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Podcast Tema 04 - Audiodescrição (PDF para download)

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Podcast 
Disciplina: Gestão de Equipes de Alta Performance 
Título do tema: Gestão por competências 
Autoria: Janaina P. R. Firmino 
Leitura crítica: Anderson Luiz Hass 
 
Olá, ouvinte! No podcast de hoje vamos falar sobre a importância de aprender 
alguns tópicos essenciais sobre competências e a sua relação com o potencial 
e algumas ideias de como aprimorar as competências individuais, 
principalmente. 
Sim, neste momento, eu gostaria de conversar diretamente com você e suas 
competências. 
Vamos lá? 
Uma questão bastante conhecida e já discutida na área de pessoas e também 
em nosso material, é sobre o conceito de competência, entendida como um 
conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que te permite, na prática, 
realizar ações. É conhecida como o famoso acrônimo CHA. 
Escuta só algumas dessas competências profissionais individuais que vou falar 
pausadamente e se você puder, sugiro que possa avaliar uma a uma em uma 
escala de zero a 10 pensando no quanto você percebe que está satisfeito com 
o seu desempenho na competência. Vou começar: 
- Formação acadêmica 
- Conhecimentos técnicos da sua profissão 
- Habilidades de informática 
- Comunicação 
- Trabalhar em Equipe 
- Liderança 
- Inteligência emocional 
- Criatividade 
Se você conseguiu fazer essa avaliação, ainda que mentalmente, sobre essas 
competências, se houve alguma avaliação que não te faz sentir satisfeita ou 
satisfeito com o resultado, a pergunta é: o que falta para que você se sinta em 
um estado satisfatório? 
Antes de partirmos para este assunto – “o quê fazer para aprimorar 
competências profissionais” -, eu gostaria de te pedir uma segunda avaliação, 
mais rápida agora que seria um tipo de “balanço de competências”. Ainda 
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mentalmente, pense novamente em todas as competências que vou reler e 
pense em um conjunto. Se você pudesse pensar globalmente em uma nota de 
zero a 10, será que seria ainda pouco satisfatória a sua avaliação? 
- Formação acadêmica 
- Conhecimentos técnicos da sua profissão 
- Habilidades de informática 
- Comunicação 
- Trabalhar em Equipe 
- Liderança 
- Inteligência emocional 
- Criatividade 
 
Essa ideia de pensar em um balanço é a ideia do que eu queria falar sobre 
POTENCIAL. 
O potencial que um profissional apresenta para o trabalho é como se fosse uma 
somatória, um balanço global de todas as competências (sejam elas bem ou não 
tão bem autoavaliadas por você) juntamente com os traços da sua 
personalidade, do seu temperamento (a sua maneira de agir e reagir às 
situações) e as experiências de vida que você já teve no mundo do trabalho e 
também no mundo da vida. 
O que define o nosso potencial é a nossa personalidade somada à trajetória e a 
aptidão que possuímos para executar a ação mais simples que pudermos ou de 
assumir desafios tão complexos que irão nos colocar à prova do quanto podemos 
fazer algo. 
Se fosse possível medir o nosso potencial de uma maneira exata, pode ser que 
até você se surpreendesse sobre o quanto somos capazes de realizar ações. A 
questão é que nem sempre nossas autoavaliações de potencial são exatas, elas 
às vezes são comparativas. Eu comparo o meu potencial com o do meu colega, 
com a minha irmã... com o meu gestor. Ou às vezes somos comparados da 
mesma maneira. 
A comparação é algo delicado de fazer, por ser subjetiva e como somos 
humanos inseridos em uma sociedade não tão igualitária, não possuímos a 
mesma base para sermos comparados uns com os outros. Ainda assim, existem 
inúmeras metodologias que se propõem a fazer isso para que a gestão de 
desempenho possa ter alguma referência quando é necessário avaliar. 
 
Ainda sobre POTENCIAL, vou utilizar aqui uma ideia muito difundida por um 
autor, bastante conhecido na área do desenvolvimento de pessoas e das 
técnicas fundamentais do coaching, que é o Tim Gallwey. 
No seu livro, uma das primeiras obras publicadas sobre técnicas de coaching, o 
Tim que é um treinador de tênis discute sobre a relação do potencial com o nosso 
desempenho. O livro se chama “O jogo interior do tênis” e a ideia é saber como 
lidar com o nosso potencial e com as interferências que diminuem esse potencial 
sempre que elas surgem. 
Pense em uma equação: Performance = Potencial (-) Interferências. 
Nessa obra Tim Gallwey chama a nossa atenção para aprendermos a 
reconhecer e aprimorar o nosso potencial como um tipo de força positiva e 
também discute como as interferências da nossa mente (interferências internas 
como o medo, os próprios julgamentos) e as interferências externas, ou seja, o 
que acontece ao nosso redor e que não temos controle, interferem em nosso 
desempenho. Na nossa performance. 
A intenção de Tim é revelar que tão importante quanto investirmos em nossas 
competências, ou seja, no balanço geral do nosso potencial, é também 
aprendermos a lidar com as interferências que podem afetar substancialmente a 
nossa performance. Você deve ter visto alguma notícia ou matéria sobre o que 
aconteceu com a ginasta Simone Biles nas Olimpíadas de 2020. 
Era a atleta de maior performance mundial, com o melhor desempenho há anos 
e dentro da competição não conseguiu lidar com as interferências internas que 
a afligiam e acabou chamando a atenção do mundo inteiro para a importância 
de cuidar da saúde mental. Em sua última participação, dotada de todo o 
potencial que ela desenvolveu, ainda fez uma apresentação em que conquistou 
uma medalha de bronze. Ela e todos sabiam que ela poderia ter conseguido o 
ouro. Mas outras questões fizeram com que ela acreditasse em seu potencial 
para fazer o que deveria fazer dentro do limite que ela se propôs. 
Isso vale para você, para mim, e para todas as pessoas com quem trabalhamos. 
Para a alta performance precisamos estar em equilíbrio com nossas 
potencialidades e o autoconhecimento e autogerenciamento das interferências. 
Para finalizar, vou deixar aqui algumas dicas sobre como aprimorar as 
competências. Lembra do CHA que falamos anteriormente? 
Nem sempre a competência toda está tão fora de performance. Como se trata 
de um tripé, sugiro que você avalie cada uma delas da seguinte maneira: 
Vou usar a competência comunicação como um exemplo. Quer aprimorar a 
comunicação? Então pergunte-se: 
Conhecimentos: o que eu conheço, o que eu já estudei ou posso estudar e 
aprender sobre comunicação? Às vezes nunca estudamos e achamos que 
podemos aprimorar uma competência apenas tentando fazer algo intuitivamente. 
 
Habilidades: o que eu ando praticando nesta competência? Como está a 
habilidade em falar, escrever, ler... aprender novas maneiras de fazer algo e 
treinar, treinar e treinar pode aprimorar muito o saber fazer. 
Atitudes: como anda meu comportamento enquanto me comunico? Como está 
a minha expressão vocal, corporal? Qual o tom costumo utilizar nas minhas 
mensagens? Uso ironias, sarcasmo... grosserias? Tenho uma maneira vaga de 
falar... Demonstro pouca energia e entusiasmo quando me comunico? Neste 
ponto, a aprendizagem social, ou seja, aprender observando o comportamento 
de pessoas que admiramos pode ajudar muito a desenvolver nossa 
comunicação. 
E prestar atenção aos feedbacks também! Nem sempre feedbacks são ataques. 
Às vezes são preciosidades para nosso aprimoramento. 
Depois desta conversa, espero que você possa perceber que você é competente 
sim e às vezes pode até estar performando abaixo do seu potencial... acredita? 
 
Fechamento: 
Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

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