor deve construir um projeto de texto para que possa selecionar as informações, fatos, dados, argumentos e relações de causa e consequência, os quais constituirão a base do texto. Cada parte do texto cumpre uma função distinta e bastante importante para a coesão do texto e também para a produção de sentidos por parte do leitor. Função: Introdução: Logo no parágrafo de introdução, o tema/assunto a ser discutido por meio deve ser apresentado de forma clara e objetiva. Essa apresentação pode ser feita de contextualização histórica ou a partir de um repertório sociocultural produtivo a respeito do tema na atualidade. Desenvolvimento: A partir do segundo parágrafo em diante, o autor deve apresentar as informações, fatos e opiniões anteriormente selecionados durante o projeto de texto. Caso seja uma dissertação argumentativa, é nessa parte do texto que o autor deve apresentar informações e seus pontos de vista com o objetivo de convencer o leitor a acatá-los. Geralmente é no desenvolvimento que o autor problematiza o tema e aponta suas causas. Conclusão: É necessário compreender que a conclusão não deve ser uma síntese/resumo do texto. Ela cumpre uma função muito mais ampla e importante do que resumir e repetir tudo aquilo que já foi dito ao longo da introdução e do desenvolvimento. Para dar mais unidade ao texto, o autor retoma algumas informações expostas na introdução e, em seguida, revela as consequências daquilo que problematizou a respeito do tema e apontou como causa no desenvolvimento. Geralmente, para concluir suas APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO https://www.portugues.com.br/gramatica/conjugacoes-verbais-uma-trajetoria-sinuosa.html https://www.portugues.com.br/redacao/os-conectivos-como-elementos-coesao-uma-analise-minuciosa.html 18 reflexões, o autor sugere ações que possam amenizar e/ou solucionar os problemas apontados nos parágrafos anteriores. 2. Narração: narra fatos, acontecimentos ou ações de personagens num determinado tempo e espaço, por exemplo, crônicas, novelas, romances, lendas, etc. O texto narrativo caracteriza-se pelo relato de fatos retratados por uma sequência de ações, relacionadas a um determinado acontecimento, podendo ser estes fatos reais ou fictícios. Para que este relato seja algo dotado de sentido, o mesmo dispõe-se de alguns elementos que desempenham funções primordiais. Representando-os, figuram-se os personagens, peças fundamentais para a composição da história, narrador, espaço, tempo e enredo propriamente dito, ou seja, o assunto sobre o qual se trata. Dentre aqueles caracterizados como narrativos, destacam-se os contos, novelas, romances, algumas crônicas, poemas narrativos, histórias em quadrinhos, piadas, letras musicais, entre outros. Como anteriormente mencionado, os elementos que constituem a referida modalidade são dotados de funções específicas, e para que possamos compreendê-las de modo efetivo, as analisaremos minuciosamente: Personagens Constituem os seres que participam da narrativa, interagindo-se com o leitor de acordo com o modo de ser e de agir. Algumas ocupando lugar de destaque, também chamadas protagonistas, outras se opondo a elas, denominadas de antagonistas. As demais caracterizam-se como secundárias. Tempo Retrata o momento em que ocorrem os fatos (manhã, tarde, noite, na primavera, em dia chuvoso). O mesmo pode ser cronológico, ou seja, determinado por horas e datas, revelado por acontecimentos dispostos numa ordem sequencial e linear - início, meio e fim; e psicológico, aquele ligado às emoções e sentimentos, caracterizado pelas lembranças dos personagens, reveladas por momentos imprecisos, fundindo-se em presente, passado e futuro. Espaço É o lugar onde se passa toda a trama. Algumas vezes é apenas sugerido no intuito de aguçar a mente do leitor, outras, para caracterizar os personagens de forma contundente. Dependendo do enredo, a caracterização do mesmo torna-se de fundamental importância, como por exemplo, os romances regionalistas. Narrador Ele funciona como um mediador entre a história que ora é narrada e o leitor (ou ouvinte). Sua perspectiva, aliada a seu ponto de vista e ao modo pelo qual organiza tudo aquilo que conta, são fatores decisivos para a constituição da história. A maneira pela qual o narrador se situa em relação ao que está narrandodenomina-se como foco narrativo. APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO https://www.todamateria.com.br/texto-narrativo/ 19 Tipos: Narrador- personagem - Narrando em 1ª pessoa, ele participa da história, relatando os fatos a partir de sua ótica, predominando as impressões pessoais e a visão parcial dos fatos. Narrador- observador – Ele revela ao leitor somente os fatos que consegue observar, relatando-os em 3ª pessoa. Narrador- consciente – Além de observar, ele sabe e revela tudo sobre o enredo e os personagens, até mesmos seus pensamentos mais íntimos, como também detalhes que até mesmo eles não sabem. Em virtude de estar presente em toda parte, é também chamado de onipresente, o que lhe permite observar o desenrolar dos acontecimentos em qualquer espaço que ocorram. Algumas vezes limita-se a observá-los de forma objetiva, em outras, emite opiniões e julgamento de valor acerca do assunto. Enredo É o conjunto de incidentes que constituem a ação da narrativa. Todo enredo é composto por um conflito vivido por um ou mais personagens, cujo foco principal é prender a atenção do leitor por meio de um clima de tensão que se organiza em torno dos fatos e os faz avançar. Geralmente, o conflito determina as partes do enredo, representadas pelas referidas partes: Introdução – É o começo da história, no qual se apresentam os fatos iniciais, os personagens, e, às vezes, o tempo e o espaço. Complicação – É a parte em que se desenvolve o conflito. Clímax – Figura-se como o ponto culminante de toda a trama, revelado pelo momento de maior tensão. É a parte em que o conflito atinge seu ápice. Conclusão ou desfecho final – É a solução do conflito instaurado, podendo apresentar final trágico, cômico, triste ou até mesmo surpreendente. Tudo dependerá da decisão imposta pelo narrador. 3. Descrição: descreve objetos, pessoas, animais, lugares ou acontecimentos, por exemplo, diários, relatos, biografias, currículos, etc. Enquanto a narração é o relato de um fato que ocorre em determinado tempo, a descrição é o relato de um objeto, pessoa, cena ou situação estática, ou seja, não depende do tempo. Descrever é desenhar com palavras determinadas imagens, de modo que a mesma possa ser visualizada pelo leitor em sua mente. APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO https://www.infoescola.com/redacao/narracao/ https://www.todamateria.com.br/texto-descritivo/ 20 Características de uma descrição: Utilização de verbos de ligação. Eles servem para ligar o sujeito ao seu predicativo, na grande maioria dos casos. É um texto parado, isto é, não é dinâmico. Esse fato pode tornar o texto entediante, e ficando assim se tornará muito mais complicado convidar o leitor a lê-lo. Pode-se evitar esse imprevisto com caracterizações claras e utilizando-se características específicas, que tornarão a imagem descrita incomum e, portanto, interessante de se apreciar. A imagem que vai se construindo é semelhante a um retrato, só que são utilizadas palavras, e por isso é chamada de imagem verbal. Dependendo da riqueza de detalhes e clareza de informações essa imagem vai se tornando mais nítida e mais acessível a todos os tipos de leitores. Esse deve ser o principal objetivo de uma boa descrição. Dicas para uma boa descrição: - Utilizar linguagem clara, ser direto e dinâmico. - Descrever características que não se pode encontrar em qualquer lugar. É essencial que se destaquem os traços distintivos, para que a imagem verbal não seja visualizada superficialmente. Isso enriquece a descrição e torna o texto mais atraente. Exemplos: dizer que o cabelo é preto não é novidade, pois muitas pessoas têm o cabelo preto, mas dizer que na raiz branca do cabelo podia-se perceber que era tingido é uma característica específica, que ajuda. - Deve-se separar aspectos físicos, emocionais e psicológicos, caso haja os três, e descrever um de cada vez para que a imagem possa ser construída coerentemente. - Dentro de outros tipos de textos podem surgir pequenas descrições, e isso representa uma pausa na linha do tempo em que a história acontece. Esse recurso é utilizado para chamar a atenção do leitor para determinada cena, pessoa, objeto, sensação, etc. Especificamente no texto descritivo, ou seja, na redação em que é exigida uma descrição, os gêneros não podem se misturar. Para tanto devemos seguir algumas dicas para a construção desse tipo de texto. - Na introdução deve ser apresentada a imagem a ser descrita. Isso se faz de forma bem direta e específica. Quando muito acrescentamos, podemos citar o espaço em que a imagem se encontra. - Durante o desenvolvimento devem ser expostas as características da imagem, dando sempre ênfase aos traços distintivos, como já foi falado. Deve-se também separar as características físicas das psicológicas e das emocionais. Poderão ser dispostas uma APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO https://www.infoescola.com/portugues/verbos-de-ligacao/ https://www.infoescola.com/portugues/tipos-de-texto/ https://www.infoescola.com/portugues/sujeito/ 21 em cada parágrafo, devido ao tamanho do texto. - Ao terminar a descrição propriamente dita, pode-se arrematar o texto através de uma característica que tenha marcado a imagem como um todo, ou uma impressão sua a respeito do todo da imagem. Isso deve ser feito sempre em terceira pessoa, sem se incluir distinguir o indivíduo da maioria. Dicas para produzir um bom texto: Mantenha o hábito da leitura e da escrita; Tenha o conhecimento das novas regras gramaticais; Preste atenção à grafia, pontuação, parágrafos e concordâncias; Seja criativo e espontâneo; Não utilize palavras de baixo calão, palavrões; Se distancie da linguagem coloquial, informal; Tenha opinião e faça críticas próprias; Atenção à relação lógica das ideias (coerência); Não se afaste do tema e do tipo de texto proposto; Faça um rascunho para evitar rasuras; Se necessário, leia o texto em voz alta; Cuidado com as repetições de palavras e ideias; Não utilize palavras ou expressões que não conheça; Se necessário, recorra ao dicionário; Seja claro e conciso. ATIVIDADE 1.Faça uma dissertação argumentativa no tema: “A problemática do lixo no Brasil e as consequências para o meio ambiente” Erros comuns na ortografia No contexto organizacional, o estilo e a linguagem do texto devem seguir padrões de modernidade, otimizando-se o uso do tempo e do espaço na troca de mensagens. Sabe-se que um texto bem escrito, adequado às normas gramaticais e aos padrões da moderna redação empresarial, pode-se reforçar a credibilidade e a qualidade de uma organização. Por isso, o texto comercial ou empresarial deve ser caracterizado pela sua eficácia. Vamos verificar o que pode e o que não pode usar na formatação da comunicação. Anexo / Anexa Errado: Seguem anexo os documentos Por quê? Anexo é adjetivo e deve concordar em gênero e número com o substantivo a que se refere. APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO 22 solicitados. Certo: Seguem anexos os documentos solicitados. Obs: Muitos gramáticos condenam a locução “em anexo”; portanto, dê preferência à forma sem a preposição. “Em vez de” / “ao invés de” Errado: Ao invés de elaborarmos um relatório, discutimos o assunto em reunião. Certo: Em vez de elaborarmos um relatório, discutimos o assunto em reunião. Por quê? Em vez de é usado como substituição. Ao invés de é usado como oposição. Ex: Subimos, ao invés de descer. “Esquecer” / “Esquecer-se de” Errado: Eu esqueci da reunião. Certo: Há duas formas: Eu me esqueci da reunião. Ou, Eu esqueci a reunião. Por quê? O verbo esquecer só é usado com a preposição de (de – da – do) quando vier acompanhado de um pronome oblíquo (me, te, se, nos, vos). “Faz” / “Fazem” Errado: Fazem dois meses que trabalho nesta empresa. Certo: Fazdois meses que trabalho nesta empresa. Por quê? No sentido de tempo decorrido, o verbo “fazer” é impessoal, ou seja, só é usado no singular. Em outros sentidos, concorda com o sujeito. Ex: Eles fizeram um bom trabalho. “Ao encontro de” / “De encontro a” Errado: Os diretores estão satisfeitos, porque a atitude do gestor veio de encontro ao que desejavam. Certo: Os diretores estão satisfeitos, porque a atitude do gestor veio ao encontro do que desejavam. Por quê? “Ao encontro de” dá ideia de harmonia e “De encontro a” dá ideia de oposição. No exemplo acima, os diretores só podem ficar satisfeitos se a atitude vier ao encontro do que desejam. A par / ao par Errado: Ele já está ao par do ocorrido. Certo: Ele já está a par do ocorrido. Por quê? No sentido de estar ciente, o correto é “a par”. Use “ao par” somente para equivalência cambial. Ex: “Há muito tempo, o dólar e o real estiveram quase ao par.” “Quite” / “quites” Errado: O contribuinte está quites com a Receita Federal. Certo: O contribuinte está quite com a Receita Federal. Por quê? “Quite” deve concordar com o substantivo a que se refere. “Media” / “Medeia” Errado: Ele sempre media os debates. Por quê? Há quatro verbos irregulares com final – iar: mediar, ansiar, incendiar e odiar. Todos se conjugam como “odiar”: medeio, anseio, incendeio e odeio. APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO 23 Certo: Ele sempre medeia os debates. “Através” / “por meio” Errado: Os senadores sugerem que, através de lei complementar, os convênios sejam firmados com os estados. Certo: Os senadores sugerem que, por meio de lei complementar, os convênios sejam firmados com os estados. Por quê? Por meio significa “por intermédio”. Através de, por outro lado, expressa a ideia de atravessar. Ex: Olhava através da janela “Ao meu ver” / “A meu ver” Errado: Ao meu ver, o evento foi um sucesso. Certo: A meu ver, o evento foi um sucesso. Por quê? “Ao meu ver” não existe. “A princípio” / “Em princípio” Errado: Achamos, em princípio, que ele estava falando a verdade. Certo: Achamos, a princípio, que ele estava falando a verdade. Por quê? A princípio equivale a “no início”. Em princípio significa “em tese”. Ex: Em princípio, todo homem é igual perante a lei. “Senão” / “Se não” Errado: Nada fazia se não reclamar. Certo: Nada fazia senão reclamar Por quê? Senão significa “a não ser”, “caso contrário”. Se não é usado nas orações subordinadas condicionais. Ex: Se não chover, poderemos sair. “Onde” / “Aonde” Errado: Aonde coloquei minhas chaves? Certo: Onde coloquei minhas chaves? Por quê? Onde se refere a um lugar em que alguém ou alguma coisa está. Indica permanência. Aonde se refere ao lugar para onde alguém ou alguma coisa vai. Indica movimento. Ex: Ainda não sabemos aonde iremos. “Visar” / “Visar a” Errado: Ele visava o cargo de gerente. Certo: Ele visava ao cargo de gerente. Por quê? O verbo visar, no sentido de almejar, pede a preposição a. Obs: Quando anteceder um verbo, dispensa-se a preposição “a”. Ex: Elas visavam viajar para o exterior. “A” / “há” Errado: Atuo no setor de controladoria a 15 anos. Certo: Atuo no setor de controladoria há 15 anos. Por quê? Para indicar tempo passado, usa-se o verbo haver. O “a”, como expressão de tempo, é usado para indicar futuro ou distância. Exs: Falarei com o diretor daqui a cinco dias. Ele mora a duas horas do escritório “Aceita-se” / “Aceitam-se” Errado: Aceita-se encomendas para festas. Por quê? A presença da partícula apassivadora “se” exige que o verbo transitivo direto concorde com o sujeito. APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO 24 Certo: Aceitam-se encomendas para festas “Precisa-se” / “Precisam-se” Errado: Precisam-se de estagiários. Certo: Precisa-se de estagiários. Por quê? Nesse caso, a partícula “se” tem a função de tornar o sujeito indeterminado. Quando isso ocorre, o verbo permanece no singular. “Há dois anos” / “Há dois anos atrás” Errado: Há dois anos atrás, iniciei meu mestrado. Certo: Há duas formas corretas: “Há dois anos, iniciei meu mestrado” ou “Dois anos atrás, iniciei meu mestrado”. Por quê? É redundante dizer “Há dois anos atrás”. “Implicar” / “Implicar com” / “Implicar em” Errado: O acidente implicou em várias vítimas. Certo: O acidente implicou várias vítimas. Por quê? No sentido de acarretar, o verbo implicar não admite preposição. No sentido de ter implicância, a preposição exigida é com. Quando se refere a comprometimento, deve-se usar a preposição em. Exs: Ele sempre implicava com os filhos. Ela implicou-se nos estudos e passou no concurso. “Retificar” / “Ratificar” Errado: Estávamos corretos. Os fatos retificaram nossas previsões. Certo: Estávamos corretos. Os fatos ratificaram nossas previsões. Por quê? Ratificar significa confirmar, comprovar. Retificar refere-se ao ato de corrigir, emendar. Ex: Vou retificar os dados da empresa “Somos” / “Somos em” Errado: Somos em cinco auditores na empresa. Certo: Somos cinco auditores na empresa. Por quê? Não se deve empregar a preposição “em” nessa expressão. “Entre eu e você” / “Entre mim e você” Errado: Não há nada entre eu e você, só amizade. Certo: Não há nada entre mim e você, só amizade. Por quê? Eu é pronome pessoal do caso reto e só pode ser usado na função de sujeito, ou seja, antes de um verbo no infinitivo, como no caso: “Não há nada entre eu pagar e você usufruir também”. “A fim” / “Afim” Errado: Nós viemos afim de discutir o projeto. Certo: Nós viemos a fim de discutir o projeto. Por quê? A locução a fim de indica ideia de finalidade. Afim é um adjetivo e significa semelhança. Ex: Eles têm ideias afins “Despercebido” / “Desapercebido” Errado: As mudanças passaram Por quê? Despercebido significa sem atenção. Desapercebido significa desprovido, desprevenido. Ex: APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO 25 desapercebidas. Certo: As mudanças passaram despercebidas. Ele estava totalmente desapercebido de dinheiro “Tem” / “Têm” Errado: Eles tem feito o que podem nesta empresa. Certo: Eles têm feito o que podem nesta empresa. Por quê? Tem refere-se à 3ª pessoa do singular do verbo “ter” no Presente do Indicativo. Têm refere-se ao mesmo tempo verbal, porém na 3ª pessoa do plural. “Chegar em” / “Chegar a” Errado: Os atletas chegaram em Curitiba na noite passada. Certo: Os atletas chegaram a Curitiba na noite passada Por quê? Verbos de movimento exigem a preposição “a”. “Prefiro… do que” / “Prefiro… a” Errado: Prefiro carne branca do que carne vermelha. Certo: Prefiro carne branca a carne vermelha. Por quê? A regência do verbo preferir é a seguinte: “Preferir algo a alguma outra coisa” “De mais” / “demais” Errado: Você trabalha de mais! Certo: Você trabalha demais! Por quê? Demais significa excessivamente; também pode significar “os outros”. De mais opõe-se a “de menos”. Ex: Alguns possuem regalias de mais; outros de menos. “Fim de semana” / “final de semana” Errado: Bom final de semana! Certo: Bom fim de semana. Por quê? Fim é o contrário de início. Final é o contrário de inicial. Portanto: fim de semana; fim de jogo; parte final. “Existe” / “Existem” Errado: Existe muitos problemas nesta empresa. Certo: Existem muitos problemas nesta empresa. Por quê? O verbo existir admiteplural, diferentemente do verbo haver, que é impessoal. “Assistir o” / “Assistir ao” Errado: Ele assistiu o filme “A teoria do nada”. Certo: Ele assistiu ao filme “A teoria do nada”. Por quê? O verbo assistir, no sentido de ver, exige a preposição “a”. “Responder o” / “Responde ao” Errado: Ele não respondeu o meu e- mail. Certo: Ele não respondeu ao meu e- mail. Por quê? A regência do verbo responder, no sentido de dar a resposta a alguém, é sempre indireta, ou seja, exige a preposição “a”. “Tão pouco” / “Tampouco” Por quê? Tampouco corresponde a “também não”, APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO 26 Errado: Não compareceu ao trabalho, tão pouco justificou sua ausência. Certo: Não compareceu ao trabalho, tampouco justificou sua ausência. “nem sequer”. Tão pouco corresponde a “muito pouco”. Ex: Trabalhamos muito e ganhamos tão pouco”. “A nível de” / “Em nível de” Errado: A pesquisa será realizada a nível de direção. Certo: A pesquisa será realizada em nível de direção Por quê? A expressão “Em nível de” deve ser usada quando se refere a “âmbito”. O uso de “a nível de” significa “à mesma altura”. Ex: Estava ao nível do mar. “Chego” / “Chegado” Errado: O candidato havia chego atrasado para a entrevista. Certo: O candidato havia chegado atrasado para a entrevista. Por quê? Embora alguns verbos tenham dupla forma de particípio (Exs: imprimido/impresso, frito/fritado, acendido/aceso), o único particípio do verbo chegar é chegado. Chego é 1ª pessoa do Presente do Indicativo. Ex: Eu sempre chego cedo. “Meio” / “Meia” Errado: Ela estava meia nervosa na reunião. Certo: Ela estava meio nervosa na reunião. Por quê? No sentido de “um pouco”, a palavra “meio” é invariável. Como numeral, concorda com o substantivo. Ex: Ele comeu meia maçã. “Viagem” / “Viajem” Errado: Espero que eles viagem amanhã. Certo: Espero que eles viajem amanhã Por quê? Viajem é a flexão do verbo “viajar” no Presente do Subjuntivo e no Imperativo. Viagem é substantivo. Ex: Fiz uma linda viagem. “Mal” / “Mau” Errado: O jogador estava mau posicionado. Certo: O jogador estava mal posicionado. Por quê? Mal opõe-se a bem. Mau opõe-se a bom. Assim: mal-humorado, mal-intencionado, mal-estar, homem mau. “Na medida em que” / “À medida que” Errado: É melhor comprar à vista à medida em os juros estão altos. Certo: É melhor comprar à vista na medida em que os juros estão altos. Por quê? Na medida em que equivale a “porque”. À medida que estabelece relação de proporção. Ex: O nível dos jogos melhora à medida que o time fica entrosado. “Para mim” / “Para eu” fazer Errado: Era para mim fazer a apresentação, mas tive de me ausentar. Certo: Era para eu fazer a apresentação, mas tive de me ausentar. Por quê? “Para eu” deve ser usado quando se referir ao sujeito da frase e for seguido de um verbo no infinitivo. “Mas” / “Mais” Errado: Gostaria de ter viajado, mais tive Por quê? Mas é conjunção adversativa e significa, “porém”. Mais é advérbio de intensidade. Ex: Adicione APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO 27 um imprevisto. Certo: Gostaria de ter viajado, mas tive um imprevisto. mais açúcar se quiser “Perca” / “perda” Errado: Há muita perca de tempo com banalidades. Certo: Há muita perda de tempo com banalidades. Por quê? Perca é verbo e perda é substantivo. Exs: Não perca as esperanças! Essa perda foi irreparável. “Deu” / “Deram” tantas horas Errado: Deu dez da noite e ele ainda não chegou. Certo: Deram dez da noite e ele ainda não chegou. Por quê? Os verbos dar, bater e soar concordam com as horas. Porém, se houver sujeito, deve-se fazer a concordância: “O sino bateu dez horas.” “Traz” / “Trás” Errado: Ele olhou para traz e viu o vulto. Certo: Ele olhou para trás e viu o vulto. Por quê? Trás significa parte posterior. Traz é a conjugação do verbo “trazer” na 3ª pessoa do singular do Presente do Indicativo. Ex: Ela sempre traz os relatórios para a gerência “Namorar alguém” / “Namorar com alguém” Errado: Maria namora com Paulo. Certo: Maria namora Paulo Por quê? A regência do verbo namorar não admite preposição. “Obrigado” / “Obrigada” Errado: Muito obrigado! – disse a funcionária. Certo: Muito obrigada! – disse a funcionária. Por quê? Homens devem dizer “obrigado”. Mulheres dizem “obrigada”. A flexão também ocorre no plural: “Muito obrigadas! – disseram as garotas ao professor.” “Menos” ou “Menas” Errado: Os atendentes fizeram menas tarefas hoje. Certo: Os atendentes fizeram menos tarefas hoje. Por quê? “Menas” não existe. Mesmo referindo-se a palavras femininas, use sempre menos. Ex: Havia menos pessoas naquele departamento. “Descriminar” / “Discriminar” Errado: Os produtos estão descriminados na nota fiscal. Certo: Os produtos estão discriminados na nota fiscal. Por quê? Discriminar significa separar, diferenciar. Descriminar significa absolver, inocentar. Ex: O juiz descriminou o jovem acusado. “Acerca de” / “a cerca de” Errado: Estavam discutindo a cerca de política. Certo: Estavam discutindo acerca de política. Por quê? Acerca de significa “a respeito de”. A cerca de indica aproximação. Ex: Eu trabalho a cerca de 5 km daqui. “Meio-dia e meio” / “Meio-dia e meia” Errado: Nesta empresa, o horário de Por quê? O correto é meio-dia e meia, pois o numeral fracionário concorda em gênero com a palavra hora APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO 28 almoço inicia ao meio-dia e meio. Certo: Nesta empresa, o horário de almoço inicia ao meio-dia e meia. Dicas Sete dicas para evitar erros ortográficos 6. A dica das dicas: ler muito. Ler ainda mais. ... 7. Perceber que todos nós podemos dar erros. ... 8. Rever os nossos textos. ... 9. Consultar obras de referência. ... 10. Aprender quais são os nossos erros habituais. ... 11. Usar o corretor ortográfico do Word. ... 12. Ligar mais aos nossos erros do que aos erros dos outros. ATIVIDADE 1. (IBGE) Entre as opções abaixo, somente uma completa corretamente as lacunas apresentadas a seguir. Assinale-a: Na cidade carente, os ………. resolveram ………. seus direitos, fazendo um ………. assustador. a) mendingos; reivindicar; rebuliço b) mindigos; reinvidicar, rebuliço c) mindigos; reivindicar, reboliço d) mendigos; reivindicar, rebuliço e) mendigos; reivindicar, reboliço 2. (IBGE) Assinale a opção em que todas as palavras se completam adequadamente com a letra entre parênteses: a) en…..aguar / pi…..e / mi…..to (x) b) exce…..ão / Suí…..a / ma…..arico (ç) c) mon…..e / su…..estão / re…..eitar (g) d) búss…..la / eng…..lir / ch…..visco (u) e) …..mpecilho / pr…..vilégio / s…..lvícola (i) 3. (TRE-SP) Foram insuficientes as ……. apresentadas, ……. de se esclarecerem os …… . a) escusas – a fim – mal-entendidos b) excusas – afim – mal-entendidos c) excusas – a fim – malentendidos d) excusas – afim – malentendidos e) escusas – afim – mal-entendidos 4. (TRE-SP) Este meu amigo ………. vai ……….-se para ter direito ao título de eleitor. a) extrangeiro – naturalizar d) estrangeiro – naturalizar APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO 29 b) estrangeiro – naturalisar e) estranjeiro – naturalisar c) extranjeiro – naturalizar 5. (TTN) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas: a) quiseram, essência, impecílio b) pretencioso, aspectos, sossego c) assessores, exceção, incansável d) excessivo, expontâneo, obseção e) obsecado, reinvidicação, repercussão 6. (FT) A alternativa cujas palavras se escrevem respectivamente com -são e -ção, como “expansão” e “sensação”, é: a) inven….. / coer….. d) disten….. / inser….. b) absten….. / asser….. e) preten….. / conver….. c) dimen….. / conver….. 7. (U-UBERLÂNDIA) Das palavras abaixo relacionadas, uma não se escreve com h inicial. Assinale-a: a) hélice d) herva b) halo e) herdade c) haltere 8. (EPCAR) Só não se completa comz: a) repre( )ar d) abali( )ado b) pra( )o e) despre( )ar c) bali( )a 9. (EPCAR) Completam-se com g os vocábulos abaixo, menos: a) here( )e d) berin( )ela b) an( )élico e) ti( )ela c) fuli( )em 10. (BB) Grafia certa: a) civilisar b) humanisar c) padroniza d) paralisar e) concretisar Correspondência empresarial Tipos de correspondências oficiais e empresariais. De maneira geral, existem três tipos de correspondências: Particular – se dá entre indivíduos (amigos, familiares e pessoas do convívio social) e pode apresentar diversos graus de formalidade, desde um caráter íntimo até certo grau de formalismo; Empresarial – é trocada entre empresas ou entre estas e pessoas físicas; Oficial – acontece entre órgãos do serviço público ou entre os mesmos e a sociedade. APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO 30 Com o objetivo de tornar este tipo de comunicação mais organizado e de fácil entendimento para todos os envolvidos, as correspondências oficiais e empresariais seguem determinados padrões de redação e formatação. Para ajudar quem precisar lançar mão dessa ferramenta, faremos um apanhado geral dos tipos de correspondências oficiais e empresariais existentes e suas principais características. Ata - é um documento no qual deve constar um resumo por escrito, detalhando os fatos e as soluções a que chegaram as pessoas convocadas a participar de uma assembleia, sessão ou reunião. A expressão correta para a redação de uma ata é "lavrar a ata". Uma das principais funções da ata é historiar, traçar um painel cronológico da vida de uma empresa, associação ou instituição. Serve como documento para consulta posterior, tendo em alguns casos caráter obrigatório pela legislação. Por tratar-se de um documento formal, a ata deve seguir algumas normas específicas de formatação: Devido a ter como requisito não permitir que haja qualquer modificação posterior, o seu formato renuncia a quebras de linha eletivas, espaçamentos verticais e paragrafação, ocupando virtualmente todo o espaço disponível na página; Números, valores, datas e outras expressões são sempre representados por extenso; Sem emprego de abreviaturas ou siglas; Sem emendas, rasuras ou uso de corretivo (quando a ata estiver sendo manuscrita e for necessária alguma correção, usar a expressão "digo" seguida do texto correto); Todos os verbos descritivos de ações da reunião usados no pretérito perfeito do indicativo (disse, declarou, decidiu…). A estrutura básica para uma ata pode ser esta: Título da reunião; Cidade, dia, mês, ano, das h: min até h: min; Local da reunião; Introdução (Relatar sobre o título da reunião, local, data, hora e participantes); Participantes da reunião (Nome completo do participante e especificar de qual instituição ele é); Agenda (Relatar sobre a pauta da reunião, os temas a serem tratados e os respectivos responsáveis de cada tema); Desenvolvimento (Descrever sobre os temas principais citados na reunião); Conclusões (Descrever sobre as conclusões atingidas ao final da reunião e suas respectivas decisões); Recomendações (Descrever recomendações e observações feitas no decorrer da reunião); Distribuição (Relatar o nome de quem a ata será enviada). A ata deverá ser assinada por todos os participantes. APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO 31 Atestado ou Certificado - É um documento em que se faz fé de algo e que tem valor legal. Pode haver atestados ou certificados de serviços prestados, de estudos realizados, de pagamentos, etc. Para a sua elaboração, utiliza-se geralmente papel de tamanho A4, escrito em sentido vertical, como se mostra em seguida: Cabeçalho (Coloca-se na parte superior do certificado, com uma margem considerável. É constituído pelo nome da pessoa ou instituição que o envia, acompanhados dos seus dados de identificação. Costuma-se escrever em maiúsculas.); Corpo (Contém texto precedido pelo termo CERTIFICA ou ATESTA, em maiúsculas, seguido de dois pontos, onde se descreve o objeto da certificação.; Local e data; Assinatura e selo. Bilhete - É um meio rápido e simples de transmitir uma mensagem. Normalmente é dirigido a uma pessoa próxima, com quem se tem intimidade, e por isso mesmo costuma ser escrito em linguagem informal. Isso, contudo, não dispensa a atenção que deve ser dada à qualidade da redação, especialmente considerando que o relacionamento contínuo tendo caráter profissional. O bilhete não requer um tipo específico de papel, muito menos segue um padrão formal. É sempre aconselhável, entretanto, uma boa apresentação. Mesmo sendo breve e informal, o bilhete apresenta uma forma de organização que deve ser seguida para atender ao seu maior objetivo: comunicar de forma rápida e precisa. Assim, deve conter as seguintes partes: Vocativo (Coloca-se o nome do receptor, sem emprego de tratamento especial); Texto (Deve ser iniciado com marca de parágrafo e conter as informações necessárias à comunicação de forma bem ordenada); Nome do emissor; Data e hora. Carta comercial - As cartas comerciais, além de diversos destinos, também têm função variada, como a de informar, solicitar ou persuadir. Podem ser cartas de solicitação de emprego, oferta de algum produto de sua empresa, reclamação quanto à má prestação de algum serviço, cobrança de algum débito, enfim, diversas situações que fazem parte do cotidiano empresarial. Como em qualquer correspondência oficial, o conteúdo da carta deve ser adequadamente normalizado por parágrafos e redigido com clareza e concisão. A sua estrutura geral é: APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO 32 Cabeçalho ou timbre (Referência da empresa; logotipo, símbolo ou emblema. Em geral, já vêm impressos no papel da carta); Número de controle (Facilita ao destinatário responder sua carta e mencionar a referência. É também uma maneira de garantir o controle da correspondência. A colocação à direita é um destaque que facilita a leitura.); Local e Data (Por extenso. Quando o papel é timbrado, pode-se suprimir o local antes da data, uma vez que o endereçamento completo aparece no pé de página.); Destinatário (Não se deve colocar À/Às ou Ilmos. Senhores antes do nome da empresa ou pessoa a quem a carta se destina. Não é necessário escrever endereço, caixa postal e CEP no papel carta, basta que esses dados apareçam no envelope.); Referência (É o conteúdo da carta sintetizado, facilitando o registro para quem recebe. Não há necessidade de escrever Ref. ou REFERÊNCIA, pois a posição da frase na carta já indica esse elemento.); Invocação ou vocativo (O emprego de palavras como prezado, estimado, caro, amigo deve ser de acordo com o tipo de carta. Pode se tratar de uma carta puramente comercial ou pode envolver também relações de amizade.); Corpo da carta ou conteúdo (Deve estar disposto, geralmente, no centro do papel, em cerca de três parágrafos: a informação inicial, o desenvolvimento do tema e a conclusão. O assunto deve ser tratado em linguagem clara, objetiva e concisa. Deve-se evitar perda de tempo na introdução do assunto, como palavras e expressões desnecessárias.); Saudação final, despedida ou fecho (Modernamente, evitam-se palavras rebuscadas e chavões. Expressões longas, que nada acrescentam de importante, caíram em desuso. Emprega-se Atenciosamente ou Cordialmente, dependendo das relações de negócios.); Assinatura (Deve-se obedecer à seguinte ordem: primeiro, o nome do remetente; depois, seu cargo. Somente as letras iniciais devem ser maiúsculas. Não se deve colocar o título do emissor na frente de seu nome. Para indicar que se trata de médico advogado etc., basta que se coloque o registro do CRMou da OAB, conforme o caso. Também não é necessário colocar o traço acima do nome datilografado, para a assinatura.); Anexos (Parte destinada à enumeração de papéis ou de documentos que acompanha a carta). Circular - Quando, em sua empresa, você deseja dirigir-se a muitas pessoas ao mesmo tempo, para transmitir avisos, ordens ou instruções, deve optar por comunicar-se através de uma circular. Na verdade, a circular pode seguir o modelo de uma carta ou ofício, o que a caracteriza é conter um assunto de interesse geral. Muitas vezes, a circular é utilizada internamente nas empresas, com a finalidade de facilitar a comunicação entre diversas seções e departamentos. Muitas empresas, hoje em dia, têm preferido não destacar a ementa (assunto). Assim, é preciso verificar o modelo adotado na sua empresa. A linguagem utilizada em uma circular deve ser simples e direta para não dar margem a outras interpretações. Todos devem entender claramente o que está escrito. Estrutura: Timbre da empresa; Número da circular; APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO 33 Data (por extenso); Assunto; Corpo da mensagem; Identificação / Assinatura do emissor da circular. Declaração - A declaração é utilizada quando se quer atestar ou confirmar algum fato para garantir um direito a uma determinada pessoa. Divide-se nas seguintes partes: Timbre (Impresso como cabeçalho, contendo o nome do órgão ou empresa. Atualmente a maioria das empresas possui um impresso com logotipo. Nas declarações particulares usa-se papel sem timbre.); Título (Deve-se colocá-lo no centro da folha, em caixa alta.); Texto (Deve-se iniciá-lo a cerca de quatro linhas do título.). Dele deve constar: Identificação do emissor. Se houver vários emissores, é aconselhável escrever, para facilitar: os abaixo assinados; O verbo atestar/declarar deve aparecer no presente do indicativo, terceira pessoa do singular ou do plural; Finalidade do documento, em geral costuma-se usar o termo “para os devidos fins”, mas também se pode especificar: “para fins de trabalho”, “para fins escolares”, etc. Nome e dados de identificação do interessado. Esse nome pode vir em caixa alta, para facilitar a visualização; Citação do fato a ser atestado. Local e data (Deve-se escrevê-los a cerca de três linhas do texto; Assinatura (Assina-se a cerca de três linhas abaixo do local e data). Memorando - O memorando, estabelecendo uma comparação, é uma espécie de bilhete comercial de que as empresas ou órgãos oficiais se utilizam para estabelecer a correspondência interna entre seus setores e departamentos. Por ser um tipo de correspondência cotidiana, rápida e objetiva, o memorando segue uma forma fixa, sendo para isso utilizado um papel impresso. Observe a estrutura de um memorando, atentando para a ausência de saudações e finalizações; Timbre; Número do memorando; Data; De (Órgão e/ou responsável); Para (Órgão e/ou responsável); Corpo do texto; Assinatura. Ofício - Ofício é a correspondência de caráter oficial, equivalente à carta comercial. É dirigido por um funcionário a outro, da mesma ou de outra categoria, bem como por uma repartição a uma pessoa ou instituição particular, ou, ainda, por instituição particular ou pessoa a uma repartição pública. Por tratar-se, sobretudo, de comunicação de caráter APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO 34 público, o ofício requer certo grau de formalidade. A redação, tal como no caso da carta comercial, tem de ser breve e concisa. Procuração - Através da procuração uma pessoa (física ou jurídica) autoriza alguém a agir e realizar negócios em seu nome. O indivíduo que concede a procuração é chamado de mandante, constituinte ou outorgante. Aquele que recebe a procuração é chamado de mandatário, procurador ou outorgado. A procuração deve ser lavrada em papel ofício, iniciando o texto com identificação e qualificação do outorgante e do outorgado. Os poderes, a finalidade e o prazo de validade da procuração são expressos de forma precisa. Após o texto, a localidade, a data e a assinatura são expressas. Há dois tipos de procuração: Pública – aquela que é lavrada por tabelião em Livro de Notas. O translado (cópia autêntica do que consta no livro) fica em poder do procurador. É usada em casos de compra e venda de imóveis, em assuntos de maior peso. Particular – aquela que é datilografada ou manuscrita, sem registro no Livro de Notas. Digamos que você não possa fazer sua matrícula na escola. Então, você poderá passar uma procuração particular para alguém de sua confiança que resolverá esse, e apenas esse, assunto para você. Requerimento - Se você precisar se dirigir a uma autoridade para fazer um pedido para o qual necessite ter amparo na lei, deve fazê-lo através de um requerimento. Serve para requerer ou pedir uma coisa específica à Administração ou aos organismos públicos. Os requerimentos recebem nomes diferentes, dependendo do organismo ao qual se dirigem: Conhece-se pelo nome de "Memorial" quando é dirigido a uma autoridade máxima, como, por exemplo, o chefe do Estado ou o papa; Chama-se "Exposição" quando se dirige ao Parlamento da nação ou a um órgão do Governo; Chama-se "Pedido" ao requerimento utilizado para o resto dos casos. Em geral, podemos observar as seguintes partes: A autoridade destinatária (usa-se Excelentíssimo "Exmo." para Juiz, Promotor, Senadores, Deputados, Vereadores, Presidente da República, Governador, Prefeito e Ministros de Estado; usa-se Ilustríssimo "Ilmo." para as demais autoridades); Nome e qualificação do requerente; Exposição e solicitação; Pedido de deferimento; Localidade e data; Assinatura. APOSTILA AUXILIAR ADMINISTRATIVO 35 IV Organizações Definições. Segundo Maximiano (2000) uma organização é uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. Por meio de uma organização torna-se possível perseguir e alcançar objetivos que seriam inatingíveis para uma pessoa. Estrutura organizacional é a forma pela qual as atividades desenvolvidas por uma organização são divididas, organizadas e coordenadas. Num enfoque amplo inclui a descrição dos aspectos físicos (ex.: instalações), humanos, financeiros, jurídicos, administrativos e econômicos. Tipos de Organização De modo geral, esses setores podem ser divididos em dois tipos: Órgãos de Linha: são aqueles que estão ligados à execução de tarefas e trazem características da organização linear; Órgãos de Staff: são responsáveis por prestar assessoria e serviços especializados. Traz características da organização funcional. Auxiliar administrativo As atribuições de um auxiliar administrativo podem variar conforme o tipo de empresa e as necessidades do negócio, mas o fato é que esse profissional auxilia no controle dos processos que envolvem a administração da organização. Confira algumas responsabilidades mais comuns ao cargo. Fazer o correto preenchimento de formulários, planilhas e outros documentos; Cuidar dos trâmites de correspondências e documentos; Recepcionar os usuários dos serviços da organização, como fornecedores e prestadores de serviços; Efetuar os registros de receitas e contas a pagar; Emitir notas fiscais; Criar ofícios e memorandos; Executar serviços auxiliares de controle de estoque, registrando-os no sistema; Responsável pela elaboração da minuta de relatórios financeiros, os quais serão posteriormente consolidados pelo departamento contábil; Atualizar os arquivos e cadastros de informações; Apoiar o setor de pessoal com a entrega de documentos para os colaboradores; Assessorar os gestores com questões práticas da rotina de trabalho; Responder e-mails; Controlar a folha de ponto dos funcionários; Realizar atendimento ao público. Função do Auxiliar Administrativo é essencial
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