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Sistema Endócrino - Tireoide

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tireoide 
 
 
 A tireoide é uma glândula em formato de borboleta que repousa sobre a traqueia 
 Possui dois tipos diferentes de células ⇾ células C (secretam calcitonina) e células foliculares (secretam hormônios 
tireoidianos) 
 Os hormônios tireoidianos T3 e T4 são moléculas lipossolúveis sintetizadas pelas células foliculares, formadas por 
dois resíduos de tirosina aos quais são incorporadas moléculas de iodo 
 A glândula secreta principalmente T4, que sofre desiodação nos tecidos-alvo para gerar o T3, que tem maior 
atividade biológica 
 Funções tireoidianas ⇾ controle do metabolismo celular e termogênese, crescimento, diferenciação e maturação 
celular 
 
Biossíntese 
 A unidade funcional da glândula é o folículo 
tireoidiano ⇾ as células se dispõem de forma a 
delimitar uma luz na qual está presente o coloide 
(rico em Tg) 
 Possuem membrana luminal com muitas 
microvilosidades, as quais se estendem em 
direção ao coloide, e membrana contraluminal, a 
qual está em contato com os capilares 
sanguíneos 
 As células foliculares sintetizam a tireoglobulina 
(Tg), glicoproteína rica em resíduos de tirosina, 
sendo o principal constituinte do coloide 
 A síntese dos hormônios ocorre a partir da 
incorporação de iodo aos resíduos de tirosina da 
molécula de tireoglobulina 
 Iodo circulante ⇾ proveniente da alimentação 
 Deficiência de iodo na alimentação causa baixa 
produção de hormônios pela tireoide, podendo 
levar ao bócio endêmico 
 Excesso de estimulação pelo TSH, cuja 
secreção pela adeno-hipófise aumenta em 
função da diminuição dos níveis circulantes de 
T3 e T4 
 O TSH estimula a formação de coloide e 
hipertrofia das células foliculares 
 Se a deficiência de iodo ocorre durante a gestação, a queda de hormônios tireoide no feto levando a retardamento 
mental grave ⇾ cretinismo endêmico 
 A tireoide tem grande capacidade de concentrar iodo 
 O iodeto é a principal forma como o iodo se apresenta na circulação ⇾ captado por mecanismo ativo ⇾ co-
transportador sódio/iodeto (NIS) presente na membrana basolateral da célula folicular 
 O iodeto internalizado é carregado para a luz do folículo pela pendrina ⇾ contra-transporte de cloreto/iodeto 
 O iodeto é oxidado por ação da peroxidadse tireoidiana (TPO) ⇾ necessita do oxigênio e é catalisado por H2O2 
 O iodo é incorporado aos resíduos de tirosina da Tg também pela TPO ⇾ processo: organificação 
 MIT = tireoglobulina + 1 iodo 
 DIT = tireoglobulina + 2 iodos 
 As reações de acoplamento de MIT e DIT são catalisadas pela TPO 
 T3 = MIT + DIT 
 T4 = DIT + DIT 
 Moléculas de tireoglobulina contendo MIT, DIT, T3, T3 reverso e T4 podem ficar armazenadas no coloide por 
longo tempo 
 A finalização da síntese é a liberação de T3 e T4 das tireoglobulinas por proteólise ⇾ ocorre no citoplasma dos 
tireócitos, precedida por captação do coloide por endocitose 
 
Transporte 
 A natureza química hidrofóbica dos hormônios tireoidianos pede que eles se liguem a proteínas carregadoras ⇾ a 
ligação às proteínas funciona como um reservatório circulante de hormônio 
 O teor de hormônio livre é afetado pela quantidade presente de proteínas e pelo número de sítios nelas disponíveis 
para ligação 
 A fração livre do hormônio pode permear a célula-alvo e nela expressar seu efeito biológico 
 As principais proteínas são sintetizadas no fígado ⇾ TBG, transtiretina e albumina 
 A TBG possui a porção carboidrato rica em ácido siálico e tem meia-vida no plasma de cerca de 5 dias 
 Os estrógenos têm a capacidade de aumentar a quantidade de ácido siálico na molécula de TBG, o que diminui sua 
depuração no plasma e eleva sua meia-vida 
 Os hormônios tireoidianos exercem suas ações biológicas por meio de receptores intracelulares, presentes no 
núcleo de suas células-alvo 
 Os hormônios tireoidianos são transportados por moléculas transportadoras para dentro da célula-alvo ⇾ MCT8, 
MCT10 e OATP1C1 são os únicos sobre os quais há evidências de que realizem transporte de hormônios tireoidianos 
com alta afinidade e com especificidade 
 
Ativação e inativação 
 Presentes nos tecidos-alvo dos hormônios tireoidianos, as desiodases (enzimas) realizam a metabolização do T4 e 
do T3 que penetram nas células, podendo gerar um produto ativo, quando T4 se transforma em T3, ou inativo, 
quando T4 vira rT3 ou T3 vira T2 
 cerca de 90% do hormônio liberado pela glândula tireoide está sob a forma de T4 ⇾ muito menos ativo que T3 
 A ação das desiodases controla a atividade de hormônio tireoidiano 
 Principal via de metabolização de T4 ⇾ desiodação na posição 5’de seu anel externo, gerando T3 ⇾ pode ser 
efetuada pela desiodase tipo 1 (D1) ou desiodase tipo 2 (D2) 
 D1 ⇾ fígado, rim ⇾ importante na determinação da concentração circulante de T3 
 D2 ⇾ cérebro, hipófise, músculo esquelético e cardíaco, placenta e tecido adiposo marrom ⇾ fornece 
principalmente o T3 intracelular, que atuará nas próprias células em que foi formado ⇾ principal fonte de T3 no 
estado normal ⇾ estimulada no hipotireoidismo 
 Desiodase tipo 3 (D3) ⇾ placenta, útero gravídico, SNC ⇾ realiza a inativação do T4 por meio da produção de 
rT3 e do T3 pela produção de T2 (sem ação biológica) 
 
Receptores 
 Os receptores de hormônios da tireoide são receptores nucleares intimamente associados à cromatina 
 Eles são fatores de transcrição de ligação ao DNA que funcionam como acionadores moleculares em resposta à 
ligação do hormônio 
 O receptor hormonal pode ativar ou reprimir a transcrição gênica, dependendo do contexto do promotor e do 
estado de ligação do ligante 
 Os receptores nucleares atuam como fatores de transcrição, regulando a expressão gênica ⇾ três isoformas: TR, 
TR a-1, TR b-1, TR b-2 
 A afinidade do T3 pelos receptores é cerca de quinze vezes maior que a do T4. 
 Existe uma quarta isoforma ⇾ TR a-2 ⇾ o T3 não se liga ⇾ atua como inibidora da transcrição ⇾ ocupa o sítio 
de ligação do DNA, aí o T3 não se liga. 
 Na ausência dos hormônios ⇾ reprime a taxa basal de transcrição dos genes regulados positivamente, os TR ficam 
associados ao DNA nas regiões responsivas a hormônio ou TER 
 Os TR formam heterodímeros com o RXR ⇾ aumenta capacidade de associação do TR aos TREs 
 Os eventos celulares mediados por esses hormônios incluem: 
• transcrição da Na+/K+-ATPase da membrana celular, levando a um aumento no consumo de oxigênio 
• transcrição da proteína de desacoplamento, aumentando a oxidação dos ácidos graxos e a geração de calor 
sem produção de trifosfato de adenosina 
• síntese e degradação das proteínas, contribuindo para o crescimento e a diferenciação 
• glicogenólise induzida pela adrenalina, e síntese de glicogênio e utilização da glicose induzidas pela insulina 
• síntese do colesterol e regulação do receptor de lipoproteínas de baixa densidade 
 Os efeitos decorrentes das ações não genômicas ocorrem em minutos e não são afetados por inibidores da 
transcrição e tradução gênica 
 O sítio de ação parece ser a membrana plasmática, citoplasma e mitocôndrias ⇾ regulação de canais iônicos, 
fosforilação oxidativa, ativação de mensageiros secundários 
 A integrina aVb3 atua como receptor responsável por alguns efeitos não-genômicos, mediados pela via de 
sinalização da MAPK ⇾ o T4 tem mais afinidade por esse receptor de superfície que o T3 
 Efeito não-genômicos ⇾ indução de fosforilação em serina do receptor nuclear TR b-1 
 T4 estimula a angiogênese e a proliferação de tumores por meio desse mecanismo ⇾ Tetrac bloqueia a ligação 
do T4 ao receptor integrina 
 
Regulação da síntese e secreção 
 Um sistema de feedback clássico de alça 
fechada controla a secreção de hormônios 
pela tireoide 
 Além disso, existe um mecanismo de alça 
aberta que possibilita a modulação neural da 
atividade tireoidiana 
 O TRH é produzido por neurônios 
hipotalâmicos hipofisiotróficos 
 O TSH é uma glicoproteína produzida pelas 
células tireotróficas da adeno-hipófise 
 Os tireotrofos possuem receptores para TRH, 
os quais ativam mecanismo de transdução 
dependentede proteína G ⇾ estimula a 
secreção de TSH 
 O TSH age sobre os tireotrofos estimulando 
tanto a secreção quanto a síntese de 
hormônios tireoidianos 
 O crescimento e a vascularização da glândula 
também são estimulados pelo TSH 
 O mecanismo de feedback negativo de 
controle da atividade tireoidiana tem como 
variável controlada o teor de hormônio 
tireoidiano livre, o qual atua na hipófise, 
afetando a secreção de TSH, e no 
hipotálamo, afetando a secreção de TRH 
 Neurônios do núcleo paraventricular 
expressam a D2, promovendo a desiodação 
do T4 ⇾ promove sinal informando a 
disponibilidade de hormônio ⇾ neurônios respondem com aumento ou redução da liberação de TRH na adeno-
hipófise 
 Diversos neurotransmissores e neuropeptídios participam do controle neural da secreção de TRH ⇾ noradrenalina, 
dopamina, GABA, serotonina e neuropeptídio Y 
 Somatostatina, dopamina e glicocorticoides ⇾ efeito inibitório sobre os neurônios hipotalâmicos de TRH 
 Autorregulação ⇾ a taxa de síntese hormonal varia inversamente à disponibilidade de iodo ⇾ quando há escassez 
de iodo, a glândula otimiza sua captação, com a finalidade de manter o estoque hormonal e evitar hipotireoidismo 
 O aumento do iodo inorgânico na célula provoca inibição da organificação ⇾ efeito Wolff-Chaikoff ⇾ consequência 
é menor síntese e menor liberação hormonal, protegendo contra hipertireoidismo na vigência de alto aporte de 
iodo para a glândula 
 Bloqueio temporário da organificação ⇾ processo de escape 
 O bócio é o aumento de tamanho da tireoide que ocorre por excesso de estimulação da glândula 
 ⇧ iodo ⇾ ⇩ T3 e T4 ⇾ ⇧ TRH e TSH ⇾ hipertrofia da glândula ⇾ bócio 
 
Efeitos fisiológicos 
 O efeito geral dos hormônios tireoidianos baseia-se na transcrição nuclear de um grande número de genes ⇾ 
aumento generalizado da atividade funcional de todo o organismo ⇾ moléculas de T3 tem alta afinidade pelos 
receptores intracelulares 
 Os hormônios tireoidianos aumentam a atividade metabólica de quase todos os tecidos corporais ⇾ aumenta os 
níveis hormonais ⇾ atividade aumenta de 60 a 100% 
 Os hormônios tireoidianos aumentam o número, o tamanho das mitocôndrias e a superfície total da membrana das 
mitocôndrias ⇾ aumenta formação de ATP ⇾ maior atividade celular 
 A enzima sódio-potássio ATPase tem sua atividade aumentada na presença desses hormônios ⇾ eleva velocidade 
de transporte ⇾ usa energia ⇾ aumenta calor produzido pelo organismo ⇾ aumenta metabolismo corporal 
 Aumentam a permeabilidade das membranas celulares aos íons sódios ⇾ aumenta a ativação da bomba de sódio 
e a produção de calor 
 Acerca do crescimento ⇾ em crianças tem grande importância, tendo em vista que quando a criança tem 
hipotireoidismo o crescimento é muito retardado ⇾ quando a criança tem hipertireoidismo, há um crescimento 
esquelético excessivo, PODE ocorrer também um fechamento precoce das epífises ósseas e assim a redução da 
altura final 
 Além do crescimento em estatura, os hormônios tireoidianos estão relacionados com o desenvolvimento do cérebro 
durante a vida fetal e nos primeiros anos de vida pós-natal 
 O aumento geral das enzimas metabólicas ⇾ leva a uma captação rápida de glicose pelas células, aumento da 
glicólise, da gliconeogênese, da absorção pelo trato gastrintestinal, secreção de insulina; aumento da mobilização 
dos lipídios no tecido adiposo, reduzindo o acúmulo de gordura no organismo, aumento da concentração de ácidos 
graxos livres no plasma (aumenta oxidação deles pelas células) 
 O aumento dos hormônios tireoidianos leva ⇾ indução do maior número de receptores de lipoproteínas de baixa 
densidade nas células hepáticas ⇾ rápida remoção de lipoproteínas do plasma ⇾ o aumento da secreção de 
colesterol na bile e sua perda nas fezes reduz as concentrações de colesterol, fosfolipídeos e triglicerídeos no 
plasma 
 A diminuição desses hormônios promove efeito contrário e depósito excessivo de lipídeos no fígado 
 Os hormônios tireoidianos aumentam a necessidade de vitaminas no organismo ⇾ devido ao aumento do 
metabolismo e o aumento das enzimas, muitas vezes formadas por vitaminas ⇾ pode ocorrer hipovitaminose. 
 Quando existe um excesso desses hormônios ocorre uma redução do peso corporal, mas às vezes, o aumento 
do apetite, nesses casos, faz um mecanismo compensatório 
 O aumento do metabolismo ⇾ uso mais rápido de oxigênio e maior liberação de metabólitos ⇾ vasodilatação ⇾ 
fluxo sanguíneo na pele aumenta diante da necessidade da eliminação de calor ⇾ aumenta o débito cardíaco em 
decorrência do aumento do fluxo sanguíneo ⇾ aumento da frequência cardíaca (esse aumento ocorre em maior 
parte devido ao aumento da excitabilidade do coração promovido pelos hormônios tireoidianos) 
 A elevação da atividade enzimática por aumento leve nos hormônios tireoidianos ⇾ aumenta força de contração 
cardíaca 
 Agora uma elevação excessiva desses hormônios ⇾ aumento do catabolismo proteico ⇾ a força do músculo fica 
deprimida ⇾ pode levar a uma descompensação cardíaca secundária à insuficiência miocárdica e ao aumento do 
trabalho cardíaco 
 A pressão arterial permanece normal quando ocorre a administração desses hormônios, mas em casos de 
hipertireoidismo a pressão sistólica aumenta e a diastólica diminui 
 Ocorre um aumento na frequência e na profundidade da respiração ⇾ aumento da utilização de oxigênio e 
liberação de metabólitos 
 Aumento da produção de secreções digestivas, motilidade do trato gastrointestinal 
 Aumenta velocidade do pensamento ⇾ no hipertireoidismo ocorrem nervosismos, tendências psiconeuróticas 
 Músculos reagem com vigor na presença desses hormônios, agora, quando em excesso os músculos são 
enfraquecidos devido ao catabolismo proteico ⇾ em casos de hipotireoidismo ocorrem músculos vagarosos 
 Tremor muscular ⇾ no hipertireoidismo pode ocorrer tremor muscular leve ⇾ atividade aumentada das sinapses 
neuronais nas áreas da medula espinhal 
 Efeitos excitatórios nas sinapses ⇾ dificulta o sono em pacientes com hipertireoidismos 
 Aumenta secreção de outras glândulas endócrinas, aumenta necessidade tecidual pelos hormônios 
 Aumenta a inativação de glicocorticoides adrenais pelo fígado ⇾ eleva ACTH na hipófise anterior 
 Na falta desses hormônios em homem ⇾ perda da libido, e em excesso ⇾ impotência 
 Nas mulheres ⇾ polimenorreia e menorragia ⇾ em mulheres sem tireoide pode ter amenorreia 
 Estimula a síntese de eritropoietina e a eritropoiese 
 
TERMOGÊNESE 
 O gasto energético compreende duas categorias de termogênese ⇾ termogênese obrigatória e termogênese 
facultativa ⇾ os hormônios tireoidianos estimulam as duas 
 Seu efeito calorigênico é essencial à estimulação adequada do metabolismo celular, ocorrendo redução da taxa 
metabólica basal (TMB) e hipotermia no hipotireoidismo e elevação na tireotoxicose 
 Os hormônios tireoidianos atuam modulando a resposta ao sistema nervoso simpático, principal estibulados da 
termogênese facultativa 
 Dois efeitos dos hormônios tireoidianos ⇾ aumento do consumo de ATP e a diminuição da eficiência da síntese 
de ATP 
 Para aumentar o consumo de ATP ⇾ ativação da Na+/K+-ATPase e da cálcio-ATPase (Serca) ⇾ os hormônios 
tireoidianos aumentam a permeabilidade da membrana plasmática ao sódio e ao potássio e a permeabilidade da 
membrana do retículo sarcoplasmático ao cálcio ⇾ vazamento de íons e a ativação das bombas ⇾ ciclo fútil de 
íons 
 Também aumentam o consumo de ATP pela estimulação de ciclos fúteis de substratos ⇾ glicólise/neoglicogênese, 
lipólise/lipogênese, síntese/degradação de glicogênio hepático e síntese/degradação de proteínas 
 Para diminuir a eficiência da síntese de ATP, atuam estimulando o desvio do glicerol-3-fosfato ⇾ os elétrons do 
NADH são transferidos para a DHAP, formando G3P e NAD+, assim, um par de elétrons do G3P é transferido ao 
FAD, o que gera apenas 1,5 ATP ⇾ no desvio do malato-aspartato, gera 2,5 ATP (mais que no desvio da G3P) 
 Outra forma é a ativação do desacoplamento mitocondrial ⇾ ocorre no tecidoadiposo marrom, pela ação 
desacopladora da UCP-1, que promove o desacoplamento entre a síntese de ATP e a reentrada de prótons através 
da membrana interna da mitocôndria ⇾ a UCP-1 aumenta a condutância de prótons e permite sua reentrada na 
matriz mitocondrial independentemente da ATP-sintetase, reduzindo o gradiente de prótons e fazendo com que a 
energia que seria usada para a síntese de ATP seja dissipada sob a forma de calor 
 
paratireoide 
 
 Cálcio e fósforo são provenientes dos alimentos e são os minerais mais abundantes no organismo humano 
 A maior parte deles está sob a forma de hidroxiapatita ⇾ principal mineral da matriz óssea 
 A concentração extracelular de Ca2+ e Pi é mantida dentro de limites muito estreitos pela interação de 3 hormônios, 
denominados calciotrópicos 
 O paratormônio (PTH) e o calcitriol (1,25-diidroxi-vitamina D) tem ações fisiológicas que elevam o cálcio circulante 
 Já a calcitonina tem ações que contribuem para a redução da calcemia 
 Atuam modificando as taxas de síntese e reabsorção óssea, absorção intestinal e reabsorção renal de cálcio e 
fósforo 
 Cálcio aumenta quando entra no sangue a partir do osso ou do intestino 
 Cálcio diminui quando é utilizado para síntese óssea ou é excretado na urina 
 
Biossíntese do paratormônio 
 É sintetizado como um pré-pró-hormônio nos ribossomos das paratireoides 
 No RE ⇾ clivagem e formação do pró-PTH 
 No Golgi ⇾ outra clivagem, pela enzima furina, gerando PTH ativo 
 Nos grânulos de secreção de PTH podem conter catepsinas ⇾ enzimas proteolíticas que atuam sobre o PTH 
produzindo peptídios menores ⇾ apenas os fragmentos carboxiterminais são secretados 
 Meia-vida curta, de 2 a 4 minutos, em razão da rápida metabolização hepática e excreção renal 
 O PTH atua em seu receptor PTH1R ⇾ a porção aminoterminal é essencial e suficiente para os efeitos biológicos 
clássicos do hormônio ⇾ os efeitos não são obtidos com a porção carboxiterminal 
 O hormônio pré-formado é liberado imediatamente quando há uma hipocalcemia aguda 
 
Regulação do paratormônio 
 O principal fator que controla a taxa de secreção de PTH é a concentração extracelular de cálcio ionizado 
 A taxa de secreção também é sensível à velocidade de queda da calcemia ⇾ maior elevação e mais rápida do 
PTH circulante em resposta a uma queda brusca 
 A detecção das variações da [Ca2+]EC são mediadas pelo receptor sensor de cálcio extracelular (CaSR) presente 
na membrana plasmática das células principais das paratireoides 
 É um receptor acoplado à proteína G 
 Cálcio plasmático aumenta ⇾ se liga ao CaSR ⇾ inibe a secreção de PTH 
 Cálcio plasmático baixo ⇾ inativa o CaSR ⇾ PTH intacto é liberado 
 O CaSR também é expresso nas células produtoras de calcitonina na tireoide e em células tubulares renais, em que 
participa do controle da homeostase do cálcio 
 Via de sinalização desencadeada pelo CaSR ⇾ redução da síntese de PTH, reprimindo a expressão do gene de 
PTH por meio de seu elemento responsivo ao cálcio 
 A expressão gênica do PTH também é inibida pelo calcitriol ⇾ estimula o gene do sensor de cálcio, o que 
indiretamente favorece a redução da secreção de PTH 
 Elevação do fosfato circulante promove redução do cálcio ionizado, bem como a redução da formação de calcitriol 
⇾ aumento da síntese e secreção de PTH 
 Inibição por magnésio 
 Estimulação por catecolaminas ⇾ efeito dependente de ativação b-adrenérgica 
 
Receptor do paratormônio 
 O mediador das ações do PTH em células-alvo no néfron distal e nos ossos é o receptor PTH1R 
 Liga, além do PTH, o peptídio relacionado ao PTH (PTHrP) 
 No feto, o PTHrP produzido pelas paratireoides estimula o transporte de cálcio através da placenta, sendo importante 
na manutenção elevada da calcemia fetal 
 É importante na regulação da proliferação e mineralização dos condrócitos 
 Na via pós-natal, o PTHrP é produzido por vários tecidos, mas não mais pelas paratireoides 
 Tem efeito hipercalcemiante, agindo como um hormônio quando produzido em altas quantidades por tumores 
malignos 
 O receptor PTH1R pertence à classe GPCR, atuando principalmente por meio de Gs, mas também de Gq, que 
ativam a adenil-ciclase e a fosfolipase C 
 O PTH ativa preferencialmente a via do AMPc no rim 
 
Efeitos fisiológicos do paratormônio 
 A principal função fisiológica do PTH é regular a [Ca2+]EC, prevenindo e corrigindo a hipocalcemia 
 
EFEITOS RENAIS DO PTH 
 Aumenta a reabsorção tubular de cálcio e estimula a transformação da vitamina D em calcitriol, o qual aumenta a 
absorção intestinal de cálcio 
 Inibe a reabsorção tubular renal de fosfato 
 O PTH atua na porção cortical do ramo ascendente espesso da alça de Henle e no túbulo contorcido distal, 
responsáveis pela reabsorção de 20 e 8% da carga filtrada de cálcio 
 No ramo ascendente espesso da alça de Henle, a reabsorção é por transporte paracelular passivo ⇾ o PTH pode 
estimular esse transporte passivo por aumentar a diferença de potencial elétrico que promove o movimento do 
íon 
 No túbulo contorcido distal, a reabsorção se dá pela via transcelular ⇾ o PTH estimula a reabsorção de cálcio ao 
afetar as 3 etapas do transporte transcelular ⇾ estimula a inserção e abertura dos canais de cálcio na membrana 
apical; ativa a vitamina D; calcitriol aumenta a síntese da proteína ligadora de cálcio 
 O rim é um regulador importante do nível plasmático de fosfato e o PTH afeta este manuseio renal, exercendo 
efeito fosfatúrico ⇾ inibição da reabsorção tubular proximal do íon ⇾ o PTH promove a internalização do 
transportador de fosfato em vesículas no citosol e sua destruição por lisossomos 
 O efeito fosfatúrico contribui para o aumento da calcemia promovido pelo PTH ⇾ ao ser excretado, o fosfato 
liberado do osso deixa de se complexar com o cálcio na circulação 
 
ATIVAÇÃO DA VITAMINA D 
 A vitamina D3 (colecalciferol) é produzida em nosso organismo a partir da molécula precursora 7-desidrocolesterol, 
sintetizada por queratinócitos da epiderme 
 A luz UV promove a transformação do precursor em pré-vitamina D3, que se transforma em seu isômero vitamina 
D3, a qual é absorvida pela pele 
 Por ser lipossolúvel, a molécula de vitamina D pode ser depositada nos tecidos, principalmente no tecido adiposo 
 A vitamina D circulante é composta pelo colecalciferol (D3) e também pelo ergocalciferol (D2), ingerido de fontes 
vegetais 
 Ambos circulam ligados a uma glicoproteína produzida no fígado, a proteína ligadora de vitamina D (DBP) 
 Tem meia-vida de 30 dias e acumulam-se no tecido adiposo 
 A vitamina D não tem atividade biológica importante e deve sofrer duas hidroxilações, uma no fígado e outra no 
rim 
 Hidroxilação hepática: ocorre no carbono 25 por ação da enzima 25-hidroxilase, e a 25-OH-vitamina D formada 
ainda não tem atividade biológica relevante ⇾ pré-hormônio ⇾ a maior parte também circula associada à DBP e 
tem meia-vida de 15 dias, estando em equilíbrio com o pool intracelular no tecido adiposo 
 Hidroxilação renal: catalisada pela enzima 1-a-hidroxilase, gerando o hormônio ativo 1,25-diidróxi-vitamina D, ou calcitriol 
⇾ maior parte do calcitriol liga-se à DBP na circulação 
 A 25(OH)D, bem como o calcitriol, também pode ser hidroxilada na posição 24 pela 24-hidroxilase, gerando 
metabólito inativo 
 A síntese de calcitriol é regulada por mecanismo de feedback ⇾ ele próprio exerce efeito inibitório sobre a 1-a-
hidroxilase e sobre a liberação de PTH e efeito estimulatório sobre a 24-hidroxilase 
 
 
 
EFEITOS FISIOLÓGICOS DO CALCITRIOL 
 A principal ação do calcitriol que contribui para a elevação da calcemia é a regulação do transporte intestinal de 
cálcio 
 Tem ações sobre o metabolismo ósseo, importantes para a formação e o metabolismo normais do osso e 
contribuem para os efeitos do PTH 
 Calcitriol é um hormônio lipossolúvel cujas principais ações fisiológicas decorrem de seus efeitos genômicos ⇾ atua 
modificando a taxa de transcrição de genes-alvo específicos 
 No duodeno e no jejuno, estimula o transporte transcelularativo de cálcio ⇾ estimula a expressão de todas as 
proteínas envolvidas nesta absorção 
 O cálcio liga-se à proteína ligadora de cálcio calmodulina, presente na borda em escova, sendo depois transferido a 
outra proteína ligadora de cálcio, a CaBP9K, que, associando-se a microtúbulos, leva o íon à membrana contraluminal 
 Também estimula a absorção intestinal de fosfato, a qual, no entanto é pouco dependente do hormônio ⇾ o 
fosfato é absorvido al longo do intestino delgado pela via transcelular ⇾ na borda em escova, o gene da isoforma 
NPT2b do co-transportador de Na/Pi tem sua expressão estimulada pelo calcitriol 
 Também pode ter efeitos não-genômicos rápidos ⇾ estimulação de um transporte vesicular rápido de cálcio no 
intestino, chamado transcaltaquia 
 No rim, o calcitriol regula sua própria produção, inibindo a 1-a-hidroxilase e estimulando a 24-hidroxilase 
 Também estimula a síntese das proteínas que participam da reabsorção renal de cálcio 
 Atua ainda nas glândulas paratireoides, inibindo a liberação de PTH 
 Fornece os minerais necessários à calcificação e também participa da regulação da mineralização da matriz óssea 
 É indutor potente da reabsorção óssea e sua presença é necessária para que o PTH exerça plenamente sua 
regulação sobre a remodelação óssea 
 
 
EFEITOS ÓSSEOS DO PTH 
 Estimula a reabsorção óssea 
 Em excesso do hormônio ⇾ efeito catabólico 
 Em doses intermitentes ⇾ estimula formação de osso ⇾ ação anabólica óssea do PTH 
 Até os quarenta anos a taxa de formação óssea é maior que a taxa de degradação ⇾ o osso adulto é 
metabolicamente ativo e está em constante remodelação (libera fatores de crescimento) ⇾ reabsorção e síntese 
⇾ homeostase ⇾ a partir dos quarenta anos a degradação é maior que a formação ⇾ osteopenia fisiológica 
 Osteoporose: redução da massa e desarranjo da microarquitetura óssea ⇾ aumenta fragilidade do osso e risco de 
fraturas / Osteoporose secundária ⇾ hiperparatireoidismo, deficiência de vitamina D, hipogonadismo, 
hipertireoidismo, excesso de glicocorticoides, insuficiência renal crônica 
 O tecido ósseo é formado: matriz óssea, osteoblastos, osteoclastos, osteócitos ⇾ pontos de remodelação ⇾ 
compartimento ou unidade de remodelação ⇾ células citadas = BMU ou unidade multicelular básica 
 O osso cortical tem rigidez ⇾ colágeno tipo I (rico em hidroxiprolina ⇾ eliminado na urina ⇾ marcador bioquímico 
de remodelação óssea) mineralizado por hidroxiapatita densamente 
 Já o osso trabecular tem microarquitetura esponjosa ⇾ elasticidade ao esqueleto axial 
 Células tronco mesenquimais (dá origem também aos adipócitos e condrócitos) ⇾ células osteoprogenitoras ⇾ 
pré-osteoblastos ⇾ osteoblastos ⇾ formam ossos, produzem proteínas da matriz e induzem sua mineralização 
(produzem fosfatase alcalina), controlam diferenciação dos osteoclastos, produzem osteocalcina ou GLA ⇾ indicador 
de aumento de renovação óssea 
 Os osteoblastos expressam receptores para GH, glicocorticoides, hormônios tireoidianos também 
 Na síntese óssea, os osteoblastos ⇾ osteócitos ⇾ circundados pelo osso formado ⇾ confinados em cavidades 
ósseas no interior da matriz ⇾ baixa atividade secretória 
 O PTH promove o aumento do tamanho dessas lacunas/cavidades. 
 Quando os osteoblastos cessam sua atividade secretória eles podem tornar-se achatados ⇾ camada de 
revestimento ⇾ ação do PTH ⇾ estimula a voltar a ser osteoblasto 
 Células tronco hematopoiéticas ⇾ precursoras de osteoclastos estimuladas por M-CSF (liberado pelos osteoblastos) 
⇾ pré-osteoclastos ⇾ osteoclastos são células gigantes, multinucleadas e móveis ⇾ reabsorção do osso ⇾ 
secretam íons hidrogênio e enzimas lisossômicas ⇾ solubiliza matriz óssea e digere no meio acido ⇾ cavidade = 
lacuna de Howship 
 Os íons hidrogênio gerados pela anidrase carbônica II são liberados através da membrana plasmática por H+-ATPases 
recrutadas na membrana pregueada da célula ⇾ a acidificação desse microambiente extracelular isolado até um 
pH de cerca de 4 favorece a dissolução da hidroxiapatita e fornece condições ideais para a ação das proteases 
lisossômicas, incluindo a colagenase e as catepsinas, dissolvendo o mineral ósseo ⇾ os produtos da degradação 
óssea são transportados por endocitose pelo osteoclasto e liberados na superfície antirreabsortiva da célula, 
fornecendo Ca2+, Pi e fosfatases alcalinas na circulação 
 Os osteoclastos têm sua diferenciação, maturação, e ativação regulada pelos osteoblastos, estimulada por PTH e 
calcitriol, tendo em vista que os osteoclastos não têm receptores pra esses hormônios 
 Os pré-osteoclastos tem receptor de superfície RANK que interage com o ligante RANKL presente na superfície 
do osteoblasto 
 Os osteoblastos liberam também a osteoprotegerina ou OPG ⇾ receptor solúvel para o RANKL, o que impede 
sua ligação ao RANK ⇾ inibe maturação do osteoclasto e reabsorção óssea 
 O PTH e o calcitriol estimulam a produção de RANKL e inibem a OPG 
 Já estrógenos estimulam a OPG, proliferação de osteoblastos e diminui taxa de apoptose dessas células ⇾ aumenta 
formação óssea 
 
Calcitonina 
 É produzida pelas células C da tireoide e secretada em resposta a uma elevação aguda da calcemia 
 Promove redução rápida da calcemia e da fosfatemia ⇾ inibe a reabsorção óssea, agindo diretamente nos 
osteoclastos 
 Inibe também a reabsorção renal de cálcio e fosfato 
 Excesso ou deficiência de calcitonina não perturbam a homeostase do cálcio nem afetam o metabolismo ósseo de 
forma significativa 
 
 
 
 
 
 
doenças 
 
Drogas 
 Drogas antitireoidianas: o tiocianato, o propiltiouracil e as altas concentrações de iodetos inorgânicos. Esses fármacos 
bloqueiam a secreção tireoidiana por diferentes mecanismos. A mesma bomba ativa que transporta íons iodeto 
para dentro das células da tireoide também pode bombear íons tiocianato, perclorato e nitrato. Portanto, a 
administração de tiocianato (ou um dos outros íons), em concentração suficientemente alta, pode provocar a 
inibição competitiva do transporte de iodeto para a célula — isto é, a inibição do mecanismo de captação de iodo. 
A menor disponibilidade de iodeto, nas células glandulares, não impede a formação de tireoglobulina; simplesmente, 
impede a tireoglobulina formada de ser iodada e, portanto, de formar os hormônios tireoidianos. Essa deficiência de 
hormônios tireoidianos, por sua vez, leva à maior secreção de TSH pela hipófise anterior, provocando o 
supercrescimento da tireoide que, apesar disso, continua incapaz de formar quantidade adequada de hormônios. 
Portanto, o uso de tiocianatos e de alguns outros íons para bloquear a secreção tireoidiana pode levar ao 
desenvolvimento de tireoide muito aumentada, o que é chamado de bócio. 
 O propiltiouracil (e outros compostos semelhantes, tais como metimazol e carbimazol) impede a formação de 
hormônio tireoidiano a partir do iodeto e tirosina. Parte de seu mecanismo de ação consiste em bloquear a enzima 
peroxidase, necessária para a iodização da tirosina e outra parte consiste em bloquear a conjugação de duas 
tirosinas iodadas para formar T4 ou T3. O propiltiouracil não impede a formação de tireoglobulina. A ausência de 
T4 e T3, na tireoglobulina, pode levar a grande aumento, por feedback, da secreção de TSH pela hipófise anterior, 
promovendo, assim, o crescimento do tecido glandular e a formação de bócio. 
 Quando existe alta concentração de iodetos no sangue (100 vezes maior que o nível plasmático normal), a maior 
parte das atividades da tireoide é reduzida, mas essa redução, frequentemente, dura apenas algumas semanas. O 
efeito consiste na diminuição da captação de iodeto, de modo que a iodização da tirosina, para a formação de 
hormônios tireoidianos, também se reduz. Efeito ainda mais importante, causado pela alta concentração de iodeto, 
é a paralisação da endocitose normal de coloide, a partir dos folículos, pelas células glandulares da tireoide. Como 
esse é o primeiro estágio na liberação dos hormônios tireoidianos, a partir do coloide de armazenamento, ocorreinterrupção quase imediata da secreção de hormônio tireoidiano para o sangue. Como a alta concentração de 
iodeto reduz todas as fases da atividade tireoidiana, ela reduz, por pouco, o tamanho da tireoide e, principalmente, 
sua irrigação sanguínea, ao contrário dos efeitos causados pela maior parte dos demais agentes antitireoidianos. Por 
esse motivo, o iodeto é frequentemente administrado aos pacientes 2 a 3 semanas antes da remoção cirúrgica da 
tireoide, para reduzir o porte da cirurgia, em especial a intensidade do sangramento. 
 
Hipertireoidismo 
 Na maioria dos pacientes com hipertireoidismo, o tamanho da tireoide aumenta por duas a três vezes acima do 
normal com enorme hiperplasia e pregueamento do revestimento celular folicular para o interior dos folículos, de 
modo que o número de células aumenta muito. Além disso, cada célula aumenta sua secreção por muitas vezes. 
 A doença de Graves, a forma mais comum de hipertireoidismo, é doença autoimune, na qual anticorpos chamados 
de imunoglobulinas estimulantes da tireoide (TSIs) se formam contra o receptor de TSH na glândula tireoide. Esses 
antibióticos se ligam ao mesmo receptor que liga o TSH e induz a ativação contínua dos sistemas celulares do 
AMPc, com desenvolvimento resultante de hipertireoidismo. Os anticorpos TSI têm efeito estimulatório prolongado 
sobre a secreção da glândula tireoide, durando até 12 horas, em contraste com o curto para o TSH, de pouco mais 
de 1 hora. O alto nível de secreção do hormônio tireoidiano, causado pelo TSI, por sua vez, suprime a formação de 
TSH pela hipófise anterior. Portanto, as concentrações de TSH ficam abaixo da normal (muitas vezes, essencialmente 
zero) em vez de aumentadas em quase todos os pacientes com doença de Graves. Os anticorpos causadores do 
hipertireoidismo decorrem, quase certamente, do desenvolvimento da autoimunidade contra o tecido tireoidiano. 
Presume-se que em algum momento da história clínica da pessoa foi liberado excesso de antígenos pelas células 
tireoidianas, o que resultou na formação de anticorpos contra a própria tireoide. 
 O hipertireoidismo ocasionalmente resulta de adenoma (tumor) localizado, que se desenvolve no tecido tireoidiano 
e secreta grande quantidade de hormônio tireoidiano. Essa patologia é diferente da forma mais comum de 
hipertireoidismo, pois em geral não está associada à evidência de doença autoimune. Efeito interessante do adenoma 
é que, enquanto ele continuar secretando grande quantidade de hormônio tireoidiano, a função secretória de quase 
todo o restante da tireoide é quase totalmente inibida porque o hormônio tireoidiano do adenoma suprime a 
produção de TSH pela hipófise. 
 Os sintomas do hipertireoidismo: estado de alta excitabilidade, intolerância ao calor, redução da sudorese, perda de 
peso ligeira a extrema (às vezes, até 50 kg), graus variáveis de diarréia, fraqueza muscular, nervosismo ou outros 
transtornos psíquicos, fadiga extrema, acompanhada de insônia e tremor nas mãos. A maior parte das pessoas com 
hipertireoidismo desenvolve algum grau de protrusão dos globos oculares ⇾ exoftalmia ⇾ A causa da protrusão 
ocular é o edema dos tecidos retro-orbitais e alterações degenerativas nos músculos extraoculares. Na maioria dos 
pacientes, encontram-se imunoglobulinas sanguíneas que reagem com os músculos oculares. Além disso, a 
concentração dessas imunoglobulinas é, em geral, maior em pacientes com altas concentrações de TSIs. A 
exoftalmia, em geral, regride acentuadamente com o tratamento do hipertireoidismo. 
 Para o caso usual de hipertireoidismo, o exame diagnóstico mais preciso é a medida direta da concentração de T4 
“livre” (e, às vezes, T3) no plasma. No tipo habitual de tireotoxicose, a secreção de TSH pela hipófise anterior está 
tão completamente suprimida pela grande quantidade de T4 e T3 circulantes, que o TSH plasmático é praticamente 
nulo. A concentração de TSI é medida por radioimunoensaio ⇾ valor é em geral alto na tireotoxicose, porém baixo 
no adenoma tireoidiano. 
 O tratamento mais direto para o hipertireoidismo é a remoção cirúrgica da maior parte da tireoide. 
 
Hipotireoidismo 
 Os efeitos do hipotireoidismo, em geral, são opostos aos do hipertireoidismo, mas alguns mecanismos fisiológicos 
são específicos dessa patologia. O hipotireoidismo é provavelmente iniciado por autoimunidade contra a tireoide 
(doença de Hashimoto), mas imunidade que destrói a glândula em vez de estimulá-la ⇾ inflamação da tireoide ⇾ 
deterioração progressiva ⇾ fibrose da glândula ⇾ diminuição ou ausência da secreção do hormônio tireoidiano. 
 Bócio Coloide Endêmico Causado por Deficiência Dietética de Iodeto: O termo “bócio” significa o grande aumento 
da tireoide ⇾ cerca de 50 miligramas de iodo por ano são necessários para a formação de quantidade adequada 
de hormônio tireoidiano ⇾ quantidade insuficiente de iodo ⇾ de bócios endêmicos. A falta de iodo impede a 
produção tanto de T4 quanto de T3 ⇾ não há hormônios disponíveis para inibir a produção de TSH pela hipófise 
anterior, que passa a secretar quantidade excessiva desse hormônio. O TSH, então, estimula as células tireoidianas 
a secretar grande quantidade de coloide de tireoglobulina nos folículos e a glândula torna-se cada vez maior. 
Entretanto, devido à falta de iodo, a produção de T4 e T3 não ocorre na molécula de tireoglobulina e, portanto, 
não causa a supressão normal da produção de TSH pela hipófise anterior. Os folículos adquirem um enorme 
tamanho e a tireoide pode aumentar até 10 a 20 vezes. 
 Bócio Coloide Atóxico Idiopático: em pessoas que não apresentam deficiência de iodo. Essas glândulas aumentadas 
podem secretar quantidade normal de hormônios tireoidianos; entretanto, com mais frequência, sua secreção é 
reduzida, como no bócio coloide endêmico. A causa exata do aumento da tireoide em pacientes com bócio coloide 
idiopático não é conhecida, mas a maioria desses pacientes apresenta sinais de tireoidite leve. Anormalidade no 
sistema enzimático necessário para a formação dos hormônios tireoidianos como deficiência do mecanismo de 
captação de iodeto, deficiência do sistema da peroxidase, deficiência da conjugação de tirosinas iodadas na molécula 
de tireoglobulina, deficiência da enzima deiodinase. Alguns alimentos contêm substâncias bociogênicas com atividade 
antitireoidiana, semelhante ao propiltiouracil, levando ao aumento da tireoide estimulado pelo TSH. Tais substâncias 
bociogênicas são encontradas especialmente em algumas variedades do nabo e do repolho. 
 O hipotireoidismo causado por tireoidite, bócio coloide endêmico, bócio coloide idiopático, destruição da tireoide por 
radiação ou remoção cirúrgica da glândula, provoca os mesmos efeitos fisiológicos. Incluem fadiga e sonolência 
extrema, provocando 12 a 14 horas de sono por dia, extrema lentidão muscular, redução da frequência cardíaca, do 
débito cardíaco e do volume sanguíneo, ocasionalmente aumento de peso, constipação, lentidão mental, insuficiência 
de muitas funções tróficas do organismo, evidenciada por redução do crescimento do cabelo e descamação da 
pele, desenvolvimento de rouquidão e, em casos graves, de aparência edematosa em todo o corpo, chamada de 
mixedema. 
 Mixedema: se desenvolve no paciente com ausência quase total da função do hormônio tireoidiano ⇾ quantidade 
muito aumentada de ácido hialurônico e sulfato de condroitina, ligados a proteínas, forma excesso de gel tecidual 
nos espaços intersticiais, aumentando a quantidade total do líquido intersticial. Como o líquido em excesso é um gel 
é essencialmente imóvel e o edema é deprimível. Muitos pacientes com hipotireoidismo com mixedema, 
desenvolvem aterosclerose, que por sua vez resulta em doença vascular periférica, surdez e doença arte rial 
coronariana, com a consequente redução da expectativa de vida. 
 A concentração sanguínea de T4 livre é baixa. É fácil manter nível estável de atividade do hormônio tireoidiano no 
organismo, pela ingestão oral de um ou mais comprimidos contendo T4. 
 
CretinismoÉ causado por hipotireoidismo extremo em fetos, bebês ou crianças. Essa condição se caracteriza, especialmente, 
pela deficiência do crescimento corporal e por retardo mental. O cretinismo resulta da ausência congênita da tireoide 
(cretinismo congênito), de sua incapacidade de produzir hormônio tireoidiano devido a defeito genético, ou da 
ausência de iodo na dieta (cretinismo endêmico). A gravidade do cretinismo endêmico varia muito, conforme o grau 
de iodo na dieta. Neonato sem tireoide pode ter aparência e função normais, por haver recebido alguma quantidade 
(embora geralmente insuficiente) de hormônio tireoidiano materno, durante a vida uterina. Entretanto, algumas 
semanas após o nascimento, os movimentos do neonato passam a ser lentos e o seu desenvolvimento físico e o 
mental ficam bastante retardados. O tratamento, em qualquer momento, do neonato com cretinismo por meio de 
quantidades adequadas de iodo ou T4, geralmente provoca a normalização do crescimento físico; entretanto, a 
menos que o cretinismo seja tratado a partir de algumas semanas após o nascimento, o desenvolvimento mental 
permanece retardado de forma permanente ⇾ retardo no crescimento, ramificação e mielinização das células 
neuronais do sistema nervoso central nesse momento crítico do desenvolvimento das capacidades mentais. O 
crescimento esquelético da criança com cretinismo está caracteristicamente mais inibido que o do tecido mole ⇾ 
os tecidos moles apresentam probabilidade de crescer excessivamente, dando à criança aparência obesa, estrutura 
brevilínea e baixa estatura. Ocasionalmente, a língua se torna tão grande em relação ao crescimento esquelético, 
que obstrui a deglutição e a respiração, induzindo respiração gutural característica, que às vezes sufoca a criança. 
 
Hipoparatireoidismo 
 Quando as glândulas paratireoides não secretam quantidade suficiente do PTH, a reabsorção osteocítica do cálcio 
intercambiável diminui e os osteoclastos ficam quase totalmente inativos. Como consequência, a reabsorção de 
cálcio dos ossos é tão deprimida a ponto de provocar queda no nível de cálcio nos líquidos corporais. Ainda, como 
o cálcio e os fosfatos não estão sendo absorvidos do osso, essa estrutura costuma permanecer resistente. Ao ser 
atingido baixo nível de cálcio, ocorrerá desenvolvimento dos sinais típicos de tetania. Os músculos laríngeos ⇾ 
obstrui a respiração, o que representa causa habitual de óbito na tetania. 
 Ocasionalmente, o PTH é utilizado para tratar o hipoparatireoidismo. Na maioria dos pacientes com 
hipoparatireoidismo, o fornecimento de quantidades extremamente volumosas da vitamina D de até 100.000 unidades 
por dia, juntamente com a ingestão de 1 a 2 gramas de cálcio, mantêm a concentração do cálcio iônico em seu 
limite normal. 
 
Hiperparatireoidismo primário 
 anormalidade das glândulas paratireoides ⇾ induz à secreção inapropriada e excessiva do PTH. Em geral, a causa 
do hiperparatireoidismo primário é tumor de uma das glândulas paratireoides ⇾ frequência muito maior em 
mulheres ⇾ ao estímulo das glândulas paratireoides pela gestação e lactação. O hiperparatireoidismo produz 
atividade osteoclástica extrema nos ossos ⇾ eleva a concentração do cálcio iônico no líquido extracelular, ao 
mesmo tempo em que costuma deprimir a concentração dos íons fosfato, pelo aumento dessa excreção renal. 
 Doença Óssea no Hiperparatireoidismo: a absorção osteoclástica logo supera a deposição osteoblástica no 
hiperparatireoidismo grave, e o osso pode ser destruído quase por completo ⇾ fratura óssea. A atividade 
osteoblástica nos ossos também apresenta intenso aumento da vã tentativa de produzir quantidade suficiente de 
novo tecido ósseo, para compensar o antigo osso absorvido pela atividade osteoclástica ⇾ osteoblastos ficam ativos, 
secretam quantidade abundante defosfatase alcalina ⇾ alto nível dessa enzima no plasma. 
 Os efeitos desses níveis elevados de cálcio incluem depressão do sistema nervoso central e periférico, fraqueza 
muscular, constipação, dor abdominal, úlcera péptica, falta de apetite e depressão do relaxamento do coração 
durante a diástole. 
 Formação de Cálculos Renais no Hiperparatireoidismo: o excesso de cálcio e fosfato absorvidos pelos intestinos ou 
mobilizados dos ossos no hiperparatireoidismo será finalmente excretado pelos rins, ocasionando aumento 
proporcional nas concentrações dessas substâncias na urina. Em decorrência disso, os cristais de fosfato de cálcio 
tendem a se precipitar nos rins, dando origem a cálculos com essa composição. Além disso, pode ocorrer a 
formação de cálculos de oxalato de cálcio, pois até níveis normais de oxalato provocam a precipitação com altos 
níveis de cálcio. Como a solubilidade da maior parte dos cálculos renais é pequena, em meios alcalinos, a tendência 
de formação de cálculos renais é consideravelmente maior na urina alcalina, em comparação com a urina ácida. Por 
essa razão, as dietas acidóticas e os fármacos ácidos são frequentemente utilizados para tratar os cálculos renais. 
 
Hiperparatireoidismo secundário 
 Ocorrem altos níveis do PTH como forma de compensação para a hipocalcemia. Isso contrasta com o 
hiperparatireoidismo primário, que é associado à hipercalcemia. Pode ser causado por deficiência da vitamina D ou 
por doença renal crônica ⇾ os rins lesados mostram-se incapazes de produzir quantidade suficiente da forma ativa 
da vitamina D, o calcitriol. 
 
 
 
Raquitismo 
 Resultado da deficiência de cálcio ou fosfato no líquido extracelular causada, em geral, pela falta da vitamina D. Se a 
criança for convenientemente exposta à luz solar, o 7-desidrocolesterol presente na pele é ativado pelos raios 
ultravioletas e forma a vitamina D s que evita o raquitismo, por meio do estímulo da absorção 
 intestinal de cálcio e fosfato. O raquitismo tende a ocorrer particularmente nos meses da primavera, já que a 
vitamina D formada durante o verão antecedente é armazenada no fígado e fica disponível para uso durante os 
meses iniciais do inverno. Além disso, a absorção óssea de cálcio e fosfato pode evitar os sinais clínicos do raquitismo, 
durante os primeiros meses da deficiência da vitamina D. A concentração plasmática do cálcio no raquitismo 
apresenta apenas depressão ligeira, mas o nível do fosfato é intensamente deprimido. Isso se deve ao fato de que 
as glândulas paratireoides evitam a queda do nível do cálcio, por meio do estímulo da absorção óssea, sempre que 
o nível desse mineral começa a cair. Contudo, não existe sistema regulador satisfatório para impedir o declínio do 
nível do fosfato e, na verdade, a atividade elevada das glândulas paratireoides aumenta sua excreção na urina. 
 Durante o raquitismo prolongado, o aumento compensatório acentuado na secreção do PTH provoca extrema 
absorção osteoclástica do osso; isso, por sua vez, torna o osso progressivamente mais fraco e impõe notável 
estresse físico sobre o osso, resultando também em rápida atividade osteoblástica. 
 Quando o osso chega à exaustão de cálcio, o nível desse elemento pode sofrer rápida queda. À medida que o 
nível sanguíneo do cálcio declina abaixo de 7 mg/dL, ocorre desenvolvimento dos sinais típicos de tetania; nesse 
caso, a criança pode chegar ao óbito por espasmo respiratório tetânico. 
 A suplementação adequada de cálcio e fosfato na dieta e com a mesma relevância do fornecimento de quantidades 
abundantes da vitamina D. 
 
Osteomalacia 
 Raramente, os adultos apresentam deficiência dietética séria de vitamina D ou de cálcio, já que não há necessidade 
de grandes volumes de cálcio para o processo de crescimento ósseo, como nas crianças. Ocasionalmente, 
entretanto, ocorrem graves deficiências tanto de vitamina D como de cálcio, em consequência de esteatorreia e 
isso se deve à lipossolubilidade dessa vitamina, o que leva à eliminação tanto da vitamina D quanto do cálcio nas 
fezes. Nessas condições, o adulto pode apresentar absorção deficiente de cálcio e de fosfato, com possível 
ocorrência de raquitismo, embora issoquase nunca anteceda o estágio de tetania, mas muitas vezes seja a causa 
de grave deficiência óssea. 
 Osteomalacia e Raquitismo Causados por Doença Renal: é o tipo de osteomalacia que se origina de dano prolongado 
aos rins ⇾ falha dos rins lesados de formar o 1,25-di-hidroxicolecalciferol, a forma ativa da vitamina D. Outro tipo de 
doença renal, indutora de raquitismo e osteomalacia, é representado pela hipofosfatemia congênita, resultante da 
reabsorção reduzida de fosfatos pelos túbulos renais. 
 
Osteoporose 
 É a mais comum de todas as osteopatias nos adultos, especialmente em indivíduos com idade avançada, distinguindo-
se da osteomalacia e do raquitismo por resultar da diminuição na matriz óssea orgânica e não da deficiência na 
calcificação óssea. Na osteoporose, a atividade osteoblástica no osso costuma estar abaixo do normal e, como 
consequência, a deposição de osteoide está deprimida. Ocasionalmente, no entanto, a causa da diminuição óssea é 
o excesso da atividade osteoclástica, como ocorre no hiperparatireoidismo. As causas mais comuns: falta de estresse 
físico sobre os ossos em função de inatividade; desnutrição em grau suficiente a ponto de impedir a formação da 
matriz proteica; deficiência de vitamina C necessária para a secreção de substâncias intercelulares por todas as 
células, inclusive para a formação de osteoide pelos osteoblastos; falta de secreção do estrogênio no período pós- 
menopausa, já que esses hormônios diminuem o número e a atividade dos osteoclastos; idade avançada com 
redução notável do hormônio do crescimento e de outros fatores de crescimento, somado ao fato de que muitas 
das funções anabólicas proteicas também se deterioram com a idade, impossibilitando o depósito satisfatório da 
matriz óssea; e síndrome de Cushing, pois as quantidades maciças de glicocorticoides secretadas nessa doença 
provocam redução da deposição proteica por todo o organismo e aumento no catabolismo proteico, além de 
terem o efeito específico de deprimir a atividade osteoblástica.

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