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A era digital chegou. Com ela, chegaram também várias tecnologias, desdobramentos, formas de vida digitais e interativas. Esse novo paradigma também mexe com o comportamento da sociedade em geral, e por isso, nesta disciplina, que possui uma abordagem atual, didática e aberta, vamos refletir sobre quem são os nativos digitais que estão em busca de inovação constante. Grande parte dos conteúdos abordados destina-se a auxiliar a produção do seu próprio conteúdo e está sujeita a alterações sem aviso prévio do mercado publicitário, audiovisual e digital, que podem acontecer nas horas, dias, meses ou anos subsequentes a este estudo. Esta aula, em especial, é mais fixa, pois trata-se de conhecer as gerações e como elas vivem e consomem produtos e conteúdo. Por esse motivo, este material de estudo é portador da base das teorias na área digital e de conteúdo, que auxiliará na busca constante por conhecimento e atualização. A partir daqui, das aulas e deste material, um novo mundo se descortina rumo aos alicerces de como funcionam as mídias on-line e como é possível produzir conteúdo de qualidade para elas. Mas, para isso, precisamos entender a época na qual vivemos, quem somos e o que queremos em termos de conteúdo. Entender as mudanças de consumo e de comportamento que a era digital nos proporcionou. Explicar como vivem e o que querem os nativos digitais. Compreender como essa nova geração compartilha informações. Em algum momento, varrendo a internet em busca de informações, você já deve ter se deparado com a expressão que dá nome a este tópico: Fiat Lux. Trata-se, na verdade, de um trecho de uma expressão bíblica que está em latim e pode ser encontrada no Gênesis 1:3, e sua tradução literal pode ser: “Faça-se luz” ou “Haja luz”. Mídia online e produção de conteúdo Aula 1: A era digital e a geração millennials Introdução Objetivos Conteúdo on-line Fiat Lux O trecho foi escolhido para abrir a nossa primeira aula porque essa expressão marca muito bem os inícios. Afinal, ele está no começo da Bíblia e é uma alegoria do começo do mundo. Para os estudos desta disciplina, Fiat Lux nos remete à chegada de uma era que veio para ficar: a era digital. Sem desmerecer todos os aparatos analógicos que nos auxiliaram muito bem até pouco tempo atrás, é inegável a revolução que o uso de computadores e da internet trouxe para todos os aspectos de nossa vida. A luz aqui se fez porque é como se, antes, vivêssemos em um tempo mais lento. A luz trouxe dinamicidade, clareza, acesso à informação e interação. Podemos determinar o início da era digital com o surgimento e a popularização dos computadores e da internet nas décadas de 1950 e 1960. A internet, como você já deve ter estudado em outro momento, foi criada e disseminada entre os militares norte-americanos como uma ferramenta para auxiliar na espionagem após a Segunda Guerra e na Guerra Fria. Em seguida, ela ficou restrita também aos ambientes das universidades para, posteriormente, alcançar o público em geral. Segundo Martino (2014), mesmo que a história da internet já esteja amplamente documentada mundo afora, não podemos esquecer que, por aqui, ela chegou tardiamente em relação aos países mais desenvolvidos. No Brasil, a rede começou a ganhar espaço no cotidiano por volta de 1994-1995. A partir daí, as tecnologias estão em um looping infinito de inovações até o presente momento. Não nos cabe, neste estudo, o relato histórico do desenvolvimento e da disseminação da internet no nosso dia a dia. Mais importante que isso, para esta disciplina, é tentarmos entender quais as implicações comportamentais e de consumo que a era digital trouxe, além de entender como essa nova geração tem consumido tanto informações quanto produtos. Assim, vamos conhecer um pouco dessa geração que tem recebido várias denominações pelos estudiosos. Nesta aula, vamos tratá-la como geração millennials ou geração Z. Figura 1.1 – Era digital Fonte: 123RF (2021). Para que você compreenda um pouco melhor sobre o tema desta aula, assista ao episódio 1 da temporada 3 da série “Black Mirror”. Outra sugestão é você assistir a série “Mr. Robot”. Você, certamente, em alguma leitura on-line, já deve ter ouvido falar dos millennials, certo? Para quem ainda não está familiarizado com o termo, trata-se da geração que nasceu entre Notas Millennials e as gerações http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/MLC092/aula1/img/01.z.jpg 1977-1997, junto com a transformação digital, e é conhecida também como Geração Y. Pode ser que você seja parte dessa geração. Os chamados millennials representam, hoje, uma grande fatia da população mundial economicamente ativa, portanto é uma fatia considerável e que não pode ser ignorada. Por isso, os pesquisadores das subáreas da comunicação estão de olho nesse público, principalmente porque os millennials estão ditando regras, atuando, consumindo, produzindo e replicando conteúdos, produtos e comportamentos e, assim, ditam novas formas de viver. A geração Y foi identificada e caracterizada pelo estudioso canadense Don Tapscott em seu livro “A hora da geração digital” (2010). Além dela, o autor caracterizou as gerações anteriores, entre elas: Segundo Tapscott (2010), para a geração Z, a tecnologia é como o ar, pois esses jovens já nasceram inseridos nesse contexto. É como se eles não soubessem ver e viver a vida sem tecnologia. Você já parou para pensar se conseguiria? Eu aposto que a resposta é não, certo? Nem poderia ser diferente, tendo em vista a praticidade que as tecnologias proporcionam para facilitar a comunicação e a interação em nossas vidas de diversas maneiras, em todos os aspectos. Essa geração é formada, geralmente, por nossos pais e/ou avós e são os filhos do pós-guerra. A nomenclatura vem justamente dessa explosão de natalidade que aconteceu nos Estados Unidos e no Canadá após a Segunda Guerra Mundial. Com o retorno dos combatentes para casa, o mundo vivia o restabelecimento da economia e da segurança, o que proporcionou o que eles chamaram de “boom” de nascimentos a partir de 1946. Essa geração pode ser considerada a geração da TV, pois a ascensão da televisão nos Estados Unidos e no mundo se deu a partir dessa época. Geração Baby Boomer (1946-1964) Após o Baby Boom, a taxa de natalidade caiu drasticamente nos Estados Unidos e Canadá, cerca de 15%. Porém, os membros da geração X são os mais bem instruídos da história, segundo Tapscott (2010). Eles são grandes comunicadores e cresceram em meio às mídias. Geração X ou Baby Bust (1965-1976) São as pessoas que nasceram na era de transformações mais profundas, com o advento da internet, e acompanharam sua popularização. Geração Y ou millenials (1977-1997) São os chamados nativos digitais, que já nasceram conectados e sabem manejar muito bem qualquer dispositivo eletrônico, de forma intuitiva. Geração Z ou geração internet (1997 até agora) Esses jovens, principalmente os millennials e a geração Z, estão mudando comportamentos e a forma de ver o mundo, reinventando como lidar com diversas situações do cotidiano, ditando novas regras e fazendo com que empresas e veículos de divulgação de conteúdo se reorganizem para atender a uma nova demanda criada por eles. Para atender a esse novo público, é preciso entendê-lo, não é mesmo? Por isso, é interessante saber de que forma os millennials consomem e o que fazer para capturar a atenção dos compradores. Mais preocupados em “ser” do que “ter”, os millennials são o pior pesadelo para o vendedor tradicional. Independentes, eles não se deixam levar em qualquer conversa e querem sempre qualidade. Eles não são influenciados pela propaganda, procuram por informações on-line do produto que eles têm interesse em comprar e leem blogs e reportagens até estarem munidos de dados suficientes para decidir pela compra de qualquer item. Fica cada vez mais difícil captar sua atenção, tendo em vista que essas gerações, tanto a millennial quanto a Z, são mais dispersas e demoram para focar sua atenção. “A Geração Internet usa a tecnologia digital de umamaneira muito diferente de como os baby boomer a usavam”, explica Tapscott (2010, p. 54). Com dispositivos on-line 100% do tempo na palma das mãos, não só os nativos digitais, mas todos os representantes de todas as gerações mencionadas, também estão conectados. Porém, os que possuem mais familiaridade com a tecnologia estão à frente das mudanças que estão acontecendo. Um bom exemplo é a forma interativa, rápida e prática como é possível se comunicar, rapidamente, com amigos e familiares por meio das redes sociais. Quando Mark Zuckerberg e seus amigos criaram o Facebook, em 2004, para se comunicarem com seus colegas da universidade, eles não poderiam imaginar a proporção global que a rede social tomaria nos dias de hoje. Quem não possui perfil cadastrado na rede é visto como excêntrico e acaba se privando de ter acesso a milhares de informações que a rede proporciona. Figura 1.2 – Geração millenials e a internet Fonte: 123RF (2021). Hoje, por exemplo, as pessoas não esperam uma oportunidade para se encontrarem para mostrar as fotos da última viagem. Em tempo real, no local do passeio, as pessoas já fazem check-in no local onde estão, publicam fotos, impressões e fazem vídeos. Ou seja, as redes sociais e a internet oferecem uma experiência imersiva na vida do outro. Não nos cabe aqui a discussão sobre os benefícios e malefícios desse novo tipo de comportamento, pois só estudaremos como a era digital favoreceu para que nos tornássemos notícia, produtores de nosso próprio conteúdo e também espectadores, em tempo real, da vida alheia e do mundo. Atenção! http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/MLC092/aula1/img/02.z.jpg A realização de várias tarefas também é uma característica dos nativos das novas gerações. Um baby boomer, por exemplo, quando assistia à televisão ou lia um jornal impresso, focava toda a sua atenção nessa ação. Já hoje, os jovens da geração Z raramente focam sua atenção por mais de 10 minutos em uma ação contínua. É possível vê-los com a TV ligada e com o smartphone na mão e estão, ao mesmo tempo, assistindo à TV, twittando sobre o programa que está passando, respondendo a várias conversas no WhatsApp e mandando e-mails, simultaneamente. A grande chave desta disciplina é entender como conseguir a atenção cada vez mais rara desses leitores em meio à dispersão em que eles se encontram. Como se destacar e produzir o conteúdo certeiro que vai despertar a atenção desse leitor? É o que procuraremos responder ao longo das próximas aulas da disciplina. No entanto, antes, precisamos saber um pouco mais sobre digitalização dos meios e dos comportamentos. Continue seus estudos! Vamos lá! Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Don Tapscott: Quatro princípios para o mundo aberto Exercícios de fixação Questão 1 - Segundo Martino (2014), mesmo que a história da internet já esteja amplamente documentada mundo afora, não podemos esquecer que, por aqui, ela chegou tardiamente em relação aos países mais desenvolvidos. Na sua opinião, qual(is) geração(ões) conseguiu(ram) acompanhar todo o procedimento da chegada da internet no Brasil: a) Geração Baby Boomer e X b) Geração X e Y c) Geração Y d) Geração Z e) Gerações Y e Z Nesta aula: Você aprendeu que um pesquisador canadense, Don Taspcott, categorizou em gerações as pessoas nascidas em determinado espaço de tempo. Para isso, ele também comparou o período de nascimento com as inovações midiáticas tecnológicas que estavam em voga na época. Vimos que, por meio do estudo das gerações, podemos identificar como cada tipo de leitor se comporta a consumir produtos, conteúdo e estilo de vida, de acordo com as possibilidades e vivências de sua geração. Na próxima aula: Questão 2 - Se você vai fazer uma estratégia de conteúdo para sua empresa, a qual geração pertence à parcela de público no qual você precisa focar seu plano de ação: a) Geração Z b) Geração X c) Gerações Baby Boomer e X d) Geração Y e) Geração Baby Boomer Questão 3 - Para essa geração, a tecnologia é como o ar, pois esses jovens já nasceram inseridos nesse contexto. Segundo Don Taspcott (2010), quem são os nativos digitais? a) Geração Y b) Geração X c) Geração Z d) Millenials e) Geração Baby Bust Questão 4 - Se você tivesse que preparar uma campanha sobre veganismo para pessoas que pertencem à geração Z, que tipo de plataforma você usaria para divulgá-la? a) Jornais. b) Televisão. c) Redes sociais. d) Site. e) Youtube. Síntese Próxima aula Convergência midiática. Inteligência coletiva. LÉVY, P. Cibercultura. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2000. MAGRINI, E. A internet das coisas. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2018. MARTINO, L. M. S. Teoria das Mídias Digitais: linguagens, ambientes e redes. Petrópolis: Vozes, 2014. MARTINS, C. Geração digital, geração net, millennials, geração Y: refletindo sobre a relação entre as juventudes e as tecnologias digitais. Diálogo, Canoas-RS, n. 29, ago. 2015. TAPSCOTT, D. A hora da geração digital. Rio de Janeiro: Agir Negócios, 2010. THOMPSON, D. Hit Makers: como nascem as tendências. Rio de Janeiro: Harper Collins, 2017. Referências O conceito do que é cyber vem da década de 1940. De 1948, para ser mais preciso. Hoje, o termo adequou-se à contemporaneidade para dar sentido a tudo que é virtual e ligado à tecnologia. Porém, quando lidamos com o termo cibercultura e outro um pouco mais específico, cultura da convergência, temos uma familiaridade entre os dois: a palavra cultura. Mas o que essa palavra está fazendo aqui em meio aos conceitos ligados à tecnologia? A cultura, nesse caso, representa tudo o que é do homem, enquanto o “ciber” ou convergência estão ligados a tudo que é da tecnologia. Mas em tempos de inovações tecnológicas que ocorrem em um piscar de olhos, a cultura e a cibernética andam juntas. A digitalização é responsável por mudanças culturais e comportamentais proporcionadas pela abrangência e pela interação no ciberespaço. Conhecer o que dizem as teorias sobre cibercultura e convergência midiática. Avaliar a abrangência do ciberespaço e como ele influencia em nossas relações e comportamento. Compreender que a convergência midiática não diz respeito somente a conexões de rede. A primeira grande preocupação de Pierre Lévy (2000) sobre a cibernética e sua intensa penetração no cotidiano dos jovens, principalmente, era a influência e a mudança de comportamento no que dizia respeito à educação. Para ele, o fato de estudantes passarem a usar as mídias digitais em um ambiente educacional poderia destruir a relação professor- aluno. Bem, Lévy tinha essas preocupações na década de 1980, quando a internet se popularizou. O que ele previa está acontecendo e nos cabe aqui uma reflexão: o fato de as mídias digitais estarem totalmente interligadas no cotidiano de todos, inclusive presentes no processo de ensino-aprendizagem, foi algo prejudicial? Mídia online e produção de conteúdo Aula 2: Cibercultura e convergência midiática Introdução Objetivos Cibercultura Na verdade, hoje as mídias possuem um papel importante na educação. Elas auxiliam em relação à memória, à compilação e ao armazenamento de dados, enquanto o professor passa a ser um mediador do conhecimento e ensina como o aluno deve buscar esses dados e de que forma usá-los em seu cotidiano. Esse é um bom exemplo de uma mudança que a cibercultura acarretou nas nossas vidas. Em busca de respostas para entender essa nova mudança de conceitos e formas de vida, Lévy publicou o livro Cibercultura (2000). O autor estuda todas as características culturais, relações sociais, artísticas, educacionais e éticas às quais estamos sujeitos nessa nova forma de nos relacionarmos e produzirmos, que estão ligadas por meio de uma rede no ciberespaço. Ele deu o nome cibercultura a toda essa relação interativa, tecnológica e cultural na qual estamos inserimos. O termo também remete ao nosso comportamento e ao fluxo de ideias que decorrem dessas interações culturais pormeio de plataformas digitais. Esse tipo de relação homem-cultura sempre aconteceu fora das redes virtuais, sem dúvida. Porém, o que ele quer mostrar é como essas relações e comportamentos se expandem e tomam novas formas quando há a interferência da conexão de rede da internet. Segundo ele, quanto mais extensão de redes, mais universal e menos totalizável ele se torna, ou seja, quanto mais o ciberespaço se expande, mais pessoas terão acesso umas às outras, à informação, à cultura, à educação etc. É como se fosse um universo expandido, que está sempre em movimento e nunca para de aumentar seu território. Um outro aspecto interessante que o autor nos traz é o conceito de inteligência coletiva, que veremos a seguir. Amplie seus horizontes sobre os temas desta aula assistindo ao filme “Ex_Machina: Instinto Artificial”, de 2014. Sugerimos também a leitura da seguinte referência: GIBSON, William. Neuromancer. São Paulo: Editora Aleph, 1991. Lévy (2003, p. 28) nos trouxe o conceito de inteligência coletiva. Já é possível divisarmos intuitivamente o que o termo significa, mas o autor esclarece que a inteligência coletiva é “[...] uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências”. Ou seja, ele quis dizer que cada indivíduo contribui com seus conhecimentos em prol da comunidade e, para isso, conta com o auxílio de aparatos tecnológicos para disseminar essas informações. Basicamente, cada pessoa, com seu saber e aprendizados individuais, faz com que todos tenham acesso ao seu conhecimento quando está em sociedade. Assim, todos que participam daquela interação adquirem aquele saber. A inteligência, portanto, não fica restrita a poucos, mas é possível a todos os indivíduos. Resumindo: se um sabe, todos sabem. Notas Inteligência coletiva Por essa razão, para o autor é importante o contexto em que o saber do indivíduo pode ser considerado valioso. Esse saber pode se tornar peça-chave para o desenvolvimento de um determinado grupo. A hiperconexão com o ciberespaço trouxe novas formas de comunicar, de aprender, de interagir e de produzir conteúdo. Assim, outro estudioso do mundo digital procura entender como funciona a convergência de mídias e como ela tem afetado nosso comportamento e nos tirado da zona de conforto de sermos meros leitores e nos trouxe para o holofote da criação de conteúdo. Trata-se de Henry Jenkins (2009), que estudaremos na sequência deste tópico. Figura 2.1 – Inteligência coletiva Fonte: 123RF (2021). Assista à entrevista de Pierre Lévy sobre Inteligência Artificial. Clique aqui [https://www.youtube.com/watch?v=796fI61AtlE] Quando lemos o conceito de convergência de mídias pela primeira vez, logo pensamos que se trata de um aspecto tecnológico de convergência, que envolve redes, fios e cabos. A tecnologia ajuda e faz conexão, mas, na verdade, faltam complementos aí. De acordo com Jenkins (2009), a convergência é um processo cultural que parte da mente dos indivíduos. Ele exemplifica dizendo que quando vemos uma pessoa na rua e a consideramos parecida com algum artista de TV, temos nessa ação um momento de convergência. Associamos a imagem do artista com a da pessoa e fazemos essa conexão em nossa mente. Com isso, ele quer dizer que a convergência não precisa, necessariamente, da tecnologia, mas é pela tecnologia que ela se materializa. Pessoas que não se conhecem, mas compartilham os mesmos conteúdos no ciberespaço e estão conectadas pelas mesmas referências, estão fazendo convergência midiática. Porém, a tecnologia serve como objeto-suporte, termo utilizado na teoria semiótica do texto por Jacques Fontanille (apud JENKINS, 2009) para explicar o meio ou o veículo em que o texto está inscrito. Ou seja, usamos as tecnologias dos dispositivos eletrônicos para tornar possíveis essas interações. Portanto, lembre-se de que a convergência midiática nada mais é que pessoas criando, interagindo, compartilhando informações e ideias. Jenkins (2009) também tem uma teoria que ele intitulou de “falácia da caixa preta”, que organiza tudo o que ele considera como aparatos tecnológicos que fazem parte do processo de comunicação. Quando escreveu o livro “Cultura da Convergência”, de 2009, ele dizia que vivemos rodeados de caixas pretas por todo lado (televisão, câmeras, telefones, Aprenda mais Convergência de mídias http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/MLC092/aula2/img/01.z.jpg https://www.youtube.com/watch?v=796fI61AtlE celulares, computadores, DVDs, Blu-rays etc). Para ele, no futuro, uma única caixa preta tomaria o lugar de todas as outras fazendo uma integração e uma superconvergência. Se pararmos para pensar, ele estava prevendo o smartphone e a nossa relação com ele nos dias de hoje. O smartphone agrega todas as tecnologias de todas as caixas pretas com as quais convivíamos anos atrás. Ele é praticamente a extensão do nosso braço. Amanhã, porém, pode ser outro dispositivo. Jenkins (2009) também fala sobre outros aspectos importantes, como cultura participativa e narrativa transmídia, que veremos na nossa próxima aula. Figura 2.2 - Convergência Fonte: Pixabay (2021). Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Exercícios de fixação Questão 1 - O universal não totalizante, a preocupação com a relação professor-aluno e a inteligência coletiva são estudos, termos e preocupações de qual estudioso? a) Henry Jenkins. b) Don Tapscott. c) Nancy Assad. d) Derek Thompson. e) Pierre Lévi. Questão 2 - O que Pierre Lévy quer dizer quando ele fala sobre o universal sem totalidade? a) O acesso às redes tornou-se algo totalitário. b) A facilidade das conexões de rede deixou a comunicação universal. c) O processo educacional no ciberespaço é universal, mas não tem totalidade. d) Quanto mais o ciberespaço se expande, mais pessoas terão acesso umas às outras. http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/MLC092/aula2/img/02.z.jpg Nesta aula: Vimos que cibercultura é um fenômeno que também remete ao nosso comportamento e ao fluxo de ideias que decorrem das interações culturais por meio de plataformas digitais. Você aprendeu que a convergência é um processo cultural que parte da mente dos indivíduos. Só depois ela interage com o meio e faz a conexão com as redes e as múltiplas plataformas. Nenhuma tecnologia tem sentido sem a interação com o homem. A inteligência coletiva é uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências. Na próxima aula: A cultura participativa. A narrativa transmidiática. As fans fictions. e) Quanto maior a totalidade, menor a universalidade. Questão 3 - Qual das opções abaixo você considera que não se encaixa na proposta de inteligência coletiva sistematizada por Pierre Lévy: a) Um curso livre. b) Uma aula na universidade. c) Leitura. d) Uma palestra. e) Publicação de texto em um blog. Questão 4 - A convergência midiática diz respeito a uma junção de mídias que se interligam tanto pela tecnologia quanto pela interação do homem com as mídias. Portanto, é correto afirmar que: a) A transmidiação permite que repliquemos o mesmo conteúdo em diversas mídias diferentes. b) A mídia deixa de ser de poucos e os usuários também se tornam produtores de conteúdo. c) A cultura da participação é o resultado da convergência midiática. d) A inteligência coletiva faz parte do processo de transmidiação. e) A narrativa transmidiática não reflete as premissas da cultura da convergência. Síntese Próxima aula JENKINS, H. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2006. LÉVY, P. Cibercultura. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2000. ______. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. 4. ed. São Paulo: Loyola, 2003. Referências A partir do momento em que os homens passaram a ter papéis ativos no ciberespaço e a interagir por meio das tecnologias digitais, diversos comportamentos que antes não eram possíveis começarama estar presentes no dia a dia das pessoas. Contar histórias, por exemplo, sempre fez parte de nossa existência e serviu como uma ferramenta para manter a identidade das pessoas. Porém, hoje, há novos recursos, estratégias e porquês de continuar contando histórias para entreter, marcar nossa passagem pelo mundo e também para vender. Uma dessas estratégias é a narrativa transmidiática, que nós vamos entender logo mais como funciona. Por meio dela, as narrativas estendem-se e desdobram-se em outras narrativas que dão continuidade ao universo ficcional. Outro desses novos comportamentos é o que Jenkins (2006) chama de cultura participativa. O anseio por participar interativamente de tudo permite que fãs interfiram nas narrativas existentes para se apoderarem delas, fazendo alterações que eles considerem pertinentes. Em muitos casos, os fãs construíram seu próprio universo narrativo, que começa como fanfic. Entender o conceito de narrativa transmidiática e aprender como aplicá-la no dia a dia. Abordar como as histórias ajudam a vender ideias e produtos. A hiperconectividade trouxe vários novos comportamentos. A partir deles, o homem ressignifica sua interação com a mídia digital e torna esse comportamento algo intrínseco à própria mídia. Por exemplo: vamos supor que você, juntamente com telespectadores do mundo todo, esteja assistindo ao Super Bowl. O evento tem conquistado cada vez mais os brasileiros, certo? Isso é um reflexo da convergência midiática, que permite o acesso a um esporte que Mídia online e produção de conteúdo Aula 3: Cultura participativa e narrativa transmidiática Introdução Objetivos Cultura participativa não faz parte da nossa cultura a um clique de distância, o que o torna integrante de nossa rotina de forma virtual. Pois bem, imagine que está em casa assistindo ao Super Bowl e decide abrir o Twitter. No aplicativo, usando a hashtag #SuperBowl, você consegue acessar todas as interações dos usuários até aquele momento. O que você faz? Lê os comentários, vê vídeos, memes, piadas, publica comentários sobre alguma jogada, interage com algum outro fã que fez um comentário, envia mensagens para os próprios jogadores, que têm perfil na rede social, “retweeta” comentários de outros usuários, entre outras ações. É possível que você fique indignado com alguma injustiça no jogo e acesse o Facebook para colocar o chamado “textão” para que a família e os amigos possam ter acesso à sua interação na outra rede. Por fim, é possível que você publique um story no Instagram, mostrando a TV ao fundo e em primeiro plano um balde de pipoca. Na imagem, você usa a hashtag #SuperBowlRocks. O comportamento que poderia vir dessa situação hipotética não é o de um mero receptor passivo de conteúdo, mas, sim, de alguém que interage com o texto, cria e recria conteúdos a partir de uma experiência com a mídia. Essa é a verdadeira ressignificação, que muda o consumo e a interação da mídia com o olhar do espectador. É um exemplo de convergência midiática em que o consumidor também atua como produtor de conteúdo. “Uma das premissas mais importantes do conceito de Cultura da Convergência diz respeito à possibilidade de cada indivíduo ser potencialmente um produtor de mensagens”. (MARTINO, 2014, p. 37) É o que chamamos de cultura participativa. O fã do conteúdo atua e interfere em sua estrutura para mostrar-se presente, como no exemplo do jogo. Além de exemplos de interferências em redes sociais, os fãs vão além. Eles têm contribuído para a manutenção e a extensão de inúmeras narrativas. É muito comum hoje que muitas pessoas participem de grupos chamados fans fictions (fãs de ficção). Nesses grupos, os fãs de narrativas costumam dar continuidade às histórias, recriando os cenários, os personagens e as situações de forma que as histórias se prolonguem e tenham continuidade. É como se eles não aceitassem o final da narrativa ou mesmo o destino dos personagens. Esses fãs são uma realidade apenas nos dias de hoje? Nem sempre. Muitos podem ter recriado narrativas no passado. O que muda hoje é que os fãs fazem uso de tecnologias e têm inúmeros meios para divulgar as continuações dessas histórias. Quando eles participam da narrativa, fazendo sua expansão, eles são responsáveis por novas possibilidades. De acordo com Jenkins (2006), é como se eles rejeitassem a ideia de uma versão definitiva produzida pela indústria. Para eles, todos podem e devem participar da narrativa. É como se fosse uma quebra de padrões dos grandes conglomerados cinematográficos. Além disso, eles tratam esse tipo de comportamento como um shareware, que significa que algo ganha valor quando é inserido em diversos contextos diferentes e agrega significados alternativos em diversas plataformas de mídia. Cooperar e participar faz parte do comportamento dessa geração e, com um smartphone nas mãos, essa interação fica muito mais fluida. E quando os fãs cooperam com a extensão da narrativa, eles estão fazendo uma narrativa transmídia. Figura 3.1 – Hiperconectividade e interação Fonte: 123RF (2021). O ato de dar sequência a histórias já existentes nos ambientes virtuais de produção e divulgação, como blogs, Youtube, redes sociais, entre outros, é produzir uma narrativa transmídia. Trata-se de complementos de narrativas espalhadas por diversas plataformas diferentes, cada uma de acordo com sua linguagem. Para que uma narrativa seja transmídia, ela tem que estar inserida em um universo, mas não pode ser um universo qualquer. Como deveria, então, ser um universo ideal para que a narrativa ganhe expansões? O responsável pela criação do universo deve pensar em uma história que tenha um cenário amplo, fantástico, diferente de tudo o que já existe e que tenha apelo emocional, estético, organizacional e lúdico. Pode parecer muita informação, mas a partir do momento em que o universo é criado e ele ganha aderência do público, não será preciso fazer mais nada. A comunidade de fãs é responsável por dar as continuações por conta própria e divulgá-las em suas redes sociais. O sucesso dessas narrativas depende do público. Portanto, criar um universo que dê ao público uma história consistente para que ele se sinta engajado é o papel do contador de histórias contemporâneo, que está nas produções de cinema, TV, nas agências de publicidade, entre outros lugares. Para que você entenda um pouco mais sobre os assuntos tratados nesta aula por uma perspectiva lúdica, indicamos que assista a série Lost e a trilogia Matrix. Indicamos também a leitura da obra “Cultura da participação”, de Clay Shirky, de 2011, publicado pela editora Zahar. Com a digitalização, as narrativas encontraram uma forma de se espalhar, se expressar e se difundir. Onde tiver um fã, a narrativa se propaga. Narrativa transmidiática Notas A Bíblia transmídia http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/MLC092/aula3/img/01.z.jpg Os novos meios digitais possuem algumas características que permitem que essas narrativas sejam produzidas e acessadas por meio de representação numérica (algoritmos), modularidade (código digital), automação (junção de codificações numéricas, por exemplo, motores de busca), variabilidade (conteúdos flexíveis) e transcodificação (cultura versus computação). Estamos lidando com variáveis que dependem muito do fator numérico para a divulgação dessas narrativas. Hoje é muito mais fácil mensurar o alcance delas. Essas variáveis numéricas auxiliam, também, no processo de construção da estratégia e do planejamento da narrativa transmídia, que estudiosos chamam de Bíblia transmídia. Estamos falando de um documento básico de pré-produção de planejamento e criação da história que guia todo o desenrolar da narrativa. Quanto mais detalhes esse documento tiver, mais bem-sucedida será a história. A Bíblia possui cinco etapas que devem ser seguidas para uma boa estratégia. São elas: Se você usar e abusar dessas etapas e, junto a elas, usar os conceitos e a estrutura narrativa para criar a história, tenho certeza que você terá sucesso em sua estratégia. Atenção!Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Foco na descrição da história, engajamento e experiência. Treatment Descrever como vai ser o funcionamento real da parte técnica da narrativa. Functional specification Visão geral dos elementos visuais, verbais e sonoros do projeto. Design specification Planejamento detalhado das especificações tecnológicas. Technology specification Aspectos econômicos, jurídicos e de divulgação do conteúdo. Business e marketing Exercícios de fixação Questão 1: “Uma das premissas mais importantes do conceito de Cultura da Convergência diz respeito à possibilidade de cada indivíduo ser potencialmente um produtor de mensagens” (MARTINO, 2014, p. 37). Com base nessa afirmação, a que aspecto da convergência ele está se referindo: a) Convergência midiática b) Cultura participativa c) Inteligência coletiva d) Cibercultura e) Branded Content Questão 2: Com base nos estudos sobre cultura da convergência e cultura participativa, assinale qual a alternativa que mais se encaixa em seus aspectos teóricos. a) A cultura da participação tem a ver com a inserção de novos modelos de comunicação com base em pesquisas com usuários. b) O modelo previsto de comunicação mediada pela convergência midiática inclui apenas a caixa preta. c) Inteligência coletiva foi uma expressão cunhada por Henry Jenkins para designar o consumo coletivo como fonte alternativa de poder midiático. d) A cultura participativa parte do princípio de que os fãs interagem com a narrativa e expande sua história em diversas plataformas de mídia. e) A falácia da caixa preta é uma especulação que trata do fim das tecnologias digitais. Questão 3: Para os fanfics, algo ganha valor quando é inserido em diversos contextos diferentes e agrega significados alternativos em diversas plataformas de mídia. Nesse caso, estamos falando de: a) shareware b) convergência c) transmidiação d) storytelling e) treatment Questão 4: Os novos meios digitais possuem algumas características que permitem que as narrativas transmidiáticas sejam produzidas e veiculadas de forma mais assertiva. De acordo com a Bíblia Transmídia, o que significa a etapa treatment: a) Descrever como será o funcionamento real da parte técnica da narrativa. b) Aspectos econômicos, jurídicos e de divulgação do conteúdo. Nesta aula: Vimos que a hiperconectividade trouxe vários novos comportamentos. A partir deles, o homem ressignifica sua interação com a mídia digital e torna esse comportamento algo intrínseco à própria mídia. Uma das premissas mais importantes do conceito de cultura da convergência diz respeito à possibilidade de cada indivíduo ser potencialmente um produtor de mensagens. A narrativa transmídia é uma forma de expandir uma narrativa por meio de outras plataformas de mídia. O processo começou pela cultura participativa, mas, hoje, as empresas já entenderam o potencial da estratégia e estão aplicando-a para a gestão de marcas. Na próxima aula: Branding. Branded Content. Brand Persona. JENKINS, H. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2006. MARTINO, L. M. S. Teoria das Mídias Digitais: linguagens, ambientes e redes. Petrópolis: Vozes, 2014. MITTERMEYER, T. Narrativa transmídia: uma releitura conceitual. [recurso eletrônico]. [S.l.]: Editora Codes, s.d. c) Focar na descrição da história, no engajamento e na experiência. d) Visão geral dos elementos visuais, verbais e sonoros do projeto. e) Planejamento detalhado das especificações tecnológicas Síntese Próxima aula Referências Além de entender quem são os novos leitores e reprodutores de conteúdo e quais os aspectos fundamentais da relação homem-tecnologia, vamos a partir de agora aprender como pôr em prática a produção de conteúdo. Vamos nos concentrar em aspectos mais específicos de quem trabalha com conteúdo. Vamos começar entendendo o que é branding e como é importante começar a estratégia de conteúdo de uma empresa cuidando de sua marca. Começa a ficar claro que a criação de conteúdo é parte fundamental para estabelecer diálogos com o público consumidor, mas não apenas para isso. Esses diálogos precisam mudar a relação entre cliente-empresa e criar um elo de confiança e admiração para que o público se torne fiel à marca. Quando os clientes se identificam com a mensagem da marca, propagada por suas mídias digitais, eles ficam mais engajados. Explicar o que é branding e a sua importância para a longevidade da marca. Compreender como o conteúdo está diretamente ligado ao sucesso da marca. Mostrar estratégias para tornar a marca conhecida. Para que uma marca seja bem-sucedida e se destaque em um mercado ávido por atenção, ela precisa ter estratégia, administração e gerência que a tornem uma marca memorável. Mas como gerar valor a uma marca? Segundo Martins (2006), não são só os atributos simbolizados em um logotipo que geram valor, mas sim um sistema integrado que promete e entrega soluções que as pessoas desejam. O autor explica que branding é conjunto de ações ligadas à administração das marcas que, quando tomadas com conhecimento e competência, levam as marcas além da sua natureza econômica, passando a fazer parte da cultura, e influenciar a vida das pessoas. É preciso, hoje, lançar mão de estratégias cada vez mais pontuais e bem trabalhadas para atender esse novo público que decide o que comprar e quem seguir de forma Mídia online e produção de conteúdo Aula 4: Gestão de marcas e Branded Content Introdução Objetivos Branding : gestão de marcas independente. Fazer comunicação da forma tradicional já não funciona mais. É preciso inovar e falar a língua do consumidor. A empresa que não escuta seu consumidor não consegue se comunicar com ele. Por isso, criar canais de comunicação e atender as pessoas por esses meios é uma medida bastante eficaz para melhorar a interação com os clientes. A comunicação tem um importante papel na propagação da mensagem da marca, uma vez que o acesso à informação ficou muito simples após a chegada de novas mídias, entre elas as mídias sociais digitais. A marca da empresa, porém, é um sistema integrado, ela não está sozinha. Por isso, as estratégias para elevá-la devem ser tratadas e pensadas como um todo. Sua gestão deve ser completa e estar em uma estratégia de marketing como um todo, e não somente sua parte estética. Se a estratégia de marketing engloba todas as fases do branding, as ações são muito mais eficazes, resultando em uma marca forte. É importante destacar que a gestão da marca não precisa estar só sob responsabilidade do departamento de marketing, mas, sim, da empresa como um todo. E, para isso, investir em conteúdo de qualidade voltado para o público-alvo é fundamental. Em tradução literal, Branded Content significa “conteúdo de marca”. Ou seja, é uma estratégia de criação de conteúdo que foca suas produções no universo da marca. Dessa forma, ela consegue produzir materiais de qualidade, que trazem relevância para o consumidor. Assim, a maneira de trabalhar a divulgação da marca muda de status. Em vez de ser associada aos anúncios publicitários, que são facilmente esquecidos, a marca alcança outro patamar na vida do cliente. Ele passa a enxergá-la como um veículo de informação e, em alguns casos, de entretenimento. Trata-se de uma mudança positiva, pois a marca eleva seu valor para o público. Além disso, é fácil trabalhar com essa estratégia porque ela pode envolver informação e entretenimento, em conjunção com a linguagem publicitária, para produzir conteúdos que atendam vários canais de divulgação e formatos diferentes. Assista à campanha da lavadora Samsung no Youtube, “Histórias reais do primeiro encontro”, como exemplo de branded content. Clique aqui [https://www.youtube.com/watch?v=T9PQ997ciAI] Não há fórmulas mágicas secretas nem campeãs que garantam o sucesso da sua estratégia. Mesmo porque, se houvesse uma fórmula, todos estariam fazendo uso dela e colhendo os mesmos resultados. Porém, há alguns fatores que devemos levar em consideração, pois podem contribuir para quesuas estratégias sejam realizadas com sucesso. Branded Content Aprenda mais Produção de conteúdo de marca https://www.youtube.com/watch?v=T9PQ997ciAI No marketing digital, as estratégias precisam ser desenvolvidas e aplicadas o mais rápido possível, pois há pouco tempo para planejar. O público é muito disperso, e se sua empresa demorar para bolar uma ação, a atenção do consumidor já pode estar em outro lugar. Porém, o monitoramento é bem eficaz e ajuda a acompanhar a ação. Com ele, é possível manter o conteúdo ativo para gerar interesse e engajamento por mais tempo. Uma boa dica é produzir conteúdos que gerem surpresas e que quebrem expectativas para instigar o interesse. Por exemplo, uma empresa séria produzir conteúdos de humor. O conteúdo precisa ter relevância, ou seja, ser de interesse do público, algo que o consumidor busque ou queira consumir. A sua divulgação será feita, basicamente, por meio das mídias sociais, por isso criar estratégias de compartilhamento ajuda o conteúdo a ser disseminado mais rapidamente. Vale ressaltar que o Branded Content não é o mesmo que marketing de conteúdo, que veremos mais adiante. O Branded Content foca suas estratégias na divulgação da marca e em seu posicionamento perante o consumidor. O Marketing de Conteúdo, por sua vez, auxilia nesse processo, mas ele atua em outros setores, não só com a marca. Por exemplo, ele ajuda a engajar audiência, desenvolve novas ideias, educa os consumidores sobre um produto ou uma empresa, busca e gera novos leads, foca em vendas etc. Figura 4.1 – Monitoramento das ações de marketing Fonte: 123RF (2021). Para criar as estratégias, você precisa saber quem é sua Brand Persona, ou seja, a personagem que representa os valores da marca, que possui personalidade e torna a interação com o público mais dinâmica. Ela deve ser montada como se fosse uma pessoa real, pois trata-se do alter ego da marca. Com ela é possível determinar o tom e a linguagem a ser trabalhada nas redes sociais. A empresa também cria uma linguagem mais próxima do seu público e assim consegue atingir seus objetivos em relação à produção de conteúdo para a persona. Para construir essa persona, é preciso fazer um estudo da empresa em relação a valores, história e metas. Após entender a identidade da marca, defina a linguagem a ser adotada nas redes sociais. Por exemplo: ousadia, humor, seriedade, confiança, inovação e tecnologia. Clique aqui para ler o artigo “Brand Persona e Byer Persona: quais as principais diferenças e importância para o seu negócio” e assim ter um maior entendimento do conteúdo visto nesta aula. Clique aqui [http://room33.com.br/blog/2018/06/14/brand-persona-e-buyer- persona-qual-a-diferenca/] Brand Persona Aprenda mais http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/MLC092/aula4/img/01.z.jpg http://room33.com.br/blog/2018/06/14/brand-persona-e-buyer-persona-qual-a-diferenca/ Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Exercícios de fixação Questão 1: Quando falamos em estratégia de criação de conteúdo que foca suas produções no universo da marca, estamos falando de: a) Brand Persona b) Branding c) Cultura participativa d) Storytelling e) Branded Content Questão 2: Quais os ingredientes fundamentais que tornam a estratégia do Branded Content eficaz? a) Divulgação e identidade. b) Informação e entretenimento. c) Conteúdo e design. d) Informação e identidade. e) Conteúdo e entretenimento. Questão 3: Por que marketing de conteúdo não pode ser considerado o mesmo que Branded Content? a) Porque o marketing de conteúdo auxilia na divulgação da marca, mas ele atua também em outros setores. b) Porque ele cuida somente do monitoramento das estratégias de Branded Content. c) Porque o Branded Content só faz a divulgação da marca, sem a ajuda do marketing de conteúdo. d) Porque o marketing de conteúdo não auxilia no processo de criação. e) Porque o Branded Content não possui estratégia de monitoramento. Questão 4: Para que serve uma Brand Persona? http://room33.com.br/blog/2018/06/14/brand-persona-e-buyer-persona-qual-a-diferenca/ Nesta aula: Vimos que branding é o conjunto de ações ligadas à administração das marcas. São ações que, quando tomadas com conhecimento e competência, levam as marcas além da sua natureza econômica, passando a fazer parte da cultura e a influenciar a vida das pessoas. A marca da empresa, porém, é um sistema integrado, ela não está sozinha. Por isso, as estratégias para elevá-la devem ser tratadas e pensadas como um todo. Sua gestão deve ser completa e estar em uma estratégia de marketing ampla, e não somente que vise sua parte estética. Se a estratégia do marketing engloba todas as fases do branding, as ações são muito mais eficazes, resultando em uma marca forte. Branded Content significa conteúdo de marca, ou seja, é uma estratégia de criação de conteúdo que foca suas produções no universo da marca. Dessa forma, ela consegue produzir materiais de qualidade, que podem trazer relevância para o consumidor da marca. Na próxima aula: A pesquisa. A produção de conteúdo. O público-alvo. ALVES, Maria Nogueira; ANTONIUTTI, Cleide L.; FONTOURA, Marta. Mídias e Produção Audiovisual: uma introdução. Curitiba: Intersaberes, 2012. ASSAD, Nancy. Marketing de Conteúdo: como fazer sua empresa decolar no meio digital. São Paulo: Editora Atlas, 2016. MARTINS, José Roberto. Branding: um manual para você criar, gerenciar e avaliar marcas. [S.l.]: Global Brands, 2006. a) Para ajudar na divulgação da marca. b) Para ser um suporte para criação de conteúdo. c) Para tomar o papel da byer persona. d) Para ser um alter ego da marca e representar seus valores e sua conduta. e) Para ajudar na criação de estratégias de marketing de conteúdo. Síntese Próxima aula Referências Produzir conteúdo pode parecer algo que conta apenas com a capacidade criativa do produtor, algo simples, que aprendemos na escola desde a educação básica. Mesmo que saber escrever seja primordial para nossa comunicação em sociedade, nem sempre conseguimos, por meio da escrita, produzir conteúdos para diversas plataformas diferentes. Sempre há dúvida se aprendemos a fazer um texto que informe, entretenha e convença alguém ao mesmo tempo. Para dar vida a esse tipo de texto, é preciso investir mais tempo em estudo, pesquisa e saber como desenvolver o conteúdo perfeito para cada plataforma de mídia. Afinal, cada uma delas requer um tipo diferente de conteúdo. Vamos ver como é possível produzir conteúdos por meio de pesquisa aprimorada e quais estratégias realmente funcionam. É importante não ignorar o momento da pesquisa, pois ela é extremamente importante para que você desenvolva um conteúdo com qualidade. Avaliar como pesquisar antes de produzir conteúdo. Entender que é preciso ter muitas referências para preparar um conteúdo de qualidade. Fazer pesquisas certeiras para não errar no contéudo produzido. Para produzir qualquer tipo de conteúdo que será lido, apreciado, irá gerar engajamento, passar instruções ou informações, divertir, ensinar ou mesmo gerar vendas é preciso, primeiramente, saber em que suporte ele será publicado. Ele pode ser produzido para jornal, rádio, TV, redes sociais, sites, blogs, vídeos, entre outros. Após essa primeira decisão, é preciso começar a estruturar sua área temática, ou seja, se o veículo será segmentado ou não. Se o veículo for segmentado, é mais fácil pesquisar para a produção do conteúdo, pois vamos centralizar determinado tema. O redator precisa ser curioso. Desenvolver a curiosidade é um aspecto fundamental para aguçar a criatividade e pensar em pautas relevantes e envolventes, que irão captar a Mídia online e produção de conteúdo Aula 5: Pesquisa e produção de conteúdo Introdução Objetivos Pesquisar para produzir atenção do receptor. No processo do pré-produção do conteúdo, é preciso responder aos seguintes questionamentos: Por que esse assunto é importante? O meu público vai se interessar por esse assunto? Por que estão todos comentando sobre esse assunto? -se for uma pauta sobre algum acontecimento, o que também chamamos sazonal. Eu deveria falar sobre esse assunto? Se as respostas forem positivas, é hora de começar a pesquisar para a criação desse conteúdo. A seguir, temos algumas dicas de como desenvolver uma pesquisa bem-sucedida: 1 – Pesquise primeiro dentro de você. Isso mesmo. As suas referências são importantes e devem ser consideradas. Experiências, vivências, leituras e aprendizados são sempre bem- vindos e será a partir deles que surgirão excelentes ideias. 2 – Pesquise em livros físicos, livros digitais, plataformas digitais de aprendizagem, e-books, entre outros meios. Não confie apenas em pesquisas de sites e blogs, a leitura constante e o bom e velho livro ainda são fontes inesgotáveis de conhecimento e são essas ferramentas que auxiliam o produtor de conteúdo. 3 – Pesquise em sites de referência e confiáveis do mesmo segmento que o do seu conteúdo. Para saber se o site é de confiança, veja como ele está localizado no Google, veja quantas pessoas o conhecem e confiam em seu conteúdo, veja quantas vezes ele é citado, procure por palavras específicas e verifique se elas aparecem nesse local. 4 – Pesquise em sites internacionais confiáveis de universidades, revistas científicas ou revistas de grande circulação. 5 – Pesquise na concorrência para ver como ela está lidando com o assunto. Sempre tenha a concorrência como referência, pois você não vai querer ficar para trás. Acompanhe de perto cada ação do concorrente, pois ele será um dos seus maiores termômetros do mercado. Porém, faça sempre uma abordagem melhor e mais completa que a dele. 6 – Monte uma pauta com todas as palavras relacionadas ao tema que você quer tratar. Assim fica mais fácil fazer a pesquisa. Anote tudo, não jogue nada fora, pois grandes ideias surgem desses rascunhos. Como pesquisar? Figura 5.1 – Processo de pesquisa Fonte: 123RF (2021). O site da www.harvard.edu [https://www.harvard.edu] é uma ótima referência para fazer pesquisas. Para desenvolver uma comunicação assertiva, é preciso saber quem é seu público-alvo. Para descobrir, conhecer e entender esse público, é importante que você: participe de grupos e fóruns em redes sociais; acompanhe a concorrência; entreviste pessoas na rua, converse, pesquise, interaja; analise publicações que tiveram melhor desempenho; crie personas para direcionar o conteúdo para elas. Personas são personagens semifictícios criados com base em pessoas da vida real, as quais representam a sua audiência. Por exemplo, se você vai produzir textos para uma empresa educacional que visa direcionar o seu conteúdo para os docentes do ensino médio, a ideia é criar a persona do seu possível leitor. Atenção! Quem é o seu público? Como criar personas? http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/MLC092/aula5/img/01.z.jpg https://www.harvard.edu/ Antes de criá-la, é importante entender que ela é uma fatia do seu público-alvo, portanto, ela pode ser extraída desse público. Entenda: Público-alvo: mulheres de 30 a 55 anos, professoras que moram no Estado de São Paulo. Persona: Ana Maria, 48 anos, professora de Matemática de uma escola particular de Ribeirão Preto – SP. Ela costuma usar redes sociais como Facebook e Instagram, lê notícias em portais educacionais, na revista Nova Escola, UOL e Folha de São Paulo. Está fazendo mestrado em Álgebra, gosta de música gospel, é casada, tem três filhos. Entendeu a diferença entre público-alvo e persona? Um é mais abrangente, enquanto o outro é mais específico. Assim fica mais fácil criar conteúdos quando você sabe quem estará lendo. É possível criar personas de duas formas: pela investigação orgânica, ou seja, pelas entrevistas, conversas, levantamentos que você fará com as dicas que foram lançadas no primeiro tópico desta aula, ou usando aplicativos que se encontram on-line. Basta inserir alguns dados solicitados pelo aplicativo escolhido e ele mesmo monta a persona automaticamente para você. Acesse o link e aprenda a gerar personas de forma automática. Clique aqui [https://geradordepersonas.com.br/] Hoje ficou muito mais fácil saber o que o público quer ler. Por meio de ferramentas que auxiliam nessa leitura, conseguimos alcançar os consumidores pelo monitoramento das palavras-chaves que eles usam para buscar conteúdo na internet. Quando cadastramos um texto em um blog, por exemplo, é preciso utilizar as palavras- chave do texto para que, por meio das ferramentas de SEO (Search Engine Optimization), o leitor consiga localizar seu conteúdo facilmente quando ele fizer uma pesquisa no Google. Portanto, antes de criar o seu conteúdo, faça uma pesquisa também das palavras-chave que você quer utilizar para ver se elas estão sendo procuradas on-line. Para pesquisar as palavras-chaves, há ferramentas gratuitas no Google e alguns sites específicos, como o SemRusch. Há dois tipos de palavras-chaves que você deve pesquisar que, na linguagem digital, chamamos de head tail e long tail. Abaixo saiba o que elas significam: Aprenda mais O que o seu público quer? É uma palavra-chave que tem conteúdo mais abrangente e não sabemos ao certo o que o internauta está buscando. Por exemplo, se ele digita “marketing”, que é um termo muito Head tail https://geradordepersonas.com.br/ Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online abrangente, não sabemos se ele quer saber sobre o que é marketing, sobre o mercado de marketing, sobre se há cursos de marketing disponíveis em sua região, sobre marketing digital, enfim, são inúmeras as possibilidades. É uma palavra-chave mais específica e geralmente contém mais palavras, como marketing digital, marketing de vendas de produtos agrícolas, marketing de conteúdo, entre outros. Assim fica mais fácil produzir um conteúdo específico. Long Tail Como CRIAR UMA PERSONA: Marketing Digital na prática (mesmo se você ainda não tem CLIENTES!) Exercícios de fixação Pergunta 1: Head Tail é um tipo de palavra-chave que pressupõe um conteúdo maior, mais abrangente. Qual desses exemplos abaixo não seria uma palavra-chave head tail: a) Como desfilar em uma escola de samba do Rio de Janeiro. b) Rio de Janeiro. c) Escola. d) Escola de samba. e) Samba. Pergunta 2: O que é uma persona? Assinale a alternativa correta: a) É uma personagem criada para representar a marca de uma empresa. b) É o público-alvo na estratégia de produção de conteúdo. c) É uma personagem semifictícia, criada para ajudar na produção de conteúdo. d) É a personagem de uma narrativa transmidiática. e) É a personagem de uma narrativa de marketing de conteúdo. Nesta aula: Para desenvolver uma comunicação assertiva é preciso saber quem é seu público- alvo. Para descobrir, conhecer e entender seu público, é importante que você participe de grupos e fóruns em redes sociais, acompanhe a concorrência, analise publicações que tiveram maior desempenho, entre outras ações. Personas são personagens semifictícios criados com base em pessoas da vida real, as quais representam a sua audiência. Por exemplo, se você vai produzir textos para uma empresa educacional que visa direcionar o seu conteúdo para os docentes do ensino médio, a ideia é criar a persona do seu possível leitor. Há dois tipos de palavras-chaves que você deve pesquisar, que na linguagem digital chamamos de head tail e long tail. Elas são essenciais para a produção de um conteúdo assertivo. Na próxima aula: Marketing de conteúdo. Inbound Pilares e metodologia do Inbound. Pergunta 3: Sua equipe vai se reunir para criar as estratégias de conteúdo para uma empresa. Qual o primeiro passo para começar a produzir esse conteúdo? Assinale a opção correta. a) Pauta. b) Pesquisa. c) Rascunho. d) Produção. e) Texto. Pergunta 4: Qual a maneira mais eficaz de descobrir o que os usuários buscam consumir em termos de conteúdo e produtos? Assinale a opção correta. a) Pesquisa de mercado. b) Monitoramento de redes sociais. c) Entrevista com usuários. d) Ferramentasde busca, como SemRush e Google Adwords. e) Verificar a taxa de conversão. Síntese Próxima aula ASSAD, Nancy. Marketing de Conteúdo: como fazer sua empresa decolar no meio digital. São Paulo: Editora Atlas, 2016. GODIN, Seth. Marketing de permissão: transformando desconhecidos em amigos e amigos em clientes. Rio de Janeiro: Campus, 2000. MARTINO, L. M. S. Teoria das Mídias Digitais: linguagens, ambientes e redes. Petrópolis: Vozes, 2014. Referências O universo do marketing vem passando por transformações nos últimos 10 anos e a cada dia ele muda mais. E e transformará muito ainda na próxima década. Como estamos passando por esse processo no momento deste curso, ainda não é possível saber para onde vamos. Mas uma coisa é certa: o conteúdo é a chave para qualquer estratégia de marketing. Temos algumas constatações de hábitos e comportamentos que mostram que os consumidores se tornam mais exigentes com a passar do tempo, detestam interrupções e querem se manter informados sobre tudo o que acontece ao seu redor. Tendo isso em vista, o produtor de conteúdo relevante terá mais chances de conseguir a atenção do público e, consequentemente, fechará mais negócios. Portanto, aprender a fazer o marketing de conteúdo e saber como lidar com suas estratégias ajudará na sua produção de conteúdo como um todo. Afinal, o marketing de conteúdo está atuante e pulsante, como uma estrutura viva, e você precisa conhecê-lo e tirar proveito dele. Conhecer como funciona o marketing de conteúdo. Entender para que serve Inbound Marketing e como aplicá-lo. Aprender estratégias de aplicabilidade do conteúdo. Aquele velho marketing que estava preocupado apenas em vender produtos não existe mais. Com a digitalização e a abertura ao nosso poder de expansão e comunicação, o novo consumidor ficou mais exigente e sem paciência para anúncios publicitários. Ele passou a ser um consumidor que compra o que precisa no momento que achar melhor e não o que as empresas querem que ele compre. Por isso, foi preciso mudar a estratégica de alcance e de conquista desse consumidor. Foi a partir do entendimento de que hoje a maioria das pessoas não mais valoriza ou compra por meio de anúncios publicitários que surgiu o marketing de conteúdo. Segundo Mídia online e produção de conteúdo Aula 6: Marketing de conteúdo Introdução Objetivos Marketing de conteúdo como estratégia Assad (2016), as empresas entenderam que é preciso mudar e focar suas estratégias em conteúdo por que isso ajuda a obter melhores resultados. Desse modo, por meio dos conteúdos é que se atrai os clientes com o objetivo de estabelecer um sólido relacionamento com ele, o qual se baseia tanto na credibilidade da empresa quanto na relevância da informação. O marketing de conteúdo, que é uma das estratégias do Marketing Digital, não trabalha a venda direta nem promoções. O seu foco está em atrair a audiência com produção e entrega de conteúdos relevantes que informem, encantem e convertam, transformando o público em consumidores dos produtos da empresa. Para que esse conteúdo chegue ao público e alcance os resultados, é preciso que a empresa faça um planejamento estratégico e teste cada abordagem até descobrir uma que dê resultados. Essas estratégias e conjuntos de ações para criar um conteúdo de qualidade para o público e torná-lo consumidor de uma marca chama-se Inbound Marketing. Assista ao vídeo “O que é Inbound Marketing: a estratégia da permissão” para conhecer mais sobre o tema desta aula. Clique aqui [https://www.youtube.com/watch?v=jVrQLNRij6M] O principal objetivo da estratégia Inbound Marketing é pedir permissão para entrar na vida do consumidor e fazer com que ele se transforme em lead qualificado. Mas o que seria isso? Trata-se de clientes que passam seus dados para a empresa de forma espontânea para se tornarem compradores do produto ou do serviço que ela oferece e passe a ser um grande divulgador da marca. Assad (2016) explica resumidamente como funciona o processo do Inbound afirmando que o processo dessa estratégia inclui a atração do público por blogs, redes sociais, técnicas de SEO, conversão por meio de calls-to-action em landing pages, preenchimento de formulários, e-mail, entre outras formas. No entanto, após essa fase de atração é necessário nutrir esse relacionamento, com foco na fidelização, fazendo com que os clientes se tornem, no longo prazo, propagadores da marca. Você pode estar pensando que recebeu uma enxurrada de informações de uma vez só, mas vamos explicar como funciona cada etapa da metodologia do Inbound Marketing. São elas: Aprenda mais Inbound Marketing O usuário ainda não conhece sua empresa, produto ou serviço e faz uma busca na internet para encontrar respostas para suas dúvidas. O produtor de conteúdo busca atrair a atenção desse consumidor por meio de conteúdos que ele possa ter interesse em blogs, redes sociais, vídeos no Youtube etc. É nesse momento que você cria a persona, oferece um conteúdo que informe, eduque e deixe o leitor satisfeito com as informações que recebeu. Atração https://www.youtube.com/watch?v=jVrQLNRij6M Leia o artigo “O que é inbound marketing: tudo o que você precisa saber” no site Hubspot para ampliar seus conhecimentos sobre esse assunto. Disponível em: https://br.hubspot.com/blog/marketing/o-que-e-inbound-marketing [https://br.hubspot.com/blog/marketing/o-que-e-inbound-marketing] . Agora já sabe as etapas, você vai conhecer os pilares dessa estratégia chamada Inbound Marketing. O primeiro está na criação de conteúdo. É preciso ter tempo e uma boa estratégia para criar conteúdos de qualidade e que responda a algum questionamento, ensine a persona a fazer algo e ajude-a a resolver problemas. Por isso, primeiramente, é importante definir essa persona. Outro pilar do Inbound Marketing está relacionado à presença em múltiplos canais. Para que a sua estratégia de funcione, é fundamental que seus conteúdos estejam em diversos canais, como redes sociais (Facebook, Twitter, LinkedIn, Youtube), sites, blogs etc. Assim fica mais fácil personalizar a mensagem para cada tipo de usuário. Por fim, é preciso ter atenção às métricas, pois, para constatar o resultado das suas ações, é preciso ser analítico. Acompanhar as métricas é essencial para ver se a estratégia está funcionando e, caso perceba algum problema, você pode fazer alterações tanto no conteúdo quanto na abordagem. A junção de todos os pilares e estratégias de criação de um bom conteúdo faz com que os resultados apareçam. A proposta nessa etapa é converter os visitantes de suas redes sociais em leads qualificados. Os leads costumam aceitar convites e dar permissão para você enviar conteúdo. Porém, para conseguir o telefone ou e-mail do usuário, você precisa oferecer algo em troca. Pode ser um e-book, um vídeo ou um artigo com todas as respostas sobre aquilo que ele buscou na internet. Conversão Nesse momento os leads qualificados tornam-se clientes. Quando eles informam os dados por livre e espontânea vontade, estão ansiosos por conteúdos de qualidade e que tenham relevância. Quanto melhor for o conteúdo que você entregar, melhor será o engajamento e o cliente se tornará um divulgador da marca. Fechamento Nessa fase o cliente já se tornou um fã da marca e passa a ser um promotor dela. Para fidelizá-lo, você pode trabalhar a experiência do cliente, fazer ofertas e promoções exclusivas e proporcionar um bom atendimento pós-venda. Fidelização Notas Pilares do Inbound Marketing https://br.hubspot.com/blog/marketing/o-que-e-inbound-marketing Figura 6.1 – O Youtube é um canal que pode fazer parte da estratégia Fonte: 12RF (2021). Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Exercícios de fixação Questão 1: Qual alternativa está correta quando falamos sobre as principais etapas da metodologia Inbound Marketing? a) Atração, fidelização, venda. b) Consideração, fidelização, fechamento. c) Lead, atração, fidelização, fechamento. d) Atração, consideração, fechamento, fidelização. e) Atração, conversão,fechamento, fidelização. Questão 2: Você precisa criar uma nova estratégia de marketing para a empresa em que trabalha. O seu chefe quer que você foque as estratégias no conteúdo. Qual ferramenta seria a mais indicada para esse caso? a) Marketing Digital b) Marketing de conteúdo c) Branded Content d) Branding e) Inbound Marketing Questão 3: O objetivo do marketing de conteúdo é atrair a audiência com produção e entrega de conteúdos relevantes que informem, encantem e convertam (transforme o público em consumidores dos produtos da empresa). Qual desses itens não faz parte de uma estratégia de marketing de conteúdo? a) Funil de Vendas http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/MLC092/aula6/img/01.z.jpg Nesta aula: Vimos que o marketing de conteúdo, uma das estratégias do Marketing Digital, não trabalha a venda direta nem promoções. O seu objetivo é atrair a audiência com produção e entrega de conteúdos relevantes que informem, encantem e convertam (transformem o público em consumidores dos produtos da empresa). O principal objetivo da estratégia Inbound Marketing é pedir permissão para entrar na vida do consumidor e fazer com que os usuários se transformem em leads qualificados. Os leads costumam aceitar convites e dar permissão para você enviar conteúdo. Porém, para conseguir o telefone ou e-mail do usuário, você precisa oferecer algo em troca. Pode ser um e-book, um vídeo, um artigo com todas as respostas sobre aquilo que ele busca na internet. Na próxima aula: Rede sociais. Blog. Facebook, Twitter e Instagram. ASSAD, Nancy. Marketing de Conteúdo: como fazer sua empresa decolar no meio digital. São Paulo: Editora Atlas, 2016. GODIN, Seth. Marketing de permissão: transformando desconhecidos em amigos e amigos em clientes. Rio de Janeiro: Campus, 2000. b) Inbound Marketing c) Persona d) Landing Pages e) Fan fiction Questão 4: Qual a principal objetivo do Inbound Marketing? a) Criar conteúdos relevantes por meio de estratégias de Branded Content. b) Fazer o monitoramento dos resultados da estratégia de marketing de conteúdo. c) Estruturar o funil de vendas para que os usuários se tornem clientes. d) Pedir permissão para entrar na vida do consumidor e fazer com que os usuários se transformem em leads qualificados e) Criar estratégias que utilizem Brand Persona e funil de vendas. Síntese Próxima aula Referências MARTINO, Luís Mauro Sá. Teoria das Mídias Digitais: linguagens, ambientes e redes. Petrópolis: Vozes, 2014. Como vimos até aqui, o conteúdo é a chave, em nossa sociedade pós-moderna, para a gestão de marcas, para atrair o público, para vender e para ter admiradores e propagadores da sua empresa. Portanto, o profissional que se especializar nessa área tem grandes chances de crescimento, tendo em vista que o mercado carece sempre de bons redatores, roteiristas e produtores de conteúdo de toda ordem. Neste momento do curso, é importante aprender como funciona cada rede digital e social para as quais você poderá produzir esses conteúdos e saber qual a melhor maneira de criar os textos para todas essas linguagens. É preciso lembrar que, por mais que algumas redes sociais cumpram as mesmas funções de informar, interagir e entreter, cada uma tem uma forma diferente de manifestar o texto. É função do produtor de conteúdo saber quais as particularidades dessas redes para criar um conteúdo que se encaixa nelas. Entender as particularidades da linguagem de cada rede social. Descobrir como escrever para cada rede social. Aprender técnicas para produção de conteúdo. As redes sociais e os veículos de comunicação possuem sua linguagem própria, e para que o produtor de conteúdo seja certeiro, ele precisa entender como funciona cada uma das redes. Vamos começar pelo blog. O blog é, muitas vezes, confundido com site, mas na verdade sua proposta é bem diferente. Ele tem uma linguagem mais informal, pois fala diretamente com o cliente. Sua estrutura de organização é simples e precisa ter um texto atraente, informativo e bem estruturado. Mídia online e produção de conteúdo Aula 7: Redes sociais e digitais Introdução Objetivos Blog O título é a parte mais importante do texto, porque ele vai despertar o interesse do leitor. Dedicar tempo e esforço para criar um bom título é uma etapa necessária no processo de criação do conteúdo, e às vezes encontrar o título ideal pode demorar um tempo. O site www.upworthy.com [https://www.upworthy.com] , por exemplo, antes de publicar qualquer conteúdo, realiza um controle rigoroso dos títulos. Sua equipe cria 25 títulos diferentes para cada texto e eles selecionam os melhores até chegarem a escolha ideal. Escaneabilidade é outro aspecto ao qual você deve prestar atenção. Ou seja, ver se o texto está escaneável, bem estruturado e com espaços para o leitor “respirar”. Mas o que isso significa? No primeiro contato com o texto, o leitor “varre” superficialmente com os olhos e seleciona previamente o que ele vai ler. Se ele estiver organizado em blocos pequenos, a visualização melhora e isso desperta o interesse pelo texto. A essa ação chamamos escanear, portanto, o texto precisa ter escaneabilidade para funcionar nas redes digitais. Há algumas técnicas para construir um texto atraente, que mantenha a atenção do seu leitor: Divida seu texto em partes, usando subtítulos para “respirar”; Use listas (numeradas também) sempre que for citar vários itens; Use negrito em palavras-chave para dar destaque e atrair o leitor; Faça parágrafos curtos; Insira imagens relevantes e chamativas; Estruture seu texto de modo que forme uma narrativa coerente. Ex: Introdução -> Argumentação -> Conclusão. Outra dica fundamental é usar a palavra-chave sempre no título, no primeiro parágrafo, no meio do texto e no final. Figura 7.1 – Blog Fonte: 123RF (2021). Para ter ainda mais conhecimentos sobre os assuntos desta aula, indicamos a seguinte referência: BARGER, Christopher. O estrategista em Mídias Sociais. São Paulo: DV Editora, 2013. Como escrever para um blog? Notas Twitter https://www.upworthy.com/ http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/MLC092/aula7/img/01.z.jpg Essa rede social funciona muito bem com textos curtos, diretos, objetivos e estilosos. A rede oferece ao usuário o espaço de 280 caracteres para divulgar sua mensagem. O Twitter foi criado em 2006 por três sócios, Jack Dorsey, Eva Williams e Biz Stone e significa pia de pássaros ou explosão de informações inconsequentes. Como o Twitter foi criado, inicialmente, para ser uma espécie de ferramenta de SMS, o número de caracteres ficou limitado por ter essa característica. Enviar mensagens curtas, mas assertivas, é o principal foco dessa rede social. Sua premissa é mostrar e comentar o que está acontecendo em tempo real. Na data da confecção desse material, o Twitter possuía 326 milhões de usuários ativos ao redor do mundo. Figura 7.2 – Aplicativo Twitter para smartphone Fonte: 123RF (2021). A seguir, conheça algumas técnicas para escrever conteúdos relevantes para o Twitter: O texto precisa ser sucinto. Coloque o máximo de informações em 280 caracteres. Use, sempre que possível, os links encurtados. O migre.me é uma ferramenta que faz isso. Evite abreviaturas. Por mais que o espaço seja limitado, o leitor do Twitter é dinâmico. Quanto mais você entregar a informação completa, mais engajamento o conteúdo terá. Use colchetes para descrever o conteúdo do tweet, por exemplo: [ÁUDIO], principalmente se o conteúdo está escondido em uma URL, assim o leitor saberá o que encontrará. O Facebook hoje é uma das maiores redes sociais da história, com mais de 2,13 bilhões de usuários ativos no mundo. Foi criada por quatro estudantes de Harvard, Mark Zuckerberg, Eduardo Savarin, Dustin Moskovitz e Chris Hughes. O Brasil tem 127 milhões de usuários ativos na rede e ela é uma fonte de investimento de todos os segmentos para divulgação de conteúdo. O Facebook é uma excelente ferramenta de comunicação, dada a sua linguagem e abrangência, e dá suporte sobre quais diretrizes seu conteúdo deve seguir.O complicado Como escrever para o Twitter Facebook Como escrever para o Facebook http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/MLC092/aula7/img/02.z.jpg nesse processo é adequar o tom da própria empresa para os usuários dessa rede, mas com algumas técnicas o processo fica mais fácil. Veja algumas delas na sequência: Cada post deve ter apenas uma ideia. É preciso focar na publicação para que o leitor não fique confuso com vários assuntos no mesmo post. Não se limite, faça outros posts com outros assuntos depois. Produzir um texto sucinto, mas atraente. Definir como tratará o público, se por plural ou singular. Escrever de forma padronizada. Posts curtos. Pessoas têm pouca paciência para ler textos longos sem imagens. Tamanho ideal: máximo 4 linhas Postagem com regularidade de dias e horários. Usar hashtags somente quando necessário, para uma notícia do dia ou um assunto polêmico. Hashtag não é pontuação, é um agregador de conteúdo que indexa os assuntos em discussão na rede. Figura 7.3 - Facebook Fonte: 123RF (2021). Para conhecer um pouco mais sobre a história da criação do Facebook, sugerimos que você assista ao filme “A rede social”, de 2010. Figura 7.4 – Ícone do Instagram Como estamos na era da imagem, o Instagram tem se tornado a rede social que mais cresce em todo o mundo. Há dois anos a rede possuía pouco mais de meio milhões de usuários. Hoje, a rede ultrapassa 1 bilhão de usuários ativos. A rede foi criada por Kevin Systrom e Mike Krieger em 2010 e logo se popularizou. Hoje, além de fotos, é possível publicar vídeos, descrever grandes textos nas legendas, publicar vídeos e imagens instantâneas pelo recurso Stories, na barra superior do aplicativo, fazer transmissões ao vivo e fazer vídeos maiores no formato IGTV. Porém, para ter uma estratégia que funcione no Instagram, algumas técnicas são fundamentais. Entre elas, temos as seguintes: Notas Instagram http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/MLC092/aula7/img/03.z.jpg http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/MLC092/aula7/img/04.z.jpg Publicar imagens bem editadas. Usar legendas criativas, que não podem ser enigmáticas. Escrever um texto claro, conciso e complementar à imagem. As legendas não podem ser longas. Duas linhas seria o ideal, três linhas o máximo. Usar o recurso do Stories para conversar diretamente e informalmente com o público. Esse recurso é ideal para divulgar produtos, eventos etc. O Instagram oferece uma gama de recursos para divulgação, como recurso de áudio e vídeo na timeline e no stories, publicações com texto e imagens, álbum de fotos, entre outros. Somente não é possível compartilhar em seu feed a foto de outro perfil com os recursos do Instagram. Há outros aplicativos que fazem essa repostagem, porém tem sido pouco usados. Após a inserção da função Stories, a maioria das publicações e compartilhamentos estão sendo feitos por lá, por causa da dinamicidade desse recurso. Uma maneira de refletir sobre os possíveis impactos de redes sociais na nossa sociedade é assistir ao episódio 1 da terceira temporada de Black Mirror, da Netflix. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Atenção! Exercícios de fixação Questão 1: Sua empresa vai começar uma estratégia de comunicação e decide produzir artigos para o blog. Para deixar o texto mais atraente para o leitor ao primeiro contato que ele tiver com o artigo, que aspecto o redator deve pensar ao estruturá-lo? a) No título. b) Nos intertítulos. c) No call to action. d) Na escaneabilidade. e) Na linkagem. Questão 2: Sobre a rede social Twitter, é correto afirmar que: a) É uma rede social que privilegia o texto conciso, porém é possível inserir imagens, vídeos e links. b) É uma rede social que foi criada para competir com o Facebook. c) É uma rede de comunicação entre empresas do mundo todo. Nesta aula: Você aprendeu que o blog é muitas vezes confundido com um site, mas na verdade sua proposta é bem diferente. Sua linguagem é mais informal, falando diretamente com o público. A estrutura do blog é simples e precisa ter um texto atraente, informativo e bem estruturado. O Twitter foi criado para ser uma espécie de ferramenta de SMS, por isso o número de caracteres ficou limitado. Enviar mensagens curtas, mas assertivas, é o principal foco dessa rede social. Sua premissa é mostrar e comentar o que está acontecendo em tempo real. O Facebook, hoje, é uma das maiores redes sociais da história, com mais de 2,13 bilhões de usuários ativos no mundo. O Brasil tem 127 milhões de usuários ativos na rede e ela é uma fonte de investimento de todos os segmentos para divulgação de conteúdo. O Instagram firmou-se como a rede social que mais cresce em todo mundo. Em 2 anos passou de meio milhões de usuários para mais 1 bilhão de usuários ativos atualmente. Na próxima aula: A era das imagens na internet. d) Trata-se de uma rede que não permite a interação direta entre usuários. e) É uma rede social para quem gosta de vídeos curtos. Questão 3: Os itens listados a seguir são características da rede social Facebook, exceto: a) Páginas comerciais e pessoais. b) Armazenamento de dados dos usuários. c) Publicação de imagens e vídeos. d) Formação de grupos por nichos de interesse. e) Troca de e-mails entre usuários. Questão 4: Sua empresa está programando uma ação no Instagram. Qual desses elementos ela não conseguirá usar em sua campanha por não ser um recurso próprio do dessa rede social: a) Compartilhar postagem do stories. b) Compartilhar postagem de outra pessoa no feed. c) Recurso de vídeo ao vivo. d) Texto e imagem. e) Álbum de fotos. Síntese Próxima aula Audiovisual. Internet das Coisas. ASSAD, Nancy. Marketing de Conteúdo: como fazer sua empresa decolar no meio digital. São Paulo: Editora Atlas, 2016. QUALMAN, Erik. Socialnomics: como as mídias sociais estão transformando a forma como vivemos e fazemos negócios. São Paulo: Saraiva, 2011. MARTINO, Luís Mauro Sá. Teoria das Mídias Digitais: linguagens, ambientes e redes. Petrópolis: Vozes, 2014. Referências O homem sempre foi um ser visual. Hoje, podemos dizer que, além de visual, ele está mais audiovisual também. Culturalmente, os brasileiros saltaram de uma comunicação oral para a audiovisual, sem passar pela leitura. Por isso, os textos audiovisuais são os preferidos dos brasileiros, tanto para se informar quanto para se entreter. Quando falamos em conteúdo, o que nos vêm à mente é o conteúdo verbal e, em se tratando de redes sociais, sites e blogs, normalmente ele está atrelado ao conteúdo imagético. Mas há outras formas de publicar o conteúdo. É importante ter em mente que o leitor do século XXI é uma espécie de multileitor, que decodifica facilmente todos os tipos de texto, principalmente o texto audiovisual, que é recheado de sentidos. A inserção da Internet das Coisas no processo de comunicação é um fenômeno tecnológico que vai ajudar muito na produção de conteúdo e na autonomia das máquinas em relação à automação. Mostrar a estrutura da linguagem audiovisual. Compreender como a imagem é dominante nas mídias digitais. Avaliar a importância do conteúdo audiovisual para a informação e o entretenimento. Desde 1895, quando os irmãos Lumière fizeram a primeira exibição pública de um filme, a linguagem audiovisual passou por muitas transformações até chegar ao que conhecemos hoje. A junção de imagem e som em movimento originou o cinema, que estabeleceu sua linguagem no início do século XX. Porém, foi por meio de seu derivado, a televisão, que o audiovisual se popularizou. Hoje, a TV é a mídia que tem mais adesão no Brasil, presente em 99% dos lares. Mídia online e produção de conteúdo Aula 8: A era das imagens e a Internet das Coisas Introdução Objetivos O Audiovisual Os brasileiros foram criados em frente à TV, possuem o hábito de receber informações mais em formato de vídeo. Por isso, investir na criação de vídeos é uma excelente estratégia de divulgação de conteúdo, pois é um meio de fácil penetração, principalmente porque a persona pode acessar o conteúdo
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