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FORMAÇÃO POLÍTICA BRASILEIRA 2

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Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul 
Campus Virtual 
 
 
 
Atividade de Avaliação a Distância 
 
Disciplina/Unidade de Aprendizagem: Formação Política Brasileira 
Curso: Bacharelado em Ciências Econômicas 
Professor: Ricardo Neumann 
Data: 04/10/2021 
 
 
Orientações: 
 Procure o professor sempre que tiver dúvidas. 
 Entregue a atividade no prazo estipulado. 
 Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final. 
 Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA). 
 
Questão 1: Crie um texto (mínimo 15 linhas) com um (1) dentre os principais pontos da 
história política do Brasil república (Proclamação da República, República da Espada, 
República Café com Leite, Período Vargas, Populismo, Regime Militar ou Nova 
República). A resposta deverá utilizar dois autores diferentes do material didático. Serão 
analisados o conteúdo e a clareza da resposta (5,0 pontos). 
Dentre os principais pontos da história política do Brasil república, foi escolhida a 
temática da República Café com Leite para ser abordado nesta questão, temática que 
está compreendida dentro da República Velha. 
A República Velha compreende o período de 1889 a 1930, sendo dividida em 
República da Espada (1889-1894) e República Oligárquica (1894-1930). 
A República Oligárquica compreende o período de 1894 a 1930 e iniciou-se com 
a saída do Marechal Floriano Peixoto do poder. Inicialmente, essa oligarquia era 
representada por três estados brasileiros (São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul). 
Todavia, durante o governo do Presidente Prudente de Moraes (1894-1898), 
verificou-se um predomínio político do estado de São Paulo que era o maior centro 
produtor e exportador de café do país, e o estado de Minas Gerais que era o principal 
produtor de leite do país. O estado do Rio Grande do Sul era influenciado pela figura do 
senador Pinheiro Machado, até o ano de 1916, quando foi assassinado. 
O regime político oligárquico era formado pela junção de “[…] três elementos (de 
natureza social e política) fundamentais no período: as relações de dependência pessoal 
predominantes no campo, o coronelismo, a política dos governadores e a política do 
café-com-leite, todos intimamente ligados entre si” (grifo meu) (PERISSINOTTO, 
1996, p. 191-192). Ainda, Perissinoto (1996, p. 190) sinaliza que: 
 
Se o Estado brasileiro garantia formalmente tanto a igualdade de todos 
perante a lei quanto a participação de todos na luta política, o regime político, 
por sua vez, constituía-se de elementos cujo funcionamento era 
profundamente excludente: o coronelismo, a política dos governadores e a 
política do café-com-leite. Tais elementos conjugados “deturparam” o 
funcionamento da democracia liberal, criando um sistema político e decisório 
calcado na exclusão (grifo meu). 
 
De 1898 a 1902, o presidente do Brasil foi Campos Sales. Nesse período, o 
governo federal se uniu fortemente às oligarquias estaduais que estava concentrada nas 
mãos dos latifundiários, com a finalidade de estabelecer uma relação amistosa entre as 
partes, ou seja, foi estabelecida uma troca de favores entre os poderes. 
O governo federal concedia poder e grande autonomia política aos estados que se 
articulavam para escolher os presidentes da república (mandato de quatro anos sem 
direito a reeleição, com voto aberto), além de benefícios econômicos para as oligarquias 
estaduais; em troca, os governos estaduais favoreciam a escolha dos candidatos por 
meio do voto aberto, comandadas e manipulada pelos coronéis, os quais representavam 
a força local. 
Essa manobra ficou conhecida como Política dos Governadores, também 
conhecida como Política dos Estados, de acordo com o Presidente Campos Sales. 
Segundo Araújo e Rodrigues (2009, p. 138) “A política dos governadores, efetiva a 
troca de favores entre a Presidência e os governadores Estaduais, teve a finalidade de 
neutralizar ainda mais as forças oposicionistas no Congresso”. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Campos_Sales
Através dessa política, o poder federal passou a não interferir na política interna 
dos estados e os governos estaduais passaram a não interferir na política dos 
municípios. Nesse contexto, o cenário político e econômico dos estados passaram a ser 
dominado por famílias nobres e muitas vezes comandadas pelos coronéis. 
Esse movimento foi chamado de Coronelismo. Ferreira e Pinto (2017, p. 435) 
indicam que: 
 
O fato político apontado como desencadeador do coronelismo foi o 
federalismo implantado no país pela Constituição de 1891, que concedeu 
ampla margem de autonomia aos estados, em detrimento dos municípios, e 
criou um novo ator político — os governadores, que passaram a ser eleitos a 
partir das máquinas estaduais. Já o fato econômico responsável pela 
manifestação do fenômeno foi a crise dos fazendeiros, que acarretou o 
enfraquecimento político do poder dos coronéis diante de seus dependentes e 
rivais […] Em uma espécie de barganha, em que a moeda era o voto, o poder 
público alimentava o poder local com uma autonomia extralegal, em troca do 
voto do eleitorado rural […]. (FERREIRA; PINTO, 2017, p. 435). 
 
Para Perissinotto (1996, p. 192) “[…] a base operacional do regime político 
oligárquico residia num dos fenômenos mais típicos da vida política brasileira: o 
coronelismo”. Esses coronéis (fazendeiros) eram responsáveis pela vida política dos 
municípios, visto que eles estavam em contato direto com a população, e assim, se 
tornaram o meio de ligação entre a população e o poder do estado. 
Cabe destacar que “Cada oligarquia estadual controlava seu curral eleitoral e 
prestava contas à presidência. Entretanto essa, não se oporia aos desmandos e caprichos 
do coronelismo presente nas diversas regiões do país” (ARAÚJO; RODRIGUEZ, 2009, 
p. 138). Essa grande influência e poder dos coronéis permitiam que eles controlassem os 
seus eleitores, fato que ficou conhecido como voto de cabresto. 
Vares (2011, p. 127-128) revela que: 
 
Conforme previsão constitucional, somente eleitores brasileiros e 
alfabetizados podiam votar, sendo esse o artifício que permitiu o controle do 
eleitorado no campo. A simples assinatura ou mesmo o desenho do próprio 
nome eram suficientes para validar o voto desse eleitor, que muitas vezes 
tinha ao seu lado a companhia de um capanga do coronel lhe indicando de 
maneira pouco delicada em quem votar. O fato do voto não ser secreto 
aumentava o número de casos de violência contra o eleitorado. Conhecido 
como “voto de cabresto”, em virtude da truculência a qual os eleitores eram 
submetidos na escolha do candidato. Essa prática foi bastante usual em 
algumas regiões do país, especialmente nas regiões mais afastadas, o que se 
configurou como fator responsável por garantir nos municípios a hegemonia 
dos representantes das oligarquias estaduais (grifo meu). 
 
Ainda, cabe destacar que esse controle político exercido pelos coronéis era fruto 
das condições miseráveis a que estavam submetidas grande parte da população. 
Perissinotto (1996, p. 192), reflete que: 
 
Certamente, frente aos habitantes miseráveis do campo, desprovidos de terra 
e vivendo graças aos favores do senhor de terras, o coronel detinha todo o 
poder. Dele se dependia para tudo. Um pedaço de terra para viver, ajuda para 
resolver problemas com a saúde e com a polícia, contribuições financeiras 
para saldar dívidas etc. Em troca, o coronel exigia fidelidade em todos os 
assuntos referentes aos seus interesses. Com a instituição do sufrágio 
universal, depois do advento da República, o coronel passou a exigir também 
fidelidade eleitoral, o que era conseguido tanto através da lealdade por parte 
dos dependentes, como através da violência, caso tal laço de lealdade, por 
uma ou outra razão, se rompesse (grifo meu). 
 
Como o voto não era secreto e havia certa violência por parte dos coronéis nos 
chamados currais eleitorais, esses fatores viabilizarama corrupção eleitoral que incluía: 
compra de votos, fraudes eleitorais e o chamado voto de cabresto. 
Cabe destacar que para o governo não importava “[…] qual coronel lhe apoiava. 
Interessava, isto sim, o apoio e a sua capacidade de amealhar votos. Ao contrário, para o 
coronel o importante era ser “governista”, sem o quê ele não teria condições de exercer 
o seu domínio no município” (PERISSINOTTO, 1996, p. 192). 
Perissinotto (1996, p. 196) externa que “O grande problema da dominação política 
organizada pelo coronelismo, pela política dos governadores e pela política do café-
com-leite era, como vimos dizendo, o fato de ser profundamente excludente”. 
Durante a República Café com Leite houve o predomínio do governismo, logo, o 
fato de se opor ao governo significava a morte política, ou seja, “[…] a incapacidade de 
ser eleito e, se o fosse, a incapacidade de governar. As fraudes eleitorais, os atos de 
violência, a perseguição política, a tudo isso o governo estadual fazia vistas grossas se 
fossem feitos com o intuito de beneficiar um correligionário” (PERISSINOTTO, 1996, 
p. 192). 
Por essas razões, verifica-se um acentuado cerceamento da autonomia municipal, 
pois durante esse período se percebe um constante e ascendente processo de: 
 
[…] concentração das condições de governabilidade (recursos financeiros, 
indicação de funcionários policiais e judiciais, controle da Força Pública, 
controle do processo eleitoral etc.) nas mãos do poder estadual. Em função 
disso, instalou-se um “compromisso”: de um lado, os governos estaduais 
davam recursos e carta-branca ao coronel no comando do município e, em 
troca, o coronel devia canalizar todos os votos que ele controlava para os 
candidatos governistas. (PERISSINOTTO, 1996, p. 192). 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Voto_de_cabresto
 
Foi baseada na relação do Coronelismo e na Política dos Governadores que se 
originou a política Café com Leite. De acordo com Araújo e Rodrigues (2009, p. 138), 
“Tal política se complementará, no famoso binômio do Café com Leite, que será uma 
alternância na governabilidade do país entre Minas Gerais e São Paulo”. 
Perissinotto (1996, p. 195) evidencia que “Foi exatamente o esquema montado 
pela política dos governadores, cujo resultado foi a política do café-com-leite […]”. 
Ainda, Perissinotto (1996, p. 196) indica que: 
 
A política do café-com-leite constituiu-se, então, num mecanismo de 
seletividade não conjuntural, mas permanente, seletividade esta que 
constituía-se no resultado lógico do regime político formado pela 
conjugação da política dos governadores com o coronelismo. Eram esses 
mecanismos que definiam quem participava dos centros de decisão 
política e, portanto, quais temas, interesses e conflitos deveriam ser 
permanentemente excluídos do campo da “política possível”, isto é, da 
“política segura” (grifo meu). 
 
Ferreira e Pinto (2017, p. 427) sinalizam que: 
 
[…] a hegemonia política da oligarquia paulista, em aliança com a mineira, 
sustentava-se na preeminência da economia exportadora cafeeira. Como 
desdobramento dessa leitura, o arranjo político oligárquico entre São Paulo e 
Minas, conhecido como política do café com leite, ditaria de forma nítida a 
orientação do governo federal. 
 
Sobre a República Café com Leite que está compreendida na República Velha, 
Vares (2011, p. 136) aponta que esse período se sustentou em torno da: 
 
[…] lógica da dominação que sintetizou truculência, eleições fraudulentas e 
exclusão política da população. Baseada na força, a “política dos 
governadores” oportunizou às elites agroexportadoras, principalmente as 
ligadas ao café, conduzir os rumos do país durante o referido período. 
Embora alguns movimentos sociais tenham eclodido como resposta a essa 
lógica da dominação, nenhum deles se mostrou forte o suficiente para colocar 
em risco a engrenagem política vigente a partir de Campos Sales. Prova disso 
é que a Revolução de 1930 resultou da união entre militares, representados 
pelo grupo dos tenentes, e as oligarquias que se encontravam fora do eixo da 
“política do café-com-leite” (grifo meu). 
 
Durante a República Café com Leite, verificou-se que o estado de São Paulo e 
Minas Gerais, representados pelos cafeicultores e pelos fazendeiros, respectivamente, 
passaram a se revezar no domínio do governo federal, ocupando a presidência do país 
por meio da chamada política Café com Leite que foi instituída formalmente durante o 
governo do Presidente Campos Sales (1898-1902) e perdurou até 1930. 
A respeito dessa política, Vares (2011, p. 128) comenta que esse “[…] acordo 
entre os dois estados, garantiu a hegemonia dessas oligarquias no cenário nacional, 
sendo poucas às vezes na história da República Velha que paulistas e mineiros se viram 
ameaçados frente aos estados de menor expressão”. 
Ainda, cabe destacar que essa aliança política entre os dois estados resultou no 
“[…] domínio dos centros de decisão do aparelho estatal pelos representantes desses 
dois estados. Tanto o executivo federal, como é bastante conhecido, quanto o legislativo 
e as suas principais comissões (finanças, obras públicas etc.) estavam sob seu controle” 
(PERISSINOTTO, 1996, p. 194). 
Os presidentes da República Café com Leite foram: 
a) Manuel Ferraz de campos Sales (1898-1902); 
b) Francisco de Paula Rodrigues Alves (1902-1906); 
c) Afonso Augusto Moreira Pena (1906-faleceu em 1909); 
d) Nilo Procópio Peçanha (1909-1910); 
e) Marechal Hermes da Fonseca (1910-1914); 
f) Venceslau Brás pereira Gomes (1914-1918); 
g) Francisco de Paula Rodrigues Alves (faleceu em 1918 sem assumir); 
h) Delfim Moreira da Costa Ribeiro (1918-1919); 
i) Epitácio da Silva Pessoa (1919-1922); 
j) Artur da silva Bernardes (1922-1926); 
k) Washington Luís (1926-1930); e 
l) Júlio Prestes de Albuquerque (foi deposto pela Revolução de 1930). 
Durante a República Café com Leite houve algumas revoltas populares no campo, 
na cidade e no meio militar. Essas revoltas foram motivadas pela: pobreza, desigualdade 
social, racismo, medo, violência, insatisfação política, fanatismo religioso, etc. 
As principais revoltas do período foram: Guerra de Canudos (1896-1897), Revolta 
da Vacina (1904), Revolta da Chibata (1910), Guerra do Contestado (1912-1916), 
Tenentismo (1920), Revolta do Forte de Copacabana (1922), Revolta Paulista (1924), 
Coluna Prestes (1924-1926) e Revolução de 1930. 
Cabe destacar que a política estabelecida na República Café com Leite “[…] 
permitiu durante toda a Primeira República abafar, com lutas, é certo, as ameaças à 
hegemonia do grande capital cafeeiro exercida com o apoio dos representantes políticos 
de Minas Gerais” (PERISSINOTTO, 1996, p. 195). 
Essa hegemonia implantada com a República Café com Leite teve consequências 
positivas e negativas. Os resultados positivos consistem no: 
 
[…] fato da aliança entre Minas e São Paulo ter redundado, como vimos, 
num controle bastante rígido dos centros de tomada de decisão (executivo 
federal, maioria legislativa, Comissão de Finanças e Orçamento, Comissão de 
Obras Públicas etc.). Tal controle, como vimos, implicou na expulsão 
freqüente dos interesses concorrentes desses centros. (PERISSINOTTO, 
1996, p. 195). 
 
Entretanto, Perissinotto (1996, p. 196) exprime que assim como a hegemonia da 
política Café com Leite foi um ponto forte da Primeira República, por outro lado, foi 
um ponto fraco, visto que era uma política profundamente excludente, tanto em relação 
às classes dominadas rurais e urbanas, quanto aos setores do bloco no poder, em 
especial o estado do Rio Grande do Sul. 
O Rio Grande do Sul reagiu em dois momentos: o primeiro momento foi a Reação 
Republicana que consistiu em uma coligação política que foi formada com a finalidade 
de apoiar a candidatura de Nilo Peçanha à presidência da república na eleição de 1922; 
o segundo momento foi o movimento que ficou conhecido como Revolução de 1930, 
onde:[…] o Rio Grande do Sul se aproveitou de uma cisão um pouco mais 
profunda entre Minas e São Paulo para colocar um fim no regime político 
oligárquico da Primeira República. A ruptura de 30 mostrou como era fraca a 
hegemonia conquistada com base no esquema profundamente excludente da 
política do café-com-leite. Se, por um lado, esse esquema permitia abafar e 
reprimir as crises imediatamente, por outro, quando isso não foi possível, a 
crise se tornou fatal, fazendo ruir toda a organização política da Primeira 
República. (PERISSINOTTO, 1996, p. 197). 
 
A respeito da Revolução de 1930, cabe apontar que esse movimento foi 
considerado o divisor de águas entre a República Velha e a Era Vargas, sendo que este 
movimento “[…] não foi um embate entre interesses agrários e industriais e nem mesmo 
fruto de uma discórdia incontornável sobre a orientação da política econômica 
governamental, mas um conflito entre frações da classe dominante pelo controle político 
do Estado” (BUENO, 2007, p. 444). 
Deste modo, verifica-se que foi a Revolução de 1930 que representou o fim da 
República Velha, bem como do sistema político que ficou conhecido como Política 
Café com Leite, sistema que era baseado na centralização política (São Paulo e Minas 
Gerais) e que perdurou mais de trinta anos. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Coligação_política
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nilo_Peçanha
https://pt.wikipedia.org/wiki/Presidente_do_Brasil
REFERÊNCIAS 
ARAÚJO, Bernardo Goytacazes de; RODRIGUES, Ricardo Vélez. A instabilidade 
Política na Primeira República Brasileira. Revista Estudos Filosóficos, São João Del 
Rei, n. 3, p. 129-141. 2009. Disponível em: https://ufsj.edu.br/portal2-
repositorio/File/revistaestudosfilosoficos/art10-rev3.pdf. Acesso em: 29 set. 2021. 
BUENO, Newton Paulo. A Revolução de 1930: uma sugestão de interpretação baseada 
na nova economia institucional. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 37, n. 2, p. 435-
455, abr./jun. 2007. Disponível em: 
https://www.revistas.usp.br/ee/article/view/35911/38628. Acesso em: 28 set. 2021. 
FERREIRA, Marieta de Moraes; PINTO, Surama Conde Sá. Estado e oligarquias na 
Primeira República: um balanço das principais tendências historiográficas. Revista 
Tempo, Niterói, v. 23, n. 3, p. 421-442, set./dez. 2017. Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/tem/a/69Hd5MCMsmkvTvrpSG9vfhF/?lang=pt&format=pdf. 
Acesso em: 29 set. 2021. 
PERISSINOTTO, Renato Monseff. Hegemonia cafeeira e “regime político 
oligárquico”. Revista de Sociologia e Política, [S.l.], n. 06-07, p. 187-199, dez. 1996. 
Disponível em: https://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/39349. Acesso em: 28 set. 2021. 
VARES, Sidnei Ferreira de. A dominação na República Velha: uma análise sobre os 
fundamentos políticos do sistema oligárquico e os impactos da Revolução de 1930. 
História: Debates e Tendências, Passo Fundo, v. 11, n. 1, p. 121-139, jan./jun. 2011. 
Disponível em: http://seer.upf.br/index.php/rhdt/article/view/2491. Acesso em: 28 set. 
2021. 
Questão 2: Aponte os principais pontos das políticas externas dos governos da Nova 
República. (5,0 pontos) 
Dentre os principais pontos das políticas externas dos governos da Nova 
República (de 1985 até a atualidade), serão elencados uma ou duas temáticas para cada 
governo, bem como serão apresentados algumas ações políticas tomadas durante os 
governos (governo Sarney, governo Collor, governo Itamar Franco, governo FHC, 
governo Lula, governo Dilma, governo Temer e governo Bolsonaro). 
Cabe destacar que ao analisar o comportamento exterior brasileiro, após o inicio 
da Nova República (1985-2021), se percebe “[…] algumas mudanças conjunturais de 
orientação e percepção do sistema internacional aliadas à manutenção de parâmetros de 
conduta historicamente consolidados pela especializada diplomacia nacional” 
(BARRETO, 2010, p. 322). 
O governo de José Sarney de Araújo Costa vai de 1985 a 1990. Ele foi o primeiro 
presidente civil a tomar posse, após os anos da ditadura militar, e governou o Brasil por 
ser o vice de Tancredo Neves (presidente eleito que faleceu antes de tomar posse), 
integrante da Aliança Renovadora Nacional (ARENA). José Sarney estava ligado às 
tradicionais oligarquias nordestinas e ao assumir o governo, se viu em um país atolado 
em dívidas e com grave crise econômica, além da obrigação de responder a litígios 
comerciais internacionais. Durante seu governo, José Sarney lançou vários planos 
econômicos na tentativa de conter a inflação galopante, mas nenhum obteve sucesso. 
Durante seu mandato, José Sarney tentou realizar uma política externa com 
perspectivas desenvolvimentistas de cunho nacionalista. Segundo Palermo e Perez 
(2016, p. 53), verifica-se que o governo de Sarney foi “[…] herdeiro de um modelo de 
Estado Desenvolvimentista, que projetou o crescimento econômico brasileiro, com 
diferentes vieses, desde a Era Vargas e que entrara em decadência no início da década 
de 1980, perigeu dos governos militares […]”. 
Barreto (2010, p. 322-323) indica que: 
 
O modelo perseguido à época continuava a ser desenvolvimentista de caráter 
autônomo, e o agonizante sistema bipolar ainda não permitia manobras 
internacionais arrojadas que buscassem novos espaços de oportunidades. Mas 
as dificuldades econômicas extremas apresentadas pela crise da dívida, pela 
espiral inflacionária e pela defasagem tecnológica, além da queda dos preços 
internacionais das matérias-primas, influenciaram de forma decisiva a 
mudança paradigmática que viria a ser efetuada na década seguinte. 
 
A política externa do governo de José Sarney e que foi fortemente “[…] marcada 
pelo signo da redemocratização, acabou por manter os princípios de autonomia e 
universalização consagrados por civis e militares ao longo das últimas décadas” 
(BARRETO, 2010, p. 324). 
Como seu governo sucedeu os governos militares, após vinte e um anos, Palermo 
e Perez (2016, p. 56), apontam que a política externa do seu governo “[…] não poderia 
fugir, neste ínterim, do quadro de transição apresentado: o de uma abertura democrática 
gradual (e controlada)”. 
O ponto principal da política externa do seu governo foi o fato de ter se 
aproximado da Argentina e dos demais países da América do Sul. Barreto (2010, p. 
323) afirma que “[…] o projeto de integração regional e a aproximação mais estreita 
com a América Latina davam o tom nos rumos da política externa brasileira naquele 
momento”. 
A respeito dessa aproximação com o bloco da América do Sul, Palermo e Perez 
(2016, p. 57), sinalizam que “Em uma conjuntura de negociação comercial 
desfavorável, não só para si, como para demais países da América Latina, a opção seria 
a da aproximação com os países fronteiriços, em especial com os do Cone Sul e neste 
caso a Argentina”. 
Ainda, durante o governo de José Sarney, o Brasil reativou os laços diplomáticos 
com Cuba. Barreto (2010, p. 324) informa que as superações dos tabus da luta armada e 
do regime militar marcam “[…] a inflexão política que não se viu na diplomacia, e a 
prioridade estratégica conferida ao diálogo latino-americano impuseram a necessidade 
de trazer Havana para o esforço cooperativo de nossa chancelaria”. 
O governo de José Sarney terminou em 1990, quando houve as primeiras eleições 
diretas para presidente. O maior legado da política externa de seu governo foi a ideia 
inicial da criação do Mercado Comum do Sul (Mercosul). De acordo com Barreto 
(2010, p. 323), “Nos encontros e na identificação de conjunturas semelhantes entre 
Sarney e Alfonsín, foi concebido o embrião para o projeto integracionista do Mercado 
Comum do Sul, ou Mercosul”. 
O governo de Fernando Affonso Collor de Mello, integrante do Partido 
Republicano da Ordem Social (PROS), vai de 1990 a 1992. Ele foi o primeiro 
presidente eleito diretamente pelo voto popular, após os governos militares e, assim 
como José Sarney, também era um representante das oligarquias nordestinas. O 
contexto do seugoverno está marcado pelo fim da Guerra Fria e o aumento exponencial 
da influência americana em parte do globo. 
O presidente Collor ficou conhecido por ser “[…] o primeiro presidente a ser 
identificado com políticas contemporâneas liberalizantes […] Diz-se que ele é 
influenciado por aquilo que passaria à história como Consenso de Washington” 
(PALERMO; PEREZ, 2016, p. 53). 
Durante o governo de Collor, o país, ainda, estava em crise econômica e política, 
e assim como Sarney, ele lançou alguns planos econômicos na tentativa de conter a 
inflação, bem como reteve as aplicações financeiras e adotou a política de congelamento 
dos preços. Ainda, durante seu mandato, o país procurou iniciar a abertura para o 
mundo, e buscou alinhar-se às políticas do chamado Consenso de Washington. 
O governo de Fernando Collor corresponde ao “[…] fim do período da política 
externa do Estado Desenvolvimentista e em que surgem as tentativas de reforma do 
Estado, levadas à execução, primeiramente, pela concepção liberal de Collor […]” 
(PALERMO; PEREZ, 2016, p. 52). 
Barreto (2010, p. 324) indica que “A política externa de Fernando Collor de 
Mello, eleito sob o signo do novo e da esperança trazida pelos novos tempos globais, 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_Republicano_da_Ordem_Social
https://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_Republicano_da_Ordem_Social
adequava-se a tais parâmetros sem exclusividade e dentro de um movimento 
avassalador que fugia às nossas fronteiras”. 
O ponto principal da política externa do seu governo compreende a criação do 
MERCOSUL, em 1991, aliança regional que representava “[…] um espaço econômico 
acessível e complementar dentro do espírito de cooperação e intercâmbio de grupos e 
países latino-americanos. Era a possibilidade de complementações da economia, uma 
opção da modernidade” (PALERMO; PEREZ, 2016, p. 74). 
A respeito da criação do Mercosul, Barreto (2010, p. 325) expõe que: 
 
Em 1991, o Mercosul ganha materialidade física e força institucional com o 
Tratado de Assunção. Com a adesão de Uruguai e Paraguai, consolidando a 
integração sub-regional, estavam colocadas as bases para um novo patamar 
de cooperação e desenvolvimento associado de âmbito continental, mola 
propulsora do pensamento estratégico nacional que, de sua matriz legal-
constitucional, passa a moldar corações e mentes ligados ao 
internacionalismo brasileiro. 
 
Collor foi eleito prometendo veemente combater a corrupção, todavia, durante seu 
governo houve inúmeras denúncias de corrupção. Essas denúncias “[…] levaram à 
instauração do processo de impeachment do Presidente da República, ao seu 
afastamento e, finalmente, à sua renúncia quando do seu julgamento pelo Senado 
brasileiro” (PALERMO; PEREZ, 2016, p. 77). 
No fim de dezembro de 1992, Collor foi substituído pelo seu vice, Itamar Franco. 
Palermo e Perez (2016, p. 77) assinalam que “O legado de Collor, conclui-se na gênese 
de um paradigma dito neoliberal na política externa, levado adiante, com singularidades 
temporais, por Fernando Henrique”. 
O governo de Itamar Augusto Cautiero Franco vai de 1992 a 1994. Apesar de ser 
o vice de Collor, Itamar possuía muitas diferenças com o presidente. Barreto (2010, p. 
325) revela que essas: 
 
[…] diferenças ideológicas e comportamentais levaram ao afastamento 
mútuo quase no momento imediatamente posterior à eleição. Político mais 
tradicionalista, ungido à condição de mandatário da República sob condições 
precárias e extremamente frágeis do ponto de vista institucional, para Franco 
não restava alternativa senão um governo de coalizão, sem premissas 
ideológicas muito fortes e pautado pela conservação de várias diretrizes 
anteriores. 
 
O governo de Itamar Franco foi bem curto, mas bastante significativo para a vida 
política e econômica do Brasil, visto que durante seu mandato foi criado o Plano Real 
que conseguiu combater a hiperinflação e estabilizar a crise econômica. A respeito do 
seu governo, Palermo e Perez (2016, p. 77) externam que: 
 
Este que seria um governo de transição acaba por participar de momentos 
importantes, do ponto de vista histórico-institucional, dos projetos de 
integração que vinham sendo traçados. Seu primeiro Ministro das Relações 
Exteriores, Fernando Henrique Cardoso, viria a ser o condutor do plano de 
estabilização da economia, o Plano Real e alçado à candidatura presidencial 
com sucesso em 1994. 
 
Durante seu governo, Itamar Franco retomou alguns temas da agenda o ex-
presidente. Bernal-Meza (2002, p. 39) indica que Itamar levou adiante o: 
 
[…] cumprimento de compromissos internacionais (não proliferação): o 
Brasil ratificou o Tratado de Tlatelolco e se aprofundaram as medidas de 
confiança recíproca com a Argentina. Procurou-se manter um baixo perfil 
com os Estados Unidos, afim de se evitar o aprofundamento das diferenças. 
Junto a isto foi somada uma nova dimensão na política exterior: a idéia do 
Brasil como país continental e global trader, política que aproximou Brasília 
a outras “potências médias”, como China, Índia e, depois, Rússia. 
 
A política externa de Itamar Franco, segundo Barreto (2010, p. 325-326) foi uma 
política “Sem rótulos enunciativos ou etiquetas marcantes, a conduta internacional de 
seu governo reafirmou o sentido universalista e autônomo na orientação de nossos 
negócios exteriores e ressaltou a busca pelo desenvolvimento como seu vetor principal”. 
O governo do presidente Itamar findou em 1994, sendo que ele conseguiu eleger 
Fernando Henrique Cardoso, que foi seu Ministro da Fazenda, com a maioria dos votos 
no primeiro turno. 
O governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC), integrante do Partido da Social 
Democracia Brasileira (PSDB), vai de 1995 a 2002. Durante o seu governo houve a 
alteração nas eleições e os candidatos puderam se reeleger. Já com o Plano Real 
implantado, FHC deu continuidade às reformas econômicas visando evitar a volta da 
inflação e obter a estabilidade da economia. “A gestão de Fernando Henrique Cardoso à 
frente dos desígnios da Nação começa sob o signo da estabilidade econômica alcançada 
pelo Plano Real” (BARRETO, 2010, p. 326). 
Durante o governo de FHC o país obteve uma projeção externa. Seu governo foi 
marcado pela nova ordem mundial, onde os Estados Unidos estavam emergindo como a 
única potência mundial, após o fim da Guerra Fria. O sucesso do Plano Real foi 
primordial para aumentar a credibilidade do país no exterior. A respeito disso, Lampreia 
(1998, p. 15) sinaliza que: 
 
Em primeiro lugar, o êxito do Plano Real veio corrigir uma deficiência grave 
em nossa credibilidade externa. Os governos e agentes econômicos 
estrangeiros passaram a contar com bases sólidas para levar adiante projetos 
de comércio, investimento e outras formas de intercâmbio com o Brasil. O 
fim da inflação, e o crescimento vertiginoso da demanda interna que dele 
resultou, aumentaram a importância do Brasil como mercado e como destino 
de recursos dirigidos quer à atividade produtiva, quer ao mercado de capitais. 
Em poucas palavras, a economia brasileira teve reconhecido, finalmente, o 
peso que lhe cabe como geradora de um dos dez maiores produtos nacionais 
do mundo. 
 
FHC levou adiante as ideias neoliberais iniciadas por Collor e buscou a abertura 
econômica do país com uma menor intervenção do estado. Durante seu governo várias 
empresas nacionais foram privatizadas, como: a Companhia Vale do Rio Doce (empresa 
do setor de mineração e siderurgia), a Telebras (empresa de telecomunicações) e o 
Banespa (banco pertencente ao governo do estado de São Paulo). 
Barreto (2010, p. 326) denota que: 
 
Impulsionado pela necessidade da abertura comercial como premissa do 
plano estabilizador e identificando nova configuração no sistema mundial, 
Fernando Henrique Cardoso abraça com incontido as proposições do novo 
internacionalismo econômico e instrumentaliza a sua política exterior para a 
consecução dessenovo modelo paradigmático de gestão. 
Assim, termos como privatização, liberalização e fiscalismo são ungidos 
como palavras de ordem nesse novo padrão de desenvolvimento, não mais 
fundamentado na ação direta e onipresente do Estado. 
 
Segundo Lampreia (1998, p. 11), a política externa de FHC buscou “[…] a 
autonomia pela integração, ou seja, ao invés de uma autonomia isolacionista, uma 
autonomia articulada com o meio internacional”. Segundo o autor, FHC “[…] esforçou-
se para aprimorar as características já mencionadas que, ao longo deste século, 
constituíram os pilares fundamentais da política externa brasileira” (LAMPREIA, 1998, 
p. 15). Ainda, sobre a política externa de FHC, cabe apontar que ela foi: 
 
[…] orientada pela “democracia, estabilidade monetária e abertura de 
mercados”. No entanto, esta auto-definição é reavaliada pelo historiador 
Amado Cervo, que observa que política externa de FHC esteve mais 
preocupada, de fato, em corresponder às imposições internacionais, 
sobretudo dos Estados Unidos, do que em promover os interesses brasileiros, 
abrindo mão, desta forma, de desenvolver uma política externa própria. 
(SIMÃO, 2009, p. 3). 
 
Por essa razão, a política externa de FHC apostou no institucionalismo 
internacional, com a finalidade de obter ganhos absolutos e, principalmente, preservar a 
autonomia, sendo que durante o seu governo “[…] priorizou-se as relações com os 
países desenvolvidos em detrimento das relações com os países em desenvolvimento” 
(SOUZA, 2011, p. 50). 
Assim, verifica-se que durante seu governo, FHC buscou desenvolver relações 
políticas com outras potências médias, bem como manteve as relações com os países 
desenvolvidos, mas “[…] como forma de balanceamento, intensificam-se as 
aproximações com os Estados em desenvolvimento. As parcerias com as nações 
emergentes são concebidas em razão de um eixo horizontal, em virtude das similitudes 
entre os Estados” (SOUZA, 2011, p. 51). 
Barreto (2010, p. 326) indica que caso o Brasil obtivesse “[…] maior participação 
nos fóruns mundiais e adesão vigorosa aos esforços multilaterais, acreditava-se que o 
País teria sua capacidade de barganha ampliada e seu respaldo na comunidade 
internacional robustecido”. 
Todavia, cabe destacar que a política externa de FHC contrariou alguns dos 
interesses dos Estados Unidos da América. Sobre isso, Simão (2009, p. 7) aponta como 
exemplo a proposta da Área de Livre-Comércio das Américas (ALCA). 
 
A ALCA é um exemplo da divergência brasileira em relação aos propósitos 
estadunidenses para a América Latina. Muito embora, em dezembro de 1994, 
na reunião da Cúpula das Américas, em Miami, o Brasil tenha sido 
praticamente obrigado a participar das discussões para a negociação da 
ALCA, para evitar uma posição isolada, o país representou a maior e mais 
consistente resistência ao projeto norte-americano de criação da ALCA. 
 
Nas Américas, FHC buscou consolidar o Mercosul, um dos principais projetos de 
sua política externa, fato que fica evidenciado no texto abaixo, conforme apresenta 
Lampreia (1998, p. 15). 
 
[…] a diplomacia brasileira trabalhou ativamente para que o patrimônio de 
impecável boa convivência com nossos vizinhos se traduza cada vez mais em 
cooperação e integração. Sem prejuízo da defesa sempre firme dos interesses 
nacionais, o Brasil manteve-se fiel à sua tradição de buscar conciliar esses 
interesses com os de nossos vizinhos, em fórmulas capazes de produzir 
avanços em benefício de todas as partes envolvidas. 
 
Fernando Henrique Cardoso encerrou seu mandato em 2002, mas apesar dos oito 
anos de governo, não conseguiu eleger o candidato do seu partido, todavia, cabe 
destacar que nesse período, seu governo conseguiu controlar a inflação, bem como 
foram criados alguns programas sociais visando à distribuição de renda. 
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (o Lula), integrante do Partido dos 
Trabalhadores (PT), vai de 2003 a 2010. Durante seu governo o país obteve o 
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o desemprego caiu e os programas sociais, 
que haviam sido criados durante o governo de FHC, foram unificados e, assim, houve 
uma redistribuição de renda. 
A política externa do governo Lula foi bastante agressiva e teve a finalidade de 
fazer com que o Brasil deixasse de ser um coadjuvante no sistema internacional e, 
assim, assumisse um papel de protagonista e influenciador. Souza (2011, p. 50) informa 
que o país “[…] conseguiu assim exercer uma razoável liderança no continente, de 
forma pragmática e conciliadora. Acima de vincular-se a determinados governos, a 
diplomacia do governo Lula buscou no exterior favorecer os interesses nacionais, 
agindo de forma autônoma”. 
Desde o primeiro mandato, sua política externa buscou acelerar o processo de 
integração da América do Sul e do Mercosul, visto que os governos anteriores 
priorizaram à América do Sul e ao processo de integração regional. Todavia, a política 
externa, principalmente para a América do Sul, foi alvo de discussões no que tange à 
ideologia de esquerda do Partido dos Trabalhadores. Souza (2011, p. 47) indica que: 
 
A ênfase nas relações Sul-Sul, a forte relação com governos de esquerda na 
América do Sul, o discurso contundente a respeito da importância do papel 
de liderança do Brasil no âmbito regional e mundial e a necessidade de se 
reduzir às desigualdades no mundo, tem sido apontadas como uma 
“ideologização da política exterior”. 
 
O governo Lula teve bastante habilidade diplomática para lidar com governos de 
diferentes orientações ideológicas. Souza (2011, p. 50), denota que a sua politica 
externa possui: 
 
[…] um bom campo de relação tanto com governos de esquerda mais radical 
como Bolívia e Venezuela, quanto com governos de direita como na 
Colômbia e no Peru. Estendendo a análise para todo o continente americano, 
notamos que as relações cordiais também passam por Cuba (criticada pela 
direita) e pelos EUA (criticado pela esquerda). 
 
De modo geral, “[…] o Brasil consolidou sua política de fortalecimento do Eixo 
Sul-Sul, centrada no relacionamento com a América Latina, com os BRICS e com a 
África” (MACIEL, 2020, p. 370). Segundo o autor, a política externa do governo Lula 
caracteriza-se pela aplicação de estratégicas em três grandes frentes diplomáticas: 
 
[…] o privilegiamento das relações com o chamado Eixo Sul-Sul (América 
Latina, Ásia e África) em detrimento do eixo Norte-Sul (EUA, Europa e 
Japão), principalmente no plano econômico; a afirmação da soberania 
brasileira sobre a “Amazônia Verde” e a “Amazônia Azul”; e o 
fortalecimento da posição do Brasil nos grandes fóruns e instâncias 
internacionais. (MACIEL, 2020, p. 362). 
 
Com isto o Brasil consolidou sua política de fortalecimento do Eixo Sul-Sul, 
centrada no relacionamento com a América Latina, com os BRICS e com a África. 
(MACIEL, 2020, p. 370) 
A respeito dessas frentes, Maciel (2020, p. 352) reflete que elas “[…] configuram 
uma alteração importante na política externa brasileira em relação àquela desenvolvida 
nos anos 90, onde prevaleceu uma postura de integração passiva à nova ordem mundial, 
hegemonizada pelos EUA […]”. 
Todavia, há muitos apontamentos negativos no seu governo: obras públicas que 
nunca saíram do papel, esquemas de corrupção (Mensalão, Petrolão), além do forte 
alinhamento com países considerados de esquerda. Souza (2011, p. 53) aponta que “A 
nacionalização das empresas que extraem gás natural na Bolívia em 2006 e a proposta 
de revisão do Tratado de Itaipu pelo Paraguai em 2008, são exemplos de 
acontecimentos externos que geraram críticas à política externa do governo Lula […]”. 
Apesar dos rombos gerados na economia, devido os esquemas de corrupção, Lula 
sempre teve muita popularidade, principalmente, pelos programas sociais ampliados no 
seu governo (Bolsa Família). Com essa popularidade, Lula conseguiu eleger Dilma 
Roussef, também do PT.O governo de Dilma Roussef, integrante do PT, vai de 2011 a 2016. Durante seu 
governo o país manteve os índices de crescimento do PIB, mas sofreu com recessão, a 
partir de 2016, fato que provocou o aumento do desemprego. Seu governo ficou 
marcado pela sua impopularidade, visto que a presidenta não tinha o mesmo carisma de 
Lula, bem como sofreu com as denúncias de corrupção, oriundas dos dois mandatos do 
governo anterior. 
Nery (2021, p. 98) sinaliza que Dilma assumiu o governo, no ano de 2011, “[…] 
em plena recessão global, que lhe concedia menor margem de manobra para uma 
política externa assertiva. Alguns analistas afirmam que houve uma mudança de forma e 
estilo na condução da diplomacia, embora jamais admitida no discurso oficial”. 
A política externa do governo Dilma manteve o alinhamento da política do 
governo Lula, principalmente com a América do Sul. “No âmbito das instituições 
regionais, há certa continuidade, principalmente no Mercosul, na Casa e na Unasul, 
quando se observa o aspecto da preservação da autonomia nacional e a questão da 
identidade sul-americana na política externa” (LEÃO, 2016, p. 16). 
Durante o seu governo, verificou-se um retrocesso da diplomacia do Brasil com 
os demais países da América do Sul, visto que a presidenta não aferiu à integração sul-
americana a mesma importância que foi dada no governo de Lula. Nery (2021, p. 103) 
aponta que “Apesar do engajamento nas missões da Unasul relativas à crise 
venezuelana, o Brasil ocupou uma posição marginal nos acordos de paz entre as Forças 
Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo de Juan Manuel Santos”. 
Assim, constata-se que a América do Sul não recebeu a mesma prioridade que foi 
dada no governo Lula. Ao longo do governo, verifica-se que a presidenta prioriza a 
política interna em detrimento da política externa, fato que se confirma com a redução 
do número de viagens presidenciais realizadas. Saraiva (2012) apud Leão (2016, p. 13) 
sinaliza que: 
 
[…] é possível perceber uma diminuição da sua importância dentro dos 
quadros gerais da política externa, materializada por ações que possuem um 
caráter mais pragmático e com baixo perfil, talvez como resultado de um 
comportamento mais pragmático adotado pelos autonomistas em relação a 
temas mais controversos da seara internacional. 
 
De acordo com Leão (2016, p. 8), isto se deve: 
 
[…] tanto porque o governo se reveza entre iniciativas mais voltadas ao plano 
global quanto porque a presidenta prioriza mais questões de cunho doméstico 
em detrimento da política externa. No que concerne à diplomacia 
presidencial, ela perde força considerável quando é novamente comparada ao 
governo Lula, muito em função dessa preferência da presidenta pelo âmbito 
doméstico e pela falta de coordenação com os principais formuladores de 
política exterior do Itamaraty, que passou a sofrer um processo de certo 
esvaziamento e desprestígio em relação ao governo Lula. 
 
De acordo com Spektor (2014) apud Silva (2019, p. 28), durante o governo 
Dilma, os elementos centrais mantidos foram “[…] as relações cordiais com os EUA, a 
cooperação ativa com os vizinhos para tornar a América do Sul um espaço geopolítico 
independente, e a coalizão com outros países em via de desenvolvimento […]”. 
A respeito do processo de impeachment da presidenta, Nery (2021, p. 95) chama 
de “golpe” e indica que foi responsável por encerrar o ciclo de governo do PT que durou 
muitos anos. Ainda, o autor indica que: 
 
A política externa autônoma e a descoberta do petróleo do pré-sal, cujo 
marco regulatório foi aprovado no final do governo Lula (e, aliás, revogado 
por Temer logo após sua posse), além de outras iniciativas (por exemplo, o 
programa de submarinos nucleares), incomodaram o imperialismo e são 
fundamentais para entender o movimento golpista. (NERY, 2021, p. 95). 
 
Em 2016, por maioria dos votos do senado, a presidenta Dilma Roussef sofreu 
impeachment por crime de responsabilidade fiscal, e foi sucedida pelo vice, Michel 
Miguel Elias Temer Lulia Temer, do Partido Movimento Democrático Brasileiro 
(PMDB), no dia 31 de agosto de 2016. 
O governo de Michel Temer vai de 2016 a 2018 e durante esse período, o país 
passava por uma grave recessão econômica. Como vice-presidente de Dilma, Michel 
Temer se afastou politicamente da presidenta, antes da abertura do processo de 
impeachment. Durante o seu governo, Temer priorizou as medidas de caráter 
econômico, com o intuito de: 
 
[…] reformar a economia brasileira seguindo um viés ortodoxo, expresso no 
documento chamado Uma Ponte Para o Futuro, lançado em fins de 2015 […] 
Apontando para a existência de um Estado ineficiente, defendeu reformas 
estruturais, criticando “excessos” dos governos petistas e dispositivos da 
Constituição que “obrigam” o aumento de despesas. A necessidade da 
obtenção de superávits primários para cobrir as despesas de juros da dívida 
pública e de uma reforma previdenciária foram defendidas. (FUNDAÇÃO 
ULYSSES GUIMARÃES, 2015 apud SILVA, 2019, p. 27-28). 
 
Silva (2019, p. 33) indica que essas medidas, também, foram tomadas com a 
finalidade de: 
 
[…] tentar atrair mais investimentos ao Brasil. E ela pode ser caracterizada 
especialmente pelas ações no BRICS, que Temer enxergou como primeiro 
meio de se conseguir sair da crise de modo mais direto […] Temer buscou dar 
maior ênfase ao lado econômico, ainda que sem resultados efetivos. Além 
disso, houve a abertura de negociações para a entrada na OCDE, que virou 
outro ponto elementar de sua política exterior. 
 
Seguindo essa linha de pensamento, a política externa de seu governo procurou 
atrair investimentos e apoiou-se na ideia de construir “[…] uma imagem do Brasil como 
um país defensor da ordem internacional vigente. A ideia de um país “responsável” 
economicamente substituiu a de um país “pujante” e “emergente”, inviabilizada em 
meio às condições adversas interna e externamente” (SILVA, 2019, p. 34). 
A política externa de Michel Temer, de acordo com Oliveira (2018, p. 301) 
procurou “[…] se dissociar das diretrizes adotadas pelo partido anteriormente no poder, 
se mostrava determinada em questionar os critérios das alianças que foram 
estabelecidas”. 
Nery (2021, p, 99) demonstra que a política de Temer buscou realinhar o país com 
as potências tradicionais (Estados Unidos, Europa e Japão), bem como priorizou “[…] a 
diplomacia comercial, e abandonou a ênfase nas relações Sul-Sul, consideradas 
ideológicas. Temer manteve a participação do Brasil no Brics, mas enfatizou as relações 
bilaterais, sobretudo com a China, em detrimento da dimensão geopolítica do bloco”. 
Contrapondo os governos anteriores, as ações de Michel Temer visaram a 
sustentação externa, sendo que a grande diferença foi o trato com a Venezuela. Silva 
(2019, p. 34) informa que: 
 
A diferença é clara na retórica, mais efusiva no governo Temer, para a 
satisfação dos setores sociais diversos (especialmente os populares) que 
foram contrários aos governos do PT e associaram o governo de Nicolás 
Maduro às políticas petistas, à corrupção e, obviamente, ao “bolivarianismo”. 
Também é notável o declínio do intercâmbio econômico bilateral. Apesar 
disso, além da suspensão do país do Mercosul, medidas mais extremas não 
foram adotadas – o embaixador brasileiro no país, inclusive, foi mantido. 
 
Durante o governo de Temer, o Brasil buscou com maior ênfase estabelecer 
acordos comerciais com a União Europeia, assim, a sua política externa contribuiu “[…] 
para que, de certa forma, a relação entre os blocos vá na contramão da tendência atual 
do comércio internacional, que, encabeçado pelas ações estadunidenses no governo de 
Donald Trump, caracteriza um crescente protecionismo” (OLIVEIRA, 2018, p. 302). 
Uma das grandes contribuições do governo de Temer consiste na criação da Lei de 
Responsabilidade Fiscal. Todavia, cabe destacar que durante o seu governo, MichelTemer não demonstrou interesses por algumas questões da política externa, como: as 
questões ambientais (desmatamento na região amazônica) e a questão dos direitos 
humanos. Temer foi sucedido por Jair Messias Bolsonaro, em 2019. 
O governo de Jair Messias Bolsonaro, integrante do Partido Social Liberal (PSL), 
vai de 2019 até os dias atuais. Para muitos críticos e analistas políticos, a vitória de 
Bolsonaro representou o fim de uma estrutura política que predominava desde o 
advento da Nova República. 
Seu governo ficou marcado pela propagação da pandemia do COVID-19, fato que 
gerou crise econômica e crise política. Bolsonaro adotou medidas visando o controle 
dos gastos do governo, aplicou a reforma da previdência e adotou algumas tentativas de 
privatizações. No seu governo houve um grande gasto do governo que teve que custear 
o Auxílio Emergencial para as pessoas de baixa renda. 
De acordo com Cervo (2019) apud Bernal-Meza (2020, p. 18), Bolsonaro e FHC 
possuem algumas semelhanças. Para o autor, “[…] os dois presidentes têm uma visão de 
mundo e da inserção internacional do Brasil semelhante: são liberais, nesse sentido, 
inovadores relativamente ao período anterior a seus mandatos, de governos mais 
nacionalistas e introspectivos”. 
Segundo Nery (2021, p. 91), a política externa de Bolsonaro “[…] provocou uma 
ruptura na trajetória da política externa brasileira, sobretudo ao subordinar o Brasil ao 
governo Donald Trump e aos interesses dos Estados Unidos”, bem como “[…] adotou 
um alinhamento automático e de grau inédito com os Estados Unidos, contribuindo para 
isolar o Brasil na cena global” (NERY, 2021, p. 101). 
Nery (2021, p. 101) complementa, ainda, que o governo de Bolsonaro “[…] 
afastou o país dos vizinhos e rompeu com a política externa brasileira não apenas para a 
América do Sul, mas para o conjunto da região. Nunca antes foi tão grande a distância 
entre as atitudes adotadas pelo governo e os interesses concretos do país”. 
A política externa do governo Bolsonaro introduziu cinco grandes mudanças, 
principalmente, na política externa sul-americana do Brasil, se comparada ao período de 
2003 a 2016. Essas cinco mudanças são: 
 
[…] 1. recolocou o país em uma relação estreita à política exterior norte- -
americana; 2. retirou seu apoio e logo começou a incentivar — juntamente 
com o presidente chileno Piñera — um novo agrupamento para substituir a 
União de Nações Sul-Americanas (Unasul); 3. abandonou o respaldo político 
ao governo venezuelano, identificando-o como a principal ameaça para a 
segurança e estabilidade da região; 4. passou a tratar o Mercado Comum do 
Sul (Mercosul) como um tema secundário na agenda; 5. reduziu a prioridade 
que Brasília — desde 1985 — atribuía a Buenos Aires, em favor do Chile, 
primeiro país a ser visitado pelo novo presidente. (VIDIGAL; BERNAL-
MEZA, 2020, p. 17). 
 
Cabe destacar que, de acordo com Nery (2021, p. 106), a política externa do 
governo Bolsonaro “[…] tem sido marcada pela falta de coordenação política e pelo 
crescente isolamento do Brasil diante dos principais interlocutores internacionais e 
regionais”. 
O ponto de maior crítica do governo Bolsonaro foi o modo como o presidente 
tratou a questão da pandemia da COVID-19. Nery (2021. p. 106) indica que: 
 
Desde o início da pandemia, a resposta do governo Bolsonaro foi desastrosa 
nos planos doméstico e internacional. No âmbito interno, a atuação do 
governo federal tem sido marcada pela falta de coordenação política, levando 
a conflitos e disputas de poder entre a União e as unidades federativas, de um 
lado, e o Poder Executivo e os demais poderes (Legislativo e Judiciário), de 
outro. 
 
O autor complementa que a resposta do governo Bolsonaro à grave pandemia, que 
semeou milhares de vidas, tem sido muito desastrosa, visto que a política externa tem 
provocado a “[…] desconstrução da histórica atuação do Brasil na área de saúde. O país 
sempre foi reconhecido como um importante ator em defesa da saúde como direito 
humano fundamental, tanto no plano multilateral quanto no âmbito regional” (NERY, 
2021, p. 109). 
REFERÊNCIAS 
BARRETO, Vicente Costa Pithon. Um breve panorama da política externa brasileira 
nos últimos vinte anos: princípios, alterações e continuidade. Revista de Informação 
Legislativa, Brasília, v. 47, n. 187, p. 321-329, jul./set. 2010. Disponível em: 
https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/198653. Acesso em: 29 set. 2021. 
BERNAL-MEZA, Raúl. A política exterior do Brasil: 1990-2002. Revista Brasileira 
de Política Internacional, Brasília, v. 45, n. 1, p. 36-71, jun. 2002. Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/rbpi/a/XgK4BPKnMwdHNfpqBjc8Fdk/?lang=pt. Acesso em: 
29 set. 2021. 
LAMPREIA, Luiz Felipe. A política externa do governo FHC: continuidade e 
renovação. Revista Brasileira de Política Internacional, Brasília, v. 42, n. 2, p. 5-17, 
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https://www.scielo.br/j/rbpi/a/YFcDnF8XTFFHSv7gRSZLV8K/?lang=pt. Acesso em: 
29 set. 2021. 
LEÃO, André Pimentel Ferreira. Política externa brasileira para a América do Sul: uma 
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de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Brasília, n. 22, p. 7-18, jan./abr. 2016. 
Disponível em: 
http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/6730/1/BEPI_n22_Politica.pdf. Acesso 
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