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O Método Fenomenológica em Husserl e Heidegger – Diferenças e aproximações Prof. Gleydson Rocha Quais seriam os traços fundamentais do método fenomenológicos husserliano? Dar consistência a filosofia Revestimento de uma ideia cartesiana Estabelece a lógica pura como ciência das ciências Psicologismos Queriam fazer da lógica uma processo psíquico (contra o pensamento do Husserl) Lógica como subordinada da psicologia Husserl diz que ele identifica as leis do conteúdo do ato de pensar com as leis do conteúdo do ato de pensar com as leias que regulam os processos psicológicos. Método fenomenológico Fenomenologia – na cultura grega – Fenômeno = ilusão – a coisa em si Fenômeno ou Erscheinung é aquilo que aparece como objeto de nossa experiência, em oposição à coisa mesma. Pureza absoluta do fenômeno, com em si mesmo, a própria coisa, simplesmente enquanto revelada à consciência. Fenômeno = tudo aquilo que podemos ter consciência Aspecto da fenomenologia Apresentação de sue método: Transcendente Ser do mundo exterior, para qual estamos naturalmente orientados, transcende a consciência Transcendental Ser do mundo do interior, no seu sentido radical, para o qual nos devemos orientar e que é. Transcendente – é aquilo que ultrapassa a EXPERIÊNCIA (âmbito legítimo do nosso conhecimento) Transcendental – é o que se refere à aplicação dos elementos a priori aos dados da experiência (âmbito possível de nosso conhecimento legítimo) Referindo-se aquilo que justifica o conhecimento Transcendente Ser real (real), mundano ou natural Transcendental , O oposto ao primeiro Não É REAL Irreal Não é fictício Tem realidade particular Chamado de real (reel) – sentido diferente Etapas do método Mola propulsora do método fenomenológico husserliano, Redução que leva à pura transcendentalidade Há, em primeiro lugar, uma redução psicológica que está radicada na atitude natural que é aquela em que sempre me encontro. Nela, a realidade existe diante de mim, eu a admito tal como ela se me apresenta. (Husserl em Logsche Untersuchungen) mostra que a realidade da experiência do mundo não pode ser evidente lógica. Um objeto que fixo com o olhar possui uma multiplicidade de aspectos (Abschattungen) que, se não me fazem duvidar da existência do mundo, colocam em suspensão o juízo sobre a lógica de sua verdade. Ex.: a mesma mesa que encaro, de um ângulo, pode ser captada de inúmeras outras maneiras diferentes a depender do angulo A Redução às puras vivências, também chamado de mundo psicológico. Husserl chama de redução psicológica. Segundo passo A redução eidética consiste em captar nos fatos singulares o seu eidos. (ideias) compreensão da fenomenologia como ciência das essências é um dos pontos centrais do método fenomenológico Terceiro passo redução transcendental. Dirijo-me, nela, para mim mesmo e para a minha imanência e me torno, assim, uma realidade concreta mundana com meus atos de consciência. O eu se apresenta, agora, como transcendente e, por isso, ele fica também fora de circuito. E atinjo o eu transcendental fenomenológico, o campo da auto-experiência transcendental fenomenológica.(E.Husserl, Ideen zu einer reinen Phanomenologie, p. 62.) É do meu eu transcendental que o mundo objetivo haure todo o sentido e valor existencial. Atingi o eu verdadeiramente radical, só inteligível na sua expressão de ego cogito cogitatum .(E.Husserl, Ideen zu einer reinen Phanomenologie, p. 62.) Três outros princípios constituidores do método fenomenológico husserliano O primeiro é a noção de fluxo unificador da consciência. consciência como um fluxo contínuo, no qual há: Protensão: a consciência espera o futuro atenção : intui o presente retenção: recorda-se do passado A consciência é sempre consciência de alguma coisa plano da exterioridade do sujeito diante do objeto - transcendente O segundo mundo reduzido a puro conteúdo da consciência a consciência é intencional também quando reduzida ao sujeito transcendental. máximo de imanência no máximo de transcendência Terceiro questão da intersubjetividade Aproximação entre Heidegger e Husserl suspendamos qualquer referência à biografia preocupação estranha ao ambiente acadêmico extensão do projeto heideggeriano de fenomenologia, para o aproximarmos do projeto husserliano e, enfim, perguntar se há ou não compatibilidade entre as duas propostas Heidegger Recolocação da pergunta pelo sentido do ser Ao olhar de Heidegger – sofreu um processo de esquecimento e esvaziamento Tematizada num horizonte onto-teológico esquecimento do ser a não pensar radicalmente a diferença entre ser e ente e, principalmente,a não colocar em questão aquele que formula a questão do ser, o homem. O método fenomenológico da pesquisa a proposta de Heidegger é muito diferente da de Husserl. Heidegger diz que quer seguir o caminho das ontologias tradicionais Ele introduz a máxima husserliana, ao dizer que é a partir da necessidade real de determinadas questões e do modo de tratar exigidos pelas coisas em si mesmas que uma disciplina deve ser formada. perspectiva em que Husserl introduz a máxima é diferente da perspectiva heideggeriana o método a ser seguido é o fenomenológico, mas ele não pode ser nem um ponto de vista, nem uma direção, porque não se pode compreender nem uma coisa, nem outra como fenomenologia. "nosso ponto de partida está antes de todo ponto de vista, tanto no que diz respeito à toda região do que é dado na intuição, como no que é dado no pensamento de tudo aquilo que se pode ver e compreender imediatamente" Ele insiste em dizer que a fenomenologia é um conceito de método que "não caracteriza a qüididade real dos objetos, mas, sim, o seu como“ projeto heideggeriarto fenomenologia inaugural, exatamente no momento em que se propõe a ser uma outra fenomenologia. um princípio e não a um método fenomenológico sem a epoché fenomenológica e sem a redução transcendental fenomenológica. “a busca das coisas que se opõem às construções soltas no ar, às descobertas aparentemente verificadas". Objeção à fenomenologia “que a máxima é evidente por si mesma e que, além disso, exprime o principio de todo conhecimento científico. De fato, é uma ‘EVIDÊNCIA’ que queremos assumir mais de perto, na medida em que ela é importante para esclarecer o modo de proceder desse tratado” a objeção aqui levantada não chega a ser tão radical, na medida em que as aspas colocadas na palavra evidência, que é aqui o que se quer assumir mais de perto, indicam que Heidegger não está preocupado com a evidência criticada por adversários da fenomenologia que afirmavam que ela não faria outra coisa, senão perseguir o fim da ciência em geral. Trata-se, aqui, de uma evidência que permite ver o modo de proceder de Ser e tempo ciência dos fenômenos Ela é ciência dos fenômenos, não do ponto de vista temático, mas do ponto de vista metódico Da-sein‣ ser-aí. Ser no mundo. Retoma a noção de intencionalidade, o ser humano não é uma consciência separada do mundo. Ser é ‘estourar’, ‘eclodir’ no mundo, está em uma situação dada. A partir do ser-aí Heidegger. descreve o ser do homem. Existência: Quando o homem assume a tarefa de descobrir o sentido da existência, alcança a transcendência‣ descobre a temporalidade. Ao compreender seu ser, dá sentido ao passado e projeta o futuro, atinge um estado superior: Existenz: pura existência do Da-sein. Passagem com dificuldade, pois o homem da facticidade tende a recusar seu próprio ser. A angústia retira o homem do cotidiano e o reconduz ao encontro de si mesmo. Heidegger se recusa a ser enquadrado como existencialista. Analisa o problema do ser. Do sentido que imprime a ação, surge a autenticidade ou inautenticidade de sua vida. Homem autêntico: assume a tarefa de ser enquanto ser para morte. Destinoinexorável. ser-aí. Homem inautêntico: é o que se degrada vivendo com bases em normas e verdades, a despersonalização o faz cair no anonimato. Sem originalidade: mundo man (se) impessoal . Só tematiza a morte dos outros, se recusa a aceitar a própria finitude. Ontologia, fenomenologia e compreensão Compreensão e mundo Compreender e importar Importar, morrer, autenticidade Reflexões e projeções Sumário dos pontos-chave Ser e tempo começa com a “questão do ser”: a questão acerca do que significa para qualquer coisa ser. Os entes humanos ou Dasein têm uma compreensão do ser, e, portanto, o modo de começar a responder a questão do ser é “interrogar” o Dasein em seu modo de ser. As descrições mais básicas do modo pelo qual as coisas se manifestam para o Dasein envolvem seu estar situado dentro, ou orientado para, um mundo. Na cotidianidade, o Dasein compreende tanto a si mesmo como o que ele encontra, comumente, com relação às normas anônimas articuladas pelo que Heidegger chama das Man ou o “eles”. O Dasein é um ente para o qual o “ser é um tema”, e assim seu modo de ser é o cuidado, cujos três modos constitutivos são compreensão, Befindlichkeit e queda. A angústia revela ao Dasein que a morte é sua “possibilidade mais própria”. O Dasein pode ou bem escolher suas possibilidades à luz de sua própria mortalidade, e assim ser autêntico, ou bem fugir de sua mortalidade e permanecer inautêntico. .MsftOfcThm_Accent1_Fill { fill:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Stroke { stroke:#4472C4; }
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