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Guia para Prescrição de Enzimas Digestivas_V2 (2)

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Sumário 
1. Definição ............................................................................................................................... 3 
2. Origem ................................................................................................................................... 3 
3. Aplicações Clínicas ................................................................................................................. 5 
3.1 Aplicações clínicas da Bromelaína ....................................................................................... 5 
3.2 Aplicações clínicas da DPP-IV .............................................................................................. 5 
4. Quando utilizar ...................................................................................................................... 6 
4.1 Causas da deficiência .......................................................................................................... 6 
4.2 Sinais e sintomas de deficiência de enzimas digestivas ................................................ 7 
4.3 Como avaliar a deficiência enzimas digestivas ................................................................... 8 
4.3.1. Como interpretar o exame coprológico funcional ...................................................... 9 
4.4 Situações que indicam a utilização de enzimas ................................................................ 11 
5. Como prescrever ................................................................................................................. 12 
5.1 O que mudou na prescrição .............................................................................................. 12 
5.2 Doses ................................................................................................................................. 14 
6. Prescrição magistral ............................................................................................................ 15 
6.1 Formas farmacêuticas ....................................................................................................... 15 
6.2 Formulações ...................................................................................................................... 16 
6.3 Contraindicações e efeitos adversos ................................................................................. 18 
 ..................................................................................................................................................... 20 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 21 
Apêndice...................................................................................................................................... 23 
Aplicações clínicas da Bromelaína ........................................................................................... 23 
Bromelaina e atividade antimicrobiana: ............................................................................. 23 
Bromelaina e câncer ............................................................................................................ 23 
Bromelaina no sistema cardiovascular e circulatório: ........................................................ 24 
Bromelaina e doenças autoimunes: .................................................................................... 24 
Bromelaina e alergias respiratórias:.................................................................................... 24 
Bromelina e artrite: ............................................................................................................. 25 
 
 
 
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1. Definição 
As enzimas digestivas são quimicamente classificadas como hidrolases, ou seja, promovem 
a quebra das ligações químicas das macromoléculas através de reações de hidrólise em sítios 
ativos. Cada enzima apresenta determinada especificidade para um substrato, hidrolisando 
apenas determinadas ligações, de forma que, para que haja a digestão de nutrientes complexos, 
várias enzimas podem ser necessárias. 
Em síntese, as enzimas digestivas permitem que as macromoléculas encontradas nos 
alimentos ingeridos sejam “quebrados” em moléculas menores para serem absorvidos no lúmen 
intestinal. 
As enzimas podem ser produzidas no organismo, ingeridas por meio do consumo de alguns 
alimentos crus ou presentes em suplementos alimentares (enzimas digestivas exógenas). 
A maioria das enzimas digestivas endógenas são produzidas pelo pâncreas, porém, o fígado, 
a vesícula biliar, o intestino delgado, o estômago e o cólon também desempenham papéis 
essenciais na produção e disponibilização dessas enzimas. Dentre as enzimas digestivas 
endógenas incluem lipase, protease, amilase, ptialina, pepsina e tripsina. Exemplos de enzimas 
digestivas exógenas são alfa galactosidase, celulase, hemicelulose, maltase, entre outras. 
 
2. Origem 
As enzimas digestivas suplementares podem se originar de três fontes diferentes: animal, 
vegetal e microbiana. 
As enzimas de origem animal incluem pancreatina, pepsina, tripsina e quimiotripsina. 
Exemplos de enzimas de origem vegetal são a bromelaína (do abacaxi ) e a papaína (do mamão). 
Enzimas de origem microbiana podem ser extraídas de fungos (incluindo leveduras) e bactérias 
e têm boa resiliência gástrica. As enzimas microbianas podem incluir lipase, proteases, 
sacaridases e enzimas fibrolíticas (Tabela 1). 
 
 
 
 
 
 
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Tabela 1 – Funções e unidades de medida de enzimas digestivas 
Grupo 
Enzima Função Unidade de Medida segundo 
FCC 
Carboidrato 
 
Alfa 
Galactosidase 
 
Hidrolisa rafinose, estaquiose e verbascose 
presente em legumes, grãos inteiros e alguns 
vegetais em monossacarídeos glicose, 
galactose e frutose. Reduz a produção de 
gases ao consumo de carboidratos 
fermentáveis. 
GALU (Unidades de 
Galactosidase) 
Alfa Amilase Hidrolisa os polissacarídeos em dissacarídeos DU (Unidades Dextrinizantes) 
Celulase Decompõe a celulose, uma fibra vegetal 
encontrada em frutas e vegetais. 
CU (Unidade de Celulase) 
Glucoamilase ou 
Amiloglucosidase 
Decompõe amido em glicose. AGU (Unidades 
Amiloglucosidase) 
Hemicelulase Capaz de digerir as hemiceluloses 
(polissacarídeos que, juntamente com a 
celulose e a pectina, formam a parede celular 
dos vegetais). 
HCU (unidades de 
hemicelulase) 
Invertase Auxilia na quebra da sacarose (açúcar 
refinado), transformando-a em frutose e 
glicose; 
INVU (Unidade de Atividade 
de Invertase) ou SU 
(Unidades Sumner) 
Lactase Auxilia na quebra da lactose (açúcar do leite), 
transformando-a em glicose e galactose; 
ALU (Unidade de ácido 
lactase) 
Maltase Auxilia na quebra da maltose (açúcar dos 
cereais), transformando-a em glicose; 
DP (Graus de Poder 
Diastático) 
Pectinase Auxilia na quebra da pectina, um dos 
principais componentes da parede celular 
dos vegetais 
Endo - PGU (unidades de 
Poligalacturonase) 
Xilanase Degrada o polissacarídeo linear beta-1,4-
xilano em xilose, quebrando assim a 
hemicelulose, um dos principais 
componentes das paredes celulares das 
plantas. 
XU (unidades de xilanase) 
Fitase Hidrolisa o fitato (ácido fítico) para liberar 
fosfato, reduzindo o efeito antinutricional do 
fitato resultando em diminuição da 
biodisponibilidade,ou seja, redução da 
absorção no intestino. 
FTU (unidades de fitase) 
Proteína 
 
Protease ácida As proteases atuam em diferentes faixas de 
pH ao longo do trato gastrointestinal. A 
protease ácida hidrolisa proteínas em pH 
ácido de 2,0 a 6,0. 
SAP (Protease ácido estável) 
Protease alcalina Atua na digestão proteica em nível intestinal 
em pH alcalino (4,0-11,00), bem como em 
demais processos fisiológicos, como ativação 
de outras enzimas e coagulação sanguínea. 
PC (Unidade de protease com 
base em L tirosina) 
Bromelaína Atua na digestão proteica. GDU (unidades de digestão 
de gelatina) ou FCC PU 
Papaína Protease de ampla especificidade que 
hidrolisa proteínas em aminoácidos. 
FCC PU (Unidades de 
Papaína) 
Protease 
Dipeptidil 
peptidase IV 
(DPP/IV) 
Digere peptídeos ricos em prolina altamente 
resistentes na fração de gliadina do glúten e 
caseína. 
DPPU (Unidade de Protease 
Dipeptil peptidase IV) 
Lipídios 
Lipase Hidrolisa lipídios em ácidos graxos e glicerol. FIP (Federation 
Internationale 
Pharmceutique) 
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3. Aplicações Clínicas 
 Alguns estudos sugeriram que a terapia oral com preparações enzimáticas é benéfica 
para pacientes com dispepsia funcional já que podem reduzir os sintomas de flatulência, 
distensão abdominal, eructação, plenitude e desconforto pós-prandial. 
Entretanto, suplementos com enzimas digestivas têm sido utilizados para outras 
aplicações clínicas como é o caso da enzima DPP-IV para sensibilidade ao glúten não celíaca, 
redução dos danos da mucosa intestinal, autismo e sensibilidade à caseína; fitase para prolongar 
o efeito da toxina botulínica; bromelina por seu efeito antimicrobiano, antineoplásico, 
quimiopreventivo, inibidor da agregação de plaquetas sanguíneas, modulação da inflamação e 
do sistema imune, além de atividades analgésica, antiedematosa, antitrombótica e fibrinolítica. 
No entanto, os estudos clínicos que demonstram a segurança e os benefícios 
terapêuticos da suplementação do complexo de enzimas digestivas são escassos. 
 
3.1 Aplicações clínicas da Bromelaína 
 Além de apoiar a digestão de proteínas, a enzima Bromelina ou Bromelaína, pode ter outras 
aplicações clínicas por seu efeito antimicrobiano, antineoplásico, quimiopreventivo, inibidor da 
agregação de plaquetas sanguíneas, modulador da inflamação e do sistema imune, além de 
atividade analgésica, antiedematosa, antitrombótica e fibrinolítica. 
 Esses achados indicam potencial efeito na proteção contra diarreia causada por 
enterotoxinas bacterianas de Escherichia coli e Vibrio cholerae, prevenção de câncer, 
cardioproteção, risco de trombose arterial e embolia, doenças inflamatórias crônicas, 
autoimunes, doenças alérgico respiratórias e artrite (ver apêndice). 
 Entretanto, mais pesquisas são necessárias para compreender os mecanismos de ação, 
dose de eficácia e segurança, aproveitamento eficiente e eficácia clínica da bromelaína. 
 
3.2 Aplicações clínicas da DPP-IV 
 DPPIV é normalmente produzida pelas células das vilosidades intestinais e é essencial para 
a quebra completa de proteínas dietéticas contendo prolina, como glúten e caseína. DPP-IV é 
uma abreviatura de Dipeptidil peptidase IV e pertence à classe das exopeptidases de enzimas 
proteolíticas. A DPP-IV tem a capacidade de clivar a ligação de peptina antes da última prolina, 
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permitindo que dipeptídeos contendo prolina sejam liberados das cadeias de polipeptídeo. Isso 
o torna uma das poucas enzimas que permite a digestão de proteínas ricas em prolina. 
 Além de favorecer a quebra do glúten e da caseína, a DPP-IV desempenha um papel 
substancial no sistema imunológico, particularmente na função das células T, e por isso, tem 
sido investigada como um possível alvo para o tratamento de doenças autoimunes, incluindo 
doença inflamatória intestinal. No que diz respeito à dor visceral, vários substratos DPP-IV estão 
envolvidos na regulação da nocicepção visceral. 
 DPP-IV também modula a funcionalidade de NPY e PYY potencializando a digestão e a 
saciedade. Existem algumas evidências que indicam que a DPP-IV também está envolvida na 
regulação do comportamento afetivo-emocional, porém mais estudos são necessários para 
comprovação de eficácia da DPP-IV nestas e outras aplicações clínicas descritas na literatura. 
 
4. Quando utilizar 
A utilização de enzimas digestivas exógenas é indicada especialmente em situações em que 
a atividade enzimática endógena é inadequada ou insuficiente. 
A deficiência na produção ou na atividade enzimática endógena é baseada na incapacidade 
do pâncreas e das células intestinais e outros órgãos de produzir as enzimas necessárias e/ou mau 
funcionamento ou ausência de mensageiros-chave que regulam os órgãos produtores de enzimas. 
Essas situações podem ter etiologia genética ou são causadas por doenças 
gastrointestinais, envelhecimento, desequilíbrio da microbiota intestinal, entre outras, 
culminando na deficiência ou ausência na produção endógena ou biodisponibilidade das 
enzimas produzidas. Uma das principais razões para a produção reduzida de enzimas digestivas 
é a função pancreática exócrina deficiente. 
 
4.1 Causas da deficiência 
• Alterações endócrinas do pâncreas, Resistência à Insulina e Diabetes; 
• Cálculos biliares que bloqueiam o ducto biliar e reduzem/ interrompem o fluxo de 
sucos pancreáticos (estase biliar); 
• Função deficiente do esfíncter de Oddi que controla a liberação de sucos biliares e 
pancreáticos do ducto biliar para o intestino delgado; 
• Abuso de álcool; 
• Infecção gastrointestinal crônica; 
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• Doenças inflamatórias intestinais; 
• Doenças gastrointestinais; 
• Colecistectomia; 
• Desequilíbrio da microbiota intestinal; 
• Hipocloridria; 
• Deficiência de ácidos biliares; 
• Exposição repetida a antibióticos; 
• Estresse físico, emocional ou psicológico, que reduz a produção de enzimas digestivas 
pancreáticas; 
• Tabagismo; 
• Envelhecimento, que leva a um declínio na função pancreática e digestiva; 
• Sensibilidades alimentares; 
• Doença celíaca. 
 
4.2 Sinais e sintomas de deficiência de enzimas digestivas 
• Flatulência; 
• Dor ou desconforto abdominal; 
• Diarreia; 
• Fezes amolecidas; 
• Constipação; 
• Distensão abdominal; 
• Queda de cabelo; 
• Unhas quebradiças; 
• Cansaço excessivo; 
• Comida não digerida nas fezes; 
• Fezes que flutuam (esteatorreia); 
• Desconforto pós-prandial; 
• Eructação excessiva; 
• Azia; 
• Pirose; 
• Refluxo. 
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4.3 Como avaliar a deficiência enzimas digestivas 
Atualmente não há um método laboratorial confiável para avaliar a deficiência 
de todas as enzimas digestivas. 
Os testes disponíveis com validação científica estão disponíveis somente para 
medir os níveis de algumas enzimas pancreáticas no sangue, mas são usados apenas 
para diagnosticar a pancreatite, não para medir a função enzimática digestiva. 
Já a deficiência de lactase pode ser avaliada por testes laboratoriais como 
dosagem da lactase na mucosa duodenal, teste oral de tolerância à lactose e teste de 
hidrogênio expirado. 
A dosagem de lactase na mucosa duodenal, em fragmento colhido por 
endoscopia, tem sensibilidade de 95% e especificidade de 100%, porém é um exame 
invasivo. 
Pode-semedir indiretamente a capacidade de digestão de lactose. No teste oral, 
o paciente ingere uma quantidade fixa desse dissacarídeo e a glicemia é dosada antes e 
depois da ingestão. O indivíduo capaz de digerir a lactose apresenta um incremento de 
20 mg/dL na glicemia. 
Além de dosar a glicemia, é possível medir o Hidrogênio no ar expirado após a 
sobrecarga oral, pois, pela fermentação da lactose pelas bactérias colônicas, há 
produção de Hidrogênio, que é absorvido no intestino e parcialmente eliminado pelos 
pulmões. 
A quantificação de gordura nas fezes é um teste de triagem para a investigação 
das síndromes de má absorção de origem pancreática e deficiência da lipase e 
esteatorreia. 
Uma forma indireta para indicar a deficiência de enzimas digestivas é o exame 
coprológico funcional. Eles visa o estudo das funções digestivas abrangendo as provas 
de digestibilidade macroscópicas, exames químicos e outras, cujos resultados permitem 
diagnosticar os diferentes quadros que são agrupados em síndromes coprológicas: 
insuficiência gástrica, pancreática e biliar, hipersecreção biliar, (fermentação 
hidrocarbonada e putrefação), síndromes ileal e cecal, colites e outras alterações do 
transito intestinal. 
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4.3.1. Como interpretar o exame coprológico funcional 
 
Tabela 2 – Padrão de referência e interpretação do exame físico, químico e microscópico das fezes no 
exame cropológico funcional. 
 
Critério avaliado Padrão de referência Interpretação 
Exame físico 
Forma Moldada As fezes devem estar em um 
aspecto moldado. 
Cor Castanho-parda As fezes duras dos constipados 
são mais escuras que o normal, 
e as dejeções diarreicas tendem 
a ser mais claras, mesmo que 
neste último caso haja 
numerosas exceções 
Consistência Sólida As falsas diarreias dos 
constipados caracterizam-se por 
evacuação mista, compacta na 
primeira parte e pastosa no 
final. 
Nas diarreias, as fezes são 
fluidas, pastosas ou líquidas, de 
odor sui generis. 
Torna-se fétido em todos os 
processos que se acompanham 
de putrefação das proteínas 
ingeridas ou endógenas (o que 
pode ocorrer, ainda que nem 
sempre, em pacientes com 
insuficiência gástrica, biliar ou 
pancreática, colite e câncer, 
etc.) e sobretudo em casos de 
melenas, câncer de cólon e 
abscesso aberto no intestino 
grosso. 
De odor rançoso, azedo são as 
“diarreias de fermentação” com 
trânsito rápido a partir do ceco. 
As dejeções tornam-se inodoras 
durante o tratamento com 
antibióticos intestinais 
Nas diarreias urêmicas e nas 
fístulas retrovesicais, são de 
odor amoniacal. 
Viscosidade Diminuída Deve-se suspeitar de déficit de 
lipases ou de bile ou colestase 
hepática. 
Associar exames como prova de 
função hepática (TGO, TGP, 
GGT, bilirrubina direta, 
bilirrubina indireta e fosfatase 
alcalina) 
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Viscosidade nas fezes pode 
indicar distúrbios do trato 
gastrintestinal, como infecções 
bacterianas, obstruções 
intestinais, síndrome do cólon 
irritável e doença inflamatória 
intestinal. 
Muco Ausente Seu significado clínico é muito 
diferente, se estiver presente de 
maneira isolada como muco 
perolado, transparente, ou se 
for opaco, misturado com 
células epiteliais, sangue ou pus 
no primeiro caso, trata-se de 
catarro alérgico, puramente 
funcional, e, de modo 
excepcional, se for muito 
abundante, te um tumor viloso, 
ainda que, no segundo casom 
assiinale a existência de um 
processo inflamatório, mais ou 
menos produndo (enterite e 
colite verdadeiras) 
O muco das fezes pode também 
sinalizar alergia alimentar. 
Critério avaliado Padrão de referência Interpretação 
Exame químico 
pH 6,0 As fezes em geral são neutras ou 
um pouco alcalinas, mas a 
reação depende de vários 
fatores, dietéticos e endógenos, 
porque suas variações, tanto na 
saúde como na doença, são 
irregulares e de pouco valor 
clínico. Apresentam reação 
ácida as fezes dos pacientes com 
“dispepsia de fermentação”, 
mesmo que sejam alcalinas nas 
diarreias de putrefação. 
Também constuma ser alcalinas 
as dejeções de indivíduos com 
insuficiência gástrica 
descompensada (“diarreias 
gastrógenas”) 
Substâncias redutoras Ausentes Seu significado pode ser 
intolerância alimentar, em 
particular quando há 
persistência da diarreia, 
associada a perda de peso e pH 
fecal inferior a 6. Serve para 
diagnosticar deficiência de 
lactase no local em que o déficit 
de absorção da lactose 
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determina o aparecimento de 
substâncias redutora nas fezes. 
Critério avaliado Padrão de referência Interpretação 
Exame microcópico 
Gorduras neutras Ausentes Se elevadas, suspeitar de 
insuficiência pancreática ou 
déficit biliar. A presenção de 
excesso de gordura nas fezes – 
esteatorreia – obedece a um ou 
vários dos seguintes 
mecanismos: trânsito 
acelerado, deficiência 
enzimática de sua digestão, 
deficiência de absorção ou 
hipersecreção endógena. 
Amido Ausente Se elevado, suspeitar de 
insuficiência pancreática (déficit 
na síntese de amilase 
pancreática). 
Fibras musculares bem digeridas Presentes Se muito presentes, cogitar 
hipocloridria, déficit de enzimas 
pancreáticas 
Fibras musculares mal digeridas Ausentes Se muito presentes, cogitar 
hipocloridria, déficit de enzimas 
pancreáticas 
Legenda: TGO – transaminase glutâmico-oxalacética; TGP – transaminase glutâmico-pirúvica; GGT – 
gamaglutamil transpeptidase. 
 
Fonte: PUJOL, A. P. Nutrição Aplicada à estética. 2ed. Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2020. 
 
4.4 Situações que indicam a utilização de enzimas 
• Dispepsia crônica; 
• Gastrite; 
• Idoso; 
• Refluxo Gastresofágico; 
• Colecistectomia; 
• Síndrome do Intestino Irritável; 
• Intolerância a lactose; 
• Sensibilidade ao glúten não celíaca; 
• SIBO; 
• Intolerância ou redução da tolerância aos FODMAPs; 
• Hipocloridria; 
• Uso de antibióticos e medicamentos Inibidores da Bomba de Prótons; 
• Padrão alimentar rico em alimentos refinados, ultraprocessados e baixo consumo de 
alimentos crus; 
• Consumo inadequado de alimentos que contém inibidores de enzimas (Ex. feijão sem 
deixar de molho). 
 
 
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A suplementação com enzimas digestivas podem ser particularmente útil ao mudar para 
uma dieta vegetariana, vegana ou plant based, auxiliando na digestão de componentes 
vegetais mais resistentes, como a celulose, rafinose e ácido fítico favorecendo o 
desconforto gástrico e a biodisponibilidade de nutrientes. Eles também são 
complementares às enzimas produzidas pelo pâncreas, portanto, não são considerados 
substitutos da ação enzimática digestiva natural. 
 
5. Como prescrever 
Segundo Inciso IX, Art. 3º da Resolução CFN n. 656 de 15 de junho de 2020 que dispõe sobre 
a prescrição dietética, pelo nutricionista, de suplementos alimentares e dá outras providências, 
para prescrição de enzimas digestivas, a dose deve ser indicada pela atividade enzimática ou 
potência em Unidades (U) segundo Food Chemical Codex (FCC). 
 
5.1 O que mudou na prescrição 
Andas da publicação da Resolução CFN n. 656, não havia obrigatoriedade de incluir a 
potência enzimáticas na prescrição nutricional de enzimas digestivas. Frequentemente as 
prescrições eram realizadas utilizando peso, expresso em miligramas, como unidade de medida. 
Atualmente, a unidade de medida das enzimas não mais deveser desta forma, mas sim 
em atividade enzimática ou potência da enzima. 
 
Exemplo: 
Antes De acordo com a legislação vigente 
Bromelina – 100 mg Bromelina -1200 GDU 
 
A alteração da unidade de medida imposta pela nova legislação foi fundamentada no 
fato de que o peso das enzimas (por exemplo, em miligramas) não indica a atividade real das 
mesmas, bem como a diferença que existe na potência das enzimas por grama conforme a 
matéria prima disponível. 
Os ensaios enzimáticos, que permitem determinar a atividade enzimática, são descritos 
em duas monografias principais – o Food Chemical Codex (FCC) e a Farmacopéia Americana 
(USP-NF) - a fim de que seja garantida a qualidade e a consistência das atividades enzimáticas, 
expressas através de unidades específicas. Dessa forma, quando a prescrição de enzimas estiver 
apenas em miligramas (mg) pode haver dificuldade de se conhecer a real atividade enzimática. 
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Assim, devem ser seguidas as unidades enzimáticas descritas nos compêndios oficiais, 
assegurando que atividade enzimática foi cuidadosamente medida e padronizada. 
No caso da prescrição nutricional, deve-se utilizar os padrões determinados na 
monografia Food Chemical Codex (FCC). 
Cada enzima recebe sua própria unidade de potência (atividade) utilizando com unidade 
de medida padrão FCC. Por exemplo, a unidade de medida da amilase é DU (Unidades 
Dextrinizantes). Já da bromelaína é GDU (unidades de digestão de gelatina). 
Alguns laboratórios expressam a potência das enzimas utilizando unidades de medida 
distintas do padrão estabelecido pelo FCC. Essa informação constará no laudo técnico da 
matéria prima, disponíveis nas farmácias magistrais. 
Diferentes unidades de medida não expressam a mesma potência. Isso pode gerar 
confusão por parte de farmacêuticos e nutricionistas, já que a interpretação da potência 
depende da unidade de medida. Caberá ao farmacêutico ajustar a potência da enzima de acordo 
com a U da prescrição nutricional, que deverá ser descrita conforme FCC. 
A conversão da unidade de medida para o padrão FCC é complexa, pois na maioria das 
enzimas depende de ensaios em laboratórios. Por isso, certamente, constitui um desafio para 
os farmacêuticos. 
 
 
Muitos farmacêuticos desconhecem o padrão FCC como unidade de medida e 
questionam as prescrições de enzimas nesse padrão emitidas por nutricionistas. Cabe 
ao nutricionista, justificar à farmácia magistral que a utilização da Unidade de medida 
está embasada na legislação vigente (Resolução CFN n. 656 de 15 de junho de 2020). 
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5.2 Doses 
 
Até o momento, diversas formulações de suplementação enzimática com distintas doses 
estão disponíveis no mercado, e atualmente são utilizadas na prática clínica para o manejo de 
diversas doenças digestivas, principalmente aquelas envolvendo órgãos destinados à produção 
de enzimas digestivas, incluindo o pâncreas exócrino (que produz enzimas pancreáticas) e a 
borda em escova do intestino delgado (que produz lactase). 
Determinar a dose terapêutica de enzimas compreende um desafio atual para os 
nutricionistas considerando que: 
• Durante anos, a prescrição das enzimas foi realizada em peso (miligramas). Não é 
possível converter a dose em mg para unidade de medida segundo FCC, visto que o peso 
não determina a potência enzimática. 
• As doses e unidades de medida utilizados nos estudos são heterogêneos favorecendo 
fatores de confusão na dose resposta. 
• Os estudos frequentemente usam preparações que contêm misturas de várias enzimas 
e as dosagens eficazes variam amplamente. 
 
A dose usual sugerida por enzima está descrita na Tabela 3. 
 
 
 
Digestão além do consumo de enzimas digestivas 
 A digestão não se resume apenas às enzimas digestivas, mas requer ações sinérgicas 
do ácido clorídrico do estômago, sais biliares e um revestimento saudável do trato 
gastrointestinal para permitir que os nutrientes sejam absorvidos. 
O primeiro passo para favorecer digestão adequada é abordar a dieta, encorajando a 
redução/ eliminação de alimentos e bebidas que causam e contribuem para a inflamação 
intestinal e aumentar o consumo de alimentos vegetais. O consumo adequado de água, 
mastigação correta, alimentação em ambiente tranquilo e gerenciamento do estresse são 
importantes coadjuvantes. 
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Tabela 3 – Sugestão de doses de enzimas digestivas 
Grupo 
Enzima Unidade de Medida segundo 
FCC 
Dose usual 
Carboidrato 
 
Alfa Galactosidase 
 
GALU (Unidades de 
Galactosidase) 
400 a 1.200 GalU 
Alfa Amilase DU (Unidades Dextrinizantes) 5.000 a 20.000 DU 
Celulase CU (Unidade de Celulase) 750 a 4.800 CU 
Glucoamilase ou 
Amiloglucosidase 
AGU (Unidades 
Amiloglucosidase) 
5 a 20 AGU 
Hemicelulase HCU (unidades de 
hemicelulase) 
800 a 8.000 HCU 
Invertase INVU (Unidade de Atividade de 
Invertase) ou SU (Unidades 
Sumner) 
400 a 1.200 SU 
Lactase ALU (Unidade de ácido lactase) 1.000 a 10.000 ALU 
Maltase DP (Graus de Poder Diastático) 200 a 400 DP 
Pectinase Endo - PGU (Unidades de 
Poligalacturonase) 
35 a 100 ENDO PG 
Xilanase XU (unidades de xilanase) 750 a 1.200 XU 
Fitase FTU (unidades de fitase) 100 a 200 FTU 
Proteína 
 
Protease ácida SAP (Protease ácido estável) 50 a 100 SAP 
Protease alcalina PC (Unidade de protease com 
base em L tirosina) 
5.000 a 10.000 PC 
 
Bromelaína GDU (unidades de digestão de 
gelatina) ou FCC PU 
120 a 2400 GDU 
Papaína FCC PU (Unidades de Papaína) 50.000 a 100.000 FCC 
PU 
Protease Dipeptidil 
peptidase IV (DPP/IV) 
DPPU (Unidade de Protease 
Dipeptil peptidase IV) 
250 a 1.500 DPPU 
Lipídios 
Lipase FIP (Federation Internationale 
Pharmceutique) 
750 a 4.800 FIP 
 
6. Prescrição magistral 
 
6.1 Formas farmacêuticas 
• As enzimas podem ser veiculadas em cápsulas, sachês ou solução oral. 
• Sugestão de excipientes: 
o Cápsulas: celulose microcristalina, estearato de magnésio e dióxido de silício 
coloidal em suas devidas proporções. 
o Revestimento entérico: deve ser utilizado com o para proteger as enzimas 
sensíveis ao pH estomacal. 
o Sachês: maltodextrina e dióxido de silício coloidal. 
o Veículos para solução oral: água purificada, benzoato de sódio e glicerina. 
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• As enzimas devem ser prescritas em cápsulas vegetais pois favorecem maior resistência 
aos efeitos da umidade. Cápsulas de revestimento entérico devem ser utilizadas para 
proteger as enzimas sensíveis ao pH estomacal (normalmente as enzimas de origem 
animal como pancreatina, pepsina, tripsina e quimiotrispsina). 
• Conservar em recipiente bem fechados ao abrigo de luz, calor e umidade. Enzimas são 
insumos higroscópicos (retém água), e portanto, devem ser manipulados em ambiente 
com umidade controlada. 
 
6.2 Formulações 
 
Aporte à digestão, redução de gases e flatulência 
Alfa-amilase – 12.000 DU 
Protease ácida – 100 SAP 
Protease alcalina – 5.000 PC 
Fitase -190 FTU 
Alfa galactosidade – 450 GalU 
Celulase 750 CU 
Invertase: 400 SU 
Lipase – 4.000 FCCFIP 
Lactase – 900 ALU 
Maltase – 200 DP 
Xilanase – 550 XU 
Pectinase – 50 Endo-PGU 
Hemicelulase – 800 HCU 
Aviar x doses em cápsulas vegetais. 
Posologia: Consumir 1 dose antes das principais refeições. 
 
Intolerância à glúten, caseína, FODMAPs e LactoseDPP-IV – 1.400 DPPU 
Alfa-amilase – 14.000 DU 
Protease ácida – 50 SAP 
Protease alcalina – 3.000 PC 
Alfa galactosidade – 600 GalU 
Celulase -750 CU 
Lipase – 900 FCCFIP 
Lactase – 2000 ALU 
Maltase – 200 DP 
Xilanase – 3.000 XU 
Pectinase – 50 Endo-PGU 
Hemicelulase – 50 HCU 
Aviar x doses em cápsulas vegetais. 
Posologia: Consumir 1 dose antes das principais refeições. 
 
 
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Desconforto articular e muscular 
Bromelaína – 1.200 GDU 
Papaína 100.000 PU 
Protease ácida – 100 SAP 
Protease alcalina – 5.000 PC 
Alfa-amilase 8.000 DU 
Lipase 690 FCCFIP 
Aviar x doses em cápsulas vegetais. 
Posologia: Consumir 1 dose antes das principais refeições. 
 
Intolerância ao glúten e caseína 
DPP-IV – 1.000 DPPU 
Alfa-amilase – 15.000 DU 
Protease ácida – 50 SAP 
Protease alcalina – 5.000 PC 
Glucoamilase – 15 AGU 
Papaína – 50.000PU 
Bromelina -1.200 GDU 
Actinidina P200 – 240 U 
Aviar x doses em cápsulas vegetais. 
Posologia: Consumir 1 dose antes das principais refeições. 
 
Digestão de proteína 
Protease ácida – 100 SAP 
Protease alcalina – 10.000 PC 
Papaína – 50.000PU 
Bromelina -1200 GDU 
Aviar x doses em cápsulas vegetais. 
Posologia: Consumir 1 dose antes das principais refeições. 
 
Digestibilidade de carboidratos fermentáveis 
Alfa Galactosidade– 450 GaIU 
Invertase – 400 SU 
Maltase– 200 DP 
Celulase– 1500 CU 
Lactase 4.000 ALU 
Hemicelulase 200 HUC 
Xilanase 300 XU 
Pectinase 100 Endo-PGU 
DPP IV - 250 DPPU 
Aviar x dose em cápsulas vegetais. 
Posologia: Consumir 1 dose antes das principais refeições. 
 
Intolerância à lactose 
Lactase -10.000 ALU 
Aviar x dose em cápsulas vegetais 
Posologia: Consumir 1 dose no momento da ingestão de produtos lácteos. 
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6.3 Contraindicações e efeitos adversos 
O consumo de enzimas digestivas na dose usual, em geral é seguro e bem tolerado. 
Atualmente não há contraindicações e efeitos adversos descritos na literatura para a 
maioria das enzimas, com exceção da bromelaína e DPP-IV. 
Bromelaína: Poderão ocorrer efeitos adversos como náuseas, vômitos, diarreia, 
taquicardia, reações de hipersensibilidade, incluindo reações dermatológicas. Além 
disso, o uso por pacientes asmáticos, hipertensos, com distúrbios de coagulação, 
hepáticos ou renais deverá ser feito com cautela. Seu uso é contraindicado para pessoas 
com alergia ao abacaxi, gestantes e lactantes. 
DPP-IV: Em indivíduos com sensibilidade ao glúten, a suplementação com DPP IV pode 
ser utilizada para a redução dos sintomas associados à ingestão de alimentos que 
contenham traços desta proteína. Entretanto, em pacientes com doença celíaca, seu uso 
não substitui a necessidade de adesão a uma dieta isenta de glúten. Adicionalmente, o 
uso da enzima DPP IV por pacientes diabéticos não é recomendado.
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Apêndice 
 
Aplicações clínicas da Bromelaína 
 
Bromelaina e atividade antimicrobiana: 
Estudos em animais, demonstram que a suplementação de bromelaína pode proteger contra 
diarreia causada por enterotoxinas bacterianas de Escherichia coli e Vibrio cholerae. 
As evidências sugerem que a bromelaína neutraliza alguns dos efeitos de certos patógenos 
intestinais como Vibrio cholera e Escherichia coli, cuja enterotoxina causa diarreia em animais. A 
bromelaína parece exibir este efeito ao interagir com as vias de sinalização secretora intestinal, incluindo 
adenosina 3: 5-monofosfatase cíclica, guanosina 3: 5-monofosfatase cíclica e cascatas de sinalização 
dependentes de cálcio. Outros estudos sugerem um mecanismo de ação diferente. Na infecção por E. coli, 
uma suplementação ativa com bromelaína leva a alguns efeitos antiaderentes que evitam que as bactérias 
se liguem a receptores glicoproteicos específicos localizados na mucosa intestinal, modificando 
proteoliticamente os locais de fixação do receptor. 
Estudos in vitro sugerem que a bromelaína exerce atividade ani-helmíntica contra Trichuris muris 
e Heligmosomoides polygyrus. Por outro lado, a bromelaína atua como agente antifúngico estimulando a 
fagocitose e a morte de Candida albicans quando incubada com tripsina in vitro. 
A terapia combinada de bromelaína e antibióticos mostrou ser mais eficaz do que os antibióticos 
isoladamente na pneumonia, bronquite, infecção cutânea por Staphylococcus, tromboflebite, celulite, 
pielonefrite e em abscessos perirretais e retais, sinusite e infecções do trato urinário. 
 
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Bromelain: a review. Biotechnology Research International, [S.L.], v. 2012, p. 1-6, 2012. 
 
Bromelaina e câncer 
Estudos in vitro e in vivo disponíveis, demonstram efeitos da bromelaína como antineoplásica e 
antimicrobiana. A bromelaína exibe capacidades quimiopreventivas eficazes que implicam efeitos de 
iniciação e promoção de antitumor através da inibição do desenvolvimento do tumor, que é sublinhado 
pela indução de p53, mudanças na razão Bax / Bcl-2, indução de caspases, diminui a expressão de Cox-2 
e a inibição da via de NF-κB por meio da regulação das vias de sinalização MAPK e Akt / PKB. Estudos 
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futuros nesta área podem levar a resultados promissores para a terapia do câncer à base de bromelaína, 
agentes antimicrobianos e suplementos de saúde. 
 
REFERÊNCIA 
RATHNAVELU, Vidhya; ALITHEEN, Noorjahan Banu; SOHILA, Subramaniam; KANAGESAN, Samikannu; 
RAMESH, Rajendran. Potential role of bromelain in clinical and therapeutic applications. Biomedical 
Reports, [S.L.], v. 5, n. 3, p. 283-288, 18 jul. 2016. 
 
Bromelaina no sistema cardiovascular e circulatório: 
A bromelaína tem sido eficaz no tratamento de DCVs, pois é um inibidor da agregação de 
plaquetas sanguíneas, minimizando assim o risco de trombose arterial e embolia. 
Em outro estudo, realizado por Juhasz et al., a Bromelaína demonstrou exibir capacidade de induzir 
cardioproteção contra lesão de isquemia-reperfusão pela via de Akt / Foxo no miocárdio de ratos. 
 
REFERÊNCIAS 
PAVAN, Rajendra; JAIN, Sapna; SHRADDHA; KUMAR, Ajay. Properties and Therapeutic Application of 
Bromelain: a review. Biotechnology Research International, [S.L.], v. 2012, p. 1-6, 2012. 
 
Bromelaina e doenças autoimunes: 
A bromelaína tem sido recomendada como uma abordagem terapêutica adjuvante no 
tratamento de doenças inflamatórias crônicas, malignas e autoimunes. Experimentos in vitro mostraram 
que a bromelaína tem a capacidade de modular moléculas de adesão de superfície em células T, 
macrófagos e células natural killer e também induzir a secreção de IL-1β, IL-6 e fator de necrose tumoral 
α (TNFα) pelo sangue periférico células mononucleares (PBMCs). A bromelaína pode bloquear as vias Raf-
1 / extracelular-regulada-quinase- (ERK-) 2, inibindo a transdução do sinal das células T. O tratamento de 
células com bromelaína diminui a ativação de células T CD4 (+) e reduz a expressão de CD25. 
 
REFERÊNCIAS 
PAVAN, Rajendra; JAIN, Sapna; SHRADDHA; KUMAR, Ajay. Properties and Therapeutic Application of 
Bromelain: a review. Biotechnology Research International, [S.L.], v. 2012, p. 1-6, 2012. 
 
Bromelaina e alergias respiratórias: 
Em uma pesquisa recente, descobriu-se que a bromelaína atenua o desenvolvimento de doença 
alérgica das vias aéreas (AAD), ao mesmo tempo que altera as populações de linfócitos T CD4 + para 
CD8+. A partir dessa redução nos resultados de AAD, foi sugerido que a bromelaína pode ter efeitos 
semelhantes no tratamento da asma humana e distúrbios de hipersensibilidade. 
 
REFERÊNCIAS 
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PAVAN, Rajendra; JAIN, Sapna; SHRADDHA; KUMAR, Ajay. Properties and Therapeutic Application of 
Bromelain: a review. Biotechnology Research International, [S.L.], v. 2012, p. 1-6, 2012. 
 
Bromelina e artrite: 
A bromelaína demonstra propriedades benéficas, incluindo ações anti-inflamatórias e 
analgésicas além de anti-edematoso, antitrombótico e fibrinolítico. Além disso, estudos apresentaram 
uma ampla gama de ações da Bromelaína, como a inibição reversível da agregação plaquetária, angina 
pectoris, bronquite, sinusite, traumas cirúrgicos, tromboflebite, pielonefrite e absorção aprimorada de 
drogas, particularmente de antibióticos. Experimentos bioquímicos indicam que essas propriedades 
farmacológicas dependem apenas parcialmente da atividade proteolítica, sugerindo a presença de fatores 
não proteicos na bromelaína. 
 
Estudos sugerem que sua ação anti-inflamatória se dá pelos seguintes mecanismos: 
1) Aumentando a atividade fibrinolítica sérica, reduzindo os níveis de fibrinogênio plasmático e 
diminuindo os níveis de bradicinina (o que resulta em permeabilidade vascular reduzida) e 
consequentemente reduzindo edema e dor; 
2) Medindo os níveis de prostaglandina (diminuindo os níveis de PGE2 e tromboxano A2); 
3) Através da modulação de certas moléculas de adesão da superfície da célula imune, que 
desempenham um papel na patogênese da artrite. 
 
Sua ação analgésica se deve a sua influência direta nos mediadores da dor, como a bradicinina, bem 
como seus efeitos indiretos por meio de suas ações anti-inflamatórias (por exemplo, redução do edema, 
detritos e complexos imunes), que reduzem a dor. 
 
REFERÊNCIA 
BRIEN, Sarah; LEWITH, George; WALKER, Ann; HICKS, Stephen M.; MIDDLETON, Dick. Bromelain as a 
Treatment for Osteoarthritis: a review of clinical studies. Evidence-Based Complementary And 
Alternative Medicine, [S.L.], v. 1, n. 3, p. 251-257, 2004. 
 
MAURER; H. R. Bromelain: biochemistry, pharmacology and medical use. Cellular and Molecular Life 
Sciences CMLS volume 58, pages1234–1245(2001). 
 
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