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Pós-graduação em Redes Estruturadas de Computadores

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Conceitos de inovação
Licensed to ANDRÉ LUIZ DO AMORIM - leitespc@gmail.com - 118.414.068-56
SST
BRAGA, C.; Bartkiw, P. I. N.
Conceitos de inovação / Autor: Cristiano Braga e Paula 
Izabela Nogueira Bartkiw
Local: Florianópolis, 2019; .
nº de p. : 10 páginas
Copyright © 2019. Delinea Tecnologia Educacional. Todos os direitos reservados.
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Conceitos de inovação
3
Apresentação
Com a globalização, a competitividade ficou em evidência. Novas tecnologias estão 
transformando a maioria dos mercados locais, regionais, nacionais e mundiais em 
mercados sem fronteiras. A conectividade, a democratização das informações, a 
liberdade de ações e o aumento exponencial da concorrência, processos voltados 
para a qualidade e o aumento da produtividade, tornaram-se necessários e 
começaram a ser estudados e implantados nas organizações, nos departamentos de 
Marketing, Estratégia, Gestão de Pessoas, Finanças, entre outros. 
Nessa perspectiva, a inovação surge por possuir estreita relação com a 
competitividade. Assim, começaram a aparecer ideias e propostas inovadoras sobre 
governança corporativa, imagem e reputação da empresa, gestão participativa, 
cadeia de valor, processos de certificação, logística reversa, gerenciamento de 
resíduos sólidos e em muitas outras áreas. Vamos juntos entender o conceito e o 
processo da inovação, bem como sua contribuição para a geração do conhecimento.
Conceito de inovação
Para definirmos a inovação, adotaremos o conceito do Manual de Oslo, uma 
publicação da Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento 
(OCDE): 
Inovação é a implementação de um produto (bem ou serviço) novo 
ou significativamente melhorado, ou um processo, ou um método de 
marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, 
na organização do local de trabalho ou nas relações externas. (OCDE, 
2005, p. 55).
A inovação é um dos fundamentos da excelência preconizados pela FNQ. Segundo 
a FNQ (2014, p. 111), “[...] inovação são características originais, diferenciadas ou 
incomuns, desenvolvidas e incorporadas em produtos e processos da organização, 
com valor percebido pelas partes interessadas”. Como podemos observar, trata-
se de uma definição abrangente que abarca uma série de possibilidades como 
ideias e práticas inovadoras. Para isso, a organização deve assegurar um ambiente 
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favorável para a promoção dessas ideias, as quais devem atender a pelo menos 
três critérios, quais sejam: ser relevante, ser viável e ser sustentável. A ideia deve 
ser relevante porque, desse modo, se destaca em uma escala comparativa. O 
critério da viabilidade leva em consideração a importância relativa ao valor ou 
volume dos recursos envolvidos, isoladamente ou em determinado contexto. Já 
a sustentabilidade garante que a ideia ou proposta atenda às necessidades da 
sociedade e da própria organização sem comprometer as possibilidades das 
gerações futuras. Hoje, um produto ou serviço sustentável pode gerar apreciação e 
confiança por parte do cliente, o que, por conseguinte, pode gerar fidelidade, fator 
determinante para aumentar a participação no mercado.
Como exemplo de sustentabilidade, temos empreendedores 
brasileiros que buscam recursos e referências da nossa terra para 
as inovações em produtos. Há empresas que fabricam cosméticos 
orgânicos de açaí e andiroba; outras, madeira plástica; e outras, 
produtos de limpeza orgânicos e biodegradáveis. Também existem 
organizações que cultivam bactérias que “comem” resíduos de 
embalagens biodegradáveis, feitas de amido de mandioca, e que 
promovem o plantio de florestas de eucalipto para compensar um 
possível dano ambiental causado pelos seus processos produtivos.
Reflita
Tipos de inovação
Como já vimos, os principais tipos de inovação são de produto (bens ou serviços), 
de processo, de marketing e de métodos organizacionais. Tais tipos podem agir de 
forma isolada ou em conjunto, em determinado cenário de implementação. 
• A inovação de produto 
é a introdução de um bem ou serviço novo ou melhorado, seja em suas 
especificações técnicas ou funcionais, que consiga agregar valor ao resultado 
final para as partes interessadas, também conhecidas como stakeholders. 
Como exemplo, temos o sapato feminino, um produto que, mesmo causando 
desconforto no uso, não deixa de ser comercializado e consumido. Logo, 
as organizações que desenvolvem um sapato feminino mais confortável e 
ergonômico inovam no tipo de produto. O termo “produto” abrange tanto bens 
como serviços, assim, qualquer inovação nesse sentido pode ser classificada 
como uma inovação de produto. 
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5
• A inovação de processo 
refere-se a novas práticas, ou práticas melhoradas, que visam otimizar um 
fluxo, melhorar a qualidade ou aumentar a produtividade de determinado 
processo em uma cadeia operacional ou produtiva. Para promover a inovação 
de processo, é necessária uma cultura de mudanças na organização, pois 
qualquer processo de suas atividades pode ser alterado ou eliminado. 
•	 Antes	de	definirmos	a	inovação	de	marketing,	
vamos elucidar o conceito de marketing. Marketing é definido por Kotler 
(2003, p. 11) como “[...] a arte da ciência de escolher os mercados-alvo e 
de conquistar, reter e cultivar clientes, por meio da criação, comunicação e 
fornecimento de valor superior para os clientes”. Ou seja, as empresas de 
alto desempenho buscam necessidades, variedade e acesso na oferta de 
produtos e serviços e, a partir desse ponto, criam novos mercados, buscando 
agregar valor aos clientes. Segundo a OCDE (2005, p. 59), “[...] as inovações 
de marketing são voltadas para melhor atender as necessidades dos 
consumidores, abrindo novos mercados, ou reposicionando o produto de uma 
empresa no mercado, com o objetivo de aumentar as vendas”. 
•	 A	inovação	organizacional	
é a implementação de algum método ou ferramenta de gestão que interfira 
de forma positiva em alguma metodologia da empresa, melhorando seu 
desempenho e otimizando resultados. No segmento de medicina diagnóstica, 
por exemplo, as clínicas que trazem soluções que reduzem o tempo de espera 
pela consulta, ou avisam por SMS que está na vez do paciente, ou ainda 
enviam lembretes sobre jejum para exames, estão inovando nos métodos 
organizacionais.
Portanto, como vimos nos exemplos apresentados, as inovações podem ser 
dirigidas ao ambiente interno da empresa ou ao ambiente externo, o mercado. 
Vejamos a relação entre o tipo de inovação e o ambiente no quadro a seguir.
Quadro 1: Tipos de inovação nos ambientes interno e externo
Nível da inovação Ambiente
Dentro da organização Mercado
Organizacional Métodos Marketing
Tecnológica Processo Produto (bens/serviços) 
Fonte: Elaborado pelo autor (2019).
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Conheça as empresas e seus casos de sucesso reconhecidos 
pela FNQ em <http://www2.fnq.org.br/informe-se/artigos-e-
entrevistas/cases-de-sucesso>. Acesso em: 17 dez. 2019. Além 
disso, no Brasil, inúmeras instituições promovem a inovação e 
fomentam boas práticas inovadoras, a exemplo da Financiadora de 
Estudos e Projetos (Finep). Conheça mais sobre essa instituição 
em <http://www.finep.gov.br>. Acesso em: 17 dez. 2019. 
Saiba mais
Assim, podemos concluir que uma prática inovadora, seja de produto (bem 
ou serviço), processo, marketing ou método organizacional, que tenha sido 
implementada e que atenda aos critérios de relevância, viabilidade e sustentabilidade 
vai ampliar a capacidade de competitividade da organização, tornando-a inovadora. 
Consequentemente, essa organização deverá ter colaboradores que pensem e ajam 
como difusores da inovação, com abordagens diversificadas, propagando uma 
cultura voltada para a mudança e melhoria contínua, o que pode, inclusive, assegurar 
a atuação da empresaem um mercado diferente, um mercado novo criado com base 
nas necessidades e perspectivas dos clientes, desconhecidas até então.
Sobre os agentes difusores da inovação, Caldas e Wood Júnior (1999, p. 77) 
defendem que:
entre os fatores estruturais, os agentes e padrões de difusão controlam 
o fluxo do sistema. Os agentes de difusão são os principais agentes 
sociais que influenciam ativamente outros – deliberadamente ou não – 
a adotar e/ou rejeitar a inovação ou os padrões de tal adoção/rejeição. 
Entre tais agentes, podem-se citar executivos, a mídia empresarial, órgãos 
governamentais e regulatórios, redes profissionais e consultores (CALDAS; 
WOOD JÚNIOR, 1999, p. 77).
Quanto aos padrões de difusão, podemos citar o conceito de Caldas e Wood 
Júnior (1999, p. 78): “[...] as formas pelas quais a adoção e a rejeição fluem em 
organizações, definindo o ritmo da difusão (lento ou rápido) e seu escopo (limitado 
ou abrangente)”.
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http://www2.fnq.org.br/informe-se/artigos-e-entrevistas/cases-de-sucesso
http://www2.fnq.org.br/informe-se/artigos-e-entrevistas/cases-de-sucesso
http://www.finep.gov.br
7
No processo de busca pela inovação, a entrada/input são os 
experimentos de novas ideias que possam adicionar valor; a 
saída/output pode ser considerada como um experimento exitoso, 
inovação identificada e lições aprendidas. Com base nessas 
definições, estabeleça seu processo de inovação e formule sua 
entrada e saída para qualquer processo e empresa..
Reflita
 
A contribuição da inovação na 
geração do conhecimento
Para que seja possível compreender como o conhecimento é gerado, precisamos 
entender sua relação com os dados e as informações. Assim, em um trabalho 
voltado para a inovação, a coleta de dados pode assumir diversas formas, por isso, 
torna-se difícil abordar todas as metodologias neste estudo, deste modo, trataremos 
de algumas das mais relevantes. Segundo a OCDE (2005, p. 72):
dados sobre cada tipo de inovação podem ser coletados por meio de uma 
única questão ou por meio de uma série de subquestões em subgrupos 
separados para cada tipo de inovação. Esta última sugestão resultará 
em informações mais detalhadas sobre as inovações de cada empresa. 
Maiores detalhes sobre os tipos de inovação implementados pelas 
empresas seriam muito úteis para a análise e interpretação de dados 
(OCDE, 2005, p. 72).
Com base nessa definição da OCDE, podemos conceituar dados como fatos, 
eventos, que podem ser relevantes para a realização de determinada atividade, 
mas que, por si só, não representam uma compreensão e análise de determinada 
situação ou cenário. Do mesmo modo, podemos conceituar informação como algo 
criado com a finalidade de representar algum tipo de conhecimento, a qual pode se 
apresentar na forma conjunta de dados ou como uma correlação entre eles. Por fim, 
podemos chegar à conclusão de que conhecimento seria a capacidade de alguém 
relacionar todo o processo das informações recebidas em determinado contexto.
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Figura 1: Relação entre os conceitos de dados, informação e conhecimento
Dados Informação Resultado
Filtro Interpretação
CONHECIMENTO
Fonte: Elaborada pelo autor (2019).
Dessa forma, podemos compreender que o conhecimento é criado pela conversão 
de dados em informação, e esta, ao ser interpretada em um contexto, é difundida 
como conhecimento. As ações e os resultados culminam na acumulação de 
conhecimentos. 
O conhecimento pode ser encontrado nas organizações, entre seus colaboradores 
e nos sistemas de gestão de conhecimento da própria empresa ou em sua cultura e 
pode ser classificado como conhecimento tácito ou explícito. O conhecimento tácito 
são competências, juízos e intuições dos indivíduos. O conhecimento explícito são 
competências e fatos transmitidos.
O segredo para a aquisição do conhecimento tácito é a experiência. Por exemplo, 
a socialização funciona como um processo de compartilhamento de experiências 
– assim, é criado o conhecimento tácito. Sobre esse assunto, Motta (1991, p. 137) 
discorre que:
a gestão contemporânea resume bem o dilema das organizações 
modernas: num ambiente em constante mutação, caracterizado por 
grande ambiguidade e incerteza, a gerência, na sua busca da racionalidade, 
tende, ao mesmo tempo, a recorrer ao conhecido e ao experimentado, 
tomando decisões notadamente incrementais (MOTTA, 1991, p. 137).
Ainda segundo Motta (1991, p. 140), a “[...] preocupação demasiada com o 
racionalismo pode conduzir ao imobilismo, à paralisia e à dificuldade de inovação”. 
O autor também cita que “a organização moderna deve regular os conflitos 
internos no sentido de induzir e estimular a cooperação [...] aglutinando esforços e 
contribuindo para o crescimento profissional e pessoal do empregado”. Para atuar 
nessa perspectiva, a organização precisa assegurar o envolvimento das pessoas, 
que devem sentir a segurança de que podem pensar em novos modelos. O ponto-
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chave é incentivá-las com um ambiente de seleção de catalisadores da inovação e 
dar-lhes poder e autonomia para, em conjunto, fazerem com que a organização saia 
de simples lampejos individuais para uma cultura da inovação na disseminação do 
conhecimento. Algumas técnicas, ferramentas e processos especializados podem 
ser adotados para a promoção e disseminação de novas ideias, a exemplo do 
brainstorming, do design thinking e do benchmarking.
Brainstorming (tempestade de ideias) é uma “[...] técnica grupal 
ou individual na qual são realizados exercícios mentais com 
a finalidade de resolver problemas específicos, explorando a 
potencialidade criativa de um indivíduo ou de um grupo” (FNQ, 
2017, p. 11). 
Design thinking é o “[...] conjunto de métodos e processos para 
abordar problemas relacionados à aquisição de informações, 
análise de conhecimento e propostas de solução, colocando as 
pessoas no centro do desenvolvimento, promovendo a criatividade 
para a geração da solução e a razão para analisar e adaptar as 
soluções” (FNQ, 2017, p. 11). 
Benchmarking é o “[...] método de comparação de produtos, 
processos e desempenho de uma organização com outra de 
referência” (FNQ, 2017, p. 11). Pode ser organizacional, como é o 
caso da comparação com empresas similares; de desempenho, 
com a comparação feita por meio de uma série de padrões e 
de indicadores; de processo, com a comparação de processos 
organizacionais, internos e externos. 
Saiba mais
Portanto, com o que vimos até o momento, podemos perceber e ter um 
entendimento um pouco mais profundo de que os desafios organizacionais 
caracterizam a era do trabalhador do conhecimento.
Fechamento
Vimos que, em um ambiente cada vez mais competitivo, as organizações precisam 
estar prontas para se adaptarem a qualquer cenário que surja a sua frente, porém 
para que possam liderar seus mercados, a resiliência não é suficiente, tornando-se 
necessária a busca de novas ideias, que possibilitem inovar e estar à frente de todos.
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Aprendemos que inovar não é simplesmente criar algum produto novo, inovar é 
transformar uma ideia criativa em algo que gere valor a empresa, podendo inovar em 
produtos, serviços, processos, marketing ou ainda em uma inovação organizacional.
Referências
CALDAS, M.; WOOD JÚNIOR, T. Transformação e realidade organizacional: uma 
perspectiva brasileira. São Paulo: Atlas, 1999.
FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE – FNQ. Critérios rumo à excelência. São 
Paulo: FNQ, 2014.
______. Gestão da inovação. São Paulo: FNQ, 2017.
KOTLER, P. Marketing de A a Z: 80 conceitos que todo profissional precisa saber. 
Trad. Afonso Celso Cunha Serra. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
MOTTA, P. R. Gestão contemporânea: a ciência e a arte de ser dirigente. 11. ed. Rio 
de Janeiro: Record, 1991. 
ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃOECONÔMICA E DESENVOLVIMENTO - OCDE; 
EUROSTAT. Manual de Oslo: diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre 
inovação. 3. ed. Rio de Janeiro: Finep, 2005. Disponível em: <https://www.finep.gov.
br/images/apoio-e-financiamento/manualoslo.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2019.
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https://www.finep.gov.br/images/apoio-e-financiamento/manualoslo.pdf
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Inovação 
e criatividade
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SST Rodrigues, Suzy Cristina
Inovação e criatividade / 
Suzy Cristina Rodrigues - 2019
nº de p.: 10 páginas
Copyright © 2019. Delinea Tecnologia Educacional. Todos os direitos reservados.
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Inovação e criatividade
3
Apresentação
Nesta aula, você será levado a entender o contexto da inovação nas organizações 
baseada na criatividade. Para isso, o seu aprendizado inicia-se com o estudo 
dos conceitos de inovação e criatividade, que mesmo próximos, possuem suas 
diferencias que precisam ser compreendidas, bem como do processo criativo. 
A partir desse entendimento, você compreenderá a necessidade de se promover um 
ambiente criativo nas organizações que almejam ser consideradas inovadoras, bem 
como a criatividade pode ser motivada e estimulada para que o processo criativo 
seja constante.
Inovação e criatividade
Inovação e criatividade são dois conceitos que, apesar de próximos, são diferentes 
em seus significados. Vamos começar nosso estudo assimilando a diferença entre 
um e outro. Siga em frente e conheça os conceitos de criatividade e inovação.
a) Criatividade
Diferentemente das máquinas e de boa parte dos seres vivos, somos dotados de 
uma inteligência criativa que é capaz de fazer escolhas a partir da observação da 
realidade. A criatividade se relaciona a esse potencial que temos de gerar novas 
ideias, que podem se apresentar de diversas maneiras. Perceba que se trata de 
algo abstrato, pois é a manifestação de um estado atento e imaginativo de nossa 
mente a novas formas de pensar ou realizar as coisas. Observe que, por ser algo 
subjetivo, a criatividade é de difícil mensuração. 
 
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4
 
Criatividade e Inovação
Fonte: Plataforma Deduca (2019).
b) Inovação
A inovação trata da geração de valor a partir da criatividade. Por isso, 
diferentemente da criatividade, a inovação é mensurável.
Vamos continuar estudando sobre inovação e criatividade:
O que nasceu na criatividade de muitos se tornou uma inovação pelas mãos do 
alemão Johannes Gutenberg, que ficou mundialmente conhecido como o inventor 
da imprensa, por volta do ano 1439. Sua invenção possibilitou a produção em 
massa de livros, o que nunca havia sido feito antes (BRIGGS; BURKE, 2004). 
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Desde sua ideia inicial, Gutenberg aprimorou sua invenção até que ela se tornasse 
algo útil e revolucionário em sua época. Sua criatividade gerou um produto 
inovador.
Compreendidas as definições de criatividade e inovação, veremos dois tipos de 
descoberta por acaso e a propriamente dita.
A descoberta por acaso e a 
propriamente dita
Hedwig Eva Maria Kiesler ao tocar piano com e o seu amigo George Antheil, 
percebeu que ondas se desprendiam ao tocarem as teclas do piano. Como tinha 
habilidade para a invenção, desde criança, inventou com a ajuda do seu amigo a 
tecnologia que se baseia o wi-fi moderno. A principal delas foi a tecnologia que 
serviu de base para a criação de telefones celulares, Bluetooth e Wi-Fi. Vejamos 
outra invenção interessante. 
Percy Spencer era um engenheiro norte-americano que trabalhava em uma empresa 
que fabricava radares. Foi durante uma experiência com o uso de radares e 
microondas, no ano de 1945, que Spencer percebeu que uma barra de chocolate em 
seu bolso começou a derreter. 
Apesar de não ter sido a intenção da experiência verificar o efeito calorífero das 
microondas, Spencer percebeu ali um outro uso possível das ondas com as quais 
estava acostumado a trabalhar. 
Apesar da descoberta ao acaso, o estado atento e criativo da mente de Spencer 
foi fundamental para que um efeito natural de um elemento da natureza fosse 
convertido em uma inovação para um uso comercial para o benefício de toda 
a sociedade. Então, apesar de elementos casuais auxiliarem muitas vezes no 
processo de inovação, a criatividade sempre estará presente.
A descoberta pode ser entendida como a primeira percepção humana sobre algum 
fenômeno que naturalmente se desenvolveria em condições ideais, mesmo sem 
nossa intervenção. 
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A partir de uma descoberta, a criatividade humana pode perceber ali uma 
aplicabilidade prática para sanar alguma necessidade, ou seja, uma inovação.
Apresentadas a descoberta por acaso e a descoberta propriamente dita, iremos 
verificar a diferença entre as inovações.
Comparando as inovações
Você percebeu a diferença entre a inovação de Gutenberg e a de Spencer?
Método de Gutenberg: o método de alojar tipos 
móveis (letras dispostas em uma prensa) para 
copiar páginas proposto por Gutenberg foi um 
rearranjo de outros elementos de criação humana 
(papel, tinta, chapa de ferro etc.).
Método de Spencer: Spencer descobriu um efeito 
natural (geração de calor) a partir de um elemento 
também natural (microondas).
Fatores ambientais
Steven Johnson, importante escritor e pesquisador norte-americano 
contemporâneo, dedicou alguns anos de suas pesquisas na busca pela 
identificação de padrões no processo criativo que pudessem ser aprendidos, 
compartilhados e replicados. 
Ele descobriu que fatores ambientais, ou seja, o meio em que vivemos, estavam 
diretamente relacionados a melhores níveis de criatividade (JOHNSON, 2011). 
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Também pesquisou espaços físicos que geraram níveis muito expressivos de 
criatividade e inovação e descobriu que em todos eles existiam padrões recorrentes 
Palpite lento: um desses aspectos foi chamado 
por ele de “palpite lento”, segundo o qual as 
ideias mais importantes passam um bom tempo 
dormentes, hibernadas. Após esse período de 
maturação, muitas vezes de alguns anos, é 
que as ideias se tornaram de fato úteis, ou seja, 
foram convertidas em uma inovação. 
Ideias compartilhadas: outro aspecto ambiental 
relevante levantado por Johnson é que, 
comumente, aquilo que transforma uma ideia 
simples em algo extraordinário é outra ideia 
que estava amadurecendo também na mente 
de outra pessoa. Johnson utiliza, para ilustrar 
seu pensamento, os salões parisienses da era 
moderna ou as primeiras cafeterias inglesas que 
foram verdadeiros motores para o florescimento 
do Iluminismo.
Vejamos um exemplo na prática: um bom exemplo disso é a história da invenção 
da internet. Tim Berners-Lee, físico e cientista da computação britânico, criador do 
WWW (World Wide Web, a Rede Mundial de Computadores), só começou a ter uma 
visão geral do que viria a ser a internet após um período de 10 anos de trabalho. 
Sabe-se, portanto, que é possível elevar os níveis de criatividade ao entendermos 
que as ideias precisam de um certo tempo de maturação e que é importante 
compartilhá-las com pessoas que refletem e estudam partes complementares 
àquilo que queremos realizar. 
Como manter a mente conectada? Podemos começar compreendendo que o 
processo criativo ocorre pela soma de três princípios mentais que funcionam como 
engrenagem do processo criativo que ocorre a todo tempo em nossa mente. 
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Analogia das engrenagens com o processo criativo
 
Fonte: Deduca (2019)
Atenção: 
É o estado em que ficamos concentrados e atentos a algum problema práticode nossa realidade. 
Fuga: 
É o estado que ficamos quando nossa mente é capaz de se deslocar do 
problema em questão, fugindo dos padrões conhecidos e dos pensamentos 
convencionais que estamos habituados em nossa realidade. 
Movimento: 
É o estado seguinte que nos leva à ação, ou seja, à materialização das ideias 
que conseguimos experimentar em nosso momento de fuga. 
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Outros elementos sensoriais também podem fazer parte desse processo, como 
cores, sons, cheiros, entre outros. Diferentes percepções da realidade trarão 
diferentes elementos ao processo criativo. Isso ocorre de forma muito diversa, 
afinal, cada um de nós percebe o mundo de uma maneira diferente. 
Imagine o potencial imenso que teremos em nossos ambientes de trabalho se 
compartilharmos e somarmos nossas percepções acerca dos problemas que temos 
no dia a dia: um poderia estimular a criatividade do outro na resolução de nossos 
problemas!
Fechamento
Chegamos ao fim desta unidade, onde fomos convidados a discutir a importância 
da inovação e da criatividade no contexto empresarial. Como as descobertas acerca 
de fenômenos naturais se relacionam com os conceitos de criatividade e inovação, 
a partir das pesquisas de Steven Johnson, conhecemos um pouco mais sobre o 
processo criativo e compreendemos que ideias inovadoras precisam de um tempo 
de maturação e de conectividade com outras ideias complementares. 
Entendemos, também, que o processo criativo funciona como uma engrenagem em 
que as peças fundamentais são: a atenção, a fuga e o movimento. Até mais!
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Referências
BRIGGS, A.; BURKE, P. Uma história social da mídia: de Gutenberg à Internet. Rio de 
Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2004.
JOHNSON, Steven. As ideias que mudaram o mundo – A história natural da 
inovação. Lisboa: Clube do Autor, 2011.
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O Processo de 
Inovação
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SST
Doms, M.ª Daniela
Título: O Processo de Inovação / M.ª Daniela Doms 
Local: 2019
nº de p. : 11
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O Processo de Inovação
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Apresentação
Nos dias atuais, podemos perceber que o avanço das tecnologias, especialmente 
das tecnologias de informação e comunicação, tem impulsionado diversas 
mudanças na sociedade, fazendo da inovação uma regra de desenvolvimento. 
Contudo, não podemos pensar que inovação seja, necessariamente, sinônimo de 
tecnologia, a inovação pode ocorrer em qualquer produto, serviço, processo, ou 
ainda no marketing e no contexto organizacional. Vamos juntos entender o processo 
da inovação, bem como o avanço das tecnologias, especialmente as tecnologias de 
informação e comunicação e as diversas mudanças na sociedade.
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O Processo de Inovação
A inovação é um conceito econômico, isso significa que deve ser comercializada no 
mercado. É diferente, por exemplo, de uma invenção ou descoberta. A descoberta 
pressupõe um novo conhecimento, já a invenção é um protótipo que foi produzido 
com um novo conhecimento, mas não foi comercializado no mercado.
Protótipo é um modelo elaborado com a finalidade de testar um 
determinado produto ou serviço antes de sua produção em grande 
escala e disponibilização no mercado.
Curiosidade
A inovação parte de um novo conhecimento que vai gerar um protótipo e, então, ser 
comercializada, ou seja, é um processo organizável e gerenciável que vai além da 
alta tecnologia. Ela depende de muito trabalho e pesquisa para poder gerar valor. 
A inovação pode ocorrer não somente em produtos e serviços, mas também nos 
processos, na logística, na forma de organização e no próprio modelo de negócios 
(DORNELAS, 2013). 
Características da Inovação
Para o SEBRAE/CNI (2010, p. 20), a inovação apresenta as seguintes características: 
• O risco de insucesso está sempre presente quando se busca inovar. 
• Pessoas criativas são a matéria-prima básica do processo de geração de ino-
vações. 
• Ambientes adequados geram transbordamentos favoráveis capazes de gerar 
insights criativos e inovações. 
• A inovação é um processo aberto. 
• A inovação pode ser obtida de formas distintas, inclusive com o uso de méto-
dos estruturados. 
• Inovação é um fenômeno que acontece em todas as áreas do conhecimento, 
inclusive nos negócios. 
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• A inovação deve estar alinhada à estratégia. 
• A maioria das inovações vem de três fontes básicas: clientes, concorrentes e 
funcionários. 
• A inovação é um fenômeno que acontece no mercado. 
• Inovar é criar valor para a empresa. 
Inovação
Fonte: Deduca (2019)
Em geral, a inovação é importante para as empresas por permitir avanços em relação 
à vantagem competitiva e impedir que o negócio decline ao lançar ou melhorar 
produtos e serviços, por exemplo, mantendo-se à frente de seus concorrentes. 
Para um país, uma empresa e toda a sociedade, a inovação é a mola propulsora do 
desenvolvimento (DORNELAS, 2013). As organizações promovem a inovação via 
duas estratégias: 
Liderança em custos: neste sentido, a empresa 
procura manter sempre um baixo custo e, com 
isso, conquistar o mercado com melhores preços. 
 
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Diferenciação: com esta estratégia, a empresa 
busca inovar em produtos e serviços e, assim, 
conquistar o mercado. 
A inovação é fundamental para que a empresa se mantenha competitiva, para que 
possa melhorar os processos, a organização, a logística, lançar novos produtos e 
serviços, portanto, é uma condição de sobrevivência da empresa no mercado.
Os avanços tecnológicos, tais como as Tecnologias de Informação e Comunicação 
(TIC), a nanotecnologia e a biotecnologia são fatores que impulsionam a inovação, 
assim como a mudança de hábitos dos consumidores e da sociedade que 
necessitam de demandas específicas. A intensificação da competição em nível 
global também reduz a estabilidade dos mercados, a inovação deve ser uma reação 
para a empresa manter-se competitiva, assim como as mudanças no ambiente de 
negócios também exigem que a inovação seja o grande diferencial competitivo 
(DORNELAS, 2013). A inovação pode ser classificada de diferentes tipos. Nos 
últimos tempos, temos ouvido muito falar em inovação disruptiva, mas ela também 
pode ser uma inovação radical ou incremental. Vamos entendê-las melhor? 
Inovação disruptiva:
é o processo pelo qual um produto ou serviço aos poucos vai modificando a forma 
como as coisas são realizadas, uma inovação que vai deslocar os concorrentes pela 
mudança. Um exemplo pode ser dado com relação à fotografia. Há algum tempo, as 
fotos necessitavam ser impressas, era preciso um rolo de filme e esperar o tempo 
necessário para a revelação, só assim, poderíamos tê-las em mãos (DORNELAS, 
2013). A máquina de fotografia digital alterou o modo como obtemos nossas fotos. 
Hoje, não precisamos mais de rolos de filme nem esperar a revelação, imediatamente 
após o “clique” já podemos visualizá-las, com qualidade cada vez maior. Portanto, os 
hábitos mudam de acordo com a introdução das inovações disruptivas no mercado, 
alterando também a base de competição entre os negócios.
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Inovação radical:
a inovação radical promove a criação de novos mercados ou a ruptura de mercados 
já existentes. Esse tipo de inovação envolve muitas incertezas e riscos, contudo, 
pode auferir um lucro de monopólio até que novos concorrentes se lancem no 
mercado. Nesse sentido, a inovação radical precisa ser sustentada por inovações 
incrementais. A inovação radicalpode ser confundida com a inovação disruptiva, 
pois são de fato disruptivas, contudo, as inovações disruptivas não são sempre 
radicais; o telefone celular foi uma inovação radical e disruptiva, e um aplicativo de 
motorista particular é disruptivo, mas não é radical.
Inovação incremental:
melhora algo que já existe, seja um produto, um processo ou um serviço. São as 
mais comuns e geram menos valor, mas ajudam a sustentar as mudanças radicais 
e disruptivas.
A inovação deve ser compreendida, portanto, como um processo 
gerenciável e organizável. O processo de inovação segue uma 
sequência ordenada de atividades, que devem ser organizadas e 
mensuradas. Alguns modelos de organização são por função ou 
por projetos. 
Atenção
A organização por função é dividida por departamentos ou funções e, para fazer um 
produto ou serviço em uma empresa, é preciso passar por diversos departamentos 
especializados que possuem orçamentos, metas, recursos etc. Essa lógica de 
produção fragmentada por departamentos impede uma visão ampla de mercado 
(MAXIMIANO, 2012). 
A organização por projeto está ligada a um conjunto de variáveis de desempenho. 
Cada projeto é único e, por isso, podem ser desenvolvidos processos 
sistematizados que organizem a empresa e gerem produtos inovadores.
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A gestão da inovação pode estar focada na pesquisa e desenvolvimento ou no 
processo de desenvolvimento do produto ou serviço, e existem muitos modelos 
de gestão que são utilizados de acordo com cada organização. Basicamente, o 
processo de gestão da inovação passa por quatro fases (SEBRAE, 2013): 
• Geração de ideias 
• Desenvolvimento 
• Implementação 
• Difusão 
Nesse sentido, é importante avaliar o grau de maturidade da empresa em relação ao 
sistema de gestão da inovação. É possível definir quatro tipos de empresas quanto 
ao grau de maturidade (SEBRAE, 2013):
Startups:
essas empresas atuam com alto grau de incerteza, por isso, é preciso identificá-las e gerenciá-las 
tanto no ambiente interno quanto externo. O planejamento também é muito importante e deve ser 
realizado levando em consideração as incertezas que envolvem o negócio.
Empresas maduras: 
necessitam de indicadores de inovação, já que inovam radicalmente e precisam valorar os 
projetos com uma boa gestão de portfólio.
Empresas que não têm um sistema de inovação consolidado:
é preciso diagnosticar o ponto fraco do processo de inovação para, então, poder transformar 
ideias em produtos. 
Empresas que não inovam:
essa é a realidade da maioria das empresas, ainda que mantenham a intenção de começar 
a inovar. Para a gestão da inovação, é fundamental que a geração de ideias possa passar ao 
estágio de desenvolvimento e que um protótipo possa ser transformado em produto ou serviço. 
Caso contrário, as ideias podem se perder e a inovação pode não ser concretizada, deixando que 
oportunidades sejam perdidas (MAXIMIANO, 2012).
Dimensões da Gestão Estratégica
O processo da gestão estratégica da inovação deve ser sistemático e sistêmico, 
isso significa que deve possuir uma visão ampla e integrada do todo, compreendido 
enquanto um sistema. Para isso, deve estar apoiado em seis dimensões, de acordo 
com o SEBRAE/CNI (2010): 
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Método:
É a descrição organizada e sistemática de como o processo de geração de inovação acontecerá.
Ambiente:
Para que a empresa comporte a inovação, é preciso que um ambiente propício seja criado. Esta 
dimensão visa a propor as condições para desenvolver esse ambiente.
Pessoas:
Esta dimensão visa a facilitar o entendimento de como se pode estruturar um processo de 
atração, desenvolvimento, retenção, reconhecimento e recompensa de pessoas, cujo talento é 
responsável pela geração de inovações na empresa.
Estratégia:
Para ganhar competitividade com a inovação e mantê-la sustentável, é preciso que seja definido 
um posicionamento estratégico que seja capaz de gerar diferenciação.
Liderança:
A implementação da gestão estratégica da inovação depende do engajamento emocional e 
intelectual da alta administração e lideranças.
Resultados:
Os resultados obtidos com a gestão da inovação devem ser mensurados. 
O processo de inovação também deixa de ser um processo fechado, restrito aos 
limites da empresa. Atualmente, a inovação aberta é bastante valorizada por permitir 
a interação da empresa com outros setores da sociedade, como universidades, 
fornecedores, parceiros, etc. (MAXIMIANO, 2012). 
As informações que são coletadas em rede podem ser trabalhadas e transformadas 
em inovação. A internet permitiu que as fronteiras entre a empresa e a sociedade 
fossem diminuídas e, além das ideias internas, a empresa passa a incorporar cada 
vez mais as informações externas no seu processo de inovação. 
Amplia-se consideravelmente a quantidade de informações disponíveis e, desta 
maneira, também se ampliam as possibilidades de envolver, no processo de 
inovação, para além do departamento de pesquisa e desenvolvimento, as pesquisas 
realizadas em universidades, as contribuições de toda a cadeia produtiva e os 
anseios dos consumidores (MAXIMIANO, 2012).
Dessa maneira, o processo de inovação passa a ser fundamental para agregar valor 
aos produtos e serviços pelo gerenciamento de informações, conhecimentos etc. 
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As diversas entradas do ambiente externo foram sendo cada vez mais incorporadas 
pelas organizações, e essa diversificação ampliou o campo de visão das empresas, 
que puderam dinamizar seus processos de inovação, gerando valor para o negócio. 
Se, na sociedade industrial, a inovação era mais lenta e restrita aos limites da 
empresa, na sociedade do conhecimento, a inovação passa a ser o principal fator 
para gerar vantagens competitivas; as informações advindas do ambiente externo 
passam a ser determinantes no processo de inovação e a colaboração passa a ser 
fundamental para o sucesso do processo de inovação (MAXIMIANO, 2012).
Fechamento
As empresas que buscam serem consideradas inovadoras precisam estar 
preparadas para inovar de maneira sistêmica, assim, a inovação precisa seguir 
um processo estruturado para que possa ser mensurado seu impacto, bem como 
avaliado seus resultados, a inovação precisa seguir etapas definidas para que 
possam alcançar os resultados esperados.
A inovação está presente no cotidiano das empresas que lutam pela competitividade 
em seus mercados, assim como outras ações organizacionais, ela também precisa 
respeitar um processo para que possa ser desenvolvida a fim de atingir a eficácia 
esperada.
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Referências
DORNELAS, J. C. A. Como fazer o plano estratégico do negócio do seu plano de 
negócios. Disponível em <http://www.planodenegocios.com.br/www/index.php/
informcao/artigoscientificos/2950-entendendo-a-finalidade-e-a-eficacia-do-plano-
de-negocios>. Acesso em: 17 dez. 2019.
MAXIMIANO, A. C. A., Empreendedorismo. São Paulo: Pearson, 2012.
SEBRAE/CNI. Cartilha de Gestão da inovação. Publicações. 2010.
Disponível em: http://www.ipdeletron.org.br/wwwroot/pdf-publicacoes/8/cartilha_
gestao_inovacao_cni.pdf. Acesso em: 17 dez. 2019.
SEBRAE. O Quadro de Modelo de Negócios: Um caminho para criar, recriar e inovar 
em modelos de negócios. Arquivos. 2013. Disponível em: https://www.sebrae.com.
br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/Cartilha%20o%20Quadro%20do%20Modelo%20
de%20Negocios.pdf. Acesso em: 17 dez. 2019.
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http://www.josedornelas.com.br/wp-content/uploads/arquivos/Artigos-Cient%C3%ADficos-Entendendo-a-finalidade-e-a-efic%C3%AAcia-do-plano-de-neg%C3%B3cios.docx
http://www.josedornelas.com.br/wp-content/uploads/arquivos/Artigos-Cient%C3%ADficos-Entendendo-a-finalidade-e-a-efic%C3%AAcia-do-plano-de-neg%C3%B3cios.docx
http://www.josedornelas.com.br/wp-content/uploads/arquivos/Artigos-Cient%C3%ADficos-Entendendo-a-finalidade-e-a-efic%C3%AAcia-do-plano-de-neg%C3%B3cios.docxhttp://www.ipdeletron.org.br/wwwroot/pdf-publicacoes/8/cartilha_gestao_inovacao_cni.pdf
http://www.ipdeletron.org.br/wwwroot/pdf-publicacoes/8/cartilha_gestao_inovacao_cni.pdf
https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/Cartilha%20o%20Quadro%20do%20Modelo%20de%20Negocios.pdf
https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/Cartilha%20o%20Quadro%20do%20Modelo%20de%20Negocios.pdf
https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/Cartilha%20o%20Quadro%20do%20Modelo%20de%20Negocios.pdf
Organizações
empreendedoras 
e inovadoras
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SST
Bassler, Ana Cristina
Organizações empreendedoras e inovadoras / Ana 
Cristina Bassler 
Ano: 2019
Nº de p.: 11
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Organizações 
empreendedoras e 
inovadoras
Apresentação
As organizações empreendedoras e inovadoras precisam possuir intrínseco em sua 
cultura organizacional tal comportamento, para que de fato possa ser considerada 
empreendedora ou inovadora. Desta forma, para estudar tais organizações, se faz 
necessário compreender o conceito de cultura organizacional
Nesta unidade você será levado a entender o contexto do empreendedorismo e da 
inovação nas organizações visando uma postura estratégica. Você aprenderá o 
que é e como se dá a postura estratégica das organizações; em seguida terá uma 
visão a respeito das organizações empreendedoras e inovadoras para então poder 
assimilar o processo da formulação de estratégias no contexto de sustentabilidade. 
Bom estudo!
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Organizações empreendedoras e 
inovadoras
A inovação pode se apresentar de diferentes maneiras e gerar impactos bastante 
significativos no mercado, conforme estudamos até aqui. Para a formulação da 
estratégia, bem como para a sua implementação, devemos observar a cultura 
organizacional. Na visão de Andrade (2016):
A cultura organizacional é composta pelo conjunto de crenças, valores 
e comportamentos aceitos e partilhados por todos os trabalhadores. A 
cultura ajuda a construir laços de cooperação, motivação e dedicação 
dos trabalhadores, facilitando a interiorização da visão global da 
empresa. A cultura também dá forma ao empenho de cada um, a sua 
atuação intraempreendedora, à assunção de valores de honestidade, de 
entreajuda e de comunicação aberta. Outros gestores podem preferir 
enfatizar valores assentes em posturas conservadoras, na consulta aos 
seus superiores, na formalização etc. Por exemplo, comportamentos 
e atitudes mais conservadoras serão incentivados, mas as empresas 
tecnológicas tendem a incentivar a criatividade e a assunção de riscos. 
(ANDRADE, 2016, p. 297).
No entendimento de Andrade (2016), são características da cultura organizacional 
a identificação do trabalhador com a empresa no seu todo mais do que com a 
sua tarefa, a ênfase no grupo e a organização em equipe em vez de individual, as 
normas e regras de supervisão, a colaboração entre os trabalhadores nos esforços 
de melhoria e de inovação, as normas para atribuir recompensas pelo desempenho 
ou mesmo aspectos como as regras a seguir nas novas contratações. No fundo, 
essa forma de conceber o que é a cultura organizacional não é nova, e nos estudos 
de Elton Mayo, na Western Electric, em 1924, já emergia a importância de variáveis 
emocionais e a existência de uma cultura informal nas organizações. A cultura 
influencia, por exemplo, a resistência às mudanças estratégicas.
Na literatura sobre gestão da inovação nas organizações, boa parte dos autores 
concorda que a gestão da inovação se relaciona diretamente com outras duas 
áreas: empreendedorismo e gestão do conhecimento. 
O empreendedorismo pode ser entendido como o processo de criação de novos 
negócios de valor, processo este que exige do empreendedor conhecimento, 
dedicação e enfrentamento de riscos (de mercado, financeiros, entre outros).
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E, novamente, veja que interessante: o empreendedor, como o agente hábil para 
produzir inovação, apesar de parecer um tema recente e atual, foi um conceito 
elaborado pelo austríaco Joseph Alois Schumpeter, um dos primeiros estudiosos do 
assunto, importante economista e cientista político nascido no século XIX. 
 O empreendedorismo se desdobra em outro conceito muito importante: o 
intraempreendedorismo, que é a capacidade de empreender, ou seja, criar coisas 
novas dentro de uma organização já em funcionamento. 
Entende-se por gestão do conhecimento o esforço das organizações em criar e 
difundir conhecimento e integrá-lo a seus produtos, processos, sistemas e serviços. 
Envolve também a proteção desse conhecimento contra o uso indevido. 
Há outro conceito que você também precisa saber. Você já deve ter ouvido a frase: 
“As pessoas são o grande ativo das empresas”.
Na prática, isso significa que o conhecimento das pessoas é tão importante que faz 
parte do patrimônio das organizações, certo?
Na visão de Andrade (2016) as pessoas são importantes para as organizações:
As pessoas são o recurso-chave das organizações contemporâneas. 
São as pessoas que pensam, que criam, que formulam, que executam e 
que controlam. A começar pelo líder e pela equipe executiva, os recursos 
humanos – que alguns autores referem como o capital humano ou 
intelectual (por comparação com o financeiro) – são o fator crítico e 
fundamental para a implementação da estratégia (ANDRADE, 2016, p. 
307).
A essa importância do conhecimento das pessoas como parte do patrimônio das 
organizações damos o nome de capital humano ou capital intelectual. 
Agora você conhecerá as diferentes classificações que uma inovação pode ter. 
Existe uma classificação fundamental que você deve intuitivamente perceber: as 
inovações radicais e as inovações incrementais. Conforme Christensen, Grossman 
e Hwang (2009), inovações radicais representam uma mudança drástica, um total 
rompimento com a maneira de consumir um determinado produto ou serviço. 
Christensen, Grossman e Hwang (2009) comentam inovações incrementais são 
melhorias de determinadas tecnologias, sem rompimento com a base da ideia ou 
modelo original, e representam pequenos avanços ou melhorias na forma como 
algum determinado produto, processo ou serviço é percebido por quem o consome. 
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Existem outros tipos de inovação, os mais importantes são: inovação de produto, 
inovação de processo, inovação de marketing e inovação de modelo de negócio. 
Junges e Silva (2013) apresentam estes tipos de inovações:
Inovação de produto: 
Esse é o tipo de inovação de mais fácil percepção, pois é aquela que ocorre 
quando as empresas ou inventores disponibilizam para a sociedade, como 
o próprio nome diz, produtos ou serviços novos ou já conhecidos, mas com 
melhorias inéditas. 
Inovação de processo: 
É uma novidade ou melhoria significativa em algum processo organizacional 
e, por isso, refere-se a um contexto de organizações (empresas). 
Inovação de marketing: 
Ocorre uma inovação de marketing e comercialização quando há novidade 
ou melhoria na embalagem, no posicionamento de mercado, na forma como 
é comercializado e nas estratégias de venda de determinado produto ou 
serviço. 
Inovação de modelo de negócio: 
Um dos fundamentos da inovação de modelo de negócio é a Teoria da 
Complexidade.
A Teoria da Complexidade engloba coisas que são complicadas, envolvem 
muitos elementos e interações, não são deterministas e propendem a resultados 
inesperados. Sistemas complexos são não lineares e podem ser caóticos. Um 
aspecto fundamental da Teoria da Complexidade é o comportamento total ou 
agregado de uma grande quantidade de itens, partes ou unidades entrelaçadas, 
conectadas ou interligadas em rede. Um aspectosurpreendente é o fato de ela 
aplicar-se a muitos tipos de “unidades” (grãos de areia amontoados, moléculas em 
um ímã, pessoas dirigindo carros nas vias expressas, e assim por diante). Sendo 
as leis matemáticas da Teoria da Complexidade essencialmente indiferentes à 
natureza das “unidades”, isso evidentemente comportou a promessa de uma teoria 
universal de grande utilidade para a elucidação de muitos aspectos da economia e 
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de outros sistemas envolvendo seres humanos. Na verdade, como a compreensão 
científica da biologia revela a natureza da evolução e dos processos biológicos, 
há quem afirme que a biologia talvez seja a melhor metáfora para compreender as 
empresas do século XXI (KLEINDORFER, 2012).
Inovação e desenvolvimento
Como vimos, a inovação ocorre quando a criatividade é capaz de gerar algum valor. 
Mas o que isso significa na prática? Siga em frente e descubra!
Você deve se lembrar da época não muito distante em que já sentíamos como era 
viver em uma realidade moderna em que os eletrônicos ocupavam muitos espaços 
em nossas vidas e em nossos lares. Já era comum termos computadores em casa 
e no trabalho, câmeras fotográficas digitais, filmadoras, videogames, aparelhos 
de som, CDs e DVDs. E, claro, eles, os nossos telefones celulares, que até então 
serviam apenas para realizarmos ligações telefônicas e enviarmos mensagens por 
SMS. Não faz muito tempo, não é mesmo?
Uma das indústrias que mais cresce no mundo inteiro é a de 
empresas que criam aplicativos. As ideais para novos aplicativos 
surgem em todos os lugares do mundo, de diversas maneiras 
e para resolver praticamente todas as situações que pudermos 
imaginar.
Atenção
Lembre-se que uma inovação implica impactos econômicos justamente por trazer 
elementos novos que geram riqueza, que, por sua vez, gera mais oportunidades.
Inovação e economia
Imagine que você percebeu, em sua cidade, que havia uma necessidade de as 
pessoas saberem os horários do transporte público e a situação do trânsito. Você 
estuda e se aprofunda no assunto, cria um aplicativo que resolve o problema e o 
disponibiliza para download.
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Também idealize que você tenha feito um ótimo trabalho e que as pessoas passam 
a usar seu aplicativo, o que gera um excelente faturamento para você.
A sua ideia gerou novos empregos e arrecada uma boa quantidade de impostos que 
são convertidos em benefícios para todos de sua região.
Crescimento econômico
Fonte: Plataforma Deduca (2019).
Assim, a quantidade de trabalho aumenta, então você precisa contratar mais 
pessoas para cuidar das melhorias do aplicativo, da parte comercial, do 
atendimento aos seus clientes e de outras funções. 
Além disso, os usuários do seu aplicativo conseguiram se organizar em seu 
cotidiano, já que puderam entender melhor o trânsito e o transporte público e, 
assim, utilizá-lo de uma forma melhor. 
Conseguiram ainda, com isso, trabalhar mais em seus empregos e também gerar 
mais renda, o que gera mais impostos, que também são convertidos em educação, 
saúde e serviços melhores à população de sua região. 
É por isso que a inovação interessa muito ao campo de estudo da economia, 
visto que é uma das causas do desenvolvimento econômico de uma região. Trott 
(2012, p. 6) cita que “historiadores econômicos do século XIX observaram que a 
aceleração do crescimento econômico foi resultante de progresso tecnológico”. 
E, em tempos de globalização, sabemos que essa “região” pode ser, muitas vezes, 
todo o planeta. 
É muito interessante essa relação entre inovação e desenvolvimento econômico. De 
acordo com Trott (2012, p. 6), foi Karl Marx que primeiro “sugeriu que as inovações 
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poderiam ser associadas com as ondas de crescimento”. A criatividade é capaz de 
realizar o que está no campo de nossas ideias em produtos inovadores, que podem 
gerar impacto na sociedade em que vivemos e, assim, propiciar o desenvolvimento 
econômico.
Portanto Trott (2012) comenta que a inovação é o motor do crescimento e que a 
aceleração do crescimento econômico foi resultante de progresso tecnológico. 
Enfatiza também que o processo de inovação está inserido na economia através do 
desenvolvimento de novos produtos servindo como estímulo para o crescimento 
econômico. Desenvolvimentos científicos e tecnológicos conduzem a inserções 
de conhecimento (indivíduos criativos) em firmas que desenvolvem conhecimento, 
produtos e processos.
Quando você ouve o termo tecnologia, provavelmente vem à sua mente imagens 
de computadores, máquinas e robôs. Mas atente ao real significado da palavra: 
tecnologia significa a aplicação de um conhecimento. Então, não necessariamente 
quando se fala em inovação tecnológica estamos falando de robôs, foguetes e 
outros maquinários. Lembre-se das outras formas de conhecimento aplicado, como 
medicamentos, vacinas, novos materiais, softwares, novos processos de trabalho, 
entre outros tantos possíveis exemplos.
Em sua obra “Teoria do desenvolvimento econômico”, em 1911, 
Schumpeter foi o primeiro economista a apontar a inovação 
tecnológica como o grande motor do desenvolvimento capitalista, 
devendo ser buscada e incentivada pelos governos.
Atenção
Fechamento
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Chegamos ao fim desta unidade, você foi convidado a refletir sobre os conceitos 
de organizações empreendedoras e inovadoras. Você começou estudando que 
inovação e, por consequência, empreendedorismo são os grandes motores para o 
desenvolvimento econômico e que isso foi apontado por Schumpeter no início do 
século passado. 
Você também aprendeu que inovações radicais são uma mudança drástica 
na maneira de consumir um determinado produto ou serviço e que inovações 
incrementais são melhorias sem rompimento com a base da ideia ou do modelo 
original. Identificou, ainda, os tipos de inovação mais importantes (de produto, de 
processo, de marketing e de modelo de negócio). 
Conheceu que a gestão da inovação nas organizações se relaciona diretamente 
com conceitos de gestão do conhecimento e do empreendedorismo e que o capital 
intelectual é determinante no sucesso de uma organização. 
Até mais!
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Referências
ANDRADE, A. R. de. Planejamento estratégico: formulação, implementação e 
controle. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
CHRISTENSEN, C. M.; GROSSMAN, J. H.; HWANG, J. Inovação na gestão da saúde: 
soluções disruptivas para reduzir custos e aumentar qualidade. Porto Alegre: 
Bookman, 2009.
KLEINDORFER, P. R. O desafio das redes: estratégia, lucro e risco em um mundo 
interligado. Porto Alegre: Bookman, 2012. 
TROTT, P. Gestão da inovação e desenvolvimento de novos produtos. Porto Alegre: 
Bookmann, 2012. 
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COMPONENTES 
DE CRIATIVIDADE 
E INOVAÇÃO I
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SST
MARCOS, Janaina Ramos
Componentes de criatividade e inovação I / Janaina 
Ramos Marcos
Ano: 2020
nº de p. 11
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COMPONENTES 
DE CRIATIVIDADE 
E INOVAÇÃO I
Apresentação
Neste momento, estudaremos a disciplina Componentes de Criatividade e 
Inovação I que tem por objetivos orientar no sentido de incentivá-los a criatividade 
e a ambientação da aprendizagem. Também será proporcionado a interação dos 
conhecimentos acadêmicos e a aplicação no mundo do trabalho e despertar 
o senso crítico e prático para ações e interesse pela investigação no exercício 
profissional, assim como, promover atitudes éticas de respeito à diversidade, às 
diferenças, ao trabalho e à vida. 
Também seráestimulado ao desenvolvimento de habilidades e competências 
dos estudantes quanto aos conhecimentos de Criatividade e Inovação. E, por fim, 
auxiliará a implementar mudanças de comportamento e obter mais resultados 
pessoais e profissionais. 
Bons estudos. 
CRIATIVIDADE: CONCEITOS E 
COMPONENTES 
Os fatos criativos definem-se como aqueles que trazem um valor mais imediato 
na linha de evolução, modificando a ordem estabelecida. O autoconhecimento é de 
extrema importância para o desenvolvimento da capacidade criativa do ser humano, 
podendo ser uma meta para aqueles que desejam aperfeiçoar seu potencial criativo 
(PREDEBON, 2010).
Um dos principais componentes da criatividade é o 
conhecimento que acumulamos em anos de estudos e vivências 
cotidianas, o que nos oferece uma grande bagagem para sermos 
criativos e solucionarmos problemas, seja em organizações ou 
em nossas tarefas diárias. 
Atenção
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Diversos autores classificam a criatividade de acordo como sua funcionalidade, 
ou seja, a criatividade artística como Da Vinci, Michelangelo ou Oscar Niemeyer, 
criatividade prática ou objetiva, como uma pessoa que cria uma receita nova a partir 
das sobras de geladeira.
Deve-se encorajar a criatividade nas pessoas, uma vez que esta pode ser uma 
poderosa ferramenta para a solução dos problemas da modernidade, agregando 
valor ao conhecimento e tornando-o cada vez mais útil.
Não existem fórmulas mágicas para ativar nosso potencial criativo, o que existe 
são algumas abordagens ou técnicas que possam estimular a criatividade, 
apresentando ideias que possam solucionar problemas.
Se o homem não tivesse que solucionar o problema de ter 
ferramentas para a caça, nem inventando a roda, descobrindo o 
fogo e a agricultura, através do pensamento e da criatividade, a 
humanidade não teria chegado à era da tecnologia da informação 
e do conhecimento.
Atenção
A criatividade de Thomas Edison que descobriu a eletricidade, Graham Bell, o 
inventor do telefone, Santos Dumont, o avião, somente para citar alguns. Podemos 
ainda chegar até Steve Jobs, que projetou uma espécie de “minicomputador” de 
bolso, que revolucionou a maneira como nos comunicamos hoje.
Atualmente o senso comum, a mídia e a maioria da sociedade passou a acreditar 
que a criatividade é um elemento essencial em qualquer área de conhecimento, 
sejam elas humanas, exatas, tecnológicas ou sociais aplicadas, como se 
desconsiderassem ou desconhecessem que a evolução humana dependeu da 
criatividade de várias pessoas, em diversos momentos da história para chegarmos 
ao momento presente. 
O PENSAMENTO CRIATIVO
O pensamento criativo origina-se a partir de uma visão macro das situações 
cotidianas, pode ser considerado um traço de personalidade ou uma opção de se 
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posicionar no mundo, de acordo com suas crenças. A criatividade de um indivíduo 
pode destacá-lo no contexto social, onde ele pode ser capaz de desenvolver suas 
competências acima da média de outras pessoas.
A criatividade, ocorre em três diferentes níveis: 
Criatividade genial
Aquela cujo potencial criativo é capaz de produzir grandes inovações que 
podem modificar ou melhorar a qualidade de vida das pessoas, como, por 
exemplo, o telefone e a eletricidade;
Criatividade autêntica
Aquela expressada através de melhorias em processos e sistemas já 
existentes, como, por exemplo, o fax e o telefone celular;
Criatividade cotidiana
Expressa nas pequenas ações diárias, ao resolvermos problemas de forma 
original (GRAMIGNA (2006).
Do ponto de vista empresarial, a criatividade é um processo produtivo de ideias, 
capazes de gerar soluções eficazes para a organização em um menor espaço de 
tempo possível. A criatividade ocorre em quatro diferentes dimensões dentro de 
uma organização:
Pessoa
Aquela que cria, considerando seu temperamento, posicionamento pessoal, 
hábitos e valores;
Processo
Recursos mentais que conduzem ao ato criativo tais como a motivação, a 
percepção, o aprendizado, pensamento e comunicação;
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Ambiente
Fatores ambientais e culturais que podem influenciar no processo criativo;
Produto
Resultado do processo, sendo, por exemplo, uma obra de arte, um novo 
produto ou qualquer outro resultado criativo. 
Dimensões da criatividade
Pessoa
Ambiente
ProdutoCriatividadeProcesso
Fonte: GURGEL (2006, p. 26).
COMPORTAMENTO CRIATIVO
O comportamento criativo acontece quando o meio estimula o indivíduo a 
solucionar um problema, sendo mais propício este comportamento no meio 
empresarial, uma vez que a criatividade está sendo cada vez mais considerada 
no ambiente organizacional, devido às constantes mudanças, tanto tecnológicas 
quanto no mercado, gerando necessidade de evolução e adaptação imediata.
Nas organizações, as abordagens que envolvem ações e interações sociais deve 
considerar algumas abordagens no processo criativo: a pessoa criativa, as relações 
interpessoais, o ambiente de trabalho e as relações das pessoas com os líderes e 
com os projetos da empresa. 
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No entanto, existem alguns fatores que podem criar barreiras ou estimular a criatividade 
no ambiente organizacional, como apresentado acompanhe no Quadro a seguir:
Estímulos e barreiras da criatividade
ESTÍMULOS BARREIRAS
NAS ORGANIZAÇÕES
• Estrutura organizacional
• Liberdade e autonomia
• Salário e benefícios
• Suporte da chefia
• Suporte do grupo de 
trabalho
• Suporte organizacional
• Características da chefia
• Comunicação
• Cultura organizacional
• Estrutura organizacional
• Relações 
• Interpessoais
NO AMBIENTE 
DE TRABALHO
• Desafios
• Participação
• Suporte da chefia
• Suporte do grupo de trabalho
• Suporte organizacional
• Comunicação
• Cultura organizacional
• Estrutura organizacional
• Influências político-
administrativas
• Relações interpessoais
• Volume de servicos
Fonte: Sousa e Rangel Junior (2014, p. 80)
De acordo com Zogbi (2013) existe um tipo de “zona de conforto” na criatividade, 
algo que pode contribuir para o bloqueio criativo: a educação recebida, o excesso 
de regras e normas estabelecidas, a preguiça, o pensamento pessimista, a falta de 
confiança em si mesmo, a falta de objetividade, o isolamento da liderança, a falta 
de empatia entre os membros da equipe, má gestão do tempo e ainda a falta de 
dinheiro. Todos estes fatores devem ser listados, pensados e ultrapassados.
Alguns desses bloqueios são traços de nossa personalidade, mas com outros se 
pode aprender a “lidar”, para que não se tornem um problema para suas ideias. É 
recomendável também a criação de um sistema de classificação e organização das 
ideias, seja por ordem de prioridade ou relevância, ideias já categorizadas ou que ainda 
precisam de maior desenvolvimento. Desse modo, é importante anotá-las em um 
papel ou no computador, sempre as buscando ou atualizando-as, quando necessário.
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Segundo Gurgel (2006), para compreender a criatividade dentro de uma 
organização, devem ser considerados quatro componentes principais:
• Estrutura da organização: sua constituição, formação, tamanho e forma adminis-
trativa;
• Funcionários ou colaboradores: capital ou força de trabalho humana, atuando 
através de seus valores e motivações;
• Ambiente organizacional: postura da empresa no que diz respeito à criatividade, 
aos relacionamentos interpessoais, às responsabilidades, à estabilidade no em-
prego, entre outros;
• Informação: principal elemento de mudança, uma vez que os canais de comu-
nicação devem estar abertos para novas ideias e opiniões, deixando o fluxo de 
informação dinâmico.
Existem alguns fatores que motivam a inovação nas organizações, segundo 
apresentado no Quadro, a seguir:Fatores que motivam a Inovação na Organização
FATORES DESCRIÇÃO
COMPETIÇÃO PELO 
PODER
A própria forma como se organiza a competição pelo poder, 
ou seja, as disputas de interesse, o controle das informações, 
o processo de avaliação de desempenho e a consistência 
entre o discurso a prática.
COLABORAÇÃO
A participação pela interação e colaboração entre as equipes 
através de reuniões para a solução conjunta de problemas e 
para a troca de experiências e conhecimentos.
AMBIENTE
A existência de um ambiente alegre e descontraído, pois um 
ambiente de trabalho onde existe a confiança e o bom humor 
facilita o processo de comunicação e a cooperação entre as 
pessoas, principalmente quanto a novas ideias.
TEMPO
O tempo para ideias é entendido como o tempo para pensar 
sobre as atividades que devem ser realizadas, refletir sobre o 
melhor modo de realizá-las e discutir novas ideias e soluções 
para os problemas.
DESAFIO
A percepção do desafio no trabalho com a necessidade de 
buscar sempre novos conhecimentos, motivando as pessoas 
a resolverem os problemas de forma criativa.
SEGURANÇA A segurança para apresentar ideias e assumir riscos.
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LIBERDADE A liberdade de discutir e questionar as orientações recebidas permite explorar novas alternativas para a realização do trabalho.
VALORIZAÇÃO A valorização do trabalho e o reconhecimento adequado.
NOVIDADE
A busca de novas experiências, pois a rejeição ao 
pragmatismo, a propensão a aceitar e testar novas ideias e 
soluções e rejeitar a tendência ao comportamento resistente 
influencia diretamente a proposição de novas ideias.
Fonte: Gurgel (2006, p. 95)
Porém, de nada adianta ter um pensamento criativo, um conhecimento vasto e não 
sentir nenhum tipo de motivação, concorda?
Por exemplo, um funcionário de uma empresa que é extremamente criativo, mas 
suas ideias nunca são aceitas e nem postas em prática, gera um comportamento 
de desmotivação, que faz com a pessoa deixe de mostrar seu lado mais criativo, 
anulando-se por completo dentro da organização. 
Algumas teorias foram pesquisadas e aplicadas sobre os melhores processos 
de motivação e inovação em organizações. Nessas pesquisas concluiu-se que 
o ponto chave da motivação está no ambiente de trabalho e qualidade e sintonia 
das relações interpessoais. Existem pesquisas na área do comprometimento, 
criatividade e motivação nas organizações que seguem duas direções distintas. 
A primeira trata de identificar qual a origem do comprometimento, isto é, a 
relação do indivíduo e a organização para qual trabalha. A outra direção procura 
analisar outros fatores que podem levar ao comprometimento e motivação, tais 
como a própria organização, sindicatos e propósito de carreira com o qual a 
pessoa está comprometida. Sendo assim, pessoas que trabalham em ambientes 
que estimulam a inovação e a criatividade tendem a ser mais comprometidos e 
motivados afetivamente.
Por fim, um exemplo que pode ser citado é o da empresa GOOGLE, situada no Vale 
do Silício, Estados Unidos e que possui escritórios em várias cidades do mundo. 
A empresa procura proporcionar aos funcionários um ambiente de trabalho, 
inovador, com áreas de lazer, móveis coloridos e confortáveis, onde eles podem 
trabalhar onde e como quiserem, com horários flexíveis e ainda promove reuniões 
constantes para gerar novas ideias para seus produtos, ou seja, os líderes estão 
sempre motivando sua equipe para que sejam inovadores, criativos e produtivos em 
ambiente que propicia esta forma de trabalho.
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Fechamento 
Pudemos aprender a reconhecer os componentes da criatividade – conhecimento, 
motivação, pensamento criativo a priori seus conceitos. Depois nos aprofundamos 
no que é o pensamento criativo, também estudamos sobre os componentes da 
Inovação – ambiente de trabalho, liderança, recursos, comunicação e colaboração. 
Aprendemos sobre varios fatores que são possíveis de incentivar a inovação e 
criatividade nos diversos ambientes profissionais. Estudamos também sobre o 
comportamento criativo e sua relevância. E, por fim também pudemos apreender a 
identificar a criatividade como aquisição de competências.
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Referências
GRAMIGNA, M. R. Árvore das competências em criatividade. Recre@rte, Vitória, v. 1, 
n. 1, p. 1-10, mar. 2006. Disponível em: <http://www.iacat.com/Revista/recrearte/
recrearte05/Seccion1/Competencias.htm>. Acesso em: 21 set. 2020.
GURGEL, M. F. Criatividade & Inovação: uma proposta de Gestão da Criatividade para 
o Desenvolvimento da Inovação. 2006. 193 p. Dissertação (Mestrado em Ciências) – 
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2006. Disponível em: <https://
edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1751677/mod_resource/content/1/Criatividade_e_
Inovacao_-_Marcus_Gurgel_-_COPPE_2006.pdf>. Acesso em: 21 set. 2020.
PREDEBON, J. Criatividade: abrindo o lado inovador da mente. 7. ed. São Paulo: 
Pearson, 2010.
SOUSA, A. P.; RANGEL JUNIOR, J. F. L. B. Cultura organizacional e ambiente criativo: 
formadores da cultura como barreira ou estímulo à criatividade. VEREDAS, Ipojuca, 
v. 10, n. 1, p. 76-91, jan. 2014. Disponível em: <http://veredas.favip.edu.br/ojs/index.
php/veredas1/article/view/194>. Acesso em: 21 set. 2020.
ZOGBI, E. Criatividade: o comportamento inovador como padrão natural de viver e 
trabalhar. São Paulo: Atlas, 2014.
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COMPONENTES 
DE CRIATIVIDADE 
E INOVAÇÃO II
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SST
MARCOS, Janaina Ramos
Componentes de criatividade e inovação II / Janaina 
Ramos Marcos
Ano: 2020
nº de p. 12
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COMPONENTES 
DE CRIATIVIDADE 
E INOVAÇÃO II
Apresentação
Neste momento, trataremos de um assunto relacionado aos componentes de 
criatividade e inovação II. Estudaremos sobre os conceitos relacionados a inovação, 
a importância do papel dos líderes, e os tipos de líderes que se tem delineado 
para essa intervenção na perspectiva da inovação e criatividade no ambiente 
organizacional. 
Também estudaremos a respeito da criatividade como aquisição de competências, 
apresentaremos os cincos tipos de competências que as empresas devem adotar 
em uma gestão criativa. E, por fim, iremos estudar sobre a importância do estímulo 
as equipes para um bom desempenho. Fique atento a todas as informações 
presentes aqui, e vamos juntos ao processo de conhecimento e aprendizagem a 
respeito da relevância desses assuntos. 
Bons estudos. 
Componentes da Inovação – 
ambiente de trabalho, liderança, 
recursos, comunicação e 
colaboração
A inovação é o principal agente para o desenvolvimento econômico, teoria esta que 
foi formulada primeiramente pôr o Joseph Alois Schumpeter. Em seus estudos, 
observou que o ciclo do capitalismo combina inovações e um novo paradigma na 
economia, impulsionando-a rapidamente (AMORIM; FREDERICO, 2008).
Já Drucker (2002, p. 25) caracteriza inovação como:
[...] o instrumento específico dos empreendedores, o meio pelo qual eles 
exploram a mudança como uma oportunidade para um negócio diferente 
ou um serviço diferente. Ela pode ser apresentada como disciplina, 
ser apreendida e ser praticada. Os empreendedores precisam buscar, 
com propósito deliberado, as fontes de inovação, as mudanças e seus 
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sintomas que indicam oportunidades para que uma inovação tenha êxito. 
E os empreendedores precisam conhecer e pôr em prática os princípios 
da inovação bem-sucedida. 
Existe uma grande relação entre inovação, criatividade e desenvolvimento econômico 
que atualmente estão no foco das discussõesorganizacionais, em virtude de 
estarmos vivenciando a era do conhecimento e sua importância nas relações e no 
modelo de processo produtivo capitalista atual (AMORIM; FREDERICO, 2008).
A criatividade e a inovação nas organizações estão ligadas a alguns fatores, de 
acordo com Amorim e Frederico (2008), a saber:
• Características de pessoas altamente criativas e inovadoras;
• Ambiente que favorece a criatividade e a expressão de ideias e inovação;
• Habilidades cognitivas de pessoas que possuem pensamentos criativos e 
inovadores.
Uma organização que cria um ambiente que favorece a criatividade possui algumas 
características, tais como: reconhecimento do trabalho criativo, flexibilidade nos 
níveis hierárquicos, estímulos à criatividade, estímulo à troca de experiências entre 
as equipes de trabalho.
Toda organização possui um nível hierárquico de líderes, cada um desempenhando 
um papel estratégico na articulação da inovação. Desse modo, em uma empresa 
ocorre o relacionamento entre três tipos de líderes: 
Líderes locais
Responsáveis diretos pelos resultados das equipes;
Líderes de rede
Atuam na construção de comunidades, não atuando diretamente em nível 
hierárquico na organização;
Líderes estratégicos
Responsáveis diretos pelo desempenho da organização, mas influenciam em 
menor monta nos processos de trabalho dos colaboradores (BORGES, 2010). 
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Um líder deve desempenhar um papel de articulação no sentido de orientar o 
processo de mudanças na empresa, auxiliando as pessoas a perceberem novas 
possibilidades de ação, de geração de ideias. Devem ainda motivá-las e engajá-
las para que estas possam modificar sua forma de ação, reavaliar seus modelos 
mentais, suas atitudes, orientá-las a desenvolver o pensamento sistêmico e 
coordenar o trabalho em equipe para que este seja produtivo e eficaz.
Você sabe o que significa pensamento sistêmico? A teoria do 
pensamento sistêmico consiste em pensar sobre as partes de um 
sistema, suas interrelações entre as partes e qual a finalidade que 
o sistema visa alcançar, organizando as informações e pensando 
em como elas funcionam.
Curiosidade
Outro ponto importante é que compete aos líderes empresariais motivarem seus 
funcionários, para que tragam ideias e inovações para a empresa, oferecendo todo 
seu conhecimento e capital intelectual para a solução de problemas na empresa.
O que é motivação? “A palavra motivação tem origem na palavra 
latina movere, que significa mover […] essa origem da palavra 
encerra a noção de dinâmica ou de ação que é a principal tônica 
dessa função particular da vida psíquica.
Curiosidade
A motivação é uma ferramenta imprescindível para as empresas e deve ser 
aplicada de forma prudente, não devendo ser utilizada somente motivação de forma 
financeira. Sendo assim, as lideranças devem motivar e oferecer condições para 
que as necessidades, objetivos e perspectivas das pessoas sejam supridas.
Existem algumas crenças equivocadas em relação à motivação, ou 
seja: a crença de que uma pessoa possa literalmente motivar outra; a 
crença de que a pessoa é motivada como resultado da satisfação. Etc. 
Reflita
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Uma equipe onde um indivíduo tem suas ideias sempre acatadas e recompensadas 
financeiramente, pode gerar uma espécie de “inveja” ou animosidade entre outro 
membro, que também possui boas ideias, mas estas nunca são postas em prática, 
nem tão pouco recompensadas. Observe no quadro a seguir a relação entre a 
motivação intrínseca e extrínseca:
Modelo componencial de criatividade de Amabile
Criatividade
Processo criativo
Ambiente 
de trabalho
Componentes 
externos
Componentes internos
Motivação 
intrínseca Expertise
Habilidade 
para 
criatividade
Fonte: FARIA; VARGAS; MARTÍNEZ (2013, p. 13)
Por fim, além de liderança e ambiente de trabalho motivador, a empresa também 
deve dispor de recursos, sejam eles financeiros, físicos e pessoais, para que o 
processo de inovação seja efetivo e possa trazer resultados para a organização, 
identificando a criatividade e estimulando competências.
A Criatividade como aquisição de 
competências
A criatividade precisa ser pensada no ambiente organizacional, através do 
compartilhamento de conceitos, métodos e competências de cada indivíduo, 
adequando-se ao histórico da empresa, à sua estrutura, missão, visão e valores.
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A competência pode ser compreendida como uma gama de conhecimentos, 
habilidades e atitudes necessárias para que o indivíduo possa desenvolver suas 
tarefas e responsabilidades, usando a sua criatividade e seu poder de inovação.
Fleury e Fleury (2000, apud Borges, 2010, p.36) adotam o conceito de competência 
como “um agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, 
transferir conhecimentos, recursos, habilidades, que agreguem valor econômico à 
organização e valor social ao indivíduo”.
Senge (1998, apud Borges, 2010) aponta cinco tipos de competências que as 
empresas devem adotar em uma gestão criativa:
• Pensamento sistêmico: observar relações entre fatos isolados, procurando 
pontos em comum;
• Domínio pessoal: observar a realidade de forma objetiva;
• Visão compartilhada: habilidades para encontrar e estimular o comprometi-
mento de todos os envolvidos nos processos de inovação e criatividade;
• Aprendizagem em equipe: estimular o diálogo entre as equipes de trabalho;
• Modelos mentais: potencializar a criatividade e a aprendizagem nas orga-
nizações.
Em todas as atividades criativas que o ser humano desempenha necessita-se de 
estímulo de seus conhecimentos e habilidades, além de atitudes específicas para 
alcançar qualidade e excelência nos resultados.
A gestão por competências tem como principal objetivo alinhar as metas e 
objetivos profissionais com os objetivos organizacionais. Existem dois tipos de 
competências: organizacionais e pessoais. 
As competências organizacionais são patrimônios das empresas, ou seja, 
conhecimentos adquiridos ao longo do tempo; ao passo que as competências 
pessoais podem ser caracterizadas como conhecimentos e habilidades que as 
pessoas adquirem em sua vida diária, capazes de agregar valor ao patrimônio de 
conhecimentos da organização.
No quadro abaixo analisamos a competência dentro do conceito de conhecimentos, 
habilidade e atitudes.
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Competências
C H A
Conhecimentos Habilidades Atitudes
Saber Saber-fazer Querer-fazer
O que se sabe, mas, não 
necessariamente se coloca 
em prática.
O que se prática, tem-se 
experiência e domínio sobre.
Constitui as características 
pessoais, que levam os 
indivíduos a praticarem ou não, 
o que conhecem e sabem.
Fonte: Borges (2010, p. 41).
Aliando criatividade e competências, foi criado um termo chamado árvore das 
competências, fazendo uma analogia das atitudes, conhecidos e habilidades com 
as raízes, o tronco, a copa e os frutos de uma árvore. Veja um pouco mais deste 
conceito no Quadro que segue.
Árvore das Competências
RAÍZES TRONCO COPA E FRUTOS
Representada 
por atitudes
Conhecimentos essenciais Habilidades
• Curiosidade; 
• Ousadia; 
• Questionamento; 
• Inconformismo; 
• Persistência;
• Imaginação;
• Ludicidade.
• Conceitos; 
• Informações sobre pensamento 
• Criativo; 
• Metodologia de resolução de 
problemas; 
• Técnicas de geração de ideias e 
resolução de problemas, 
• Teoria das inteligências múltiplas; 
• Teoria da quadratividade cerebral; 
• Movimentos criativos.
• Usar ativadores de 
criatividade; 
• Gerar ideias variadas; 
• Transformar ideias em 
ação; 
• Apresentar ideias de 
forma convincente; 
• Agir com flexibilidade; 
• Possuir visão de futuro; 
• Enxergar o mundo com 
lentes de visão sistêmica.
Fonte: Adaptado de Gramigna (2006)
Por fim, existem ainda

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