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Prof. Nidal Ahmad Prof. Arnaldo Quaresma Prof. Letícia Neves Prof. Mauro Stürmer Semana de revisão exclusiva para alunos Semana de revisão exclusiva para alunos 1. Leis Especiais - Prof. Mauro Stürmer....................................................................... 2. Direito Penal e Processo Penal - Prof. Arnaldo Quaresma.................................... 3. Processo Penal - Prof. Letícia Neves...................................................................... 4. Direito Penal - Prof. Nidal Ahmad........................................................................... 03 09 16 20 Semana de Revisão exclusiva para alunos 2ª FASE OAB | PENAL | 37º EXAME SUMÁRIO Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas da Revisão Turbo do curso preparatório para a 2ª Fase OAB. Além disso, recomenda-se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente. Bons estudos, Equipe Ceisc. Atualizado em abril de 2023. A Lei de drogas (Lei nº 11.343/06) é uma norma penal em branco, uma vez que a portaria 344 da Anvisa a completa, conforme o artigo 66 da Lei nº 11.343/06. E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal Leis especiais Lei de Drogas - Lei nº 11.343/06 03 Norma penal em branco 1 E se determinada droga deixa de estar prevista na portaria? Determinada pessoa foi processada ou está sendo condenada por portar a droga X, que estava na portaria da Anvisa. Entretanto, devido a nova lei, a droga mencionada é retirada da portaria, ou seja, terá reflexos em sua aplicação, pois caracteriza uma "novatio legis in mellius". Neste caso, ocorreu extinção da punibilidade em razão de que a norma deixou de considerar o fato como criminoso, conforme artigo 107, inciso III, do Código Penal. Não! Conforme a súmula 501 do STJ, é vedada a "lex tertia" (combinação de leis). É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis. SÚMULA 501 DO STJ Pode haver a combinação de leis? O crime de tráfico de drogas, disposto no art. 33 da Lei 11.343/2006, possui dezoito verbos em seu enunciado. Caso seja praticado mais de um dos verbos, no mesmo contexto fático, será um crime único; se não houver o mesmo contexto fático há pluralidade de crimes. · Usuário nunca será preso (art. 28 da Lei de Drogas). A condenação no art. 28 não vai gerar a reincidência. Ademais, seguirá o rito aplicado na Lei 9.099/95, resolvido no Juizado Especial Criminal. Princípio da Alternatividade 04 Usuário ≠ traficante Crime de tráfico de drogas É possível portar legalmente a droga? Sim! Art. 33 da Lei 11.343/06 (parte final). Exemplo: Um oficial de Justiça conduzindo 10kg de drogas, a partir da Sede do Fórum até o local em que ela será destruída, sendo escoltado pela polícia. Veja que ele possui a autorização para carregá-la. Vender drogas para crianças e adolescente é crime do artigo 33 da Lei de Drogas ou será o artigo 243 do ECA? Se a substância não está na portaria 344/98 da ANVISA. Exemplo: "cola de sapateiro". Se aplica o artigo 243 do ECA Se aplica o artigo 33 da Lei de Drogas O Artigo 33 da Lei nº 11.343/06 fala em “drogas” (Portaria 344 da Anvisa) e o artigo 243 fala em “produtos que causem dependência física ou psíquica”, o que não deixa de ser uma droga – só aplica o art. 243 se esse produto não estiver relacionado na Portaria 344/98 da ANVISA, se estiver relacionado na portaria como droga será o artigo 33. Pode- se exemplificar com a “cola de sapateiro”. Se a substância está na portaria 344/98 da ANVISA. Exemplo: cocaína. E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal Laudos que comprovam a materialidade do delito de tráfico de drogas Exemplo: Oferecer drogas para alguém de seu relacionamento, para juntos consumirem. Nesse caso, a pena será de 6 meses a 1 ano, e o delito será tramitado no Juizado Especial Criminal, por força de sua pena. 05 Tráfico de menor potencial ofensivo São hediondas as seguintes condutas Art. 33, caput, da Lei 11.343/06; Art. 33, § 1º, da Lei 11.343/06; Art. 34 da Lei 11.343/06 (maquinismo); Art. 36 da Lei 11.343/06 (financiamento); Art. 37 da Lei 11.343/06 (informante). Laudo de mera constatação: Utilizado para a prisão em flagrante e para que o Ministério Público ofereça a denúncia. Exemplo: Chamado de “Blue teste”. Laudo definitivo de substância entorpecente: O laudo definitivo é necessário para a condenação, sem o laudo definitivo não se tem comprovada a materialidade do delito. IMPORTANTE: Não se pode condenar exclusivamente com o laudo de mera constatação. Plantação de maconha é crime de tráfico de drogas? A determinação do delito depende da circunstância. O fato de plantar a droga maconha para uso próprio, enquadra-se no art. 28, § 1º, da Lei 11.343/06. Por outro lado, se a plantação da droga tiver como objetivo a comercialização, será tipificado no art. 33, § 1º, inc. II, da Lei 11.343/06. EXEMPLO: E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal A denúncia oferecida não tem recebimento de imediato pelo juiz. Será determinada a notificação ou citação, para que, em 10 dias, o denunciado apresente a defesa prévia. O pedido principal está no art. 395, do CPP = rejeição da denúncia. 06 Diferença entre o artigo 36 e o artigo 40, VII, da Lei 11.343/06 Art. 36 da Lei 11.343/06 O sujeito apenas investe, financia o delito. O dinheiro parte dele, mas ele não pratica o ato de traficar. Art. 40, inc. VII, da Lei 11.343/06 Nesse caso, além de entrar com o dinheiro, o sujeito comete o delito de tráfico de drogas. Procedimento especial da Lei nº 11.343/06 Inquérito policial (art. 51) - indiciado preso 30 dias + 30 dias - indicado solto 90 dias + 90 dias Remessa ao juiz – art. 54 – remete ao MP MP tem 10 dias para oferecer denuncia, podendo arrolar 5 testemunhas – art. 54, III Defesa preliminar – art. 55; (onde fala em acusado, deveria ser denunciado, pois ainda não foi recebida a denúncia); a defesa deve arrolar testemunhas, no máximo 5, sob pena de preclusão Autos voltam ao juiz – art. 55, § 4º; juiz decide em 5 dias Juiz recebe a denúncia, designa audiência una, concentrada – art. 56 E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal A Lei 9.613/98 (lavagem de dinheiro) incide em qualquer infração penal, seja crime ou contravenção penal. A denúncia deve conter justa causa, a qual é duplicada, em razão de que deve conter os dois crimes. A tortura deve ser diferenciada de maus tratos com base na intensidade do tratamento, do sofrimento físico e mental. Os delitos de tortura são equiparados a hediondo, sendo presentes as modalidades: tortura prova, tortura castigo, tortura discriminatória e tortura crime. EXCEÇÃO: A tortura por omissão não é equiparada a hediondo. 07 Lavagem de dinheiro2 A competência para julgar o crime de lavagem de dinheiro se dará em razão do crime antecedente. Materialidade do delito de tráfico de drogas, e de que, com esse lucro, o sujeito lavou dinheiro, cometendo o segundo delito. EXEMPLO: Se o sujeito praticou o delito de tráfico internacional de drogas (Art. 70), e com esse dinheiro cometeu a lavagem, a competência será da Justiça Federal. EXEMPLO: Tortura3 Tortura qualificada pela morte: Quando o sujeito está torturando fisicamente alguém que, em razão dessa atitude, acaba falecendo. Aqui há a culpa na morte da vítima, trata-se de um crime preterdoloso. Homicídio qualificado pela tortura: Quando o sujeito quer matar e quer torturar. A tortura age como meio, mas a intenção é praticar a morte. E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal 08 A lei de tortura tem extraterritorialidade, ou seja, aplica-se mesmo que o crime não tenha sido cometido em território nacional, desde que a vítima seja brasileira, ou que o território seja de administração brasileira. Terrorismo4 Lei 8.137/90 A materialidade do crime de omissão de pagamento de tributodepende do lançamento, quando o sujeito teve a chance de pagar e não o fez. Faltando o lançamento, é caso de atipicidade, com fundamento na Súmula Vinculante 24. O pagamento do débito tributário, a qualquer tempo, extingue a punibilidade do acusado. Lei nº 13.260/16 No Brasil, não é exigível que se tenha mais de um indivíduo para caracterizar-se terrorismo. Elementos do terrorismo: ato violento, finalidade, elemento teatral, ausência de arrependimento. O ato da preparação também é considerado terrorismo, não só o consumado. A competência sempre será da Justiça Federal e atribuição da Polícia Federal. Ordem tributária5 Súmula vinculante 24: Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo. E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal 09 Direito Penal e Processo Penal Nulidade é o vício que contamina determinado ato processual, praticado sem a observância da forma prevista em lei, podendo invalidar o ato ou o processo, no todo ou em parte. É uma violação ao modelo legal, que gera prejuízo para as partes. Se não houver prejuízo, não há que se falar em nulidade. Art. 563 do CPP - Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa. Conceito de nulidade 1) Constituição Federal: artigo 5º Nulidade não é peça processual, nulidade é uma matéria que se pode alegar em qualquer peça, em tópico de preliminar. Fundamentação LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 2) Art. 564 do CPP (rol das nulidades em espécie) [...] IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato. 3) Próprio artigo violado violação do artigo 89 da Lei 9.099/95; violação do artigo 28-A do Código de Processo Penal; violação do artigo 212 do Código de Processo Penal; violação do artigo 413, §1º, do Código de Processo Penal; violação do artigo 411 do Código de Processo Penal; violação do artigo 514 do Código de Processo Penal. Alguns exemplos: Nulidades1 E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal 10 Na peça do XXXIV Exame, a tese de nulidade foi pontuada da seguinte forma: EXEMPLO: Efeitos do reconhecimento da nulidade Necessidade de refazimento do ato reconhecido e dos que dele dependam ou sejam consequência. Sentença condenatória sem fundamentação juiz terá que refazer a sentença, mantendo os atos anteriores, uma vez que não dependem dela. EXEMPLO: 5. Preliminarmente, nulidade da pronúncia ou nulidade da instrução (0,30), por violação ao princípio da ampla defesa e contraditório ou devido processo legal (0,15), nos termos do Art. 5º, inciso LIV ou LV, da CRFB/88 ou do Art. 564, inciso IV, do CPP (0,10). 5.1. Houve inadequada inversão da ordem de oitiva das testemunhas ou as testemunhas de defesa foram ouvidas antes das testemunhas de acusação (0,30), em desrespeito à previsão do Art. 411 do CPP (0,10). Constituição Federal + art. 564 (inciso correspondente) do CPP + artigo violado Provas2 a) contraditório: significa que toda prova realizada por uma das partes admite a produção de uma contraprova pela outra. Significa garantir a participação das partes no processo, bem como o poder de influência na decisão judicial. b) não autoincriminação (nemo tenetur se detegere): princípio da inexigibilidade de produção da prova contra si mesmo, fazendo que o acusado não seja obrigado a realizar alguma conduta positiva que pode lhe incriminar. Princípios importantes E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal 11 Elemento de Informação: Produzidos na fase investigatória, sem observância do contraditório e ampla defesa - finalidade: decretação das medidas cautelares e formação da opinio delicti do titular da ação penal. Elementos de Prova: Produzidos na fase judicial, com observância do contraditório e da ampla defesa - finalidade: convencimento do magistrado). O CPP adotou, como regra, o do livre convencimento do juiz, fundamentado na prova produzida sob o contraditório judicial (Art. 155, caput, do CPP). Elementos de informação x elementos de prova: Sistema do livre convencimento motivado Regra Geral: o magistrado não poderá fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação. Exceção: Provas Cautelares, Irrepetíveis ou Antecipadas. Prova Irrepetível: Não é produzida e nem submetida ao crivo do contraditório (contraditório impossível) – a doutrina exige a característica da imprevisibilidade. Exemplo: Morte de testemunha (se já era previsível – Art. 225 do CPP). Não é obrigado a realizar o exame de etilômetro. EXEMPLO: Prova Cautelar: É produzida sem observância do contraditório (normalmente na fase investigatória), sendo submetida ao contraditório posteriormente em juízo. Exemplo: Prova Pericial. Prova Antecipada: Produzidas em juízo de forma antecipada, ainda que na fase de investigação. Exemplo: Art. 225 do CPP - ver Art. 156, inciso I, do CPP. E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal 12 desentranhamento e, uma vez preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada. Consequências do uso de provas ilícitas: Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte Deve seguir o previsto no artigo 226 do CPP. O STJ entende pela ilegalidade do reconhecimento efetuado fora do padrão do artigo 226 CPP, reconhecendo que tal reconhecimento ilegal não pode justificar uma condenação. Reconhecimento Pessoas e Coisas Violação de regras direito material, produzindo reflexos diretos ou indiretos em direitos e garantias constitucionais. Exemplo: interceptação telefônica e busca e apreensão sem ordem judicial, violação carta lacrada, grampo, coação em interrogatório policial (afrontamento direito ao Art. 5°, X, XI, XII, e LXIII, da CF/88). Provas Ilícitas (Art. 157 do CPP) Cadeia de custódia Ver artigos 158-A, 158-B, 158-C, 158-D, 158-E, 158-F do Código de Processo Penal! E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal Enunciado Tipo penal 13 Teses de absolvição Teses de diminuição da responsabilização penal do acusado É importante verificar se realmente estão presentes as elementares do tipo penal, se o fato descrito no enunciado realmente configura o crime. Sistema "cara/crachá" a) Desclassificação; b) Afastamento de qualificadora ou causa de aumento de pena; c) Reconhecimento de causa de diminuição de pena. "cara" "crachá" Arnaldo, de 22 anos, inicia um relacionamento com Mônica, de 14 anos. Ambos costumam manter relação sexual consentida. Elena, amiga de Mônica, sempre foi apaixonada por Arnaldo e, movida por ciúmes, resolve noticiar às autoridades sobre as relações mantidas entre Arnaldo e Mônica, no intuito de incriminá-lo por estupro de vulnerável. Noticiado o fato em sede policial e concluídas as investigações, o Ministério Público ofereceu denúncia, imputando a Arnaldo o crime de estupro de vulnerável, previsto no Art. 217-A do CP. Art. 217-A do CP: Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso O enunciado narra que realmente ocorreu a prática de conjunção carnal. com menor de 14 anos O enunciado indica que a vítima possuia 14 anos (ou seja, não é menor de 14 anos). Assim, o fato é atípico, devendo Arnaldo ser absolvido. Crimes em espécie3 E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal 14 Irretroatividade da lei penal mais severa A Lei 14.155/2021 inseriu o §4º-B no artigo 155 do Código Penal:A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se o furto mediante fraude é cometido por meio de dispositivo eletrônico ou informático, conectado ou não à rede de computadores, com ou sem a violação de mecanismo de segurança ou a utilização de programa malicioso, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo. Essa qualificadora só se aplica aos fatos praticados após a entrada em vigor da Lei. Dessa forma, se o enunciado narrar um fato praticado em 2020, não poderia incidir essa qualificadora. É necessário cuidar o momento em que o crime entrou em vigor e a data em que o fato foi praticado, pois pode ser cobrada tese relacionada a isso. Exemplo: Momento consumativo Se atentar para o momento consumativo dos crimes, pois pode ser cobrada tese relacionada a isso. Exemplo: O sujeito aborda a vítima na rua com uma arma de fogo e a obriga a transferir R$1.000,00 para determinada conta. A vítima tenta fazer a transferência, mas ela não é concluída por falha no aplicativo. A autoridade policial indicia o sujeito por extorsão tentada (artigo 158 do CP c/c artigo 14, II, do CP). A capitulação delitiva está correta? Não, a extorsão foi consumada, pois se trata de um crime formal. Conforme a súmula 96 do STJ, o crime de extorsão consuma-se independentemente da obtenção da vantagem indevida. Crimes materiais: a consumação ocorre com a produção do resultado naturalístico. Crimes formais: o tipo penal descreve a conduta e o resultado, mas para a consumação não é exigido o resultado naturalístico. E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal 15 É cabível tese em busca da redução da pena em furto qualificado privilegiado? Sim, desde que estejam presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa, e sendo a qualificadora de ordem subjetiva. Ver Súmula 511 do STJ. É cabível tese que afaste a consumação dos delitos de furto e roubo? Sim, para serem consumados é necessário a inversão da posse. Ver Súmula 582 do STJ. Hediondez do homicídio simples: somente se for praticado em atividade típica de grupo de extermínio. Homicídio Qualificado: Não se pode acumular duas qualificadoras subjetivas, pois elas são incompatíveis entre si. Exemplo: Ou é motivo fútil ou motivo torpe, os dois juntos não pode. Uma qualificadora subjetiva + uma objetiva = pode. E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal 16 Processo Penal Procedimento do Júri1 E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal Desaforamento: deslocamento da competência territorial do júri para outra comarca, art. 427, CPP quem decide é o Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal - Câmara ou Turma; O art. 478 do CPP menciona o que não pode ocorrer em plenário, sob pena de nulidade; O recurso da sentença é a Apelação (art. 593, III, CPP), com prazo de 5 dias para interposição. Lembre-se: será interposta perante o Juiz Presidente do Tribunal do Júri; ATENÇÃO: Se for assistente de acusação SEM habilitação nos autos, o prazo será de 15 dias. Instrução é realizada em plenário - art. 473, CPP Sorteio do Conselho de Sentença - art. 463, CPP Sentença do Juiz Presidente do Tribunal do Júri - art. 492 do CPP Ver Súmula 713 do STF Apelação - art. 593, III, CPP 2ª Fase do Júri - art. 422 até 497 do CPP: IMPORTANTE: 17 E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal Apelação das decisões do Juiz Presidente - 2ª Fase do Júri Base legal Hipótese de cabimento Pedido Art. 593, III, a, CPP Ocorrer nulidade posterior à pronúncia - Acolhimento / Reconhecimento da nulidade, com submissão do réu a novo júri Art. 593, III, b, CPP A sentença do Juiz Presidente for contrária à letra expressa da Lei ou à decisão dos jurados - Retificação da decisão / art. 593, §1º, CPP Art. 593, III, c, CPP Quando houver erro ou injustiça à aplicação da pena ou da medida de segurança - Retificação da pena / art. 593, §2º, CPP Art. 593, III, d, CPP Quando a decisão dos jurados for manifestamente contrária à prova dos autos - Nulidade do julgamento, submissão do réu a novo Júri - art. 593, §3º, CPP - Novos jurados – 449, I, CPP + Súmula 206 do STF Execução Penal2 A competência é do juiz da Vara de Execuções Criminais, de acordo com o art. 66 (rol exemplificativo) da Lei 7.210/84. OBS: Ver súmula 192 do STJ. TEMPO + A progressão de regime é gradativa, parte do regime mais severo para o menos gravoso. O bom comportamento é atestado pelo diretor do sistema penitenciário. Devem ser observados com atenção os critérios do art. 112 da Lei 7.210/84. Progressão de regime: COMPORTAMENTO Para mulheres gestantes, mães ou responsáveis por crianças ou pessoas com deficiência, os requisitos para a progressão de regime são cumulativos, de acordo com o § 3º do art. 112 da Lei de Execução Penal. 18 A regressão de regime está prevista nos artigos 118 e 146-C, parágrafo único, da LEP. Regressão de regime: Antes de regredir o regime, o preso deve ser ouvido, pois ele tem o direito de se justificar - art. 5º, LV, CF e art. 118, § 2º, da Lei de Execução Penal. E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal Para aqueles detentos que estudam ou trabalham, também pode se aplicar ambas as ocasiões, quando compatíveis - art. 126 e 127 da LEP; Requisito temporal (I, II e V): demais requisitos - incisos III e IV do CP. O livramento condicional está previsto no art. 83 do Código Penal. I - cumprida mais de 1/3 da pena, se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes; II - cumprida mais de metade da pena, se o condenado for reincidente em crime doloso; V - cumpridos mais de 2/3 da pena, em casos de condenação por crime hediondo, tráfico de drogas, turtura, terrorismo e tráfico de pessoas, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza. Remição da pena: Livramento Condicional: Remição por trabalho: cabível no regime fechado e semiaberto; Remição por estudo: cabível no regime fechado, semiaberto, aberto e no livramento condicional. O indulto é um perdão via decreto judicial, que extingue a punibilidade. No entanto, mesmo que o agente tenha sido indultado, mantem-se os efeitos da reincidência. Ver súmula 631 do STJ. Indulto: É o recurso cabível das decisões do Juiz da Vara de Execução Penal, nos termos do art. 197 da LEP; Prazo de 5 dias para interposição, conforme súmula 700 do STF; O processamento deste recurso é idêntico ao do Recurso no Sentido Estrito, portanto aplicamos o art. 589 do CPP - que dispõe sobre o Juizo de Retratação; Contrarrazões ao Agravo em Execução utiliza-se o art. 588 do CPP - Prazo de 2 dias. 19 Agravo em Execução: E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal Revisão Criminal3 Revisão Criminal Prazo Identificação Base legal Conteúdo Pedidos Sentença transitada em julgado Art. 621 do CPP (indicar inciso correspondente) Pode ocorrer a qualquer tempo, inclusive após a extinção da pena Absolvição; sentença condenatória contrária ao texto expresso da lei penal; sentença com contrariedade à evidência dos autos; sentença condenatória fundada em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos; após a sentença, se descobriram novas provas de inocência do condenado ou circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena. Legitimidade Do réu ou do procurador legalmente habilitado ou, no caso de morte do réu, do cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (Art. 623 do CPP) Competência É originária dos tribunais, jamais sendo apreciada por juiz de primeira instância Alteração da classificação do crime; Modificação da pena; Anulação do processo; Indenização; Pode solicitar a concessão de liminar, se for o caso. Não cabe em prol da sociedade, somente em prol do réu 20 Direito Penal E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal Quando a causa que provocou o resultado não teve origem na conduta do agente. Exemplo: vítima havia tomado veneno e depois recebe uma facada. O sujeito que desferiu a facada não deu origem ao resultado morte, pois a causa foi de envenenamento. Nexo de causalidade1 Causas absolutamente independentesO problema é resolvido pelo art. 13, caput, do CP: Há exclusão da causalidade decorrente da conduta. Ou seja, o agente responde somente por aquilo que deu causa. Se o enunciado apontar dolo de lesão corporal, por exemplo, o agente responderá por aquilo que deu causa: lesão corporal (leve, grave ou gravíssima). Consequências: Quando a causa que provocou o resultado teve origem na conduta do agente. Exemplo: a vítima é hemofílica e recebe uma facada. Nesse caso, a morte aconteceu em razão da hemofilia + facada, e o sujeito responderá por homicídio consumado, pois ele sabia da condição da vítima. Se o agente não soubesse da condição, não tivesse como saber e tivesse dado a facada em um local que não causaria a morte, então não responderia pelo resultado. No caso de causas relativamente independentes preexistentes ou concomitantes, o agente responde pelo resultado pretendido (cuidado: a condição deve ser conhecida do agente ou ao menos existir possibilidade de conhecimento, sob pena de responsabilidade penal objetiva). Já no caso de causas relativamente independente superveniente o agente responde pelos atos até então praticados. Causas relativamente independentes Consequências: O agente desfere um golpe de faca contra a vítima. Ferida, a vítima é levada ao hospital. Momentos após a vítima chegar ao hospital, ocorre um incêncio no local, vindo a vítima a falecer em virtude das queimaduras. Nesse caso, o agente responde pelos atos até então praticados: se tinha o dolo de matar, responde por tentativa de homicídio; se o dolo era de lesionar, ele responde por lesão corporal (artigo 13, §1º, do Código Penal). Exemplo causa relativamente independente superveniente: 21 E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal Se o sujeito não age com dolo ou culpa, não há conduta e, consequentemente, não há fato típico. IMPORTANTE: Se estiver em fase de resposta à acusação, leva à absolvição sumária, conforme art. 397, III, do CPP. Se estiver em fase de memoriais ou apelação, gera a absolvição, conforme art. 386, III, do CPP. Princípio da insignificância3 O princípio da insignificância é causa de excludente de tipicidade. O fato é materialmente atípico, apesar de estar previsto na lei como infração penal, em razão da pequena (insignificante) lesão ao bem jurídico tutelado. Teoria do dolo e culpa2 Dolo eventual: Culpa consciente: O sujeito prevê o resultado e assume o risco de produzi-lo. Segue em diante na sua atitude criminosa, indiferente ao resultado, ele aceita o resultado. Assim, responde na modalidade dolosa. O sujeito também prevê o resultado, mas acha que não vai ocorrer, ou tem habilidade para que não ocorra o resultado. 22 Iter criminis e tentativa4 Iter criminis O iter criminis é o conjunto de fases pelas quais passa o delito. É o caminho do crime: E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal Cogitação Atos preparatórios Execução Consumação Os ato preparatório não constituem crime, é necessário dar início a execução do delito. Tentativa é a execução iniciada de um crime, que não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. É uma causa de redução da pena, em que se considera a pena do crime consumado diminuida de 1/3 a 2/3. Tentativa Desistência voluntária e arrependimento eficaz5 Desistência voluntária: O agente dá início à execução do delito, mas não esgota a sua potencialidade lesiva, desistindo de dar prosseguimento nos atos executórios. Arrependimento eficaz: O agente esgota os meios executórios, mas antes da consumação ele se arrepende e evita o resultado. 23 Devem decorrer de atos voluntários, ainda que não sejam espontâneos. Ou seja, não se exige que a ideia de interromper os atos executórios ou de se arrepender tenha se originado na mente do agente, se admitindo que o agente seja influenciado por terceira pessoa. Além disso, é necessário que a atuação do agente seja apta a evitar a produção do resultado, sendo, portanto, eficaz. Se o crime alcançou a consumação, o agente responderá pelo delito (isso porque o arrependimento não foi eficaz). IMPORTANTE: E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal O agente responde pelos atos praticados, se forem típicos. Exemplo: O sujeito que entra em uma residência, mas desiste de furtar o celular, responde por violação de domicílio e não tentativa de furto. Consequências: Na desistência voluntária e no arrependimento eficaz o agente JAMAIS responderá pelo crime tentado, mas somente pelos atos até então praticados, se constituírem fato típico. Trata-se de causa obrigatória de diminuição da pena que incide quando o agente, responsável pelo crime praticado sem violência ou grave ameaça à pessoa, repara o dano provocado ou restitui a coisa, desde que por ato voluntário do agente, até o recebimento da denúncia ou da queixa. Arrependimento posterior6 Se a reparação do dano ou restituição da coisa ocorrer depois do recebimento da denúncia, incide a atenuante genérica prevista no artigo 65, III, “b”, do CP. 24 E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal Reparação do dano ou restituição da coisa em situações específicas: CUIDADO: Peculato culposo: Nos termos do artigo 312, § 3º, do Código Penal, no caso do peculato culposo, se anterior à sentença transitada em julgado, a reparação é causa de extinção da punibilidade; se a reparação do dano for posterior à sentença irrecorrível, incide causa de diminuição da pena até metade da pena imposta. Estelionato mediante emissão de cheque sem fundos: No caso da emissão de cheque sem suficiente provisão de fundos, a reparação do dano até o recebimento da denúncia impede o prosseguimento da ação penal, adotando-se uma interpretação a contrario sensu da Súmula 554 do Supremo Tribunal Federal. Durante a execução Esgotada a execução Consumação Recebimento da denúncia ou queixa Desistência voluntária Arrependimento eficaz Arrependimento posterior Atenuante genérica do art. 65, III, b, do CP RESUMINDO: Se for alegar em resposta acusação Absolvição sumária - art. 397, III, do CPP; Se for alegar em memoriais ou apelação Absolvição - art. 386, III, do CPP; Se for alegar em procedimento do júri Absolvição sumária, art. 415, III, do CPP. Ocorre quando o meio ou instrumento que o sujeito utilizou para a execução do delito leva a impossibilidade absoluta de consumação do crime. Está previsto no artigo 17 do Código Penal. 25 Crime impossível7 Sujeito quer matar alguém com uma arma completamente defeituosa, que não efetua qualquer disparo. Exemplo de crime impossível pela ineficácia absoluta do meio: Sujeito pretende matar a vítima, desferindo disparos de arma de fogo contra seu corpo, vericando-se, após, que, ao receber os disparos, a vítima já se encontrava morta. Exemplo de crime impossível pela impropriedade absoluta do objeto: Não constitui crime. Trata-se, pois, de fato atípico! Consequências: E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal Guarda relação com o meio de execução ou instrumento utilizado pelo agente, que, por sua natureza, será incapaz de produzir qualquer resultado, ou seja, jamais alcançará a consumação do delito. Crime impossível por ineficácia absoluta do meio Guarda relação com o objeto material, compreendendo a pessoa ou coisa, sobre o qual recai a conduta do agente. Crime impossível por impropriedade absoluta do objeto É o erro que incide sobre as elementares e circunstâncias do tipo. Se divide em vencível e invencível: Erro de tipo invencível/inevitável: Erro de tipo vencível/evitável: Ocorre quando não pode ser evitado pela normal diligência. Exclui o dolo e a culpa, sendo o fato atípico. Ocorre quando pode ser evitado pela diligência ordinária, resultando de imprudência ou negligência. Exclui o dolo, mas não a culpa, respondendo o agente por crime culposo, se previsto em lei. Incide sobre dados irrelevantes da conduta típica. Não impede o sujeito de compreender o caráter ilícito de seu comportamento. Mesmo que não existisse, ainda assim a conduta seria antijurídica. Erro de tipoacidental Erro sobre o objeto Resultado diverso do pretendido Erro na execução Erro sobre a pessoa Art. 74 do CP Art. 73 do CP Art. 20, §3º, do CP 26 Erro de tipo essencial Erro de tipo acidental E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal Erro de tipo8 O erro de tipo é o erro que recai sobre um dos elementos constitutivos do tipo penal. Há uma falsa percepção da realidade que cerca o agente. O agente desenvolve uma conduta sem saber que está praticando um fato típico. Estado de necessidade: Legítima defesa: Estrito cumprimento do dever legal: Exercício regular do direito: É a causa de exclusão da ilicitude da conduta de quem, não tendo o dever legal de enfrentar o perigo atual, a qual não provocou por sua vontade, sacrifica um bem jurídico ameaçado por esse perigo para salvar outro, próprio ou alheio, cuja perda não era razoável exigir. Exemplo: Um pedestre joga-se na frente de um motorista, que, para preservar a vida humana, opta por desviar e colidir com outro que se encontrava estacionado nas proximidades. Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Exemplo: “A” está perseguindo “B” para atacá-lo a golpes de faca. “B” poderá sacar de uma arma para repelir a injusta agressão. O agente pratica um fato típico em face do cumprimento de um dever observando rigorosamente os limites impostos pela lei, de natureza penal ou não. Exemplo: o policial que prende o agente em flagrante ou cumprindo mandado de prisão, embora atinja o seu direito de liberdade, não comete o crime, porque cumpre o dever que lhe é imposto por lei. É o desempenho de uma atividade ou a prática de uma conduta autorizada por lei, que torna lícito um fato típico. Exemplo: prisão em flagrante realizada por um particular. 27 Excludentes de ilicitude9 E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal Se for alegar ilicitude em resposta acusação art. 397, I, do CPP; Se for alegar ilicitude em memoriais ou apelação art. 386, VI, do CPP; Se for alegar ilicitude em procedimento do júri art. 415, IV, do CPP. 28 Excludente de culpabilidade10 Artigo 26, caput, do Código Penal: inimputabilidade pode ser por doença/enfermidade mental ou por embriaguez completa/acidental. Se for reconhecida a inimputabilidade por doença mental, o juiz deverá proferir sentença absolutória imprópria, aplicando medida de segurança. Nos casos do parágrafo único do art. 26 do CP, ingressam as doenças mentais que não retiram do sujeito a capacidade intelectiva ou volitiva, MAS DIMINUEM essa capacidade. Trata-se de causa de diminuição da pena. Inimputabilidade A emoção ou a paixão não excluem o crime. Artigo 28, §1º, do Código Penal: A embriaguez completa, que retira completamente a capacidade de compreensão do sujeito, em decorrência de uma embriaguez acidental (por força maior ou por caso fortuito), exclui o crime. Exemplo: Um sujeito é obrigado a beber e que depois agride uma pessoa. Praticou um fato típico e ilícito, mas será isento de pena. Erro de proibição: O erro de proibição é o erro que incide sobre a ilicitude do fato. Encontra-se disciplinado no artigo 21 do Código Penal. E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal Falta de potencial consciência da ilicitude No erro de proibição, o agente desenvolve uma conduta movido por uma falsa percepção acerca do caráter ilícito do fato típico praticado. Ou seja, o agente tem consciência da conduta praticada, mas lhe falta potencial consciência da ilicitude do fato. Exemplo: Sujeito transportando maconha porque acha que para fins medicinais é permitido. Ele sabe que é uma droga, no entanto, supõe que é permitido para fins medicinais, no caso, para o tratamento de seu filho. Se for um erro de proibição inevitável, o sujeito é isento de pena. Se for um erro evitável, ocorre uma redução da pena. Consequências: 29 Teoria da Pena11 Fixação da pena Art. 59, CP: Na sentença, o juiz precisa definir a quantidade da pena. É utilizado o critério trifásico para quantificar a pena, conforme art. 68, CP. Pena base do mínimo legal, considerando as circunstâncias judiciais favoráveis (Súmula 444 do STJ) - Inquérito policial ou ação penal em curso não afastam a pena do mínimo legal. 1ª Fase: Considerar a presença de eventual agravante (afastar – art. 61 e 62 do CP) e de eventual atenuante (apontar – art. 65 e 66 do CP). 2ª Fase: Observar as causas de aumento de pena que quer afastar, e causas de diminuição que quer apontar. OBS: Aqui a pena pode ficar abaixo do mínimo legal, de modo que deve-se buscar a fração que mais irá diminuir a pena. 3ª Fase: E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal Inexigibilidade de conduta diversa Coação moral irresistível (artigo 22 do CP): Coator Grave ameaça Coagido Fato típico e ilícito Somente o coator responde pelo delito Obediência hierárquica (artigo 22 do CP): Superior hierárquico Ordem nãomanifestamente ilegal Subordinado pratica fato típico e ilícito Somente o superior hierárquico responde pelo delito Art. 33 do Código Penal; Deve-se analisar a possibilidade de substituir por pena restritiva de direitos, conforme as hipóteses do art. 44 do CP; O período de detração deve ser computado; Art. 2º, § 1º da Lei 8.072/90 - regime inicial em crimes hediondos e equiparados. 30 Fixação da pena SURSIS Natureza da pena: pena privativa de liberdade (não cabe para PRD e multa); Quantidade da pena: em regra pena aplicada na sentença até 2 anos. Exceção: SURSIS etário e humanitário (até 4 anos) e crime ambiental (até 3 anos); Não tenha havido substituição por PRD. Requisitos Objetivos Subjetivos O sursis suspende a execução da pena privativa de liberdade, sob condições determinadas pelo juiz, dentro do período de prova; Hipóteses do art. 77 do CP Não reincidente em crime doloso (cuidado: se a pena anterior for de multa, será possível); Circunstâncias judiciais favoráveis. E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal Lembre-se da sua trajetória, do seu esforço, da sua dedicação. Confie no seu potencial, na sua capacidade e na sua força. Você é forte, você é inteligente, e você é capaz. Não se esqueça que prova nenhuma define isso... Lute, mas lute com sangue nos olhos, seja firme no seu objetivo. Estamos com você, mandando as melhores energias e as maiores forças, pois somos um time, e você faz parte disso! Com carinho, Equipe de 2ª Fase Penal 31 Você vai dar o soco missioneiro! Chegou a hora, Ceisquer! E-book da Semana de Revisão OAB 2ª Fase Penal
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