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Redação para web aula 5

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REDAÇÃO PARA WEB 
AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Alexsandro Ribeiro 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Agora que você já aprendeu como é a estrutura do texto na web, a 
diferença em relação a outros veículos e a linguagem utilizada, vamos falar sobre 
as plataformas criadas para facilitar a publicação do conteúdo. 
Você saberá que há inúmeros serviços de armazenamento e 
hospedagem, garantindo agilidade, segurança e estabilidade. É fundamental que 
o jornalista conheça tais plataformas, uma vez que se apropriará delas ao longo 
da sua carreira no meio digital. Ou seja, não basta escrever e estruturar a 
reportagem, é preciso também pensar na sua publicação, na forma como o 
conteúdo entrará em contato com o público e, sobretudo, na repercussão. 
Isso mesmo! É uma preocupação cada vez maior do jornalista produzir 
um texto que tenha condições de obter uma boa performance nos sistemas de 
busca e de otimização de resultados. Afinal, pouco impacto terá um excelente 
texto que não alcança a leitura e os primeiros postos de buscas na internet. 
CONTEXTUALIZANDO 
Você já deve ter percebido, ao longo das aulas, que o webjornalismo só 
tende a crescer e se desenvolver, uma vez que as inovações no meio digital não 
param. Temos agora um jornalismo que nos desafia a todo o momento: ele é 
multimídia, colaborativo, personalizado e móvel. É preciso aperfeiçoar-se para 
escrever na web, pois esse meio exige, além de muita prática, estar antenado e 
atualizado com todas as mudanças que ocorrem todos os dias. 
São tantas inovações que escolhemos iniciar esta aula falando sobre os 
sistemas de publicação. Se hoje temos um grande banco de dados em rede, que 
facilita a busca por conteúdos, é necessário que haja uma estrutura que facilite 
a busca de conteúdos em diferentes plataformas e distintos ambientes. 
Ferramentas automatizadas de publicação fáceis de usar tornam a 
postagem de conteúdos breve, direta, rápida, sem a necessidade de 
conhecimentos técnicos. A partir daí, abordaremos ainda conteúdos que 
dialogam não apenas com a estrutura do texto, mas na relação entre a 
reportagem e o sistema de busca e perfis de público. 
Confira os conteúdos que encontraremos ao longo desta aula: 
• Sistemas de publicação; 
 
 
3 
• Jornalismo de dados; 
• Adaptação de textos para diferentes públicos; 
• Estratégias de personalização de conteúdos; 
• Gerenciamento de SEO e relevância de tags. 
TEMA 1 – SISTEMAS DE PUBLICAÇÃO 
Sistemas de publicação têm a ver com o processo de produção. Você 
perceberá, até o fim da nossa disciplina, que no meio on-line há uma série de 
sistemas que têm por finalidade administrar e gerenciar a informação. Essas 
plataformas foram criadas para facilitar a publicação do conteúdo, facilitando a 
veiculação e a distribuição das informações. Essas ferramentas denominam-se 
sistemas de publicação. 
Os sistemas de publicação estão relacionados ao processo de produção 
em ao menos três etapas: primeiro na composição do conteúdo, no momento em 
que auxilia na arquitetura da informação, permitindo uma série de ferramentas 
de estruturação; na edição com ferramentas interativas de correção e ajustes do 
texto; e, por fim, na publicação ou disponibilização do conteúdo, na medida em 
que oferece suportes de facilidade para analisar os conteúdos não apenas com 
uma visualização de edição, mas como uma prévia de publicação. Como destaca 
Schwingel (2005, p. 9), o sistema é composto por “ferramentas e subsistemas 
que possibilitam ações de composição, de edição e de disponibilização das 
informações para serem acessadas por outras pessoas”. 
Na metade dos anos 1990, as empresas desenvolveram ferramentas 
gratuitas voltadas à elaboração das páginas pessoais de seus usuários. O blog 
pode ser considerado o primeiro sistema a possibilitar a publicação de conteúdos 
amplamente difundidos na internet. Inicialmente, foi utilizado como diário 
pessoal, no entanto não tardou muito para ser usado também com intuitos 
exclusivamente jornalísticos. 
Atualmente, há inúmeros serviços de armazenamento e hospedagem, 
garantindo agilidade, segurança e estabilidade. Os sistemas de publicação 
passaram a ser ferramentas muito mais complexas do que os blogs, permitindo 
uma atualização dinâmica de conteúdo ao incorporar as características do 
jornalismo digital, tanto na concepção do site (na arquitetura da informação do 
produto) quanto na estrutura da notícia (na arquitetura da informação de cada 
 
 
4 
matéria). Quanto aos mecanismos de edição, um sistema pode conter 
ferramentas de interatividade, como fóruns, chats e mensagens instantâneas. 
Os sistemas de publicação podem ser considerados uma evolução no processo 
da digitalização das informações, inserido por vários autores, entre eles, Carla 
Schwingel (2005) e Machado (2003), como jornalismo digital de terceira geração. 
Na atualidade, encontramos debates teóricos de categorização do jornalismo na 
quinta geração, com vistas a seguir para uma sexta. 
A primeira foi a geração que tinha como base os outros meios tradicionais. 
Com a chegada do digital, ela fez a transposição de conteúdos dos demais 
meios, principalmente o jornalismo impresso, sendo que, nessa fase, não havia 
sistemas próprios de apuração. 
A segunda geração já evoluiu quando houve produção de conteúdos 
próprios, mas sem sistemas de apuração, produção e circulação de conteúdos 
adaptados às redes digitais. Por fim, há o webjornalismo de terceira geração, 
“quando todas as etapas do trabalho jornalístico são desenvolvidas no 
ciberespaço, com adoção de sistemas descentralizados de produção” (Machado, 
2003, p. 1). 
A terceira geração do jornalismo no meio digital começa a entender que 
as características do meio são fundamentais para a construção da narrativa e 
para o aprofundamento da informação (Barbosa, 2013, p. 35). Estamos falando 
do jornalismo a partir do conceito de hipermídia, que relaciona elementos 
multimídias com o hipertexto, o que amplifica o espaço da notícia e a capacidade 
de aprofundamento a partir das “pontes” que podemos encontrar entre os textos 
na rede. 
A quarta geração já em um novo milênio iniciado. É a que integra a web 
semântica, ou seja, a internet inteligente com capacidade de analisar bancos de 
dados, e de estabelecer associações das palavras-chave para além dos códigos 
digitados na área de metadados das páginas. Assim, as palavras, os 
documentos, as imagens e vários outros elementos das páginas são lidos a partir 
dos seus contextos e significados. Soma-se a esse momento o fortalecimento da 
figura do prosumer e a abertura de várias plataformas de gerenciamento de 
conteúdos. 
Se na primeira geração do jornalismo online reinava o “print first”, a quinta 
geração trará a notícia para a palma da mão dos usuários com a máxima “mobile 
 
 
5 
first”, ou seja, com aplicativos e ambientes para dispositivos móveis (Nunes, 
2016, p. 33). Com isso, também começamos a perceber a construção da notícia 
não apenas para aplicativos dos jornais, mas também para as redes sociais, com 
uma interação que ultrapassa a plataforma do veículo, não raras vezes 
estabelecendo um diálogo com outras mídias, com o que veremos de 
transmidialização. Soma-se a isso a absorção dos programas televisivos, a 
sinergia entre impressos e meio on-line a partir de tecnologia de Realidade 
Aumentada, dentre outros. Aqui, o que importa é a interface de leitura e consumo 
da informação, que se adequa cada vez mais às demandas dos leitores. 
TEMA 2 – JORNALISMO DE DADOS 
Uma das áreas do jornalismo digital que tem ampliado seu espaço ao 
longo dos últimos anos é o jornalismo de dados, narrativa que toma como central 
a condução da notícia a partir da análise e padrões de informações estruturadas 
em base de dados (Ribeiro et al., 2018). Grandes redações como Estadão1, 
Folha de S.Paulo, CNN Brasil, O Globo, dentre outras, criaram nos últimosanos 
núcleos de investigação com especialização em dados. Resultado desse 
crescimento do jornalismo de dados são os prêmios que foram surgindo para 
reconhecimento da prática da produção da notícia baseada em dados, como o 
Prêmio Cláudio Abramo de Jornalismo de Dados2 e o Prêmio Livre.jor3 de 
jornalismo de dados e transparência pública. 
Dito isso, é fundamental entender como surge o jornalismo de dados para 
pensarmos como ele se manifesta em termos de narrativa. Primeiro, dados e 
gráficos existem no jornalismo há centenas de anos. Ou seja, apenas usar dados 
e visualização não é o que determina a criação do jornalismo de dados. Existem 
ao menos três etapas que estruturam e justificam o nascimento desse tipo de 
narrativa jornalística. Uma é o jornalismo de precisão, inaugurado na década de 
1970 pelo jornalista Philip Meyer. O jornalismo de precisão é, em certa medida, 
uma resposta ao jornalismo declaratório, focado em organizar a narrativa pelo 
que as fontes declaram. Meyer propõe um jornalismo cuja metodologia de 
apuração é focada em processos científicos, como estatísticos, sociológicos etc. 
 
1 Disponível em: <https://twitter.com/estadaodados>. Acesso em: 5 mar. 2022. 
2 Disponível em: <https://premio.jornalismodedados.org >. Acesso em: 5 mar. 2022. 
3 Disponível em: <https://livre.jor.br/premiomosca/>. Acesso em: 5 mar. 2022. 
 
 
6 
Isso revoluciona a forma de produção da notícia, antes somente calcada em 
entrevistas (Meyer, 2002). Um segundo passo é o surgimento dos computadores 
nas redações a partir da década de 1990, que pressiona o surgimento da 
Reportagem Assistida por Computador (RAC). Aqui, temos a implantação da 
máquina e do sistema que aplicará a metodologia já preconizada por Meyer 
anteriormente (Ribeiro et al., 2018). 
Figura 6 – Etapas do jornalismo de dados 
 
Fonte: Oliveira; Ribeiro, 2021. 
O que precisa para fazer com que isso funcione são os dados, que 
encontram um terreno fértil na política de liberação de dados com a Lei de 
Acesso à Informação (LAI). Agora, temos metodologia, máquina para aplicar a 
metodologia e dados para alimentar o sistema (Ribeiro et al., 2018). O resultado 
é o jornalismo de dados, cuja forma de lidar com a notícia produz uma narrativa 
que não surge da história narrada pelas pessoas, mas sim do padrão de dados 
“narrado” pelas planilhas. O método do jornalismo de dados é composto por uma 
série de etapas. A primeira, após a pauta, é a definição das bases de dados, ou 
seja, é o processo de encontrar a origem dos dados que serão a sustentação da 
matéria. 
Depois disso, entra a fase de raspagem e limpeza dos dados, que é a 
retirada dos dados do local de origem para que o jornalista possa trabalhar em 
 
 
7 
programas que permitam o cruzamento das informações. Dois projetos 
excelentes para pensarmos em base de dados e acesso à informação é a 
newsletter Don’t LAI To Me4, especializada em solicitar dados de interesse 
público aos governos federal e estaduais, e em disponibilizá-los em formato de 
boletins e notícias para publicação. O segundo é o portal Brasil IO, que resulta 
do empenho e da dedicação de programadores e jornalistas que identificam 
bases de dados que estão públicas na internet, mas que não estão estruturadas. 
O coletivo retira os dados das bases, filtra e disponibiliza esses dados para que 
outros jornalistas possam produzir reportagens a partir das bases5. 
Depois da etapa de limpeza, surgem as análises e a percepção do padrão, 
ou da falta de padrão dos dados. É nesse momento que surgem as orientações 
para a matéria, como quais os especialistas podem ser ouvidos e quais os 
personagens que contribuirão para a matéria. O próximo passo é a visualização 
da matéria, que não se resume a infográficos, mas reúne a parte textual e o 
planejamento de arquitetura da informação. Uma reportagem que demonstra um 
extenso trabalho de compilação e cruzamento de dados é a matéria de O Globo 
sobre o clã Bolsonaro, em que é mapeado e identificado o rol de comissionados 
que foram contratados pelos gabinetes da família Bolsonaro6. Por fim, é a 
publicação, que pode seguir um plano de divulgação, em casos de série. 
TEMA 3 – ADAPTAÇÃO DO TEXTO PARA DIFERENTES PÚBLICOS 
Vimos em aulas anteriores que devemos nos preocupar sempre para 
quem estamos escrevendo os textos na web. O consumo de notícias do público-
alvo, seus hábitos e atitudes é que determinam como será o texto no meio digital. 
Compreender quem é aquele que irá “comprar” nosso produto é um dos 
primeiros passos para produzir conteúdo. 
Seja para a escrita de material de um blog, site ou rede social da empresa, 
utiliza-se como recurso a criação da persona. Este termo é usado para designar 
uma pessoa fictícia que criamos para representar os diferentes segmentos de 
clientes que queremos ter. Para criar uma persona, você pode dar a ela um 
 
4 Disponível em: <https://fiquemsabendo.com.br/transparencia/newsletter-dont-lai-to-me/>. 
Acesso em: 5 mar. 2022. 
5 Disponível em: <https://brasil.io/home/>. Acesso em: 5 mar. 2022. 
6 Disponível em: <https://oglobo.globo.com/brasil/em-28-anos-cla-bolsonaro-nomeou-102-
pessoas-com-lacos-familiares-23837445>. Acesso em: 5 mar. 2022. 
 
 
8 
nome, entender perfeitamente o segmento da população a que ela pertence e 
sintetizar o conhecimento em uma personalidade. Isso requer um processo de 
imersão que muitas vezes resulta em responder perguntas como: onde vive? 
Qual conteúdo consome? Por qual canal? Quais desafios ele enfrenta em sua 
vida diária? O que faz em seu tempo livre? Qual sua profissão? 
Com esse perfil traçado, você terá mais claro o que escrever para seu 
público-alvo, com grandes chances de haver uma conexão entre vocês. No 
jornalismo digital, se você não compreender seu público-alvo, você não será 
capaz de criar qualquer conteúdo para ele. Definir a persona é uma das 
estratégias mais bem-sucedidas de marketing de conteúdo, e somente se você 
fizer uma investigação completa do seu cliente e do seu mercado conseguirá 
atrair sua atenção. Para isso, é importante buscar elementos que ajudem a 
definir os contornos dessa persona e suas características, como local em que 
vive, o estado civil, suas atividades, a renda mensal, seus objetivos etc. Ao traçar 
o perfil da sua persona, você passa a saber qual é o modelo de público 
comprador para seu produto. Mesmo que seus clientes sejam de personalidades 
variadas, você criará um perfil mais próximo possível do seu potencial 
comprador. Sempre que escrever conteúdo para a web, estará pensando nessa 
persona. Com pesquisas e entrevistas com seu público, você poderá chegar 
mais perto da persona ideal. 
Outra estratégia de marketing utilizada para ganhar a audiência é o 
Inbound Marketing, ou marketing de atração. Essa estratégia é basicamente dar 
seu e-mail (ou outro contato) para sua marca. Mas a troco de quê? Ao dar seu 
e-mail, você está permitindo que aquela marca te envie conteúdos de seu 
interesse, iniciando um processo de comunicação com sua empresa. 
Funciona mais ou menos como um brinde. A isca pode ser um e-book, um 
conteúdo inédito ou qualquer outra recompensa valiosa. Essa estratégia de 
conteúdo valoriza o cliente ao entregar a ele um conteúdo informativo e de 
qualidade. As ações realizadas são no intuito de atrair o potencial cliente para 
seu blog ou site e, com base nessa atração, é feito todo um trabalho de 
relacionamento com essa pessoa. Esse relacionamento é desempenhado por 
meio de conteúdo personalizado e autoral. O conteúdo é uma forma de educar 
a audiência e potenciais clientes sobre o segmento de sua empresa. 
 
 
9 
TEMA 4 – ESTRATÉGIA DE PERSONALIZAÇÃO DE CONTEÚDO 
Imagine abrir um jornal on-line e só encontrar notícias do seu interesse. 
Imagine um meio de comunicação que sabe exatamente que tipo de informação 
você quer receber, além de saber o que você está fazendo e pensando. Ou, 
ainda, abrir o seu e-maile receber notícias e conteúdos que você autorizou 
receber? Isso não é mais futurístico, é a realidade em que vivemos. E é sobre 
isso que faremos aqui neste tema: a personalização de conteúdo. 
Como destaca Bozza (2018, p. 139), ao personalizar, muda-se também a 
lógica de organização dos conteúdos, reforçando alguns aspectos em detrimento 
a outros. Pode-se alterar, portanto, alguns elementos visuais ou de conteúdos 
para torná-los mais interativos ou do interesse de cada usuário. Além disso, a 
“arquitetura de informação dos sites dinâmicos tem base de dados e tabelas que 
facilitam o acesso à informação pela incorporação básica de conteúdos e pelo 
arquivamento em sua base” (Bozza, 2018, p. 140). Como forma de orientar a 
customização, o pesquisador ainda aponta alguns aspectos que são 
fundamentais para o jornalista, sendo eles: aprenda com cada movimento; não 
coloque resistência à personalização; não negligencie qualquer fonte de 
informação; permita que o usuário mostre seus erros; obtenha toda a informação 
possível sem aborrecimentos; enfatize a privacidade; atente-se à personalização 
na venda ao usuário; observe o que os usuários desaprovam ou aprovam; facilite 
a vida do usuário para que ele demonstre os gostos; não deixe o usuário 
esperando a resposta personalizada. 
Para Palacios (2002, p. 3), customização do conteúdo e personalização 
“consiste na opção oferecida ao usuário para configurar os produtos jornalísticos 
de acordo com os seus interesses individuais”. Fazer check-in nas páginas de 
Facebook; buscar temas de interesse no Google; curtir, comentar e compartilhar 
os posts das redes sociais. Ações assim, que fazemos no nosso dia a dia e com 
frequência, dão informações valiosas sobre nosso comportamento aos 
algoritmos. É possível ver um exemplo bem usual em sites de uma companhia 
aérea. Toda busca que você faz no site e as promoções nas quais clica dão 
informações a essa companhia aérea de quem é você. Todo o histórico fica 
armazenado em um banco de dados. Com base nisso, a empresa tem uma rica 
informação de todos seus clientes ou possíveis clientes e poderá oferecer 
 
 
10 
conteúdo personalizado. Sendo assim, ele será mais assertivo na comunicação 
com seu público. 
Temos, por exemplo, o Google Now, um assistente pessoal inteligente, 
que puxa os dados de serviços como Google Calendar e Gmail em um só lugar. 
O sistema sabe onde você mora, trabalha, para quais lugares viaja, além de 
saber detalhadamente do que você gosta e do que não gosta, como gostos 
musicais, que esporte pratica, que séries assiste no Netflix e que programas de 
TV mais te interessam. 
A personalização de conteúdos nos ensina que entregar conteúdo não é 
mais o suficiente, por isso que outros meios de comunicação estão perdendo 
audiência. A informação precisa chegar à pessoa certa, no tempo certo. E nada 
melhor do que o webjornalismo para conseguir tantas informações dos usuários. 
E não basta a informação estar na web. Um site precisa ser rápido, de fácil 
navegação, intuitivo, dedutivo; e precisa ser inteligente ao conseguir registrar 
todas as ações no internauta nele, como dados demográficos, localização e 
comportamento dos usuários. 
 A personalização de conteúdo web, para Ferrari (2006, p. 35), está 
relacionada com o sucesso e a sobrevivência de uma empresa na internet. 
Dessa forma, a customização começa a ser a preferência do usuário na rede, na 
medida em que alcança personalização e, consequentemente, a empresa, ao 
fornecer essa possibilidade, recebe “em troca o conhecimento do perfil do 
visitante e aumenta as chances de conquistar sua fidelidade”. Para Ferrari 
(2006), o uso da personalização tem como base três palavras: informação, 
individualidade e envolvimento. A informação individualizada chegará 
diretamente em seu público-alvo, que, por estar interessado naquele conteúdo, 
terá grandes chances de passar mais tempo envolvido naquele website. O 
resultado, além de facilitar a compra do produto ou serviço, levará ainda aquela 
página aos primeiros buscadores do Google, assunto do nosso próximo tema. 
Outra forma de adaptar textos para diferentes públicos é utilizar-se do 
jornalismo de dados que você aprendeu no tema anterior. Para Castilho (2005), 
as grandes empresas estão brigando para criar bancos de dados sobre hábitos 
de consumo das pessoas. Segundo ele, os programas que antecipam nossos 
comportamentos, com algoritmos capazes de aprender com nosso padrão de 
consumo, são os mesmos que em um futuro próximo podem atuar no jornalismo. 
 
 
11 
Castilho exemplifica o Google News, que permite montar um jornal 
personalizado para cada indivíduo, usando apenas processos eletrônicos. Isso 
ocorre por meio de softwares que varrem periodicamente mais de 4.500 jornais 
e revistas do mundo inteiro. Outro exemplo de Castilho é a Amazon, que 
consegue prever o tipo de livro que um cliente comprará tomando como base 
seus hábitos de consumo e dos formadores de opinião que ele consulta. 
O RSS, sigla de Really Simple Syndication, ou Distribuição Realmente 
Simples, é outra sistemática que contribui para a personalização de conteúdo. 
As informações de seu interesse chegam até você automaticamente, o tempo 
todo. Sempre que alguma coisa for adicionada a um site de sua preferência, o 
sistema RSS emite um alerta e traz até você o material recém-publicado. 
Isso faz com que você não precise entrar em todos os sites; as 
informações chegam até você. Procure na web páginas de seu interesse que 
contenham o ícone alaranjado padrão para os sites com RSS. Os sites com RSS 
também são conhecidos pela expressão feeds. Quando você acessa um leitor 
de RSS, ele fará toda a coleta de feeds para você automaticamente. 
De acordo com Palacios (2002, p. 6), “a personalização é altamente 
potencializada na web, mas já está presente em suportes anteriores, através da 
segmentação de audiência (públicos-alvo)”. Na web, muitos portais oferecem ao 
usuário a possibilidade de escolher quais os temas que mais lhe agradam, para 
posteriormente enviar a esse leitor notícias selecionadas. No portal UOL, você 
pode usar os recursos do RSS e escolher as editorias das quais quer receber 
notícias, assim como a preferência pelo time de futebol sobre o qual deseja estar 
atualizado. É só o usuário clicar nas suas preferências para obter somente as 
informações que lhe interessarem. 
Muito parecido com isso foi o que vimos com o Inbound Marketing. A partir 
do momento em que você passa o seu e-mail para baixar um e-book do seu 
interesse, o sistema automaticamente o cadastra e passa a enviar conteúdos por 
e-mail do tema relacionado ao e-book baixado. Com isso, finalizamos mais um 
tema da nossa aula e aprendemos, enfim, que a customização de conteúdo 
consiste na existência de produtos jornalísticos configurados de acordo com os 
interesses individuais do usuário. 
 
 
 
 
12 
Saiba mais 
Confira os tópicos “Armazenamento e Rastreamento de Informações” e 
“Customização de Conteúdo” no livro-base da disciplina, entre as páginas 137 a 
142: BOZZA, G. Redação ciberjornalística: teoria e prática na comunicação 
digital. Curitiba: InterSaberes, 2018. 
TEMA 5 – GERENCIAMENTO DE SEO E RELEVÂNCIA DE TAGS 
Nosso tema agora, para finalizar esta aula, é o gerenciamento de SEO — 
Search Engine Optimization — e a relevância de tags. Vamos aprender aqui que 
não basta seguir todas as regras e dicas que aprendemos ao longo desta aula 
se não soubermos usar as técnicas de SEO para jornalistas. É preciso dominar 
esta linguagem, que é invisível para o leitor, mas que o jornalista precisa saber 
quando estiver na fase de “arquitetar” a informação. Seguindo regras básicas, 
será possível garantir bons resultados, como muitos acessos ao seu site, 
aproximando o conteúdo do seu leitor. 
Para falar de SEO e relevância de tags, precisamos falar de palavras-
chave, ou seja, as palavras que resumem os temasprincipais de um texto. Por 
meio dessas palavras, as quais você irá definir com base no que o seu público-
alvo busca dentro do seu site, será possível dar início à escrita de seu texto. As 
palavras-chave são o segredo do bom desempenho de seu conteúdo on-line. 
Se você seguir as regras do texto na web que falamos até aqui 
(objetividade, concisão, textos adaptados e personalizados para o seu público-
alvo, junto ao SEO), isso fará com que seu texto seja encontrado com maior 
facilidade e considerado relevante. 
Nessa estratégia, ajuda muito saber quais são os termos mais buscados 
em pesquisas. Para isso, você pode utilizar o Google Trends7. Essa ferramenta 
do Google permite você saber gratuitamente o que tem sido pesquisado de 
acordo com a limitação que você dá. É possível escolher cinco palavras 
diferentes e delimitar a região (pode ser a cidade em que você mora, o país ou 
até uma pesquisa genérica “em todo o mundo”). O Google Trends fornecerá um 
gráfico com as palavras mais buscadas pelo usuário. Vale até comparar palavras 
com e sem acento, uma vez que nas buscas as pessoas costumam não acentuá-
 
7 Disponível em: <http://www.google.com/trends>. Acesso em: 5 mar. 2022. 
 
 
13 
las. Escolhida(s) a(s) palavra(s)-chave, você inicia seu texto, utilizando de 
preferência essas palavras-chaves no título, na URL (o endereço da publicação 
na internet, que é possível editar) e durante todo o texto, principalmente no lead, 
pelo menos uma vez a cada parágrafo. 
Essas regras não vão modificar sua maneira de contar histórias e seu jeito 
pessoal de escrever. A aplicação dessas técnicas só agrega valor ao conteúdo 
jornalístico. O que vai acontecer é que você precisará seguir algumas técnicas 
de SEO no jornalismo, que vamos listar a seguir, para otimizar suas publicações 
e para que elas sejam encontradas, principalmente nas buscas do Google. 
Com essas técnicas bem utilizadas, não será preciso realizar links 
patrocinados, e seu site ocupará posições de destaque nas páginas de respostas 
dos buscadores, aparecendo nas primeiras buscas do Google de forma orgânica 
— o que não envolve custos. Confira abaixo alguns pontos importantes para uma 
boa dinâmica de SEO na rede. 
• Pesquisa das palavras-chave: como dito anteriormente, é possível, pelo 
Google Trends, descobrir quais palavras seu leitor digita na busca do 
Google. Ao pesquisar palavras mais relevantes, mais buscadas, você 
inicia o trabalho de utilizar essas palavras em seus textos, sem exageros. 
Olhar o trabalho do concorrente e descobrir que palavras ele está 
utilizando também é importante. Isso será fundamental para que o SEO 
dê resultados que condizem ao seu conteúdo elaborado. 
• Facilite a visualização da sua página: outra técnica de SEO é que o site 
que você administra precisa ser prático e rápido. Precisa ter uma boa 
navegação. Sites lentos, em que se demora para abrir fotos e links, por 
exemplo, irão perder audiência. Por isso, use imagens compactas e 
palavras-chaves em negrito. 
• Faça posts com links internos: o Google entende que um site no qual o 
internauta passa bastante tempo é relevante. Por esse motivo, se você 
utilizar em seus posts links internos, de textos relacionados e relevantes, 
o Google te levará para as primeiras páginas de busca. Ao escolher o link 
interno, que normalmente é uma palavra ou expressão, dê preferência por 
palavras que façam parte das palavras-chaves que você escolheu, após 
a pesquisa do Google Trends. 
 
 
14 
• Divulgue o site nas redes sociais: uma grande oportunidade de divulgação 
é levar as pessoas das redes sociais para seu site. Toda vez que um post 
é atualizado em seu site, procure fazer um post na rede social com link 
para a matéria relacionada. Quanto mais pessoas curtirem, 
compartilharem e comentarem o post com a URL que leva para seu site, 
mais positivo será para conquistar as primeiras posições nos buscadores. 
E rede social não é só Facebook; invista no Instagram, Twitter e LinkedIn. 
Com todas essas dicas, você já deve ter percebido que não basta apenas 
pensar em escrever um bom texto para a web. Para diferenciar-se no mercado 
de trabalho, é preciso dominar as técnicas de SEO. Um bom texto direcionado 
para o público certo fará você diferenciar-se profissionalmente. Em um momento 
em que o jornalismo digital cresce, enquanto outros, como o jornalismo impresso, 
reduzem páginas ou até deixam de existir, migrando e apostando no digital, estar 
capacitado é fundamental. 
TROCANDO IDEIAS 
Conhecer o público e suas necessidades é fundamental para o trabalho 
do webjornalista. Contudo, um grande dilema para boa parte dos profissionais é 
a produção do texto com base no SEO e considerando o perfil do público-alvo. 
Ou seja, qual o limite do interesse público e do interesse do público. Leia o texto 
“SEO no jornalismo: questões éticas e a relação com o leitor” no portal 
Observatório da Imprensa (Disponível em: 
<http://www.observatoriodaimprensa.com.br/objethos/seo-no-jornalismo-
questoes-eticas-e-a-relacao-com-o-leitor/>) e debata com seus colegas a 
relação ética na produção jornalística usando técnicas de SEO. 
NA PRÁTICA 
Confira a matéria “Toca Raul: o que a música ‘Metamorfose Ambulante’ 
tem a nos ensinar sobre Marketing Digital” (Disponível em: 
<https://pt.linkedin.com/pulse/toca-raul-o-que-m%C3%BAsica-metamorfose-
ambulante-tem-ensinar-rezende>). Depois, responda às seguintes questões: 
1. Encontre na matéria acima quais foram as palavras-chave escolhidas pelo 
autor. 
 
 
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2. De que maneira a palavra-chave foi utilizada no texto como estratégia de 
SEO? 
3. Que recursos midiáticos a matéria disponibiliza para atrair o leitor? 
4. Se você tivesse que reescrever o título e o lead desse artigo, pensando 
nas dicas dadas, como faria nesse caso? 
FINALIZANDO 
Chegamos ao fim de nossa aula. Este percurso foi fundamental para 
compreender o que são os sistemas de publicação e por que eles fazem parte 
da terceira geração do webjornalismo. Aprendeu também sobre a adaptação de 
textos para diferentes públicos, em que é preciso traçar um perfil do seu público-
alvo para conversar o tempo todo com ele e nunca esquecer com quem você 
está falando e qual mensagem ele quer consumir. Outro tema importante desta 
aula foi o jornalismo baseado em dados, que pode ser definido como uma forma 
de utilizar a tecnologia digital para extrair informações de bases de dados. 
Pudemos compreender também por que a personalização de conteúdo é tão 
importante no meio on-line. Para finalizar, vimos, no Tema 5, o gerenciamento 
de SEO — Search Engine Optimization — e a relevância de tags, no qual 
verificamos formas de otimização para mecanismos de busca. 
 
 
 
16 
REFERÊNCIAS 
BARBOSA, S. Jornalismo convergente e continuum multimídia na quinta 
geração do jornalismo nas redes digitais. In: CANAVILHAS, J. (Org). Notícias e 
Mobilidade: O Jornalismo na Era dos Dispositivos Móveis. Covilhã, PT: Livros 
LabCOM, 2013. p. 33-54. 
BOZZA, G. Redação ciberjornalística: teoria e prática na comunicação digital. 
Curitiba: InterSaberes, 2018. 
CASTILHO, C. Webjornalismo: o que é notícia no mundo on-line. In: 
RODRIGUES, E. No próximo bloco...: o jornalismo brasileiro na TV e na 
internet. Rio de Janeiro: PUC-RJ; São Paulo: Loyola, 2005. 
FERRARI, P. Jornalismo digital. São Paulo: Contexto, 2003. 
MACHADO, E.; BORGES, C.; MIRANDA, M. Modelos de produção de 
conteúdos no jornalismo digital baiano. In: INTERCOM, 26., 2003, Belo 
Horizonte. 
MEYER, P. Precision journalism. Lanham: Rowman & Littlefield Publishers, 
2002. 
NUNES, A. C. B. Jornalismo digital de quinta geração: as publicações para 
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39, jul./dez. 2016. 
PALACIOS, M. Jornalismo online, informação e memória: apontamentos para 
debate. In: JORNADAS DE JORNALISMO ONLINE, 2002, Portugal. Disponível 
em: <http://www.facom.ufba.br/jol/pdf/2002_palacios_informacaomemoria.pdf>.Acesso em: 17 nov. 2017. 
RIBEIRO, A. et al. Jornalismo de dados: conceitos, rotas e estrutura produtiva. 
Curitiba: InterSaberes, 2018. 
SCHWINGEL, C. Sistemas de publicação de conteúdos no ciberjornalismo: 
delimitações teórico-conceituais. In: SEMINÁRIO AVANÇADO DE PESQUISA, 
2005, Salvador. Anais do Seminário Avançado de Pesquisa, 2005.

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