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CONDIÇÕES DE VINCULAÇÃO ENTRE ELEMENTOS ESTRUTURAIS EM CONCRETO ARMADO


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FACULDADE DO FUTURO
SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR DE MANHUAÇU
CONDIÇÕES DE VINCULAÇÃO ENTRE ELEMENTOS ESTRUTURAIS EM CONCRETO ARMADO
ALUNO,
ALUNO,
ALUNO.
MANHUAÇU, MG
1
2
2023
FACULDADE DO FUTURO
SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR DE MANHUAÇU
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
ALUNO,
ALUNO,
ALUNO.
CONDIÇÕES DE VINCULAÇÃO ENTRE ELEMENTOS ESTRUTURAIS EM CONCRETO ARMADO
Artigo do trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Engenharia Civil plena, apresentado à Faculdade do Futuro, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.
Orientador (a): 
MANHUAÇU, MG
2023
ALUNO,
ALUNO,
ALUNO.
CONDIÇÕES DE VINCULAÇÃO ENTRE ELEMENTOS ESTRUTURAIS EM CONCRETO ARMADO
BANCA EXAMINADORA:
Prof. Titulação. Nome completo 
(Orientador)
Prof. Titulação. Nome completo 
Prof. Titulação. Nome completo 
Aprovado em: 	 /	/ 2023.	
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente à Deus por nossas vidas, pelas oportunidades e por ser a base para a conquista de nossa graduação!
Agradecemos nossas mães e pais que foram peças-chave para que pudéssemos chegar ao fim dessa caminhada, nos orientando e dando forças, sendo nosso apoio, pois a caminhada tem sido longa e árdua. 
Agradecemos aos mestres por transmitirem todos os ensinamentos, pela contribuição fundamental em nossa formação, os quais levaremos no coração até o fim da vida. 
Agradecemos nossos amigos e amigas que conquistamos, acreditem foram os melhores anos de nossa vida, aprendemos uns com os outros e temos certeza que todos serão profissionais exemplares nas carreiras que serão escolhidas após o término da faculdade. Vocês são demais! 
E por fim, agradecemos também, todos que contribuíram de alguma forma nesse processo de formação acadêmica e crescimento, pelos estágios, pelos ensinamentos, pela paciência e pelo tempo dedicado nos ensinar de alguma forma.
EPÍGRAFE
“Você nunca sabe a força que tem até que sua única alternativa seja ser forte”.
Johnny Depp.
CONDIÇÕES DE VINCULAÇÃO ENTRE ELEMENTOS ESTRUTURAIS EM CONCRETO ARMADO
BINDING CONDITIONS BETWEEN STRUCTURAL ELEMENTS IN REINFORCED CONCRETE
RESUMO
Objetivo: Descrever os estudos que abordam acerca dos sistemas estruturais, especificamente das condições de vinculação entre os elementos estruturais em concreto armado, bem como a relevância do conhecimento no ramo da construção civil. Método: Por meio de revisão da literatura integrativa qualitativa, utilizando bases de dados públicas-eletrônicas no idioma português, a pesquisa foi realizada entre os dias 10/03 a 29/04 de 2023, com corte temporal entre os anos de 2008-2023. Resultados: O profissional engenheiro civil, necessita adquirir o conhecimento das condições de vinculação entre os elementos da estrutura de concreto armado, cabe ao profissional também a constante atualização para segurança de toda obra que lhe for vinculada, já que constantemente há atualizações e novas tecnologias no ramo da construção civil. Conclusão: Conclui-se então que, graças ao acompanhamento e cuidado do profissional engenheiro, existe maior segurança nos projetos estruturais, além de que as condições posteriores das vinculações com referido planejamento, interagem como esperado, evitando assim desastres ou problemas futuros.
Descritores: Concreto Armado, Condições de Vinculações, Engenharia Civil, Projeto Estrutural, Sistemas Estruturais.
ABSTRACT
Objective: To describe the studies that address structural systems, specifically the linking conditions between structural elements in reinforced concrete, as well as the relevance of knowledge in the field of civil construction. Method: Through a qualitative integrative literature review, using public-electronic databases in Portuguese, the research was carried out between 03/10 to 04/29, 2023, with a temporal cut between the years 2008-2023. Results: The professional civil engineer needs to acquire knowledge of the binding conditions between the elements of the reinforced concrete structure, it is also up to the professional to constantly update for the safety of all work that is linked to him, since there are constantly updates and new technologies in the field. construction industry. Conclusion: It is then concluded that, thanks to the follow-up and care of the professional engineer, there is greater security in structural projects, in addition to the subsequent conditions of the links with said planning, interact as expected, thus avoiding disasters or future problems.
Descriptors: Reinforced Concrete, Connection Conditions, Civil Engineering, Structural Design, Structural Systems.
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 01 Distribuição quantitativa dos artigos publicados ................................................... 13 
Gráfico 02 Distribuição quantitativa dos artigos publicados por ano ...................................... 15
	
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 Seleção dos estudos para revisão integrativa .......................................................... 14
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas.
CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.
CM Centímetro. 
ELS Estado Limite de Serviço.
ELU Estado Limite Ultimo. 
ETC Et Cetera (entre outras coisas).
FURB Fórum Universidade de Blumenau.
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
KG Quilo Grama.
NBR Norma Brasileira.
SCIELO Scientific Eletronic Library (Biblioteca Eletrônica Cientifica Online).
SPT Standard Penetration Test (Sondagem de penetração).
UFSC Universidade Federal de Santa Catarina.
UFU Universidade Federal de Uberlândia.
UNESP Universidade Estadual Paulista.
UNICAMP Universidade Estadual de Campinas.
UTFPR Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 	 01
2. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................ 03
A. Concreto Armado ......................................................................................................... 03
B. Estruturas...................................................................................................................... 04
I. Ações Atuantes nas Estruturas................................................................................. 07
C. Equilíbrio de um sólido e esforços internos.................................................................. 09
D. Comportamento estrutural ............................................................................................ 10
E. Vinculação.................................................................................................................... 11
3. MÉTODOLOGIA 	 12
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................................................ 14
A. Análise ......................................................................................................................... 14
B. Discussão ...................................................................................................................... 16
I. Visão geral sobre estruturas de concreto armado ................................................... 16
II. Tipologia de vinculação e condições destas entre os elementos estruturais de concreto armado .......................................................................................................... 23
III. Importância do conhecimento para o profissional de engenharia ......................... 27 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 	 28
6. REFERÊNCIAS 	 29
10
1. INTRODUÇÃO
Notavelmente, é entendido que o projeto estrutural é uma das principais áreas de atuação dos profissionaisde engenharia civil, isso porquê é por meio deste que o profissional se dedica em aplicar os seus conhecimentos do comportamento de materiais e estruturas para a obtenção de projetos nos quais satisfaçam os critérios do cliente, além de outros critérios importantes como os de segurança, funcionamento, otimização de tempo e recursos (FRANCESCHI, 2017).
Dentre as atividades desenvolvidas pelo engenheiro projetista, ao conceber uma estrutura está a criação de um modelo estrutural representativo da estrutura real, e é neste passo que o profissional define parâmetros iniciais como a posição dos pilares e vigas, dimensão inicial destes elementos e o tipo de vinculação entre as vigas e os pilares da estrutura. Araújo (2010) explica que tais escolhas terão impacto significativo em todo projeto estrutural, uma vez que a alteração do modelo representativo da estrutura irá alterar as solicitações internas de cada elemento.
Nesse sentido, ao que diz respeito às vinculações entre elementos, existe liberdade na definição do comportamento das vinculações, nas ocasiões de modelagem estrutural. Um exemplo significativo ditado por Franceschi (2017) é de um elemento de viga apoiado em pilares, no qual, caso se permita a rotação dos apoios no modelo estrutural o diagrama de momentos fletores da viga será tal que o centro da viga seja mais solicitado, o que por consequência exigirá maior armadura no centro da viga; em contrapartida, ainda segundo o autor (FRANCESCHI, 2017), pode-se considerar que as rotações da viga sejam restringidas em sua vinculação com os pilares, sendo que esta consideração leva ao aparecimento de momentos fletores na extremidade da viga, resultando em uma redução da solicitação em seu centro, exigindo menos armadura nesta região. Contudo, por transmitir momentos da viga para o pilar, a região de apoio da viga passa a requerer armadura para momentos negativos e além disso, o momento fletor que é transmitido para o pilar pode ou não exigir acréscimo na armadura deste, dependendo de sua seção e das solicitações previamente existentes.
Assim, para Bastos (2019) tomar a decisão de qual tipo de vinculação deve ser adotado o engenheiro projetista deve considerar as vantagens e desvantagens de cada opção, assim realizando estudos de alternativas e escolhendo a melhor. Apesar do processo de análise e projeção aparentar ser simples, entende-se que sem o devido conhecimento e escolhas racionais, as condições de vinculações podem sofrer com elementos não considerados na escolha, o que torna o conhecimento e o profissional engenheiro civil (projetista) totalmente necessário em qualquer projeto estrutural assim como análise estrutural.
Toda via, complementa Franceschi (2017) que caso o processo de escolha de vinculações seja aplicado, por exemplo, para a definição das vinculações de pavimento composto por dezenas de vigas, tendo condições de apoio diversas, incluindo vigas apoiadas em outras vigas e pilares com inércia maior em uma direção que na outra, sujeitas a solicitações diversas (como cisalhamento, torção e a flexão) e aos estados limites último (ELU) e também de serviço (ELS) normativos, é acometido por um problema complexo. Assim, a decisão das vinculações tem grande impacto, não apenas no custo da viga, mas também na estabilidade global da estrutura e funcionamento de subsistemas estruturais como o contraventamento por pórticos.
Por conta da importância do conhecimento e da escolha certa do tipo de vinculação à ser escolhido, de acordo com o seu comportamento referente aos demais elementos da estrutura, se faz necessário que os profissionais engenheiros civis assim como graduandos, mantenham-se atentados às Normas Técnicas Brasileiras vigentes (ABNT) bem como as novas tecnologias e métodos utilizados, assim como a análise minuciosa da escolha dos elementos estruturais e suas vinculações, para que haja maior eficiência e segurança nos projetos e execuções destes.
 Assim, portanto, o objetivo da pesquisa foi descrever os estudos que abordam acerca dos sistemas estruturais, especificamente das condições de vinculação entre os elementos estruturais em concreto armado, bem como a relevância do conhecimento no ramo da construção civil. Para tanto, a pesquisa foi realizada por meio de revisão bibliográfica integrativa qualitativa, utilizando bases de dados públicas-eletrônicas SCIELO e CAPES no idioma português, a pesquisa foi realizada entre os dias 10/03 a 29/04 de 2023, com corte temporal entre os anos de 2008-2023.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Para que possamos compreender acerca das condições de vinculação entre os elementos estruturais, primeiramente se faz necessário compreender o que são estruturas e seus elementos, além de o que é o concreto armado, compreensão do comportamento dos elementos estruturais e o que é a vinculação, vejamos abaixo:
A. Concreto Armado
Antes de compreender o que é de fato o concreto armado, se faz necessário compreender antes o que é o concreto, assim, conforme Bastos (2019) o concreto é um material composto constituído por cimento, água, areia (agregado miúdo) e pedra/brita (agregado graúdo). Ainda conforme o autor, o concreto pode também conter adições e aditivos químicos com finalidade de melhorar ou modificar as propriedades básicas. 
Assim, o concreto é obtido por um cuidadoso proporcionamento que define a quantidade de cada um dos materiais a fim de proporcionar ao concreto diversas características desejadas, tanto em estado fresco, quanto no estado endurecido. Assim, conforme Bastos (2019) de modo geral na construção de um elemento estrutural, em concreto armado, as armaduras de aço são previamente posicionadas dentro da forma ou molde e em seguida o concreto fresco é lançado para preencher a fôrma, para envolver as armaduras e simultaneamente o adensamento vai sendo feito. Por fim, após a cura e endurecimento do concreto, a forma é retirada e assim origina-se a peça de Concreto Armado. 
Nesse sentido, conforme Araújo (2010) as estruturas de concreto são comuns em todos os países do mundo, caracterizando-se pela estrutura preponderante no Brasil e comparada a estruturas com outros materiais, a disponibilidade dos materiais constituintes (que são concreto e aço) e a facilidade de aplicação explicam a larga utilização das estruturas de concreto, nos mais variados tipos de construção sendo edifícios de pavimentos, viadutos, pontes, reservatórios, pisos industriais, barragens, pavimentos rodoviários e aeroportos, paredes de contenção, obras portuárias e etc.
Cabe ressaltar que se tratando de concreto armado, a armadura é chamada passiva, o que significa que as tensões e deformações nela existentes devem-se exclusivamente às ações aplicadas na peça. Assim, conforme Bastos (2019) o trabalho conjunto entre o concreto e a armadura fica bem caracterizado na comparação de uma viga sem armadura (e com armadura de flexão; assim supondo que as forças aplicadas sobre as vigas aumentem gradativamente de zero até a ruptura, assim a viga sem armadura rompe bruscamente tão logo inicia-se a primeira fissura, o que ocorre quando a tensão de tração atuante alcança a resistência do concreto à tração na flexão, já a viga de concreto armado tem a capacidade resistente à flexão significativamente aumentada devido à existência da armadura
B. Estruturas 
Segundo Jansen (2020), as estruturas podem ser concebidas de uma grande variedade de formas e materiais para atender aos mais variados fins e necessidades, o que torna seu conceito amplo, assim, ao estudar sobre elas percebe-se que cada sistema construtivo possui características que o tornam viável ou não para determinada situação.
Desde os tempos antigos, conforme aponta Jansen (2020), as estruturas vêm sendo concebidas com diversas técnicas e materiais diferentes, sendo multivariados com galhos de arvores e adobes de pedras até chegar a sistemas mais atuais que utilizam concreto, aço, madeira, vidros e etc., sempre com o objetivo de criar sistemas capazes de suportar forças da gravidade, vento e etc.
A estrutura, conformeKarvat (2016) é a união de elementos ou peças resistentes, a fim de suportar seu peso próprio, somado a ação de esforços externos que são adequadamente distribuídos entre os elementos componentes deste conjunto. Tais elementos são nomeados e classificados de acordo com suas características, dimensões, orientação ou função; podendo ser desde pilares à tirantes, vigas, lajes e fundações rasas ou profundas; sendo todos em harmonia para que o conjunto possa cumprir o objetivo de suportar as cargas a eles impostas.
Assim, conforme Jansen (2020), o profissional projetista de estruturas dispõe esses elementos de acordo com sua necessidade, unindo-os em uma configuração que melhor o atenda, portanto, é papel do projetista garantir que a orientação, disposição, dimensões entre outras características dessas peças sejam capazes de suportar as solicitações atuantes sobre elas.
Conforme defendem os professores Valle, Rovere e Pillar (2009, p.01), “[...] Quando se projeta uma estrutura, a análise do comportamento estrutural exige que sejam feitas algumas simplificações que conduzem a modelos estruturais”. Assim, a realização dessa análise requer um conhecimento sobre cada peça que compõe a estrutura e como elas se comportam e se relacionam entre si.
No entanto, para se analisar a estrutura é preciso conhecer uma série de fatores, sendo eles as dimensões dos ambientes projetados e sua utilização, questões estéticas que podem impor restrições à concepção estrutural, as cargas que irão atuar sobre a estrutura, os materiais a serem utilizados e sua disponibilidade, o sistema construtivo adotado, entre outros fatores.
Diante dos fatores expostos acima, para compreender o funcionamento das estruturas e realizar uma boa analise estrutural, se faz necessário conhecer os elementos que compõe a mesma; cada elemento desempenha uma função no sistema estrutural e no fim das contas o objetivo do conjunto e resistir e transmitir as cargas impostas a ele para o solo de maneira que sejam absorvidas sem exceder a sua capacidade resistente.
Figura 1 - Elementos Estruturais:
Fonte: Modificado de Rolim (2020, p. 3).
Os elementos de uma estrutura recebem nomes de acordo com suas características e funções que desempenham, como é esboçado na Figura 1 acima. De acordo com BASTOS (2021, p.1), “As lajes são classificadas como elementos planos bidimensionais, que são aquelas onde duas dimensões, o comprimento e a largura, são da mesma ordem de grandeza e muito maiores que a terceira dimensão, a espessura”.
Portanto, conforme Bastos (2021), as lajes são elementos estruturais que recebem diretamente a maior parte das cargas que atuam na estrutura; é sobre as lajes que atuam as cargas de utilização que são pessoas, moveis, pisos, paredes e etc. Assim, as cargas de utilização estão diretamente relacionadas com a função arquitetônica do espaço disposto sobre a laje, ou seja, depende de qual cômodo se está analisando podendo ser entre a cozinha, sala, quarto banheiro, entre e etc.
As lajes, salvo exceções, são geralmente apoiadas em vigas, transmitindo seus esforços e carregamentos para esse outro elemento, iniciando assim o chamado caminho das ações, que será tratado de forma mais aprofundada ao longo desta pesquisa.
Por sua vez, as vigas segundo ABNT NBR 6118 (2014), nos itens 14.4.1 e 14.4.1.1, são elementos lineares que estão submetidos principalmente a flexão simples. Elementos lineares são aquele em que o comprimento longitudinal é pelo menos três vezes maior do que a maior dimensão da seção transversal, sendo também chamados de barras.
Toda via, as cargas absorvidas pelas lajes são descarregadas nas vigas, e, na grande maioria das situações essas cargas são aplicadas no sentido perpendicular ao eixo longitudinal deste elemento, causando o principal esforço identificado neste caso, à flexão. A diferença básica entre as vigas e o próximo elemento estrutural, o pilar, é basicamente a orientação e a forma com que o elemento recebe as cargas (BASTOS, 2021).
Portanto, assim como as vigas, os pilares também são barras, ou seja, elementos lineares em que o comprimento longitudinal é pelo menos três vezes maior do que a maior dimensão da seção transversal. Bastos (2019) explica que o que difere esses dois elementos é o fato de que os pilares estão geralmente orientados na vertical e estão submetidos principalmente a esforços de compressão. Assim, os pilares são responsáveis por receberem as cargas das vigas e transmitirem paras as fundações, essas são o próximo elemento no caminho das cargas.
Nesse sentido, conforme os apontamentos de Souza e Rodrigues (2008), as fundações são responsáveis por receberem todas as ações e esforços da superestrutura sendo elas tanto horizontais quanto verticais e transmiti-las ao solo de maneira que este não entre em colapso devido à extrapolação de sua capacidade resistente.
Ainda em conformidade com Souza e Rodrigues (2008), existem vários tipos de fundações, que são classificadas em dois grupos, sendo estes: fundações rasas e fundações profundas. Assim, fazer a escolha certa de qual tipo de fundação utilizar garante maior qualidade para edificação e vida útil prolongada, uma vez que uma fundação bem executada isenta a edificação de vários tipos de patologias que são bem comuns e frequentes.
Todavia, para se fazer uma boa escolha do tipo de fundação a se utilizar é fundamental que seja realizada uma investigação do solo. Nessa linha de pensamento Valle, Rovere e Pillar (2009) apontam que através de métodos como a Sondagem SPT (standard penetration test) é possível conhecer as camadas do solo em que será construída a edificação e determinar sua capacidade resistente, definido a partir daí qual tipo de fundação mais indicada para a situação.
Por fim, após conhecermos os elementos que compões as estruturas de concreto armado, suas funcionalidades e o papel que desempenham na estrutura, precisamos também conhecer mais a fundo quais ações e cargas irão atuar sobre a estrutura a fim de entendermos quais os esforços internos gerados por elas para só então podermos discutir com clareza sobre as condições de vinculação entre os elementos que é o tema central desta pesquisa. 
I. Ações Atuantes nas Estruturas
Ao atender as finalidades para as quais foram concebidas, as estruturas sofrem influencias de diversos fatores do meio em que estão inseridas e até mesmo de características de sua própria composição. Tais influencias, em um contexto de projeto, são chamadas de Ações. Conforme Ribeiro (2017) apud Chust e Figueiredo (2014), as Ações são definidas como qualquer influência ou grupo de influências que, ao atuar sobre a estrutura, seja capaz de produzir estados de tensão ou de deformação. Existem várias dessas influencias que atuam na estrutura, sendo elas de vários tipos e naturezas diferentes. 
Nesse sentido, para se conceber uma boa estrutura, é necessário que se faça uma análise crítica e cuidadosa das ações que atuam sobre a ela, a fim de garantir um bom desempenho e uma boa performance ao longo da vida útil da mesma, observado atentamente as condições que precisam ser atendidas para que a estrutura cumpra sua função de maneira satisfatória (BASTOS, 2019). 
A norma ABNT NBR 6118 (2014), no item 11.2.1, orienta que ao realizar a análise estrutural, deve-se se levar em conta todas as influencias e ações que possam causar quaisquer tipos de efeitos que sejam desfavoráveis para a segurança da estrutura, levando em conta os estados limites ultimo e de serviço.
Levando em conta essa linha de pensamento e reforçando a definição de ações, a ABNT NBR 8681 (2003), sob o item 3.4, diz que as ações são causas que provocam deformação na estrutura. Isso em pratica, invoca que as forças e deformações impostas pelas ações são consideradas as próprias ações, assim, as deformações são consideradas como ações indiretas e as forças como ações diretas.
Em contraponto, afim de facilitar o entendimento e estudar de maneira organizada todas as ações que implicam algum efeito de relevância nas estruturas, segundo a ABNT NBR 8681 (2003), sobo item 4.2.1, estas ações são classificadas de acordo com sua variabilidade no tempo como: ações permanentes, ações variáveis e ações excepcionais. Vejamos abaixo:
As ações permanentes sendo classificadas de acordo com sua variabilidade no tempo, o primeiro grupo de ações de relevância a ser considerado é o grupo das ações permanentes, grupo esse que também se subdivide em outros dois grupos menores que são as ações permanentes diretas e ações permanentes indiretas. São consideradas ações permanentes aquelas que possuem um valor constante durante praticamente toda vida útil da estrutura, ou que possua valores que aumentem tendo um valor limite constantes. ABNT NBR 6118 (2014), item 11.3.1.
As ações permanentes diretas representam uma boa parcela das ações atuantes sobre as estruturas e são em sua grande maioria, oriundas de características da própria estrutura, sendo imprescindível que o projetista tenha isso em mente ao realizar os dimensionamentos dos elementos estruturais. De acordo com a ABNT NBR 6118 (2014), item 11.3.2, contemplam o grupo das ações permanentes diretas, o peso próprio das estruturas, peso dos elementos construtivos fixos, instalações permanentes, empuxos permanentes e etc.
Dentre as ações listadas acima, o peso próprio das estruturas é o que tem maior relevância, exigindo assim uma atenção do projetista, isso pois quanto maiores às dimensões dos elementos, maiores serão os valores das ações provenientes do peso próprio das estruturas. Portanto, o peso próprio das estruturas a ser considerado, deve seguir as orientações estabelecidas pelas normas brasileiras vigentes, sendo obtido através do peso especifico dos materiais, também estabelecidos nas respectivas normas. A Figura 2 abaixo apresenta o peso especifico dos principais materiais utilizados nas construções civis.
Figura 2 - Peso específico dos materiais:
Fonte: ABNT NBR 6120 (1980, p. 02).
Já em relação às ações permanentes indiretas, apesar de serem um grupo menor de ações, também possuem relevância e devem ser analisadas e consideradas nos projetos de estruturas. Segundo a ABNT NBR 8681 (2003), item 4.2.1.1, contemplam o grupo das ações permanentes indiretas: a protensão, os recalques de apoio, a retração dos materiais e etc. 
E ao que se refere às as ações variáveis, que são outro grande grupo de ações que atuam na estrutura, essas ações são provenientes da utilização da estrutura, como o nome sugere, são ações que variam seu valor ao longo do tempo, por esse motivo exigem um cuidado ao serem analisadas para que os valores adotados sejam assertivos e condizentes com a realidade. Cabe ressaltar que o engenheiro projetista sempre deve seguir as orientações das normas brasileiras ao adotar os valores dessas ações. O professor Jansen (2020) apud Pinheiro (2010) define as ações variáveis como sendo aquelas cujo valor tem variação significativa em torno da media durante a vida útil da construção. Diz ainda que podem ser fixas ou moveis, estáticas ou dinâmicas, pouco variáveis ou muito variáveis. Este grupo de ações chamado Ações Variáveis, também se subdivide em dois grupos menores chamados de Ações Variáveis Diretas e Ações variáveis indiretas, classificando e organizando as ações de acordo com suas características e atuação na estrutura.
De acordo com a ABNT NBR 6118 (2014), item 11.4.1, o grupo das ações variáveis diretas é composto por cargas acidentais previstas para o uso da construção, pela ação do vento e da água, ressalta ainda que, deve se respeitar as prescrições feitas por normas brasileiras especifica para esses casos. E as ações variáveis indiretas, segundo Jansen (2020) apud Pinheiro (2010) são compostas basicamente por variações de temperatura, podendo ser variações uniformes e não uniformes, devendo se analisar os efeitos causados por essas variações em cada parte das estruturas.
As ações excepcionais é outro grupo de ações, que apesar de serem de menor recorrência, também deve ser levado em consideração na hora da análise estrutural. O professor Jansen (2020) apud Pinheiro (2010) define esse grupo de ações como ações de duração muito rápida, de baixa probabilidade e ocorrência durante a vida útil da estrutura, porém, devem ser consideradas na fase de projeto, pois são ações que caso ocorram podem comprometer a segurança da estrutura, sendo prudente tomar medidas de prevenção.
C. Equilíbrio de um sólido e esforços internos
Entender o conceito de equilíbrio de um corpo sólido e os esforços internos que atuam nos elementos é fundamental para compreensão do comportamento dos elementos estruturais e entendimento sobre quais esforços, ações ou cargas devem ser combatidas na etapa de dimensionamento dos elementos e quais métodos e técnicas construtivas devem ser utilizados.
Nesse sentido, cabe mencionar o conceito de corpo sólido ou corpo extenso, conforme Bastos (2011) se refere a um elemento que possui dimensões consideráveis, por exemplo, uma barra de metal medindo 100x10 cm e pesando 5kg. Esses elementos ao receberem a aplicação de uma ou mais forças quaisquer, podem se transladar e rotacionar ao mesmo tempo, ou podem estar em equilíbrio a depender da situação. 
Segundo Karvat (2016) apud Neto (2011), um corpo solido está em equilíbrio quando todos os seus pontos estão em repouso em relação a uma referência inerte, ou seja, se as posições dos pontos em relação a essa referência não variarem com o tempo. Assim, analisando matematicamente, um corpo se encontra em equilíbrio quando, em um sistema de forças coplanares em que as forças e momentos atuam no plano definido pelos eixos x e y, atenda as condições das três equações demonstrada abaixo na Figura 3. 
Figura 3 – Equação somatória de forças atuantes:
Fonte: Karvat (2016) apud Neto (2011).
Essas equações enunciam que o somatório de forças atuantes no sentido do eixo X seja igual a 0, assim como o somatório das forças atuantes no sentido do eixo Y também seja igual a 0, e que o somatório dos momentos atuantes sobre o corpo seja igual a 0. Assim, ao obedecer a essas três condições podemos afirmar que o corpo está em equilíbrio (KARVAT, 2016).
D. Comportamento Estrutural
O comportamento estrutural é particular às características arquitetônicas, ao arranjo estrutural e ao sistema construtivo, conforme Rolim (2020), a estrutura ou esqueleto é delineado em função da arquitetura que restringe a quantidade, distribuição e porte dos elementos estruturais.
Conforme o material dos autores Valle, Rovere e Pillar (2009), a respeito de qualquer características do sistema estrutural favoráveis à resistência, por exemplo, em situação de incêndio, a verificação estrutural jamais pode ser desprezada quando um sinistro implica na possibilidade de falência estrutural de algum elemento.
Ribeiro (2017) traz uma reflexão hemeneutica acarca do projeto estrutural e o comportamento, nesse sentido o autor compreende que o projeto estrutural tem por finalidade atender uma necessidade como por exemplo, a criação de uma estrutura para fazer a transposição de determinado curso d’água; nesse sentido, o projeto estrutural deve atender todas as questões de segurança, ambientais, estéticas e etc. Assim, a análise estrutural visa determinar os deslocamentos, tensões e reações de apoio através das características físicas, geométricas e mecânicas dos materiais utilizados. 
Ainda conforme Ribero (2017), atravez da análise estrutural obtém-se o comportamento que a estrutura irá apresentar, e, a partir de então, se pode comparar o desempenho esperado com o previsto pelo projeto e as prescrições das normas. Assim, a análise pode determinar os fatores (forças, pressões e reação) que afetam uma estrutura real de forma que se tenha conhecimento de como a mesma irá se comportar quando submetida às cargas nas condições naturais (meio ambiente) e até não naturais/provocadas (incêncios e etc.). 
Diante disso, é notório que é necessário entender o comportamento dos materiais, dos componentes estruturais e do sistema estrutural como um todo, pois é necessário se preocupar com a segurança estruturalcomo rupturas localizadas, distorções excessivas, fadiga do material, flambagem e formação de mecanismos plásticos são inaceitáveis sob quaisquer circunstâncias, já que tais modos de colapso podem resultar em pesadas perdas materiais, e, acima de tudo vidas humanas.
E. Vinculação
Conforme o material de Bastos (2021), os vínculos estruturais são elementos que impendem os deslocamentos de algum ponto da estrutura. Assim, os vínculos introduzem nos pontos onde são aplicados, esforços referentes ao deslocamento impedido, o mais comum é utilizar vínculos para impedir as translações e rotações. Conforme já explicitado no trabalho, cumpre ressaltar que o profissional engenheiro projetista da estrutura é quem define as vinculações necessárias, isso de acordo com os deslocamentos a serem impedidos.
Nesse sentido, conforme Franceschi (2017), para tomar a decisão de qual tipo de vinculação deve ser adotado, o projetista precisa considerar as vantagens e desvantagens de cada opção, realizando estudos de alternativas e escolhendo a melhor dentre estas. 
3. METODOLOGIA 
O presente estudo utilizou-se da metodologia qualitativa- exploratória, por meio da revisão bibliográfica integrativa, que é basicamente utilizar-se de bases de dados científicos com fatores norteadores de pesquisa para ao final se obter artigos relevantes ao tema escolhido e traçar analogias acerca do assunto dos quais são decisivos ou norteadores para o estudo. No presente trabalho, a revisão bibliográfica foi além de norteadora do objeto de estudo, vejamos abaixo:
Inicialmente a pesquisa foi realizada por meio de uma espécie de levantamento, onde optou-se pela utilização de uma pergunta norteadora, que seria: “-qual a importância do engenheiro civil conhecer as condições de vinculações de elementos estruturais? ”. 
As bases de dados utilizadas são oficiais no mundo acadêmico e científico, são elas: Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e o periódico do Ministério da Educação intitulado de Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal em Nível Superior (CAPES). Os Descritores selecionados foram: Concreto Armado, Condições de Vinculações, Engenharia Civil, Projeto Estrutural, Sistemas Estruturais.
Esses descritores conectados pelo operador booleano AND, nortearam a busca pelos estudos científicos, orientados pela pergunta norteadora de pesquisa: “- o que são condições de vinculação entre os elementos estruturais em concreto armado”.
Nas bases de dados escolhida, foram utilizados os idiomas português e inglês como filtro além de texto completo disponível português. A coleta de dados e a análise dos resultados foram feitas entre os dias 20 de março à 20 de abril de 2023. 
Para inclusão dos artigos, foram estabelecidos os critérios de publicações em português, com texto completo disponível, voltadas para engenharia, utilizando intervalo de tempo especificado entre 2008-2023. Já os critérios de exclusão adotados foram os artigos que não atendessem o objetivo do estudo, voltados para engenharia e as condições das vinculações com o adendo do concreto armado. Após a busca realizada e a seleção conforme os critérios de inclusão e exclusão tivemos a composição da amostra para o estudo. 
Após todas as análises nas bases de dados foram selecionados para a revisão integrativa 13 artigos. Os dados foram coletados, sintetizados e organizados a fim de que possam atingir os objetivos aqui estabelecidos. 
Abaixo segue o Fluxograma 1 com os detalhes nas buscas nas bases mencionadas com os critérios estabelecidos:
Fluxograma 1- Processo Metodológico Sintetizado para seleção dos artigos científicos:
Fonte: Dados de pesquisa, 2023.
Os 13 artigos e afins que compuseram o corpus da presente revisão integrativa foram publicados a partir de 2008, com maior número de publicações no período de 2017 (com total de 3, representado por 38,4%) e decréscimo das publicações nos anos seguintes (vide Gráfico 1). Destaca-se que no ano de 2023 ainda não houveram publicação relacionadas ao assunto nas bases de dados investigadas.
Gráfico 1- Distribuição quantitativa dos artigos publicados:	
Fonte: Dados de pesquisa, 2023.
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A. Análise
No quadro abaixo, segue a relação e os artigos selecionados com base nos critérios de inclusão e exclusão adotados anteriormente na metodologia:
Tabela 1- Seleção dos estudos para revisão integrativa:
	Título:
	Base:
	Periódico:
	Qualis:
	Tipo de pesquisa:
	Ano:
	Estruturas de concreto I fundamentos do concreto armado. 
	CAPES
	Universidade UNESP
	B2
	Teórico-Bibliográfico
	2019
	Estruturas de concreto I lajes de concreto armado. 
	CAPES
	Universidade UNESP
	B2
	Teórico-Bibliográfico
	2021
	Estruturas de concreto I notas de aula fundamentos do concreto armado.
	CAPES
	Universidade UNESP
	B2
	Teórico-Bibliográfico
	2011
	Estruturas de concreto II vigas de concreto armado. 
	CAPES
	Universidade UNESP
	B2
	Teórico-Bibliográfico
	2017
	Escolha ótima das hipóteses de vinculação entre vigas e pilares em pórticos de concreto armado para minimização do custo de aço.
	SCIELO
	Universidade UFSC
	B3
	Pesquisa bibliográfica- estudo de caso
	2017
	Estudo paramétrico de lajes maciças em concreto armado. 
	SCIELO
	Re CHRITUS
	B2
	Pesquisa bibliográfica- estudo de caso
	2022
	Teoria das estruturas I.
	SCIELO
	Universidade FURB
	B1
	Teórico-Bibliográfico
	2020
	Sistemas Estruturais.
	SCIELO
	Universidade UTFPR
	B2
	Teórico-Bibliográfico
	2016
	Análise da fissuração e das condições de vinculação de vigas pré-moldadas de concreto: estudo de caso.
	SCIELO
	Universidade UFU
	B1
	Pesquisa bibliográfica- estudo de caso
	2017
	Sistemas Estruturais de Edificações e Exemplos. 
	SCIELO
	Universidade UNICAMP
	B2
	Pesquisa bibliográfica- estudo de caso
	2008
	Analise estrutural I. 
	CAPES
	Universidade UFSC
	B1
	Teórico-Bibliográfico
	2009
	Concepção e Lançamento da Estrutura.
	SCIELO
	Portal do Concreto Armado
	B2
	Teórico-Bibliográfico
	2020
	Curso de Concreto Armado. 
	CAPES
	Revista Dunas
	B1
	Teórico-Bibliográfico
	2010
Fonte: Dados de pesquisa, 2023.
Ao avaliar os dados obtidos, foi identificado que a base de dados CAPES obteve seis artigos (49%), revelando menor diferença em ralação a relevância quantitativa de artigos encontrados. Com sete artigos (51%) esteve SCIELO com a maior parte de artigos. Ao avaliar o número de artigos publicados em cada revista, observaram-se publicações na UNESP, Dunas, Portal do Concreto Armado, UFSC, UNICAMP, UFU, UTFPR, FURB, CHRITUS. A única revista que tem mais de um artigo publicado voltado ao estudo é a da UNESP. Relacionado ao qualis dos artigos dos periódicos, apresentaram 4 qualis B1, nenhum qualis A e C, 6 qualis B2 e 1 qualis B3.. 
Segue abaixo o Gráfico 2 com a distribuição dos periódicos relacionados ao qualis. De acordo com o gráfico, é possível perceber que os artigos selecionados se encontraram no período de 2000-2022, com ausência de publicações nos anos 2012, 2013, 2014, 2015, 2018, 2023. 
Gráfico 2- Distribuição quantitativa dos artigos publicados por ano:
Fonte: Dados de pesquisa, 2023.
O sistema que classifica os trabalhos científicos de programas publicados possui a denominação qualis-periódicos, anualmente, ocorre a atualização das classificações onde A1 indica qualidade mais elevada, posteriormente se seguem as demais A2, B1, B2, B3, B4, B5 e C que indicam qualidade muito inferior. Importante ressaltar que a maior parte dos periódicos trabalhados no presente estudo (43%) apresentaram qualis B1, e o qualis mais baixo foi o B2, demonstrando que os artigos selecionados possuem um a qualidade notória. 
A fim de organizar as informações e discutimos as informações relevantes no estudo, que compreendem o objetivo, foi separado em três tópicos: Visão geral sobre estruturas de concreto armado, Tipologia de vinculação utilizada em estruturas de concreto armado, e, Importância do conhecimento para o profissional de engenharia.
B. Discussão
I. Visão geral sobre estruturas de concreto armado 
No material didático de Bastos (2011) é esclarecido que na antiguidade osprimeiros materiais empregados nas construções foram a pedra natural e madeira, sendo o ferro e aço empregados séculos depois. Ainda em conformidade com o autor supramencionado, o concreto armado só surgiu mais recentemente, por volta de 1850. 
Araújo (2010) expressa que para um material de construção ser considerado bom, este deve apresentar duas características básicas que são a resistência e a durabilidade. Neste sentido, é notável que a pedra natural tem resistência à compressão e durabilidade muito elevadas, porém, tem baixa resistência à tração, já a madeira tem razoável resistência, porém apresenta durabilidade limitada, e, o aço tem resistências elevadas, mas requer proteção contra o fogo e a corrosão. 
Assim, como aponta Bastos (2011) o concreto armado surgiu da necessidade de se aliar as qualidades da pedra com as do aço, com as vantagens de poder assumir qualquer forma, com rapidez e facilidade, e, proporcionar a necessária proteção do aço contra a corrosão. O concreto, como a rocha é um material que apresenta alta resistência às tensões de compressão, porém, apresenta baixa resistência à tração (8 a 15 % da resistência à compressão) assim sendo, é evidente a necessidade de juntar ao concreto um material com alta resistência à tração, que é a armadura, com o objetivo deste material disposto convenientemente resistir às tensões de tração atuantes. E com esse material composto de concreto e armadura surge então o chamado “concreto armado”, onde a armadura geralmente na forma de barras de aço absorve as tensões de tração e o concreto absorve as tensões de compressão no que pode ser auxiliado por barras de aço.
Ainda de acordo com o material de Bastos (2011), o conceito de concreto armado envolve ainda o fenômeno da aderência, que é essencial e deve obrigatoriamente existir entre o concreto e a armadura pois não basta apenas juntar os dois materiais para se ter o concreto armado, assim, é necessário ocorrer a solidariedade entre o concreto e o aço, que o trabalho de resistir às tensões seja realizado de forma conjunta; em resumo, pode-se definir o concreto armado como de forma esquemática: Concreto Armado = concreto simples + armadura + aderência.
A NBR 6118 (2014), sob o item 3.1.3, define que: “aqueles cujo comportamento estrutural depende da aderência entre concreto e armadura e nos quais não se aplicam alongamentos iniciais das armaduras antes da materialização dessa aderência”. 
Araújo (2010) compreende que no concreto armado, a armadura é chamada passiva, o que significa que as tensões e deformações nela aplicadas devem-se exclusivamente aos carregamentos externos aplicados na peça. 
Um aspecto positivo no concreto armado apontado por Bastos (2019) é que o concreto protege o aço da corrosão, garantindo a durabilidade do conjunto, mas, entretanto, a proteção do aço só é garantida com a existência de uma espessura de concreto entre a barra de aço e a superfície externa da peça denominado cobrimento, entre outros fatores também importantes relativos à durabilidade, que são a qualidade do concreto e de execução.
Em relação às vantagens e desvantagens da utilização do concreto armado, Araújo (2010) aponta que em função de várias características positivas o concreto armado é comumente utilizado mundo à fora, tais vantagens são: 
a) economia especialmente no Brasil, onde os seus componentes são facilmente encontrados e relativamente a baixo custo; b) conservação, pois no geral, o concreto apresenta boa durabilidade, desde que seja utilizado com a dosagem correta; c) adaptabilidade pois favorece à arquitetura pela sua fácil modelagem; d) rapidez de construção porque a execução e o recobrimento são relativamente rápidos; e) segurança contra o fogo desde que a armadura seja protegida por um cobrimento mínimo adequado de concreto; f) impermeabilidade se dosado e executado de forma correta; g) resistência a choques e vibrações: os problemas de fadiga são menores e podem ser controlados (ARAÚJO, 2010, p.25).
Por outro lado, conforme Araújo (2010), o concreto armado também apresenta desvantagens, sendo as principais as seguintes:
a) Peso próprio elevado, relativamente à resistência: peso específico
 γconc = 25 kN/m3 = 2,5 tf/m3 = 2.500 kgf/m3 ; b) Reformas e adaptações são de difícil execução; c) Fissuração (existe, ocorre e deve ser controlada); d) Transmite calor e som (ARAÚJO, 2010, p.26).
Já referente à legislação e normas, as principais normas brasileiras para concreto armado além da NBR 6118 temos as normas apresentadas na Figura 4 abaixo, vejamos:
Figura 4 – Normas em relação ao concreto armado:
Fonte: Bastos (2011, p.67).
Bastos (2019) apresenta os elementos estruturais em concreto armado, é uma classificação dos elementos estruturais, com base na geometria e nas dimensões e também as principais características dos elementos estruturais mais importantes e comuns nas construções em concreto armado. Assim, segundo o autor, a classificação dos elementos estruturais segundo a sua geometria se faz comparando a ordem de grandeza das três dimensões principais dos elementos comprimento, altura e espessura, com a nomenclatura: elementos lineares que são aqueles que têm a espessura da mesma ordem de grandeza da altura, mas ambas muito menores que o comprimento; elementos bidimensionais que são aqueles onde duas dimensões, o comprimento e largura, são da mesma ordem de grandeza e muito maiores que a terceira dimensão; elementos tridimensionais que são aqueles onde as três dimensões têm a mesma ordem de grandeza, são os chamados elementos de volume, um exemplo mais comum encontram-se os blocos e sapatas de fundação.
Já em relação aos principais elementos estruturais nas construções de concreto armado, Bastos (2021) revelam que, sejam elas de pequeno ou de grande porte, existem três elementos estruturais mais comuns que são as lajes, vigas e pilares. Entretanto, há de se ressaltar que há diversos outros elementos que podem não ocorrer em todas as construções como os blocos e sapatas de fundação, estacas, tubulões, consolos, tirantes, vigas-parede e etc. 
Referente aos requisitos de qualidade da estrutura e do projeto, Franceschi (2017) conta que as estruturas de concreto devem possuir requisitos mínimos de qualidade durante o período de construção e durante utilização. 
Conforme a NBR 6118 (2014) sob o item 5.1.1, as estruturas de concreto delineadas pelo projeto estrutural devem obrigatoriamente apresentar qualidade no que se refere a três quesitos que são: a capacidade resistente, que significa que a estrutura deve ter a capacidade de suportar as ações previstas de ocorrerem na construção, com conveniente margem de segurança contra a ruína ou a ruptura; o desempenho em serviço, que consiste na capacidade da estrutura manter-se em condições plenas de utilização durante toda a sua vida útil, não devendo apresentar danos que comprometam em parte ou totalmente o uso para o qual foi projetada; a durabilidade, que consiste na capacidade da estrutura resistir às influências ambientais previstas e definidas entre o engenheiro estrutural e contratante.
Assim, conforme Bastos (2011), o projeto estrutural deve ser feito de forma a atender os requisitos de qualidade estabelecidos nas normas técnicas bem como considerar as condições arquitetônicas e funcionais, construtivas e de integração com os demais projetos como elétrico, hidráulico, além das exigências particulares, como resistência a explosões, impacto, sismos, ou ainda, relativas à estanqueidade e isolamento térmico e ou acústico. 
Em relação à durabilidade das estruturas de concreto, Souza e Rodrigues (2008) apontam que as estruturas de concreto devem ser projetadas e construídas de modo que quando utilizadas conforme as condições ambientais previstas no projeto conservem a segurança, estabilidade e aptidão em serviço, durante o período correspondente à sua vida útil.
Ainda em conformidade aos ideais de Souza e Rodrigues (2008), os mecanismos de deterioração do concreto são: reações deletérias superficiais de certos agregados decorrentes de transformaçõesde produtos ferruginosos presentes na sua constituição mineralógica; expansão por ação de águas e solos que contenham ou estejam contaminados com sulfatos, dando origem a reações expansivas e deletérias com a pasta de cimento hidratado; expansão por ação das reações entre os álcalis do cimento e certos agregados reativos; lixiviação por ação de águas puras, carbônicas agressivas ou ácidas que dissolvem e carreiam os compostos hidratados da pasta de cimento.
Karvat (2016) esboça que os mecanismos de deterioração da armadura são: despassivação por carbonatação, que é por ação do gás carbônico da atmosfera; despassivação por elevado teor de íon cloro. 
Karvat (2016) ainda vai adiante e reverbera acerca dos mecanismos de deterioração da estrutura, que são todos aqueles relacionados às ações mecânicas, movimentações de origem térmica, impactos, retração, ações cíclicas, fluência e etc. Assim, as movimentações de origem térmica são provocadas pelas variações naturais nas temperaturas ambientes, causam a variação de volume das estruturas e fazem surgir esforços adicionais nas estruturas. Portanto, segundo o autor, as variações de temperatura podem ser também de origem não natural, como aquelas que ocorrem em construções para frigoríficos, siderúrgicas, metalúrgicas, etc., como fornos e chaminés. Por fim, as ações cíclicas são aquelas repetitivas que causam fadiga nos materiais.
Valle, Rovere e Pillar (2009) discutem sobre a agressividade do ambiente pois esta está relacionada às ações físicas e químicas que atuam sobre as estruturas de concreto, independentemente das ações mecânicas, variações volumétricas de origem térmica, retração hidráulica e outras previstas no dimensionamento das estruturas de concreto. Assim, conforme os autores nos projetos das estruturas correntes, a agressividade ambiental deve ser classificada de acordo com o apresentado na Figura 5, e pode ser avaliada segundo as condições de exposição da estrutura ou de suas partes.
Figura 5 – Classe de agrassividade ambiental confomema NBR 6118:
Fonte: Bastos (2011).
Para Rolim (2020), os cuidados na drenagem visando a durabilidade devem ser tomados os seguintes cuidados de acordo com a NBR 6118 (2014), sob o item 7.2: presença ou acúmulo de água proveniente de chuva ou decorrente de água de limpeza e lavagem, sobre as superfícies das estruturas de concreto; superfícies expostas que necessitem ser horizontais, como coberturas, pátios, garagens, estacionamentos e etc., devem ser convenientemente drenadas, com disposição de ralos e condutores; todas as juntas de movimento ou de dilatação, em superfícies sujeitas à ação de água, devem ser convenientemente seladas, de forma a torná-las estanques à passagem de água; todos os topos de platibandas e paredes devem ser protegidos por chapins. 
A norma NBR 6118 (2014, p.19), sob o item 7.2, ainda preconiza que:
a) disposições arquitetônicas ou construtivas que possam reduzir a durabilidade da estrutura devem ser evitadas; b) deve ser previsto em projeto o acesso para inspeção e manutenção de partes da estrutura com vida útil inferior ao todo, tais como aparelhos de apoio, caixões, insertos, impermeabilizações e outros. 
Rolim (2020) ainda acomete acerca da qualidade do concreto de cobrimento, pois segundo a NBR 6118 (2014) a “durabilidade das estruturas é altamente dependente das características do concreto e da espessura e qualidade do concreto do cobrimento da armadura”, portanto na falta de ensaios comprobatórios de desempenho da durabilidade da estrutura frente ao tipo e nível de agressividade previsto em projeto e devido à existência de uma forte correspondência entre a relação água ou cimento, a resistência à compressão do concreto e sua durabilidade, permite-se adotar os requisitos mínimos expressos na Tabela 3.
Figura 6 – Correspondencia entre classe e qualidade do cocreto armado segundo a NBR 6118:
Fonte: Bastos (2011).
Já referente à segurança e estados limites, conforme Ribeiro (2017), esta questão é de extrema importância para todos os profissionais da área de construção, especialmente para aqueles do projeto estrutural, isso pois a possibilidade de uma estrutura entrar em colapso configura-se geralmente numa situação muito perigosa por envolver vidas humanas e perdas financeiras por danos materiais de grande valor. Assim, a segurança que todos os tipos de estruturas devem apresentar envolve dois aspectos principais, sendo o primeiro e mais importante que a estrutura não pode nunca alcançar a ruptura, já o segundo aspecto é relativo ao conforto e tranquilidade do usuário na utilização da construção. 
Jansen (2020) aponta que a verificação da segurança de acordo com a NBR 6118 (2014) sob o item 12.5, as segurança das estruturas de concreto devem ser verificadas de modo a atender as condições construtivas e as condições analíticas de segurança, entretanto, com relação às condições construtivas de segurança, devem ser atendidas as exigências estabelecidas: nos critérios de detalhamento das seções da NBR citada; nas normas de controle dos materiais; no controle de execução da obra. 
Já sobre as condições analíticas de segurança, a NBR 6118 (2014) sob os itens 12.5.2 e 16.1, estabelece que as resistências de cálculo da estrutura proporcionadas pelos materiais não devem ser menores que as solicitações de cálculo, e ainda devem ser verificadas em relação a todos os estados limites e todos os carregamentos especificados para o tipo de construção considerada, assim em qualquer caso deve ser respeitada a condição: Rd ≥ Sd.
Para finalizar esta seção, discutiremos acerca da resistência do concreto armado, conforme Bastos (2017), a NBR 6118 (2014) sob o item 8.2.1, impõe que “as estruturas de concreto armado devem ser projetadas e construídas com concreto classe C20 ou superior. A classe C15 pode ser usada apenas em fundações, conforme a NBR 6122, e em obras provisórias”, assim C15 e C20 indicam concretos de resistência característica à compressão de 15 e 20 Mpa respectivamente. No entanto, conforme o ator, a versão anterior da norma admitia o uso de concretos em estruturas com resistências à compressão de 9 MPa ou superior, mas durante as últimas décadas, foi muito comum a aplicação de concretos com resistências à compressão de 13,5, 15 e 18 Mpa e portanto, a versão atual da norma elevou a resistência para o valor mínimo de 20 MPa, objetivando aumentar a durabilidade das estruturas, ficando então, o concreto C15 restrito aos concretos de estruturas de fundações inseridos no solo.
Farias (2022) adverte que a massa específica dos concretos armado seja de 2.500 kg/m3, que é resultado de se considerar uma taxa média de armadura de 100kg de aço para cada metro cúbico de concreto, isso em estruturas comuns.
Farias (2022) ainda aponta que a resistência à compressão, no Brasil, é avaliada por meio de corpos-deprova cilíndricos, com dimensões de 15 cm de diâmetro por 30 cm de altura, moldados conforme a NBR 5738 (2015). Por fim, o ensaio para determinar a resistência à compressão é feito numa prensa na idade de 28 dias a partir da moldagem, assim, a resistência em outras idades diferentes de 28 dias pode também ser requerida; a estimativa da resistência à compressão média correspondente a uma resistência fckj especificada.
Já em relação à resistência à tração, o conhecimento é uma importante característica desse material porque os esforços solicitantes aplicam tensões e deformações de tração nos elementos estruturais de concreto armado, assim, esse conhecimento é particularmente importante na determinação da fissuração, que é o momento fletor de primeira fissura e verificação da abertura das fissuras, e também no dimensionamento das vigas à força cortante e na resistência de aderência entre o concreto e a barra de aço, assim a resistência do concreto à tração varia entre 8 e 15 % da resistência à compressão (FARIAS, 2022).
Ainda de acordo com o material de Farias (2022), a resistência no estado multiaxial de tensões, estando o concreto submetido às tensões principais σ3 ≥ σ2 ≥ σ1, deve-se ter: σ1 ≥ -fctk σ3 ≤ fck + 4 σ1, sendo as tensões de compressão consideradas positivas e as de tração negativas.
Por fim, em relação ao módulo de elasticidade, Bastos (2011) aponta que este é um parâmetro numérico relativo à medida da deformação que o concreto sofre sob a ação de tensões, geralmente sendo tensões de compressão. Assim, os concretos com maiores resistências à compressão normalmente deformam-se menos que os concretos de baixa resistência e por isso têm módulos de elasticidade maiores; por fim, o módulo de elasticidade depende muito das características e dos materiais componentes dos concretos como tipo de agregado, pasta de cimento e zona de transição entre a argamassa e agregados.
I. Tipologia de vinculação e condições destas entre os elementos estruturais de concreto armado
Conforme Araújo (2010), a função básica dos vínculos é de restringir o grau de liberdade das estruturas por meio de reações, nas direções dos movimentos impedidos, isso significa que é necessário restringir as tendências de movimento de uma estrutura. Assim, portanto, os vínculos têm a função física de ligar elementos que compõem a estrutura, além da função estática de transmitir as cargas ou forças. 
Araújo (2010) ainda menciona que os vínculos são classificados em função de número de movimentos impedidos para estruturas planas, assim existem três tipos de vínculos, explicados a seguir: O 1° são os vínculos de primeira ordem (ou apoio simples), que são aqueles que impedem deslocamento somente em uma direção, produzindo reações equivalentes a uma força com linha de ação conhecida, assim, apenas uma reação será a incógnita, como no exemplo abaixo:
Figura 7 – Exemplo de vinculo de primeira ordem:
Fonte: Araújo (2010).
Já o 2° tipo, conforme Araújo (2010), são os vínculos de segunda ordem (ou articulação plana), que são aqueles que restringem a translação de um corpo livre em duas direções, mas, não podem restringir a rotação em torno da conexão, assim a reação produzida equivale a uma força com direção conhecida, envolvendo duas incógnitas, normalmente representadas pelas componentes x e y da reação, conforme o exemplo abaixo:
Figura 8 – : Exemplo de vínculo de segunda ordem:
Fonte: Araújo (2010).
Por fim, ainda conforme Araújo (2010), o 3° tipo é o vínculo de terceira ordem (ou engaste / apoio fixo), que são aqueles que impedem qualquer movimento de corpo livre, o imobilizando completamente, seguindo três reações de apoio, que são x (na horizontal), y (na vertical) e z (no momento).
Figura 9 – : Exemplo de vínculo de terceira ordem:
Fonte: Araújo (2010).
No material recente de Farias (2022), podemos encontrar a explicação de que os vínculos podem ser chamados de 1ª, 2ª e 3ª ordem, ou classe, ou gênero ou ainda, tipo. O autor ainda conta que a classificação da estrutura quanto à vinculação são: Isostática, que possui o número necessário de vínculos para impedir o deslocamento, para tanto bastam as equações fundamentais da estática para determinar as suas reações de apoio; as Hipoestática que possuem menos vínculos do que o necessário; e por fim, a Hiperestática que possui número de vínculos maior que o necessário, assim o número de reações de apoio excede o das equações fundamentais da estática
Para Farias (2022) apud Araújo (2010), dentro de uma análise estrutural, classifica-se o cálculo das solicitações de uma laje como processo árduo, por mais que possam ser utilizados softwares nos quais aplicam métodos numéricos para a definição desses esforços, esses softwares possuem suas limitações tendo em vista a adoção de modelos teóricos em seus cálculos. Portanto, devido a essa dificuldade, Farias (2022) cita que as lajes são tratadas para finalidade de cálculo como elementos isolados, tendo em vista a dificuldade do cálculo de lajes contínuas de concreto armado.
Bastos (2021) define que as lajes são consideradas como elementos de placa, sujeitos à flexão biaxial, assim o cálculo de placas consegue fornecer quadros para a determinação de momentos fletores máximos e flechas a partir da geometria e das vinculações das lajes com as demais e portanto, a consideração das condições de contorno e vinculação são extremamente importantes para fins de cálculo e análise estrutural, dessa forma, a Figura 10 abaixo apresenta as condições de vinculação das lajes, baseadas nas soluções desenvolvidas por Bastos (2021) apud Carvalho e Figueiredo (2014).
Figura 10 – Condições de vinculação para lajes:
Fonte: Bastos (2021) apud Carvalho e Figueiredo (2014).
Bastos (2021) explica que as linhas sem hachuras significam que a laje está apoiada em outra enquanto a hachura indica o engaste, assim, a partir da identificação do caso em questão utilizando a figura acima é possível identificar a interação de uma laje com as outras, determinando assim a sua vinculação. Em resumo, ainda em conformidade à Bastos (2021) as lajes maiores se encontram apoiadas nas menores ao mesmo tempo em que as lajes menores e menos rígidas estão engastadas nas maiores. 
Bastos (2021) apud Clímaco (2008) afirmam que em lajes em que não há continuidade em toda a borda entres as lajes só será considerado engaste se houver dois terços, ou mais, de continuidade em seu comprimento, assim, não atendendo a essa proporção deve-se considerar a vinculação como apoio simples, como exemplificado na Figura 11 abaixo:
Figura 11 – Condições de vinculação:
Fonte: Bastos (2021) apud Clímaco (2008).
Bastos (2021) apud Clímaco (2008) ainda considera que em lajes com níveis diferentes não se deve considerar a existência de continuidade, mas, assim a de apoio simples entres as lajes, conforme a Figura 12 abaixo: 
Figura 12 – Condições de vinculação para lajes com níveis diferentes:
Fonte: Bastos (2021) apud Clímaco (2008).
Por fim, de posse da classificação e a própria vinculação, a próxima etapa é de pré-dimensionamento para determinar as primeiras dimensões do elemento, etapa importante, porém, não relevante ao estudo.
II. Importância do conhecimento para o profissional de engenharia 
Os professores Valle, Rovere e Pillar (2009) em seu material explica que a teoria das estruturas contribui na formação do engenheiro por ser um elo na sequência iniciada com disciplinas no curso (de engenharia civil) e os conceitos básicos da resistência dos materiais através do enfoque sobre o comportamento das estruturas, em função das características físicas dos materiais e sua forma geométrica. Assim, em conformidade com os autores, aprende-se a analisar de que maneira uma estrutura responde à uma dada solicitação de carregamento, seja ela permanente ou acidental, de cunho fixo ou móvel, estático ou dinâmico. Portanto, conhecer o funcionamento dos mais variados tipos de estruturas e vinculação de seus elementos se faz essencial para definição de um projeto estrutural.
Nesse sentido, conforme Bastos (2019), é muito importante compreender que o conhecimento das vinculações e suas condições é de certa forma a continuação da disciplina curricular obrigatória de Teoria das Estruturas, ou Sistemas Estruturais, e por ser uma matéria muito extensa, de extrema importância, não há como pular o conhecimento ou passar por ele sem dar a devida atenção, afinal, tudo o que foi aprendido servirá de suporte para o que virá como profissional.
Franceschi (2017) informa que é de extrema importância o devido aprendizado para o graduando, assim como para o profissional, que necessita sempre estar em ascensão e estudando as novas normas técnicas e as próprias técnicas novas com novas tecnologias. 
Já Rolim (2020), as dificuldades apresentadas neste conteúdo em específico podem ser relacionadas a uma carência de algum conhecimento da matéria de sistemas estruturais, perigoso para o profissional de engenharia civil que não a domina e nem busca dominar, uma vez que qualquer estrutura, seja de concreto armado, ou não, necessita de todo cuidado e profissionalismo, uma vez que põe a estrutura em comprometimento bem como vidas humanas em extremo risco.
Assim como o conhecimento e domínio das condições de vinculação entre os elementosestruturais, especificadas em concreto armado neste estudo, considera-se, conforme Jansen (2020) que é uma disciplina base para o desenvolvimento de projetos estruturais, isso pois as estruturas que devem ser analisadas rigorosamente, pois o fator segurança é essencial. 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao final do estudo, podemos compreender a importância que tem o devido conhecimento sobre as estruturas bem como sua projeção para os profissionais de engenharia civil, devido à alta complexidade e periculosidade à sociedade quando uma estrutura não segue os padrões e normas de segurança e eficiência. 
A compreensão de uma projeção e da análise estrutural e decisão da escolha de vinculação nos elementos estruturais se faz bem mais complexa do que se imagina, por esta razão, o profissional de engenharia estuda durante cinco longos e árduos anos, (quiçá a vida toda por questões de atualizações e novas tecnologias) para que possam calcular os mínimos detalhes da projeção estrutural, incluindo até mesmo como os elementos estruturais poderão se comportar diante elementos externos, naturais ou não naturais, ou seja, o profissional precisa ter capacidade de prever todo e qualquer tipo de interação que a estrutura e seus próprios materiais interagirão entre si e entre demais elementos (como cargas, peso, fogo, vento, umidade e etc.).		
Em relação aos objetivos aqui propostos, compreende-se que estes foram totalmente atingidos, pois foram devidamente descritos os estudos que acometem sobre condições de vinculação entre os elementos estruturais em concreto armado, assim como a importância do devido conhecimento ao ramo da construção civil (profissional engenheiro).
Cumpre destacar ainda que, por mais que existam numerosos manuais de engenharia, durante as pesquisas bibliográficas constatou-se que existem poucos materiais oficiais (que estão em periódicos, classificados até mesmo pelo qualis) que abordem o tema aqui especificado, por esta razão, espera-se que com este estudo possa-se abrir caminhos e inspirações para que o tema seja mais explorado, e, por consequência, mais debatido, já que a relevância é inquestionável. 
Por fim, também é esperado que o estudo sirva como contribuição à comunidade acadêmica bem como a sociedade, expondo opiniões reforçadas com bases bibliográficas que servirão para estudos futuros.
6. REFERÊNCIAS
	
1 ARAÚJO, J. M. Curso de Concreto Armado. 3° ed. Vol. 2. Rio Grande: Dunas, 2010.
2 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NB-1: Projeto e execução de obras de concreto armado — Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1978. 
3 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2000. 
4 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto — Procedimento. 3° ed. Rio de Janeiro: ABNT, 2014. 
5 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6120: Cargas para o cálculo de estruturas de edificações. Rio de Janeiro: ABNT, 2019. 
6 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7480: Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado — Especificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2007 
7 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8681: Ações e segurança nas estruturas - Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2003. 
8 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8953: Concreto para fins estruturais – Classificação pela massa específica, por grupos de resistência e consistência. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.
9 BASTOS, P.S. Estruturas de concreto I fundamentos do concreto armado. Universidade Estadual Paulista-UNESP - Campus de Bauru/SP, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Bauru-SP, 2019. Disponível em: </https://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto1/Fundamentos%20CA.pdf/>. Acesso em: 21 de março de 2023.
10 BASTOS, P.S. Estruturas de concreto I lajes de concreto armado. Universidade Estadual Paulista-UNESP – Bauru-SP, Departamento de Engenharia Civil. Bauru, 2021. Disponível em: </https://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto1/Lajes.pdf/>. Acesso em: 27 de março de 2023.
11 BASTOS, P.S. Estruturas de concreto I notas de aula fundamentos do concreto armado. Universidade Estadual Paulista-UNESP - Campus de Bauru/SP, FACULDADE DE ENGENHARIA, Departamento de Engenharia Civil, Bauru-SP, 2011. Disponível em: </https://docente.ifrn.edu.br/valtencirgomes/disciplinas/construcao-de-edificios/formas-e-elementos-de-concreto/notas-de-aula-_-fundamentos-do-concreto-armado />. Acesso em: 21 de março de 2023.
12 BASTOS, P.S. Estruturas de concreto II vigas de concreto armado. Universidade Estadual Paulista- UNESP, Campus de Bauru/SP, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental. Bauru-SP, 2017. Disponível em: </https://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto2/Vigas.pdf/>. Acesso em: 29 de março de 2023.
13 FANCESCHI, L. Escolha ótima das hipóteses de vinculação entre vigas e pilares em pórticos de concreto armado para minimização do custo de aço. Monografia submetida ao Curso de Graduação em Engenharia Civil da Instituição de Ensino UFSC, Florianópolis 2017. Disponível em: </https://www.researchgate.net/profile/Lucas-Franceschi/publication/321625928_Escolha_otima_das_hipoteses_de_vinculacao_entre_vigas_e_pilares_em_porticos_de_concreto_armado_para_minimizacao_do_custo_de_aco/links/5a295bd045851552ae76aee6/Escolha-otima-das-hipoteses-de-vinculacao-entre-vigas-e-pilares-em-porticos-de-concreto-armado-para-minimizacao-do-custo-de-aco.pdf/>. Acesso em: 20 de abril de 2023.
14 FARIAS, E.J.R.M. Estudo paramétrico de lajes maciças em concreto armado. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Christus, Fortaleza 2022. Disponível em: </https://repositorio.unichristus.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1390/1/Em%C3%A9rson%20Juarez%20Ribeiro%20Martins%20Farias.pdf/>. Acesso em: 01 de abril de 2023.
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