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04/08/2020 Corrida de rua, esporte e qualidade de vida: um estudo bibliográfico
https://www.efdeportes.com/efd207/corrida-de-rua-e-qualidade-de-vida.htm 1/8
Corrida de rua, esporte e qualidade de vida: um estudo
bibliográfico
Carrera de calle, deporte y calidad de vida: un estudio bibliográfico
Street racing, sport and quality of life: a bibliographic study
 
*Faculdade Sudamérica
**Faculdade Presidente Antônio Carlos de Ponte Nova
(Brasil)
André Ivson Gomes de Oliveira**
Samuel Gonçalves Pinto* **
Graziella Pórfiro**
Valdilene Aline Nogueira*
Diego Marcos Aguilar**
Ronaldo de Andrade Allocca**
samuel.pto@gmail.com
 
 
 
 
Resumo
 O presente estudo tem por objetivo investigar a importância da corrida de rua para a melhoria da qualidade de vida, assim como os benefícios que esta
atividade pode proporcionar aos praticantes e adeptos desta modalidade esportiva. Para tanto, foi realizada uma revisão de literatura baseada em artigos,
monografias, dissertações e teses. Sendo esses nacionais, que abordam a temática corrida de rua e melhoria da qualidade de vida. A pesquisa desse trabalho foi
desenvolvida a partir dos bancos de dados relacionados ao Portal Capes, como PubMed, Bireme, Scielo, Google Acadêmico, entre outros. Foram também utilizados
livros que explanam sobre o assuntou que contivessem os descritores. A Educação Física, integrada a área da saúde e presente na área educacional na forma de
disciplina curricular pode ter um papel importante na produção e utilização dos conhecimentos sobre qualidade de vida, especialmente porque o conceito de
atividade física freqüentemente surge atrelado à melhoria da qualidade de vida.
 Unitermos: Corrida da rua. Esporte. Qualidade de vida.
 
Abstract
 The present study aims to investigate the importance of street racing to improve the quality of life, as well as the benefits that this activity can provide
practitioners and enthusiasts of this sport. Therefore, a literature review was conducted based on articles, monographs, dissertations and theses. And these
national, which address the issue of street racing and improving the quality of life. The research of this work was developed from the databases related to the
Capes Portal, such as PubMed, Bireme, Scielo, Google Scholar, among others. Books were also used to explain about it or that contained the descriptors. Physical
education, integrated with the health and present in education as a curricular subject may have an important role in the production and utilization of knowledge
about quality of life, especially because the concept of physical activity appears often linked to improving the quality of life.
 Keywords: Street racing. Sport. Quality of life.
 
Recepção: 13/05/2015 - Aceitação: 25/07/2015
 
 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 207, Agosto de 2015. http://www.efdeportes.com
1 / 1 
Introdução
 O atletismo é uma modalidade esportiva olímpica que faz grande sucesso no mundo todo. É notado que o número
de adeptos da corrida praticada em ruas e avenidas está aumentando progressivamente, independentemente do
objetivo adotado pelo indivíduo para realizar esta prática: qualidade de vida ou competição. No caso dos adeptos que
tem o intuito de melhorar suas condições físicas e saúde, Fredericson e Misra (2007, apud Pereira, 2010) afirmam que
a procura pela corrida se dá devido à facilidade da prática e do baixo custo para o praticante.
 Entre as diversas possibilidades, a corrida é uma excelente opção que se apresenta para esse público, haja visto
que, além da praticidade - basta um bom par de tênis - os resultados podem ser notados em um período curto de
tempo: diminuição e controle do estresse, do percentual de gordura corporal, melhora da qualidade do sono,
diminuição do colesterol ruim, eficácia no controle do diabetes, dentre outros benefícios (Cogo, 2009).
 A corrida pode receber qualquer pessoa saudável e que busque uma atividade sem grandes limitações de espaço -
pode ser realizada tanto ao ar livre quanto na esteira em dias de chuva - e o corredor iniciante não precisa ter uma
habilidade específica, basta apenas o interesse em assumir um compromisso com o bem-estar.
 Vivemos num contexto atual onde estamos cada vez mais substituindo nossa atividade física em relação ao
trabalho. Com a chegada da tecnologia estamos diminuindo nosso tempo de trabalho e aumentando a nossa
produção. Atividades da vida diária como limpar a casa, lavar roupa e louça e abrir a porta da garagem requerem
menos tempo que o habitual, podendo ser feitas em segundos, num apertar de botão ou através de alguma outra
invenção tecnológica. Entende-se que com a conquista desta economia de tempo as pessoas realizariam atividades de
http://www.efdeportes.com/
mailto:samuel.pto@gmail.com
http://www.efdeportes.com/
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lazer nos tempos livres. Infelizmente esta não é a realidade, a maioria das pessoas não se engaja em uma atividade
física nas horas livres. (Heyward, 2004).
 O ser humano é um ser ativo, adaptado biomecânica e fisiologicamente para o movimento. Evoluímos de nômades
e catadores para o homem moderno que devido sua adaptação às sociedade urbanizadas, onde as atividades físicas
vigorosas antes fundamentais para a sobrevivência foram se tornando desnecessárias levando muitos ao
sedentarismo. A atividade física atualmente serve para muitos como uma forma de resgatar e despertar esse estilo de
vida ativo. Por isso, a corrida por ser uma atividade de fácil acesso, acaba por se tornar uma boa alternativa para
aqueles que buscam um estilo de vida mais ativo (Pereira, 2010).
 Para o indivíduo que inicia na prática de uma modalidade esportiva é fundamental que sejam percebidas melhoras
em suas valências físicas, ou seja, que possa ser notada uma evolução no seu condicionamento, pois isto servirá de
estímulo para a continuidade nos treinamentos, em contrário, o atleta sente-se desestimulado e é grande a
possibilidade de desistência.
 Hoje, cada vez mais espectadores se transformam em atletas. Não só porque se trata de um esporte simples – todo
mundo sabe correr, é possível fazê-lo em qualquer lugar, a qualquer hora mas também graças ao incentivo cada vez
maior à prática deste esporte, à crescente divulgação de informações sobre os benefícios que ele traz e, finalmente, à
busca incessante por uma melhor qualidade de vida.No entanto, apesar de grande parte da população ter consciência
desse benefício, ainda é pequena em nosso país a parcela dos praticantes regulares de exercícios. Talvez uma das
razões para esse fato seja a tentativa de iniciação à prática de exercícios sem uma orientação adequada.
 Assim, a supervisão e acompanhamento durante esse processo se torna importante devido à heterogeneidade dos
grupos e pela possibilidade de que com a existência do acompanhamento as expectativas do indivíduo sejam
alcançadas e que essa prática não gere riscos.
 Portanto, o estudo tem por objetivo reunir informações para oferecer à grande maioria da população uma prática
saudável e com resultados positivos, utilizando como metodologia uma revisão bibliográfica nos estudos feitos até o
momento com a finalidade de coletar conhecimentos que possibilitem ao atleta amador uma prática com qualidade de
vida.
 Para o levantamento dos artigos na literatura, rea lizou-se uma busca nas seguintes bases de dados relacionados ao
Portal de Periódicos CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), como PubMed, BVS
(Biblioteca Virtual em Saúde), Scielo (Scientific Electronic Library Online), Google Acadêmico, entre outros. Foram
também utilizados livros que explanam sobre o assunto por conterem informações de melhor qualidade e compatíveis
com a temática a ser desenvolvida.
 Segundo o DeCS os descritores tem a seguinte definição:
Corrida: Atividade em que o corpoé impulsionado por movimentos rápidos das pernas. A corrida é realizada
em ritmo moderado a rápido, devendo ser distinguido de corrida moderada, que é realizado com ritmo muito
mais lento. 
Atletismo: atividades ou jogos, geralmente envolvendo esforço ou habilidade física. Razões para aderir aos
esportes incluem prazer, competição, e/ou retorno financeiro.
Qualidade de vida: conceito genérico que reflete um interesse com a modificação e a aprimoramento dos
componentes da vida, ex. ambiente físico, político, moral e social; a condição geral de uma vida humana.
Atividade física: de um humano ou de animal como um fenômeno comportamental.
 Partindo dos descritores foram realizadas as buscas de informações nas bases de dados, para encontrar os artigos
que irão contribuir com o desenvolvimento do projeto. No entanto, focar-se-á aqui na seleção de termos adequados
para a elaboração da estratégia de busca pelo campo assunto do formulário avançado de busca, pois permitem a
busca de informação por todos os campos da base de dados ou por campos específicos tais como: título do
documento, tema e/ou resumo, periódico no qual o documento foi publicado, data de publicação, país de publicação,
idioma de publicação, tipo de publicação (livro, anais de eventos, artigos de periódicos, teses e dissertações, etc.) e
disponibilidade desde que atendam os objetivos do tema proposto. Além destas possibilidades, algumas bases de
dados permitem a busca de documentos baseados no número de citações que tiveram, ou seja, pelo nível de
relevância que possuem.
O encontro com os dados: desenvolvimento do estudo
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 Para realizar a pesquisa proposta foram identificados os artigos científicos e os livros relacionados ao tema
proposto. Para a localização de artigos científicos foi utilizada a ferramenta de busca disponibilizada nas bases de
dados escolhidas como: Scielo, que disponibiliza acesso a uma biblioteca eletrônica, contendo, coleções de artigos,
títulos, que possam ser utilizados como materiais de pesquisas; o Portal de Periódicos da CAPES (Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), que capacita seus usuários, na utilização de seus acervos; e por fim
Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), que através de pesquisas visa desenvolvimento da saúde da população.
 Após a primeira seleção do material realizou-se uma leitura com o intuito de identificar informações, estabelecer
relações entre as informações obtidas, analisar a consistência das informações. Após a leitura passou-se a redação
desta revisão, a qual observou as normas exigidas pelo Curso de Educação Física e da Faculdades Sudamérica, assim
como as normas da ABNT.
 Estas fontes de pesquisa foram escolhidas pelo grande acervo de periódicos, que contribuíram nas buscas dos
descritores. Os descritores a serem trabalhados, foram os seguintes: corrida, atletismo, qualidade de vida e atividade
física.
 Os resultados encontrados são muitos, por isso foi feita uma pesquisa mais específica, como: periódicos dos últimos
13 anos, periódicos que estivessem na língua portuguesa (Brasil). Acompanhe os resultados da busca destes nas
tabelas abaixo:
Tabela 1. Resultados encontrados
Descritores
Base de Dados
Scielo Portal Capes Biblioteca Virtual da Saúde
Corrida and qualidade de vida 23 54 37
 
Tabela 2. Principais artigos, autores, ano e instituição
 Artigo/livro Autor Ano Instituição
1.
Qualidade de vida
definição, conceitos e
interfaces com outras
áreas de pesquisa
Almeida, Marco Antonio
Bettine de; Gutierrez,
Gustavo Luis; Marques,
Renato. 
2012
Escola de Artes,
Ciências e
Humanidades da
Universidade de
São Paulo
2.
Treinamento
Intervalado para
Atletas Amadores
praticantes de corrida
de rua: buscando a
intensidade ideal
Cogo, Antonio César. 2009
Pontifícia
Universidade
Católica do Rio
Grande do Sul
3.
Corrida de rua: um
estudo sobre os
motivos de adesão e
permanência de
corredores amadores
de Porto Alegre
Gonçalves, Gabriel
Henrique Treter.
2011
Universidade
Federal do Rio
Grande do Sul
4. Qualidade de vida –
aspectos conceituais
Kluthcovsky, Ana Cláudia
Garabeli Cavalli;
2007 Revista Salus -
Guarapuava,
Paraná
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Takayanagui, Angela Maria
Magosso.
5.
Qualidade de Vida do
Idoso: Elaboração de
um instrumento que
privilegia sua opinião
Paschoal, Sérgio Márcio
Pacheco.
2000
Faculdade de
Medicina da
Universidade de
São Paulo
6.
Os benefícios da
prática regular de
exercícios físicos
como contribuição
para qualidade de
vida
Rodrigues, Anderson Jones
Duran.
2013
Fundação
Universidade
Federal de
Rondônia
7.
Corrida de rua:
análise do
crescimento do
número de provas e
de praticantes
Salgado, José Vítor Vieira;
Chacon-Mikahil, Mara
Patrícia Traina.
2006
Faculdade de
Educação
Física/UNICAMP
8.
Educação Física e
Qualidade de Vida:
reflexões e
perspectivas
Santos, Ana Lúcia Padrão
dos.
2009
Universidade de
São Paulo Escola
de Educação Física
e Esporte
9.
Qualidade de vida e
saúde: aspectos
conceituais e
metodológicos
Seidl, Eliane Maria Fleury;
Zannon, Célia Maria Lana
da Costa.
2004
Cad. Saúde
Pública, Rio de
Janeiro
10.
Lesões em corredores
de rua: uma revisão
de literatura
Souza, Ananda Silza
Venam de.
2011
Escola de Educação
Física, Fisioterapia
e Terapia
Ocupacional da
UFMG
 
Tabela 3. Tipo de estudo
 Autor Tipo de estudo
1.
Almeida, Marco Antonio Bettine de; Gutierrez, Gustavo Luis;
Marques, Renato. 
Bibliografia
2. Cogo, Antonio César. Revisão de literatura
3. Gonçalves, Gabriel Henrique Treter.
Pesquisa exploratória de
natureza descritiva
4. Kluthcovsky, Ana Cláudia Garabeli Cavalli; Takayanagui, Pesquisa descritivo-reflexiva
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Angela Maria Magosso.
5. Paschoal, Sérgio Márcio Pacheco. Revisão de literatura
6. Rodrigues, Anderson Jones Duran.
Revisão expositiva através de
análise documental
7.
Salgado, José Vítor Vieira; Chacon-Mikahil,Mara Patrícia
Traina.
Coleta de dados em arquivos
oficiais e sites especializados
da internet dos
organizadores em provas de
pedestrianismo
8. Santos, Ana Lúcia Padrão dos.
Pesquisa descritivo e
exploratório
9.
Seidl, Eliane Maria Fleury; Zannon, Célia Maria Lana da
Costa.
Revisão de literatura
10. Souza, Ananda Silza Venam de. Revisão de literatura
Atividade física: considerações gerais
 A evolução biocultural dos seres humanos foi caracterizada com uma série de interações complexas entre os
indivíduos e o ambiente, e as mudanças adaptativas associadas ao seu entorno social. Durante o processo de
adaptação o ser humano passou por uma transição de um estilo nômade para um estilo de vida mais estável. Embora
o tempo destas mudanças tenha variado, o ser humano apresentou diversas respostas biológicas e comportamentais
em função das condições ambientais em que se encontrava.
 A espécie humana utilizou sua capacidade de movimentar-se para conseguir feitos extraordinários ao longo do seu
processo evolutivo, porém hoje os indivíduos ignoram esta capacidade e passam a adotar um estilo de vida
sedentário, o que causa sérias conseqüências de um modo geral e em particular na área da saúde (Santos, 2009).
 Para combater o sedentarismo, o estilo de vida ativo vem sendo cada vez mais valorizado pela sociedade em geral
e a mídia tem salientado a importância do combate a inatividade na prevenção de doenças e na promoção de saúde.
 Neste sentido, pode-se afirmar que assuntos relacionados a atividade física de uma maneira geral tomaram uma
nova dimensão no cotidiano dos indivíduos e os valores relativos atais práticas passaram a ter uma importância vital,
a ponto de se tornar condicionantes da própria evolução humana. Porém, para compreender um fenômeno é crucial
que seu conceito seja adequadamente estabelecido.
 “Atividade física é todo movimento corporal voluntário humano, que resulta num gasto energético
acima dos níveis de repouso,caracterizado pela atividade do cotidiano e pelos exercícios físicos.Trata-se
de comportamento inerente ao ser humano com características biológicas e socioculturais.
 No âmbito da Intervenção do Profissional de Educação Física, a atividade física compreende a
totalidade de movimentos corporais, executados no contexto de diversas práticas: ginásticas, exercícios
físicos, desportos, jogos, lutas, capoeira, artes marciais, danças, atividades rítmicas, expressivas e
acrobáticas, musculação,lazer, recreação, reabilitação, ergonomia, relaxamento corporal, ioga, exercícios
compensatórios à atividade laboral e do cotidiano e outras práticas corporais.” (CONFEF, 2002)
 Após a regulamentação da Educação Física em 1998 como profissão, alguns documentos surgiram para nortear
tanto a prática profissional quanto a formação profissional e em alguns casos o tema “qualidade de vida” é
mencionado. De certa forma, tais documentos e seus autores tornam-se referên cias para a sociedade contemporânea.
 Assim, seja por vontade própria, seja por indicação médica, é cada vez maior a quantidade de pessoas que buscam
a melhoria da qualidade de vida e isso se dá por meio da participação em alguma modalidade esportiva.
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 Juntamente a essa mudança de mentalidade em relação à prática esportiva, estão associados os benefícios que
essa proporciona aos seus praticantes, seja fisiologicamente, socialmente ou psicologicamente. Segundo Souza (2011)
“[...] observa-se o desenvolvimento de atividades físicas ao ar livre, como as caminhadas e as corridas, também
denominadas como atividades de pedestrianismo”.
Corrida de rua: de que prática falamos?
 As Corridas de rua surgiram e se popularizaram na Inglaterra no século XVIII. Posteriormente, a modalidade
expandiu-se para o restante da Europa e Estados Unidos. No final do século XIX, após a primeira Maratona Olímpica,
as Corridas de Rua ganharam difundiram-se ainda mais, particularmente nos Estados Unidos (Salgado, 2006).
 O ato de correr está instalado em uma grande teia de significados que pode ser observado na atualidade e nos
diferentes momentos da existência humana conhecida. São encontrados registros desta ação nos mais antigos e
variados materiais arqueológicos, sugerindo que a prática da corrida perdura desde as civilizações mais primitivas, seja
por necessidade ou expressão. Mesmo sendo uma prática muitas vezes considerada nobre, a maior parte das
referências traz consigo a presença da dor, da superação, do risco ao fracasso e até da ocorrência da morte. Na
famosa e legendária façanha que dá origem a maratona, a morte encerra a narrativa sobre um soldado que percorreu
mais de 35 km entre as cidades de Maratona e Atenas com intuito de avisar a vitória dos gregos sobre os persas na
guerra (Gonçalves, 2011).
 Paralelamente ainda na década de 70 surgiram provas onde era permitida a participação popular junto com os
corredores de elite – cada grupo largando nos respectivos pelotões. 
 Atualmente, o critério da Federação Internacional das Associações de Atletismo/IAAF (2005) define as
Corridas de Rua, as chamadas provas de pedestrianismo, como as disputadas em circuitos de rua,
avenidas e estradas com distâncias oficiais variando entre 5 e 100 Km. (Salgado, 2006, p. 92).
 Pertencer ao contexto esportivo e se apresentar como “atleta” ou “corredor” passou a ter valor simbólico de
superioridade física, disciplina e outros valores que, em geral, dão ao indivíduo um lugar de respeito na comunidade.
Esta relação de “correr” com a “superioridade física” pode ter sido reforçada pela teoria do médico norte-americano
Kenneth Cooper, criador do "Teste de Cooper", que prega a prática de corridas (Salgado, 2006).
O crescimento e a expansão da corrida
 Desde a década de 70, no mundo inteiro, e principalmente, nos últimos anos, no Brasil, houve um grande aumento
na procura por esse tipo de atividade (Gonçalves, 2011).
 A princípio, a busca pela prática da corrida de rua ocorre por diversos interesses, que envolvem desde a promoção
de saúde, a estética, a integração social, a fuga do estresse da vida moderna, a busca de atividades prazerosas ou
competitivas.
 Referindo-nos a última perspectiva, ser competitivamente bem classificado tornou-se um atrativo, visto que isso se
associa ao grande número de provas com premiações, dos mais variados valores, em dinheiro ou em bens,
patrocínios, prestígio social, ou ainda, o estar em evidência (Salgado, 2006).
 Somado a isso, (Souza, 2011) revela que a possibilidade de participação de amadores juntamente com atletas de
elite na corrida fez com que a modalidade crescesse de maneira extraordinária, com a criação de mais provas e
reconhecimento do mesmo como esporte.
 Assim, existem basicamente três tipos de público para esse tipo de corrida (Salgado, 2006):
1. os que correm e procuram apenas seu próprio tempo e posição;
2. os que conferem os resultados para ver como foi o seu desempenho, de seus amigos ou apenas para descobrir
o vencedor; e
3. os diretores de provas, que vêem os resultados como dados estatísticos e de investimentos.
 Esse crescimento se deve a algumas peculiaridades do esporte como: fácil acesso da população apta, baixo custo
para organizadores, assim como para o treinamento e participação, caracterizando-se por ser uma atividade física
popular ou de massa e, inclusive, por ser considerada uma atividade relevante na perspectiva do lazer (Gonçalves,
2011).
Corrida e qualidade de vida
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 Desde a Grécia antiga, as primeiras competições se resumiam basicamente às corridas; este fato ilustra a
importância dada á modalidade pelos atletas e treinadores da época, sabedores do seu valor na formação de um
corpo forte, resistente e bem proporcionado esteticamente, haja visto a perfeição em todos os planos ser uma busca
constante daquela civilização (Cogo, 2009).
 Segundo Rodrigues (2013) o ato de andar, pedalar, nadar, dançar, correr em velocidade moderada são exemplos
de atividades aeróbias que por sua vez estimulam os pulmões, o coração, a circulação, para levar o oxigênio aos
músculos,desde sejam realizados com movimentos não muito rápidos. Esta categoria de exercício é a que traz mais
benefícios ao organismo, diminuindo a chance de doenças cardiovasculares e melhorando qualidade e expectativa de
vida, pois somente os exercícios aeróbios de longa duração utilizam as reservas de gordura do corpo humano como
fonte de energia.
 Após vários testes e estudos comparativos, verificou-se, à época de Cooper, que a corrida era a atividade onde
ficavam mais evidenciadas as adaptações provocadas pelo treinamento aeróbio; além disso, devido à praticidade e
simplicidade que a modalidade oferece, é a ideal para ser praticada por todos, cada um segundo seu nível de
condicionamento.
 Seu método chegou ao Brasil na década de 70, e a associação do seu nome às corridas foi tanta que, naquela
época, corrida era sinônimo de Cooper, no sentido literal da palavra: as pistas de corrida nos parques eram chamadas
de “Pistas de Cooper”.
 Cooper (1983, apud, Cogo, 2009) enfatiza que o nosso organismo necessita regularmente, para seu
desenvolvimento, de exercícios e que estes não são apenas úteis para satisfazer a vaidade da aparência física, mas,
principalmente, contribuem de modo decisivo para a manutenção da saúde e para o prolongamento da vida útil.Conforme Machado (2009, apud Cogo, 2009) boa parte da população tem uma variedade de tarefas complexas,
envolvendo raciocínio e criatividade, o que, conseqüentemente, acarreta uma diminuição do gasto energético e o
surgimento de doenças crônico-degenerativas, ao contrário da sociedade antiga, onde o ser humano tinha como
atividades diárias a corrida e a caminhada.
Considerações finais
 Dessa forma, por tudo que foi acima exposto, a adoção do hábito de praticar atividade física regular,
especificamente a corrida de rua, pode e deve ser utilizado por corredores iniciantes, posto que, em virtude dos
resultados apresentados, baseados em pesquisas acadêmicas, pode-se afirmar que são claros os benefícios para a
qualidade de vida do individuo nos seus diversos aspectos (físicos, psicológicos, sociais ou fisiológicos), desde que
sejam corretamente orientadas por um professor de Educação Física que é capacitado para exercer atividades por
meio de intervenções, de avaliação, de prescrição e orientação de sessões de atividades físicas com fins educacionais,
de treinamento, de prevenção de doenças e promoção da saúde.
Bibliografia
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04/08/2020 Corrida de rua, esporte e qualidade de vida: um estudo bibliográfico
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Caderno de Saúde Pública, n. 2, 580-588.
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Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG.
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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 20 · N° 207 | Buenos Aires, Agosto de 2015 
Lecturas: Educación Física y Deportes - ISSN 1514-3465 - © 1997-2015 Derechos reservados
 
 
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