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Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 Este conteúdo destina-se exclusivamente a exibição privada. É proibida toda forma de reprodução, distribuição ou comercialização do conteúdo. Qualquer meio de compartilhamento, seja por google drive, torrent, mega, whatsapp, redes sociais ou quaisquer outros meios se classificam como ato de pirataria, conforme o art. 184 do Código Penal. Olá, tudo bem? Gostaríamos de te agradecer por adquirir um material do @guiaparaenfermagem. O nosso material é feito com amor para te ajudar a alcançar o seus objetivos nos estudos. Esperamos que você goste e que se sinta bem ao estudar. 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Envia para suporte@amoresumos.com Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 1- GLÂNDULA ADRENAL ...........................................................................................................01 2- CÓRTEX ADRENAL .................................................................................................................01 3- HORMÔNIOS ADRENOCORTICAIS – ALDOSTERONA ...................................................02 2.1 SÍNTESE E SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS ADRENOCORTICAIS ...........................01 3.1 FUNÇÕES DA ALDOSTERONA NO ORGANISMO ......................................................02 3.2 DEFICIÊNCIAS DE ALDOSTERONA .............................................................................02 4- GLICOCORTICOIDES – CORTISOL .......................................................................................04 2.2 LIGAÇÃO DOS HORMÔNIOS ADRENOCORTICIAS A PROTEÍNAS PLASMÁTICAS E METABOLIZAÇÃO ...................................................................................02 3.3 RELAÇÃO CORTISOL E ALDOSTERONA .....................................................................03 3.4 FUNÇÕES MAIS IMPORTANTES DA ALDOSTERONA – SEUS EFEITOS RENAIS E CIRCULATÓRIOS ......................................................................................................................03 3.5 MECANISMO CELULAR DE AÇÃO DA ALDOSTERONA ..........................................03 3.6 REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DE ALDOSTERONA ....................................................04 4.1 EFEITOS NO METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS ..............................................04 4.2 EFEITOS NO METABOLISMO DAS PROTEÍNAS ........................................................04 4.3 EFEITOS NO METABOLISMO DOS LIPÍDIOS .............................................................05 4.4 EFEITOS NA RESISTÊNCIA AO ESTRESSE .................................................................05 4.5 EFEITOS ANTI-INFLAMATÓRIOS ................................................................................06 4.6 OUTROS PONTOS ANTI-INFLAMATÓRIOS DO CORTISOL ...................................06 Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 5- SEXOCORTICOIDES .................................................................................................................07 6- MEDULA ADRENAL ................................................................................................................08 4.7 REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DE CORTISOL ..............................................................06 6.1 RECEPTORES ADRENERGÉTICOS ...............................................................................08 6.2 EFEITOS BIOLÓGICOS DAS CATECOLAMINAS ........................................................09 7- CLÍNICA – PRINCIPAIS DECORRÊNCIAS DE PATOLOGIAS ADRENAIS ....................09 7.1 HIPERCORTISOLISMO PRIMÁTIO – SÍNDROME DE CUSHING .............................09 7.2 CAUSAS PARA SÍNDROME DE CUSHING ...................................................................09 7.3 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA SÍNDROME DE CUSHING ...............................09 7.4 DIFERENÇA ENTRE SÍNDROME E DOENÇA DE CUSHING ....................................10 7.5 FEOCROMOCITOMA – TUMOR ADRENAL .................................................................10 7.6 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS – FEOCROMOCITOMA ..........................................10 Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 01 córtex adrenal SÍNTESE E SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS ADRENOCORTICAIS O corpo humano possui 2 glândulas adrenais (suprarrenais), cada qual no polo superior do rim respectivo (direito e esquerdo). É uma glândula composta por 2 partes, o córtex e a medula, onde os 20% centrais da medula é ligado funcionalmente ao Sistema Nervoso Simpático (SNS). O córtex renal, é responsável por produzir um grupo único e diferenciado de hormônios, os corticosteroides, ou seja, hormônios sintetizados a partir do colesterol esteroide. GLÂNDULA ADRENAL Secretam poucas quantidades de hormônios sexuais, especialmente os hormônios sexocorticoides, os androgênicos, que possuem efeitos parecidos com a testosterona e estrogênios. O córtex adrenal é responsável pela síntese e secreção de 2 principais tipos de hormônios, os mineralocorticoides e glicocorticoides. Zona Glomerulosa: compõe cerca de 15% do córtex, sendo formada por células exclusivas e únicas capazes de secretar quantidades significativas de aldosterona. A secreção de aldosterona é controlada pelas concentrações de angiotensina II e potássio no sangue. Secreção e Armazenamento: estes hormônios corticais são pouco armazenados, visto que possuem ações instantâneas após a secreção, sendo produzidos e secretados rapidamente. Além disso, são hormônios esteroidais, sintetizados a partir do Colesterol Lipoproteína de Baixa Densidade (LDL). Mineralocorticoides: são hormônios que afetam diretamente o metabolismo dos eletrólitos dos líquidos extracelulares, ou seja, de minerais. Glicocorticoides: são hormônios que apresentam efeitos no metabolismo de carboidratos, esses são responsáveis por aumentarem a concentração de glicose sanguínea. Os outros efeitos incluem ações no metabolismo lipídico e proteico. O córtex adrenal compõe-se de 3 camadas diferentes, responsáveis por síntese hormonal distinta em cada uma. Zona Fasciculada: compõe cerca de 75% do córtex e secreta glicocorticoides (cortisol e corticosterona) e uma pouca quantidade de hormônios androgênios e estrogênios. A maior parte do controle da secreção hormonal é mediada pelo eixo hipotalâmico-hipofisário. Zona Reticular: é a camada mais profunda do córtex, responsável pela secreção dos androgênios adrenais, chamado de desidroepiandrosterona (DHEA) e androstenediona, além de uma pouca quantidade de glicocorticoides e estrogênios. Secreção controlada pelo eixo hipotalâmico- hipofisário. Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 02 LIGAÇÃO DOS HORMÔNIOS ADRENOCORTICIAS A PROTEÍNAS PLASMÁTICAS E METABOLIZAÇÃO FUNÇÕES DA ALDOSTERONA NO ORGANISMO DEFICIÊNCIAS DE ALDOSTERONA HORMÔNIOS ADRENOCORTICAIS – ALDOSTERONA O cortisol apresenta alto grau de afinidade a ligação com proteínas plasmáticas, em especial com uma globulina, a transcortina. Aumento da reabsorção de sódio pelos canais de sódio da membrana apical dos túbulos contorcidos distais nos nefrons. Aumento da Espoliação/perca de Potássio: ocorre pela ação da bomba de sódio-potássio abundantes nos túbulos distais, pois, pela presença à mais de sódio intracelular por ação do ADH nos túbulos contorcidos distais, ocorre espoliaçãode potássio e aumentando também a concentração de potássio na urina. Organelas Produtoras: a síntese desses hormônios ocorre em grande maioria das vezes nas mitocôndrias e no retículo endoplasmático, por ações enzimáticas. Atividades Mistas: alguns hormônios podem e exercem atividades de glicocorticoides e de mineralocorticoides. Em relação a Aldosterona, somente se liga a proteínas plasmáticas e outros 40% atuam em sua forma livre no plasma. Portanto, esses hormônios são transportados pelo sangue aos líquidos extracelulares, onde as ligações a essas proteínas podem atuar servindo como reservatório, para que a secreção desses hormônios pelo córtex possa diminuir. Metabolização dos Hormônios Adrenocorticais: esses hormônios vão ser degradados em suas atividades, posteriormente sofrem conjugação no fígado, formando substâncias inativas para serem secretadas na bile e excretados nas fezes, ou então vão a circulação para irem aos rins e serem eliminados pela urina. Aumento da absorção de água na presença/estímulo do ADH. Aumento da Concentração Plasmática de Sódio e da Pressão Arterial: a aldosterona provoca efeito potente da reabsorção de sódio e concentração do mesmo no líquido intra e extracelular. Caso haja aumento da concentração de sódio por 1,2,3 dias no líquido extracelular por efeito da aldosterona, irá ocorrer então um aumento da pressão arterial. Aumento da Excreção de Íons de Hidrogênio: ocorre em troca da absorção de Íons de cálcio, se muito acentuado e elevado pode gerar alcalose metabólica. Aumento da Absorção de Sódio nas Glândulas Sudoríparas e Salivares na presença da Aldosterona. Aumento da Absorção de Sódio e Água no Cólon. Doença de Addison (Hipercalemia): é uma doença causada por uma hiperpotassemia, ou seja, concentração a mais de potássio. Tal doença ocorre por uma queda da secreção de aldosterona, visto que não está ocorrendo a captação de sódio e espoliação de potássio. DOR MUSCULAR ÁREAS ESCURAS FADIGA IRRITABILIDADE DEPRESSÃO PERDA DE APETITE NÁUSEA VÔMITO DIARREIA DOR NA ARTICULAÇÃO Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 03 RELAÇÃO CORTISOL E ALDOSTERONA FUNÇÕES MAIS IMPORTANTES DA ALDOSTERONA – SEUS EFEITOS RENAIS E CIRCULATÓRIOS MECANISMO CELULAR DE AÇÃO DA ALDOSTERONA Se ocorre depreciação de sódio por falta da aldosterona (hipoaldosteronismo), consequentemente o volume do líquido extracelular também irá diminuir. Diminuição do Volume do Líquido Extracelular: o líquido extracelular (LCE) é uma matriz com água, nutrientes e íons, onde o sódio é o principal meio de reserva para água. Diminuição do Débito Cardíaco: se ocorre uma grande baixa da aldosterona, ocorre baixa do sódio no plasma, o que pode levar a quadro de hiponatremia, que consequentemente acarreta na diminuição do débito cardíaco. Aumento da Reabsorção Tubular de Sódio (Na) Os efeitos produzidos pela aldosterona na captação de sódio, ou seja, que levam a produção de novo RNAm ocorrem em torno de 30 minutos após a ligação do hormônio nas células tubulares. Leva em torno de 45 minutos para começarem os efeitos de absorção de sódio e espoliação de potássio pelas mesmas células. Tempo de ação Choque Circulatório: a baixa de aldosterona dificulta a concentração de sódio no plasma, o que pode levar ao choque circulatório. A aldosterona é o principal mineralocorticoide (responsável por 90% das atividades hormonais mineralocorticoides). O cortisol também contribui para essas atividades, de forma muito baixa, porém, como encontra-se mais concentrado do que a aldosterona no sangue, os efeitos do mesmo podem superar os efeitos mineralocorticoides da aldosterona. Aumento da Secreção de Potássio (K) 1º Lipossolubilidade das Células Tubulares As células tubulares são altamente lipossolúveis, o que favorece a entrada da aldosterona nas mesmas, para estimular outros mecanismos. 2º Receptores Mineralocorticoides Proteicos (MR) Dentro do citoplasma a aldosterona se combina com os MR. Os MR também têm afinidade pelo cortisol, entretanto a enzima II (3-hidroxiesteroide desidrogenase do tipo 2) converte a maior parte do cortisol em cortisona, antes que o mesmo se ligue aos MR. 3º Entrada ao Núcleo O complexo aldosterona-receptor MR , ou algum produto desse complexo é difundido ao núcleo, onde o mesmo agora pode induzir o DNA a produzir sequências de RNAm relacionados a captação de sódio e espoliação de potássio. 4º RNA Mensageiro O RNAm sai do núcleo e no citoplasma em conjunto com os ribossomos sintetizam proteínas, essas proteínas agem para o transporte de sódio, potássio e hidrogênio pela membrana celular. Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 04 REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DE ALDOSTERONA EFEITOS NO METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS GLICOCORTICOIDES – CORTISOL Os glicocorticoides têm suas atividades mediadas em grande parte resumida a secreção de cortisol/hidrocortisona. O Cortisol também provoca aumento da mobilização de aminoácidos extra hepáticos ao fígado, desse modo, muitos aminoácidos saem dos músculos e vão ao fígado para que ocorra a gliconeogênese. Estímulo da Gliconeogênese: por estímulo do Cortisol ocorre a síntese de Carboidratos no Fígado por meio de proteínas, aminoácidos, peptídeos e outras substâncias. O estímulo no núcleo celular gera síntese de grupos de enzimas necessárias para a gliconeogênese. Redução da Utilização de Glicose: o cortisol provoca leve redução do uso de glicose pelas células do organismo. Acredita-se que o cortisol tenha efeito retardante do uso da glicose quando a mesma adentra o citoplasma celular. A regulação da secreção de aldosterona está intimamente ligada a regulação da concentração dos eletrólitos, volume do líquido extracelular, volume sanguíneo, pressão arterial e outros fatores. Elevação da concentração de potássio aumenta bastante a secreção de aldosterona. Elevação da concentração de angiotensina II no líquido extracelular também estimula o aumento acentuado de aldosterona, a quando a ingestão de sódio e o mesmo no líquido extracelular é baixa. Elevação da concentração de sódio no líquido extracelular estimula uma leve baixa da liberação de aldosterona. Outros estimuladores em menor escala são a liberação de ACTH e a hiponatremia. Tal hormônio apresenta grande importância para o metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas. Quando a liberação de glicocorticoides é muito acentuada, somado a alta concentração de ácidos graxos e com a glicose sanguínea 50% maior que o normal, ocorre então o quadro clínico de Diabetes Adrenal. Elevação da Concentração de Glicose Sanguínea (Diabetes Adrenal): o aumento da gliconeogênese e a redução do uso da glicose levam consequentemente a um aumento da concentração de glicose no sangue. EFEITOS NO METABOLISMO DAS PROTEÍNAS Um dos principais efeitos do cortisol é a redução do depósito de proteínas nos tecidos extra-hepáticos. Ocorre captação de proteínas (ao fígado), onde as mesmas são catabolizadas para formação de glicogênio. O Cortisol gera catabolismo proteico associado a redução da síntese de proteínas e da concentração extra-hepática de aminoácidos, podendo então gerar fraqueza muscular e déficit do sistema imunológico. No fígado irá ocorrer também aumento da síntese de proteínas, entre elas as proteínas plasmáticas. Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 05 EFEITOS NO METABOLISMO DOS LIPÍDEOS EFEITOS NA RESISTÊNCIA AO ESTRESSE Aumento da Síntese Proteica no Fígado: o cortisol é um estimulador para a produção de proteínas plasmáticas e hepáticas, em contrapartida a redução da síntese proteica extra-hepática. Redução do Transporte de Aminoácidos para Células Extra-Hepáticas: consequentemente ao catabolismo exercido por estímulo do cortisol nas proteínas captadas ao fígado, irá aumentar a concentração de aminoácidos, além da própria captação de peptídeos menores que também contribuem para esse aumento da concentraçãode aminoácidos no fígado. Cortisol como Estimulador ao Maior Uso de Aminoácidos no Fígado: o cortisol apresenta efeitos aumentando a desaminação de aminoácidos, aumento da síntese proteica, aumento da formação de proteínas plasmáticas e aumento da conversão de aminoácidos em glicose. Acúmulo de Gordura no Tórax e na Face: o cortisol provoca mobilização de ácidos graxos, portanto, a obesidade pode ser desenvolvida pelo excesso do mesmo. Os glicocorticoides consequentemente aos efeitos gliconeogênicos também estimulam a adipogênese, com isso ocorre o aumento da deposição de gorduras nas cavidades corporais e/no ao redor dos órgãos. O cortisol estimula a liberação de ácidos graxos do tecido adiposo e ocorre aumento da concentração plasmática dos mesmos. Também aumenta a utilização do mesmo como fonte energética e aparentemente exerce estimulo para a oxidação dos mesmos nas células. Mobilização de Ácidos Graxos Qualquer estresse físico ou neurológico leva ao aumento acentuado e imediato da secreção de ACTH pela adenohipófise e ocorre grande secreção adrenocortical de cortisol. A rápida mobilização desses hormônios as proteínas, lipídeos e compostos derivados dos mesmos, o organismo use desse artificio para levar esses compostos para os locais afetados, de modo que possa possibilitar energia e aminoácidos para a síntese de novas proteínas nos tecidos. Fatores Estimuladores da Secreção de Corticosteroides: traumas, infecções ou calor intenso, injeção de norepinefrina e fármacos parassimpáticos, cirurgia, injeção de substâncias necrosantes na pele, restrição de movimentos, doenças debilitantes. Esses estímulos chegam aos núcleos nervosos da região tuberal do hipotálamo e ocorre então o estímulo para a liberação do Hormônio Liberador de Corticotropina até a adenohipófise. Provável Mecanismo de Ação: acredita-se que as situações estressantes levam a estímulos no sistema nervoso central que atingem o sistema límbico, ou seja, atinge a amígdala cerebral e o hipocampo. Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 06 EFEITOS ANTI-INFLAMATÓRIOS OUTROS PONTOS ANTI-INFLAMATÓRIOS DO CORTISOL Os glicocorticoides, em altas concentrações, apresentam fortes efeitos anti inflamatórios. Os glicocorticoides são usados para inibirem ou diminuírem a resposta inflamatória que pode ser debilitante ou grave a vida do paciente. O Cortisol Estabiliza a Membrana dos Lisossomos: o cortisol estimula as membranas dos lisossomos que impede a ruptura dos mesmos. Assim, evita a liberação de proteases contidas nessas organelas e impedindo a provocação e propagação da inflamação. O Cortisol Diminui a Permeabilidade Capilar: a redução/inibição da liberação de prostaglandinas e citocinas vasodilatadoras liberadas pelas células, evita a entrada de proteínas e substâncias sinalizadoras do tecido inflamado ao sangue, consequentemente, evitando o mantimento/propagação da resposta inflamatória. O Cortisol Diminui a Migração de Leucócitos ao Tecido Inflamado e a Fagocitose das Células Lesadas: esse efeito é possivelmente ligado a diminuição da síntese e secreção de prostaglandinas e leucotrienos, e também é fruto da diminuição da permeabilidade capilar. O Cortisol Suprime o Sistema Imune e a Multiplicação de Linfócitos T: a multiplicação de linfócitos T é suprimida em altas concentrações de cortisol o que influencia também a depreciação da produção de imunoglobulinas pelos linfócitos B, diminuindo a inflamação local. O Cortisol Atenua a Febre: tal ação ocorre pela redução da produção de interleucina-1 pelos leucócitos e macrófagos, pois a IL-1 é uma citocina agente pirogênica (febril). O Cortisol Deprime a Síntese de Lipocortinas: a redução da síntese dessas proteínas leva a diminuição da síntese de prostaglandinas e leucotrienos por meio do ácido araquidônico, derivado dos fosfolipídios das membranas celulares das células danificadas. Sobre o Efeito Anti-Inflamatório: a ação do cortisol sobre a resposta inflamatória é tão rápida que pode ocorrer nos estágios iniciais da inflamação ou até mesmo inibir a mesma. Cortisol em Alergias: os glicocorticoides suprimem os linfócitos T e B, o que gera a redução da síntese e propagação das imunoglobulinas, que são essenciais para as respostas alergênicas, bloqueando a inflamação pelos estímulos dos anticorpos. REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DE CORTISOL A secreção do cortisol (e dos sexocorticoides) é controlada pelo hormônio adrenocorticotrópico (ACTH), vindo da adenohipófise. Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 07 O colesterol é liberado e adentra as mitocôndrias que o convertem em pregnelona, que posteriormente saido citoplasma e é convertido por enzimas em progesterona e depois em cortisol. São produzidos na zona fasciculada, em pequenas quantidades, onde o principal hormônio sintetizado e que apresenta maior efeito androgênico é a Desidroepiandrosterona (DHEA). A testosterona e o estrogênio também são produzidos em poucas quantidades. O feedback negativo também é positivo para a síntese e secreção desses hormônios, visto que quando a concentração do mesmo é muito baixa, ocorre um estímulo para a síntese e secreção do mesmos. Feedback Negativo: o aumento do cortisol gera estímulo para a inibição de CRH, diminuindo a liberação de ACTH, que iria estimula a síntese de cortisol, que consequentemente também é diminuida. Primeiro ocorre a liberação de CRF (Fator Liberador de Corticotropina), que é produzido pelo hipotálamo. O CRF chega nas células da hipófise anterior e estimula a liberação de ACTH. Os neurônios produtores de corticotropina recebem sinapses do sistema límbico e do tronco encefálico para a formação desse hormônio. O ACTH adentra o citoplasma das células do córtex adrenal por meio da conexão a proteína G, então se liga ao AMPc e ativa a protéina PKA, que hidrolisa os ésteres de LDL. sexOCORTICOIDES Os sexocorticoides advém do colesterol que é convertido em pregnenolona, que é convertida por ações enzimáticas em DHEA (desidroepiandrosterona), que irá por mais reações sintetizar testosterona e estrogênio. Acredita-se que os androgênios adrenais apresentam função importante para o desenvolvimento externo dos órgãos genitais masculinos. Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 08 RECEPTORES ADRENERGÉTICOS Nas mulheres, apresentam também ações no desenvolvimento prépuberal dos órgãos genitais femininos, inclui principalmente os aspectos femininos do púbis e outros efeitos secundários externos na genitália. Também chamados de Adrenorreceptores, são receptores espalhados pelos tecidos e são ligantes as catecolaminas adrenalina e noradrenalina. Efeitos como o aumento da frequência cardíaca, dilatação dos brônquios, midríase, palidez são mais relacionados a epinefrina, a norepinefrina também apresenta os mesmos efeitos, porém, com menor intensidade, a norepinefrina é/pode ser mais vasoconstritora que a epinefrina. Além disso, o crescimento dos pelos pubianos e axilares também dependem da secreção de sexocorticoides. A medula adrenal é formada por um conjunto de células nervosas ganglionares, que apresentam axônios curtos e possuem ação direta no sistema nervoso. MEDULA ADRENAL Essas células são as responsáveis por sintetizar 2 catecolaminas, a epinefrina (adrenalina) e norepinefrina (noradrenalina). A secreção desses hormônios é mediada de forma autônoma por estímulo do Sistema Nervoso Simpático. A síntese de norepinefrina é mediada pelas células pós-ganglionares simpáticas,mas, também é sintetizada em menor quantidade pelas células da médula adrenal. A epinefrina é produzida principalmente pelas células cromafins, de ação sistêmica que se conecta em todos os tecidos que possuem seus receptores. A epinefrina também produz um estimulo difuso no organismo mediante a situações de estresse, preparando o organismo para ataque ou defesa, por isso, é popularmente conhecida comohormônio do medo. A liberação desses hormônios decorre de uma sinapse colinérgica, mediada pela acetilcolina. Todos esses estímulos, normalmente ocorre em meio a situações de estresse físico/mental. Ativação da Secreção e da Síntese: ocorre quuando as células nervosas pré-ganglionares (pré-simpáticas) levam estímulo as células pós- ganglionares. Esses receptores também são comumente chamados de receptores de fuga ou luta, pois também são responsáveis por ação simpática de ataque ou defesa do organismo. Os receptores são de 2 tipos, Alfa e Beta. Os receptores Alfa apresentam maior especificidade/afinidade a norepinefrina, já os Beta com a epinefrina. Receptores Beta 1: geram aumento da contratilidade cardíaca e consequentemente ao aumento da frequência cardíaca (efeito de taquicardia). Receptores Beta 2: geram contração da pele (na sensação do medo está envolvido a sensação de calafrios) do trato gastrointestinal. Receptores Alfa 2: são os principais responsáveis por estimularem a liberação de norepinefrina. Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 09 EFEITOS BIOLÓGICOS DAS CATECOLAMINAS HIPERCORTISOLISMO PRIMÁTIO – SÍNDROME DE CUSHING CAUSAS PARA SÍNDROME DE CUSHING As catecolaminas preparam o corpo para reações de Ataque-Defesa. Aumento da capacidade contrátil do coração, Aumentam a frequência cardíaca e respiratória Aumento do gasto cardíaco Elevam a pressão arterial Sistema Cardiovascular: a atuação é mediada pelos receptores B1, que levam à/ao: A norepinefrina possui mais efeito cardiovascular no aumento da pressão arterial do que a epinefrina. E ambas reduzem o fluxo/pressão do sangue a pele. Musculatura Lisa Visceral: relaxa quando ocorre a ligação da epinefrina aos receptores beta e contrai quando a norepinefrina se liga aos receptores alfa. Efeitos Metabólicos: na presença das catecolaminas ocorre aumento da glicemia sanguínea e da lipólise, portanto, o glucagon se eleva e a insulina diminui, ligado a isso ocorre o aumento do metabolismo basal. Hipertensão Arterial Endócrina: as catecolaminas induzem a maior reabsorção de sódio, o que induz o aumento da pressão arterial. CLÍNICA – PRINCIPAIS DECORRÊNCIAS DE PATOLOGIAS ADRENAIS O diagnóstico diferencial para essa síndrome/doença é a obesidade presente e os aspectos da mesma. A Síndrome de Cushing ocorre quando o cortisol se excede e foge de seus parâmetros fisiológicos. Outro meio de análise é conforme a atividade glicocorticoide e mineralocorticoide hormonal. ALDOSTERONA 1 HORMÔNIOS ATIVIDADE GLICOCORTICOIDE E MINERALOCORTICOIDE CORTISOL 0,3 Síndrome Paraneoplásica: : é a produção ectópica/anômala de cortisol como sintomas da presença de um câncer sem invasão direta na glândula adrenal. Síndrome de Cushing Primária: é decorrente de um adenoma adrenal (ou Hiperplasia Adrenal) na zona fasciculada, é um tumor benigno. Síndrome de Cushing Secundária: é decorrente de um adenoma hipofisários, gerado por microadenomas que se relacionam com as células secretoras de ACTH, e levam a secreção de cortisol nas adrenais. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA SÍNDROME DE CUSHING Facilidade para formação de hematomas. Pele delgada Hipertensão Aparência facial avermelhada (Pletora facial) Hirsutismo: aparecimento a mais de pelos nas mulheres em locais comuns aos homens, como a face, peitoral, membros. Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 11 DIFERENÇA ENTRE SÍNDROME E DOENÇA DE CUSHING FEOCROMOCITOMA - TUMOR ADRENAL A síndrome endógena é muito rara de acontecer. A síndrome é decorrente da produção anormal de glicocorticoides sem estimulo acentuado do ACTH. Síndrome: a causa mais comum é o uso de glicocorticoides por tratamento de distúrbios inflamatórios. O excesso de glicocorticoides é vindo por excessos da secreção de ACTH. Doença: é causada por fatores endógenos, ou seja, produzidos pelo próprio corpo. Amenorréias (ausência da menstruação/em períodos muito distantes). Obesidade Centrípeta: Concentra gordura no centro do corpo, ausência/pouco de tecido adiposo nos membros muito nítida. Estrias Violáceas: Acumuladas principalmente no abdômen, são estrias bem avermelhadas e marcadas, nitidamente diferente das comuns causadas pela “obesidade normal”. Face em Lua Cheia e Giba de Búfalo Resistência à Insulina É um tumor adrenal benigno ou maligno, mais comumente maligno. Resulta numa hiperplasia da produção das catecolaminas. Existem valores específicos para o diagnóstico, entretanto, é importante ressaltar que nem sempre o aumento vai definir se está presente o tumor, pois, dependem da constância dos valores elevados e da sintomatologia do paciente. O meio de detecção é o sangue (plasmático) e a urina. O meio de detecção é o sangue (plasmático) e a urina. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS – FEOCROMOCITOMA Hipertensão: sendo em episódios ou contínua Hipertensão Paroxística: pressão arterial com picos elevados, mesmo estando controlada. Crises de palpitação cardíaca Ansiedade Sintomas Clássicos e Perseverantes para Suspeita: cefaleias, vertigens e palpitações. Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 POR: ÍTALO SABINO NATÁLIA PORTO DANIELLY XAVIER Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 Olá, tudo bem? Gostaríamos de te agradecer por adquirir um material do @guiaparaenfermagem. O nosso material é feito com amor para te ajudar a alcançar o seus objetivos nos estudos. Esperamos que você goste e que se sinta bem ao estudar. Este conteúdo destina-se exclusivamente a exibição privada. É proibida toda forma de reprodução, distribuição ou comercialização do conteúdo. Qualquer meio de compartilhamento, seja por google drive, torrent, mega, whatsapp, redes sociais ou quaisquer outros meios se classificam como ato de pirataria, conforme o art. 184 do Código Penal. Caso haja pirataria do material, o cliente registrado no produto estará sujeito a responder criminalmente, conforme o artigo 184 do Código Penal com pena de 3 meses a 4 anos de reclusão ou multa de até 10x o valor do produto adquirido (segundo o artigo 102 da Lei nº 9.610) Entretanto, acreditamos que você é uma pessoa de bem que está buscando se capacitar através dos estudos e que jamais faria uma coisa dessa não é? 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Envia para suporte@amoresumos.com Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 1- PARATORMÔNIO, CALCITONINA, METABOLISMO DO CÁLCIO, DO FOSFATO, DA VITÂMINA D E DOS OSSOS ........................................................................................................01 2- CÁLCIO E FOSFATO .................................................................................................................01 3- METABOLISMO DA VITAMINA D ........................................................................................06 4- HORMÔNIO DA PARATIREÓIDE - PARATORMÔNIO ....................................................07 2.1 GENERALIDADES DA REGULAÇÃO DE CÁLCIO E FOSFATO NO LÍQUIDO EXTRACELULAR E NO PLASMA ..........................................................................................01 2.2 ABSORÇÃO E EXCREÇÃO DO CÁLCIO E DO FOSFATO ..........................................01 2.3 EFEITOS FISIOLÓGICOS DAS ALTERAÇÕES NÃO ÓSSEAS DA CONCENTRAÇÃO DE CÁLCIO E FOSFATO NOS LÍQUIDOS CORPORAIS ....................................................02 2.4 RELAÇÕES DOS OSSOS COM O CÁLCIO E FOSFATO EXTRACELULAR ............. 02 2.5 PRECIPITAÇÃO E ABSORÇÃO DE CÁLCIO E FOSFATO NO OSSO – EQUILÍBRIO COM O LÍQUIDO EXTRACELULAR ......................................................................................03 2.6 INTERCÂMBIO DE CÁLCIO ENTRE O OSSO E O LÍQUIDO EXTRACELULAR......042.7 DEPOSIÇÃO E ABSORÇÃO ÓSSEA – REMODELAGEM ÓSSEA ..............................04 3.1 AÇÕES FISIOLÓGICAS DA VITAMINA D .....................................................................06 3.2 EFEITOS DA VITAMINA D SOBRE OS OSSOS E RELAÇÃO COM O PTH ..............07 4.1 ANATOMOFISIOLOGIA DA GLÂNDULA PARATIREÓIDE ......................................07 4.2 PERFIL QUÍMICO DO PTH ..............................................................................................08 4.3 EFEITOS DO PARATORMÔNIO ....................................................................................08 Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 5- CALCITONINA ..........................................................................................................................11 6- PATOLOGIAS DA PARATIREOIDE – HIPOPARATIREOIDISMO .................................13 4.4 FASE LENTA DA ABSORÇÃO DE CÁLCIO E FOSFATO DOS OSSOS – OSTEÓLISE .......................................................................................................................................................08 6.1 TRATAMENTO DO HIPOPARATIREOIDISMO ..........................................................13 4.5 FASE LENTA DA ABSORÇÃO ÓSSEA E LIBERAÇÃO DO CÁLCIO E FOSFATO – ATIVAÇÃO DOS OSTEOCLÁSTOS ........................................................................................09 4.6 O PARATORMÔNIO DIMINUI A EXCREÇÃO RENAL DE CÁLCIO E AUMENTA A EXCREÇÃO DE FOSFATO PELOS RINS ...............................................................................10 4.7 O PTH AUMENTA A ABSORÇÃO INTESTINAL DE CÁLCIO E FOSFATO ............10 4.8 REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DE PTH PELA PARATIREOIDE ...............................10 4.9 EFEITOS DO HORMÔNIO PARATIREOIDIANO ........................................................11 5.1 EFEITOS FISIOLÓGICOS DA CALCITONINA ...............................................................11 5.2 TAMPONAMENTO DO CA INTERCAMBIÁVEL - PRIMEIRA LINHA DE DEFESA .12 5.3 CONTROLE HORMONAL DO CÁLCIO – SEGUNDA LINHA DE DEFESA ..............12 7- PATOLOGIAS DA PARATIREOIDE – HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO ............13 7.1 DOENÇA ÓSSEA NO HIPERPARATIREOIDISMO – OSTEÍTE FIBROSE CÍSTICA 14 7.2 EFEITOS DA HIPERCALCEMIA NO HIPERPARATIREOIDISMO .........................14 7.3 INTOXICAÇÃO PARATIREÓIDEA E CALCIFICAÇÃO METASTÁTICA .............14 7.4 FORMAÇÃO DE CÁLCULOS RENAIS – HIPERPARATIREOIDISMO ...................15 Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 8- PATOLOGIAS DA PARATIREOIDE - HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO ......15 8.1 RAQUITISMO POR DÉFICIT DE VITAMINA D ............................................................15 8.2 OSTEOMALÁCIA – RAQUITISMO DO ADULTO D .....................................................16 8.3 OSTEOPOROSE – MATRIZ ÓSSEA REDUZIDA ...........................................................16 Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 01 cálcio e fosfato GENERALIDADES DA REGULAÇÃO DE CÁLCIO E FOSFATO NO LÍQUIDO EXTRACELULAR E NO PLASMA ABSORÇÃO E EXCREÇÃO DO CÁLCIO E DO FOSFATO PARATORMÔNIO, CALCITONINA, METABOLISMO DO CÁLCIO, DO FOSFATO, DA VITÂMINA DE DOS OSSOS A regulação do paratormônio (PTH), da calcitonina, da vitamina D, o metabolismo do cálcio, fosfato (PO4³) e a formação de ossos, estão intimamente ligados. É importante que o cálcio esteja bem regulado constantemente, visto que é importante para funções como a contração do músculo esquelético, liso e cardíaco, coagulação sanguínea, ossificação e transmissão dos sinais nervosos. Quando há Hipercalcemia (excesso de cálcio), visto que o Ca é importante para a excitabilidade dos neurônios, o excesso gera depressão da excitabilidade das células nervosas. Quando ocorre depleção do Ca (Hipocalcemia) as membranas dos neurônios tornam-se mais excitáveis. Os ossos são grandes reservatórios de Ca do organismo e equilibradores da homeostasia. Aspectos Gerais do Cálcio (Ca): o cálcio no LEC (Líquido Extracelular) é regulado de forma precisa, raramente apresenta elevação ou baixa. Aspectos Gerais do Fosfato: a concentração do fosfato no LEC não é tão bem regulada como a do cálcio, entretanto, apresenta diversas funções no organismo, além disso, é regulado por muitos fatores reguladores do Ca. Ligado a proteínas (41%) Ligado a substâncias difusíveis pelas membranas dos capilares (9%) Forma difusa (50%) Cálcio no Plasma e no LEC: apresenta-se em 3 formas: Fosfato no Plasma e no LEC: apresenta-se sob 2 formas (HPO e H2PO). Assim, quando ocorre aumento do fosfato no LEC, ocorre aumento simultâneo das 2 formas iônicas. Absorção Intestinal e Excreção Fecal: a vitamina D promove maior absorção de Ca no Intestino. Quase todo o fósforo ingerido é absorvido e excretado em poucas quantidades ligadas ao cálcio nas fezes, entretanto, o fosfato que adentra o sangue por absorção intestinal é depois secretado na urina. Excreção Renal de Cálcio: parte do cálcio ligado proteínas é excretada na urina, pois as proteínas plasmáticas são muito grandes para serem filtradas pelos capilares dos glomérulos. A parte do cálcio difusa e ligada a substâncias é filtrada. A maior parte do cálcio é reabsorvido nos túbulos renais. Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 02 EFEITOS FISIOLÓGICOS DAS ALTERAÇÕES NÃO ÓSSEAS DA CONCENTRAÇÃO DE CÁLCIO E FOSFATO NOS LÍQUIDOS CORPORAIS RELAÇÕES DOS OSSOS COM O CÁLCIO E FOSFATO EXTRACELULAR Quando ocorre baixa da concentração de Ca, a excreção será mínima e nenhum ou quase nenhum íon de Ca é perdido na urina. Quando ocorre elevação, a excreção também é acentuada. Variações abaixo do normal de 2 a três vezes na concentração de fosfato no LEC não ocasiona efeitos imediatos. O PTH é responsável pelo controle da reabsorção do Ca nos túbulos distais principalmente, controlando a intensidade da reabsorção nos néfrons. Os rins regulam a concentração de fosfato pelo mecanismo de excreção. O PTH exerce influência no fosfato, de modo que pode potencializar a excreção do íon (de fosfato) pela urina, favorecendo o equilíbrio plasmático. Excreção Renal de Fosfato: a excreção do fosfato é controlada pelo Mecanismo de Transbordamento, ou seja, se a concentração estiver abaixo do normal, todo o fosfato do filtrado glomerular será reabsorvido. Caso a concentração seja elevada, a perca de fosfato será proporcional ao ganho. Hipocalcemia gera Excitação dos Neurônios e Tetania: a queda do Ca no LEC abaixo do normal leva a excitabilidade das membranas nervosas, pois essa queda aumenta a permeabilidade da membrana neuronal ao sódio, gerando o estímulo nervoso. Quando o Ca no LEC fica 50% abaixo do normal, as membranas nervosas ficam altamente excitáveis que voluntariamente passam a propagar estímulos, assim, esses estímulos são levados aos músculos esqueléticos periféricos e então gera-se a tetania. Leves aumentos ou quedas do Ca no LEC gera efeitos imediatos e extremos. Além disso, a Hipocalcemia e/ou Hipofosfatemia crônica gera redução da mineralização óssea. Hipocalcemia Deprime o Sistema Nervoso e a Atividade Muscular: o aumento de Ca no LEC deixa os reflexos do SNC e SNP lentos. Além disso, gera também diminuição do intervalo de batimentos cardíacos, a falta de apetite e constipação. Os ossos são formados por matriz orgânica de grande resistência (células e conteúdo celular) e são fortalecidos pelo depósito de sais de cálcio. Os ossos maduros, apresentam em torno de 30% de matriz orgânica e 70% de sais, conferindo resistência. Os ossos recém-formados, apresentam mais matriz orgânica do que sais de cálcio. Matriz Orgânica Óssea: composta por fibras colágenas e por substância gelatinosa homogênea (Substância Fundamental). Substância Fundamental: é uma substância homogênea no tecido ósseo, abundante em proteoglicanos. Essa substância ajuda a regulara deposição de cálcio nos ossos. Sais Ósseos: a matriz óssea apresenta sais cristalinos, formados basicamente por cálcio e fosfato, sendo um a hidroxiapatita. Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 03 PRECIPITAÇÃO E ABSORÇÃO DE CÁLCIO E FOSFATO NO OSSO – EQUILÍBRIO COM O LÍQUIDO EXTRACELULAR A concentração de íons de cálcio e fosfato no LEC são maiores que o necessário para que ocorra precipitação. Os cristais de hidroxiapatita só se precipitam no tecido ósseo, mesmo que a concentração dos íons de cálcio e fosfato estejam supersaturados. Elementos radioativos podem ser depositados na matriz orgânica e consequentemente nos cristais ósseos, o que quando levado em longo tempo e alta exposição radioativa, pode levar a formação de Sarcoma Osteogênico, ou seja, Câncer Ósseo. Os cristais ósseos possuem a capacidade e afinidade de se conjugarem com íons estranhos ao corpo, como os de Estrôncio, Urânio, Plutônio, elementos iônicos como do Chumbo, Ouro e metais pesados. Forças Tênsil (força de Tensão) e Compressiva dos Ossos: as fibras de colágeno se justapõem uma sobre a outra, de modo que os cristais de hidroxiapatita adjacentes se unifiquem um sobre o outro, formando uma espécie de muro, como se fosse tijolos em cima de tijolos. As fibras de colágeno possuem grande força Tênsil, os sais de cálcio promovem força compressiva, quando esses 2 se combinam. Mecanismo de Calcificação: No início da formação óssea, é produzido e secretado moléculas de colágeno e da substância fundamental pelos osteobastos. O colágeno é polimerizado e forma, então, as fibras de colágeno. Esse tecido de colágeno se transforma em um tecido chamado osteoide, semelhante a uma cartilagem, porém, com capacidade fácil e rápida de precipitação de sais de cálcio. O osteoide vai se formando e cercando os osteoblastos, que envelhecem a medida que mais matriz orgânica é produzida, e assim, formam-se os osteócitos. Após a formação dos osteoides, os sais de cálcio começam a se depositar sobre as fibras de colágeno, onde vão se depositando mais íons e formando os cristais de hidroxiapatita, que se formam pela reorganização do cálcio, fósforo e hidrogênio. Em condições anormais o cálcio não precipita em tecidos não ósseos, entretanto, em condições anormais pode precipitar nos outros tecidos. Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 Ocorre na presença dos osteoclastos que emitem projeções que englobam o tecido ósseo. Essas projeções secretam enzimas proteolíticas dos lisossomos e diversos ácidos. As enzimas digerem ou dissolvem a matriz orgânica e os ácidos dissolvem os sais de ósseos. O PTH (Paratormônio) se liga com receptores dos osteoblastos, fazendo com que liberem diferentes citocinas, incluindo uma extremamente importante, o ligante de osteoprotegerina (OPGL), também conhecido como Ligante RANK. OPGL se liga nos pré-osteoclastos e faz com que esses se maturem e diferenciem-se em osteoclastos maduros, que se aderem ao sítio de ressorção e liberam seus produtos. Mecanismo da Ressorção Óssea: é a perca do tecido ósseo em determinado sítio anatômico, para que se possa moldar o espaço para a neoformação óssea. 04 INTERCÂMBIO DE CÁLCIO ENTRE O OSSO E O LÍQUIDO EXTRACELULAR DEPOSIÇÃO E ABSORÇÃO ÓSSEA – REMODELAGEM ÓSSEA O efeito de Cálcio Intercambiável dos ossos garante que exista equiílibrio no cálcio dos líquidos extracelular. Assim, em caso de aumento ou de diminuição de cálcio, essa concentração volta ao normal no período de 30 a 60 segundos. O Cálcio Intercambiável além dos ossos, encontra-se também em tecidos com células permeáveis. Esse cálcio fica em estado amorfo, o que o torna prontamente mobilizável quando necessário. Esse efeito evita nos LECs a alta e baixa concentração iônica de cálcio. Deposição de Matriz Orgânica pelos Osteoblastos: os osteoblastos depositam matriz óssea continuamente no tecido ósseo, de forma ininterrupta. Os osteoblastos situam-se externamente na superfície dos ossos e internamente nas cavidades ósseas (ou trabéculas), garantindo nova formação (neoformação) óssea continuamente. Absorção Óssea pelos Osteoclastos: os osteoclastos exercem atividade fagocitária nos ossos, sendo responsáveis pela reabsorção constante de tecido ósseo, essas células são estimuladas a exercerem absorção pelo paratormônio. Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 05 A resistência do osso é proporcional ao estresse recebido. O formato do osso pode ser reajustado, , por meio da deposição e ressorção, para sustentação das forças mecânicas aplicadas no local. Conforme o osso envelhece, o mesmo fica quebradiço, devido a fragilização e degeneração da matriz orgânica, sendo necessário deposição de nova matriz orgânica. Durante a fase de crescimento e adulta ocorre deposição e absorção rapidamente, já na fase idosa o processo é lento. Fatores Influenciadores da Remodelagem Óssea Contínua: O OPG atua se ligando a OPGL, assim, quando o OPGL se liga aos pré-osteoclasto não os ativa e nem os diferencia, inibe então a ressorção óssea. Após a ressorção necessária ocorre o estímulo para secreção de OPG pelos osteoclastos e o estrogênio também estimula a produção de OPG. Inibição da Ressorção Óssea: os osteoblastos produzem uma citocina que inibe a ressorção óssea pelos osteoclastos, chamada de Fator de Inibição de Osteoprotegerina (OPG). Os osteoclastos ativados invadem o osso criando túneis e saem desse túnel formado. Após isso, os osteoblastos invadem o túnel criando novas camadas circulares de tecido ósseo, as chamadas lamelas. A deposição óssea para quando o tecido ósseo chega perto dos vasos sanguíneos mais próximos, os chamados Canais de Havers. As áreas de tecido ósseo novo são denominadas de Ósteon, com uma forma circular e com a presença de um Canal de Havers centralmente. A Deposição e Absorção ocorre em Equilíbrio: a massa tecidual óssea é mantida constante pela taxa de deposição e absorção equivalente. Fraturas podem Moldar os Ossos: as fraturas são estresses extremos que excedem a capacidade tênsil e compressiva do osso, portanto, dependendo do ângulo da fratura, os ossos podem se moldar de forma errada. É formado uma protuberância chamada de calo ósseo, sendo um tecido osteoblástico formado em um curto período pós-fratura que é também acompanhado de grande quantidade de sais de cálcio e de matriz orgânica. Posteriormente serão depositadas nos sítios de fratura e reparação da lesão. Fraturas Ativam os Osteoblastos: em uma fratura os osteoblastos externos e internos são superativados no osso lesionado, além de ocorrer também um forte estímulo para formação de novos osteoblastos nas células osteoprogenitoras. Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 06 A conversão de 25-Hidroxicolecalciferol em 1,25- Di-Hidroxicolecalciferol que ocorre nos rins, é estimulada pelo PTH. Na ausência ou baica acentuada desse hormônio não há formação de 1,25-Di-Hidroxicolecalciferol (Forma ativa de vitamina D). A concentração elevada de Ca inibe a formação de 1,25-di-Hidroxivitamina-D e, a baixa de Ca aumenta a formação. Isso ocorre devido: METABOLISMO DA VITAMINA D A vitamina D gera potente efeito absortivo de Ca no intestino, tendo também efeitos importantes para a deposição e absorção óssea. A vitamina D, em si, não é a substância ativa, sendo necessário reações no fígado e rins para ser convertida no produto ativo, tornando-se 1,25-di-hidroxicolecalciferol (Calcitriol). A Vitamina D2 (ergocalciferol) também passa pelo processo de conversão em 1,25-di-hidroxicolecalciferol, entretanto, não é obtida da pele e sim da alimentação, assim como a vitamina D3. Portanto, a exposição correra a luz solar é importante para síntese de vitamina D. Além disso, compostos suplementares (alimentares) de vitamina D são similares ao sintetizado pela pele. Vitamina é D3 (Colecalciferol) Sintetizadana Pele: a vitamina D3 é o composto mais importante formado na pele, consequência da irradiação dos raios ultravioletas vindos do sol no 7- desidrocolesterol, substância presente na pele. O Feedback Negativo regula precisamente a concentração desse composto ativo no plasma. A conversão de vitamina D3 e D2 em 25- Hidroxicolecalciferol ocorre no fígado, e precisa ser controlada por feedback negativo na própria conversão. 1 O Ca iônico tem leve efeito inibidor da conversão de 25-Hidroxivitamina-D em 1,25-di Hidroxivitamina-D. 2 Quando o Ca iônico se eleva no plasma, o PTH é inibido, quando a Ca iônico diminui, o PTH tem estimulo para ser secretado e nos rins estimula a conversão de 25-Hidroxicolecalciferol em 1,25-di- Hidroxicolecalciferol. AÇÕES FISIOLÓGICAS DA VITAMINA D Em sua forma ativa como calcitriol apresenta efeitos no intestino, rins e ossos, na absorção do cálcio e fosfato para o LEC (líquido extracelular) e também na regulação dessas substâncias por mecanismo de feedback negativo. Receptor de Renitoide-X: o receptor mais comum, por estimulo de 1,25-di-Hidroxicolecalciferol gera aumento da transcrição genética. Entretanto, em alguns poucos casos a conexão pode inibir ou retardar a transcrição genética. Receptores de Vitamina D estão espalhado por todo o corpo e atingem principalmente o núcleo das células-alvo. Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 07 ANATOMOFISIOLOGIA DA GLÂNDULA PARATIREÓIDE EFEITOS DA VITAMINA D SOBRE OS OSSOS E RELAÇÃO COM O PTH A calbindina continua por dias após o aumento da concentração da concentração iônica no plasma de Ca e prolonga a absorção desse íon. O calcitriol atua como um hormônio e promove a reabsorção de cálcio no intestino. A absorção ocorre na borda das células epiteliais da mucosa, por difusão facilitada. Sendo proporcional a quantidade de proteína disponível (Calbindina). A vtamina D em pouca quantidade promove calcificação Óssea. Um meio para essa ação ocorre pela amplificação da absorção de cálcio e fosfato no intestino. Normalmente nos seres humanos são 4 pequenas glândulas, localizadas atrás dos polos inferiores e superiores da tireoide, 2 de cada lado. O fósforo naturalmente é facilmente absorvido, entretanto, na presença estimulante do calciferol essa absorção é intensificada pelos enterócitos. Com o aumento da reabsorção de Ca no epitélio dos túbulos renais, ocorre a secreção reduzida de Ca pelos rins, porém é um efeito muito fraco. A vitamina D é importante para absorção e deposição óssea. Quando em excesso, ocorre grande absorção óssea. Entretanto o efeito do PTH é muito reduzido quando há queda da vitamina. Mesmo na ausência desse efeito amplificador de absorção, a Vitamina D influencia a mineralização óssea. HORMÔNIO DA PARATIREÓIDE - PARATORMÔNIO O paratormônio é um potente controlador das concentrações extracelulares do cálcio (induz ao aumento do Ca e Fosfato no LEC e no sangue) e fosfato no LEC, reduzindo a reabsorção intestinal, da excreção renal e intercâmbio desses íons entre o LEC e os ossos. Quando em estado de atividade excessiva, leva ao quadro de hipercalemia, ou seja, aumento das concentrações de Cálcio no LEC e de modo inverso, quando muito baixo, gera um quadro de hipocalemia. Possuem aspecto semelhante a gordura e de cor marrom- escura. A remoção de 2 das quatro glândulas não ocasiona efeitos notáveis no metabolismo, entretanto, se 3 forem removidas, efeitos podem aparecer, porém, a permanência de uma glândula paratireoide apresenta hipertrofia, o que ocasiona posteriormente em manutenção normal dos efeitos metabólicos. É formada por células principais e poucas células oxifílicas. As células principais secretam todo (ou quase todo) o PTH, já as oxifílicas secretariam pouco ou quase nada de PTH. Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 08 FASE LENTA DA ABSORÇÃO DE CÁLCIO E FOSFATO DOS OSSOS – OSTEÓLISE PERFIL QUÍMICO DO PTH EFEITOS DO PARATORMÔNIO O Cálcio e o Fosfato são absorvidos dos ossos. O PTH induz a redução da rápida excreção de cálcio pelos rins. O cálcio se eleva por dois efeitos do PTH: 1. 2. Quando o Ca iônico está em grande concentração, se eleva no sangue antes que seja possível a formação de novas células ósseas. O estudo histofisiológico aponta que o PTH promove essa captação de Ca de 2 maneiras: CÉLULAS PRINCIPAIS CÉLULAS OXIFÍLICAS O PTH é um hormônio peptídico, tendo sua primeira formação (pré-pró-hormônio ou pré-pro paratormônio, com 100 aminoácidos) nos ribossomos, então sofre uma primeira clivagem e torna-se o pró-hormônio (Com 90 aminooácidos). Por fim, o pró-hormônio passa pela segunda clivagem no retículo endoplasmático e aparato de Golgi, tornando-se um hormônio pronto (84 aminoácidos), sendo empacotado em grânulos no citoplasma. Os rins geram rápida remoção do PTH, ou seja, da cadeia de 84 aminoácidos, entretanto, para que esses não se esgotem em horas, os fragmentos do PTH de 34 aminoácidos também são utilizados, pois, exercem os mesmos estímulos metabólicos. O cálcio iônico se eleva. O fosfato tem queda acentuada. Efeito na Concentração de Cálcio e Fosfato no LEC: A queda do fosfato deve-se que na presença acentuada do PTH, ocorre estímulo para os rins excretarem o fosfato iônico. O PTH Aumenta a Absorção Óssea de Cálcio e Fosfato: o PTH têm 2 efeitos indutivos na absorção óssea de cálcio e fosfato. 1 Primeira Fase/Rápida inicia em minutos e aumenta progressivamente, ocorre por ativação das células ósseas. 2 Segunda Fase/Lenta necessita de dias ou semanas para seu desenvolvimento completo, ocorre pela proliferação de osteoclastos, que exercem atividade acentuada no próprio osso. 1 Movendo o Ca da matriz óssea, internamente no osso ao redor dos osteócitos. 2 Movendo o Ca periférico dos osteoblastos presentes na superfície do osso. Estudos apontam que os osteoblastos e osteócitos formam um sistema de células interligadas por todo o osso e chega até a superfície, sendo exceção nos locais onde situam-se os osteoclástos. Sistema da Membrana Osteocítica: a histofisiologia não considerada que os osteócitos e osteoblastos atuem na absorção de Ca e P, visto que são células que promovem a deposição desses sais ósseos. Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 09 FASE LENTA DA ABSORÇÃO ÓSSEA E LIBERAÇÃO DO CÁLCIO E FOSFATO – ATIVAÇÃO DOS OSTEOCLÁSTOS 1 2 Os osteoclastos são então convertidos em osteoclastos maduros, que inicia o engolfamento do osso em dias, semanas ou meses. É o efeito mais conhecido da absorção iniciada pelo PTH, ocorre pela ativação dos osteoclástos, entretanto, essas células não apresentam receptores proteicos na membrana para o PTH. Acredita-se que se forma uma malha de longos processos delgados de osteócito para osteócito que se estendem até a superfície externa dos ossos, ligando-se aos osteoblastos. Essa Rede de Conexão entre as Células Osteogênicas forma uma membrana de isolamento do tecido ósseo calcificado para o LEC, sendo essa estrutura denominada de Sistema da Membrana Osteocítica. Osteólise – Líquido Ósseo: entre a membrana osteocítica e o tecido ósseo mineralizado (calcificado) existe uma pequena quantidade de Líquido Ósseo. Osteólise é o processo do qual o Ca e P são captados do osso mineralizado. Mecanismo de Ação do PTH na Osteólise: As membranas dos osteócitos e osteoblastos tem receptores ligantes ao PTH, onde o hormônio induz a remoção rápida dos cristais sais de cálcio e fosfato amorfos, situados próximo das células, levando-os para próximo da membrana osteocítica. O PTH aumenta a permeabilidade do Ca, o que estimula a bomba osteocítica, fazendo com que os cristais amorfos do líquido ósseo tenham os íons de Ca e Fosfato removidos e adentrem a célula, os íons são atraídos ao outro lado da célula, onde as outras bombas osteocíticas desse outro lado da membrana libere os íons de cálcio para o LEC. Acredita-se que os osteócitos eosteoblastos enviem sinais secundários (citocinas, como RANK-Ligante ou OPGL) por ligação estimulante do PTH aos osteoclástos. Ativação Imediata dos Osteoclástos disponíveis. Estimulo para formação de novos osteoclástos. O mecanismo de ativação da atividade osteoblástica se dá em duas etapas: 1. 2. A entrada (em grande quantidade) de PTH em dias seguidos, gera um efeito osteoclástico satisfatório pelo excesso, porém, os estímulos por esse excesso podem continuar a promover maturação de osteoclástos durante meses. O PTH após meses em excesso pode levar ao enfraquecimento ósseo, devido a ressorção osteoclástica, esse mecanismo gera um estímulo secundário para o corpo tentar reequilibrar a fragilidade óssea. Esses valores excessivos durante meses ou anos resulta em uma absorção óssea muito notável em todos os tecidos e gera grandes cavidades ósseas (trabéculas). Essas trábeculas estão cheias de osteoclástos, que estão exercendo ressorção e absorção óssea. Formação de Cavidades Ósseas: os ossos contêm grandes quantidades de cálcio, mais do que nos líquidos corporais, portanto, a administração ou secreção excessiva de PTH não resulta em efeitos imediatos e perceptíveis nos ossos. Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 10 O PARATORMÔNIO DIMINUI A EXCREÇÃO RENAL DE CÁLCIO E AUMENTA A EXCREÇÃO DE FOSFATO PELOS RINS O AMPc é um segundo mensageiro celular, onde após a administração de PTH, em minutos aumenta a quantidade de AMPc nos osteócitos, osteoblastos, osteoclástos, enterócitos e nas outras células-alvo. A administração (ou secreção fisiológica) do PTH causa perca rápida de fosfato iônico, pois, o PTH reduz a reabsorção do íon nos túbulos proximais nos néfrons renais. Nos osteoclástos provavelmente gera a secreção de ácidos e enzimas que lisam o osso, provocando ressorção óssea e consequentemente reabsorção de cálcio no osso. Simultaneamente, o PTH ao longo dos túbulos renais aumenta a reabsorção de cálcio. O PTH também induz a reabsorção dos íons de magnésio e hidrogênio, além de reduzir a reabsorção de potássio, sódio e aminoácidos. Néfron – Absorção de Ca: a absorção acentuada de cálcio ocorre nos túbulos contorcidos distais, no ducto coletor e em menor quantidade, na aalça ascendente da alça de Henle. O PTH é importante para o organismo, pois evita que todo o cálcio seja excretado pela urina, causando depreciação nos ossos e LEC. O PTH AUMENTA A ABSORÇÃO INTESTINAL DE CÁLCIO E FOSFATO O AMPc - Monofosfato Cíclico de Adenosina é o responsável por mediar os efeitos do paratormônio na absorção intestinal. O AMPc têm efeitos distintos dependendo da célula-alvo. Nos rins AMPc provavelmente gera estímulo que medeia a formação de 1,25- di hidroxicolecalciferol. No intestino AMPc provavelmente pode regular a abertura de canais de Ca e da ativação da Bomba de Ca, para promover reabsorção de Ca. REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DE PTH PELA PARATIREOIDE Leves reduções de Ca no LEC fazem com que as glândulas paratireoidianas secretem o PTH. Quando o declínio persiste, pode ocorrer hipertrofia glandular. Raquitismo (falta de vitamina D que gera fraqueza óssea em crianças) onde a concentração de Ca costuma ser levemente reduzida. Gestação (embora a concentração de Ca no LEC da mãe tem difícil análise das concentrações de Ca) Lactação, pois o Ca é importante para síntese do leite materno. Algumas condições levam a hipertrofia da paratireoide: Ca excessivo na dieta Vitamina D elevada na dieta Absorção de Ca provocada por fatores sem ser o PTH, como no desuso ósseo (falta de movimentação e estresse ósseo). Condições que levem ao aumento da concentração iônica de Ca, leva a redução da secreção de PTH e diminuição do diâmetro das glândulas. Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 11 EFEITOS DO PARATORMÔNIO O diacilglicerol atua fazendo com que os estoques de íons de Ca sejam secretados no LEC e levando ao aumento do Ca iônico no LEC, isso faz com que a secreção de PTH diminua/cesse. Redução da Secreção de PTH: quando o CaSR é estimulado por íons de Ca e reconhecesse excesso de Ca no LEC, imediatamente ativa a fosfolipase C (uma enzima que cliva fosfolipídios para transdução de sinais), que por sua vez aumenta a produção de inositol-1,25-intracelular, que aumenta a formação de Diacilglicrol. Síntese e Secreção: a calcitonina é sintetizada pelas células parafoliculares, que ficam localizadas no liquido intersticial próximo aos folículos. EFEITOS FISIOLÓGICOS DA CALCITONINA Reconhecimento da Concentração de Ca pela Paratireoide: alterações das concentrações de cálcio iônico são detectadas por Receptores Sensíveis ao Cálcio (CaSR) na membrana celular das células paratireoidianas, sendo um receptor acoplado a proteína G. Estimula a ressorção óssea e leva Ca para o LEC. Aumenta a reabsorção renal de Ca e excreção de fosfato. É um hormônio peptídico pequeno, secretado pela tireoide e tendo efeitos opostos ao PTH, ou seja, diminui a concentração de cálcio nos líquidos corporais, porém, os seus efeitos quantitativos são menores do que os do PTH na regulação do Ca iônico. Aumento da Secreção de PTH: esses sinais são inibidos no CaSR, o que consequentemente impede o decorrer da cascata, sendo o mecanismo de reconhecimento para a baixa concentração de Ca iônico no LEC, estimulando a secreção de PTH pela paratireoide. Feedback: é um potente sistema de controle para o cálcio iônico no LEC, visto que quando a queda do Ca iônico cai levemente, já ocorre estimulo (feedback negativo) para secreção do PTH. CALCITONINA Estimula a conversão de 25- hidroxicolecalciferol (vinda do fígado) em 1,25- di hidroxicolecalciferol (nos rins). 1,25-di hidroxicolecalciferol aumenta a reabsorção de Ca e PO4 no Intestino. Aumento do Cálcio no Plasma Estimula a Secreção de Calcitonina: quando Ca iônico aumenta no LEC, ocorre o estímulo necessário para a secreção de calcitonina. A Calcitonina Diminui a concentração de Ca Plasmático: a calcitonina diminui as concentrações de Ca iônico de forma rápida após a sua administração. Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 12 Efeito Imediato: ocorre pela redução da atividade dos osteoclástos e da membrana osteocítica favorecendo a deposição imediata de cálcio nos sais de cálcio intercambiáveis. A calcitonina é um hormônio fraco, que se levar a redução considerável da concentração de Ca iônico no plasma, logo é gerado estimulo (feedback negativo) para secreção de PTH, que restaura as concentrações de Ca no plasma. Em adultos a deposição e absorção diária de Ca é pequena e, mesmo que a calcitonina retarde a absorção de Ca, a concentração do íon praticamente não sofre alteração no plasma. Mas, em crianças a calcitonina tem efeito muito mais intenso, devido a constante remodelagem óssea, que necessita da captação de Ca iônico de todos os líquidos do compartimento extracelular para o tecido ósseo. A calcitonina tem fraco efeito sobre a concentração de Ca no plasma em adultos por 2 motivos: TAMPONAMENTO DO CA INTERCAMBIÁVEL - PRIMEIRA LINHA DE DEFESA Os sais de cálcio intercambiáveis são de fácil deposição e fácil absorção, o aumento do cálcio e fosfato iônico no LEC leva a rápida deposição dos íons em forma de sais de cálcio intercambiáveis no osso. Além disso, as mitocôndrias de diversos órgãos funcionam como sítios de tamponamento de cálcio, pois, guardam quantidades significativas de sais de cálcio intercambiáveis. Após a elevação da concentração iônica de Ca e PO4, ocorre redução/inibição da secreção de PTH, que atua reduzindo a ressorção e absorção óssea, que consequentemente reduz a concentração iônica de Ca e PO4. 1 Efeito Prolongado: ocorre pela redução da formação e ativação de osteoclástos. Como os osteoclástos induzem a atividade osteoblástica, consequentemente com a queda da atividade osteoclástica, ocorrerá futuramente queda da atividade osteoblástica. 2 Efeito Renal e Intestinal:reduz a captação e reabsorção de cálcio, entretanto, é um efeito muito débil, onde não se considera que a calcitonina tenha efeitos que sejam realmente consideráveis. 3 O mecanismo inverso, que consiste na maior absorção de Ca por ingestão do mesmo, principalmente se a Vitamina D estiver em atividade excessiva. Controle da Concentração do Cálcio Iônico: em determinadas situações a quantidade de cálcio é absorvida ou perdida nos líquidos corporais, fisiologicamente o plasma leva Ca ao intestino, fazendo com que quantidades de Ca sejam perdidas nas fezes. Quando ocorre declínio do Ca iônico no LEC, o processo inverso acontece, ou seja, o Ca dos sais intercambiáveis são absorvidos para o LEC. Como são cristais muito pequenos de ligações débeis, favorece a rápida deposição ou absorção iônica dos mesmos ao LEC. Metade dos excessos de Ca que possam aparecer LEC (especificamente no plasma) são removidos pelo mecanismo de tamponamento dos ossos, pois 5% do sangue total passa pelos ossos a cada minuto, o que corresponde a 1% do líquido extracelular por minuto fluindo. CONTROLE HORMONAL DO CÁLCIO – SEGUNDA LINHA DE DEFESA Ao mesmo tempo em que ocorre o tamponamento do cálcio do LEC, inicia-se também a troca iônica pelo sistema hormonal do PTH e da calcitonina. Simultaneamente, ocorre aumento da calcitonina, que é pouco visível em jovens e crianças, menos ainda em adultos, por ter efeito rápido, estimula a deposição dos sais de cálcio amorfos em outros órgãos além dos ossos. Em caso de déficit ou excesso de Ca iônico prolongado, só o PTH exerce função controladora das concentrações nos líquidos corporais. Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 13 TRATAMENTO DO HIPOPARATIREOIDISMO O déficit de Ca na alimentação pode estimular o PTH, reduzindo a deposição óssea de Ca e aumentando a absorção óssea do Ca por 1 ano ou mais, entretanto, os ossos podem ficar com as reservas de Ca esgotadas. Quando ocorre aumento da concentração iônica de Ca, o PTH tem seus efeitos suprimidose a vitamina D tende a ser armazenada. Portanto, a absorção ou deposição são controladas majoritariamente pela Vitamina D e principalmente o PTH. É a condição em que a paratireoide tem a secreção hormonal reduzida, com isso a reabsorção óssea de cálcio intercambiável é deficitária e os osteoclastos ficam praticamente inativos. PATOLOGIAS DA PARATIREOIDE – HIPOPARATIREOIDISMO Consequentemente a isso ocorre queda das concentrações sanguíneas tanto do cálcio como do fosfato e como o osso não é desmineralizado, o mesmo tende a ser mais resistente. Nesse quadro a contração pela queda do cálcio no LEC e consequentemente no compartimento tecidual do LEC pode gerar a tetania (Contração constante e forte da musculatura) e pode levar a morte por asfixia decorrente da contração rígida das vias aéreas superiores. Em uma paratireoidectomia os níveis de cálcio reduzem muito após a cirurgia, o fosfato apresenta aumento. O tratamento pode ser feito com o PTH, entretanto, existem alguns problemas no uso desse hormônio, pois com frequência pacientes criam anticorpos contra o mesmo, o valor do tratamento é alto e o efeito é de poucas horas. Assim, o tratamento do hipoparatireoidismo é baseado em altas doses de vitamina D associada com cálcio, isso gera equilíbrio normal do cálcio iônico. Dependendo do quadro do paciente a administração de vitamina D inativa não exerce efeito, sendo necessário administração da forma ativa, a 1,25- hidroxicolecalciferol. Diminuição diária de defecação Aumento da absorção óssea de cálcio. Hiperfosfatemia Hipercalcemia momentânea Aumento da diurese Perca do apetite Hipertensão Aumento dos hormônios sexuais Supressão do sistema imune Nervosismo Ânsia Intoxicação por Vitamina D: a vitamina D apesar de corrigir os problemas do cálcio iônico pode causar outros problemas: Ocorre por qualquer doença que gere aumento direto da produção e secreção do PTH, geralmente é causada por um tumor em alguma das 4 glândulas paratireoidianas. PATOLOGIAS DA PARATIREOIDE – HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO As mulheres têm uma pré-disposição maior que homens, devido ao fato da lactação, que induz obviamente a ressorção óssea para concentrar cálcio no leite materno. A atividade osteoclástica aumenta para absorção de cálcio intercambiável, ao mesmo tempo que reduz a concentração de fosfato, que passa a ser mais excretado na urina e o cálcio se torna muito concentrado no LEC. Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 14 DOENÇA ÓSSEA NO HIPERPARATIREOIDISMO – OSTEÍTE FIBROSE CÍSTICA Ocorre quando a atividade osteoblástica não consegue acompanhar a atividade osteoclástica, o que reduz a deposição de cálcio nos ossos e incluso ossos inteiros podem ser destruídos. Os pacientes geralmente só procuram um médico quando apresentam muitas dores ao se manterem em pé ou exercerem atividades do cotidiano, além claro, de outros que se lesionam muito. Parte dos ossos apresentam “nódulos”, elevações, que podem ser puncionadas e percebe-se grandes concentrações de osteoclástos, condição denominada de Tumores Osteoclásticos de Células Gigantes, as células são super estimuladas a degradar o osso e crescem. Osteíte Fibrose Cística: os pacientes em exposição a traumas leves apresentam fraturas ósseas e nesses locais ocorre a formação de cistos, fato que evidencia a substituição de matriz óssea por tecido conjuntivo fibroso. Função de promover a formação de cristais amorfos de cálcio e fosfato para ir aos ossos (os cristais de fosfato de cálcio). Fosfatase Alcalina: a Osteíte Fibrose Cística estimula também a ativação dos osteoblastos como tentativa de repor o osso perdido, assim, observa-se aumento da quantidade de osteoblastos nos ossos e isso é evidenciado no sangue pela elevação da fosfatase alcalina. EFEITOS DA HIPERCALCEMIA NO HIPERPARATIREOIDISMO O cálcio aumentado no sangue causa efeitos como: Depressão do SNC e SNP: o Ca é importante para a excitabilidade dos neurônios, o excesso de Ca gera depressão da excitabilidade das células nervosas. Fraqueza Muscular e Constipação: o potencial de ação propagado nos músculos depende também do cálcio, assim o excesso de cálcio também torna essas células deprimidas. Efeito no Coração: o Ca elevado reduz o intervalo QT dos batimentos cardíacos, especialmente na diástole, consequentemente isso deprime o tempo em que ocorre a diástole, consequentemente o VCE (volume circular efetivo) sanguíneo é reduzido, com isso a perfusão tecidual também é reduzida. Precipitação do Cálcio: o cálcio é um íon que obviamente calcifica, assim, o mesmo pode se acumular nos espaços teciduais. INTOXICAÇÃO PARATIREÓIDEA E CALCIFICAÇÃO METASTÁTICA Esse quadro é raro, ocorre em níveis extremamente altos de PTH, o que aumenta rapidamente muito a concentração do cálcio no sangue e incluso do fosfato. Esse mecanismo favorece a formação de Cristais de Fosfato de Cálcio, assim, esse excesso passa a extravasar e ser depositado em diversos tecidos, como nos alvéolos pulmonares, nos túbulos renais, na tireoide, na mucosa gástrica e nas paredes vasculares. Esse quadro é conhecido como Disseminação e Calcificação Metastática (o nível do cálcio tem que estar acima de 17 mg/dL), o diagnóstico é a intoxicação paratireoidiana. Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 15 Caso ocorra um espasmo tetânico nas vias respiratórias, a traqueia, os brônquios ou os bronquíolos podem se fechar e impedir a passagem do ar. Tetania no Raquitismo: no raquitismo, conforme a absorção óssea é prejudicada a ponto de que não há mais cálcio pra ser absorvido e o mesmo deprime no sangue, o espasmo tetânico ocorre, a musculatura durante as contrações se torna rígida e isso pode levar a morte. Ocorre a administração de vitamina D nos casos leves a moderados. Em casos graves, a administração deve ser tanto da vitamina D, como também do cálcio e de fosfato. Em casosmais graves, a administração de vitamina D não irá exercer efeito, somente o cálcio e o fosfato para elevar diretamente a calcemia e a fosfatemia. Tratamento do Raquitismo: quanto mais cedo diagnosticado, melhor para não afetar o desenvolvimento ósseo das crianças. RAQUITISMO POR DÉFICIT DE VITAMINA D É decorrente da elevação do PTH como forma compensatória a hipocalcemia e não por uma alteração primária na paratireoide. PATOLOGIAS DA PARATIREOIDE - HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO Essa doença pode ocorrer por déficit de vitamina D, ou por doença renal crônica, onde não é possível sintetizar normalmente a vitamina D ativa, ou seja, o 1,25- Hidroxicolecalciferol. O raquitismo é uma doença que afeta o desenvolvimento ósseo de crianças, o que torna os ossos dessas moles, mais suaves, frágeis e consequentemente mais quebradiços. Em adultos a condição ocorre, geralmente, por falta de vitamina D. No geral, crianças sedentárias possuem mais risco de desenvolver essa doença, devido a má exposição aos raios solares. Queda Plasmática do Cálcio e do Fosfato: no raquitismo o cálcio é pouco deprimido no plasma inicialmente, mas o fosfato apresenta sua concentração muito deprimida. Nessa doença o PTH não ajuda a absorção de fosfato, o que leva ao declínio desse íon. Enfraquecimento Ósseo: no raquitismo prolongado a atividade do PTH é aumentada, assim a atividade osteoclástica também, assim o osso é descalcificado e enfraquecido. Quaisquer sobrecarga sobre os ossos pode lesiona-lo. FORMAÇÃO DE CÁLCULOS RENAIS – HIPERPARATIREOIDISMO Pacientes com níveis até leves de PTH alto apesar de não terem tantos efeitos císticos nos ossos, apresentam mesmo assim elevação do cálcio sanguíneo, decorrente da ressorção óssea e da absorção intestinal. Com isso ocorre uma elevação da filtração renal de cálcio e de fósforo, como os mesmos estão mais elevados, os mesmos serão mais excretados na urina tendo sua concentração urinária elevada. Assim, no percurso renal mais moléculas de cálcio podem se unir ao fosfato, precipitando o mesmo e formando os cálculos renais. O tratamento desse quadro é baseado em dietas acidóticas, que geralmente podem resolver o quadro, dissolvendo os cálculos. Quando apenas isso não é possível, usa-se fármacos com cargas maiores de hidrogênio Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 16 OSTEOPOROSE – MATRIZ ÓSSEA REDUZIDA Hipofosfatemia Congênita – Raquitismo Resistente a Vitamina D: pacientes com alguma Deficiência Renal Congênita na Absorção de Fosfato apresentam Raquitismo e/ou Osteomalácia. Esses pacientes são tratados com a injeção de fosfato no organismo e não com cálcio e vitamina D. Esse quadro é conhecido como Raquitismo Resistente a Vitamina D. É o quadro mais comum em adultos, principalmente em adultos próximos da velhice e nos idosos, sendo uma doença diferente da osteomalácia e do raquitismo. Essa doença se caracteriza pela queda de matriz orgânica (osteoide) no tecido ósseo e não por déficit de calcificação. Deficiência de Vitamina C: a vitamina C é essencial para estimular as células a secretarem substâncias nutritivas e, essencialmente causa déficit da secreção de matriz orgânica pelos osteoblastos, o que acaba reduzindo o processo de calcificação. Queda da Secreção de Estrogênio: nas mulheres ocorre especialmente após a menopausa, o mecanismo fisiológico da osteoporose no déficit de estrogênio consiste na atividade anti- osteoclástica do mesmo, assim, o estrogênio consegue inibir a atividade dos osteoclástos. Idade Avançada: conforme o tempo passa, ocorre naturalmente a queda dos hormônios essenciais para a calcificação e crescimento. Desse modo, o déficit hormonal reduz a produção de osteoide e da deposição do mesmo. Síndrome de Cushing: O excesso de glicocorticoides diminui a deposição de proteínas nos tecidos, o que afeta diretamente a deposição proteica nos ossos. As principais causas geradoras de osteoporose: Inatividade: a falta de estresse ósseo, o sedentarismo induz a falta de deposição de matriz orgânica para formação de osso novo e o PTH estimula a absorção de cálcio nos ossos. Desnutrição: quando ocorre déficit alimentar de cálcio, fósforo e vitamina D, o organismo passa a não ter a fonte necessária para formar o osteoide. OSTEOMALÁCIA – RAQUITISMO DO ADULTO Esteatorreia: a vitamina D por ser muito lipossolúvel, se não houver boa absorção intestinal de lipídeos, ocorrerá também a má absorção de vitamina D, o que leva também ao déficit de cálcio, pois a vitamina D passa a se ligar com o cálcio nas fezes gordurosas. Caracterizada pelo déficit de Vitamina D, PTH elevado e pouca mineralização óssea. Existem quadros que podem ocasionar doenças ósseas ligadas ao déficit de vitamina D e de cálcio. Osteomalácia e Raquitismo por Doença Renal: ocorre geralmente, em DRC (Doença Renal Crônica) pois a osteomalácia ou raquitismo é gerado pela exposição prolongada dos rins a lesões. Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 POR: ÍTALO SABINO NATÁLIA PORTO DANIELLY XAVIER Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 Olá, tudo bem? Gostaríamos de te agradecer por adquirir um material do @guiaparaenfermagem. O nosso material é feito com amor para te ajudar a alcançar o seus objetivos nos estudos. Esperamos que você goste e que se sinta bem ao estudar. Este conteúdo destina-se exclusivamente a exibição privada. É proibida toda forma de reprodução, distribuição ou comercialização do conteúdo. Qualquer meio de compartilhamento, seja por google drive, torrent, mega, whatsapp, redes sociais ou quaisquer outros meios se classificam como ato de pirataria, conforme o art. 184 do Código Penal. Caso haja pirataria do material, o cliente registrado no produto estará sujeito a responder criminalmente, conforme o artigo 184 do Código Penal com pena de 3 meses a 4 anos de reclusão ou multa de até 10x o valor do produto adquirido (segundo o artigo 102 da Lei nº 9.610) Entretanto, acreditamos que você é uma pessoa de bem que está buscando se capacitar através dos estudos e que jamais faria uma coisa dessa não é? A equipe Amo Resumos agradece a compreensão e deseja a você um ótimo estudo. Está com alguma dúvida? Envia para suporte@amoresumos.com Licensed to Andréa Baracho - andreabaracho@gmail.com - 051.897.367-09 - HP156616575553038 1- PÂNCREAS ENDÓCRINO .......................................................................................................01 2- HORMÔNIOS PANCREÁTICOS .............................................................................................01 3- INSULINA ...................................................................................................................................01 2.1 SOBRE A SÍNTESE .............................................................................................................01 3.1 SÍNTESE DA INSULINA ...................................................................................................01 3.2 SECREÇÃO DA INSULINA ..............................................................................................02 3.3 ATIVAÇÃO DA INSULINA NOS RECEPTORES DAS CÉLULAS-ALVO ..................03 3.4 EFEITOS DA INSULINA PÓS-ATIVAÇÃO DOS RECEPTORES DAS CÉLULAS- ALVO ...........................................................................................................................................03 3.5 EFEITOS DA INSULINA NO METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS ....................03 3.6 A INSULINA GERA CAPTAÇÃO E METABOLISMO DE GLICOSE NOS MÚSCULOS ..03 3.7 A INSULINA PROMOVE CAPTAÇÃO, ARMAZENAMENTO E UTILIZAÇÃO DA GLICOSE HEPÁTICA ................................................................................................................04 3.8 A GLICOSE É LIBERADA DO FÍGADO ENTRE AS REFEIÇÕES ...............................04
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