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Prévia do material em texto

Prof. Nidal Ahmad
Prof. Arnaldo Quaresma
Prof. Letícia Neves
Prof. Mauro Stürmer
Semana de revisão
exclusiva para alunos
Semana de revisão
exclusiva para alunos
1. Leis Especiais - Prof. Mauro Stürmer.......................................................................
2. Direito Penal e Processo Penal - Prof. Arnaldo Quaresma....................................
3. Processo Penal - Prof. Letícia Neves......................................................................
4. Direito Penal - Prof. Nidal Ahmad...........................................................................
 
03
09
16
 20
Semana de Revisão exclusiva
para alunos
2ª FASE OAB | PENAL | 37º EXAME
SUMÁRIO
Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas da Revisão Turbo do curso
preparatório para a 2ª Fase OAB. Além disso, recomenda-se que o aluno assista as aulas
acompanhado da legislação pertinente.
Bons estudos, Equipe Ceisc.
Atualizado em abril de 2023.
 
A Lei de drogas (Lei nº 11.343/06) é uma norma penal em branco, uma vez que a portaria
344 da Anvisa a completa, conforme o artigo 66 da Lei nº 11.343/06.
E-book da Semana de Revisão 
OAB 2ª Fase Penal
Leis especiais
Lei de Drogas - Lei nº 11.343/06
03
Norma penal em branco
1
E se determinada droga deixa de estar prevista na portaria?
Determinada pessoa foi processada ou está sendo condenada por
portar a droga X, que estava na portaria da Anvisa. Entretanto, devido a
nova lei, a droga mencionada é retirada da portaria, ou seja, terá
reflexos em sua aplicação, pois caracteriza uma "novatio legis in
mellius". Neste caso, ocorreu extinção da punibilidade em razão de
que a norma deixou de considerar o fato como criminoso, conforme
artigo 107, inciso III, do Código Penal. 
Não! Conforme a súmula 501 do STJ, é vedada a "lex tertia" (combinação de leis).
É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da
incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo
da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis.
SÚMULA 501 DO STJ
Pode haver a combinação de leis?
O crime de tráfico de drogas, disposto no art. 33 da Lei 11.343/2006, possui dezoito verbos em
seu enunciado. Caso seja praticado mais de um dos verbos, no mesmo contexto fático, será um
crime único; se não houver o mesmo contexto fático há pluralidade de crimes.
· Usuário nunca será preso (art. 28 da Lei de Drogas).
A condenação no art. 28 não vai gerar a reincidência. Ademais, seguirá o
rito aplicado na Lei 9.099/95, resolvido no Juizado Especial Criminal.
Princípio da Alternatividade
04
Usuário ≠ traficante
Crime de tráfico de drogas
É possível portar legalmente a droga? 
Sim! Art. 33 da Lei 11.343/06 (parte final). Exemplo: Um oficial de Justiça conduzindo
10kg de drogas, a partir da Sede do Fórum até o local em que ela será destruída, sendo
escoltado pela polícia. Veja que ele possui a autorização para carregá-la. 
Vender drogas para crianças e adolescente é crime do artigo 33 da Lei de
Drogas ou será o artigo 243 do ECA?
Se a substância não está na portaria
344/98 da ANVISA. Exemplo: "cola
de sapateiro".
Se aplica o artigo 243 do ECA Se aplica o artigo 33 da Lei de Drogas
O Artigo 33 da Lei nº 11.343/06 fala em “drogas” (Portaria 344 da Anvisa) e o artigo 243
fala em “produtos que causem dependência física ou psíquica”, o que não deixa de ser
uma droga – só aplica o art. 243 se esse produto não estiver relacionado na Portaria
344/98 da ANVISA, se estiver relacionado na portaria como droga será o artigo 33. Pode-
se exemplificar com a “cola de sapateiro”.
Se a substância está na portaria
344/98 da ANVISA. Exemplo:
cocaína.
E-book da Semana de Revisão 
OAB 2ª Fase Penal
Laudos que comprovam a materialidade do delito de tráfico de drogas
Exemplo: Oferecer drogas para alguém de seu relacionamento, para
juntos consumirem. Nesse caso, a pena será de 6 meses a 1 ano, e o
delito será tramitado no Juizado Especial Criminal, por força de sua
pena. 
05
Tráfico de menor potencial ofensivo
São hediondas as seguintes condutas
Art. 33, caput, da Lei 11.343/06; 
Art. 33, § 1º, da Lei 11.343/06; 
Art. 34 da Lei 11.343/06 (maquinismo); 
Art. 36 da Lei 11.343/06 (financiamento);
Art. 37 da Lei 11.343/06 (informante).
Laudo de mera constatação: Utilizado para a prisão em flagrante e para que o
Ministério Público ofereça a denúncia. Exemplo: Chamado de “Blue teste”. 
Laudo definitivo de substância entorpecente: O laudo definitivo é necessário para a
condenação, sem o laudo definitivo não se tem comprovada a materialidade do delito.
IMPORTANTE: Não se pode condenar exclusivamente com o laudo de mera
constatação.
Plantação de maconha é crime de tráfico de drogas? 
A determinação do delito depende da circunstância.
O fato de plantar a droga maconha para uso próprio, enquadra-se no art. 28, § 1º, da Lei
11.343/06. Por outro lado, se a plantação da droga tiver como objetivo a comercialização,
será tipificado no art. 33, § 1º, inc. II, da Lei 11.343/06.
EXEMPLO:
E-book da Semana de Revisão 
OAB 2ª Fase Penal
A denúncia oferecida não tem recebimento de imediato pelo juiz. 
Será determinada a notificação ou citação, para que, em 10 dias, o
denunciado apresente a defesa prévia.
O pedido principal está no art. 395, do CPP = rejeição da denúncia. 
06
Diferença entre o artigo 36 e o artigo 40, VII, da Lei 11.343/06
Art. 36 da Lei 11.343/06
O sujeito apenas investe, financia o
delito. O dinheiro parte dele, mas
ele não pratica o ato de traficar.
Art. 40, inc. VII, da Lei 11.343/06
Nesse caso, além de entrar com o
dinheiro, o sujeito comete o delito
de tráfico de drogas.
Procedimento especial da Lei nº 11.343/06
Inquérito policial (art. 51) 
- indiciado preso 30 dias + 30 dias
- indicado solto 90 dias + 90 dias
Remessa ao juiz – art. 54
– remete ao MP 
MP tem 10 dias para
oferecer denuncia,
podendo arrolar 5
testemunhas – art. 54, III 
Defesa preliminar – art. 55;
(onde fala em acusado,
deveria ser denunciado,
pois ainda não foi recebida
a denúncia); a defesa deve
arrolar testemunhas, no
máximo 5, sob pena de
preclusão 
Autos voltam ao juiz –
art. 55, § 4º; juiz decide
em 5 dias 
Juiz recebe a denúncia,
designa audiência una,
concentrada – art. 56
E-book da Semana de Revisão 
OAB 2ª Fase Penal
A Lei 9.613/98 (lavagem de dinheiro) incide em qualquer infração penal, seja crime
ou contravenção penal. 
A denúncia deve conter justa causa, a qual é duplicada, em razão de que deve
conter os dois crimes.
A tortura deve ser diferenciada de maus tratos com base na intensidade do
tratamento, do sofrimento físico e mental. Os delitos de tortura são equiparados a
hediondo, sendo presentes as modalidades: tortura prova, tortura castigo, tortura
discriminatória e tortura crime. 
EXCEÇÃO: A tortura por omissão não é equiparada a hediondo. 
07
Lavagem de dinheiro2
A competência para julgar o crime de lavagem de dinheiro se dará em razão do crime
antecedente. 
Materialidade do delito de tráfico de drogas, e de que, com esse lucro, o sujeito
lavou dinheiro, cometendo o segundo delito. 
EXEMPLO:
Se o sujeito praticou o delito de tráfico internacional de drogas (Art. 70), e com esse
dinheiro cometeu a lavagem, a competência será da Justiça Federal. 
EXEMPLO:
Tortura3
Tortura qualificada pela morte:
Quando o sujeito está torturando
fisicamente alguém que, em razão
dessa atitude, acaba falecendo.
Aqui há a culpa na morte da vítima,
trata-se de um crime preterdoloso.
Homicídio qualificado pela tortura:
Quando o sujeito quer matar e quer
torturar. A tortura age como meio, 
mas a intenção é praticar a morte.
 
E-book da Semana de Revisão 
OAB 2ª Fase Penal
08
A lei de tortura tem extraterritorialidade, ou seja, aplica-se mesmo que o
crime não tenha sido cometido em território nacional, desde que a vítima seja
brasileira, ou que o território seja de administração brasileira. 
Terrorismo4
Lei 8.137/90
A materialidade do crime de omissão de pagamento de tributodepende do
lançamento, quando o sujeito teve a chance de pagar e não o fez. Faltando o
lançamento, é caso de atipicidade, com fundamento na Súmula Vinculante 24. 
O pagamento do débito tributário, a qualquer tempo, extingue a punibilidade
do acusado.
Lei nº 13.260/16
No Brasil, não é exigível que se tenha mais de um indivíduo para caracterizar-se
terrorismo. 
Elementos do terrorismo: ato violento, finalidade, elemento teatral, ausência de
arrependimento.
O ato da preparação também é considerado terrorismo, não só o consumado. 
A competência sempre será da Justiça Federal e atribuição da Polícia Federal.
Ordem tributária5
Súmula vinculante 24: Não se tipifica crime material contra a ordem
tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do
lançamento definitivo do tributo.
E-book da Semana de Revisão 
OAB 2ª Fase Penal
09
Direito Penal e Processo Penal 
Nulidade é o vício que contamina determinado ato processual, praticado sem a
observância da forma prevista em lei, podendo invalidar o ato ou o processo, no todo
ou em parte. 
É uma violação ao modelo legal, que gera prejuízo para as partes. Se não houver
prejuízo, não há que se falar em nulidade.
Art. 563 do CPP - Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não
resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa.
Conceito de nulidade
1) Constituição Federal: artigo 5º
Nulidade não é peça processual, nulidade é uma matéria que se pode alegar em
qualquer peça, em tópico de preliminar.
Fundamentação 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
2) Art. 564 do CPP (rol das nulidades em espécie)
[...] IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.
3) Próprio artigo violado
violação do artigo 89 da Lei 9.099/95;
violação do artigo 28-A do Código de Processo Penal;
violação do artigo 212 do Código de Processo Penal;
violação do artigo 413, §1º, do Código de Processo Penal;
violação do artigo 411 do Código de Processo Penal;
violação do artigo 514 do Código de Processo Penal. 
Alguns exemplos:
Nulidades1
E-book da Semana de Revisão 
OAB 2ª Fase Penal
10
Na peça do XXXIV Exame, a tese de nulidade foi pontuada da seguinte forma:
EXEMPLO:
Efeitos do reconhecimento da nulidade
Necessidade de refazimento do ato reconhecido e dos que dele dependam ou sejam
consequência.
Sentença condenatória sem fundamentação juiz terá que refazer a sentença,
mantendo os atos anteriores, uma vez que não dependem dela.
EXEMPLO:
5. Preliminarmente, nulidade da pronúncia ou nulidade da instrução (0,30), por
violação ao princípio da ampla defesa e contraditório ou devido processo legal
(0,15), nos termos do Art. 5º, inciso LIV ou LV, da CRFB/88 ou do Art. 564, inciso IV,
do CPP (0,10).
5.1. Houve inadequada inversão da ordem de oitiva das testemunhas ou as
testemunhas de defesa foram ouvidas antes das testemunhas de acusação (0,30),
em desrespeito à previsão do Art. 411 do CPP (0,10).
Constituição Federal + art. 564 (inciso correspondente) do CPP + artigo violado 
Provas2
a) contraditório: significa que toda prova realizada por uma das partes admite a
produção de uma contraprova pela outra. Significa garantir a participação das
partes no processo, bem como o poder de influência na decisão judicial. 
b) não autoincriminação (nemo tenetur se detegere): princípio da inexigibilidade
de produção da prova contra si mesmo, fazendo que o acusado não seja obrigado
a realizar alguma conduta positiva que pode lhe incriminar.
Princípios importantes
E-book da Semana de Revisão 
OAB 2ª Fase Penal
11
Elemento de Informação: Produzidos na fase investigatória, sem observância
do contraditório e ampla defesa - finalidade: decretação das medidas
cautelares e formação da opinio delicti do titular da ação penal. 
Elementos de Prova: Produzidos na fase judicial, com observância do
contraditório e da ampla defesa - finalidade: convencimento do magistrado).
O CPP adotou, como regra, o do livre convencimento do juiz, fundamentado na
prova produzida sob o contraditório judicial (Art. 155, caput, do CPP).
Elementos de informação x elementos de prova:
Sistema do livre convencimento motivado
Regra Geral: o magistrado não poderá fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação.
Exceção: Provas Cautelares, Irrepetíveis ou Antecipadas.
Prova Irrepetível: Não é produzida e nem submetida ao crivo do
contraditório (contraditório impossível) – a doutrina exige a característica da
imprevisibilidade. Exemplo: Morte de testemunha (se já era previsível – Art.
225 do CPP).
Não é obrigado a realizar o exame de etilômetro.
EXEMPLO:
Prova Cautelar: É produzida sem observância do contraditório (normalmente
na fase investigatória), sendo submetida ao contraditório posteriormente em
juízo. Exemplo: Prova Pericial.
Prova Antecipada: Produzidas em juízo de forma antecipada, ainda que na
fase de investigação. Exemplo: Art. 225 do CPP - ver Art. 156, inciso I, do
CPP.
E-book da Semana de Revisão 
OAB 2ª Fase Penal
12
desentranhamento e, uma vez preclusa a decisão de desentranhamento da
prova declarada inadmissível, esta será inutilizada.
Consequências do uso de provas ilícitas:
Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados
para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais
ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu
reconhecimento até o descarte
Deve seguir o previsto no artigo 226 do CPP. O STJ entende pela ilegalidade do
reconhecimento efetuado fora do padrão do artigo 226 CPP, reconhecendo que
tal reconhecimento ilegal não pode justificar uma condenação. 
Reconhecimento Pessoas e Coisas
Violação de regras direito material, produzindo reflexos diretos ou indiretos em
direitos e garantias constitucionais. Exemplo: interceptação telefônica e busca e
apreensão sem ordem judicial, violação carta lacrada, grampo, coação em
interrogatório policial (afrontamento direito ao Art. 5°, X, XI, XII, e LXIII, da CF/88).
Provas Ilícitas (Art. 157 do CPP)
Cadeia de custódia
Ver artigos 158-A, 158-B, 158-C, 158-D, 158-E, 158-F do Código de
Processo Penal!
E-book da Semana de Revisão 
OAB 2ª Fase Penal
Enunciado Tipo penal
13
Teses de absolvição
Teses de diminuição da responsabilização penal do acusado
É importante verificar se realmente estão presentes as elementares do tipo penal, se
o fato descrito no enunciado realmente configura o crime. 
Sistema "cara/crachá"
a) Desclassificação;
b) Afastamento de qualificadora ou causa de aumento de pena;
c) Reconhecimento de causa de diminuição de pena.
"cara" "crachá"
Arnaldo, de 22 anos, inicia um
relacionamento com Mônica, de 14
anos. Ambos costumam manter
relação sexual consentida. Elena,
amiga de Mônica, sempre foi
apaixonada por Arnaldo e, movida
por ciúmes, resolve noticiar às
autoridades sobre as relações
mantidas entre Arnaldo e Mônica, no
intuito de incriminá-lo por estupro de
vulnerável. Noticiado o fato em sede
policial e concluídas as investigações,
o Ministério Público ofereceu
denúncia, imputando a Arnaldo o
crime de estupro de vulnerável,
previsto no Art. 217-A do CP.
Art. 217-A do CP: Ter conjunção carnal
ou praticar outro ato libidinoso com
menor de 14 (catorze) anos.
Ter conjunção carnal ou
praticar outro ato libidinoso 
O enunciado narra que
realmente ocorreu a prática de
conjunção carnal.
com menor de 14 anos
O enunciado indica que a vítima
possuia 14 anos (ou seja, não é
menor de 14 anos). Assim, o fato
é atípico, devendo Arnaldo ser
absolvido.
Crimes em espécie3
E-book da Semana de Revisão 
OAB 2ª Fase Penal
14
Irretroatividade da lei penal mais severa
A Lei 14.155/2021 inseriu o §4º-B no artigo 155 do Código Penal:A pena é de
reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se o furto mediante fraude é
cometido por meio de dispositivo eletrônico ou informático, conectado ou não
à rede de computadores, com ou sem a violação de mecanismo de segurança
ou a utilização de programa malicioso, ou por qualquer outro meio fraudulento
análogo.
Essa qualificadora só se aplica aos fatos praticados após a entrada em vigor da
Lei. Dessa forma, se o enunciado narrar um fato praticado em 2020, não
poderia incidir essa qualificadora.
É necessário cuidar o momento em que o crime entrou em vigor e a data em que o
fato foi praticado, pois pode ser cobrada tese relacionada a isso. Exemplo:
Momento consumativo
Se atentar para o momento consumativo dos crimes, pois pode ser cobrada tese
relacionada a isso. 
Exemplo: O sujeito aborda a vítima na rua com uma arma de fogo e a obriga a
transferir R$1.000,00 para determinada conta. A vítima tenta fazer a transferência,
mas ela não é concluída por falha no aplicativo. A autoridade policial indicia o
sujeito por extorsão tentada (artigo 158 do CP c/c artigo 14, II, do CP). A capitulação
delitiva está correta?
Não, a extorsão foi consumada, pois se trata de um crime formal. Conforme a
súmula 96 do STJ, o crime de extorsão consuma-se independentemente da
obtenção da vantagem indevida.
Crimes materiais: a consumação ocorre com a produção do resultado
naturalístico.
Crimes formais: o tipo penal descreve a conduta e o resultado, mas para a
consumação não é exigido o resultado naturalístico.
E-book da Semana de Revisão 
OAB 2ª Fase Penal
15
É cabível tese em busca da redução da pena em furto qualificado
privilegiado? Sim, desde que estejam presentes a primariedade do agente,
o pequeno valor da coisa, e sendo a qualificadora de ordem subjetiva. Ver
Súmula 511 do STJ.
É cabível tese que afaste a consumação dos delitos de furto e roubo? Sim,
para serem consumados é necessário a inversão da posse. Ver Súmula 582
do STJ.
Hediondez do homicídio simples: somente se for praticado em atividade
típica de grupo de extermínio.
Homicídio Qualificado: Não se pode acumular duas qualificadoras
subjetivas, pois elas são incompatíveis entre si. Exemplo: Ou é motivo
fútil ou motivo torpe, os dois juntos não pode. Uma qualificadora
subjetiva + uma objetiva = pode.
E-book da Semana de Revisão 
OAB 2ª Fase Penal
16
Processo Penal
Procedimento do Júri1
E-book da Semana de Revisão 
OAB 2ª Fase Penal
Desaforamento: deslocamento da competência territorial do júri para outra
comarca, art. 427, CPP quem decide é o Tribunal de Justiça ou Tribunal
Regional Federal - Câmara ou Turma;
O art. 478 do CPP menciona o que não pode ocorrer em plenário, sob pena de
nulidade;
O recurso da sentença é a Apelação (art. 593, III, CPP), com prazo de 5 dias para
interposição. Lembre-se: será interposta perante o Juiz Presidente do Tribunal
do Júri;
ATENÇÃO: Se for assistente de acusação SEM habilitação nos autos, o prazo
será de 15 dias.
Instrução é realizada em
plenário - art. 473, CPP
Sorteio do Conselho de
Sentença - art. 463, CPP
Sentença do Juiz
Presidente do Tribunal do
Júri - art. 492 do CPP
Ver Súmula 713 do STF
Apelação - art. 593, III, CPP
2ª Fase do Júri - art. 422 até 497 do CPP:
IMPORTANTE:
17
E-book da Semana de Revisão 
OAB 2ª Fase Penal
Apelação das decisões do Juiz Presidente - 2ª Fase do Júri 
Base legal Hipótese de cabimento Pedido
Art. 593, III, a, CPP Ocorrer nulidade posterior à pronúncia
- Acolhimento / Reconhecimento da
nulidade, com submissão do réu a
novo júri
Art. 593, III, b, CPP
A sentença do Juiz Presidente for contrária
à letra expressa da Lei ou à decisão dos
jurados
- Retificação da decisão / art.
593, §1º, CPP
Art. 593, III, c, CPP Quando houver erro ou injustiça à aplicação da
pena ou da medida de segurança
- Retificação da pena / art.
593, §2º, CPP
Art. 593, III, d, CPP
Quando a decisão dos jurados for
manifestamente contrária à prova dos
autos
- Nulidade do julgamento,
submissão do réu a novo Júri - art.
593, §3º, CPP
- Novos jurados – 449, I, CPP +
Súmula 206 do STF 
Execução Penal2
A competência é do juiz da Vara de Execuções Criminais, de acordo com o art. 66 (rol
exemplificativo) da Lei 7.210/84. 
OBS: Ver súmula 192 do STJ.
TEMPO +
A progressão de regime é gradativa, parte do regime mais severo para o menos
gravoso. O bom comportamento é atestado pelo diretor do sistema penitenciário.
Devem ser observados com atenção os critérios do art. 112 da Lei 7.210/84.
Progressão de regime:
COMPORTAMENTO
Para mulheres gestantes, mães ou responsáveis por crianças ou
pessoas com deficiência, os requisitos para a progressão de regime são
cumulativos, de acordo com o § 3º do art. 112 da Lei de Execução Penal.
18
A regressão de regime está prevista nos artigos 118 e 146-C, parágrafo único, da LEP.
Regressão de regime:
Antes de regredir o regime, o preso deve ser ouvido, pois ele tem o direito de
se justificar - art. 5º, LV, CF e art. 118, § 2º, da Lei de Execução Penal.
E-book da Semana de Revisão 
OAB 2ª Fase Penal
Para aqueles detentos que estudam ou trabalham, também pode se aplicar ambas as
ocasiões, quando compatíveis - art. 126 e 127 da LEP;
Requisito temporal (I, II e V): 
demais requisitos - incisos III e IV do CP.
O livramento condicional está previsto no art. 83 do Código Penal.
I - cumprida mais de 1/3 da pena, se o condenado não for reincidente em crime doloso
e tiver bons antecedentes;
II - cumprida mais de metade da pena, se o condenado for reincidente em crime doloso;
V - cumpridos mais de 2/3 da pena, em casos de condenação por crime hediondo,
tráfico de drogas, turtura, terrorismo e tráfico de pessoas, se o apenado não for
reincidente específico em crimes dessa natureza.
Remição da pena:
Livramento Condicional:
Remição por trabalho: cabível no regime fechado e semiaberto;
Remição por estudo: cabível no regime fechado, semiaberto, aberto e no
livramento condicional.
O indulto é um perdão via decreto judicial, que extingue a punibilidade. No entanto,
mesmo que o agente tenha sido indultado, mantem-se os efeitos da reincidência. Ver
súmula 631 do STJ.
Indulto:
É o recurso cabível das decisões do Juiz da Vara de Execução Penal, nos termos do
art. 197 da LEP;
Prazo de 5 dias para interposição, conforme súmula 700 do STF;
O processamento deste recurso é idêntico ao do Recurso no Sentido Estrito,
portanto aplicamos o art. 589 do CPP - que dispõe sobre o Juizo de Retratação;
Contrarrazões ao Agravo em Execução utiliza-se o art. 588 do CPP - Prazo de 2 dias.
19
Agravo em Execução:
E-book da Semana de Revisão 
OAB 2ª Fase Penal
Revisão Criminal3
Revisão
Criminal
Prazo
Identificação Base legal
Conteúdo
Pedidos
Sentença transitada em julgado Art. 621 do CPP (indicar inciso
correspondente)
Pode ocorrer a qualquer tempo,
inclusive após a extinção da pena
Absolvição;
sentença condenatória contrária ao texto
expresso da lei penal;
sentença com contrariedade à evidência dos
autos;
sentença condenatória fundada em
depoimentos, exames ou documentos
comprovadamente falsos;
após a sentença, se descobriram novas
provas de inocência do condenado ou
circunstância que determine ou autorize
diminuição especial da pena.
Legitimidade
Do réu ou do procurador
legalmente habilitado ou, no caso
de morte do réu, do cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão 
(Art. 623 do CPP)
Competência
É originária dos tribunais,
jamais sendo apreciada por
juiz de primeira instância
Alteração da classificação do crime;
Modificação da pena;
Anulação do processo;
Indenização;
Pode solicitar a concessão de liminar,
se for o caso.
Não cabe em prol da
sociedade, somente em
prol do réu
20
Direito Penal
E-book da Semana de Revisão 
OAB 2ª Fase Penal
Quando a causa que provocou o resultado não teve origem na conduta do agente.
Exemplo: vítima havia tomado veneno e depois recebe uma facada. O sujeito que
desferiu a facada não deu origem ao resultado morte, pois a causa foi de envenenamento. 
Nexo de causalidade1
Causas absolutamente independentesO problema é resolvido pelo art. 13, caput, do CP: Há exclusão da causalidade
decorrente da conduta. Ou seja, o agente responde somente por aquilo que deu
causa. Se o enunciado apontar dolo de lesão corporal, por exemplo, o agente
responderá por aquilo que deu causa: lesão corporal (leve, grave ou gravíssima).
Consequências:
Quando a causa que provocou o resultado teve origem na conduta do agente. Exemplo: a
vítima é hemofílica e recebe uma facada. Nesse caso, a morte aconteceu em razão da
hemofilia + facada, e o sujeito responderá por homicídio consumado, pois ele sabia da
condição da vítima. Se o agente não soubesse da condição, não tivesse como saber e
tivesse dado a facada em um local que não causaria a morte, então não responderia pelo
resultado.
No caso de causas relativamente independentes preexistentes ou
concomitantes, o agente responde pelo resultado pretendido (cuidado: a
condição deve ser conhecida do agente ou ao menos existir possibilidade
de conhecimento, sob pena de responsabilidade penal objetiva). Já no caso
de causas relativamente independente superveniente o agente responde
pelos atos até então praticados. 
Causas relativamente independentes 
Consequências:
O agente desfere um golpe de faca contra a vítima. Ferida, a vítima é levada ao hospital.
Momentos após a vítima chegar ao hospital, ocorre um incêncio no local, vindo a vítima
a falecer em virtude das queimaduras. Nesse caso, o agente responde pelos atos até
então praticados: se tinha o dolo de matar, responde por tentativa de homicídio; se o
dolo era de lesionar, ele responde por lesão corporal (artigo 13, §1º, do Código Penal).
Exemplo causa relativamente independente superveniente:
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OAB 2ª Fase Penal
Se o sujeito não age com dolo ou culpa, não há conduta e,
consequentemente, não há fato típico.
IMPORTANTE:
Se estiver em fase de resposta à acusação, leva à absolvição sumária, conforme art.
397, III, do CPP. Se estiver em fase de memoriais ou apelação, gera a absolvição,
conforme art. 386, III, do CPP.
Princípio da insignificância3
O princípio da insignificância é causa de excludente de tipicidade. O fato é
materialmente atípico, apesar de estar previsto na lei como infração penal, em razão
da pequena (insignificante) lesão ao bem jurídico tutelado.
Teoria do dolo e culpa2
Dolo eventual: Culpa consciente:
O sujeito prevê o resultado e assume o risco
de produzi-lo. Segue em diante na sua
atitude criminosa, indiferente ao resultado,
ele aceita o resultado. Assim, responde na
modalidade dolosa.
O sujeito também prevê o resultado, mas
acha que não vai ocorrer, ou tem habilidade
para que não ocorra o resultado.
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Iter criminis e tentativa4
Iter criminis
O iter criminis é o conjunto de fases pelas quais passa o delito. É o caminho do crime:
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Cogitação Atos
preparatórios
Execução Consumação
Os ato preparatório não constituem crime, é necessário dar início a execução do delito.
Tentativa é a execução iniciada de um crime, que não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente.
É uma causa de redução da pena, em que se considera a pena do crime consumado
diminuida de 1/3 a 2/3.
Tentativa
Desistência voluntária e arrependimento eficaz5
Desistência voluntária:
O agente dá início à execução do delito, mas não esgota a sua potencialidade lesiva,
desistindo de dar prosseguimento nos atos executórios.
Arrependimento eficaz:
O agente esgota os meios executórios, mas antes da consumação ele se arrepende e
evita o resultado.
23
Devem decorrer de atos voluntários, ainda que não sejam espontâneos. Ou seja, não
se exige que a ideia de interromper os atos executórios ou de se arrepender tenha se
originado na mente do agente, se admitindo que o agente seja influenciado por
terceira pessoa.
Além disso, é necessário que a atuação do agente seja apta a evitar a produção do
resultado, sendo, portanto, eficaz. Se o crime alcançou a consumação, o agente
responderá pelo delito (isso porque o arrependimento não foi eficaz).
IMPORTANTE:
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O agente responde pelos atos praticados, se forem típicos. Exemplo: O
sujeito que entra em uma residência, mas desiste de furtar o celular,
responde por violação de domicílio e não tentativa de furto.
Consequências:
Na desistência voluntária e no arrependimento eficaz o agente JAMAIS
responderá pelo crime tentado, mas somente pelos atos até então
praticados, se constituírem fato típico.
Trata-se de causa obrigatória de diminuição da pena que incide quando o agente,
responsável pelo crime praticado sem violência ou grave ameaça à pessoa, repara o
dano provocado ou restitui a coisa, desde que por ato voluntário do agente, até o
recebimento da denúncia ou da queixa. 
Arrependimento posterior6
Se a reparação do dano ou restituição da coisa ocorrer depois do recebimento
da denúncia, incide a atenuante genérica prevista no artigo 65, III, “b”, do CP.
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Reparação do dano ou restituição da coisa em situações específicas:
CUIDADO:
Peculato culposo: Nos termos do artigo 312, § 3º, do Código Penal, no caso do
peculato culposo, se anterior à sentença transitada em julgado, a reparação é
causa de extinção da punibilidade; se a reparação do dano for posterior à
sentença irrecorrível, incide causa de diminuição da pena até metade da pena
imposta.
Estelionato mediante emissão de cheque sem fundos: No caso da emissão de
cheque sem suficiente provisão de fundos, a reparação do dano até o
recebimento da denúncia impede o prosseguimento da ação penal, adotando-se
uma interpretação a contrario sensu da Súmula 554 do Supremo Tribunal Federal.
Durante a
execução
Esgotada a
execução
Consumação
Recebimento
da denúncia ou
queixa
Desistência
voluntária
Arrependimento
eficaz
Arrependimento
posterior
Atenuante
genérica do art.
65, III, b, do CP
RESUMINDO:
Se for alegar em resposta acusação Absolvição sumária - art. 397, III, do CPP;
Se for alegar em memoriais ou apelação Absolvição - art. 386, III, do CPP;
Se for alegar em procedimento do júri Absolvição sumária, art. 415, III, do CPP.
Ocorre quando o meio ou instrumento que o sujeito utilizou para a execução do
delito leva a impossibilidade absoluta de consumação do crime. Está previsto no
artigo 17 do Código Penal.
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Crime impossível7
Sujeito quer matar alguém com uma arma completamente defeituosa, que não
efetua qualquer disparo.
Exemplo de crime impossível pela ineficácia absoluta do meio:
Sujeito pretende matar a vítima, desferindo disparos de arma de fogo contra
seu corpo, vericando-se, após, que, ao receber os disparos, a vítima já se
encontrava morta. 
Exemplo de crime impossível pela impropriedade absoluta do objeto:
Não constitui crime. Trata-se, pois, de fato atípico!
Consequências:
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Guarda relação com o meio de execução ou instrumento utilizado pelo agente, que,
por sua natureza, será incapaz de produzir qualquer resultado, ou seja, jamais
alcançará a consumação do delito.
Crime impossível por ineficácia absoluta do meio
Guarda relação com o objeto material, compreendendo a pessoa ou coisa, sobre o qual
recai a conduta do agente. 
Crime impossível por impropriedade absoluta do objeto 
É o erro que incide sobre as elementares e circunstâncias do tipo. Se divide em
vencível e invencível:
Erro de tipo invencível/inevitável: Erro de tipo vencível/evitável:
Ocorre quando não pode ser
evitado pela normal diligência.
Exclui o dolo e a culpa, sendo o fato
atípico. 
Ocorre quando pode ser evitado
pela diligência ordinária, resultando
de imprudência ou negligência.
Exclui o dolo, mas não a culpa,
respondendo o agente por crime
culposo, se previsto em lei. 
Incide sobre dados irrelevantes da conduta típica. Não impede o sujeito de
compreender o caráter ilícito de seu comportamento. Mesmo que não existisse, ainda
assim a conduta seria antijurídica.
Erro de tipoacidental
Erro sobre o
objeto
Resultado diverso
do pretendido
Erro na
execução
Erro sobre a
pessoa
Art. 74 do CP Art. 73 do CP Art. 20, §3º, do CP
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Erro de tipo essencial
Erro de tipo acidental
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Erro de tipo8
O erro de tipo é o erro que recai sobre um dos elementos constitutivos do tipo penal.
Há uma falsa percepção da realidade que cerca o agente. O agente desenvolve uma
conduta sem saber que está praticando um fato típico.
Estado de necessidade: 
Legítima defesa:
Estrito cumprimento do dever legal: 
Exercício regular do direito:
É a causa de exclusão da ilicitude da conduta de quem, não tendo o dever legal de
enfrentar o perigo atual, a qual não provocou por sua vontade, sacrifica um bem
jurídico ameaçado por esse perigo para salvar outro, próprio ou alheio, cuja perda não
era razoável exigir. Exemplo: Um pedestre joga-se na frente de um motorista, que, para
preservar a vida humana, opta por desviar e colidir com outro que se encontrava
estacionado nas proximidades. 
Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários,
repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Exemplo: “A”
está perseguindo “B” para atacá-lo a golpes de faca. “B” poderá sacar de uma arma
para repelir a injusta agressão.
O agente pratica um fato típico em face do cumprimento de um dever observando
rigorosamente os limites impostos pela lei, de natureza penal ou não. Exemplo: o
policial que prende o agente em flagrante ou cumprindo mandado de prisão, embora
atinja o seu direito de liberdade, não comete o crime, porque cumpre o dever que lhe é
imposto por lei.
É o desempenho de uma atividade ou a prática de uma conduta autorizada por lei, que
torna lícito um fato típico. Exemplo: prisão em flagrante realizada por um particular.
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Excludentes de ilicitude9
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Se for alegar ilicitude em resposta acusação art. 397, I, do CPP;
Se for alegar ilicitude em memoriais ou apelação art. 386, VI, do CPP;
Se for alegar ilicitude em procedimento do júri art. 415, IV, do CPP.
28
Excludente de culpabilidade10
Artigo 26, caput, do Código Penal: inimputabilidade pode ser por
doença/enfermidade mental ou por embriaguez completa/acidental.
Se for reconhecida a inimputabilidade por doença mental, o juiz deverá proferir
sentença absolutória imprópria, aplicando medida de segurança.
Nos casos do parágrafo único do art. 26 do CP, ingressam as doenças mentais
que não retiram do sujeito a capacidade intelectiva ou volitiva, MAS DIMINUEM
essa capacidade. Trata-se de causa de diminuição da pena.
Inimputabilidade 
A emoção ou a paixão não excluem o crime.
Artigo 28, §1º, do Código Penal: A embriaguez completa, que retira
completamente a capacidade de compreensão do sujeito, em decorrência de uma
embriaguez acidental (por força maior ou por caso fortuito), exclui o crime.
Exemplo: Um sujeito é obrigado a beber e que depois agride uma pessoa. Praticou
um fato típico e ilícito, mas será isento de pena. 
Erro de proibição: O erro de proibição é o erro que incide sobre a ilicitude do
fato. Encontra-se disciplinado no artigo 21 do Código Penal. 
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Falta de potencial consciência da ilicitude
No erro de proibição, o agente desenvolve uma conduta movido por uma falsa
percepção acerca do caráter ilícito do fato típico praticado. Ou seja, o agente tem
consciência da conduta praticada, mas lhe falta potencial consciência da ilicitude
do fato. Exemplo: Sujeito transportando maconha porque acha que para fins
medicinais é permitido. Ele sabe que é uma droga, no entanto, supõe que é
permitido para fins medicinais, no caso, para o tratamento de seu filho.
Se for um erro de proibição inevitável, o sujeito é isento de pena. Se for
um erro evitável, ocorre uma redução da pena.
Consequências:
29
Teoria da Pena11
Fixação da pena
Art. 59, CP: Na sentença, o juiz precisa definir a quantidade da pena. É
utilizado o critério trifásico para quantificar a pena, conforme art. 68, CP.
Pena base do mínimo legal, considerando as
circunstâncias judiciais favoráveis (Súmula 444
do STJ) - Inquérito policial ou ação penal em
curso não afastam a pena do mínimo legal.
1ª Fase:
Considerar a presença de eventual agravante
(afastar – art. 61 e 62 do CP) e de eventual
atenuante (apontar – art. 65 e 66 do CP).
2ª Fase:
Observar as causas de aumento de pena que quer
afastar, e causas de diminuição que quer apontar.
OBS: Aqui a pena pode ficar abaixo do mínimo
legal, de modo que deve-se buscar a fração que
mais irá diminuir a pena.
3ª Fase:
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Inexigibilidade de conduta diversa
Coação moral irresistível (artigo 22 do CP): 
Coator Grave ameaça Coagido Fato típico e ilícito
Somente o coator responde pelo delito
Obediência hierárquica (artigo 22 do CP): 
Superior hierárquico Ordem nãomanifestamente ilegal
Subordinado pratica
fato típico e ilícito
Somente o superior hierárquico responde pelo delito
Art. 33 do Código Penal;
Deve-se analisar a possibilidade de substituir por pena restritiva de
direitos, conforme as hipóteses do art. 44 do CP;
O período de detração deve ser computado;
Art. 2º, § 1º da Lei 8.072/90 - regime inicial em crimes hediondos e
equiparados.
30
Fixação da pena
SURSIS
Natureza da pena: pena privativa de
liberdade (não cabe para PRD e multa);
Quantidade da pena: em regra pena
aplicada na sentença até 2 anos.
Exceção: SURSIS etário e humanitário
(até 4 anos) e crime ambiental (até 3
anos);
Não tenha havido substituição por PRD.
Requisitos
Objetivos Subjetivos
O sursis suspende a execução da pena privativa de liberdade, sob
condições determinadas pelo juiz, dentro do período de prova;
Hipóteses do art. 77 do CP
Não reincidente em crime doloso
(cuidado: se a pena anterior for de
multa, será possível);
Circunstâncias judiciais favoráveis.
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OAB 2ª Fase Penal
Lembre-se da sua trajetória, do seu esforço, da sua dedicação. Confie no seu potencial,
na sua capacidade e na sua força. 
Você é forte, você é inteligente, e você é capaz. Não se esqueça que prova nenhuma
define isso... Lute, mas lute com sangue nos olhos, seja firme no seu objetivo. 
Estamos com você, mandando as melhores energias e as maiores forças, pois somos
um time, e você faz parte disso!
Com carinho, Equipe de 2ª Fase Penal
31
Você vai dar o soco missioneiro!
Chegou a hora, Ceisquer! 
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