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Os inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) são um grupo de medicamentos utilizados no tratamento de condições médicas relacionadas ao sistema cardiovascular, especialmente na regulação da pressão arterial e na função cardíaca. A principal função dos inibidores da ECA é bloquear a ação da enzima conversora de angiotensina, que desempenha um papel importante na regulação da pressão arterial e na homeostase de fluidos no corpo. derrames, especialmente em pacientes com disfunção ventricular esquerda. Proteção Renal: Em pacientes com diabetes, os IECAs são usados para proteger os rins dos danos causados pela pressão arterial elevada e pela angiotensina II. Eles podem ajudar a retardar a progressão da nefropatia diabética, uma complicação renal associada ao diabetes. Nefropatia Não Diabética: Além da nefropatia diabética, os IECAs também podem ser usados no tratamento de outras formas de doença renal crônica, incluindo a glomerulonefrite. INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA conceito Luã Cunha uso clínico Hipertensão Arterial: Os IECAs são frequentemente prescritos para o tratamento da hipertensão arterial (pressão arterial elevada). Eles ajudam a relaxar os vasos sanguíneos, reduzindo a resistência vascular periférica e, assim, diminuindo a pressão arterial. Insuficiência Cardíaca: Os IECAs são usados no tratamento da insuficiência cardíaca crônica. Eles melhoram a função cardíaca, diminuem a sobrecarga do coração e reduzem a retenção de fluidos, aliviando os sintomas da insuficiência cardíaca, como falta de ar e inchaço. Prevenção de Eventos Cardiovasculares: Os IECAs também são usados na prevenção secundária de eventos cardiovasculares, como ataques cardíacos e Os inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAs) têm uma variedade de aplicações clínicas devido aos seus efeitos no sistema renina-angiotensina-aldosterona. Eles são utilizados principalmente para tratar condições cardiovasculares e renais. Aqui estão algumas das principais indicações clínicas para o uso de IECAs: Mecanismo de ação Produção de Angiotensina I: O processo começa com a produção de uma proteína chamada angiotensinogênio no fígado. Quando os níveis de pressão arterial estão baixos ou os níveis de sódio estão baixos no corpo, a renina, uma enzima produzida nos rins, atua sobre o angiotensinogênio para liberar a angiotensina I. Conversão de Angiotensina I em Angiotensina II: A enzima conversora de angiotensina (ECA), presente principalmente nos pulmões, converte a angiotensina I em angiotensina II. A angiotensina II é um hormônio vasoconstritor poderoso que causa o estreitamento dos vasos sanguíneos. Ação dos IECAs: Os IECAs bloqueiam a ação da enzima conversora de angiotensina (ECA), impedindo a conversão da angiotensina I em angiotensina II. Isso resulta em vasodilatação, ou seja, a dilatação dos vasos sanguíneos, o que diminui a resistência ao fluxo sanguíneo e reduz a pressão arterial. O mecanismo de ação dos IECAs envolve as seguintes etapas: Redução da Atividade Aldosterona: A angiotensina II também estimula a liberação do hormônio aldosterona pelas glândulas adrenais. A aldosterona atua nos rins para reter sódio e água, aumentando a pressão arterial. Os IECAs reduzem a estimulação da liberação de aldosterona, contribuindo para a diminuição da retenção de líquidos e do aumento da pressão arterial. Redução da Atividade do Sistema Nervoso Simpático: A angiotensina II também estimula o sistema nervoso simpático, que está envolvido na resposta ao estresse e na regulação da pressão arterial. A inibição da angiotensina II pelos IECAs pode resultar em uma diminuição na atividade do sistema nervoso simpático. Elevação das Bradicininas circulantes: Os inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAs) também têm um efeito secundário que envolve o aumento das bradicininas no organismo. As bradicininas são substâncias naturais que têm efeitos vasodilatadores, entre outras ações, e estão envolvidas em várias respostas inflamatórias e de defesa do corpo. O aumento das bradicininas é um efeito colateral desejado dos IECAs em muitos casos, pois as bradicininas causam vasodilatação dos vasos sanguíneos e têm ação protetora nos tecidos. Diuréticos Poupadores de Potássio: A combinação de IECAs com diuréticos poupadores de potássio, como a espironolactona, pode levar ao aumento dos níveis de potássio no sangue (hiperpotassemia), que pode ser perigoso para o funcionamento normal do coração e outros órgãos. Anti-inflamatórios Não Esteroides (AINEs): O uso concomitante de IECAs e AINEs, como ibuprofeno e naproxeno, pode reduzir os efeitos anti-hipertensivos dos IECAs e aumentar o risco de lesão renal. Lítio: A combinação de IECAs com lítio, um medicamento usado para transtorno bipolar, pode aumentar os níveis de lítio no sangue, o que pode ser tóxico. Monitoramento cuidadoso é necessário se você estiver usando ambos os medicamentos. Suplementos de Potássio e Substitutos do Sal: O uso de suplementos de potássio ou substitutos do sal que contenham potássio, em conjunto com IECAs, pode aumentar os níveis de potássio no sangue, levando à hiperpotassemia. Medicamentos Hipoglicemiantes: Os IECAs podem alterar os níveis de glicose no sangue. Pacientes que estão usando medicamentos hipoglicemiantes, como insulina ou medicamentos orais para diabetes, devem ser monitorados quanto aos níveis de glicose. Medicamentos Imunossupressores: A combinação de IECAs com medicamentos imunossupressores, como os utilizados após transplantes, pode aumentar o risco de leucopenia (diminuição das células brancas do sangue) e neutropenia. interações medicamentosas Luã Cunha Os inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAs) podem interagir com outros medicamentos, substâncias ou condições médicas, resultando em efeitos adversos ou alterações na eficácia do tratamento. Aqui estão algumas interações medicamentosas comuns envolvendo IECAS: Absorção: A absorção dos IECAs ocorre no trato gastrointestinal após a administração oral. A velocidade e a extensão da absorção podem variar entre os diferentes medicamentos do grupo. A absorção pode ser afetada pela ingestão de alimentos, mas, em geral, os IECAs podem ser tomados com ou sem comida. Distribuição: Os IECAs são amplamente distribuídos pelos tecidos do corpo, incluindo os vasos sanguíneos, coração, rins e tecidos periféricos. Alguns IECAs têm maior afinidade por tecidos específicos, como os vasos sanguíneos e os rins. Metabolismo: Os IECAs são metabolizados principalmente no fígado, onde passam por processos de biotransformação para formar metabólitos inativos. O fígado é responsável por converter os IECAs em formas que podem ser mais facilmente eliminadas do corpo. Excreção: Os metabólitos dos IECAs inativos e uma pequena quantidade do medicamento original são excretados principalmente pelos rins, através da urina. A excreção renal é um processo importante para eliminar esses medicamentos do corpo. A farmacocinética dos inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAs) refere-se à maneira como esses medicamentos são absorvidos, distribuídos, metabolizados e excretados pelo organismo. Aqui estão os principais aspectos da farmacocinética dos IECAs: Meia-vida: A meia-vida dos IECAs, que é o tempo necessário para que metade da dose seja eliminada do corpo, varia entre os diferentes medicamentos. Em média, a meia- vida dos IECAs é de várias horas, o que signifi- Tosse Seca: A tosse seca persistente é um efeito colateral conhecido dos IECAs e pode ser bastante incômoda para alguns pacientes. Não é uma reação alérgica, mas provavelmente está relacionada ao aumento das bradicininas. Se a tosse se tornar problemática, seu médico pode considerar a mudança para outro tipo de medicamento anti-hipertensivo. Hipotensão: A queda excessiva da pressão arterial pode ocorrer, especialmente quando os IECAs são iniciados ou quando a dose é aumentada. Isso pode levar a tontura, sensação de fraqueza e até desmaios. Hiperpotassemia: Os IECAs podem aumentar os níveis depotássio no sangue, o que é especialmente relevante para pacientes com doença renal ou que estão tomando outros medicamentos que também afetam os níveis de potássio. Insuficiência Renal: Em alguns casos, os Os inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAs) são geralmente bem tolerados, mas como qualquer medicamento, eles podem causar efeitos adversos em algumas pessoas. Nem todos os pacientes experimentarão esses efeitos e a gravidade pode variar. Aqui estão alguns dos possíveis efeitos adversos dos IECAs: Efeitos adversos Luã Cunha farmacocinética ca que eles precisam ser tomados uma ouduas vezes ao dia, dependendo da formulação. Biodisponibilidade: A biodisponibilidade dos IECAs (a quantidade do medicamento que entra na circulação sistêmica após a administração) também pode variar entre os diferentes medicamentos. Alguns IECAs têm uma biodisponibilidade maior do que outros. IECAs podem levar a uma diminuição temporária da função renal, principalmente em pacientes com doença renal pré- existente ou condições que afetam o fluxo sanguíneo nos rins. Angioedema: Embora seja raro, o angioedema é um efeito adverso grave que pode ocorrer com o uso de IECAs. Ele envolve o inchaço súbito das camadas da pele, membranas mucosas, tecidos subcutâneos e submucosos, podendo afetar áreas como os lábios, olhos, língua e garganta. O angioedema na garganta pode levar a dificuldades respiratórias e requer atenção médica imediata. Distúrbios do Paladar: Alguns pacientes relatam alterações no paladar, como uma sensação metálica na boca. Reações Alérgicas: Embora raras, reações alérgicas aos IECAs podem ocorrer, causando erupções cutâneas, coceira, inchaço ou dificuldade respiratória. Distúrbios Gastrointestinais: Náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal podem ocorrer em alguns pacientes. Distúrbios Sanguíneos: Em casos raros, os IECAs podem afetar os glóbulos brancos do sangue, causando agranulocitose (diminuição acentuada dos glóbulos brancos) ou neutropenia (diminuição dos neutrófilos, um tipo de glóbulo branco). REFERÊNCIAS GOODMAN, L. S.; GILMAN, A. Goodman & Gilman – As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12. ed. Porto Alegre, RS: AMGH Ed., 2012. DELUCIA, R.; OLIVEIRA-FILHO, R. M.; PLANETA, C. S.; GALLACCI, M.; AVELLAR, M.C.W., (Eds). Farmacologia integrada. 3. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2007. 701p. GOLAN, DE. Princípios de farmacologia: a base fisiopatológica da farmacoterapia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. RANG, HP; DALE, MM; RITTER, JM; FLOWER, RJ (eds) Farmacologia. 7. ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. Luã Cunha
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