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P1 nutrição 1 P1 nutrição CLASS MODE PROVA Completed DATE May 15, 2023 Aula 1 Introdução e sistema digestivo Classificação de nutrientes Nutrientes limitantes Sistema digestivo Boca e esôfago Estômago Intestino delgado Intestino grosso Fezes Aula 2 Água e eletrólitos Quantidade de água no organismo Origem da água Mecanismos de perda de água Eletrólitos Sódio Potássio Bomba de Na e K Equilíbrio ácido-base Aula 3 Influência dos lipídios nas doenças cardiovasculares Lipoproteínas Colesterol Fases de rancificação oxidativa Óxidos de colesterol Aterosclerose Desequilíbrio Ômega 6/Ômega 3 Aula 4 Carboidratos Na dieta Funções Digestão de carboidratos Metabolismo CHOs P1 nutrição 2 Aula 1 - Introdução e sistema digestivo Biodisponibilidade → quando o nutriente é utilizado efetivamente no metabolismo celular. Se entrou na célula é biodisponível: cálcio no leite sim, cálcio na salsicha não. Biodisponibilidade é em relação ao alimento e ao organismo que o ingere. Alimentos = componentes da dieta diária, produtos de origem animal ou vegetal que poderão ser consumidos in natura ou processados Nutrientes = composto específico encontrado nos alimentos, no solo e nos fertilizantes que são importante para o crescimento e sobrevivência dos organismos vivos. Classificação de nutrientes Energéticos: carboidratos e lipídios, facilmente metabolizados. Fornecem energia proteínas fornecem o mesmo tanto de energia que os carboidratos, porém não são facilmente metabolizados (incremento calórico) Construtores: proteínas, formação e regeneração dos tecidos Dieta cetogênica/cetose Aula 5 Proteínas Estrutura Classificação Função Digestão e absorção Aula 6.1 Vitaminas lipossolúveis Vitamina A Vitamina D Vitamina E Vitamina K Aula 6.2 vitaminas hidrossolúveis Vitaminas do complexo B Tiamina (vit B1 Riboflavina (vit B2 Piridoxina (vit B6 Biotina H Niacina B3 ou PP Ácido pantotênico (vit B5 P1 nutrição 3 Reguladores: vitaminas, controle e equilíbrio do metabolismos (homeostase) 📌 Sais minerais: construtores Ca e P formam o tecido ósseo) e reguladores Na e K regulação do metabolismo) Nos aspectos bioquímico e fisiológico: todos os nutrientes são indispensáveis ou essenciais. Nos aspectos nutricional ou dietético: são considerados indispensáveis aqueles nutrientes que o organismo não consegue sintetizar, como os ácidos graxos essenciais. Qualquer nutriente que possa ser sintetizado pelo organismo no seu processo metabólico é considerado dispensável pelo ponto de vista dietético. Água deve ser considerada um nutriente Nutrientes limitantes O valor nutritivo de um alimento resulta das quantidades de cada um dos nutrientes indispensáveis e das proporções relativas em que eles aparecem no alimento A deficiência de um ou mais nutrientes indispensáveis em relação aos demais poderá comprometer a utilização biológica efetiva de outros nutrientes essenciais e o valor biológico de tal alimento ficará limitado pela quantidade disponível do nutriente em deficiência. Metionina é um limitante nas proteínas de leguminosas. No feijão representa 50% de sua concentração ideal (feijão é pobre em metionina, arroz é rico) Lisina e triptofano: limitante nas proteínas do milho (feijão é rico em lisina) Importante a rotatividade de alimentos na alimentação Outros nutrientes: substâncias bioativas, alimentos funcionais, nutracêuticos → além de apresentar nutrientes, propiciam algum benefício à saúde Sistema digestivo 📌 Quais nutrientes são digeridos e por quais enzimas? Boca: amido em maltose e glicose (carboidratos simples) pela amilase/ptialina Estômago: proteínas pelo suco gástrico Intestino delgado: gordura pela lipase (só é ativada em pH neutro → precisa ter a neutralização do pH P1 nutrição 4 por isso um probiótico deve ser revestido com lipídios Intestino grosso: carboidrato complexo = fibra 📌 Que hormônio atua? Estômago: gastrina (estimula secreções e motilidade gástrica) Intestino delgado: colecistocinina CCK (estimula o pâncreas a secretar enzimas, bicarbonato e água, estimula a contração da vesícula biliar, torna mais lento o esvaziamento gástrico e pode regular o apetite) e secretina (liberado na parede duodenal da corrente sanguínea que estimula o pâncreas a secretar bicarbonato e inibe a secreção de gastrina), serotonina e dopamina Boca e esôfago Dentes: moem e trituram o alimento em partículas pequenas Saliva: 99,6% de água, pH 6,8, 1,5 L por dia muco salivar faz com que as partículas do alimento fiquem unidas e lubrifica a massa para facilitar a deglutição 3 fases: fase voluntária ou oral: a língua pressiona o alimento contra o palato duro, forçando-o em direção à faringe fase involuntária faríngea: onda de peristaltismo que força o bolo entre os pilares tonsilares → o palato mole se move para cima para fechar as narinas posteriores e a respiração cessa momentaneamente → as cordas vocais se aproximam e a laringe empurra para cima, cobrindo as vias aéreas e distendendo a abertura do esôfago fase involuntária esofágica: o relaxamento do esfincter esofágico superior permitindo que as ondas peristálticas movam o bolo para baixo no esôfago Estômago P1 nutrição 5 As partículas do alimento vão para frente e para trás e são misturadas com secreções gástricas por contrações a ondas → bate no antro e piloro e depois para o fundo repetidamente Suco gástrico (pH 1 a 4 cátions Na, K, Mg HCl 0,2 a 0,5% secretado pela células nas paredes dos estômago protease, pepsina, lipase gástrica, muco, água glicoproteína que facilita a absorção de vit B12 Produção de HCl é controlada pelo hormônio gastrina, produzindo células secretoras no estômago em resposta a distensão do estômago e estímulo química, produzido pela presença de alimentos Ausência de alimentos no estômago ou presença de gordura, açúcar ou ácido no intestino estimula a mucosa do duodeno a produzir o hormônio enterogastrona que inibe a secreção e a mobilidade gástrica Alimentos se tornam semilíquidos (quimo) Número significante de microrganismos são consumidos junto com o alimentos. HCl e enzima proteolíticas no estômago reduzem a concentração ingerida (em baixas quantidades). O que aumenta o risco de supercrescimento bacteriano no intestino: acloridria (falta de HCl no suco gástrico), gastrectomia (técnica cirúrgica que retira parte do estômago), disfunção ou doença GI ou nutrição deficiente Regulação da secreção e mobilidade gástrica SNC através dos nervos vagos S. Parassimpático → nervo vago → acetilcolina aumenta a secreção gástrica aumentando HCl e pepsinogênio e a secreção de gastrina Hormônios P1 nutrição 6 Secretina e CCK inibem a secreção ácida e a motilidade gástricas Esvaziamento do estômago depende do tipo de alimento ingerido: carboidrato (horas) < proteínas < gorduras (lento) Regulação da secreção de HCl: influência cefálicas (visão, odor e respostas emocionais), gástricas e intestinal Intestino delgado Quimo ácido do estômago entra no duodeno onde é misturado com sucos duodenais e as secreções do pâncreas e trato biliar. Quimo ácido é neutralizado A maior parte do processo digestivo é completada no duodeno e jejuno superior e a absorção de nutrientes está amplamente completa no momento em que o material atinge a parte média do jejuno 2 vias principais de absorção através da mucosa intestinal: pelo sistema porta, que conduz o sangue e seus constituintes diretamente ao fígado pelo sistema linfático, que alcança a circulação geral atrapés do ducto toráxico ID é caracterizado pela sua enorme área absortiva (dobras + projeções + vilosidades) devido ao seu extenso comprimento 200 e 250 m²) e disposição da mucosa P1 nutrição 7 As dobras são cobertas de projeções chamadas de vilosidades, que são recobertas por microvilosidades ou borda em escova. As vilosidades estão sobre uma estrutura de suporte chamada de lâmina própria, composta de tecido conjuntivo, no qual os vasos sanguíneos elinfáticos recebem o produto da digestão Válvula ileocecal, assim como a pilórica, regula o movimento de material intestinal que passa dentro do cólon 📎 Secreção pancreática: suco pancreático é alcalino, com enzimas proteolíticas, lipase e amilase pancreática Suco pancreático + entérico (intestinal) + bile (fígado e vesícula biliar) neutralizam o suco gástrico no duodeno → pH quimo 6 a 7 Sangue fica direcionado para o intestino para absorção de nutrientes, logo, se fizer uma atividade física depois de se alimentar não há circulação de sangue direito Intestino grosso CECO CÓLON RETO Não há vilosidades na mucosa. Há secreção de muco pelas glândulas do cólon, mas não de enzimas Maioria da água do quimo entra no cólon e é absorvida, pequena parte deixa para ser excretado nas fezes. O conteúdo fecal move-se lentamente e alguns nutrientes restantes podem ser absorvidos Grandes quantidades de muco secretadas pela mucosa do IG protegem a parede intestinal da escoriação e atividade bacteriana e fornecem o meio para unir as fezes Lactobacillus são componente principal da flora intestinal até que o bebê comece a consumir alimentos sólidos. Escherichia coli predominante no íleo distal. Gênero bacteróides anaeróbicos ocorrem com maior frequência. Bactérias contribuem para a formação de gases e ácidos orgânicos que contribuem para o odor das fezes. As bactérias colônicas continuam a digestão de alguns materiais que resistiram à atividade digestiva prévia. Durante o processo, vários nutrientes são formados: vit K e B12, tiamina, riboflavina P1 nutrição 8 A flora intestinal ajuda a fermentar qualquer CHO que permaneça mal absorvido ou seja resistente à digestão e ajuda a converter as fibras da dieta em ácidos graxos de cadeia curta e gases. O consumo aumentado de probiótico aumenta a massa bacteriana benéfica. Uma dieta em baixo teor de fibras baseada em carne, gordura e carboidrato resulta em maior proporção de bactérias putrefativas. Quantidades excessivas de fibra fermentável e CHO no cólon podem causar distensão abdominal, inchaço, dor, flatulência aumentada e fezes amolecidas Fezes Água, fibras dietéticas não digeridas, células epiteliais descartadas e componentes do suco digestivo como pigmentos biliares Uma dieta que abranja quantidades abundantes de frutas, vegetais e grãos integrais resulta em tempo de trânsito GI mais curto, evacuações mais frequentes e fezes maiores e mais moles. Aula 2 - Água e eletrólitos Água → nutriente essencial para manutenção e regulação Funções importantes na fisiologia celular e na nutrição que decorrem de algumas de suas propriedades físico-químicas Vai aumentando o tanto de gordura e sólidos secos P1 nutrição 9 Ponto de ebulição, de fusão altos Calor específico → vasodilatação e vasoconstrição para liberar ou gerar calor para manter a T do corpo Funções no organismo: solvente (torna solutos disponíveis para a função celular e é um meio necessário para todas as reações), substrato participa nas reações metabólicas, essencial para digestão, absorção e excreção, estrutura e função do sistema circulatório e meio de transporte para nutrientes e substâncias corporais estabilidade física e química dos fluidos intra e extracelular responsável pela manutenção da T corporal: a evaporação da transpiração resfria a superfície corporal durante o tempo de calor (você gasta energia na evaporação do suor) manutenção da forma das células dos tecidos e manutenção da pressão osmótica da concentração salina dos líquidos extracelulares Quantidade de água no organismo 70% do peso corporal de um adulto é água 1/3 liq extracelular (líquido intersticial (trocas sangue ↔ células) e LEC no interior dos vasos (intravascular) e transcelulares), 2/3 intracelular(meio onde as reações biológicas ocorrem)) Quantidade varia principalmente com a idade e, dentro do corpo, com o tipo de tecido (sangue > rim > músculo > cérebro > fígado > osso > tecido adiposo) Origem da água Ingerida como bebida, constituinte dos alimentos, oxidação dos alimentos (água metabólica) P1 nutrição 10 Gordura produz mais água do que carboidrato e proteína por causa da sua forma de triacilglicerol (lipídio neutro), que produz uma molécula de água a mais que as outras oxidações Mecanismos de perda de água Perda sensível: urina e fezes substâncias que aumentam a excreção urinária: álcool, café → diuréticos Perda insensível é constante e geralmente inconsciente Ex: quando a água sai com o ar expirado dos pulmões ou vapor de água escapa da superfície cutânea transpiração → insensível através da pele Em altitude elevada, baixa umidade e altas temperaturas podem aumentar a perda insensível de fluido através dos pulmões e perda sensível de fluidos pela transpiração Quando o consumo de água é insuficiente ou a perda de água é excessiva? Os rins compensam conservando água e excretando urina mais concentrada Os túbulos renais aumentam a reabsorção de água em resposta à ação hormonal do ADH (hormônio diurético). Entretanto, a concentração de urina produzida pelos rins tem limite de 1400 mOsm/L (milosmole do soluto/L do solvente) O que determina a ingestão de água? Em indivíduos saudáveis, a ingestão de água é controlada pela sede. Os centros de controle da sede estão localizados no hipotálamo, próximos ao centros que regulam o hormônio antidiurético ADH A sede é estimulada quando a osmolaridade plasmática aumenta o volume ou o volume intravascular diminui P1 nutrição 11 Um desequilíbrio osmolar é causada por ganho ou perda de água relativo a um soluto ou um ganho ou perda de soluto relativo à água Você ingerindo mais água vai mudando o equilíbrio de cargas no organismo Osmolaridade 285mOsm/L excesso de água Osmolaridade 295mOsm/L déficit de água A água é absorvida com rapidez porque se move livremente através das membranas por difusão que é controlada pelas forças osmóticas gerada pelos íons inorgânicos em solução no corpo Equilíbrio hídrico → a quantidade de água consumida diariamente é quase equivalente à quantidade perdida Efeitos da perda de água Perda de 10% de água causa distúrbios graves Perda de 20% de água corporal pode levar a morte Sinais da Desidratação: cefaléia, fadiga, apetite diminuído, tontura, turgor cutâneo-pele flácida, urina concentrada, mucosa da boca e nariz seco, taquicardia NRC National Research Council) recomenda 1mL de água/kcal de energia gasta 38 a 41 kcal/kg/dia → homem de 70 kg 11 a 12 copos de água/dia P1 nutrição 12 Eletrólitos Substâncias que se dissociam em cátions e ânions quando dissolvidos em água. São sais inorgânicos de sódio, potássio ou magnésio sódio precisa estar no meio extracelular e o potássio no fluido intracelular Funções corporais fisiológicas: equilíbrio e distribuição da água equilíbrio osmótico equilíbrio ácido-base diferenciais de concentração intra e extracelular Sódio Principal cátion do fluido extracelular Presente em secreções como bile e suco pancreático A maior parte está no esqueleto, porém a maior parte desse sódio é imutável ou apenas lentamente permutável como aquele dos fluidos corporais P1 nutrição 13 Suor é hipotônico e contém um pouco de sódio Funções: regular o volume do fluido extracelular e o volume do plasma sanguíneo. Auxilia na condução de impulsos nervosos e no controle da contração muscular. Absorção e excreção: rapidamente absorvido no intestino e transportado para os rins, onde é filtrado e retorna para o sangue para manter níveis apropriados. Quantidade absorvida é proporcional ao consumo. 90 a 95% da perda é pela urina, o restante pelas fezes e suor. Quantidade excretada ~ consumida Equilíbrio: sódio é controlado pela aldosterona, que é um mineralcorticóide secretado pela córtex adrenal. Quando os níveis de sódio no sangue aumentam, os receptores da sede no hipotálamo estimulam a sensação de sede. A ingestão de fluidos retorna os níveis de sódio ao normal. Quando os níveis de sódiono sangue estão baixos, a excreção de sódio pela urina diminui ao normal. O estrogênio pode causar a retenção de sódio e água. As mudanças no equilíbrio de água e sódio durante o ciclo menstrual, gravidez e com uso de anticoncepcional são parcialmente atribuídas as mudanças nos níveis de progesterona e estrogênio (retenção de líquido) Ingestão diária Um limite superior de 2,4g de sódio por dia ou 6,4g de cloreto de sódio por dia foi recomendado A ingestão diária média de sal em dietas ocidentais é cerca de 10 a 12g 4 a 5g de sódio) per capita. Aproximadamente 3g de sal diário existe naturalmente nos alimentos, 3g são adicionados durante o processamento, 4g adicionados pelo indivíduo. Uma ingestão isolada excessiva de sódio leva a edema (retenção de líquido → dilui o sódio) e hipertensão (sistema linfático tenta reter o líquido causando aumento da pressão) Os rins são capazes de excretar sódio em excesso. Mais preocupante é a ingestão excessiva persistente de sódio. Além do seu papel na hipertensão, a ingestão excessiva de sal está associada à maior excreção urinária de cálcio sendo um fator de risco para osteoporose. Cálculo renal pelo excesso de cálcio P1 nutrição 14 Organismo excreta cálcio para manter o equilíbrio do sódio no corpo – reduzindo a carga positiva que está em excesso – durante o envelhecimento que vai aparecer a porosidade dos ossos – tira o cálcio pois sem ele você fica vivo ainda Fontes Cloreto de sódio → sódio constitui 40% Edulcorantes, nitratos Carne > vegetais e grãos Potássio Principal cátion do fluido intracelular, presente em pequenas quantidades no fluido extracelular Funções: envolvido na manutenção do equilíbrio hídrico, osmótico e ácido- base e é importante na regulação da atividade neuromuscular. Promove crescimento celular. Importante quando o músculo está sendo formado Absorção e excreção: absorvido no intestino delgado, 80 a 90% excretado na urina, restante nas fezes. Os rins mantêm os níveis séricos normais mediante sua habilidade de filtrar, reabsorver e excretar potássio sob influência da aldosterona Fontes: frutas, hortaliças, carne fresca e produtos de laticínio Níveis altos são recomendados pela possibilidade do K prevenir a hipertensão. Mas a ingestão pode ser inadequada se não houver um consumo adequado de frutas e vegetais. Bomba de Na e K Transporte ativo de Na e K através da membrana plasmática de todas as células animais Tem muito potássio dentro da célula e muito sódio fora. A manutenção desses gradientes através da membrana plasmática depende do fornecimento de ATP. A membrana do eritócito contém uma enzima chamada ATPase transportadora de Na e K que catalisa a hidrólise de ATP em ADP e fosfato e utiliza a energia assim liberada para bombear potássio para dentro da célula e Na para fora. A diferença de polaridade dá-se pela diferença de concentração dos íons pelo bombeamento. Célula permite entrada de certa quantidade de Na e saída de K invertendo a polaridade 3 Na entrando/2 K saindo). O impulso nervoso se P1 nutrição 15 propaga ao longo do neurônio com a troca de cargas pela troca de íons Na e K entre a célula e o meio extracelular. Após o impulso, a célula entra em repouso e os íons voltam no equilíbrio original O rim excreta o sódio na urina e conserva o potássio no sangue Equilíbrio ácido-base Equilíbrio do pH sanguíneo entre 7,35 e 7,45 é crucial para funções fisiológicas e reações bioquímicas Ácidos são introduzidos exogenamente pela ingestão de alimentos precursores de ácidos ou gerados endogenamente por meio do metabolismo tecidual normal As proteínas e fosfatos são tampões intracelulares primários. O sistema bicarbonato/ácido carbônico é o principal tampão extracelular. O equilíbrio também é mantido pelos rins (regulam a secreção de H e a reabsorção de bicarbonato) e pulmões (controlam a ventilação alveolar, alterando a intensidade ou a taxa de respiração que por sua vez alteram a quantidade de CO2 expelido Desequilíbrio ácido-base: desequilíbrio respiratório → acidose respiratória (aumenta nível de H2CO3 por retenção de CO2 efisema, área pulmonar diminuída)) ou alcalose respiratória (diminui o nível de H2CO3 por expiração excessiva de CO2 e H2O exercício intenso, ansiedade) desequilíbrio metálico: acidose (menor pH ou diminui HCO3 por excreção) ou alcalose (maior pH ou aumenta HCO3 por excreção) Aula 3 - Influência dos lipídios nas doenças cardiovasculares Aterosclerose ⇒ atero = placa de gordura; esclerose = perda de elasticidade da artéria → doença que mais mata no mundo → entupimento da artéria por placas de gordura Lipoproteínas, Colesterol → álcool, mas é classificado como lipídeo, Processos oxidativos, Proporção W6W3 P1 nutrição 16 Pelo fluxo do sangue, a artéria precisa de uma certa elasticidade. Ela vai ficando rígida (como se o tecido fosse morrendo e ela vai ficando rígida) com o depósito de gordura nela. Função estrutural: manutenção da integridade de membranas celulares (fosfolipídicas) Depositamos gordura para manutenção da temperatura corporal (isolante térmico) Pq as mulheres armazenam mais gordura que homens? (homens tem uma necessidade de energia maior) por uma questão histórica, homens precisam da energia para caça e as mulheres precisavam de mais reserva lipídica para engravidar Cerca de 97% dos lipídeos da dieta estão na forma de triacilglicerois e o restante está na forma de fosfolipídios e colesterol Triacilglicerol = glicerol esterificado com 3 acilas de ácidos graxos Lipoproteínas Colesterol não esterificado → colesterol livre, não está ligado a um ácido Éster de colesterol → colesterol ligado a um ácido graxo → está apolar d=m/v → se tem baixa densidade, tem alto volume Colesterol LDL (ruim) → lipoproteína de baixa densidade LDL carrega mais colesterol Colesterol HDL (bom) → lipoproteína de alta densidade HDL pega o colesterol, leva para o fígado para serem ácidos biliares e saírem nas fezes QM quilomícrons P1 nutrição 17 VLDL = lipoproteína de muita baixa densidade (enzimas reduzem esse volume para transportar gordura) Os ácidos graxos livres e os monoglicerídeos formam complexos com os sais biliares chamados micelas, que facilitam a passagem dos lipídios no meio aquoso do lúmen intestinal pois fazem uma emulsão no intestino (proporciona uma interface da gordura com o meio aquoso, protegendo a gotícula para o transporte) Colesterol Álcool insaturado (líquido à T ambiente) → gordura oxidada facilmente (gema de ovo cinza nas extremidades) Essencial na modulação de fluidez das membranas celulares Participa da síntese de hormônios esteróides, ácidos biliares e vitamina D O colesterol pode ser obtido pela dieta 35% ou pode ser sintetizado 65% pelo próprio organismo. Se você aumenta o consumo, ele reduz a síntese. Seu organismo controla seu nível se colesterol pela sua alimentação Isso para PESSOAS SAUDÁVEIS Banha de porco → gordura animal → pastosa (geralmente a animal fica sólida) → é monoinsaturada, com muito ácido oleico e ômega 9, como um azeite extra virgem → é mais estável à T ambiente P1 nutrição 18 Não é a gordura que faz mal, é o tipo de gordura. Mesma coisa com colesterol Fontes de ácidos graxos insaturados: Ômega 3 LNA algas marinhas são a base primária do LNA peixes consomem essas algas, alongam essas cadeias e convertem no fígado o LNA e viram fonte de EPA e DHA; galinhas comem linhaça com LNA e fazem a mesma conversão Ômega 9 azeitona, abacate, óleo extra virgem Esses ácidos graxos são essenciais pois precisam vir da alimentação humana, visto que os humanis não possuem enzimas para introduzir duplas ligações além do carbono 9 *Ácido acetilssalicílico (presente na aspirina, junto com cafeína) → atua na enzima prostaglandina sintase → enzima agrava o entupimento da artéria → aspirina aumenta o tempo de socorro de um infarto Ômega 6 oxida muito fácil → radicais livres gostam do ômega 6 📎 O2 singlete e triplete nomenclaturapara estados energéticos diferentes oxigênio com nível mais baixo de energia 2 orbitais não ligantes → triplete triplete pode se tornar singlete com a luz como catalisadora singlete reage 1450x mais rápido que o triplete com w-6 Fases de rancificação oxidativa P1 nutrição 19 � Fase de iniciação ou indução consumo de O2 baixo, aumentando lentamente não há alterações organolépticas aumenta a concentração de radicais livres � Fase de propagação alto consumo de O2 aumento rápido de radical ROOº e início da decomposição início das alterações organolépticas com odor característico � Fase de terminação formação de produtos estáveis forte alterações organolépticas podendo haver alteração da cor e viscosidade Óxidos de colesterol São radicais livres Colesterol está sujeito à oxidação pela ação de hidroperóxidos originados da oxidação de ácidos graxos poliinsaturados O colesterol contém uma dupla ligação no C5. Pontos suscetíveis da estrutura à oxidação é C4 e C7, porém pela influência do grupo hidroxila no C3, O2 raramente ataca C4 e 5, sendo a oxidação predominante no C7 Ovo em pó é rico em óxido de colesterol É ruim pois a enzima não sabe diferenciar um óxido de um colesterol, parando o processo → é crônico, acumulativo e a digestão é ao longo da vida São citotóxicos (tóxicos para as células), imunossupressor (abaixa sua imunidade), carcinogênicos (causa câncer pois destrói a membrana celular), inibidores da síntese endógena de colesterol, e pode causar doenças degenerativas como o mal de Alzheimer, catarata, aterogênicos (degenera célula) Quando a LDL carrega um óxido ela é conhecida como LDL eletronegativa (é como uma LDL, está transportando óxido de colesterol) Aterosclerose P1 nutrição 20 Processo crônico, progressivo e sistêmico, caracterizado por resposta inflamatória e fibroproliferativa da parede arterial e causada por agressões à superfície arterial É um processo complexo de estreitamento das paredes arteriais causado primariamente pelo colesterol oxidado na camada íntima em combinação com o tecido conjuntivo e calcificação. O processo de desenvolvimento da aterosclerose inicia-se com a modificação da barreira funcional de endotélio vascular. LDL é penetrado, monócitos invadem a área e tornam-se macrófagos que são internalizados degradando a LDL, resultando na formação das células espumosas. Plaquetas e fibrinas vão sendo atraídas para o lugar para estancar a hemorragia, porém vão sendo agregadas por estímulo de óxidos de colesterol (porque inibem as prostaglandinas que são essenciais para a integridade vascular) e contribuem para o crescimento da placa e obstrução do vaso sanguíneo, resultando em angina, infarto do miocárdio ou morte súbita. Óxido nítrico é um vaso-dilatador chave produzido pelas células endoteliais e inibe a agregação de plaquetas e a proliferação de células do músculo liso e aderência de monócitos Nozes são os melhores para evitar a aterosclerose porque têm alto teor de arginina, composto que sintetiza óxido nítrico Desequilíbrio Ômega 6/Ômega 3 Recomendado: 4101 Atualmente: 20501 consumimos tanto ômega 6 porque está nas carnes do nosso dia a dia, já o ômega 3 está em salmão, algas marinhas Não é porque consumimos excesso da 6, mas porque consumimos muito pouco da 3 Se só tem ômega 6 no ambiente → começa a ter deficiência de ômega 3 e desequilíbrio da relação ômega 6/ômega 3 Muito ômega 3 em relação à 6 resposta imunosupressora → diminui aterosclerose, diminui resposta imunológica e diminui coagulação P1 nutrição 21 Aula 4 - Carboidratos Compostos químicos que contém átomos de C, H e O CHO Na ausência de carboidratos, ácidos graxos tentam fornecer enrgia por meio da acetil CoA Classificação de acordo com o tamanho da molécula: Monossacarídeos: carboidratos simples, aldeídos ou cetonas contendo OH na molécula subdivididos pelo número de carbonos → hexoses: glicose, frutose, galactose mais comuns ocorrem em formas cíclicas: glicose → raramente consumida na forma monossacarídea; cérebro é dependente do suprimento de glicose, muitas funções fisiológicas necessitam CÉREBRO precisa diariamente de no mínimo 60% de glicose → dependente de glicose, mas ele se adapta através da dor → organismo usa glicogênio (reserva) no fígado e nos músculos, depois desencadeia o sinal para oxidar ácido graxo para liberar acetil coa para o ciclo de krebs funcionar e liberar energia, em seguida, degrada proteína Sem alimentação → cliva glicogênio → continua sem alimentação → usa glicogênio → continua sem alimentação → P1 nutrição 22 oxida acetil coa para liberar energia → continua sem alimentação → degrada proteína (perda de músculos) SANGUE tem uma quantidade de glicose necessária para utilizar durante o seu metabolismo celular Oligossacarídeos: várias unidades de monossacarídeos (di 2 dissacarídeos: sacarose (glicose+frutose), maltose (resultante da hidrólise do amido que consiste de duas moléculas de glicose com ligação α-1,4), lactose (glicose+galactose), celobiose (hidrólise da celulose que consiste em 2 glicose com ligação β-1,4), trealose 2 glicose com ligação α-1,5) amilase salivar e a pancreática são as duas amilases que temos no organismo as quais clivam ou quebram apenas estruturas α-1,5 FIBRAS INSOLÚVEIS deve ter seu consumo pois é um prebiótico que aumenta o peristaltismo do intestino delgado, ajudando na evacuação das fezes lactose: não é encontrada livre, somente pela hidrólise durante o processo digestivo Polissacarídeos: molécula grande contendo muitas unidade de mono com estrutura linear ou ramificada estrutura linear e ramificada → amido xilans → moléculas de xilose com ligações α amido → amilose + amilopectina (polímeros de glicose). Fonte de reserva mais importante de vegetais, raízes, sementes e tubérculos amilose = polímero linear composto por unidade de D-glicose unidade por ligações α-1,4. Cada cadeia do polímero contém vários milhares de resíduos de glicose amilopectina = cada um dos hexágonos representa um resíduo de glicose. Os hexágonos coloridos (a partir das ramificações) representam resíduos dos ramos exteriores que são retirados P1 nutrição 23 enzimaticamente, um de cada vez, durante a mobilização intracelular do amido para produção de energia o glicogênio tem uma estrutura muito similar, mas muito mais ramificada e muito mais complexo o ponto de ramificação da ligação α-1,6 necessita de uma enzima separada para ser rompida durante a hidrólise do amido e do glicogênio Amido é resistente a quebra enzimática (demora para digerir) → quanto mais demorado o processo digestivo, melhor para o organismo Amido tem ligação alfa 1,6 amido resistente → lenta digestão → tem amilase para alfa 1,6 (diferente da beta que não tem) Definição de fibra tem a ver com a ligação existente na estrutura do carboidrato P1 nutrição 24 CELULOSE E HEMI CELULOSE carboidratos estruturais de planta os quais apresentam ligações tipo β → como amilase só cliva α (especificidade), então são consideradas fibras insolúveis ou dietética CELULOSE polímero de glicose (β-1,4), principal componente da parede celular das plantas HEMICELULOSE mistura complexa de glicose, xilose, manose, arabinose e galactose DEXTRINA composto resultante da hidrólise do amido, principalmente da amidopectina GLICOGÊNIO carboidrato de reserva do fígado e músculo do homem e dos animais. Polímero de glicose LIGNINA não é um carboidrato, mas sim um polímero e se encontra na planta → está ligado com o envelhecimento da folha da planta e ocupa o lugar de outros componentes da planta conforme fica mais velha. É de origem fenil-propano PECTINA ácido galacturônico com ligações alfa 1,4 encontrado em cítricos (parte branca da laranja), maçã → amilase degrada alfa 1,4 Na dieta Açúcares simples: intrínsecos (incorporados na estrutura celular dos alimentos → frutas e vegetais) e extrínsecos (não são unidos à estrutura celular → leite,mel, suco de frutas) Carboidratos complexos: carboidratos estruturais (celulose, pectina em frutas e vegetais) e fibras insolúveis (não digerimos, incluem carboidratos estruturais, celulose, hemicelulose, lignina) FIBRAS Insolúvel: celulose, hemicelulose, lignina, grãos integrais, farinha de trigo integral fator antinutricional (impede a ação do nutriente) ácido fítico ou fitato: casca do arroz integral, do gergelim → se liga com minerais e vitaminas (como carotenóides), formando um quelato e fazendo com que o mineral fique indisponível para o organismos. Uma saída é triturar o alimento P1 nutrição 25 ácido oxálico: couve, brócolis e espinafre cru → atrai minerais e vitaminas lipossolúveis e deixa indisponível para o organismo. Deve-se realizar branqueamento nesse alimentos para parar o fator antinutricional podem modificar as [ ] séricas de lipídeos → ajuda no controle de lipídios no organismo as fibras se ligam aos ácidos biliares fecais e aumentam a excreção de colesterol derivado de ácido biliar ou elas se ligam aos ácidos biliares e lipídios e impedem a absorção da gordura oligossacarídeos fermentáveis e a fibra são convertidos pelas bactérias intestinais em ácidos graxos de cadeia curta e diminuem os lipídeos sanguíneos por mecanismos ainda não claros Solúvel: aveia, leguminosas (grãos, lentilha, feijão), pectina (maçãs, frutas cítricas, morangos e cenouras), gomas (secreções vegetais e sementes), jiló tem ligações alfa jiló → muito solúvel: a fibra atrai o colesterol Efeito negativo das fibras: fitatos interagem com vitaminas e minerais e podem reduzir a absorção desses Ca, Co, Fe e Zn). Presente nas cascas da semente de grãos e leguminosas Impede a absorção de cálcio enquanto a amilase depende de cálcio para ser ativada, logo, prejudica a hidrólise do amido Funções Principal fonte de energia, biossíntese de ácidos graxos e aminoácidos, constituição de moléculas complexas, síntese de riboflavina e ácido ascórbico, síntese do leite (lactose), fornecimento de fibra na dieta CHO Função d-ribose componente dos ácidos nucléicos g-glicose “açúcarˮ do corpo d-frutose → glicose no fígado para servir como combustível básico do organismo P1 nutrição 26 d-galactose → glicose no fígado para servir como combustível celular e para produzir lactose do leite amilose e amilopectina armazenagem de energia em vegetais glicogênio armazenagem de energia em bactérias e animais celulose estrutural em vegetais quitina estrutural em insetos, aranhas e crustáceos peptidoglicano estrutural em bactérias glicosanoglicano estrutural na pele proteoglicano estrutural em vertebrados Digestão de carboidratos Amido, sacarose e lactose são convertidos em glicose, galactose e frutose no trato digestivo pela alfa-amilase e enzimas da borda em escova no intestino Amilase, secretada pela saliva e pâncreas, cliva apenas ligação alfa entre duas moléculas de glicose Lactase é a única que cliva ligação beta → beta-galactase CHOs que contêm ligações que não são digeridas → fibras dietéticas Deficiência de lactose: fermentação bacteriana da lactose que não foi digerida → distensão das paredes do intestino → peristaltismo → má absorção de lipídeos, proteínas e drogas → diarreia aquosa BOCA Amilase salivar/ptialina inicia a digestão pela hidrólise de uma pequena quantidade de moléculas de amido em fragmentos menores. Desativada após o contato com ácido clorídrico. A digestão de CHOs é quase toda no intestino pois não fica tempo o sufiente no estômago para ser lá INTESTINO Amilase pancreática quebra as moléculas grandes de amido nas ligações alfa 1,4 resultando em maltose, maltotriose e dextrinas. As enzimas da borda em escova dos enterócitos quebram ainda mais os di e oligossacarídeos em mono. Ação também da sacarase, lactase e isomaltase. P1 nutrição 27 Mono resultantes (glicose, galactose, frutose) atravessam as células da mucosa através dos capilares das vilosidades e entram na corrente sanguínea, onde são levado para o fígado pela veia porta Glicose e galactose absorvidas por transporte ativo e frutose é lentamente por difusão facilitada. São dependentes de sódio glicose se associa com o carregador e com Na+ nas microvilosidades e esse complexo atravessa da parte externa da membrana para o interior da célula da mucosa, onde há uma dissociação com a liberação de glicose e Na+ no citoplasma. Na+ é bombeado para fora por um sistema de transporte ativo com ATP, deixando a glicose no interior do citoplasma razão pela qual bebidas com sódio e glicose são utilizadas para reidratar bebês com diarreia ou atletas desidratados Metabolismo CHOs CHOs estimula grandes liberações de insulina que estimula a captura de glicose pelos músculos e fígado, ativa a síntese de glicogênio Sem glicose o metabolismo celular não funciona Consumiu muito açúcar → cerca de 2hs após a refeição, a absorção intestinal é completa, porém os efeitos da insulina persistem e o nível de glicose sanguínea cai, algumas vezes abaixo do normal. O corpo interpreta esse estado hipoglicêmico como inanição (fome alimentar) e secreta hormônio que imobilizam ácidos graxos livres das células adiposas na VLDL no fígado, aumentando os triacilgliceróis séricos VLDL transporta lipídeos, vitaminas lipossolúveis, colesterol e muito triacilgliceróis colesterol total LDLHDL triacilgliceróis VLDL esse último entra em carboidratos mas interfere muito no teor de lipídeos no sangue Tecido adiposo → local de estoque de ácidos graxos → ag são transportados do fígado na forma de VLDL e são convertidos em triacilgliceróis e estocados no tecido adiposo Dieta cetogênica/cetose Ácido graxo é convertido por glicose através do ciclo de Krebs P1 nutrição 28 Não come carboidrato → não há glicose no corpo, apenas proteína e gordura → não há produção de acetil CoA Oxida ácidos graxos para gerar acetil CoA produção muito rápida → sobrecarrega o ciclo de krebs → acetil CoA acetil CoA forma corpos cetônicos → cérebro se adapta a acetil CoA e a pessoa não passa mais fome, mas fica em um estado diabético Depois, quando o carboidrato entra na dieta, o corpo guarda o dobro de reserva Corpos cetônicos são produtos da transformação de lipídios em glicose, que apresentam grupo funcioanl cetona, sintetizados no fígado a partir de um excesso de acetil coa causado pela baixa glicemia Aula 5 - Proteínas CICLO DO NITROGÊNIO Raízes de plantas são fixadoras de nitrogênio → animais consomem essas plantas e convertem aas em proteínas → humano come e rearranja os aas → morrem e devolve o N ao solo Síntese de proteína é genético → quem determina a síntese proteica é o DNA e RNA da pessoa Proteínas = macromoléculas com C, H, O e N que fornecem os aas essenciais Todas as proteínas são formadas a partir da ligação em sequência de 20 aa determinada geneticamente Estrutura geral: grupos carboxílicos e amino livres LIGAÇÕES PEPTÍDICAS une o grupo carboxílico de um aa ao grupo amino de outro Estrutura Primária: sequência de aa e ligações peptídicas. Nível mais simples e da qual o arranjo espacial deriva. Pode ser destruída por hidrólise química ou enzimática das ligações peptídicas Secundária: arranjo espacial de aas próximos entre si na sequência primária. Ocorre devido à possibilidade de rotação das ligações entre o C alfa dos aas e seus grupamentos amina e carboxila. Pode ser helicoidal ou foliar P1 nutrição 29 Terciária: arranjo espacial de aas distantes entre si na sequência primária. Cadeias polipeptídicas são longas, logo são semi-independentes ligadas entre si por segmentos lineares, formando um domínio Quaternária: apenas nas proteínas oligoméricas. Dada pela distribuição espacial de mais de uma cadeia polipeptídica no espaço, unidas por atrações químicas fortes (pontes de dissulfeto, pontes de H, interações hidrofóbicas). Colágeno bovino → corpo não tem enzimas para quebrar Classificação Simples: com hidrólise fornece aa (albumina, globulina, caseína)VALOR BIOLÓGICO o quanto de aa essenciais a proteína te fornece 1º: leite materno 2º: ovo → albumina → proteína de referência Avidina (clara do ovo) → fator antinutricional pois impede a absorção de biotina. Desnaturação do aa no cozimento Conjugadas: fornece outros compostos além dos aa (glicoproteínas, lipoproteína, metaloproteína, fosfoproteína) Globulares: fácil desnaturar, muito solúveis ao calor, ácido, álcali em fluidos orgânicos e tecidos. Proteínas de reserva das células → hemoglobina Fibrosas: não há enzimas para desnatura-las, dificulta acesso das enzimas devido as suas ligações fortes, apresentando baixa solubilidade colágeno, queratina, miosina Função Construção e manutenção de tecidos orgânicos Anabolismo: síntese protéica Catabolismo: degradação de proteínas → gera energia Função biológica: formação de enzimas, hormônios, anticorpos, lipoproteínas e homeostase P1 nutrição 30 É degradada em aa livres para que seja absorvida e possa ser utilizada no organismo com a finalidade principal de síntese proteica *Aminoácido não produz corpos cetônicos → eles vêm da oxidação de ácidos graxos REGULAÇÃO DA PROTEÍNA Não há reserva de proteínas. Quantidades acima das necessidades. Todas são metabolizadas Síntese de degradação constante: turnover proteico Digestão e absorção Começa no estômago pela ação do suco gástrico, com HCl, pepsina e renina. Forma polipeptídios. Vai pro intestino e sofre a ação das enzimas proteolíticas do suco pancreático e entérico. O quimo sai do estômago e entra em contato com a mucosa intestinal, estimulando a enterocinase → enzima que transforma o tripsinogênio pancreático em tripsina, que ativa outras enzimas proteolíticas pancreáticas Tripsina age nos grupos carboxílicos da lisina e da arginina dos polipeptídios. Quimiotripsina hidrolisa grupos carboxílicos dos aa aromáticos. Carboxipeptidases hidrolisa a extremidade carboxílica da cadeia, liberando aa terminais. Aminopeptidase hidrolisam a partir da extremidade amínica. A fase final ocorre na borda da escova. ABSORÇÃO INTESTINAL transportado para o fígado através da veia porta para serem metabolizados e liberados na circulação. O destino do aa em cada tecido varia com a necessidade de momento daquele tecido. Ciclo da uréia → grupo amínico (amônio) retirado porque não pode acumular CH3 no sangue, aproveitamento só do N Existe um tipo de carregador para cada tipo de aa → neutros, ácidos ou básicos ÚNICO AA QUE PODEMOS USAR COMO FONTE DE GLICOSE (glicogênico): Alanina CHO glicose → piruvato → acetil CoA ciclo de krebs oxidação de ac graxos → acetil CoA P1 nutrição 31 alanina → glicose → piruvato → acetil CoA (apenas quando a proteína é usada como carboidrato) Triptofano → chocolate é rico, milho verde, soja fermentada → é convertido em neurotransmissor, serotonina e niacina QUALIDADE DA PROTEÍNA COMPOSIÇÃO DE AMINOÁCIDOS Capacidade de satisfazer as necessidades Promove crescimento em crianças e manutenção do adulto PROTEÍNA ANIMAL todos os aminoácidos essenciais PROTEÍNA VEGETAL fontes significativas de proteínas, mas pobres em metionina → vários alimentos se complementam: cereais com leguminosas, arroz (rico em metionina) e feijão (rico em lisina) Aula 6.1 - Vitaminas lipossolúveis VITAMINAS indispensáveis no desenvolvimento dos processos químicos do metabolismo → vão fazer parte da região química da enzima ou vão ativar a enzima necessárias em pequenas quantidades falta total (avitaminose) ou deficiência (hipovitaminose) produzem doenças carenciais específicas classificação com base na solubilidade: lipossolúveis: A, D, E e K estocadas no fígado ou no tecido adiposo hidrossolúveis: complexo B, C iogurte = leite fermentado ≠ bebida láctea → feita só com soro do leite → tirou todas as vit lipossolúveis (redução de calorias) Vitamina A 3 formas químicas: retinol, retinal e ácido retinóico → retinal é a forma ativa que tem função na visão P1 nutrição 32 Encontrado em produtos de origem animal, fígado, carne, ou vegetal que foram convertidos, como leite e ovo (gema) ≠ carotenóide Vitamina A é de origem animal. Carotenóide são precursores de vit A (vegetais folhosos e frutas) (= pró vit A animal ingere e converte em vit A (humanos convertem muito pouco) ex: beta caroteno = cadeia poliênica com dienos conjugados Um sistema de ligações duplas conjugadas gera uma nuvem de elétrons pi que se desloca sobre a cadeia poliênica, proporcionando a estas substâncias absorção de luz visível FUNÇÃO ANTIOXIDANTE vitamina E doa elétron H, o beta caroteno por ter estrutura ímpar, ele é sequestrante de elétron, logo, o radical livre fica preso dentro da estrutura do carotenoide ESTABILIDADE relativamente estáveis ao calor, sensíveis ao resto (oxidação, luz, umidade, íons) ABSORÇÃO E TRANSPORTE alimento chega no lúmen intestinal → palmitato de vitamina A que se desdobra em palmitato e vitamina A pela vitamina A éster hidrolase → vitamina A é transformada em álcool que pode se juntar ao palmitato e voltar a ser palmitato de vitamina A e ir pra linfa como um quilomícron ou sofrer oxidação e se tornar um aldeído (retinal) e depois um um ácido (ácido retinóico) para ser absorvido pelo beta-glicouronídios na linfa FUNÇÕES mecanismo da visão, manutenção dos epitélios e mucosas, desenvolvimento do sistema ósseo e crescimento e reprodução No nosso organismo há trans-retinal. Ela vai se converter em trans- retinol que, pela ação da isomerase, forma a 11-cis retinol. Sofre oxidação e forma 11-cis retinal, que é a forma ativa da vitamina A na visão 11-cis retinal combina-se na retina com a proteína opsina para dar a rodopsina que é pigmento visual. Soba ação da luz, a forma 11-cis retinal sofre isomerização, provocando uma mudança na conformação da rodopsina com liberação de energia que excita o nervo óptico e causa a decomposição da rodopsina em opsina e na forma trans-retinal DEFICIÊNCIA cegueira noturna, úlcera de córnea, queratomalácea, cegueira total, doença xeroftalmia (secura ou ulceração da córnea) P1 nutrição 33 TOXICIDADE secura da pele e mucosas, perda de cabelos, dores ósseas e abdominais, anormalidade ósseas, crescimento retardado, lesões cutâneas Vitamina D VITAMINA D2 ergocalciferol (plantas) VITAMINA D3 colecalciferol (pele → animal) → produto do colesterol, que com a ação da luz, vira vit D3 Precursor é o colesterol no animal METABOLISMO colesterol no organismo dá o 7-dehidrocolesterol → luz solar → vitamina D3 vai pro fígado → enzima 25-hidrolase converte para 25OH D3 vai pro rim → alfa-1-hidrolase transforma em 1,25OH2D3 (calcitriol) que é a forma ativa da vitamina D calcitriol aumenta a absorção de Ca e fosfato no intestino e a reabsorção desses no osso e atua no rim para diminuir a perda de Ca na urina PTH paratormônio → equilíbrio Ca osso e sangue → tira do osso e leva pro sangue FUNÇÕES manter o equilíbrio de cálcio e fósforo no intestino delgado (estimulando a absorção de Ca e P, osso (facilita a mineralização na fase de crescimento) e rim (auxilia na reabsorção de Ca e P DEFICIÊNCIA raquitismo na infância (deformações ósseas) e osteomalácia no adulto (fraturas e dores ósseas e fraqueza muscular) (≠ osteoporose, que é uma porosidade óssea) TOXICIDADE calcificação dos tecidos moles, como rins, pulmão e coração, hipercalcemia, fraqueza, náusea, vômitos, perda de peso, etc Vitamina E 8 compostos: os tocoferóis e tocotrienóis (alfa, beta, gama e sigma) FUNÇÃO antioxidante (proteção das membranas celulares contra a oxidação dos ácidos graxos poliinsaturas pelos radicais livres) Armazenado em todo o corpo, principalmente no fígado, glândulas adrenais, coração e tecido adiposo VITAMINA E SELÊNIO ⇒ importante para a regulação do crescimento e viabilidade celular P1 nutrição 34 Enzimas glutationa peroxidase e tioredoxina redutase envolvidas para reduzir hidroperóxidos a álcoois e peróxido de hidrogênio a água São enzimasnaturalmente produzidas para derrotar radicais livres, mas precisam do selênio para fazerem essa função Fontes: castanha do pará (selênio), batata doce (vit E DEFICIÊNCIA disfunções neurológicas, miopatias, atividade anormal das plaquetas (diminui a imunidade do organismo) Vitamina K “Koagulationˮ → anti-hemorrágica Filoquinonas/K2 alimentos de origem vegetal Menaquinonas/K3 sintetizada por bactérias intestinais FONTES menadiona (composto sintético usado como fonte de K3, filoquinona encontrada em alimentos de origem vegetal e animal, principalmente óleos e gorduras e vegetais de folhas verdes (salsa é rica) FUNÇÕES importante no desenvolvimento precoce do esqueleto e manutenção do osso maduro sadio, manutenção dos níveis de protrombina hepática, fatores de coagulação (junto com protrombina (no fígado), fatores VII, IX e X carboxilase precisa de vitamina K para sair de protrombina para trombina no fígado → trombina transforma fibrinogênio em fibrina, engrossando o sangue e evitando hemorragias DEFICIÊNCIA aumento do tempo de coagulação devido a hipoprotrombinemia (risco de hemorragias), osteoporose (devido a descarboxilação parcial ou total da osteocalcina), anemias, fraquezas ANTIVITAMINAS K dicumarol (raticida), warfarin (raticida) e actinomicida D (antibiótico) Necessidade de vit K aumenta com a idade Aula 6.2 - vitaminas hidrossolúveis Atuam em quase todos os metabolismos (carboidratos, lipídios, proteínas e ácidos nucléicos). Atuam como coenzimas ou como grupo prostético do enzimas responsáveis por reações químicas essenciais P1 nutrição 35 Vitaminas do complexo B Tiamina B1, Riboflavina B2, Piridozina B6, Cianocobalamina B12, Niacina B3 ou PP, Ácido Pantotênico B5, Biotina H, Ácido fólico B9 Tiamina (vit B1) Anel de pirimidina ligado ao tiazol por uma ponte metílica Tiamina trifofato TPP tiamina fosforilada nas células das mucosas e transportada ao fígado FUNÇÕES em contato com fósfaro, forma a coenzima tiamina pirofosfato que atua como cocarboxilase necessária para descarboxilação oxidativa do piruvato a acetil CoA Necessário no metabolismo de CHOs, lipídios e proteínas, função de iniciar a propagação do impulso nervoso FONTES carnes magras, fígado, coração, gema e grãos integrais DEFICIÊNCIA beribéri (afeta o sistema nervoso e cardiovascular, causada por alimentação básica de arroz ou farinha refinada) → fadiga, instabilidade emocional, depressão, anorexia Antivitamina tiamina: tiaminases presentes em carne de peixe cru (impede a absorção de tiamina) Riboflavina (vit B2) Pigmentos fluorescentes amarelos (flavinas). Não é armazenada no organismo Participa como coenzima, é fosforilada na muscosa intestinal antes de entrar na corrente sanguínea Riboflavina ATP FMN ADP FAD PPi FUNÇÃO formação células vermelhas do sangue, regulação das enzimas tireoidianas, auxilia na formação de FMN e FAD para transporte de oxigênio e elétrons, ativação da vit B6 FONTES queijo, requeijão DEFICIÊNCIA estomatites, dermatites seborréica e problemas oftálmicos Piridoxina (vit B6) Ocorre na forma de 3 derivados: piridoxina, piridoxal, piridoxamina → todas são convertidas em piridoxal fosfato, que é a forma encontrada nas células P1 nutrição 36 (coenzima ativa) FUNÇÃO atua no metabolismo de proteína, gorduras e carboidratos, principalmente no metabolismo de aminoácidos na síntese de aminas biogênicas Transaminação: transferência do grupo NH2 de um aa para formar outro Desaminação: remoção de grupos NH2 de aa, liberando resíduos de C para fins energéticos Dessulfuração: transferência do grupo SH da metionina para a serina para formar cisteína Descarboxilação: remoção de COOH de alguns aa para formar serotonina, norepinefrina e histamina Quando age na (primeira coluna), ela produz (segunda coluna) e atua na (terceira coluna) Você compra o complexo B inteiro porque uma depende da outra para ser ativida FONTES leveduras, germe de trigo, vísceras, cereais integrais DEFICIÊNCIA afeta o sistema nervoso podendo levar a convulsões epilépticas, diminuição da resposta imune, maior escreção urinária de oxalatos e ocorrência de cálculos renais, desordens da pele Biotina (H) Transportada no sangue por uma glicoproteína FUNÇÃO age como coenzima em várias sistemas enzimáticas, principalmente as carboxilases Piruvato carboxilase (converte piruvato em oxaloacetato na gliconeogênese) Acetil-CoA-carboxilase (sintetiza malonil CoA para a formação de ácido graxo) P1 nutrição 37 Síntese e oxidação de ácidos graxos Relacionado ao metabolismo da B12 e do ácido pantotênico Parece atuar no tratamento da acne e da seborréia FONTES síntese bacteriana no trato instestinal, leite, fígado, gema do ovo DEFICIÊNCIA sinais de dermatite, depressão e anormalidade cardíaca Antivitamina biotina: avidina presente na clara do ovo impede a absorção Niacina (B3 ou PP) Vegetais: ácido nicotínico Animais: nicotinamida Síntese de niacina a partir do triptofano → ácido nicotínico FUNÇÃO atua na forma de coenzima NADH e NADPH (formas reduzidas de NAD e NADP, que atuam como receptores e doadores de H associadas ao metabolismo de CHO, aa e ácidos graxos FONTES leite e ovos (contém pouco niacina, mas muito triptofano), carnes, peixes, amendoim e levedos DEFICIÊNCIA doença Pelagra (sintomas de dermatite, demência e diarréia (doença dos 3 D, estomatite, língua em carne viva e úlceras na boca Antivitamina niacina: ácido isonicotínio (hidrasina) e 6-amino nicotinamida Ácido pantotênico (vit B5) Faz parte da estrutura da coenzima A Sintetiza coenzima A todos os tecidos são capazes FUNÇÃO relacionado a sua forma ativa a coenzima A envolvida em reações de liberação energética (ciclo de krebs), síntese de ácidos graxos, biossíntese de colesterol (hormônios esteróides) FONTES carnes (fígado e coração), cogumelos, abacate, brócolis, gema de ovo, batata doce DEFICIÊNCIA não há relatos
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