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Diuréticos Tiazídicos - Farmacologia

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Os diuréticos tiazídicos são um grupo de
medicamentos utilizados para aumentar a
produção de urina, promovendo a eliminação
de excesso de fluidos e sais do corpo. Eles
pertencem à classe dos diuréticos e são
frequentemente prescritos para tratar
condições como hipertensão arterial e edema
associado a várias condições médicas. O nome
"tiazídico" deriva da estrutura química comum
desses medicamentos, que contém um anel
de tiazida.
congestiva, cirrose hepática, síndrome
nefrótica e outras doenças que levam à
retenção de líquidos.
Prevenção de Cálculos Renais: Em
algumas situações, os diuréticos tiazídicos
podem ser usados para prevenir a
formação de cálculos renais devido à sua
capacidade de reduzir a excreção de cálcio
na urina.
Diabetes Insipidus Nefrogênico: Em casos
de diabetes insipidus nefrogênico, uma
condição que causa aumento na sede e
produção excessiva de urina devido à
resistência do rim ao hormônio
antidiurético (ADH), os diuréticos tiazídicos
podem ajudar a reduzir a produção de
urina.
Osteoporose: Em algumas situações, a
terapia com diuréticos tiazídicos pode ser
considerada para ajudar a aumentar a
reabsorção de cálcio nos rins e, assim,
ajudar na prevenção da perda óssea em
casos de osteoporose.
Diuréticos tiazídicos
conceito
uso clínico
Hipertensão Arterial: Os diuréticos
tiazídicos são frequentemente utilizados
como terapia de primeira linha no
tratamento da hipertensão arterial,
também conhecida como pressão alta. Eles
ajudam a reduzir o volume de sangue
circulante, diminuindo a pressão nas
paredes dos vasos sanguíneos. Esses
medicamentos podem ser eficazes para
reduzir a pressão arterial em muitos
pacientes, especialmente quando
combinados com outras classes de anti-
hipertensivos.
Edema Leve a Moderado: Os diuréticos
tiazídicos também podem ser usados para
tratar o edema associado a diversas
condições, como insuficiência cardíaca, 
Os diuréticos tiazídicos têm várias indicações
clínicas devido à sua capacidade de aumentar
a produção de urina e reduzir o volume de
líquidos no corpo. Eles são frequentemente
usados no tratamento da hipertensão arterial e
em algumas condições que envolvem
retenção de líquidos. Aqui estão algumas das
principais indicações clínicas para o uso dos
diuréticos tiazídicos:
Luã Cunha
Mecanismo de ação
Inibição do Cotransportador de Sódio-
Cloro (NCC): O principal alvo dos diuréticos
tiazídicos é um co-transportador chamado
cotransportador de sódio-cloro (NCC),
localizado no túbulo contorcido distal dos
rins. O NCC é responsável pela reabsorção
ativa de sódio (Na+) e cloreto (Cl-) do
filtrado glomerular de volta para o corpo. 
Os diuréticos tiazídicos atuam principalmente
nos rins para aumentar a produção de urina,
resultando na eliminação de excesso de fluidos
e sais do corpo. Seu mecanismo de ação
ocorre principalmente no túbulo contorcido
distal, uma parte do sistema de filtragem renal.
Aqui está como os diuréticos tiazídicos
funcionam:
Isso cria um gradiente osmótico que
promove a reabsorção de água, reduzindo
a quantidade de urina produzida.
Inibição da Reabsorção de Sódio e
Cloreto: Os diuréticos tiazídicos bloqueiam
a ação do cotransportador NCC, impedindo
a reabsorção ativa de sódio e cloreto. Isso
resulta em uma menor reabsorção desses
íons e, consequentemente, uma menor
reabsorção de água.
Aumento da Excreção de Sódio, Cloreto e
Água: Ao bloquear o NCC, os diuréticos
tiazídicos promovem a excreção de sódio e
cloreto na urina. A presença desses íons
osmoticamente arrasta água para a urina,
aumentando assim a produção total de
urina e a eliminação de fluidos do corpo.
Efeito Antagonista ao Potássio: Embora
os diuréticos tiazídicos tenham como alvo
principal o NCC, eles também podem
afetar o equilíbrio de outros íons, incluindo
o potássio (K+). Aumento da excreção de
sódio na urina leva ao aumento da
excreção de potássio, o que pode resultar
em hipocalemia (baixos níveis de potássio)
se não for monitorado.
Ação Anti-hipertensiva: A redução da
reabsorção de sódio e água nos rins ajuda a
diminuir o volume de sangue circulante e,
como resultado, a pressão arterial é
reduzida, o que contribui para o efeito anti-
hipertensivo dos diuréticos tiazídicos.
Anti-inflamatórios Não Esteroides
(AINEs): O uso concomitante de diuréticos
tiazídicos e AINEs, como ibuprofeno e
naproxeno, pode reduzir a eficácia dos
diuréticos e aumentar o risco de lesão
renal.
Medicamentos Nefrotóxicos: Diuréticos
tiazídicos combinados com medicamentos
com potencial nefrotóxico, como
aminoglicosídeos (ex: gentamicina) ou
agentes de contraste radiológico, podem
aumentar o risco de lesão renal.
Lítio: A combinação de diuréticos tiazídicos
com lítio, usado para transtorno bipolar,
pode levar ao aumento dos níveis de lítio
no sangue, o que pode ser tóxico.
Medicamentos Hipotensivos: Diuréticos
tiazídicos podem potencializar o efeito de
outros medicamentos hipotensivos, como
anti-hipertensivos, aumentando o risco de
pressão arterial muito baixa (hipotensão).
Corticosteroides: O uso concomitante de
corticosteroides com diuréticos tiazídicos
pode aumentar a excreção de potássio e
aumentar o risco de hipocalemia.
Glicosídeos Digitálicos: A hipocalemia
induzida pelos diuréticos tiazídicos pode
aumentar a sensibilidade cardíaca aos
glicosídeos digitálicos (ex: digoxina),
aumentando o risco de toxicidade
digitálica.
Sais de Potássio e Suplementos: A
combinação de diuréticos tiazídicos com
suplementos de potássio ou
medicamentos poupadores de potássio
pode aumentar o risco de hipercalemia
(altos níveis de potássio).
Medicamentos Antiarrítmicos: Alguns
medicamentos antiarrítmicos, como a
quinidina, podem aumentar o risco de
hipocalemia quando combinados com
diuréticos tiazídicos.
interações medicamentosas
Os diuréticos tiazídicos podem interagir com
outros medicamentos, substâncias ou
condições médicas, o que pode afetar sua
eficácia, aumentar o risco de efeitos adversos
ou causar problemas de saúde. Aqui estão
algumas interações medicamentosas comuns
envolvendo diuréticos tiazídicos:
Luã Cunha
Absorção: Os diuréticos tiazídicos são
frequentemente administrados por via oral.
Eles são bem absorvidos pelo trato
gastrointestinal após a ingestão. A
velocidade e a extensão da absorção
podem variar entre os diferentes
medicamentos do grupo.
Distribuição: Após a absorção, os diuréticos
tiazídicos são distribuídos pelos tecidos do
corpo. Eles se ligam às proteínas
plasmáticas em diferentes graus, mas a
ligação é geralmente moderada.
Metabolismo: Os diuréticos tiazídicos
passam por algum grau de metabolismo
no fígado, embora em geral não sejam
extensivamente metabolizados. Eles
podem ser convertidos em metabólitos
inativos ou sofrerem alterações químicas
menores durante o metabolismo.
Excreção: A excreção dos diuréticos
tiazídicos ocorre principalmente pelos rins,
através da urina. Eles são eliminados
principalmente por filtração glomerular e
secreção tubular. A excreção renal é um
processo importante para eliminar esses
medicamentos do corpo.
Meia-vida: A meia-vida dos diuréticos
tiazídicos varia entre os diferentes
medicamentos e entre os pacientes. Em 
A farmacocinética dos diuréticos tiazídicos
envolve o estudo de como esses
medicamentos são absorvidos, distribuídos,
metabolizados e excretados pelo organismo.
Aqui estão os principais aspectos da
farmacocinética dos diuréticos tiazídicos:
Os diuréticos tiazídicos, apesar de serem
eficazes em muitos casos, também podem
causar uma série de efeitos adversos em
algumas pessoas. Nem todos os pacientes
experimentarão esses efeitos e a gravidade
pode variar. Aqui estão alguns dos possíveis
efeitos adversos associados aos diuréticos
tiazídicos:
Desequilíbrios Eletrolíticos: Um dos efeitos
adversos mais comuns dos diuréticos
tiazídicos é a perda excessiva de eletrólitos,
como potássio, sódio e magnésio, na urina.
Isso pode levar a distúrbios eletrolíticos,
como hipocalemia (baixos níveis de
potássio), hiponatremia (baixos níveis de
sódio) e hipomagnesemia (baixos níveis de 
Efeitos adversos
Luã Cunha
farmacocinética
média, a meia-vidadesses medicamentos é
relativamente curta, o que significa que
eles precisam ser tomados várias vezes ao
dia para manter o efeito diurético.
Biodisponibilidade: A biodisponibilidade
dos diuréticos tiazídicos pode variar entre
os diferentes medicamentos. A
administração por via oral pode ser afetada
pela presença de alimentos no estômago.
Início e Duração do Efeito: Os diuréticos
tiazídicos geralmente têm um início de
ação mais lento em comparação com os
diuréticos de alça. Seu efeito diurético pode
começar a ser observado algumas horas
após a administração e durar várias horas.
Efeito Antagonista ao Potássio: Devido ao
aumento da excreção de sódio, os
diuréticos tiazídicos podem levar à
excreção aumentada de potássio na urina,
o que pode resultar em hipocalemia (baixos
níveis de potássio). Isso é importante a ser
monitorado, especialmente em pacientes
com risco de desequilíbrios eletrolíticos.
Diabetes: Diuréticos tiazídicos podem
aumentar os níveis de glicose no sangue e
interferir no controle da glicemia em
pacientes com diabetes.
de magnésio), que podem causar fraqueza
muscular, cãibras, fadiga, arritmias
cardíacas e outros sintomas.
Desidratação: Devido ao aumento da
produção de urina, os diuréticos tiazídicos
podem levar à desidratação se não houver
ingestão adequada de líquidos para
compensar a perda de fluidos.
Hipotensão: A eliminação de fluidos pelo
uso de diuréticos tiazídicos pode levar a
uma queda na pressão arterial, resultando
em hipotensão (pressão arterial baixa). Isso
pode causar tontura, fraqueza e desmaios.
Aumento do Ácido Úrico: Os diuréticos
tiazídicos podem aumentar os níveis de
ácido úrico no sangue, aumentando o risco
de gota em pessoas predispostas.
Aumento da Glicose no Sangue: Os
diuréticos tiazídicos podem afetar a
regulação da glicose no sangue,
aumentando os níveis de açúcar no sangue
e potencialmente piorando o controle em
pacientes com diabetes.
Aumento dos Lipídios Sanguíneos: Alguns
pacientes podem experimentar um
aumento nos níveis de colesterol e
triglicerídeos no sangue após o uso de
diuréticos tiazídicos.
Reações Alérgicas: Embora raras, algumas
pessoas podem desenvolver reações
alérgicas aos diuréticos tiazídicos, como
erupções cutâneas, coceira e inchaço.
Distúrbios Metabólicos: Os diuréticos
tiazídicos podem causar distúrbios
metabólicos, incluindo alterações nos níveis
de sódio, potássio, glicose e lipídios no
sangue.
Complicações Renais: Em alguns casos, o
uso prolongado ou excessivo de diuréticos
tiazídicos pode causar lesões nos rins,
especialmente se a função renal já estiver
comprometida.
REFERÊNCIAS
GOODMAN, L. S.; GILMAN, A. Goodman &
Gilman – As Bases Farmacológicas da
Terapêutica. 12. ed. Porto Alegre, RS: AMGH
Ed., 2012.
DELUCIA, R.; OLIVEIRA-FILHO, R. M.; PLANETA,
C. S.; GALLACCI, M.; AVELLAR, M.C.W., (Eds).
Farmacologia integrada. 3. ed. Rio de Janeiro:
Revinter, 2007. 701p. 
GOLAN, DE. Princípios de farmacologia: a
base fisiopatológica da farmacoterapia. 2. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
RANG, HP; DALE, MM; RITTER, JM; FLOWER, RJ
(eds) Farmacologia. 7. ed., Rio de Janeiro:
Elsevier, 2012.
Luã Cunha
Disfunção Erétil: Alguns homens podem
experimentar disfunção erétil como um
efeito colateral dos diuréticos tiazídicos.

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