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proeducacional.com
ANCORD
Certificação
Esta apostila é parte do Curso Preparatório da Pro Educacional. 
Este é um material complementar para seus estudos.
Atualizada em 2021
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Somos uma escola de educação a distância especializada 
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mercado financeiro. Nós sabemos que tecnologia e 
educação podem resolver esse problema. Por isso, 
unimo-nos em 2016 para redefinir a relação das pessoas 
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Sobre a Pro Educacional
proeducacional.com
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Nosso objetivo é fomentar a educação financeira e trazer mais gente 
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Além disso, oferecemos o curso com videoaulas, simulados e suporte 
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A legislação está sempre sujeita a alterações, além de atualizações no 
edital da certificação. Por isso, é importante que você verifique se 
essa apostila é a mais atual. Caso você compre o curso, o material 
online sempre estará atualizado de acordo com oedital mais recente.
Essa apostila aborda todo o conteúdo de forma resumida. O 
conteúdo mais detalhado está presente apenas no curso.
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Leia com atenção antes de iniciar seus estudos
SOBRE O MATERIAL
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SUMÁRIO
A Atividade do Agente Autônomo de Investimento 1
Lei nº 9.613/98; Circular BACEN 3461/09; 3654/13; Instrução CVM nº 
301/99: Lavagem de Dinheiro 8
Economia 14
Sistema Financeiro Nacional 27
Instituições e Intermediadores Financeiros 36
AAdministração de Risco 43
Mercado de Capitais 50
Fundos de Investimento e Outros Fundos de Investimentos 
regulados pela CVM 70
Securitização de Recebíveis 81
Clubes de Investimento 84
Matemática Financeira 92
MeMercado Financeiro – Outros produtos não classificados como 
valores mobiliários – Modalidades – Operacionais – Liquidação 98
Mercado de Derivativos 103
 
 
1 
A Atividade do Agente Autônomo de 
Investimento 
 
O agente autônomo de investimento é a pessoa física ou jurídica autorizada pela 
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a participar do processo de intermediação de 
compra e venda de valores mobiliários, sempre sob a responsabilidade e como preposto 
de uma instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários. Assim 
como corretores de imóveis ou corretores de seguros, os agentes autônomos de 
investimento vendem para seus clientes os produtos e serviços disponibilizados pela 
corretora ou distribuidora de valores mobiliários para qual prestam serviço de 
distribuição e mediação. 
São atividades do Agente Autônomo de Investimentos: 
I. Prospecção e captação de clientes; 
II. Recepção e registro de ordens e transmissão dessas ordens para os sistemas de 
negociação ou de registro cabíveis, na forma da regulamentação em vigor; e 
III. Prestação de informações sobre os produtos oferecidos e sobre os serviços 
prestados pela instituição integrante do sistema de distribuição de valores 
mobiliários pela qual tenha sido contratado. 
 
O agente autônomo de investimento deve agir com probidade, boa fé e ética 
profissional, empregando no exercício da atividade todo o cuidado e a diligência 
esperados de um profissional em sua posição, em relação aos clientes e à instituição 
integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários pela qual tenha sido 
contratado. A respeito do exercício da atividade o Agente Autônomo de Investimento 
deve: 
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https://www.linkedin.com/company/pro-educacional
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https://www.facebook.com/proeducacional
https://www.instagram.com/souproedu/
 
 
2 
I. Observar o disposto na Instrução 497, nas demais normas aplicáveis e nas regras 
e procedimentos estabelecidos pela instituição integrante do sistema de 
distribuição de valores mobiliários pela qual tenha sido contratado; 
II. Zelar pelo sigilo de informações confidenciais a que tenha acesso no exercício da 
função. 
 
Os materiais utilizados pelo agente autônomo de investimento no exercício das 
atividades previstas nessa Instrução devem: 
I. Estar em consonância com o disposto no art. 10 da Instrução 497; 
II. Ser prévia e expressamente aprovados pela instituição integrante do sistema de 
distribuição pela qual o agente autônomo de investimento tenha sido contratado; 
III. Fazer referência expressa a tal instituição, como contratante, identificando o 
agente autônomo como contratado, e apresentar os dados de contato da 
ouvidoria da instituição; e 
IV. No caso das pessoas jurídicas, identificar cada um dos agentes autônomos dela 
integrantes. 
 
São vedados: 
I. A adoção de logotipos ou de sinais distintivos do próprio agente autônomo de 
investimento ou da pessoa jurídica de que ele seja sócio, desacompanhados da 
identificação da instituição integrante do sistema de distribuição de valores 
mobiliários pela qual tenha ele sido contratado, com no mínimo igual destaque 
II. A referência à relação com a instituição integrante do sistema de distribuição de 
valores mobiliários por meio de expressões que dificultem a compreensão da 
natureza do vínculo existente, como “parceira”, “associada” ou “afiliada”. 
 
Concessão da Autorizaçãopara o Exercício da Atividade 
Os agentes autônomos de investimento podem exercer suas atividades por meio de 
sociedade ou firma individual constituída exclusivamente para este fim. É obrigatório 
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3 
obter para o credenciamento de Agente Autônomo de Investimentos pessoa natural: 
 
I. Ter concluído o ensino médio no País ou equivalente no exterior; 
II. Ter sido aprovado em exames de qualificação técnica e ética definidos pela CVM; 
III. Não estar inabilitado ou suspenso para o exercício de cargo em instituições 
financeiras e demais entidades autorizadas a funcionar pela CVM, pelo Banco 
Central do Brasil, pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP ou pela 
Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC; 
IV. Não haver sido condenado por crime falimentar, de prevaricação, suborno, 
concussão, peculato, “lavagem” de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e 
valores, contra a economia popular, a ordem econômica, as relações de consumo, 
a fé pública ou a propriedade pública, o sistema financeiro nacional, ou a pena 
criminal que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos, por 
decisão transitada em julgado, ressalvada a hipótese de reabilitação; 
V. Não estar impedido de administrar seus bens ou deles dispor em razão de decisão 
judicial. 
 
Para o credenciamento da pessoa jurídica é necessário: 
I. Tenham sede no país; 
II. Sejam constituídas como sociedades simples, adotando qualquer das formas 
permitidas para tal, na forma da legislação em vigor; 
III. Tenham, como objeto social exclusivo, o exercício da atividade de agente 
autônomo de investimento, sendo vedada a participação em outras sociedades. 
 
A pessoa jurídica deve ter como sócios unicamente pessoas naturais que sejam agentes 
autônomos, aos quais será atribuído, com exclusividade, o exercício das atividades 
referidas no primeiro item. Sem prejuízo das responsabilidades decorrentes de sua 
conduta individual, todos os sócios são responsáveis, perante a CVM, perante a 
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4 
entidade credenciadora e perante as entidades autorreguladoras competentes pelas 
atividades da sociedade. Um mesmo agente autônomo de investimento não pode ser 
sócio de mais de uma pessoa jurídica constituída. 
 
Suspensão e Cancelamento da Autorização para Exercício da Atividade 
A entidade credenciadora deve suspender o credenciamento, mediante pedido do 
agente autônomo de investimento, desde que o requerente comprove não estar em 
atividade. A suspensão do credenciamento deve ser comunicada à CVM pela entidade 
credenciadora e implica a suspensão automática do registro do agente autônomo de 
investimento. A suspensão será válida por 1 (um) ano a partir de seu deferimento, 
podendo ser revertida a qualquer momento a pedido do agente autônomo de 
investimento. A suspensão somente será concedida se houver decorrido o prazo de pelo 
menos 3 (três) anos da data de concessão do credenciamento do agente autônomo de 
investimento ou do término de seu último pedido de suspensão. 
 
A entidade credenciadora deve cancelar o credenciamento do agente autônomo de 
investimento nos casos de: 
I. Pedido formulado pelo próprio agente autônomo de investimento; 
II. Identificação de vícios ou falhas no processo de credenciamento; 
III. Perda de qualquer das condições necessárias para o credenciamento; 
IV. Descumprimento das condições estabelecidas no programa de educação 
continuada; 
V. Aplicação, pela CVM, das penalidades previstas no art. 11, incisos III a VIII, da Lei nº 
6.385, de 1976. 
 
O agente autônomo de investimento com credenciamento cancelado pode, no prazo de 
10 (dez) dias úteis, apresentar solicitação de reconsideração à entidade credenciadora. 
 
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5 
Vedações 
É vedado ao agente autônomo de investimento ou à pessoa jurídica constituída na forma 
do art. 2º da Instrução 497: 
 
I. Manter contrato para a prestação dos serviços relacionados no art. 1º com mais de 
uma instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários; 
II. Receber de clientes ou em nome de clientes, ou a eles entregar, por qualquer 
razão e inclusive a título de remuneração pela prestação de quaisquer serviços, 
numerário, títulos ou valores mobiliários ou outros ativos; 
III. Ser procurador ou representante de clientes perante instituições integrantes do 
sistema de distribuição de valores mobiliários, para quaisquer fins; 
IV. Contratar com clientes ou realizar, ainda que a título gratuito, serviços de 
administração de carteira de valores mobiliários, consultoria ou análise de valores 
mobiliários; 
V. Atuar como preposto de instituição integrante do sistema de distribuição de 
valores mobiliários com a qual não tenha contrato para a prestação dos serviços 
VI. Delegar a terceiros, total ou parcialmente, a execução dos serviços que constituam 
objeto do contrato celebrado com a instituição integrante do sistema de 
distribuição de valores mobiliários pela qual tenha sido contratado; 
VII. Usar senhas ou assinaturas eletrônicas de uso exclusivo do cliente para 
transmissão de ordens por meio de sistema eletrônico; 
VIII. Confeccionar e enviar para os clientes extratos contendo informações sobre as 
operações realizadas ou posições em aberto. 
 
Penalidade e Cominatória 
Constitui infração grave, para efeito do disposto no § 3º do art. 11 da Lei nº 6.385, de 
1976: 
I. O exercício da atividade de agente autônomo de investimento em desacordo 
da Instrução 497; 
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6 
II. A obtenção de credenciamento de agente autônomo de investimento ou da pessoa 
jurídica com base em declarações ou documentos falsos; 
III. A inobservância das vedações estabelecidas no art. 13 da Instrução 497. 
 
A respeito das penalidades possíveis: 
I. Ao AAI, à firma individual e às Sociedades de Agente Autônomo de Investimento; 
a. advertência; 
b. multa; 
c. suspensão temporária do credenciamento por até 90 (noventa) dias; e 
d. cancelamento do credenciamento.   
II. Às Instituições Contratantes; 
a. advertência; e 
b. multa. 
 
Nos casos de aplicação de multa, esta não excederá o maior destes valores: 
I. R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais);   
II. Cinquenta por cento do valor da emissão ou operação irregular;  
III. Três vezes o montante da vantagem econômica obtida ou da perda evitada em 
decorrência do ilícito. 
 
Além dessas, estão dispostos a multa cominatória de R$ 100 por dia, limitado a 30 dias, a 
partir do dia seguinte ao fim do prazo para cumprimento da obrigação. Após o prazo, a 
ANCORD cobrará a multa e pode abrir processo administrativo sancionador. 
I. AAI que: 
a. não encaminhar à ANCORD as informações e documentos solicitados; 
b. não mantiver seu cadastro atualizado junto à Ancord; 
c. impedir, ou de qualquer modo dificultar o acesso da Ancord às suas 
instalações. 
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7 
II. A instituição contratante: 
a. quando não cumprir prazos estabelecidos por este Código de Conduta 
Profissional e pelo Código de Autorregulação da Ancord; 
b. não encaminhar à Ancord as informações e documentos solicitados. 
c. não mantiver seu cadastro atualizado junto à ANCORD; 
 
 
Diferenciação da Atividade do Agente Autônomo das Atividades de 
Administração, Análise e Consultoria de Valores Mobiliários 
Administrador de carteiras 
A administração de carteiras de valores mobiliários é o exercício profissional de 
atividades relacionadas, direta ou indiretamente, ao funcionamento, à manutenção e à 
gestão de uma carteira de valores mobiliários, incluindo a aplicação de recursos 
financeiros no mercado de valores mobiliários por conta do investidor. 
 
Consultor de Valores Mobiliários 
Considera-se consultoria de valores mobiliários a prestação dos serviços de orientação, 
recomendação e aconselhamento, de forma profissional, independente e individualizada, 
sobre investimentos no mercado de valores mobiliários, cuja adoção e implementação 
sejam exclusivas do cliente. 
 
Analista de Valores Mobiliários 
Analista de valores mobiliários é a pessoa natural ou jurídica que, em caráter profissional, 
elabora relatórios de análise destinados à publicação, divulgação ou distribuição a 
terceiros, ainda que restrita a clientes. 
 
 
 
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8 
Lei nº 9.613/98; Circular BACEN 3461/09; 
3654/13; Instrução CVM nº 301/99: 
Lavagem de Dinheiro 
 
 
Conceito de Crime de Lavagem de Dinheiro ou Ocultação de Bens, Direitos e 
Valores 
Lavagem de dinheiro ou ocultação de bens direitos e valores consiste no ato de ocultar 
ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade 
de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal. A 
lei que dispõe sobre o assunto é a Lei 9.613/98. 
O crime de lavagem de dinheiro se constitui em três etapas principais, são elas: 
colocação, ocultação e integração. 
• Colocação: a colocação é a primeira etapa do crime. Ela consiste em inserir o 
dinheiro ilícito na economia formal, ou seja, em empresas lícitas. Tipicamente a 
colocação é feita em pequenas quantias separadas. Isto ocorre poisos que 
praticam o crime buscam esconder o volume dos recursos. Ao dividir entre 
numerosas pequenas operações, se torna mais difícil para investigadores 
rastrearem os recursos. A colocação é feita de diversa formas, tais como: Contratos 
em casa de câmbio, aplicações em bancos e envolvimento em jogos. 
 
• Ocultação: após a colocação se tem início a fase de ocultação. Na fase de ocultação 
busca-se transacionar o recurso o maior número de vezes possível. Isto, além de – 
mais uma vez – tornar difícil rastrear o dinheiro, irá dar um caráter lícito para os 
recursos. Muitas vezes, nessa fase os criminosos se utilizam de paraísos fiscais. 
Nesta fase é comum uma ampla movimentação dos recursos. Como por exemplo, a 
 
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9 
troca de transferência entre diversas contas. E a entrada e saída do dinheiro em 
diversas empresas. 
 
• Integração: após a fase da ocultação, o recurso já aparenta ser lícito, muito 
embora seja de origem ilícita. A fase de integração é a última fase, e consiste na 
fase em que o dinheiro se insere definitivamente na economia formal e com uma 
origem aparentemente lícita. Isto é, para constatar a origem ilícita do recurso seria 
necessário retroagir inúmeras operações. Na fase de integração tipicamente são 
feitos investimentos, como a aquisição de empresas, aproveitando-se do fato do 
que o dinheiro aparenta ser lícito. 
 
Responsabilidades 
• A pena para o crime de lavagem de dinheiro é multa e reclusão de 3 à 10 anos. 
Sendo acrescida em um a dois terços, se os crimes definidos nesta Lei forem 
cometidos de forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa. 
Também pode ser reduzida de um a dois terços e ser cumprida em regime aberto 
ou semiaberto se o autor, coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as 
autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações 
penais, à identificação dos autores, coautores e partícipes, ou à localização dos 
bens, direitos ou valores objeto do crime. 
• A multa pecuniária variável não pode ter valor superior: 
✓ ao dobro do valor da operação. 
✓ ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela 
realização da operação. 
✓ ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais). 
 
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10 
Ações Preventivas e Acompanhamento de Operações 
• Em relação aos intermediadores de mercado eles devem monitorar continuamente 
as seguintes operações ou situações envolvendo títulos ou valores mobiliários: 
✓ Operações cujos valores se afigurem objetivamente incompatíveis com a 
ocupação profissional, os rendimentos e/ou a situação patrimonial ou 
financeira de qualquer das partes envolvidas, tomando-se por base as 
informações cadastrais respectivas; 
✓ Operações realizadas entre as mesmas partes ou em benefício das mesmas 
partes, nas quais haja seguidos ganhos ou perdas no que se refere a algum 
dos envolvidos; 
✓ Operações que evidenciem oscilação significativa em relação ao volume e/ou 
frequência de negócios de qualquer das partes envolvidas; 
✓ Operações cujos desdobramentos contemplem características que possam 
constituir artifício para burla da identificação dos efetivos envolvidos e/ou 
beneficiários respectivos; 
✓ Operações cujas características e/ou desdobramentos evidenciem atuação, 
de forma contumaz, em nome de terceiros; 
✓ Operações que evidenciem mudança repentina e objetivamente injustificada 
relativamente às modalidades operacionais usualmente utilizadas pelo(s) 
envolvido(s); 
✓ Operações realizadas com finalidade de gerar perda ou ganho para as quais 
falte, objetivamente, fundamento econômico; 
✓ Operações com a participação de pessoas naturais residentes ou entidades 
constituídas em países que não aplicam ou aplicam insuficientemente as 
recomendações do Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro 
e o Financiamento do Terrorismo – GAFI; 
 
 
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11 
• Lei 9613/98 também dispõe da criação do Conselho de Controle de Atividades 
Financeiras (COAF), é o principal órgão de combate e prevenção à lavagem de 
dinheiro que tem a finalidade de disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, 
examinar e identificar ocorrências suspeitas de atividade ilícita. Vale ressaltar as 
comunicações de boa-fé ao COAF não acarretarão responsabilidade civil ou 
administrativa. 
 
Cadastro de Clientes: Informações e Atualizações Cadastrais 
• Segundo a instrução do BACEN 3654, todas as instituições autorizadas a funcionar 
pelo Banco Central do Brasil devem implementar políticas, procedimentos e 
controles internos, de forma compatível com seu porte e volume de operações, 
destinados a prevenir sua utilização na prática dos crimes de Lavagem de Dinheiro. 
• Informações necessárias para o cadastro do cliente:I – Qualificação do cliente: 
✓ Pessoas naturais: 
▪ nome completo; 
▪ filiação; 
▪ nacionalidade; 
▪ data e local do nascimento; 
▪ documento de identificação (tipo, número, data de emissão e órgão 
expedidor); 
▪ número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF). 
• Informações necessárias para o cadastro do cliente:I – Qualificação do cliente: 
✓ Pessoas jurídicas: 
▪ firma ou denominação social; 
▪ atividade principal; 
▪ forma e data de constituição; 
▪ Informações referidas na alínea “a” que qualifiquem e autorizem os 
administradores; 
 
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12 
▪ mandatários ou prepostos; 
▪ número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); e 
▪ dados dos atos constitutivos devidamente registrados na forma da lei. 
 
• Informações necessárias para o cadastro do cliente: 
✓ Endereços residencial e comercial completos; 
✓ Número do telefone e código de Discagem Direta a Distância (DDD); 
✓ Valores de renda mensal e patrimônio, no caso de pessoas naturais, e de 
faturamento médio mensal referente aos doze meses anteriores, no caso de 
pessoas jurídicas; 
✓ Declaração firmada sobre os propósitos e a natureza da relação de negócio 
com a instituição. 
 
• Vale ressaltar que o Cadastro de clientes deve ser atualizado em prazo não 
superior a 24 meses. 
 
Pessoa Politicamente Exposta (PPE) 
• PPE são pessoas que desempenham ou tenham desempenhado, nos últimos 5 
(cinco) anos, cargos, empregos ou funções públicas relevantes, no Brasil ou em 
outros países. 2. As operações ou propostas de operações que possuam PEP como 
parte envolvida serão sempre consideradas como merecedoras de especial 
atenção. 
• São consideradas, no Brasil, pessoas politicamente expostas: 
✓ Os detentores de mandatos eletivos dos Poderes Executivo e Legislativo da 
União; 
✓ Os ocupantes de cargo, no Poder Executivo da União: 
 
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13 
▪ de Ministro de Estado ou equiparado; 
▪ de natureza especial ou equivalente; 
▪ de Presidente, Vice-Presidente e diretor, ou equivalentes, de 
autarquias, fundações públicas, empresas públicas ou sociedades de 
economia mista; ou 
▪ do grupo direção e assessoramento superiores – DAS, nível 6, e 
equivalentes. 
✓ Os membros do Conselho Nacional de Justiça, do Supremo Tribunal Federal e 
dos tribunaissuperiores; 
✓ Os membros do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da 
República, o Vice-Procurador-Geral da República, o Procurador-Geral do 
Trabalho, o Procurador-Geral da Justiça Militar, os Subprocuradores-Gerais da 
República e os Procuradores-Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal; 
✓ Os membros do Tribunal de Contas da União e o Procurador-Geral do Ministério 
Público junto ao Tribunal de Contas da União; 
✓ Os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Presidentes de Tribunal de 
Justiça, de Assembleia Legislativa e de Câmara Distrital e os Presidentes de 
Tribunal e de Conselho de Contas de Estados, de Municípios e do Distrito 
Federal; e 
✓ os Prefeitos e Presidentes de Câmara Municipal de capitais de Estados. 
✓ Familiares de primeiro grau de PPE. 
 
• As operações ou propostas de operações que possuam PEP como parte envolvida 
serão sempre consideradas como merecedoras de especial atenção; 
• Presidente de sindicato, prefeitos e presidente de câmara de vereadores de 
cidades que não são capitais não são considerados PEP. 
 
 
 
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14 
Economia 
 
Noções gerais 
A Economia consiste na ciência que estuda as formas de comportamento humano 
resultantes da relação existente entre as ilimitadas necessidades de satisfazer e os 
recursos que, embora escassos, se prestam a usos alternativos. Existem duas grandes 
áreas de conhecimento na Economia, dívidas em Macroeconomia e Microeconomia. 
A Macroeconomia é uma ramificação da ciência econômica que visa estudar, medir e 
observar uma economia nacional ou regional como um todo. Esta ramificação é um dos 
dois pilares da economia; o segundo é a microeconomia, que definiremos mais adiante. 
Um conceito fundamental da macroeconomia é o de sistema econômico, que se refere 
à organização dos recursos produtivos.  
A Macroeconomia é dívida em 5 principais mercados: Mercado de bens e serviços, 
Mercado de trabalho, Mercado monetário, Mercado de títulos e Mercados de divisas. 
Os objetos de estudo da macroeconomia principais são: Crescimento da economia, 
Pleno emprego, Estabilidade de preços e Controle inflacionário. 
Já a Microeconomia, também conhecida como teoria dos preços, estuda a formação de 
preços no mercado e analisa como o consumidor interage e decide qual o preço e 
quantidade de determinado bem ou serviço em determinados mercados. Enquanto 
aMacroeconomia visa a estudar o comportamento da economia como um todo, de 
modo a considerar as variáveis globais, como consumo agregado, renda nacional e 
investimentos globais. A Microeconomia preocupa-se com a formação de preços de 
bens e serviços (por exemplo, milho, automóveis) e de fatores de produção (lucros, 
salários) em mercados específicos. 
Além disso, a Microeconomia abrange as interações que ocorrem nos mercados através 
da noção existente e da regulação estatal, de modo a distinguir o mercado de um 
produto ou serviços dos mercados de fatores de produção, trabalho e capital. A 
concorrência e o monopólio são estudados em função de suas consequências, em 
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15 
termos de comportamento e eficiência econômica. É realizada, assim, uma análise de 
mercado a partir das conjecturas simplificadoras, que são: racionalidade dos agentes e 
equilíbrio parcial. Uma análise no equilíbrio geral ajuda a avaliar os resultados sobre 
os demais mercados, de modo a compreender as interações e as estruturas que podem 
auxiliar na aproximação de um equilíbrio. 
 
Tabela – Macroeconomia vs. Microeconomia. 
Macroeconomia 
• Perspectivageral. 
• Países. 
• Análise do PIB nacional. 
• Estuda Economia como um todo. 
 
Microeconomia 
• Perspectiva individual. 
• Consumidores. 
• Análise da produção individual. 
• Atividade do consumidor em mercados 
específicos. 
Fonte: Elaborada pelo autor. 
 
Índices e Indicadores 
Indicadores econômicos são Índices que nos permitem visualizar realidades econômicas 
de maneira direta e quantitativa. É uma estatística que supõe uma medição de uma 
variável durante um certo período. Deve ser usado para conhecer uma determinada 
situação econômica e realizar projeções para o futuro. São importantes para o 
conhecimento do profissional do mercado financeiro, já que, ditam o humor do 
mercado e são até as vezes utilizados como benchmark. Os principais indicadores 
econômicos são apresentados a seguir. 
 
Taxa Selic 
A Taxa SELIC é a taxa básica de juros da economia brasileira. Esta taxa básica é utilizada 
como referência para o cálculo das demais taxas de juros cobradas pelo mercado e para 
definição da política monetária praticada pelo Governo Federal do Brasil. 
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INPC 
O INPC mede o quanto que varia o custo de vida das famílias com integrantes 
assalariados e com rendimento mensal de 1 a 5 salários-mínimos mensais, o que 
corresponde a cerca de 50% das famílias brasileiras. O Indicador é produzido pelo IBGE, 
o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) é um dos principais do país sobre a 
variação mensal dos preços. 
 
IGP-DI 
Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna, da FGV, índice que tenta refletir as 
variações mensais de preços, pesquisados do dia 01 ao último dia do mês corrente. Ele é 
formado pelo IPA (Índice de Preços por Atacado), IPC (Índice de Preços ao Consumidor) 
e INCC (Índice Nacional do Custo da Construção), com pesos de 60%, 30% e 10%, 
respectivamente. O índice apura as variações de preços de matérias-primas agrícolas e 
industriais no atacado e de bens e serviços finais no consumo. 
 
IGP-M 
Índice Geral de Preços do Mercado, também produzido pela Fundação Getúlio Vargas, 
com metodologia igual à utilizada no cálculo do IGP-DI. A principal diferença é que, 
enquanto este abrange o mês fechado, o IGP-M é pesquisado entre os dias 21 de um 
mês e 20 do mês seguinte. Foi criado por solicitação de entidades do setor financeiro 
que, diante das mudanças frequentes promovidas pelo governo nos índices oficiais de 
inflação na década de 80, desejavam um índice com mais credibilidade e independência. 
O contrato de prestação de serviços entre essas entidades e a FGV foi celebrado em 
maio de 1989. 
O IGP-M/FGV analisa as mesmas variações de preços consideradas no IGP-DI/FGV, ou 
seja, o Índice de Preços por Atacado (IPA), que tem peso de 60% do índice, o Índice de 
Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% e o Índice Nacional de Custo de 
Construção (INCC), representando 10% do IGP-M. o IGP-M por não ser um índice de 
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preços ao consumidor reflete as oscilações do dólar, pela influência das indústrias no 
índice. 
 
IPCA 
Segundo IBGE o IPCA tem por objetivo medir a inflação de um conjunto de produtos e 
serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias. Esta 
faixa de renda foi criada com o objetivo de garantir uma cobertura de 90% das famílias 
pertencentes às áreas urbanas. Atualmente, a população-objetivo do IPCA abrange as 
famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, 
residentes nas áreas urbanas das regiões de abrangência do SNIPC. 
 
Taxa Referencial (TR) 
A Taxa Referencial é uma taxa mensal que foi criada para servir de referência para a 
taxa de juros no Brasil,numa tentativa de controlar a inflação durante o governo Collor, 
no início dos anos 1990.O cálculo da Taxa Referencial toma como base a média 
ponderada das taxas de juros pagas diariamente pelos CDBs prefixados das 30 maiores 
instituições financeiras do país. Essa média, divulgada em base mensal, é chamada de 
Taxa Básica Financeira (TBF). 
TR = 100 x [(1+TBF) /R-1], onde a TBF mensal está em notação decimal e R é o redutor. R 
= a + b x, “a” é 1,005 (valor determinado pelo governo) e “b” é um valor, também 
determinado pelo governo, que varia de acordo com a TBF anualizada. 
 
TJLP 
Segundo BNDES, A Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP tem período de vigência de um 
trimestre-calendário e é calculada a partir dos seguintes parâmetros: 
I. Meta de inflação calculada pro rata para os doze meses seguintes ao primeiro 
mês de vigência da taxa, inclusive, baseada nas metas anuais fixadas pelo 
Conselho Monetário Nacional; 
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II. Prêmio de risco. 
A TJLP é fixada pelo Conselho Monetário Nacional e divulgada até o último dia útil do 
trimestre imediatamente anterior ao de sua vigência. Em moedas contratuais, a TJLP, 
expressa em percentual ao ano. 
 
PNAD 
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua é realizada pelo IBGE. O 
Instituto produz inúmeros indicadores mensalmente, trimestralmente e anualmente 
sobre o mercado de trabalho brasileiro, que são importantes para o planejamento 
socioeconômico do Brasil. A PNAD, especificamente, fornece dados sobre a quantidade 
de pessoas empregadas, desempregadas, taxa de ocupação e taxa de desemprego. 
Também apresenta a média dos rendimentos dos trabalhadores. 
 
Produção industrial 
Um dos principais setores da economia de um país é a Indústria, ela é o setor que mais 
exerce impacto no crescimento do produto agregado. Economias bem-sucedidas no 
processo de industrialização são aquelas que atingem um estágio de desenvolvimento 
industrial em que são capazes de desenvolver e absorver novas tecnologias e difundir as 
mudanças tecnológicas para todo resto da economia. A fim de buscar maior 
desenvolvimento industrial e monitorar a atual indústria foram criados os indicadores 
de produção industrial, Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) e 
Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES). 
 
PIB 
Produto Interno Bruto (PIB) é a soma, em valores monetários, dos bens e serviços finais 
produzidos em uma determinada região durante certo período. Esse indicador mensura 
a atividade econômica de uma região. O Produto Interno Bruto (PIB) é um dos 
principais indicadores de economia, pois demonstra o valor adicionado à economia em 
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um determinado período. O PIB pode ser calculado por mais de uma ótica, as 
quais devem apresentar o mesmo resultado. As três óticas do cálculo do PIB são: 
Ótica da despesa 
Também chamada de cálculo pela ótica da demanda (ou ótica de consumo), soma tudo 
o que é gasto no país e, portanto, sugere o poder de compra naquele período. O 
primeiro item é a despesa das famílias em bens de consumo, chamada de consumo das 
famílias. Outro item, a despesa do Estado em bens de consumo, é chamado de gastos 
do governo. Entram também na conta as despesas de empresas nos bens de capital 
(máquinas que serão usadas para produzir), chamadas de formação bruta de capital 
fixo. Essas despesas de empresas mais a variação nos estoques de matérias-primas e 
produtos formam o investimento. Ao que foi gasto por famílias, governo e empresas são 
acrescentadas as exportações. A partir desse valor, são descontadas as importações. O 
saldo da balança comercial é o resultado das exportações menos as importações. 
Nessa ótica, o valor do PIB é calculado a partir das despesas realizadas pelos agentes 
em bens e serviços finais, sendo excluídos do seu cálculo todos os bens de consumo 
intermediário. Assim, o PIB é equivalente aos gastos das famílias, mais o consumo do 
governo, os investimentos das empresas e as exportações líquidas (exportações menos 
importações): 
Em que: 
• C = Consumo das Famílias; 
• I = Investimento das Empresas; 
• G = Gastos do Governo; 
• X = Exportações; 
• M = Importações. 
 
Ótica da oferta 
Também chamada de ótica da produção, considera apenas o valor adicionado por cada 
empresa. Isto é, a produção total subtraída do consumo intermediário. 
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Em que: 
• VAB = Valor Adicionado Bruto; 
• T = Tributos; e 
• S = Subsídios. 
 
Imagine que o IBGE queira calcular a produção gerada por um artesão que cobra R$ 30 
por uma escultura de mármore. Para fazer a escultura, ele usou mármore e martelo, os 
quais foram adquiridos na indústria. O preço de R$ 30 traz embutidos os custos das 
matérias-primas utilizadas. Se o mármore e o martelo custaram R$ 20, a contribuição do 
artesão para o PIB foi de R$ 10. Esse valor representa a produção gerada ao se 
transformar um pedaço de mármore em uma escultura. O IBGE faz esse cálculo 
para toda a cadeia produtiva brasileira. Ou seja, são excluídas da produção total de 
cada setor as matérias-primas que foram adquiridas em outros setores. 
Depois de fazer esses cálculos, o instituto soma a produção gerada por cada setor 
(agropecuária, indústria e serviços), chegando à contribuição de cada um para a geração 
de produção e crescimento econômico. 
 
Ótica do rendimento 
Nessa ótica, o PIB é calculado com base nos rendimentos dos fatores produtivos 
utilizados pelas empresas. 
 
Política Monetária, Fiscal, Cambial e de Rendas 
Política monetária 
A política monetária, executada pelo Banco Central e normatizada pelo Conselho 
Monetário Nacional (CMN), corresponde à atuação do governo sobre os meios de 
pagamento, oferta de títulos públicos federais e das taxas de juros. Esses fatores afetam 
tanto o custo como a oferta de crédito, com o objetivo de atingir e incentivar o 
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emprego, distribuição de riquezas, estabilidade de preços e crescimento econômico 
Os governos representados pelas autoridades monetárias (principalmente o Conselho 
Monetário Nacional) possuem o objetivo principal de promover desenvolvimento, 
geração de empregos e renda para a população. Nesse contexto, as políticas 
monetárias são instrumentos poderosos de atuação nessas frentes. Segundo 
especialistas as decisões dos bancos centrais influenciam os comportamentos da 
sociedade de forma sutil, pois tanto o controle das reservas monetárias como das taxas 
de juros, embora importantes, podem surtir efeito apenas no médio prazo e depender 
de ajustes e adaptações dos agentes financeiros até refletir diretamente nos juros pagos 
pelos consumidores ou oferecidos aos investidores. 
 
Instrumentosde política monetária 
O Banco Central conduz a política monetária através de instrumentos que visam 
basicamente ao aumento ou redução da circulação de moeda na economia. Vejamos os 
principais instrumentos: 
• Recolhimentos compulsórios: referem-se ao valor que deverá ficar retido no 
BACEN sobre os depósitos captados pelos bancos. Quanto maior o valor desse 
recolhimento, menor a disponibilidade dos bancos para realizar empréstimos. Se 
o compulsório for reduzido, significa que os bancos terão maior disponibilidade 
de recursos para realizarempréstimos, estimulando o crédito e o consumo. 
• Operações de mercado aberto (Open Market): o governo interfere no dia a dia 
do mercado financeiro com o objetivo de influenciar a liquidez, ou seja, o volume 
de recursos disponíveis. Assim, as operações realizadas no chamado “mercado 
aberto” funcionam da seguinte maneira: quando o BACEN vende títulos do 
Tesouro Nacional (Governo Brasileiro), vende-os a quem? Aos bancos. São os 
títulos que o Governo emite para retirar dinheiro de circulação, o que, com isso, 
controla a quantidade e, portanto, a liquidez do sistema. Por outro lado, financia 
o déficit, porque gasta mais do que arrecada. Isso se transforma em dívida 
pública. Quando o Governo compra os títulos de volta, ao pagar por eles, o 
dinheiro retorna aos bancos e, consequentemente, para a economia como um 
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todo, o que aumenta a quantidade de dinheiro em circulação e a liquidez. 
• Operações de redesconto: refere-se à atuação do Banco Central no sistema 
financeiro através do empréstimo de recursos aos bancos e redesconto de títulos 
de crédito, com o objetivo de socorrer os bancos com dificuldade de equilibrar 
seu saldo em situações em que saques versus depósitos realizados pelos clientes 
apresentam saldo negativo. 
• Controle seletivo de crédito: são intervenções diretas do Banco Central no 
controle monetário através do mercado de crédito, constituindo “um 
instrumento que impõe restrições ao livre funcionamento das forças do mercado, 
pois estabelece controles diretos sobre o volume e o preço do crédito” 
(NEWLANDS JR, 2011). É, portanto, um contingenciamento. Exemplo: em uma 
situação de inflação elevada, o BACEN, por determinação do CMN, pode impor 
limites nos níveis de empréstimos (totais) das instituições financeiras e outras não 
financeiras. 
 
Tipos de políticas monetária 
Política monetária restritiva 
Uma política monetária restritiva significa que o governo utiliza mecanismos para retirar 
dinheiro de circulação ou diminuir o estoque de moeda e poder de compra; assim, o 
efeito é uma queda da demanda agregada, em que as pessoas, com um menor poder de 
compra, tendem a diminuir o consumo. Exemplo: venda de títulos públicos pelo 
BACEN.Sempre que houver crescimento da demanda e de investimentos acima da 
oferta de recursos na economia, são adotadas medidas de política restritiva para anular 
os efeitos da inflação (NETO, 2008). Exemplo: Venda de títulos públicos pelo BACEN. 
 
Política monetária expansiva 
Uma política monetária expansiva aumenta o estoque de moeda ou poder de compra, 
implicando no aumento da demanda agregada. Assim as pessoas, com maior poder de 
compra, tendem a aumentar o consumo. Exemplo: compra de títulos públicos pelo 
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BACEN.Quando o quadro é de incentivo ao consumo, os governos põem em prática as 
políticas expansivas que têm como objetivo injetar mais recursos na economia, 
elevando a base monetária, o que expande a economia e gera reflexos positivos sobre a 
produção de bens e serviços (NETO, 2008). 
 
Política Fiscal 
Conforme o Tesouro Nacional (2019): 
Política fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais o Governo 
arrecada receitas e realiza despesas de modo a cumprir três 
funções: a estabilização macroeconômica, a redistribuição da renda 
e a alocação de recursos. A função estabilizadora consiste na 
promoção do crescimento econômico sustentado, com baixo 
desemprego e estabilidade de preços. A função redistributiva visa a 
assegurar a distribuição equitativa da renda. Por fim, a função 
alocativa consiste no fornecimento eficiente de bens e serviços 
públicos, compensando as falhas de mercado. 
 
Conforme foi visto pela ótica da despesa (PIB = C + I + G + (X – M)), o governo consegue 
estimular o crescimento econômico ao aumentar os seus gastos. Assim, uma das 
funções da política fiscal é a promoção do crescimento econômico. Para economistas 
como Keynes e Kalecki, os gastos do governo podem ser utilizados para estimular o 
crescimento econômico, sobretudo em períodos de crise. Economistas de vertente 
“ricardiana” defendem que os gastos do governo não exercem efeito sobre a economia, 
pois geram uma poupança de igual magnitude da iniciativa privada. De acordo com os 
economistas inglês David Ricardo e o estadunidense Robert Barro, o aumento dos 
gastos do governo pode desestimular o investimento e o consumo de modo a gerar um 
efeito expulsão, pois os agentes sabem que os maiores gastos terão que ser pagos no 
futuro. 
Definidas as diferentes visões sobre o efeito da política fiscal, é importante destacar que 
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ela pode assumir duas formas: 
• Política fiscal expansionista: aumento dos gastos do governo ou redução dos 
impostos. Possui como objetivo estimular a demanda privada e promover o 
crescimento econômico; 
 
• Política fiscal contracionista: redução dos gastos do governo ou aumento dos 
impostos, visando a desestimular a produção e reduzir a renda e os preços. 
 
Política Cambial 
Política cambial é o conjunto de ações e orientações ao dispor do Estado destinadas 
a equilibrar o funcionamento da economia através de alterações das taxas de 
câmbio (preço das moedas estrangeiras medido em moeda nacional) e do controle das 
operações cambiais. 
A taxa de câmbio é um indicador utilizado para mensurar a oferta e a demanda por 
moedas entre dois países. Ela não é afetada apenas pelo comércio de bens (balança 
comercial), mas também pelos serviços vendidos e recebidos do exterior, doações e 
transações financeiras. Com a desregulamentação financeira levada a cabo, 
principalmente a partir da década de 1990, ela passou a ser mais volátil e mais sensível 
ao movimento dos capitais e aplicações de curto prazo. 
Existem três regimes possíveis de câmbio: câmbio fixo, câmbio flutuante e banda 
cambial. No câmbio fixo, o Banco Central define a taxa de câmbio e realiza as operações 
necessárias para mantê-lo no patamar fixado. No câmbio flutuante, são as forças de 
mercado, oferta e demanda, que definem a taxa de câmbio vigente. Não raro, os países 
apresentam câmbio flutuante sujo, situação na qual o câmbio é flutuante, mas está 
sujeito a intervenções do Banco Central. Essas intervenções são utilizadas, 
principalmente, em virtude da diminuição de sua volatilidade, dado que uma taxa de 
câmbio com uma volatilidade elevada é prejudicial ao comércio internacional. 
Efeitos de uma desvalorização cambial: 
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• Renda nacional diminui em termos internacionais; 
• Preço dos bens domésticos no exterior diminui e as exportações aumentam; 
• Preço dos bens importados aumenta e as importações recuam, o que pode levar 
ao crescimento da inflação; 
• A moeda desvalorizada afeta positivamente o orçamento dos turistas forâneos, 
incentivando o turismo. 
 
Efeitos de uma valorização cambial: 
• Renda nacional aumenta em termos internacionais; 
• Preço dos bens domésticos no exterior aumenta e as exportações diminuem; 
• Preço dos bens importados diminui e as importações aumentam, o que pode 
levar ao crescimento da inflação; 
• A moeda valorizada afeta negativamente o orçamento dos turistas forâneos, 
desincentivando o turismo. 
 
Política de Rendas 
Política de rendas éum conjunto de medidas visando a redistribuição de renda e justiça 
social. É um dos instrumentos da política econômica governamental, juntamente com a 
política fiscal, política monetária e a política cambial. O exercício da política de renda 
pelo Governo consiste no controle da remuneração dos fatores diretos de produção na 
economia — salários, depreciações, lucros, dividendos e preços dos produtos 
intermediários e finais —. As políticas de rendas são normalmente usadas durante 
períodos de aumento da procura, para tentar prevenir o aumento de preços. 
 
Conceitos e Objetivos 
Taxa DI 
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A Taxa DI ou Taxa CDI, é a taxa de juros praticada nos empréstimos entre instituições 
financeiras. Todos os dias, bancos que ficam com o caixa negativo podem recorrer ao 
mercado interbancário para fazer empréstimos com os bancos que têm sobra de caixa. 
Apenas instituições financeiras participam do mercado interbancário, que também não 
sofre a incidência de impostos.Há duas formas básicas para os bancos tomarem 
dinheiro no mercado interbancário:os DIs (Depósitos Interbancários) e as operações 
compromissadas. 
No primeiro caso, o banco que precisa do empréstimo emite um título de renda fixa, o 
Certificado de Depósito Interbancário ou Certificado de Depósito Interfinanceiro, nosso 
conhecido CDI.Eles são similares aos Certificados de Depósito Bancário (CDBs), títulos de 
renda fixa muito populares entre as pessoas físicas. A diferença é que apenas bancos 
podem comprar os CDIs.As operações compromissadas são semelhantes. Mas, nesse 
caso, os bancos que tomam dinheiro colocam os títulos públicos que têm em carteira 
como garantia do empréstimo. 
Todas as informações anteriores são utilizadas pela ciência econômica para analisar e 
concluir informações como: o que produzir, quando produzir, em que quantidade 
produzir e para quem produzir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sistema Financeiro Nacional 
 
Composição e Regulamentação Governamental 
CMN 
O Conselho Monetário Nacional (CMN), criado pela Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 
1964, pode ser considerado um órgão de caráter unicamente normativo. Ele não realiza 
atividades executivas. Além disso, o CMN é responsável pelo controle do SFN; assim, 
define as diretrizes, regulamentações e regulações que as entidades que compõem o 
SFN devem seguir, sendo também responsável por disciplinar a atuação dessas 
entidades. É o órgão máximo do Sistema Financeiro Nacional. 
São membros do Conselho Monetário Nacional (Lei n° 13.844, de 18 de junho de 2019): 
• Ministro da Economia (presidente do conselho); 
• Presidente do Banco Central do Brasil (BACEN); e 
• Secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia. 
 
Outras competências do CMN: 
• Autorizar as emissões de papel-moeda; 
• Estabelecer condições para que o Banco Central da República do Brasil emita 
moeda-papel de curso forçado; 
• Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central da República 
do Brasil; 
• Determinar as características gerais das cédulas e das moedas; 
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• Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto à compra e venda 
de ouro e quaisquer operações em Direitos Especiais de Saque e em moeda 
estrangeira; 
• Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que exercerem atividades 
subordinadas ao CMN, bem como a aplicação das penalidades previstas; 
• Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos nas comissões e 
qualquer outra forma de remuneração de operações e serviços bancários ou 
financeiros, inclusive os prestados pelo Banco Central da República do Brasil; 
• Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de fundos público; 
• Determinar o percentual de recolhimento de compulsório; 
• Regulamentar as operações de redesconto; 
• Decidir sobre a estrutura técnica e administrativa do Banco Central da República 
do Brasil e fixar seu quadro de pessoal, bem como estabelecer os vencimentos e 
vantagens de seus funcionários, servidores e diretores, cabendo ao presidente 
deste apresentar as respectivas propostas; 
• Regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de todas as instituições 
financeiras que operam no país; e 
• Baixar normas que regulam as operações de câmbio, inclusive swaps, a fim de fixar 
limites, taxas, prazos e outras condições. 
 
BACEN 
O Banco Central do Brasil (BACEN) é a entidade supervisora do Sistema Financeiro 
Nacional (SFN). Cabe destacar que ele deve obedecer às diretrizes estabelecidas pelo 
Conselho Monetário Nacional (CMN), sendo responsável pela supervisão das entidades 
financeiras, bancos de câmbio e outras instituições financeiras intermediárias: 
• Autarquia vinculada ao Ministério da Economia (anteriormente era vinculada ao 
Ministério da Fazenda, que foi extinto em janeiro de 2019); 
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• Diretoria colegiada composta por um presidente e oito diretores (nove membros), 
todos nomeados pelo presidente da república e aprovados pelo Senado; 
• Principal órgão executivo do SFN; e 
• Compete ao BACEN cumprir e fazer cumprir as disposições que lhe são atribuídas 
pela legislação em vigor e as normas expedidas pelo CMN. 
 
Principais atribuições do BACEN: 
• Autorizar o funcionamento e fiscalizar as instituições financeiras, punindo-as se for 
o caso; 
• Emitir moeda-papel e moeda metálica; 
• Controlar o crédito e o fluxo de capitais estrangeiros; e 
• Executar a política monetária e cambial. 
 
Outras atribuições: 
• Executar os serviços do meio circulante; 
• Determinar o recolhimento de até cem por cento do total dos depósitos à vista e 
de até sessenta por cento de outros títulos contábeis das instituições financeiras; 
• Realizar operações de redesconto e empréstimos a instituições financeiras 
bancárias; 
• Ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda estrangeira e de Direitos 
Especiais de Saque, realizando todas e quaisquer operações previstas no Convênio 
Constitutivo do Fundo Monetário Internacional; 
• Formular e executar as políticas monetárias e cambiais, de acordo com as 
diretrizes do Governo Federal; 
• Executar as diretrizes e normas do CMN; 
• Regular e administrar o Sistema Financeiro Nacional; 
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30 
• Administrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e o meio circulante; 
• Receber os recolhimentos compulsórios dos bancos. 
 
Tesouro Nacional 
O Tesouro Nacional foi criado em 1986, juntamente à Secretaria que o administra, a 
Secretaria do Tesouro Nacional (STN). É um órgão vinculado ao Ministério da 
Economia. É responsável pela gestão do fluxo financeiro do Governo, ou seja, ele é o 
responsável fiscal pela gestão da arrecadação e gastos do Governo, emissão de títulos 
públicos e gestão da dívida pública. Assim, o Tesouro Nacional é considerado o caixa do 
Governo Brasileiro, recebedor dos tributos recolhidos nas movimentações financeiras e 
responsável pela coordenação da dívida pública da União. 
A STN é tambémresponsável pela emissão e comercialização de títulos do tesouro 
nacional. É responsável pela Comissão de Programação Financeira e da Secretaria de 
Controle Interno do Ministério da Economia, e atualmente incorporou as funções fiscais 
anteriormente executadas pelo BACEN e Banco do Brasil S/A. 
O orçamento do Governo é aprovado anualmente na Câmara dos Deputados, nele 
contempla os maiores investimentos e gastos que serão realizados em determinado ano. 
Ao tesouro cabe o processo administrativo da gestão dos recursos.  
A Secretaria do Tesouro Nacional também capta recursos por meio da comercialização 
de títulos públicos, atendendo à necessidade de pagamento da dívida pública. São 
ofertados títulos da dívida pública, uma espécie de empréstimo realizado pela população 
ao governo, para auxiliar no pagamento e redução das dívidas, investimentos em 
educação, saúde e infraestrutura. Tal empréstimo é pago aos investidores em um prazo 
estabelecido e pode ser realizado com acordos de vencimentos e juros diferenciados. 
Alguns exemplos de títulos ofertados pela STN: 
• Tesouro IPCA + (NTN-B Princ) 
• Tesouro IPCA + com juros semestrais (NTN-B) 
• TesouroPrefixado (LTN) 
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31 
• Tesouro Selic (LFT) 
 
CVM 
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma autarquia voltada para 
o desenvolvimento, disciplina e fiscalização do mercado de títulos e valores mobiliários. 
A CVM não exerce julgamento de valor em relação a qualquer informação divulgada 
pelas companhias. Entretanto, ela zela pela sua regularidade e confiabilidade e, para 
tanto, normatiza e busca sua padronização. Assegurar a disponibilidade tempestiva das 
informações sobre os negócios com valores mobiliários e sobre as companhias que os 
tenham emitido constitui um ponto fundamental da normatização no mercado, a qual 
tem sido a base da política de regulação da CVM. 
A Comissão de Valores Mobiliários é administrada por um presidente e quatro 
diretores, nomeados pelo presidente da República depois de aprovados pelo Senado 
Federal, dentre pessoas de ilibada reputação e reconhecida competência em matéria de 
mercado de capitais. O mandato é de cinco anos. É o órgão normativo voltado para o 
desenvolvimento do mercado de títulos e valores mobiliários.  
 
Principais atribuições da CVM: 
• Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; 
• Assegurar o funcionamento eficiente e regular das bolsas de valores e instituições 
auxiliares; 
• Proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões e atos fraudulentos 
nos mercados primários e secundários de ações; 
• Evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar 
condições artificiais de demanda, oferta ou preço de valores mobiliários; 
• Assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados 
e sobre as companhias; 
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32 
• Assegurar a observância de práticas comerciais equitativas; 
• Apurar, julgar e punir irregularidades cometidas no mercado; e 
• Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação de títulos emitidos 
pelas empresas de capital aberto. 
 
Objetivos da CVM: 
• Fixar e implementar as diretrizes e normas do mercado de valores mobiliários; 
• Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação dos títulos emitidos 
pelas sociedades anônimas de capital aberto; 
• Estimular investimentos no mercado acionário; e 
• Fortalecer o mercado de valores mobiliários. 
 
CNSP 
O Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP é órgão responsável por fixar as 
diretrizes e normas da política de seguros privados. É composto por representantes do 
Ministério da Economia (Presidente), do Ministério da Justiça, da Secretaria Especial de 
Previdência e Trabalho (*), da Superintendência de Seguros Privados, do Banco Central 
do Brasil e da Comissão de Valores Mobiliários. 
 
CNPC 
O CNPC é o órgão com a função de regular o regime de previdência complementar 
operado pelas entidades fechadas de previdência complementar, nova denominação do 
então Conselho de Gestão da Previdência Complementar. 
O CNPC é presidido pelo ministro da Previdência Social e composto por representantes 
da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), da Casa Civil da 
Presidência da República, do Ministério da Economia, das entidades fechadas de 
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previdência complementar, dos patrocinadores e instituidores de planos de benefícios 
das entidades fechadas de previdência complementar e dos participantes e assistidos de 
planos de benefícios das referidas entidades. 
Figura – CNPC. 
 
Fonte: Elaborada pelo autor. 
 
Entidades de Apoio e serviços de autorregulação 
B3 
A B3 surgiu sob o formato atual após a fusão da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros 
de São Paulo (BM&FBOVESPA) com a Central de Custódia e de Liquidação Financeira de 
Títulos (CETIP), aprovada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Conselho 
Administrativo de Defesa Econômica (CADE) em 22 de março de 2017. A BM&FBOVESPA 
havia surgido em 8 de maio de 2008, quando houve a fusão da Bolsa de Valores de São 
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Paulo (Bovespa), cuja criação remonta a 1890, e a Bolsa de Mercadorias e Futuros 
(BM&F), fundada em 1917. 
 
A B3 está ligada a todas as bolsas de valores brasileiras, incluindo a Bolsa de Valores do 
Rio de Janeiro (BVRJ), onde são negociados apenas títulos. O indicador de referência é o 
Ibovespa. Em 29 de agosto de 2014 as empresas cotadas na Bovespa bateram o maior 
recorde da história em valor de mercado, todas as 328 companhias listadas na bolsa 
brasileira valiam 2,595 trilhões de reais. A bolsa é uma entidade autorreguladora que 
opera sob a supervisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 
 
BSM 
A BSM Supervisão de Mercados é uma empresa integrante do grupo B3 e constituída 
para realizar, com autonomia administrativa e orçamentária, as atividades de supervisão 
dos mercados administrados pela B3 via: 
• Monitoramento das operações, das ofertas e dos negócios realizados nos 
ambientes de negociação; 
• Supervisão dos participantes do mercado com mediação de diálogo e 
ressarcimento de prejuízos (Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos – MRP); 
• Aplicação de ações disciplinares aos que cometem infrações às normas. 
 
Sistema de Pagamento Brasileiro 
O sistema de pagamentos brasileiro, segundo a Lei 10.214, compreende as entidades, os 
sistemas e os procedimentos relacionados com a transferência de fundos e de outros 
ativos financeiros, ou com o processamento, a compensação e a liquidação de 
pagamentos em qualquer de suas formas. 
Integram o sistema de pagamentos brasileiro, além do serviço de compensação de 
cheques e outros papéis, os seguintes sistemas, na forma de autorização concedida às 
respectivas câmaras ou prestadores de serviços de compensação e de liquidação, pelo 
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Banco Central do Brasil ou pela Comissão de Valores Mobiliários, em suas áreas de 
competência: 
I. De compensação e liquidação de ordens eletrônicasde débito e de crédito; 
II. De transferência de fundos e de outros ativos financeiros; 
III. De compensação e de liquidação de operações com títulos e valores mobiliários; 
IV. De compensação e de liquidação de operações realizadas em bolsas de 
mercadorias e de futuros; e 
V. Outros, inclusive envolvendo operações com derivativos financeiros, cujas câmaras 
ou prestadores de serviços tenham sido autorizados na forma deste artigo. 
Nos sistemas em que o volume e a natureza dos negócios, a critério do Banco Central do 
Brasil, forem capazes de oferecer risco à solidez e ao normal funcionamento do sistema 
financeiro, as câmaras e os prestadores de serviços de compensação e de liquidação 
assumirão, sem prejuízo de obrigações decorrentes de lei, regulamento ou contrato, em 
relação a cada participante, a posição de parte contratante, para fins de liquidação das 
obrigações, realizada por intermédio da câmara ou prestador de serviços. 
Além dos sistemas anteriormente citados o SPB é constituído também por: 
• Instituições financeiras; 
• Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC); 
• Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Operações de Ativos BM&F; 
• Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Operações de Câmbio BM&F; 
• Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Operações de Derivativos 
BM&F; 
• Cetip (Pagamento Social); 
• Selic; 
• Cielo (antiga Visanet) e Redecard; 
• TecBan; 
• Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP). 
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36 
Instituições e Intermediadores 
Financeiros 
 
Instituições financeiras 
O art. 17 da Lei nº 4.595/64 conceitua instituições financeiras como pessoas jurídicas 
públicas ou privadas, que têm como atividade principal ou acessória a coleta, 
intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda 
nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.Assim, a Lei nº 
4.595/64 considera que são instituições financeiras os bancos; as sociedades de crédito, 
financiamento e investimento; as caixas econômicas e as cooperativas de crédito ou a 
seção de crédito das cooperativas. 
 
Conceituação e classificação 
 
Bancos comerciais 
Segundo a resolução CMN 2.624/99os bancos comerciais são instituições financeiras 
privadas ou públicas que têm como objetivo principal proporcionar suprimento de 
recursos necessários para financiar, a curto e a médio prazos, o comércio, a indústria, as 
empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral. A captação de 
depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica do banco comercial, o 
qual pode também captar depósitos a prazo. Deve ser constituído sob a forma de 
sociedade anônima e na sua denominação social deve constar a expressão “Banco”. 
 
Bancos de investimento 
Segundo a resolução CMN 2.624/99os bancos de investimento são instituições 
financeiras privadas especializadas em operações de participação societária de caráter 
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temporário, de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e 
de giro e de administração de recursos de terceiros. Devem ser constituídos sob a forma 
de sociedade anônima e adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a 
expressão “Banco de Investimento”. Não possuem contas correntes e captam recursos 
via depósitos a prazo, repasses de recursos externos, internos e venda de cotas de fundos 
de investimento por eles administrados. As principais operações ativas são financiamento 
de capital de giro e capital fixo, subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários, 
depósitos interfinanceiros e repasses de empréstimos externos. 
 
Bancos múltiplos 
Segundo a resolução CMN 2.624/99 os bancos múltiplos são instituições financeiras 
privadas ou públicas que realizam as operações ativas, passivas e acessórias das diversas 
instituições financeiras, por intermédio das seguintes carteiras: comercial, de 
investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrendamento 
mercantil e de crédito, financiamento e investimento. Essas operações estão sujeitas às 
mesmas normas legais e regulamentares aplicáveis às instituições singulares 
correspondentes às suas carteiras. A carteira de desenvolvimento somente poderá ser 
operada por banco público. O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas 
carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento, e ser 
organizado sob a forma de sociedade anônima. As instituições com carteira comercial 
podem captar depósitos à vista. Na sua denominação social deve constar a expressão 
“Banco” 
 
Caixa Econômica Federal 
A Caixa Econômica Federal, criada em 1.861, está regulada pelo Decreto-Lei 759, de 12 
de agosto de 1969, como empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda (hoje está 
vinculada ao Ministério da Economia, sendo que o Ministério da Fazenda foi extinto em 
janeiro de 2019). Trata-se de instituição assemelhada aos bancos comerciais, podendo 
captar depósitos à vista, realizar operações ativas e efetuar prestação de serviços. Uma 
característica distintiva da Caixa é que ela prioriza a concessão de empréstimos e 
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financiamentos a programas e projetos nas áreas de assistência social, saúde, educação, 
trabalho, transportes urbanos e esporte. Pode operar com crédito direto ao consumidor, 
financiando bens de consumo duráveis, emprestar sob garantia de penhor industrial e 
caução de títulos, bem como tem o monopólio do empréstimo sob penhor de bens 
pessoais e sob consignação e tem o monopólio da venda de bilhetes de loteria federal. 
Além de centralizar o recolhimento e posterior aplicação de todos os recursos oriundos 
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), integra o Sistema Brasileiro de 
Poupança e Empréstimo (SBPE) e o Sistema Financeiro da Habitação (SFH). 
 
BNDES 
Fundado em 1952, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é 
um dos maiores bancos de desenvolvimento do mundo e, hoje, o principal instrumento 
do Governo Federal para o financiamento de longo prazo e investimento em todos os 
segmentos da economia brasileira. 
O apoio do BNDES ocorre por meio de financiamento a investimentos, subscrição de 
valores mobiliários, prestação de garantia e concessão de recursos não reembolsáveis a 
projetos de caráter social, cultural e tecnológico. O Banco atua por meio de produtos, 
programas e fundos, conforme a modalidade e a característica das operações. Por ser 
uma empresa pública e não um banco comercial, o BNDES avalia a concessão do apoio 
com foco no impacto socioambiental e econômico no Brasil. Incentivar a inovação, o 
desenvolvimento regional e o desenvolvimento socioambiental são prioridades para a 
instituição. 
O BNDES oferece condições especiais para micro, pequenas e médias empresas, aquelas 
que faturam anualmente até R$ 300 milhões, assim como linhas de investimentos sociais, 
direcionadas para educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e 
transporte urbano.Em situações de crise, o Banco também tem fundamental atuação 
anticíclica e auxilia na formulação das soluções para a retomada do crescimento da 
economia. O BNDES está presente para apoiar o crescimento do País onde é necessário. 
 
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Cooperativas de crédito 
Cooperativa de Crédito é uma associação de pessoas, que buscam através da ajuda 
mútua, sem fins lucrativos, uma melhor administração de seus recursos financeiros. O 
objetivo da cooperativa de crédito é prestar assistência creditícia e a prestação de 
serviços de natureza bancária a seus associados com condições mais 
favoráveis. Cooperativismo de Crédito no Mundo: As Cooperativas de Crédito são em 
muitos países do mundo uma das principais instituições financeiras a serviço das 
comunidades. 
 
Crédito imobiliário 
As Sociedades de Crédito Imobiliário são instituições sob sociedade anônima que operam 
com crédito imobiliário. Os recursos das SCIs podem ser de operações ativas ou podem 
ser captados. Entretanto, desde a década de 80, as SCIs deixaram de captar recursos do 
público. Hoje, elas atuam só como repassadoras. Mas os recursos podem ser captados 
de: 
• Contas de Poupança; 
• Cédulas Hipotecárias; 
• LetrasImobiliárias; 
• Recursos de financiamento ou repasse estrangeiros e brasileiros. 
 
Financeiras 
Como o próprio nome já diz, o objetivo de uma financeira é trabalhar com 
financiamentos. De um lado, elas oferecem empréstimos pessoais e/ou financiamento 
de bens e, do outro, oferecem investimentos para captar recursos. Elas são fiscalizadas e 
regulamentadas pelo Banco Central (BC), mas, diferente dos bancos, não possuem conta 
corrente, caderneta de poupança. Não possuem a mesma gama de produtos, só 
oferecem títulos em renda fixa como RDBs e LCs. Vale dizer que as financeiras não são, 
necessariamente, mais arriscadas que os bancos. Todos possuem a mesma 
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regulamentação e fiscalização do BC e, como seus títulos são garantidos pelo Fundo 
Garantidor de Créditos (FGC), possuem o mesmo risco dos bancos. 
 
Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários 
As Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CTVMs) e as Distribuidoras de Títulos e 
Valores Mobiliários (DTVMs) são instituições financeiras que tem como atividade 
principal ou acessória a intermediação de operações nos mercados regulamentados de 
valores mobiliários, como é o caso dos mercados de bolsa e de balcão (organizado ou 
não). 
Esse serviço consiste na execução de ordens de compra e de venda de valores mobiliários 
para seus clientes, mas também podem se incluir, entre as atividades por elas oferecidas: 
• A disponibilização de informações de análise de investimentos; 
• A administração de carteiras de valores mobiliários (inclusive fundos de 
investimentos); e 
• A prestação de serviços de custódia e outras (algumas dessas atividades dependem 
de autorizações específicas). 
 
Corretora de mercadorias e câmbio 
Uma corretora de câmbio é uma empresa responsável por negociar moedas estrangeiras 
bem como intermediar operações deste tipo entre clientes e bancos. Por se tratar de 
uma instituição que lida com dinheiro como mercadoria, esse tipo de empreendimento é 
regulamentado pelo Banco Central.Este tipo de negócio também é conhecido como casa 
de câmbio. Entre as operações que realiza, estão a intermediação tanto para quem 
deseja adquirir uma moeda, como comprar dólar, como para quem deseja vendê-la. Elas 
podem operar diretamente ou por meio de correspondentes autorizados. Entretanto, 
diferentemente dos bancos, estas empresas só podem trabalhar com o mercado de 
câmbio. Assim, estão proibidas de efetuar outros tipos de transação. Além disso, há um 
limite para as operações financeiras de ingresso e remessa de valores para o exterior (ou 
vindas de fora). 
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Para os efeitos da Instrução CVM nº 402/2004, considera-se “corretora de mercadorias” 
a sociedade habilitada a negociar ou registrar operações com valores mobiliários em 
bolsa de mercadorias e futuros. Para funcionar, a corretora de mercadorias depende de 
registro prévio da CVM e deve atender aos seguintes requisitos: 1 –Ser constituída na 
forma de sociedade anônima ou sociedade limitada; 2 –Ser admitida como membro de 
bolsa de mercadorias e futuros; 3 –Indicar à CVM um diretor estatutário ou sócio 
administrador tecnicamente qualificado, com experiência no mercado de valores 
mobiliários, mercadorias e futuros; e 4 – adotar, em sua denominação social, a 
expressão “corretora de mercadorias”. A corretora de mercadorias deverá apresentar 
ainda requisitos patrimoniais e financeiros, conforme critérios estabelecidos pela bolsa 
de mercadorias e futuros. 
 
Agentes autônomos de investimento, empregados das instituições financeiras e 
demais autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil 
Os agentes autônomos de investimento são pessoas físicas que atuam como prepostos, e 
sob a responsabilidade, dos integrantes do sistema de distribuição de valores 
mobiliários, especialmente as corretoras. Como opção, podem também exercer as suas 
atividades sob a forma de sociedade ou firma individual, desde que constituídas 
exclusivamente para esse fim. Entretanto, somente agentes autônomos registrados 
podem participar da sociedade. As suas atividades são eminentemente comerciais: de 
prospecção e captação de clientes; de recebimento e registro de ordens; e de prestação 
de informações acerca dos produtos e serviços oferecidos pelas corretoras. 
Para melhor entendimento do assunto vale a leitura integral das resoluções CMN Nº 
2.838, CMN Nº 3.158, CVM Nº 497/2011 e CVM Nº 515/2011. 
 
Mercados Regulamentados de Valores Mobiliários 
As companhias que emitem valores mobiliários podem ter seus papeis negociados em 
três tipos de mercados. 
 
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42 
Mercados de Bolsa 
Nos ambientes de bolsa, todas as informações sobre os negócios, como os preços, as 
quantidades e horários, entre outras, devem ser publicadas continuamente, com no 
máximo 15 minutos de atraso. As entidades administradoras de mercados de bolsa 
devem manter sistemas de controle de riscos e, especialmente, manter mecanismo de 
ressarcimento de prejuízos, para assegurar aos investidores o ressarcimento de prejuízos 
decorrentes de erros ou omissões das instituições intermediadoras ou seus 
administradores e empregados. 
 
Mercados de Balcão Organizado 
Nos mercados de balcão organizado, além das negociações em sistemas centralizados e 
multilaterais ou da participação de formador de mercado, admite-se ainda o registro das 
operações previamente realizadas. Nesse mercado, a negociação ou o registro das 
operações pode ocorrer sem a participação direta de integrante do sistema de 
distribuição, desde que a liquidação da operação seja assegurada contratualmente pela 
entidade administradora do mercado de balcão organizado ou seja realizada diretamente 
entre as partes.Além disso, nos mercados de balcão organizado, as informações sobre os 
negócios, como os preços, as quantidades e os horários também devem ser 
disponibilizados, porém pode ser diferida, não sendo obrigatória a divulgação contínua, 
dependendo das características do mercado. 
 
Balcão não organizado 
A principal característica do mercado de balcão organizado é que suas transações são 
efetivadas entre agentes de mercado sem lançá-las em um sistema. As instituições 
habilitadas para operar ativos no Mercado de Balcão não organizado são corretoras de 
valores, distribuidoras de valores e bancos de investimento. As negociações são feitas 
entre esses intermediários, por telefone. Como não há registrodas operações, a 
transparência quanto aos preços e volume de transações é menor. 
 
 
 
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43 
Administração de Risco 
 
Conceitos e Tipos de Risco 
Risco é a probabilidade de um evento acontecer, seja ele uma ameaça, quando 
negativo, ou oportunidade, quando positivo. É o resultado obtido pela efetividade do 
perigo. Perigo é uma ou mais condições que têm o perfil de causar ou contribuir para que 
o Risco aconteça. Não se mede e não há como eliminar o Risco. O Risco é um evento, ele 
está lá e pode acontecer a qualquer momento 
 
Riscos de mercado, de liquidez e operacional 
Risco de mercado 
Esse risco decorre da variação observada no preço dos ativos. Ele pode ser formalmente 
definido como a probabilidade de uma instituição financeira observar prejuízo em 
determinada transação, provocado por comportamento inesperado da bolsa de valores, 
preço de commodities, inflação etc. Um exemplo que envolve o risco de mercado seria o 
de um banco que compra ações supondo que estas irão se valorizar, as quais, por fim, 
são desvalorizadas, implicando prejuízo. 
 
Risco operacional 
O risco operacional mostra a probabilidade de a instituição financeira registrar perdas 
oriundas de erros humanos, falhas em sistemas de informação, computadores, eventos 
externos, fraudes etc. Ele decorre de uma gestão inadequada dos riscos. As pessoas são 
um componente vital das instituições financeiras, e o trabalho em ambientes de pressão, 
administração de grandes somas, metas pesadas e desavenças podem resultar em erros 
e fraudes. A adoção de mecanismos rígidos de controle interno reduz a probabilidade de 
ocorrência desses erros. 
 
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Risco de liquidez 
Esse risco evidencia a disponibilidade imediata de caixa das entidades 
financeiras. Quando um banco mantém uma quantidade limitada de recursos em caixa, 
existe o risco de muitos investidores sacarem ao mesmo tempo, fazendo com que esses 
recursos não consigam cobrir todos os saques. 
 
Risco de crédito 
Esse risco é observado quando a instituição financeira não recebe os pagamentos 
prometidos por suas aplicações. Por exemplo, o Banco XYZ empresta R$ 1.000,00 para 
José da Silva vender sucos na praia, sendo que ele deve devolver o dinheiro após dois 
meses. No entanto, José da Silva utiliza o dinheiro para viajar e, no final do prazo, não 
consegue pagar o empréstimo. O Banco XYZ acaba perdendo os R$ 1.000,00 emprestados 
para José da Silva.Formalmente, o risco de crédito pode ser definido como a 
probabilidade de as obrigações de caixa referentes a uma dívida não serem 
adequadamente saudadas. Ele ocorre quando o devedor não cumpre as suas obrigações 
ao não pagar os juros, o principal ou ambos. 
 
Diversificação de carteiras 
Teorias e princípios 
CAPM 
O modelo Capital Asset Pricing Model (CAPM) é um modelo de formação de preços de 
ativos que equaciona a relação básica entre risco e retorno, presente em todos os tipos 
de decisões financeiras. Esse modelo permite, igualmente, estimar a taxa de retorno 
exigida pelos investidores, ou seja, a taxa mínima de atratividade pelo capital próprio. 
O modelo CAPM equaciona a relação entre risco não diversificável, uma vez que o risco 
diversificável não interessa para o investidor, pois é passível de eliminação. Entende-se 
como risco diversificável aquele que é possível ser mitigado ao montar um portfólio de 
ativos. Para isso, o CAPM tem uma mensuração própria de risco não diversificável. 
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45 
Segundo o CAPM, o custo de capital corresponde à taxa de rentabilidade exigida pelos 
investidores como compensação pelo risco de mercado ao qual estão expostos. O CAPM 
considera que, num mercado competitivo, o prêmio de risco varia proporcionalmente ao 
β, que é uma medida de risco. Como em todos os modelos financeiros, formulam-se 
algumas hipóteses para seu desenvolvimento, são elas: 
• Há uma grande eficiência informativa do mercado, atingindo igualmente todos os 
investidores; 
• Não há impostos, taxas ou quaisquer outras restrições para os investimentos no 
mercado; 
• Há uma mesma percepção por parte de todos os investidores quanto ao 
desempenho dos ativos, formando carteiras eficientes a partir de idênticas 
expectativas; e 
• Existe uma taxa de juros de mercado definida como livre de risco. 
 
Risco sistemático e não sistemático 
Risco Sistemático 
O risco sistemático, como o nome indica, diz respeito ao sistema como um todo. Ou seja, 
ele é o risco geral, no qual todas as empresas estão inseridas. Uma variável que afete o 
risco sistemático, irá afetar todas as empresas componentes deste sistema. Um exemplo 
seria uma crise que afete toda a economia brasileira. Esta, então, afetaria todas as 
empresas brasileiras, não importando o setor que a companhia atue. Obviamente, 
algumas empresas ou setores sofrerão mais, outras menos. Mas o que importa é que 
uma crise sistêmica afeta, de uma forma ou de outra, todos os componentes deste 
sistema. 
 
Risco não sistemático 
Diferentemente do risco sistemático, o risco não sistemático, como o próprio nome já 
deixa claro, não diz respeito ao sistema como um todo. O risco não sistemático, ou o 
risco diversificável, diz respeito a empresas ou setores específicos. Por exemplo: Imagine 
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46 
que você seja dono de uma empresa, e que 90% de sua receita venha de apenas um 
cliente. Este cliente, então, cancela o contrato com a sua empresa. Sua empresa estará 
agora em imensa dificuldade. No entanto, nada ocorreu com as outras empresas da 
economia, pois este foi um efeito que afeta apenas a sua empresa. 
 
Conceito e Características do VaR 
O Valueat Risk (VaR) é uma técnica utilizada para avaliar o risco associado à realização 
de transações financeiras. O grande mérito dessa técnica é resumir em um único número 
o risco de uma carteira de investimentos. Esse número identifica a maior perda esperada 
em um dado horizonte de tempo para um intervalo de confiança. 
Imagine a seguinte situação: um investidor irá fazer um investimento, mas ele não sabe 
qual o risco que irá correr. Existem muitos riscos diferentes que afetam a carteira 
de investimento escolhida por esse investidor, aqui denominados risco de mercado. 
Como esse risco está associado a fatores que afetam o mercado como um todo, por mais 
que o investidor busque diversificar a sua carteira, chega um ponto em que ele não 
consegue mais reduzir o risco corrido, pois existe uma série de fatores que afetam o 
retorno de todos os ativos e que podem influenciar significativamente nos resultados 
obtidos. 
 
Conceito e Características da Duration 
Duration é uma ferramenta usada na avaliação da volatilidade dos preços de um título de 
renda fixa. A duration mede a sensibilidade das flutuações de valor a alterações nas taxas 
de juros. Uma duration mais longa indica uma probabilidade maior de que o valor de um 
título caia à medida que as taxas de juros aumentam. 
A duration é comumente usada no gerenciamento de portfólio e risco de instrumentos 
de renda fixa. Usando previsões de taxa de juros, um gerente de portfólio pode alterar a 
composição de um portfólio para alinhar sua duration com o nível esperado de taxas de 
juros. Aduration mede o tempo médio de retorno(pagamento do principal mais juros) de 
uma aplicação. Um título que não paga cupom temduration igual ao seu prazo de 
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vencimento, independentemente do nível da taxa de juros. A duration é menor que o 
vencimento quando um título paga cupom, já que até o vencimento é possível obter 
parte de seu rendimento. A durationde títulos pós-fixados é zero, ou seja, a sensibilidade 
deles à taxa de juros é zero. Os tipos de duration mais comuns são: Macaulay 
Duration, Modified Duration e Effective Duration. 
 
Conceito e Características de Limite de Oscilação 
Em momentos atípicos, a B3 aciona alguns mecanismos de proteção ao seu investidor. 
Eles existem para defender os participantes do mercado de variações bruscas e dão 
tempo para pensar com calma e se planejar em situações como esta. 
 
No mercado à vista 
Como não há limites para negociação de títulos públicos e câmbio spot, o mecanismo de 
proteção utilizado é o CircuitBreaker. Aplicado apenas às negociações de ações à vista, 
seu principal objetivo é acalmar o mercado em momentos de muita oscilação. 
Seu acionamento é feito em 3 estágios, obedecendo a percentuais de desvalorização do 
Ibovespa: 
• 10%: suspensão dos negócios por 30 minutos e reabertura na sequência. 
• 15% após o 1º Circuit Breaker: nova suspensão dos negócios, desta vez durante 1 
hora, e reabertura em seguida. 
• 20% após o 2º Circuit Breaker: nova suspensão, com reabertura à discrição do 
Presidente da B3. 
 
No mercado de derivativos 
O mecanismo utilizado é o limite de oscilação, em vez da interrupção dos negócios. Ou 
seja, caso o investidor queira negociar novamente o contrato abaixo (ou acima, conforme 
a situação) do limite de variação, a operação será admitida normalmente. 
As regras de fixação dos limites e seus processos de alteração durante o pregão estão 
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descritos neste material de respostas a perguntas frequentes sobre limites de oscilação 
diária de preços. Considerando que os mercados à vista podem estar negociando em 
momentos em que o limite de oscilação dos mercados futuros for atingido, a B3 terá 
sempre avaliará, caso a caso, a necessidade de ajustes nos limites de oscilação segundo 
descrito no material acima. 
Essa intenção está alinhada com a possibilidade de execução de cobertura de posição, 
desmontagem ou montagem de estratégias combinadas entre derivativos e mercado à 
vista, dentre outras. A B3 entende que esse ponto é fundamental para os gestores de 
recursos e se mantém atenta a esses movimentos quando há volatilidade crescente. 
 
Conceitos e Característicasdos Túneis de Negociação 
O que são? 
Os túneis de negociação são intervalos de preço ou de quantidade. 
 Eles são definidos pela b3 e cada ativo ou derivativo tem seu intervalo. 
 No site da B3 há os parâmetros, amplitude mínima e a metodologia para os cálculos. 
 
Objetivos: 
• Mitigar a ocorrência de falhas e erros operacionais de participantes; 
• Resguardar o processo de formação de preço dos ativos e derivativos; 
• Preservar a higidez e a integridade dos mercados administrados pela B3; 
• Evitar o risco sistêmico. 
 
Túnel de rejeição 
É focado em reduzir erros operacionais, por exemplo, enviar uma ordem de compra de 
R$1.000,00 para um ativo que está sendo negociado a R$10,00. 
 
 
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Da Seção VII: Túneis de Negociação, do Regulamento de Negociação da B3: 
Túnel de negociação de rejeição: impede o registro, no livro central de ofertas, 
de ofertas de compra com preço superior a determinado valor ou com 
quantidade superior a determinado parâmetro e de ofertas de 
venda com preço inferior a determinado valor ou com quantidade superior a 
determinado parâmetro (BOLSA DE VALORES, s.d.). 
 
Túnel de leilão 
É focado em submeter a leilão comum ordens que infrinjam os limites estabelecidos de 
forma que cumpra com os objetivos dos túneis de negociação. 
Da Seção VII: Túneis de Negociação, do Regulamento de Negociação da B3: “Túnel de 
negociação de leilão: submete automaticamente a leilão comum ofertas de compra e 
ofertas de venda que infrinjam determinados limites de preço e de quantidade”. 
 
Atividades e Modelo de Liquidação e Compensação da Clearing 
As Clearing Houses podem ser definidas como Sistemas e Câmaras de Liquidação e 
Compensação, e foram estruturadas de modo que pudessem viabilizar o Sistema de 
Pagamentos Brasileiro (SPB). 
Nesse contexto, o seu principal objetivo é reduzir ao máximo os riscos de liquidação das 
operações financeiras, ou seja, garantir que os ganhos provenientes aos investidores 
sejam recebidos e que as operações de compra e venda serão devidamente liquidadas 
nas condições e prazos estabelecidos no ato do acordo.Em outras palavras, Clearing 
Houses devem registrar, custodiar e liquidar títulos e valores mobiliários, de modo que 
esses, por sua vez, sejam devidamente transacionados pelos operadores do mercado 
financeiro, ou seja, os investidores. 
Dessa forma, o seu propósito também é garantir segurança, velocidade e transparência 
para as operações, tudo isso mediante a um sistema compensação eletrônico que chama 
para si a responsabilidade pela liquidação dos negócios. 
 
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Mercado de Capitais 
 
Mercado primário 
Ofertas públicas de ações e outros ativos 
• Oferta pública primária (IPO): acontece quando é realizada a emissão de novas 
ações/cotas de fundos de investimento que serão ofertadas ao mercado, com 
ingresso de recursos ao próprio emissor da oferta. Ou seja, nesse caso a 
companhia está captando recursos. 
 
Figura – Mercado primário. 
 
Fonte: Elaborada pelo autor. 
 
✓ Outros conceitos sobre “IPO”: 
✓ Período de reserva: período em que os investidores avisam suas corretoras 
quantas ações desejam comprar ou quanto dinheiro pretendem investir na 
futura empresa. 
✓ Rateio: após encerrado o período de reserva, caso se observe que a procura 
foi maior do que a oferta (mais compradores do que o número de ações 
disponível), ocorre um rateio, ou seja, uma divisão do total de ações 
disponíveis pelo número de investidores interessados. 
 
 
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✓ Ordem a mercado: tipo de ordem de compra/venda que especifica somente 
o tipo de ação e a quantidade a ser adquirida/vendida. Não é fixado preço, 
devendo ser executado no ato do seu recebimento (investidor deseja 
comprar/vender a ação naquele momento, não importando o preço 
que ele irá pagar/receber). 
✓ Ordem limitada: tipo de ordem de compra/venda em que a operação deve 
ser executada por preço igual ou melhor que o especificado pelo cliente. 
 
Mercado secundário 
O mercado secundário é onde as ações são negociadas entre terceiros, ou seja, a 
empresa não participa do processo de venda da ação. É nesse mercado onde o primeiro 
comprador revende a ação para outro investidor e assim por diante. 
 
Figura – Mercado secundário. 
 
Fonte: Elaborada pelo autor. 
 
 
Principais Ativosde Emissão das Companhias 
Ações, debêntures, comercial papers e bônus 
Ação representa a menor “fração” do capital social de uma empresa, ou seja, a unidade 
do capital nas sociedades anônimas. Quem adquire essas “frações” é chamado de 
acionista, que vai ter certa participação na empresa, correspondente a quantas dessas 
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52 
“frações” ele detiver. 
 
O mercado de ações é formado por investidores físicos e institucionais, companhias e 
instituições que intermediam e regulam esse mercado. As companhias que participam 
desse mercado são chamadas de sociedade por ações, que possuem as seguintes 
características: 
• Capital dividido em ações de livre negociação; 
• Personalidade jurídica e patrimônio distintos; e 
• Responsabilidade do acionista se limita ao capital investido. 
 
Debêntures são títulos da renda fixa para captação de recursos de médio e longo prazo 
para sociedades anônimas (S.A.) não financeiras de capital aberto. De forma 
simples, debêntures são empréstimos feitos pela empresa com o investidor, em troca de 
tal empréstimo (utilizado para investimento, pagamento de contas etc.) a empresa paga 
juros para esse investidor.  
Na emissão de debêntures, é obrigatória a elaboração de um documento chamado 
“Escritura de Emissão”, onde são especificados os direitos e deveres dos debenturistas e 
da emissora. Como, por exemplo, o direito de a emissora resgatar as debêntures antes 
do prazo deve constar na escritura. A possibilidade de a emissora resgatá-las antes do 
seu vencimento existe de duas formas na escritura, uma programada e outra não 
programada: 
• Programada: o resgate só pode ser feito em períodos previamente acordados; e 
• Não Programada: pode ser feito a qualquer momento. 
 
As notas promissórias podem ser emitidas por S.A. abertas e S.A. fechadas como forma 
de captação de recurso, a diferença entre as formas de captação é que as notas 
promissórias possuem característica de Curto Prazo, enquanto as debêntures possuem 
característica de Longo Prazo.São vedadas as ofertas públicas de notas promissórias por 
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instituições financeiras, sociedades corretoras e distribuidoras de títulos e valores 
mobiliários e sociedades de arrendamento mercantil. 
A venda de nota promissória comercial necessita obrigatoriamente de uma instituição 
financeira atuando como agente colocador, podendo ser uma distribuidora ou corretora. 
Pode ser resgatada antecipadamente (o que implica na extinção do título) caso o prazo 
mínimo de 30 dias seja cumprido e o titular (investidor) concorde. 
A nota promissória comercial não possui garantia real, por isso é um instrumento para 
empresas com bom conceito de crédito. Sobre o prazo: 
• O prazo mínimo é de 30 dias; 
• O prazo máximo é de 180 dias para S.A. de capital fechado e 360 dias para S.A. de 
capital aberto; e 
• Possui uma data certa de vencimento. 
 
Governança Corporativa 
Novo Mercado: Níveis 1 e 2 
No Nível 1, as empresas comprometem-se a apresentar maior transparência nas 
divulgações de informações e alguma dispersão acionária. Dentre essas práticas, há, por 
exemplo, a manutenção em circulação de uma parcela mínima de ações, representando 
no mínimo 25% do capital total. A empresa pode realizar ofertas públicas de ações para 
efetuar uma dispersão do capital, além de se esforçar para que as divulgações de suas 
informações sejam trimestrais. 
Constituem práticas obrigatórias do Nível 1: 
• A Divulgação de informações sobre os contratos com as partes relacionadas; 
• ADivulgação de acordos de acionistas e os programas de opções de ações; 
• Manutenção pública do calendário anual de eventos corporativos. 
 
O Nível 2 de governança corporativa possui regras adicionais em relação ao Nível 1, mas 
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ainda é bem menos rígido do que as regras que se aplicam ao Novo Mercado. Para uma 
empresa conseguir classificação no Nível 2, ela precisará atender a todas as exigências do 
Nível 1. Além disso, a empresa precisará adotar práticas adicionais de governança, 
principalmente de direitos adicionais controladores para os acionistas minoritários. 
Dentre os critérios, há, por exemplo: 
• Um mandato unificado de um ano para todos os integrantes do conselho de 
administração; 
• A obrigatoriedade da disponibilização de balanço anual seguindo as normas de 
contabilidade internacional (B3, s.d.). 
 
No Nível 2, todos os acionistas de ações ordinárias precisam ter as mesmas condições 
oferecidas aos controladores, caso ocorra uma venda do controle da companhia, por 
exemplo. Como no Nível 2 a empresa ainda pode ter em circulação ações do 
tipo preferencial, ela terá direito a receber por suas ações 100% do valor pago aos 
controladores (tagalong). 
Algumas outras exigências para a participação no Nível 2 incluem: 
• O direito de voto às ações preferenciais em situações especiais; 
• A obrigatoriedade de se realizar ofertas de compra das ações em circulação nas 
hipóteses de fechamento do capital; e 
• Compulsória adesão à Câmara de Arbitragem para resolver quaisquer conflitos 
societários que possam vir a surgir (B3, s.d.). 
 
O objetivo do Novo Mercado é disciplinar as empresas através do estabelecimento dos 
requisitos para negociação de companhias abertas em um segmento especial do 
mercado de ações da B3. Ele estabelece as regras para a listagem dessas companhias, 
além das regras aplicáveis aos seus administradores e acionistas, incluindo o seu 
acionista controlador (B3, s.d.). 
 
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Quadro – Novo Mercado. 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
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Mercados à vista 
É no mercado a vista que são negociados a compra e venda dos títulos emitidos pelas 
empresas negociadas nas bolsas de valores. Nesse mercado as operações de compra e 
venda de ações são liquidadas em curtos períodos, no Brasil em até dois dias úteis. 
As negociações de ações no mercado a vista ocorrem através de lotes de ações, que são 
quantidades determinadas de ações. As ações podem ser negociadas unitariamente ou 
em lotes padrão de cem, mil ou até mais ações. A existência de lotes facilita o processo 
de negociação, no entanto, se o investidor desejar, ele poderá utilizar quantidades 
particulares, chamado de fracionário (FORTUNA, 2013). 
A negociação no mercado à vista pode ser observada através do tempo de cada etapa do 
processo de negociação. É usual adotar o termo “D+0” para a data de realização do 
pregão eletrônico em que ocorreu a negociação de compra ou venda. Na data “D+2” ou 
seja, dois dias após a negociação, a corretora intermediadora do processo de venda das 
ações entrega os títulos pelo sistema eletrônico, recebendo em troca um crédito 
correspondente ao valor da operação, já a corretora compradora recebe as ações nessa 
mesma data, em contrapartida, há um débito em conta correspondente ao valor das 
ações. 
 
Mercado a termo, futuro e de opções 
Mercado a termo 
O mercado a termo permite que os negociantes fixem o preço futuro dos ativos 
negociados entre as duas partes. Nesse mercado os pagamentos são previamenteestipulados para uma data predeterminada através de um contrato chamado de termo, 
que não é transferencial a um terceiro. Esses contratos podem ser diretamente 
negociados entre as duas partes da transação, mas, também, podem ser intermediados, 
geralmente através de um banco.   
No Brasil os contratos a termo podem ser de 30, 60, 90, 120 e 180 dias corridos e as 
transações a termo correm mediante um depósito de garantia junto a Companhia 
Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). A garantia utilizada no mercado a termo pode 
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57 
ser de duas formas, cobertura e margem. Através da cobertura há a necessidade de 
depositar o ativo junto à CBLC, já através da margem é necessário depositar um valor 
correspondente ao preço negociado pelo ativo, esse valor pode ser outras ações e títulos 
autorizados pela CBLC FORTUNA (2013). 
O mercado a termo permite que o comprador adquira no futuro o ativo desejado pelo 
preço predeterminado, isentando o mesmo de oscilações indesejadas no mercado. O 
mesmo ocorre com o vendedor que terá uma garantia de venda do ativo por um preço 
predeterminado. Todavia, ambos ficam isentos de oscilações que poderiam beneficiar 
uma das partes. Ou seja, esse é um instrumento normalmente utilizado para se precaver 
contra riscos indesejáveis, renunciando a ganhos potenciais no período. Outro mercado 
que adota uma lógica semelhante é o mercado futuro, tema do próximo tópico. 
 
Mercado futuro 
O mercado futuro se assemelha ao mercado a termo pois ambos determinam um valor 
futuro para a liquidação de uma negociação.  No entanto, há diferenças relevantes entre 
ambos. No mercado futuro os preços dos contratos são cotados livremente, assim como 
no mercado a vista, ou seja, a negociação não ocorre entre apenas duas partes. Portanto, 
o mercado futuro permite que um investidor revenda o contrato para um terceiro, 
diferente do mercado a termo. 
Outro aspecto peculiar do mercado futuro é o ajuste da posição dos contratos que são 
realizadas diariamente, ao contrário do mercado a termo, em que o contrato só é 
liquidado no vencimento. Devido as semelhanças entre o mercado futuro e o a termo, o 
mercado futuro é considerado uma evolução natural do termo, por representar a 
possibilidade de fixar um preço futuro sem perder a flexibilidade de sair da posição 
comprada ou vendida no momento que o negociador desejar. 
 
Mercado de Opções 
O mercado de opções é uma alternativa de se prevenir contra oscilações indesejáveis nos 
preços das ações. As opções são contratos que estabelecem preço e prazos para a 
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liquidação, de forma a tornar uma operação mais previsível. 
 
As opções são direitos de compra ou venda de um determinado ativo, por preço e prazo 
preestabelecidos.  Como a própria “opção” diz, o detentor de uma opção tem o direito de 
escolha de comprar ou vender um ativo conforme as condições predeterminadas, assim 
sendo, um detentor de uma opção de compra de uma ação, por exemplo, poderá exercer 
a opção de comprar essa ação no dia de vencimento pelo preço do contrato. Suponha 
uma ação PETR4, da empresa Petrobrás, cujo direito de compra é de R$ 20,00 ao final do 
próximo mês, caso a ação esteja R$ 25,00 no mercado a vista, essa opção garante ao 
detentor o direito de comprar a ação por um preço menor do que o contato no mercado 
a vista. É possível, também, que a ação esteja R$ 19,00 no próximo mês, nesse caso é 
preferível não exercer a opção e comprar diretamente do mercado a vista. 
 
Aspectos tributários 
Mercado internacional: ADRs, GDRs e BDRs 
 
American Depositary Receipts (ADRs) 
ADR é um acrônimo para American DepositaryReceipt, que são recibos de ações emitidos 
nos Estados Unidos para negociar as ações de empresas de fora do país na Bolsa de 
Valores de Nova York. Uma empresa brasileira, por exemplo, para negociar suas ações na 
Bolsa de Valores de Nova York deve ser emitida em títulos, sob o nome de ADR. Assim 
como as BDR’s as ADR’s possuem três níveis: 
 
• Nível 1: 
✓ American DepositaryReceipt (ADR) negociado apenas no mercado de balcão 
norte-americano; 
✓ não pode haver oferta pública nos Estados Unidos. 
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• Nível 2: 
✓ American DepositaryReceipt (ADR) negociado na Bolsa Nasdaq. Não pode 
haver oferta pública nos Estados Unidos; 
✓ As demonstrações financeiras devem estar de acordo com os US GAAP –
 United States Generally Accepted Accounting Principles. 
• Nível 3: 
✓ American Depositary Receipt (ADR) negociado numa bolsa de âmbito 
nacional dos Estados Unidos ou na Nasdaq, vinculados a uma oferta pública 
nos Estados Unidos das ações depositadas. Emitido com base em ações 
novas emitidas pela companhia; 
✓ As demonstrações financeiras devem estar de acordo com os US GAAP –
 United States Generally Accepted Accounting Principles. 
 
Brazilian Depositary Receipts (BDRs) 
A exemplo dos ADRs, os BDRssão títulos negociados no Brasil que têm como lastro ações 
de uma empresa que está instalada fora do Brasil. O investidor brasileiro, por sua vez, 
tem a possibilidade de aplicar seus recursos em ações de empresas estrangeiras, dentro 
das regras e práticas de seu próprio mercado. 
A instituição que emite o BDR no Brasil é chamada de instituição de depósito. A 
regulamentação dos BDRs é regida pela Instrução CVM 332/2000, classificando os 
programas BDR nos Níveis I, II, e III, e determina a necessidade de se inscrever na CVM. 
Os níveis são definidos de acordo com as características de divulgação, distribuição e 
negociação, e a existência ou ausência de patrocínio das empresas que emitem os valores 
mobiliários sujeitos ao certificado de depósito. 
A instituição custodiante tem sede social no país em que os valores mobiliários são 
negociados e tem autorização de um órgão similar à CVM para prestar serviços de 
custódia. Já a instituição depositária é quem emite o certificado de depósito 
correspondente no Brasil, com base em valores mobiliários detidos no exterior. E a 
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60 
empresa pública participante é conhecida como Empresa Patrocinadora. 
O BDR patrocinado é emitido por uma instituição depositária contratada pela 
companhia estrangeira emissora dos valores mobiliários e pode ser classificado como 
Nível I, Nível II ou Nível III. 
 
Os BDRs Nível Ipatrocinados só podem ser adquiridos no Brasil por instituições 
financeiras aprovadas pela CVM, fundos de investimento, gestores de carteira e 
conselheiros de portfólio, e pessoas físicas ou jurídicas com investimentos financeiros 
superiores a R$ 1.000.000, conhecidos no mercado como “investidores qualificados”. 
Os BDRs Nível II e Nível III patrocinados são caracterizados pela obrigação de registrar a 
empresa emissora na CVM e ser admitidos a negociação em mercados de balcão ou 
bolsa de valores. A diferença entre eles é que um BDR patrocinado pelo Nível III está 
registrado assumindo distribuição pública simultânea no exterior e no Brasil. O emissor 
estrangeiro que patrocine o programa de certificado de depósito, BDR Nível II ou III, deve 
obter registro na categoria A, de acordo com as regras da Instrução CVM 480/2009, que 
regula o registro de valores admitidos à negociação nos mercados regulamentados. O 
mesmo padrão estabelece regras especiaispara emissores de ações que vinculam BDRs. 
O BDR não patrocinado é emitido por uma instituição depositária, sem envolvimento da 
companhia estrangeira emissora dos valores mobiliários lastro, e só pode ser classificado 
como Nível I. 
 
Global Depositary Receipts (GDRs) 
Os GDRs funcionam de maneira semelhante aos ADRs, porém são negociados em outros 
países que não os Estados Unidos. Nos GDRs o banco depositário é deste país e as 
cotações são expressas na moeda corrente deste país. 
 
 
 
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61 
Liquidação de operações no segmento Bovespa 
 
Tabela – Liquidação de operações no segmento Bovespa. 
 
Mercado 
 
Tipo de Operação 
 
Dia de Liquidação 
Título de renda fixa privada À vista 
 D+0*** 
D+1 
Ações À vista D+2 
A termo D+n, o dia do vencimento 
Futuro D+2 do dia do vencimento 
Opções* e futuros** D+1 
Fonte: Elaborada pelo autor. 
 
Clearing 
O processo de compra e venda de ativos por meio eletrônico, como é o caso da BM&F 
BOVESPA, exige um sistema confiável de custódia (Custody), compensação (Clearing) e 
entesouramento (Treasury). No Brasil a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia 
(CBLC) é responsável pela guarda, compensação e liquidação das operações que ocorrem 
na BM&FBovespa, seja no mercado à vista ou nos mercados de derivativos. Além disso, a 
CBLC executa o controle de risco dos negociantes, evitando possíveis desequilíbrios no 
mercado. 
Os serviços prestados pela CBLC são: 
• Custódia dos Títulos: guardar os valores prestados pelos participantes do 
mercado. A administração das contas de custódia é realizada pelos agentes de 
custódia que na maioria dos casos são corretoras ou bancos autorizados. 
• Liquidação: alocação e liquidação das operações realizadas na BM&F Bovespa, 
permitindo que os intermediários da negociação (como as corretoras) possam 
identificar os investidores finais. Assim como a custódia, é necessário um agente 
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62 
de compensação, que também pode ser uma corretora ou banco, além de demais 
instituições autorizadas ASSAF (2009). 
• Controle de risco: provê cobertura a riscos, além de identificar e mensurar riscos. 
• Empréstimo: a CBLC também pode agir como contraparte em negociações de 
empréstimo de títulos em negociações. 
 
Clearing House, também conhecida como câmara de compensação, identifica a parte de 
uma bolsa de valores na qual as transações dos clientes são processadas e registradas. 
Ela é responsável por assegurar que todas as transações sejam realizadas, eliminando o 
risco de crédito. Uma Clearing é uma câmara, ou prestadora de serviços de 
compensação e liquidação de ordens eletrônicas, de transferências de fundos e de 
outros ativos financeiros, e principalmente de compensação e de liquidação de 
operações realizadas em bolsas de mercadorias e de futuros e de compensação 
envolvendo operações com derivativos. 
 
Banco de títulos 
A sigla BTC significa Banco de Títulos CBLC.Para entender o aluguel de ações, é 
interessante pensar que as ações são ativos que podem ser negociados como um imóvel. 
O empréstimo de Ações consiste em emprestar ativos (aluguel na ponta doadora) a uma 
taxa prefixada (fixada no fechamento da operação, considerando o valor pro rata) para 
um determinado vencimento. O investidor que é contraparte (tomador) tem como 
objetivo utilizar os ativos para realizar operações vendidas, apostando na queda das 
ações. 
O aluguel de ações garante um dinheiro extra para o investidor, alocando seus ativos 
para outros investidores. A Bolsa de Valores atua na negociação oferecendo para ambos 
investidores a garantia de operações. 
 
 
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63 
Regulamento Operacional do Segmento Bovespa – Conceitos 
 
Ativos/produtos negociáveis 
 
Tabela -Procedimentoseprazos de liquidação. 
Mercado Tipo de Operação 
Dia de 
Liquidação 
Título de renda fixa 
privada 
À vista 
 D+0*** 
D+1 
Ações À vista D+2 
A termo 
D+n, o dia do 
vencimento 
Futuro 
D+2 do dia do 
vencimento 
Opções* e futuros** D+1 
Fonte: Elaborada pelo autor. 
 
Ativos aceitos como garantia 
O depósito de garantias deve ser efetuado em espécie, podendo ser substituído pelo 
depósito de outros ativos, a critério da câmara. São aceitos os seguintes ativos em 
espécie: 
• Dólar americano, exclusivamente no caso de comitentes não residentes conforme 
Resolução CMN n.º 2.687; e 
• Moeda nacional, no caso dos demais participantes. 
 
Os seguintes ativos são elegíveis à aceitação pela câmara como garantia, em substituição 
aos ativos em espécie acima mencionados: 
• Título público federal negociado no Brasil (título público federal); 
• Ouroativofinanceiro; 
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64 
• Ação de companhia aberta admitida à negociação na B3; 
• Certificado de depósito de ações (unit) de companhia aberta admitida à 
negociação na B3; 
• American Depositary Receipt (ADR) de ação elegível à aceitação como garantia; 
✓ Títulos de renda fixa emitidos por bancos emissores de garantias: 
▪ Certificado de depósito bancário (CDB); 
▪ Letra de crédito imobiliário (LCI); e 
▪ Letra de crédito do agronegócio (LCA). 
✓ Dólar; 
✓ Título de emissão do tesouro norte-americano; 
✓ Título de emissão do tesouro alemão; 
✓ Carta de fiançabancária; 
✓ Cota de fundo de índice negociado em bolsa no Brasil (ETF – Exchange 
Traded Fund); 
✓ Cota do fundo de investimento B3 Margem Garantia Renda Fixa 
Referenciado DI Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento 
(FIC); 
✓ Brazilian Depositary Receipt (BDR); 
✓ Cota do Fundo de Investimento Liquidez da Câmara da B3 (FILCB). 
 
Inadimplências/falhas 
 
Margem de garantia 
• Ações 
Não há necessidade de margem, pois a compra e a venda sãorealizadas de forma efetiva 
no momento da negociação. A garantia é pela B3. 
• Opções 
Para o Titular de Opções: O titular no Mercado de Opções está isento de prestar 
garantias, pois o risco máximo que pode correr é ele não exercer sua posição e perder o 
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65 
prêmio pago. 
Para o Lançador de Opções: Somente das posições lançadoras é exigida a prestação de 
garantias, e a finalidade da garantia é assegurar o cumprimento da obrigação assumida. 
• Lançador Coberto: Deposita os títulos relativos à opção; 
• Lançador Descoberto: Deposita margem em dinheiro ou os mesmos ativos 
aceitos no mercado a termo, conforme cálculo efetuado pela Clearing. A margem 
depositada é o resultado da soma dos seguintes componentes: margem de 
prêmio (prêmio de fechamento do dia) e margem de risco (maior prejuízo 
potencial projetado para o dia seguinte). 
 
• Mercado a termo 
São exigidas de ambos os participantes: 
• Vendedor: Cobertura, que é o depósito da totalidade dos títulos objeto da 
operação; e 
• Comprador: Margem, que é o depósito de numerário e/ou ativos autorizados, em 
um valor estabelecido pela B3. A liquidação de uma operação a termo, no 
vencimento do contrato ou antecipadamente, se assim o comprador o 
desejar, implica a entrega dos títulos pelo vendedor e o pagamento do preço 
estipulado no contrato pelo comprador. 
 
• Mercado futuro 
Exige uma“Margem de Garantia” por parte do comprador; e Possibilidade de liquidação 
antes do prazo de vencimento. 
 
 
 
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66 
Procedimentos e impactos dos proventos 
Horários de negociação 
Aftermarket 
 
After market: permite a negociação de ações no período noturno, após o horário 
regular, de forma eletrônica. A totalidade de ordens enviadas tem um limite de R$ 
100.000,00 por investidor para o período After Market e os preços das ordens enviadas 
nesse período não poderão exceder à variação máxima positiva ou negativa de 2% em 
relação ao preço de fechamento do pregão diurno. Funciona das 17:30h às 18h:00min. 
 
Tipos de ordens e de ofertas 
Book entry 
Book entry consiste nosistema de liquidação permite que ativos sejam transferidos e 
liquidados por meio de registros eletrônicos de acordo com regras pré-estabelecidas de 
compensação. 
 
Regulamento Operacional do BM&F – Conceitos 
Horário de negociação 
Aftermarket 
O After Market é um termo em inglês que significa “momento depois do mercado”. Ou 
seja, após o horário normal de negociações na bolsa de valores, existe mais um curto 
período para os investidores realizarem mais algumas movimentações. As operações 
podem ser com ativos do mercado à vista como ações ou no mercado futuro apenas para 
as commodities. 
 
 
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67 
Call de abertura e fechamento 
O leilão de pré-abertura (também chamado decall de abertura) e o leilão de fechamento 
(também chamado de call de fechamento) são mecanismos utilizados pela bolsa de 
valores (B3) para estabelecer o preço de abertura e o preço de fechamento. 
 
Tipos de ordens e de ofertas 
Ordem a mercado 
A ordem de mercado instrui seu corretor para comprar ou vender ações imediatamente 
pelo preço em vigor, seja ele qual for. Contratos Negociados e Posições em Aberto. 
 
Ordem de limites 
Ordens de limites instruem o seu corretor para comprar ou vender uma ação a um 
determinado preço. A compra ou venda não vai acontecer se você não obtiver o seu 
preço. 
 
Ordem stop loss 
A ordem de stop lossdá ao seu corretor um gatilho de preço que o protege de uma 
grande queda em uma ação. 
 
Ordem stopmóvel 
A ordem stop móvel é semelhante à ordem de stop loss, mas você a usa para proteger 
um ganho, ao invés de se proteger contra uma perda. Se você tem um lucro com uma 
ação, você pode usar a ordem de trailing stop para perseguir essa relação lucro por ação. 
 
Ordem do dia 
A ordem do dia é qualquer ordem que não seja ordens válidas até cancelamento. Se o 
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68 
seu corretor não executar a sua ordem até o fim daquele dia, você vai ter que fazê-la de 
novo no dia seguinte. 
As principais especificações dos contratos: 
• Objeto de negociação: é a descrição do ativo cuja oscilação de preços está em 
negociação. Exemplo: café, dólar, boi. 
• Cotação: é a unidade de valor atribuída a cada unidade física da mercadoria em 
negociação. Exemplo: reais por saca, reais por dólares. 
• Unidade de negociação: é o tamanho do contrato. Exemplo: o tamanho do 
contrato de café é de 100 sacas de 60 kg, o do dólar é de US$50.000,00. 
• Meses de vencimento: meses em que serão liquidados os contratos. 
• Liquidação: forma pela qual o contrato será liquidado. 
 
 
Ajuste diário e margem de garantia 
Ajuste diário é o mecanismo de equalização de todas as posições no mercado futuro, 
com base no preço de compensação do dia, resultando na movimentação diária de 
débitos e créditos nas contas dos clientes, de acordo com a variação negativa ou positiva 
no valor das posições por eles mantidas. 
 
Formação dos preços futuros 
Os preços futuros são formados com base nos preços à vista dos ativos principais e nas 
taxas básicas de juros da economia, dessa forma os preços futuros na maioria das vezes 
serão superiores aos preços à vista. 
 
Derivativos agropecuários 
Dos derivativos agropecuários, são eles: Boi gordo, Açúcar Cristal, Café Arábica, Milho, 
Soja e Etanol. 
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69 
Operações ex-pit 
O termo “transação ex-pit” refere-se a qualquer transação executada fora dos meios 
convencionais (isto é, fora do pregão de viva voz ou da plataforma de negociação 
eletrônica), ou seja, operações formadas fora (ex) dos brokers (pit). 
 
Tabela – Aspectos tributários. 
MERCADO ALIQUOTA RECOLHIMENTO ISENÇÃO 
MERCADO 
A TERMO 
15% (incidência de IR retido 
na fonte de 0,005% sobre a 
diferença positiva entre o 
preço a termo e o preço à 
vista na data da liquidação, 
retido pela instituição 
intermediadora). 
Contribuinte através de DARF 
e pago até o último dia útil do 
mês subsequente ao da 
apuração. 
Isenção dos 0,005% na 
fonte, se a soma de 
todas as operações do 
mês for igual ou inferior 
a R$1,00. 
MERCADO 
DE 
OPÇÕES 
15% (incidência de IR retido 
na fonte de 0,005% sobre o 
resultado positivo da soma 
algébrica dos prêmios pagos 
e recebidos no mesmo dia.) 
Day Trade=20% 
Contribuinte, através de 
DARF. A apuração deverá ser 
feita para cada ativo 
ISOLADAMENTE, porém o 
DARF pode ser único. 
Apurado mensalmente e pago 
até o último dia útil do mês 
subsequente ao da apuração. 
Não há. 
MERCADO 
FUTURO 
15% (incidência de IR retido 
na fonte de 0,005% sobre a 
soma positiva dos ajustes 
diários, retido pela instituição 
intermediadora). Day Trade= 
20% 
Contribuinte através de DARF 
e pago até o último dia útil do 
mês subsequente ao da 
apuração. 
Isenção dos 0,005% na 
fonte, se a soma de 
todas as operações do 
mês for igual ou inferior 
a R$1,00. 
SWAP 
Regressivo com mínimo de 
15% 
Pela PJ que fizer o pagamento 
do rendimento. 
Não há. 
Fonte: Elaborada pelo autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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70 
Fundos de Investimento e Outros Fundos 
de Investimentos regulados pela CVM 
 
 
Histórico 
Instrução CVM nº 555/2014 e respectivas atualizações 
A Instrução CVM nº555/14 dispõe sobre constituição, a administração, o funcionamento 
e a divulgação de informações dos fundos de investimento. A seguir veremos as regras de 
forma compactada. 
 
Classes 
Curto prazo 
Fundos de curto prazo são fundos em que o prazo médio da carteira é igual ou inferior a 
365 dias. Fator gerador do imposto pode ser o Resgate ou Semestral.Semestre: último dia 
útil dos meses de MAIO e NOVEMBRO (chamado de come cotas).Responsável pelo 
recolhimento do imposto é o administrador do fundo.Alíquota semestral é de 20% e 
alíquota no Resgate:22,5% → aplicações de até 180 dias; e20,0% → aplicações com 
prazos igual ou superior a 181 dias. 
 
Referenciado 
Fundo referenciado é um fundo de investimentos cujo objetivo é obter rentabilidade 
igual a uma taxa de referência (benchmark). Para ser classificado como um fundo 
referenciado 95% da carteira do fundo deve estar investido em ativos que 
acompanhem o benchmark definido no regulamento. 
 
 
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71 
Renda fixa 
O fundo classificado como “renda fixa” deve possuir, no mínimo, 80%da carteira em 
ativos relacionados diretamente (ou sintetizados via derivativos) ao fator de risco que dá 
nome à classe, expostos à variação da taxa de juros, ou a um índice de preços, ou a 
ambos. Nessa categoria, é vedada a cobrança de taxa de performance, salvo quando se 
tratar de um fundo destinado a investidor qualificado, em que também é permitida a 
alavancagem. 
A classe de fundos de renda fixa poderá apresentar os seguintes aspectos: 
• longo prazo; 
• curtoprazo; 
• referenciado; 
• simples; 
• dívida externa; e 
• crédito privado. 
 
Multimercado 
Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (2014, p. 85), os fundos definidos como 
“multimercado” devem possuir políticas de investimento que envolvam vários fatores 
de risco, sem o compromisso de concentração em nenhum fator em especial ou em 
fatores diferentes das demais classes de fundos. Nesse aspecto, podem usar derivativos 
para alavancagem, assim como realizar a aplicação de até 20% de seu patrimônio em 
ativos no exterior e ainda cobrar taxa de performance. A categoria de fundos 
multimercados poderá conter as seguintes designações: 
• longoprazo; 
• crédito privado; 
• macro; e 
• juros e moedas. 
 
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72 
Ações 
Os fundos de ações investem no mínimo 67% do seu Patrimônio Líquido em ações 
negociadas no mercado à vista de Bolsa de Valores, incluindo, também: BDRs, cotas de 
fundos de ações, e bônus ou recibos de subscrição e certificados de depósito de ações.A 
performance destes fundos está sujeita à variação de preço dos ativos que compõem sua 
carteira. A classe de Fundos de Ações poderá conter os seguintes sufixos: mercado de 
Acesso e BDR – Nível 1. Fator Gerador do imposto é apenas no Resgate, o responsável 
pelo recolhimento do imposto é o administrador do fundo e a alíquota única de: 
15% (resgate, não tem come-cotas). Ressalta-se que, nos fundos de ações não há 
recolhimento de Imposto de Renda Semestralmente, somente no resgate. 
 
Fundo de ações – mercado de acesso 
Fundos de ações cuja política de investimento preveja que, no mínimo, 2/3 (dois terços) 
do seu patrimônio líquido seja investido em ações de companhias listadas em segmento 
de negociação de valores mobiliários, voltado ao mercado de acesso, instituído por bolsa 
de valores ou por entidade do mercado de balcão organizado, que assegure, por meio de 
vínculo contratual, práticas diferenciadas de governança corporativa devem usar, em seu 
nome, a designação “Ações – Mercado de Acesso”. 
 
Fundo de ações BDR – nível I 
Caso a política de investimentos do fundo preveja aplicação em BDR classificados como 
nível I, deve colocar o sufixo “Ações – BDR Nível I”. 
 
Cambial 
Os fundos classificados como “cambiais” devem apresentar a variação de preços de 
moeda estrangeira ou a variação do cupom cambial como principal fator de risco de 
carteira. No mínimo, 80% da carteira deve ser composta por ativos relacionados 
diretamente (ou sintetizados via derivativos) ao fator de risco que concede nome à 
classe. Nesse tipo de fundo, também é permitida a taxa de performance. 
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73 
Dívida externa 
O fundo classificado como “renda fixa”, que tenha 80%, no mínimo, de seu patrimônio 
líquido caracterizado por títulos representativos da dívida externa de responsabilidade 
da União, deve incluir, em sua denominação, a expressão “dívida externa”. 
 
Fundos de Investimento em Cotas (FICS) 
O fundo de investimento em cotas de fundos de investimento deverá manter, no 
mínimo, 95% de seu patrimônio investido em cotas de fundos de investimento de uma 
mesma classe, exceto se esses Fundos de Investimento em cotas forem classificados 
como “Multimercado”, que podem investir em cotas de fundos de classes distintas. Os 
restantes 5% (cinco por cento) do patrimônio do fundo poderão ser mantidos em 
depósitos à vista ou aplicados em: 
• Títulos públicos federais; 
• Títulos de renda fixa de emissão de instituição financeira; ou 
• Operações compromissadas (Operação envolvendo títulos de renda fixa), de 
acordo com a regulação específica do Conselho Monetário Nacional (CMN). 
 
Imobiliário 
Os Fundos de Investimento Imobiliário (FII) destinam-se ao desenvolvimento de 
empreendimentos imobiliários. Uma vez constituído e autorizado o funcionamento do 
Fundo, admite-se que 25% de seu patrimônio, no máximo e temporariamente, seja 
investida em cotas de FI e/ou em Títulos de Renda Fixa.Essa parcela pode ser maior se 
expressamente autorizado pela CVM, mediante justificativa do administrador do Fundo.É 
vedado ao Fundo operar em mercados futuros ou de opções. 
 
Empresas emergentes 
De acordo com o site investidor.gov.br, os Fundos de Investimentos em Empresas 
Emergentes também conhecidos como Fundos de “Venture Capital”, devem ser 
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74 
constituídos sob a forma de condomínio fechado, cujos recursos sejam destinados 
à aplicação em carteira diversificada de valores mobiliários de emissão de empresas 
emergentes – companhia que apresente faturamento líquido anual, ou faturamento 
líquido anual consolidado, inferiores a R$ 150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de 
Reais), apurados no balanço de encerramento do exercício anterior à aquisição dos 
valores mobiliários de sua emissão. 
 
Participações 
Segundo a BM&FBovespa 
O Fundo de Investimento em Participações (FIP) é uma comunhão 
de recursos destinados à aplicação em companhias abertas, 
fechadas ou sociedades limitadas, em fase de 
desenvolvimento. Cabe ao administrador constituir o fundo e 
realizar o processo de captação de recursos junto aos investidores 
através da venda de cotas. 
Além disso: “[…] O FIP é um investimento em renda variável constituído sob a forma de 
condomínio fechado, em que as cotas somente são resgatadas ao término de sua 
duração ou quando é deliberado em assembleia de cotistas a sua liquidação”. E: “O 
fundo deverá participar do processo decisório da companhia investida, com efetiva 
influência na definição de sua política estratégica e na sua gestão, notadamente através 
da indicação de membros do Conselho de Administração”. 
 
Aspectos operacionais 
Taxa de administração 
Taxa de administração é o percentual pago pelos cotistas de um fundo para remunerar 
todos os prestadores de serviço. É uma taxa expressa ao ano calculada e deduzida 
diariamente e sua cobrança afeta o valor da cota. A rentabilidade divulgada pelos fundos 
de investimento é sempre líquida de taxa de administração. 
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75 
Taxa de performance 
Taxa de performance é o percentual cobrado do cotista quando a rentabilidade do fundo 
supera a de um indicador de referência. Nem todos os fundos cobram taxa de 
performance. Cobrança após a dedução de todas as despesas, inclusive da taxa de 
administração. Linha d’água: Metodologia utilizada para cobrança de taxa de 
performance. Periodicidade: Semestral 
 
Taxa de ingresso e de saída 
Taxas de ingresso e de saída estas taxas não são tão comuns, mas também podem ser 
cobradas dependendo do fundo de investimento que você escolher. Elas são cobradas na 
aquisição de cotas do fundo ou quando o investidor solicita o resgate de suas cotas. 
 
Políticas de investimento 
Definição 
Cada fundo possui uma política de investimento, que é determinadapela instituição 
financeira administradora do fundo por meio de um objetivo principal. Esse objetivo 
define o risco e o retorno de cada fundo. Através da política de investimento e do 
objetivo, o investidor define em que fundo deverá investir (avesso ou propenso ao 
risco). Cabe à política de investimento e ao público-alvo, que precisam ser apresentadas 
de forma transparente de modo que o investidor possa escolher o fundo mais oportuno 
para si. 
 
Gestão passiva e ativa 
Gestão ativa 
Podemos destacar as seguintes características desta modalidade: 
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76 
• Nos fundos ativos, o gestor é “livre” para atuar com o objetivo de obter o melhor 
desempenho, assumindo decisões de investimentos que julgue propícias para 
superar o seu “benchmark”; 
• Buscam gerar o alfa (diferença entre a rentabilidade do fundo e a rentabilidade do 
índice); 
• Possíveis estratégias para superar o índice: 
✓ Estilos diferentes: selecionar ações de empresas em crescimento acelerado, 
empresas com altos dividendos; 
✓ Empresas de segunda linha (maior agressividade e menor liquidez); e 
✓ Estratégia semiativa: mesmas ações, porém com pesos diferentes. 
 
Gestão passiva 
Os fundos passivos buscam acompanhar um determinado “benchmark”. Por essa razão, 
seus gestores têm menos liberdade na seleção de ativos (e.g. fundo que segue o 
Ibovespa). 
 
Instrumentos de divulgação da política de investimento 
Em suma há três tipos de documentos importantes dos fundos de investimento: o 
Regulamento, o Prospecto e a Lâmina de Investimento. 
O Regulamento é o documento que estabelece as informações e as regras do fundo: 
administração; espécie, se aberto ou fechado; prazo de duração, se determinado 
ou indeterminado; gestão; prestadores de serviço; política de investimento, de forma a 
caracterizar a classe do fundo; taxa de administração e, se o caso, às taxas de 
performance, entrada e saída; às condições de aplicação e resgate de cotas. 
O Prospecto é o documento que apresenta de forma destacada as principais 
informações relevantes para o investidor contidas no regulamento, tais como as 
relativas à política de investimento do fundo, às taxas de administração e aos principais 
direitos e responsabilidades dos cotistas e administradores, os riscos envolvidos etc. 
A Lâmina contém as informações mais importantes em formato simples e sempre na 
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77 
mesma ordem. Além das informações sobre taxas e despesas, a lâmina traz uma tabela 
com os retornos dos últimos cinco anos, que enfatiza a existência, caso exista, de anos 
com rentabilidade negativa, além de outras mudanças, conforme disposto na instrução. 
 
Aspectos tributários 
Fundo de renda fixa 
Imposto de Renda (sobre o ganho nominal). De acordo com as hipóteses do exemplo 
comparativo, existe somente um resgate total após um ano. Dessa forma, 
a alíquota incidente sobre os rendimentos para a aplicação pelo período de 1 ano teria 
sido de 17,5%. Exceção: No caso de fundo de renda fixa de curto prazo, a alíquota teria 
sido de 20%. 
 
Fundo de renda variável 
Imposto de Renda (sobre o ganho nominal). De acordo com as hipóteses do exemplo 
comparativo, existe somente um resgate total após um ano. Dessa forma, 
a alíquota incidente sobre os rendimentos para a aplicação teria sido de 15%.A 
composição da carteira de títulos de um fundo e seus prazos de vencimento irá 
determinar a alíquota de IR para resgate e a incidência de come-cotas. 
 
Fundos de curto prazo 
• São fundos cujo prazo médio da carteira é igual ou inferior a 365 dias; 
• Fator gerador do imposto: Resgate ou Semestral; 
• Semestre: último dia útil dos meses de maio e novembro; 
• Responsável pelo recolhimento: administrador do fundo; 
• Alíquota semestral: 20% 
• Alíquota no Resgate: 
✓ 22,5% → aplicações de até 180 dias; e 
✓ 20,0% → aplicações com prazos igual ou superior a 181 dias. 
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78 
Fundos de longo prazo 
• São fundos cujo prazo médio da carteira é superior a 365 dias; 
• Fator gerador do imposto: Resgate ou Semestral; 
• Semestre: último dia útil dos meses de maio e novembro; 
• Responsável pelo recolhimento: Administrador do fundo; 
• Alíquota semestral: 15%; 
• Alíquota no resgate; 
• 22,5% → aplicações de até 180 dias; 
• 20,0% → aplicações de 181 a 360 dias; 
• 17,5% → aplicações de 361 até 720 dias; e 
• 15,0% → aplicaçõesacima de 720 dias. 
 
Obs.: A cobrança de imposto de renda em Fundos (come-cotas) reduz a quantidade de 
cotas, e não o valor da cota. 
 
Fundos de ações 
• Carteiras com no mínimo 67% aplicado no Mercado de Ações 
• Fator Gerador do imposto: Resgate 
• Responsável pelo recolhimento: Administrador do fundo 
• Alíquota única de: 15% (resgate, não tem come-cotas) 
 
Obs.: Nos fundos de ações não há recolhimento de Imposto de Renda Semestralmente, 
somente no resgate. 
 
Fundos imobiliários 
• Na distribuição de rendimentos: não há incidência de imposto de renda; 
• Na venda das cotas: incidência de imposto de renda de 20% sobre o lucro (preço 
de venda subtraído do preço de compra). 
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79 
Compensação de perdas 
 
Os ganhos nos fundos de renda fixa são compensados com as perdas realizadas 
anteriormente no mesmo fundo de renda fixa. Caso o investidor aplique em vários 
fundos do mesmo administrador, a perda realizada em um fundo pode ser utilizada para 
abater o rendimento que será tributado em outro fundo, desde que os fundos tenham a 
mesma classificação (“Fundos de Longo Prazo” só podem compensar prejuízos de outro 
“Fundo de Longo prazo”, do mesmo administrador). 
O administrador dos fundos não é obrigado a oferecer essa compensação, porém sua 
capacidade de oferecê-la ao cliente é uma vantagem competitiva. A perda de um fundo 
somente pode ser utilizada para compensar lucros futuros após a ocorrência do resgate 
do fundo com prejuízo. Caso o investidor resgate totalmente suas cotas num Fundo de 
renda fixa, realizando um prejuízo, este prejuízo fica guardado no Fundo até 31/12 do 
ano subsequente ao resgate. Caso o investidor volte a aplicar nesse Fundo de renda fixa 
até essa data (31/12 do ano subsequente), poderá compensar essas perdas em ganhos 
futuros. 
 
Come-cotas 
O come-cotas é o nome dado a antecipação no recolhimento do Importo de Renda em 
diversos tipos de fundos de investimentos como por exemplo os multimercados e renda 
fixa. É necessário muito cuidado ao considerá-lo já que é possível que no longo prazo ele 
tenha um impacto considerável. Esse sistema deduz semestralmente cotas dos fundos 
em alíquotas de 20% a 15%. Está presente na vida de todos os investidores que aplicam 
em fundos classificados como de longo prazo ou curto prazo, como os cambiais, renda 
fixa e multimercados. A sua cobrança segue uma tabela regressiva conforme o tempo de 
aplicação: 
 
 
 
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80 
Tabela – Fundos de curto prazo vs. fundos de longo prazo. 
  Fundos de Curto Prazo Fundos de Longo Prazo 
Até 180 dias 22,5% 22,5% 
181 dias a 360 dias 20,0% 20,0% 
361 dias a 720 dias – 17,5% 
721 dias ou mais – 15,0% 
Fonte: Elaborado peloautor. 
 
O come-cotas antecipa o imposto de renda retido na fonte. No período de seis meses (no 
último dia de maio e no último dia de novembro), há uma redução no número de 
cotas (que, no extrato, parece um resgate). No momento do resgate ocorre o cálculo da 
diferença entre valor antecipado pelo come-cotas e a alíquota do Imposto de Renda em 
que o investimento se enquadra. Assim, é importante que o investidor tenha 
conhecimento de onde investirá, e se será de curto ou longo prazo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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81 
Securitização de Recebíveis 
 
Securitização 
A securitização de recebíveis é uma forma de estruturação financeira onde a empresa 
obtém recursos diretamente no Mercado de Capitais através da transferência de seus 
recebíveis. Trata de um processo no qual uma série de ativos financeiros e não 
financeiros (chamados de ativos-base) são agrupados na forma de títulos e negociados 
com investidores. Essa variedade de ativos financeiros e não financeiros são 
“empacotados” na forma de títulos (títulos financeiros negociáveis) e então vendidos a 
investidores. 
A securitização seria o uso de títulos de uma forma em que os investidores possam 
emprestar aos seus mutuários algum dinheiro sem que haja intervenção de bancos 
como intermediários. Assim, ocorre uma mobilização de ativos, presentes e futuros, que 
permite um autofinanciamento. É importante destacar que esse sistema permite que 
qualquer fluxo de caixa possa ser securitizado (até mesmo receitas futuras), e os fluxos 
de caixa gerados pelos ativos-base são usados para pagar o principal e os encargos das 
securities e outras despesas. Assim, esse tipo de negociação pode envolver ativos como: 
empréstimos, receitas futuras de cartão de crédito, faturas emitidas que ainda não 
foram pagas, duplicatas, notas promissórias, leasing, financiamento de veículos, entre 
outros. 
• Uma operação de securitização possui três tipos de participantes: 
✓ Originador: aquele que gera um ativo seja este um empréstimo, leasing, 
recebível, ou outra forma de fluxo de pagamento; 
✓ Intermediários/Veículos: aqueles que estruturam a securitização e ajudam a 
viabilizar a venda dos ABS aos investidores; e 
✓ Investidores: aqueles que compram o ABS. 
 
 
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82 
Tabela – Estruturas de Securitização de Recebíveis no Brasil. 
Emissor 
Principais ativos 
emitidos 
Lastro 
Originadores mais 
comuns 
FIDC Cotas 
Crédito Consignado, CDC 
Veículos, CDC Lojista, 
Recebíveis Comerciais 
(Cheques e Duplicatas), 
Recebíveis de Cartões de 
Crédito, Mensalidades 
Escolares, entre outros. 
Bancos, Financeiras, 
Factorings, Empresas 
dos setores de Infra-
Estrutura e Industrial. 
SPE Debêntures 
Dividendos, Recebíveis 
Comerciais, Recebíveis 
Imobiliários, Mensalidades 
Escolares, entre outros. 
Empresas Financeiras 
e Não-Financeiras. 
Cia. 
Securitizadora de 
Recebíveis 
Imobiliários 
Certificados de 
RecebíveisImobiliários 
Recebíveis Imobiliários (Fluxos 
de contratos de compra e 
venda e locação, podendo 
estar agrupados em Cédulas 
de Crédito Imobiliário – CCI). 
Incorporadoras, 
Construtoras e 
Proprietários de 
Imóveis em geral 
(inclui uma SPE). 
Cia. 
Securitizadora de 
Recebíveis do 
agronegócio 
Certificados de 
Recebíveis do 
agronegócio 
Recebíveis do agronegócio, 
representados por Letras de 
Crédito Agrícola (LCA), 
Certificado de Direitos 
Creditórios do Agronegócio 
(CDCA) e Cédula de Produto 
Rural (CPR). 
Cooperativas, 
Empresas Agrícolas e 
Empresas 
agroindustriais. 
Fonte: Austin Rating (2017). 
 
Pontos importantes dentro do assunto de Securitzação: 
• Em uma securitização, o fluxo financeiro dos direitos de crédito é pago à 
companhia securitizadora que usa os recursos para remunerar os investidores; 
• Apenas companhias securitizadoras podem emitir certificados de recebíveis; 
• Em uma operação de securitização de recebíveis, os recebíveis devem estar 
registrados no Balanço da empresa que originou esses recebíveis; 
• CRI e CRA não tem IR na PF e NÃO são garantidos pelo FGC. 
 
 
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83 
Dentre as vantagens desse processo podemos citar: 
• Juros mais baixos: a quitação da dívida é mais garantida, já que envolvem ativos a 
receber, consequentemente oferece juros baixos; 
• Alternativa para financiamento, também por conta dos juros menores; 
• Elevada liquidez: o ativo é facilmente convertido em dinheiro e o valor é 
disponibilizado rapidamente ao solicitante; 
• O processo de securitização de recebíveis também pode ser usado como solução 
para gestão de capital regulatório e como instrumento de gerenciamento de 
custos e riscos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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84 
Clubes de Investimento 
 
Clubes de investimento 
• Clube de investimento consiste em um condomínio aberto com objetivo de 
aplicação de recursos. 
• Um clube de investimento é uma reunião de no mínimo 3 e, no máximo, 50 
pessoas, que desejam reunir seus recursos financeiros para investir em opções 
mais rentáveis na Bolsa de Valores. 
• Nenhum cotista poderá ter mais do que 40% das cotas do clube. 
• Um clube de investimentos deve ter uma carteira composta por, no mínimo, 67% 
de ações. O restante pode ser aplicado em fundos de renda fixa ou derivativos. 
• É tributado apenas no regaste em 15% 
• Um clube deve ser administrado por uma figura autorizada pela CVM, como uma 
corretora, por exemplo. 
• A gestão do clube de investimento pode ser realizada por um cotista, desde que a 
eleição seja realizada durante assembleia. 
• Todas as obrigações contábeis devem ser cumpridas pelo clube de investimento, 
incluindo relatórios de despesas e classificação de ativos e passivos, por exemplo. 
• Assembleia de cotistas deve ser realizada anualmente para DRE. 
 
 Taxa Interna de Retorno (TIR) 
A Taxa Interna de Retorno, TIR, ou IRR (Internal Rate of Return) é a taxa que iguala as 
despesas com as receitas futuras trazidas a valor presente. Pode ser definida como o 
ganho percentual recebido para cada real investido, pelo período que ele é investido. Ela 
é utilizada para comparar investimentos com base em suas taxas, além de determinar a 
taxa de retorno implícita de um projeto. Pense na TIR como a taxa de juros que uma 
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85 
aplicação financeira precisaria render para ser tão lucrativa quanto o projeto ou novo 
negócio. Assim, quanto maior a TIR, melhor e mais rentável será o projeto ou novo 
negócio. 
Matematicamente, a TIR é a taxa de juros que torna o VPL igual a zero: 
 
 
Em que o fluxo de caixa no período 0 (FC0) representa o investimento inicial e 
consequentemente uma saída de caixa (-). 
Exemplo: Uma empresa investiu em um projeto de 50.000,00 e espera receber um fluxo 
de caixa de 25.000,00 no ano 1, 20.000,00 no ano 2 e 15.000,00 no ano 3. Qual é a TIR do 
investimento? 
Para responder a questão, devemos criar um fluxo de pagamento e colocar as 
informações na calculadora HP-12C. 
 
Tabela –Fluxo de caixa. 
Tempo Valor 
0 – R$50.000,00 
1 R$25.000,00 
2 R$20.000,00 
3 R$15.000,00 
Fonte: Elaborada pelo autor.https://proeducacional.com/
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86 
Figura – Fluxo de caixa. 
 
Fonte: Elaborada pelo autor. 
 
 
Na HP-12C: 
[50000][CHS][g][CF0] 
[25000][g][CFj] 
[20000][g][CFj] 
[15000][g][CFj] 
[f][IRR] 
 
TIR = 10,65% 
 
Para verificar a resposta, podemos colocar a TIR na fórmula e conferir se o VPL é igual a 
zero (salvo erros de arredondamento): 
 
 
O processo de cálculo é feito por tentativa e erro e, portanto, é melhor se feito com uma 
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87 
calculadora financeira. 
 
Interpretando a TIR 
Para interpretar o resultado da TIR é necessário a comparação com a TIR de outro 
projeto ou a Taxa Mínima de Atratividade (TMA). Se a TIR do empreendimento for maior 
que a TMA, o investimento deve ser aprovado. Se a TIR for menor que a TMA, o 
investimento não deve ser aceito. 
De forma mais direta, a análise do resultado ocorre da seguinte forma: 
• se a TIR > TMA, o investimento é viável economicamente, pois o retorno gerado é 
maior que a taxa mínima de atratividade; 
• se a TIR < TMA, o investimento não é viável economicamente, porque seu retorno 
é menor que o mínimo desejado; 
• se a TIR = TMA, o investimento está em uma zona de indiferença de retorno, mas 
ainda é viável, pois gera o mínimo desejado, que é a taxa mínima de atratividade. 
 
Taxa Crossover 
Os conceitos de TIR e VPL são bastante próximos. Ambos são baseados na capitalização 
composta e na equivalência de fluxos de caixa no tempo. Uma das diferenças entre a TIR 
e o VPL é que a TIR mostra seu resultado em termos percentuais, enquanto o VPL 
apresenta os resultados em termos monetários. 
Tanto a TIR como o VPL utilizam uma TMA, porém com funções diferenciadas, pois no 
VPL a TMA é utilizada unicamente no cálculo. Além disso, ambos os métodos conduzem a 
um resultado de rejeição ou aceitação, de modo que quando a TIR apresenta um 
resultado menor que a TMA, seu VPL será negativo. Por outro lado, se o VPL do projeto 
for positivo, a TIR será maior que a TMA, levando à aceitação do projeto de 
empreendimento. 
No momento de fazer uma avaliação do projeto de investimento, o VPL e a TIR de um 
fluxo de caixa precisam ser calculados e estudados. Ambas as quantidades são 
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88 
frequentemente usadas, pois são úteis na avaliação e comparação de investimentos e 
outros projetos. O projeto com maior VPL são os mais rentáveis para se investir. Se, como 
em muitos investimentos, há um período de desembolsos seguido de um período de 
receitas, então o VPL é uma função decrescente da taxa de juros. Quando o VPL é 
positivo e, portanto, o projeto dá lucro, significa que se o investidor pegar dinheiro 
emprestado a uma taxa de juros que seja menor do que a TIR ele terá retorno positivo. 
Portanto, um projeto com maior TIR possui mais chance de ser lucrativo. 
Isso não significa, no entanto, que um projeto com maior TIR sempre seja mais lucrativo 
que um projeto com menor TIR. Por exemplo, imagine que um Projeto A exija um 
pagamento inicial de R$ 10.000,00, em troca do qual o investidor receberá R$ 250 no 
final de cada trimestre durante 15 anos, enquanto um Projeto B requer um pagamento 
inicial de R$ 11.000,00, no qual, em contrapartida, o investidor receberá R$ 605,00 no 
final de cada ano durante 18 anos e, ainda, o pagamento inicial de R$ 11.000,00 será 
reembolsado no final. Ambos os projetos têm um desembolso no início e pagamentos ao 
investidor depois, e assim possuem uma TIR bem definida. Considere uma taxa de 
desconto de 3% ao ano para ambos os investimentos. O valor presente líquido para o 
Projeto A é dado por: 
 
 
 
Na resolução para encontrar a taxa de juros que zera o VPL de A, tem-se uma TIR de 
aproximadamente 5,88%. Quandofazemos o exercício para o projeto B, temos: 
 
 
 
A TIR do Projeto B é de 5,5%. Todavia, o valor presente de A é de aproximadamente R$ 
2.000,00, enquanto o do Projeto B é próximo de R$ 4.000,00. 
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89 
Assim, se a taxa de juros com que o investidor consegue tomar dinheiro emprestado for 
baixa o suficiente, o Projeto B pode ser mais lucrativo que o Projeto A (por apresentar um 
VPL maior), embora tenha uma TIR menor. O custo de capital que faz com que os dois 
valores presentes dos projetos sejam iguais é chamada de taxa crossover: 
 
Figura – VPL de A e B vs. taxa de desconto. 
 
Fonte: Elaborada pelo autor. 
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No exemplo acima, se o custo de capital for menor que a taxa crossover (5,108%), o lucro 
será maior no Projeto B que no Projeto A, visto que o VPL de B é maior em taxas mais 
baixas. O Projeto A é vantajoso somente se o custo de capital estiver entre 5,108% (taxa 
crossover) e 5,88% (sua TIR). 
Assim, para projetos mutuamente exclusivos (que não podem ocorrer simultaneamente), 
a TIR pode não ser a melhor opção. Dependendo do custo de capital, o projeto que 
maximiza o VPL deve ser escolhido mesmo se sua sua TIR for menor (assumindo que não 
há restrições de capital, caso o capital investido seja maior em algum dos projetos). 
 
TIR: Vantagens e desvantagens 
Vantagens: 
• Indicador mais utilizado, de fácil compreensão; 
• Apresenta informações com margens de segurança, o que representa uma 
alternativa segura; 
• Possibilidade de mensurar o retorno de um projeto em relação ao investimento 
realizado; 
• O método retorna uma taxa de juros. 
 
Desvantagens: 
• Não considera o risco para obter o retorno do projeto; 
• Quando houver mais de uma mudança de sinal no fluxo de caixa, haverá dois 
pontos em que o VPL é igual a zero, podendo existir múltiplas taxas internas para 
um mesmo projeto; 
• Não pode ser diretamente traduzido em ganhos líquidos efetivos; 
• Investimentos com valores diferentes não poderão ser comparados. Para isso, 
precisaremos fazer o projeto mutuamente excludente; 
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91 
• Pode entrar em conflito com o VPL, fazendo que, em alguns casos, um projeto que 
gere menor lucro total para empresa seja escolhido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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92 
Matemática Financeira 
 
Regime de capitalização 
Simples e compostos 
 
Tabela – Juros simples. 
Cálculo dos Juros Cálculo do Montante 
J = C x i x n M = C x (1 + i x n) 
Fonte: Elaborada pelo autor. 
Em que: 
• J = Juros; 
• M = Montante; 
• C = Capital (Valor Presente); 
• i = Taxa de juros; e 
• n = Prazo. 
 
Lembre-se: 
Montante = Capital + Juros 
 
Tabela – Juros compostos 
Cálculo dos Juros Cálculo do Montante 
J = M – C M = C x (1 + i) n 
 
Em que: 
• J = Juros; 
• M = Montante; 
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93 
• C = Capital(Valor Presente); 
• i = Taxa de juros; e 
• n = Prazo. 
 
Equivalência de taxas 
Taxa proporcional 
Duas taxas de juros serão proporcionais quando, expressas em prazos diferentes e 
incidindo sobre um mesmo capital inicial, por um mesmo período, resultam no mesmo 
valor futuro considerando o regime de capitalização simples. 
Calculada em regime de capitalização simples: resolve-se apenas multiplicando ou 
dividindo a taxa de juros. Exemplo: Qual é a taxa de juros mensal proporcional a 6,8% ao 
quadrimestre? 
Resposta: 1,7% ao mês. 
 
Taxa equivalente 
É calculada em regime de capitalização composta. Para efetuar o cálculo de taxas 
equivalentes, é necessário utilizar a fórmula: 
 
Tabela – Taxa equivalente. 
 
Cálculo de Taxa Equivalente 
 
(1 + ia) = (1 + ip) n 
Fonte: Elaborada pelo autor. 
Em que: 
• ia = taxa atualequivalente; 
• ip = taxa do período dado; e 
• n = número de períodos. 
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94 
Taxa nominal 
Uma taxa de juro é definida como nominal quando o prazo difere da capitalização ou 
quando incorpora as taxas de inflação. Dessa forma, é possível notar que se trata de um 
valor aparente. 
Exemplos de taxasnominais: 
• 24% ao ano/mês; 
• 3% ao mês/bimestrais; e 
• 1,5% ao dia/semestral. 
 
Taxa efetiva 
Em situações em que a taxa de juro é calculada sobre o valor efetivamente emprestado 
ou aplicado, ou seja, pode indicar a lucratividade final de um investimento. 
Exemplos de taxasefetivas: 
• 24% ao ano/anual; 
• 3% ao mês/mensal; e 
• 1,5% ao dia/diária. 
 
Taxa real 
A taxa de juros reais são os juros já com a inflação descontada, ou seja, uma taxa sem os 
efeitos inflacionários. O objetivo dessa taxa é observar o ganho real, sem que a alteração 
dos preços interfira nos cálculos. 
 
Em que: 
• r = taxa real; 
• i = taxa efetiva; e 
• π = inflação. 
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95 
Definição de taxa de desconto 
Comercial bancário 
Entre os modelos de juros simples mais usados no mercado financeiro e de capitais, 
encontra-se o de desconto bancário (ou juro antecipado) – Dc. Basicamente, ele serve 
para calcular o Valor Presente descontando do Valor Futuro (ou seja, o Valor de Face) –
 FV – de uma parcela. É igual ao produto do Valor Futuro pela taxa de juros – ia – e, 
ainda, pelo número de períodos – n – até o vencimento do título (negociado) (KUHNEN, 
2008). 
Expressão para o valor do desconto simples comercial: 
 
 
 
Expressões equivalentes para o valor presente com desconto simples comercial: 
 
 
 
Ou: 
 
 
 
Taxa Over 
Definição/características 
A taxa over é uma taxa de juros nominal, isto é, formada por juros simples, 
com capitalização diária, porém válida somente para os dias úteis (dias de 
funcionamento do mercado financeiro). Essa taxa costuma ser expressa ao mês, obtida 
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96 
pela simples multiplicação da taxa ao dia por 30, sendo aplicada geralmente para 
operações de curo prazo. Toda taxa nominal over deve informar o número de dias úteis 
nos quais os juros serão capitalizados de maneira que se possa calcular a taxa efetiva do 
período. 
 
Fluxo de Caixa 
Definição/tipos/características/aplicações 
Ao realizar a análise de um investimento, é preciso verificar a quantidade do valor 
investido e o retorno do investimento, os quais ocorrem em diferentes datas. A 
representação dessas entradas e saídas de valores recebe o nome de fluxo de caixa. As 
entradas são setas para cima e as saídas, setas para baixo: 
 
Exemplo 
Considere-se um investimento que exige aplicação inicial de R$ 2.000 por dois meses 
seguidos e que, nos quatro meses subsequentes, pague um retorno de R$ 650. Qual é o 
fluxo de caixa desse investimento? 
 
Figura – Fluxo de caixa. 
 
Fonte: Elaborada pelo autor. 
 
 
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97 
Valor presente líquido 
Definição/cálculo 
Valor Presente Líquido é o somatório dos termos de um fluxo de caixa descontado. 
Quanto maior o VPL, mais lucrativo será o projeto ou novo negócio. O VPL indica o lucro 
que o projeto ou novo negócio trará. Entenda a seguir porque não basta somar os 
retornos e subtrair os investimentos para saber qual o lucro que um projeto ou novo 
negócio trará. Fórmula do VPL: 
 
 
 
Taxa interna de retorno 
Definição/ cálculo 
Taxa Interna de Retorno é a taxa de juros para a qual o VPL é nulo. Também é utilizada 
em análise de investimento e determina a taxa de retorno de um projeto investido. 
Quanto maior a TIR, melhor e mais lucrativo será o projeto ou novo negócio. Pense na TIR 
como a taxa de juros que uma aplicação financeira precisaria render para ser tão 
lucrativa quanto o projeto ou novo negócio. 
 
Fórmula para a TIR: 
 
 
 
 
 
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98 
Mercado Financeiro – Outros produtos não 
classificados como valores mobiliários – 
Modalidades – Operacionais – Liquidação 
 
Títulos de renda fixa 
Os títulos de renda fixa são aqueles em que a forma de remuneração ou o indicador ao 
qual está atrelado o investimento é fixado no momento da contratação da operação. De 
modo geral, referem-se a uma dívida e o responsável pela emissão do título promete 
devolver o valor investido acrescido de juros, de acordo com o que ficou estabelecido (ou 
seja, as condições, os prazos, as taxas etc.). Podemos enquadrar nessa modalidade de 
operações a caderneta de poupança, os títulos públicos, as debêntures, os fundos de 
investimentos, os CDBs, entre outros. 
 
Tabela – Títulos públicos federais, estaduais e municipais. 
Nome Atual Nome Anterior Rentabilidade CUPOM 
TesouroPrefixado LTN JurosPrefixado Não 
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais NTN-F JurosPrefixado Sim 
TesouroSelic LFT Selic Não 
Tesouro IPCA + JurosSemestrais NTN-B Juros + IPCA Sim 
Tesouro IPCA NTN-B Principal Juros + IPCA Não 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
Títulos privados 
 
Certificado de Depósito Bancário (CDB) 
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título privado para a captação de recursos 
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99 
de investidores pessoas físicas ou jurídicas, por parte dos bancos. 
Ele é um dos investimentos mais populares no Brasil, é um instrumento que tem como 
atrativo a alta liquidez e cobertura do Fundo Garantidor de Crédito. O CDB é um dos 
instrumentos financeiros mais tradicionais do mercado e é o título de renda fixa mais 
adquirido pelo investidor pessoa física. Foi instituído pela Lei Nº 4.728/65, o CDB é uma 
importante fonte de captação de recursos para as instituições financeiras. Para os 
investidores, as principais vantagens em adquirir um CDB estão na possibilidade de 
contratação de um ativo com liquidez diária, bem como é um ativo elegível à cobertura 
do Fundo Garantidor de Crédito. O risco de quem adquire um CDB está diretamente 
associado à solidez da instituição financeira que fez o lançamento. As características do 
CDB são determinadas no momento de sua contratação e, na ocasião, o prazo e a forma 
de rendimento são definidos. A remuneraçãodo CDB pode ser prefixada ou pós-fixada, 
com os pós-fixados geralmente utilizando a Taxa-DI: 
• Recibo de Depósito Bancário (RDB); 
• Letra de Câmbio (LC). 
A Letra de Câmbio (LC) é uma espécie de título de crédito, ou seja, também 
representa uma obrigação pecuniária, sendo autônoma. A emissão da letra de câmbio é 
denominada saque; por meio dele, o sacador (quem emite o título), expede uma ordem 
de pagamento ao sacado (pessoa que deverá pagá-la), que fica obrigado, havendo aceite, 
a pagar ao tomador (um credor específico), o valor determinado no título. 
Apesar de atribuir ao sacado a obrigação de pagar o tomador, o sacador permanece 
subsidiariamente responsável pelo pagamento da letra. Não sendo pago o título no seu 
vencimento, poderá ser efetuado o protesto e a cobrança judicial do crédito, que se dá 
por meio da ação cambial. Porém, para que o credor possa agir em juízo, é necessário 
que esteja representado por um advogado. 
Quanto à possibilidade de transferência, a letra de câmbio é um título de crédito 
nominativo, ou seja, em favor de um credor específico, suscetível de circulação mediante 
endosso. Assim, o endossante (tomador original), transfere a letra para um endossatário 
(novo tomador). 
 
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Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI) 
Negociado exclusivamente entre instituições financeiras, o Depósito Interfinanceiro (DI) é 
um título privado de Renda Fixa que auxilia no fechamento de caixa dos bancos, 
como instrumento de captação de recursos ou de aplicação de recursos excedentes. O 
Depósito Interfinanceiro não pode ser vendido a outros investidorese não há incidência 
de impostos sobre a rentabilidade. Os títulos têm elevada liquidez e embutem um 
baixíssimo risco, normalmente associado à solidez dos bancos que participam do 
mercado. (CETIP, 2020). 
 
Letra de Crédito Imobiliário (LCI) 
Continuando, temos a LCI, que é a Letra de Crédito Imobiliário, ela é um título de 
crédito lastreado em créditos imobiliários que são garantidos por hipoteca ou por 
alienação fiduciária. A LCI oferece aos seus investidores o direito de crédito pelo valor 
nominal, juros e atualização monetária nele estipulado. Ela pode ser atualizada 
mensalmente por índice de preços, desde que emitida com prazo mínimo de 36 meses. A 
LCI é emitida pelo credor dos créditos imobiliários e precisa representar a totalidade 
desses créditos, de modo que esses lastros precisam ser registrados em sistemas de 
registro autorizados, como o da B3. O vencimento da LCI não poderá ser superior ao 
prazo de quaisquer dos créditos imobiliários que lhe servem de lastro. As LCI também 
oferecem isenção de imposto de renda. 
Figura – LCI. 
 
Fonte: Elaborada pelo autor. 
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Letra Hipotecário (LH) 
As Letras Hipotecárias, LH, são títulos de crédito que têm como lastro financiamentos 
imobiliários garantidos por hipotecas, elas conferem a seus titulares direito de crédito 
nominal com atualização monetária e juros neles estipulados. Sua principal vantagem é a 
isenção de impostos de renda para pessoas físicas. Possui um prazo mínimo de aplicação 
de 180 dias e tem como indexador a TR. 
As Letras Hipotecárias são instrumentos de captação de recursos emitidos por 
Instituições Financeiras autorizadas a conceder créditos hipotecários, ou seja, Caixa 
Econômica Federal, Sociedade de Crédito Imobiliário, Sociedade de Poupança e 
Empréstimo, Banco Múltiplo com Carteira de Crédito Imobiliário. 
 
Letra Financeira (LF) 
A Letra Financeira (LF) é um título de renda fixa emitido por instituições financeiras com 
a finalidade de captar recursos de longo prazo, dado que tem vencimento superior a 
dois anos. Em contrapartida, oferece aos investidores melhor rentabilidade do que 
outras aplicações financeiras com liquidez diária ou com prazo inferior de vencimento. 
Desta forma, a LF beneficia tanto as instituições financeiras que necessitam captar 
recursos quanto os investidores que possuem montante relevante para aplicações de 
longo prazo. 
 
Câmbio 
Liquidação de câmbio 
As operações no mercado de câmbio contemplam a negociação de moedas estrangeiras 
entre participantes com diferentes objetivos. Podem ser divididas, basicamente, em 
operações do mercado primário e mercado secundário (interbancário). A B3 possui a 
Câmara de Câmbio que, mediante depósito de garantia das instituições habilitadas, 
efetua a compensação das operações de câmbio de cada participante, de modo a obter 
os correspondentes saldos líquidos credores e devedores, em moeda nacional e em 
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moeda estrangeira. Desta forma, ela atua como contraparte central de todas as 
operações de câmbio registradas na B3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Mercado de Derivativos 
 
Conceituação dos derivativos 
Os derivativos são definidos como contratos que derivam a maior parte de seu valor de 
um ativo subjacente, uma taxa de referência ou um índice. Eles podem ser emitidos com 
base em um ativo físico ou um ativo financeiro, sendo possível emitir derivativos sobre 
outros derivativos. 
 
Mecânica operacional dos mercados futuros, a termo, de opções e de swaps 
 
Contratos a termo 
Os contratos a termo são contratos não padronizados, em que as partes envolvidas na 
transação, como o comprador (ou seja, aquele que assume uma posição comprada) e o 
vendedor (ou seja, aquele que assume uma posição vendida), comprometem-se a 
comprar ou vender um ativo (o qual pode ser um produto físico) em determinada data 
futura a um preço estabelecido na data de elaboração do contrato. O preço combinado 
entre as partes é chamado de preço de entrega. Além disso, os contratos a termo podem 
ser negociados em bolsa de valores ou no mercado de balcão até a sua data de 
vencimento. 
 
Contratos futuros 
O mercado futuro é o ambiente no qual um investidor realiza transações com base em 
contratos futuros de ativos. Nesses mercados, os investidores estabelecem acordos de 
compra e venda de ativos a determinado preço em uma data futura. O valor desses 
contratos oscila ao longo do tempo em resposta às variações observadas na cotação do 
ativo. Cada contrato possui um lote mínimo e um código de negociação. 
 
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Opções de compra e venda 
Elas conferem aos compradores ou vendedores o direito (não a obrigação) de comprar 
ou vender determinado ativo em data futura, de acordo com um preço preestabelecido. 
Nesses derivativos, o detentor deve pagar um prêmio em troca de uma opção de compra 
(call) ou venda (put), não sendo obrigado a exercê-la. As opções americanas podem ser 
exercidas a qualquer momento, mas as europeias apenas na data de vencimento do 
contrato. 
 
Swaps 
Estabelecem um fluxo de pagamentos entre as partes envolvidas em diversas datas 
futuras. Nesses derivativos, é estabelecida a troca do índice de rentabilidade entre dois 
ativos, o que promove, assim, uma troca de risco entre as partes envolvidas. 
 
As operações de swap são comuns entre diferentes taxas de juros, moedase 
commodities, ouro e índices de bolsa de valores. Por exemplo, uma empresa A, voltada 
para a exportação, recebe toda a sua receita em dólares, mas grande parte de seus 
custos são em reais. Por outro lado, uma empresa B recebe toda a sua receita em reais, 
mas seus custos são em dólares. Essas empresas estão sujeitas à variação cambial, a qual 
pode levá-las a falência e sujeitá-las a condições financeiras difíceis. Desse modo, elas 
podem realizar uma operação de swap, trocando risco e ficando imunes à variação 
cambial. Contratos de SWAP tem liquidação em D+1. 
 
 
 
 
 
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