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HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA Aula 02: Aparelho Reprodutor Humano Professor Esp. Luciano Rodrigues • Sistema Reprodutivo Sistema que inclui os órgãos sexuais feminino e masculino e parte do cérebro. Aspectos Morfofisiológicos do Aparelho Reprodutor Aparelho Reprodutor Masculino • Testículos (2) • Ductos genitais • Epidídimo • Pênis • Glândulas Acessórias -Vesícula seminal -Próstata -Glândulas bulburetrais Aparelho Reprodutor Feminino • Ovários (2) • Tubas uterinas • Útero • Vagina • Seios Aspectos Morfofisiológicos do Aparelho Reprodutor Hormônio Liberador de Gonadotrofina (GnRH) Hormônio Luteinizante (LH) Hormônio Folículo Estimulante (FSH) Hipófise Anterior Hipotálamo Regular atividade dos ovários e testículos. Leva à liberação dos hormônios LH e FSH Hormônio folículo- estimulante (FSH) Hormônio Luteinizante (LH) hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) Prolactina (PRL) Estimula a secreção de estrogênio, responsável pelo desenvolvimento e maturação dos folículos ovarianos. Mulheres: responsável pelo amadurecimento dos folículos, ovulação e produção de progesterona, possuindo papel fundamental na capacidade reprodutiva. Responsável por regular indiretamente a atividade gonadal por meio de estímulos da secreção de LH e FSH pela hipósfise. Homens: relacionado à fertilidade, atuando diretamente nos testículos e influenciando a produção de espermatozoides. Regular o desenvolvimento da glândula mamária (efeito mamogênico) durante a gestação e estimular a lactação no período pós- parto. Hipófise GH Crescimento TSH tireoestimulante FSH LH PRL ACTH adrenocorticotrófico OCITOCINA ADH antidiurético Células do corpo Crescimento Tireoide T3 e T4 Gônadas Testículos Ovários Testosterona Estrógeno progesterona Glândula mamaria Córtex supra renal Cortisol Aldosterona Musculo liso Rins Regulação Insulina Glucagon Produzidos pelo pâncreas Paratormônio Pela paratireoide • Testículo -Cada testículo é envolvido por uma cápsula fibrosa denominada túnica albugínea. Destas, partem septos incompletos para o interior dos testículos formando cavidades – lóbulos; -Os lóbulos são ocupados por cordões chamados de túbulos seminíferos; -Estão localizados dentro de uma bolsa ou escroto – temperatura menor que o corpo. Aparelho Reprodutor Masculino • Túbulos Seminíferos -Estruturas enoveladas constituída por uma parede chamada de epitélio germinativo, onde ocorre a espermatogênese. Aparelho Reprodutor Masculino Aparelho Reprodutor Masculino Túbulos Seminíferos Corte histológico do testículo evidenciando os túbulos seminíferos e tecido conjuntivo ao redor. Aparelho Reprodutor Masculino • Túbulos Seminíferos -Células de Leydig: Localizada nos espaços entre os túbulos seminíferos São estimuladas pelo LH por volta da puberdade para produzir: -Testosterona -Androstenediona -Dihidroepiandrosterona (DHEA) Durante a gravidez essas células são ativadas pelo hormônio gonadotrópico da placenta e produzem andrógenos responsáveis pela diferenciação embrionária da genitália masculina Aparelho Reprodutor Masculino Células de Leydig • Túbulos Seminíferos -Dentro do epitélio germinativo existem duas células: • Células de Sertoli • Células da linhagem espermatogênica Aparelho Reprodutor Masculino • Túbulos Seminíferos Células de Sertoli: -Células piramidais que envolvem parcialmente as células da linhagem espermatogênica; -Dão suporte, proteção e suprimento nutricional aos espermatozoides em desenvolvimento -Fagocitam o excesso de citoplasma durante a espermiogênese -Secretam continuamente um fluido carreador dos espermatozoides Aparelho Reprodutor Masculino Células de Sertoli • Túbulos Seminíferos Células de Sertoli: -Produzem o hormônio antimüleriano – regressão dos ductos de Müller e indução de estruturas derivadas de Wolf – Desenvolvimento do sexo masculino; -Formação de barreira hematotesticular -São estimuladas pelo hormônio testosterona das células de Leydig. Aparelho Reprodutor Masculino Células de Sertoli • Túbulos Seminíferos Aparelho Reprodutor Masculino • Epidídimo -Enovelado de túbulos localizados sobre o testículo; -Nele, ocorre o término da maturação dos espermatozoides que ficam armazenados até sua eliminação durante o ato sexual. Aparelho Reprodutor Masculino • Epidídimo Aparelho Reprodutor Masculino • Canais deferentes São dois tubos musculosos que partem dos epidídimos e sobem para o abdomen, contornando a bexiga urinária. Forma o cordão espermático juntamente com: • Artéria espermática; • Plexo pampiniforme; • Nervos. Aparelho Reprodutor Masculino Aparelho Reprodutor Masculino VESÍCULA SEMINAL -Produzem secreção amarelada rica em frutose, citrato, inositol, prostaglandinas e proteínas – fonte de energia para os espermatozoides -Função regulada pela testosterona PROSTATA -Secreção leitosa e alcalina, responsável pela ativação da motilidade dos espermatozoides e neutralização do pH das secreções vaginais. -Liberada durante a ejaculação GLÂNDULAS BULBOURETRAIS -Sua secreção clara atua como lubrificante e para a limpeza da uretra antes da ejaculação. • Pênis Formado pela uretra e 3 corpos cilíndricos de tecido erétil: •Dois corpos cavernosos – corpo cavernoso dorsal do pênis. •Um corpo cavernoso da uretral ou corpo esponjoso – na sua extremidade distal se dilata e forma a glande do pênis. Ao longo da uretra peniana se encontram as glândulas de Littré – secretam muco. Aparelho Reprodutor Masculino OS HORMÔNIOS DO S ISTEMA REPRODUTOR MA SCULINO • Testosterona: • Diferenciação sexual; • Promover e manter a espermatogênese; • Inibir o desenvolvimento de glândulas mamárias; • Efeito anabólico sobre os músculos; • Efeito anabólico sobre a medula óssea atuando sobre a eritropoese; • Agravamento da voz, crescimento da laringe e alongamento das cordas vocais; • Atuação sobre a libido; • Regulação de hormônios gonadotróficos e GnRH; • Indução enzimática e regulação da síntese proteica hepática. • DHT: • Diferenciação sexual: masculinização da genitália externa; • Maturação sexual na puberdade; • Desenvolvimento embrionário da próstata e crescimento e atividade no adulto; • Atividade das glândulas sebáceas; • Desenvolvimento de pelos corporais; • Indução enzimática e regulação da síntese proteica hepática. • Efeitos sobre a libido. • Estradiol: • Desenvolvimento embrionário da próstata e crescimento e atividade no adulto; • Regulação da secreção de gonadotrofinas e GnRH; • Efeitos sobre a libido. • Genitália externa Vulva: 2 grandes lábios e 2 pequenos lábios. Clitóris: rico em terminações nervosas e órgão receptor de estímulos. • Órgãos reprodutores femininos internos: vagina, útero, tubas uterinas e ovários. Aparelho Reprodutor Feminino • Vagina Entrada de espermatozoides e saída do bebê (parto normal). Bactérias da flora metabolizam o glicogênio e produzem ácido lático responsável pelo pH baixo da vagina – proteção. Aparelho Reprodutor Feminino • Útero: Em forma de pera, sua parede é formada por 3 camadas: -Adventícia (perimétrio) – mais externa – tecido conjuntivo. -Miométrio – composta de tecido muscular liso (mais espessa). Sofre hiperplasia e hipertrofia durante a gravidez. -Endométrio – Formado por um epitélio com lâmina própria e glândulas que se ramificam na região mais profunda, próximo ao miométrio. Aparelho Reprodutor Feminino • Tuba uterina : -São tubos musculares de grande mobilidade. O infundíbulo é a sua extremidade aberta para a cavidade peritoneal próximo ao ovário. -O infundíbulo possui as fímbrias (franjas) que auxiliam a captação do ovócito no momento da ovocitação. -As células que revestem internamente possuem cílios que auxiliam o transporte do ovócito/embrião até o útero. -É o local onde ocorre a fertilização do ovócito. AparelhoReprodutor Feminino Aparelho Reprodutor Feminino Os ovários são constituídos de: • Córtex – Folículos em diferentes estágios de desenvolvimento e células hilares (semelhantes a de Leydig). • Medula – Células estromais, células hilares, fibras de músculo liso, vasos e nervos. • Hilo – Onde penetram vasos e nervos. Aparelho Reprodutor Feminino • Definição: Processo de formação das células germinativas (gametas). Espermatogênese Oogênese Testículos Ovários Espermatozoides Óvulo Maduro Gametogênese A gametogênese envolve dois tipos de divisões celulares: • MITOSE: aumenta a população de células precursoras (gônias) -Testículos – espermatogônias -Ovários – ovogônias • MEIOSE: reduz a quantidade de material genético de diploide para haploide e proporciona a variabilidade genética -Espermatozoides (inicia na puberdade e é contínua) -Ovócito (inicia na vida fetal e reinicia ciclicamente na puberdade Gametogênese • Produção de gametas – células germinativas: - processo composto por duas divisões celulares meióticas - nº de cromossomos das células germinativa é reduzido pela metade: 1 célula-mãe (2n) → 4 células-filhas (n) 46 cromossomos → 23 cromossomos Diplóide → Haplóide - Geneticamente ≠ entre si e da progenitora Gametogênese - Meiose • Possibilita a constância do número de cromossomos de geração a geração para outra, ao reduzir o número de cromossômico de diploide para haploide - gametas haploides; • Possibilita o arranjo ao acaso dos cromossomos materno e paterno • Reposiciona os segmentos dos cromossomos através de cruzamento dos segmentos cromossômicos – crossing-over. Gametogênese - Meiose Gametogênese – Meiose x Mitose Meiose • Ocorre nas células germinativas; • Duas divisões por ciclo. Na meiose I, há a separação dos cromossomos- homólogos e, na meiose II, ocorre a separação das cromátides-irmãs; • Há crossing-over na prófase • Resulta em quatro células-filhas; • As células filhas são geneticamente diferentes • As células filhas são haploides. Mitose • Ocorre nas células somáticas e germinativas; • Uma divisão por ciclo, onde há separação das cromátides irmãs; • Não há crossing-over na prófase • Resulta em duas células-filhas; • As células filhas são geneticamente iguais; • As células filhas são diploides. • Sequência de eventos pelos quais as células germinativas primitivas se transformam em espermatozoides; • Início na puberdade quando o organismo começa a secretar altos níveis de testosterona – intensa produção até a velhice; • Ocorre no interior dos túbulos seminíferos; • As células tronco chamadas espermatogônias são transformadas em espermatozoides. Gametogênese - Espermatogênese • Testículos – começam a se formar a partir da 7 semana do desenvolvimento embrionário; • Até a puberdade, as espermatogônias permanecem latentes no interior dos túbulos seminíferos; • Na puberdade, com a secreção do hormônio luteinizante (LH) pela hipófise, há a diferenciação de células mesenquimais em células de Leydig – síntese de testosterona → início da espermatogênese. Gametogênese - Espermatogênese Gametogênese - Espermatogênese Gametogênese - Espermatogênese • Controle Hormonal da Espermatogênese -Ainda no embrião, já se inicia a produção de testosterona pelas células de Leydig e que é importante para o desenvolvimento dos caracteres sexuais primários e secundários. -Por volta da puberdade, ocorre a maturação das células hipofisárias e se inicia a produção dos hormônios do eixo hipotálamo e da hipófise. Gametogênese - Espermatogênese O hipotálamo inicia a produção do hormônio estimulante das gonodotrofinas (GnRH), que vai estimular a hipófise a produzir os hormônios LH e FSH – hormônios gonadotrópicos. LH – hormônio luteinizante Estimula as células de Leydig a produzir mais testosterona. FSH – hormônio folículo estimulante O FSH e a testosterona ativam as células de Sertoli que, por sua vez estimulam as espermatogônias a iniciarem a espermatogênese. Gametogênese - Espermatogênese • Aumento das células germinativas por mitose; • Crescimento das espermatogônias; • Redução do material germinativo por meiose; • Maturação estruturas e funcional. Gametogênese - Espermatogênese Gametogênese - Espermatogênese No ser humano, a espermatogênese demora 64-74 dias: quase 16 dias no período de mitoses das espermatogônias; 24 dias na primeira meiose; cerca de 8h na segunda meiose, e quase 24 dias na espermiogênese. Gametogênese - Espermatogênese • A série de transformações que as espermátides sofrem até adquirirem formato de espermatozoides: A. Formação do acrossomo; B. Condensação do núcleo; C. Formação do colo, parte média e cauda; D. Eliminação da maior parte do citoplasma. Espermiogênese Gametogênese - Espermatogênese Espermatozoides Células móveis que nadam livremente. • Cabeça: contém núcleo haploide e é revestida pelo acrossomo (forma de capuz) que possui enzimas cuja a função é a penetração na corona radiata e zona pelúcida do ovócito. • Peça intermediária (da cauda): possui mitocôndrias – energia para o movimento da cauda. • Cauda: motilidade. Gametogênese - Espermatogênese Espermatozoides Gametogênese - Oogênese • Tem início no embrião quando células indiferenciadas migram do saco vitelino para as gônadas em desenvolvimento e se diferencial em ovogônias. • As ovogônias se proliferam (mitose) durante a fase fetal. Antes do nascimento, algumas se diferenciam em ovócitos primários enquanto que as demais degeneram. • Os ovócitos primários ficam parados na prófase I (meiose I). As células do estroma do ovário envolvem o ovócito primário formando o folículo primordial. • A cada ciclo, vários folículos primordiais são recrutados pelos hormônios LH e FSH e iniciam a maturação. Gametogênese - Oogênese • Os ovócitos ficam quiescentes até a ovocitação. • Esses ovócitos possuem um envoltório formado de células fusiformes do estroma e lâmina basal – Esse conjunto é dado o nome de folículo primordial. • Ao nascimento existem em torno de 2 milhões de folículos primordiais que não mais se dividem. Gametogênese - Oogênese Gametogênese - Oogênese Gametogênese – Ciclo Reprodutivo Feminino Gonadotrofinas – hormônios produzidos pelo eixo hipotálamo e hipófise (SNC). O hipotálamo produz o hormônio estimulante da gonadotrofina (GnRH) que estimula a hipófise a produzir os hormônios gonadotrópicos: • LH – hormônio luteinizante. • FSH – hormônio folículo estimulante. Gametogênese – Ciclo Reprodutivo Feminino FSH • Estimula o crescimento dos ovários • Maturação dos folículos • Produção de estrógenos Gametogênese – Ciclo Reprodutivo Feminino LH • Induz a ovocitação – liberação do ovócito do folículo; • Estimula a formação do corpo lúteo – produção de progesterona Gametogênese – Ciclo Reprodutivo Feminino CICLO OVARIANO Compreende 3 fases: •Fase folicular – pré-ovulatória (9 a 23 dias). Desenvolvimento final do folículo ovariano. Predomínio do estrogênio. •Fase ovulatória – ocorre pico dos hormônios LH e FSH e ocorre a ovulação (1 a 3 dias). •Fase lútea – se inicia após a ovulação em que predomina a progesterona (14 dias) e termina com a menstruação. Gametogênese – Ciclo Reprodutivo Feminino Gametogênese – Ciclo Reprodutivo Feminino Fase Folicular • A partir da puberdade, a cada ciclo, um grupo de folículos primordiais começa o processo de crescimento folicular que é estimulado pelo FSH. • O ovócito cresce em volume e número de organelas e as células foliculares e fibroblastos que o circundam também crescem. Gametogênese – Ciclo Reprodutivo Feminino Fase Ovulatória • É estimulada por um pico de LH estimulado pelos altos níveis de estrogênio circulante. • Ocorre ruptura de parte da parede do folículo e o ovócito é liberado. • A primeira divisão meiótica é completada pouco antes da ovocitação (primeiro corpúsculo polar), porém é interrompida na segunda divisão na fasede metáfase II. • As células da granulosa e da TECA interna que permaneceram no ovário sofrem ação do LH e formam o corpo Lúteo. • O corpo lúteo é considerado uma glândula endócrina temporária produtora de progesterona. Gametogênese – Ciclo Reprodutivo Feminino Fase Ovulatória Gametogênese – Ciclo Reprodutivo Feminino Fase Lútea • Produz progesterona e estrógenos. • Dura em média 10 a 12 dias se não houver fertilização do ovócito – atresia – corpo amarelo ou albicans. Sofre fagocitose. • Se entre em atresia, os níveis de progesterona diminuem e outro ciclo com aumento de FSH começa. • Se o ovócito é fertilizado as células trofoblásticas sintetizam o hormônio gonadotrofina coriônica humana (HCG) – mantém o corpo lúteo pelos 4 meses iniciais da gravidez. Gametogênese – Ciclo Reprodutivo Feminino Fase Lútea
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