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SUSTENTABILIDADE DE HIDROSSISTEMAS PROJERO INTEGRADOR I ENGENHARIA AMBIENTAL (2)

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UNIVERSIDADE SANTO AMARO 
PROJETO INTEGRADOR I - SUSTENTABILIDADE DE HIDROSSISTEMAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÁGUAS EM AMBIENTES URBANOS: BACIA HIDROGRÁFICA 
DO RIO PARAÍBA DO SUL - REPRESA DE PARAIBUNA 
(PARAIBUNA - SP) 
Trabalho do curso de Engenharia Ambiental da Universidade de Santo Amaro 
(UNISA), como requisito parcial para aprovação da disciplina Projeto 
Integrador, sob a orientação do Prof. Me. Marcos Henrique de Araújo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOSE DOS CAMPOS - SP 
2023 
UNIVERSIDADE SANTO AMARO 
PROJETO INTEGRADOR I - SUSTENTABILIDADE DE HIDROSSISTEMAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Franke do Prado Lima - RA 4414233 
Curso: Engenharia Ambiental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOSE DOS CAMPOS - SP 
2023 
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente, agradeço a Deus pelo precioso dom da vida e por me 
conceder a bênção de cursar o ensino superior. 
A minha amada esposa, Shayene de Macedo Figueiredo Lima, por ser 
uma alavanca na minha vida e a principal incentivadora para que eu realizasse 
o curso. 
Ao meu filho, Lorenzo de Macedo Lima, minha razão de viver, por ser o 
principal responsável pelos meus sorrisos mais alegres. 
Aos meus pais, Cesário Lima e Clarice do Prado Lima, pelo exemplo de 
honestidade e fé. Por me apresentarem a simplicidade e o gosto pela vida, 
inculcando valores, incentivando-me a trabalhar muito, estudar sempre e 
valorizar o poder transformador da educação. 
A UNISA, seu corpo docente, coordenação e direção, por oportunizarem 
uma janela que me permitiu vislumbrar um horizonte superior. 
Ao orientador, Prof. Me. Marcos Henrique de Araújo, pelo suporte e 
sabedoria com que orientou a realização deste trabalho. 
 
“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.” 
- Nelson Mandela. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Na região Sudeste do Brasil a escassez de chuvas no período entre 2013 
e 2015 gerou conflito na população pelo consumo de água, visto que as 
precipitações se encontravam abaixo do esperado na região de Paraibuna e todo 
estado de São Paulo. 
Famílias tiveram que se adequar à uma nova realidade, pois percebiam a 
escassez desse bem tão precioso no qual a natureza brinda e abençoa o 
homem. 
Neste contexto, se fez necessária a transposição das águas da bacia 
hidrográfica do Rio Paraíba do Sul para abastecimento de cidades do Vale do 
Paraíba. 
Foram analisados os totais acumulados de precipitações, os principais 
sistemas meteorológicos atuantes durante o período chuvoso (dezembro- 
março) e o papel da população a esta nova rotina. 
Na bacia do Rio Paraíba verificou-se que os totais acumulados foram 
significativamente abaixo dos valores médios, com desvios de precipitações 
negativos e temperaturas acima da média, aumentando assim a evaporação e o 
consumo de água. Conjuntamente, esses fatores geraram uma crise hídrica sem 
precedentes. 
Este artigo oferece uma visão geral da Represa de Paraibuna, destacando 
sua importância, características e os impactos que ela traz para a região. 
 
Palavras chaves: Represa Paraibuna, crise hídrica, aumento 
populacional, precipitações, Vale do Paraíba. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
In the Southeast region of Brazil, the scarcity of rainfall in the period 
between 2013 and 2015 generated conflict in the population over water 
consumption, since rainfall was lower than expected in the region of Paraibuna 
and the entire state of São Paulo. 
Families had to adapt to a new reality, because they realized the scarcity 
of this precious good in which nature toasts and blesses man. 
In this context, it was necessary to transpose the waters of the Paraíba do 
Sul River watershed to supply cities in the Paraíba Valley. 
The accumulated rainfall totals, the main meteorological systems active 
during the rainy season (December-March) and the role of the population in this 
new routine were analyzed. 
In the Paraíba River basin it was found that the accumulated totals were 
significantly below the average values, with deviations of negative precipitation 
and above average temperatures, thus increasing evaporation and water 
consumption. Taken together, these factors have generated an unprecedented 
water crisis. 
This article offers an overview of the Paraibuna Dam, highlighting its 
importance, characteristics and the impacts it brings to the region. 
 
Keywords: Paraibuna Dam, water crisis, population increase, rainfall, 
Paraíba Valley. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 7 
2. DESENVOLVIMENTO ............................................................................. 8 
2.1 Bacia hidrográfica ................................................................................. 9 
2.2 Geração de energia ............................................................................... 9 
2.3 Aumento populacional ........................................................................ 10 
2.4 Abastecimento de água ...................................................................... 11 
2.5 Uso do solo .......................................................................................... 11 
2.6 Crise hídrica ......................................................................................... 12 
2.7 Seca eminente ..................................................................................... 13 
3. METODOLOGIA .................................................................................... 14 
4. DISCUSSÃO ......................................................................................... 14 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................. 15 
6. REFERÊNÇIAS ..................................................................................... 16 
7 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A Represa de Paraibuna foi construída com objetivo de fornecer 
água e energia para as cidades da região do Vale do Paraíba. Sua 
construção tem desempenhado um papel fundamental no 
desenvolvimento e bem estar da população local. Segundo a Agencia 
Nacional de Águas (ANA) e a Companhia de Abastecimento Básico de 
São Paulo (2015) a crise hídrica na qual o Sudeste passou entre 2013-
2015 tem nos mostrado quão drástico pode ser um cambio climático na 
disponibilidade de um bem tão precioso como a água. 
Dois fenômenos influenciam diretamente o clima, positivamente ou 
negativamente, dependendo da região. 
Estes fenômenos, denominados EL NIÑO o LA NIÑA, dependendo 
da época e da região podem ocasionar secas severas ou enchentes 
descontroladas. 
Atualmente, a maioria das cidades são constituídas a beira de 
afluentes e ou cursos de água, como é o caso da cidade de Paraibuna 
que está situada à margem do Rio Paraíba do Sul constituindo a bacia do 
desse rio (Represa Paraibuna). 
Neste âmbito a urbanização das cidades pode chegar a áreas de 
riscos, trazendo consequências gravíssimas a população e a preservação 
ambiental. 
Com base nas evidencias precitadas se insere a necessidade de 
ações de monitoramento da ocupação do solo na região para garantir, 
eficazmente, a qualidade da água para população. 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
Apesar de natureza ambiental, as mudanças climáticas constituem um 
problema complexo. A água é um dos meios pelo qual primeiro e mais fortemente 
a população deverá perceber os efeitos da mudança do clima, considerando as 
prováveis alterações nos padrões de precipitação e no escoamento dos rios. 
Nesse sentido, as populações mais pobres são as mais vulneráveis, pois se 
encontram, atualmente, em condições de maior exposição à escassez hídrica, 
quer por questões geográficas, quer pela ausência de saneamento. 
O período de 2013-2015 foi marcado por uma extensa seca na região do 
Vale do Paraíba, sendo a mais grave dos últimosanos, causando um impacto 
gigante na bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul. 
O ciclo hidrológico está diretamente vinculado às mudanças de 
temperatura da atmosfera e ao balanço de radiação. Com o aquecimento global 
da atmosfera, espera-se, entre outras consequências, mudanças nos padrões 
da precipitação, o que pode afetar significativamente a disponibilidade e a 
distribuição temporal da vazão nos rios. Além de alterações nas disponibilidades 
médias, os eventos hidrológicos críticos, secas e enchentes, podem tornar-se 
mais frequentes. 
Uma decorrência importante da variabilidade natural do clima ou da 
mudança climática é a possível aquisição estagnada pelas séries hidrológicas, 
que afeta a gestão dos recursos hídricos, além do planejamento e da operação 
da infraestrutura hídrica para atendimento aos usos múltiplos, já que seu 
dimensionamento é realizado com base na premissa de que as estatísticas das 
séries observadas são representativas do futuro. Soma-se a isso a constatação 
de que, embora nenhuma região esteja livre das mudanças do clima a falta de 
recursos para enfrentar emergências, baixa renda da população e maior 
dependência econômica de atividades sensíveis às mudanças, como a 
agricultura e a pecuária. Fato é que elevados índices de pobreza e baixos níveis 
de desenvolvimento humano limitam a capacidade das famílias de lidar com os 
efeitos da mudança climática. Ao contrário, a promoção de um desenvolvimento 
com bases sustentáveis e o aumento da qualidade de vida das comunidades são 
fatores que contribuem para a construção de resiliência às alterações advindas 
9 
 
da mudança do clima todos esses aspectos trazem um elevado grau de incerteza 
na definição das ações a serem tomadas face aos impactos decorrentes da 
mudança do clima. A despeito dessas incertezas, é preciso adaptar-se aos 
impactos esperados, ocasionados quer pela variabilidade natural do clima, 
munido pelas mudanças climáticas, a fim de minimizá-los. 
Portanto é de natureza urgente que sociedade e governos iniciem um 
processo de adaptação aos potenciais impactos relacionados às mudanças 
climáticas. É preciso uma mudança de atitude não somente cultural para que no 
futuro o homem possa se adaptar as mudanças climáticas sem grandes 
consequências. 
 
2.1 Bacia hidrográfica 
 
Trata-se de uma região sobre a superfície terrestre localizada no 
município de Paraibuna definida de modo de escoamento superficial de água 
precipitada e descendente de um manancial represado artificialmente. 
É uma represa artificial constituída por meio de represamento de um curso 
de água, compreendendo, assim, que as águas superficiais e subterrâneas da 
região podem ser empregadas aos públicos ribeirinhos do Rio Paraíba do Sul. 
Em cumprimento deste quesito manancial se fazem necessários cuidados 
especiais, como a manutenção periódica de matas ciliares que protegem tanto 
nascentes, rios, represas e lençóis freáticos quanto o curso da mesma. 
 
2.2 Geração de energia 
 
A Represa de Paraibuna também desempenha um papel importante na 
geração de energia elétrica. Através da construção de usinas hidrelétricas 
associada a represa, a energia cinética da água armazenada e convertida em 
energia elétrica, contribui para o abastecimento energético da região. Essa fonte 
renovável de energia é considerada limpa e sustentável, reduzindo a 
dependência de fontes não renováveis. 
 
 
 
10 
 
 
2.3 Aumento populacional 
 
Na década de 1970 em função do elevado crescimento populacional e 
para o atendimento socioeconômico regional a represa foi utilizada para a 
geração de energia elétrica, mas a principal finalidade da represa de Paraibuna 
é regular a vazão do Rio Paraíba do Sul, sendo um importante reservatório de 
água responsável pelo abastecimento de água para o Vale do Paraíba e do 
estado do Rio de Janeiro. 
 A represa de Paraibuna tem uma característica totalmente diferente da 
maioria das represas existentes. Normalmente uma represa é feita pelo 
represamento de um rio, já a represa de Paraibuna foi construída com 
represamento dos rios Paraibuna e Paraitinga, além de seus afluentes, rio 
Lourenço Velho e rio do Peixe. 
Quem circula pela rodovia tamoios (SP99) contempla grande parte da 
área alagada por causa do represamento desses rios. Tratando-se de um 
turbilhão de água limpa e potável a represa chegou a ganhar o referendo da 
ECO-92 como a represa mais bem conservada ecologicamente do Brasil. 
Com o represamento dos rios precitados houve um aumento para o 
ecoturismo para praticantes de esportes aquáticos e pescadores. A represa de 
Paraibuna é um lugar ideal, além de ser também um paraíso, para a prática do 
mountain bike, pois em meio a essa beleza encravada na Mata Atlântica existe 
um emaranhado de estradinhas de terra, algumas vezes sendo necessário fazer 
travessias de balsas, que unem uma cidade à outra ou formam circuitos para 
pedaladas das mais variadas opções. 
A pesca esportiva amadora e profissional é muito praticada, tendo a 
represa tilápias, lambaris, carpas, tucunarés, traíras etc. 
 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Para%C3%ADba_do_Sul
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vale_do_Para%C3%ADba
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Paraibuna_(alto_Para%C3%ADba_do_Sul)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Paraitinga
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mata_Atl%C3%A2ntica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Til%C3%A1pia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lambari
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carpa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tra%C3%ADra
11 
 
 
 
2.4 Abastecimento de água 
 
A água armazenada na represa de Paraibuna é utilizada para abastecer 
diversas cidades da região. Ela desempenha um papel crucial no fornecimento 
de água potável para a população, bem como no suporte as atividades agrícolas 
e industriais. Além disso a represa contribui para o equilíbrio do sistema hídrico 
regional, garantindo o suprimento de água durante período de estiagem. 
 
2.5 Uso do solo 
 
Pode-se constatar a existência de áreas significativas de mata e capoeira, 
compostas por remanescentes de vegetação nativa e de áreas em estágio inicial 
e avançado de recuperação natural, que provavelmente foram áreas utilizadas 
em épocas passadas por povos antigos da região e hoje abandonadas. 
Entretanto, a existência dessas áreas em recuperação não garante sua 
preservação, pois áreas com vegetação de capoeira em estágio inicial de 
regeneração, desde que estejam fora de áreas consideradas de preservação 
permanente (APP), são passíveis de autorização para desmatamento e, 
portanto, podem ser utilizadas para outras atividades que não sejam de 
preservação. 
As margens da represa de Paraibuna, observando com olhos de 
preservação do meio ambiente, com foco na preservação da água, verifica-se 
que na margem da represa, há a extração de manejo de gado, plantios de 
eucaliptos e hortaliças e até mesmo grande área de agricultura, entretanto um 
dos maiores riscos reside na extração de piscicultura desorganizada de espécies 
não nativas ativando assim um descontrole no meio ambiente. 
Foi verificando uma área de recuperação com plantio de árvores frutíferas 
nativas. Esta área encontra-se em fase de produção, tendo como objetivo a 
colheita de frutos para o preparo de polpa para comercialização. As áreas 
agrícolas ocupam 552,6 hectares e correspondem a 6,8 % da área da bacia, 
distribuídas de forma irregular e normalmente ocupando áreas de preservação 
permanente junto aos recursos hídricos. As atividades agrícolas mais 
12 
 
representativas levantadas pela Casa da Agricultura de Paraibuna (CRIVELLI, 
2002) são: pastagem cultivada (500 ha); cana-de-açúcar (100 ha); eucalipto 
50ha), tomate (35ha), milho (30ha); capineira (20ha); olerícolas (20ha); e feijão 
(10ha). 
 
2.6 Crise hídrica 
 
A crise hídrica que afetou diversas regiões do Brasil entre os anos de 2013 
e 2015 foi um eventomarcante que expos a fragilidade da gestão dos recursos 
hídricos no país. Durante este período, muitas cidades enfrentaram escassez de 
água, racionamento e sérios impactos socioeconômicos e ambientais. 
Resultado de uma combinação de fatores naturais e ações humanas. O 
fator mais importante foi a escassez de chuvas na região sudeste, que abriga 
importantes reservatório de água, como o sistema da Cantareira responsável 
pelo abastecimento de grande parte da cidade de São Paulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se alguém afirmasse que o Brasil – o país da Amazônia e dos inacabáveis 
recursos naturais – passaria por uma grave crise de água, a ponto de consumir 
o considerado volume morto das represas, este alguém possivelmente seria 
internado em algum centro para tratamento psicológico. Porem tempos se 
passaram, natureza se transformando, até que em 2013 o consumo em excesso 
da água trouxe à tona as consequências da utilização do recurso de maneira 
irresponsável, fazendo com que o país entrasse em estado de alerta por conta 
de um dos seus maiores períodos de seca já registrados nas regiões do Brasil. 
Passados quase dois anos desde quando a seca foi confirmada pelas 
autoridades, a situação dos reservatórios apresentou grandes sinais de 
13 
 
evolução. Sobretudo, no Sudeste, por exemplo, represa de Paraibuna têm 
alcançado níveis de estabilidade muito bons e o aumento e intensidade dos 
períodos chuvosos ajudaram o governo a controlar a distribuição dos recursos. 
Localizada na região do Vale da Paraíba, a Represa Paraibuna foi um dos 
pontos mais afetados pela crise hídrica, quando chegou a ‘zerar’ no começo de 
2015. Segundo a ANA (Agência Nacional de Águas), a represa melhorou 
consideravelmente e, em dezembro de 2016, apresentou constante melhora e 
estava no nível de 10,33% de água. para o volume apresentado em fevereiro 
ultrapassava os 50% hoje maio de 2023 chegando a sua totalidade de 100% 
tendo até que abrir comportas, pois, o nível melhorou muito desde a seca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.7 Seca eminente 
 
A estiagem enfrentada desde o verão tem mostrado a escassez da água no 
Estado de São Paulo, mas também começa a revelar antigas memórias 
de Redenção da Serra e Natividade da Serra, municípios do Vale do Paraíba que 
deram lugar a represa Paraibuna-Paraitinga. Com o baixo nível do reservatório, 
começam a aparecer restos de igrejas, construções antigas e até um cemitério, 
trazendo à tona as lembranças de moradores das duas cidades. 
Segundo moradores da região há recordações do antigo povoado. De acordo 
com eles foi possível identificar onde ficava a antiga cadeia da cidade e parte do 
antigo cemitério. 
 
 
 
 
14 
 
 
3. METODOLOGIA 
 
A pesquisa teve como referência a represa de Paraibuna, situada entre 
os municípios de Paraibuna, Redenção da Serra e Natividade da Serra em seu 
percurso hídrico e junção dos rios Paraíba do Sul e Paraitinga. 
A área estudada é composta pela bacia hidrográfica do Rio Paraíba do 
Sul que possui uma área aproximada de 57.000 km2, sendo grande parte desta 
área localizada no estado de São Paulo e o restante no estado do Rio de Janeiro 
e Minas Gerais, sendo o principal Rio o Paraíba do Sul que se forma pela 
confluência entre os rios Paraitinga e Paraíba do sul conforme citado acima, 
possuindo extensão de aproximadamente 1.180 km (MARENGO & ALVES, 
2005). 
A represa de Paraibuna possui capacidade maior de armazenamento total 
de água dentre as represas existentes na bacia do Rio Paraíba. 
 
4. DISCUSSÃO 
 
O crescimento dos diversos setores usuários, somado ao possível aumento 
de situações de escassez hídrica, pode gerar ou agravar conflitos relativos ao uso 
da água. Para facilitar a resolução desses potenciais conflitos, é preciso que o 
sistema de gerenciamento possa atuar com orientações claras, ações de adaptação 
contidas tanto nos Planos de Recursos Hídricos ou em outros instrumentos e 
programas devem ser vistas como compromissos a serem cumpridos no horizonte 
de tempo previsto. Portanto, os objetivos e as metas deverão ser responsáveis pela 
execução dos programas e ações necessárias, para garantir que serão efetivamente 
implementados, com a articulação adequada. Para isso, é essencial que se utilize 
de mecanismos de negociação que sejam capazes de identificar os conflitos, 
potenciais ou deflagrados, decorrentes dos efeitos de mudanças climáticas. Seria 
desejável que as entidades atuantes na Bacia do Vale do Paraíba dispusessem de 
negociadores experientes, com capacidade para articular acordos entre os 
representantes das entidades, e que os planos de recursos hídricos contenham 
programas que estimulem ações visando garantir a disponibilidade dos recursos 
hídricos. 
15 
 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A mudança do clima traz desafios que passam por rever e reformular 
processos e práticas consagradas. Na gestão de recursos hídricos, por exemplo, 
não é possível trabalhar com a estacionariedade das séries, uma vez que os 
parâmetros observados no passado não são mais representativos do futuro. A 
variabilidade natural das séries, razoavelmente conhecida, foram adicionadas 
incertezas ampliando a gama de possibilidades do que pode acontecer e o que 
precisa ser feito. 
No Vale do Paraíba, resultado da junção entre duas bacias do Rio Paraíba 
do Sul e do rio Paraitinga, a represa de Paraibuna, junto ao aumento 
populacional tornou possível a grande expansão de povos vindo de várias 
regiões do país para desfrutar de uma terra fértil e promissora nos âmbitos rural, 
socioeconômico e industrial. 
Margeando as beiras do Rio Paraíba é possível encontrar cidades que 
com a expansão das águas transformaram-se em grandes metrópoles justo por 
terem água em abundância. 
Entretanto, no período da crise hídrica, várias famílias passaram por uma 
readaptação de como o uso consciente da água é de uma sabedoria extrema e 
irremediavelmente necessário para não vivenciar a falta definitiva desse recurso 
no futuro. 
Em suma, com sabedoria, conscientização e um pouquinho de fé, é 
possível afirmar que a crise hídrica supracitada foi vencida e caso ocorra 
novamente poderá ser superada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ANA. Agência Nacional de Águas. Relatório Conjunto de interligação Jaguari-Atibainha (2015). 
Disponível em: <http://www2.ana.gov.br/Páginas/serviços/saladesituacao/v2/RioParaibadoSul 
.aspx>. Acesso em: 22 de maio de 2023. 
 
ANA. Agência Nacional de Água. Bacia do rio Paraíba do Sul (2017). Disponível 
em:<http://www2.ana.gov.br/Paginas/serviços/saladesituacao/v2/RioParaibadoSul.aspx>. 
Acesso em: 22 de maio de 2023. 
 
G1. Seca em represa revela ruínas de construções e até cemitério no Vale. Disponível em: 
https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2014/08/seca-em-represa-revela-ruinas-
de-construcoes-e-ate-cemiterio-no-vale.html. Acesso em: 23 de maio de 2023. 
 
Pensamento Verde. Crise hídrica: confira a condição atual dos reservatórios. Disponível em: 
<https://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/crise-hidrica-confira-condicao-atual-dos-
reservatorios/>. Acesso em: 23 de maio de 2023. 
 
MARENGO, J.A. & ALVES, L.M. Tendências hidrológicas da bacia do Rio Paraíba do Sul. 
Revista Brasileira de Meteorologia, v.20, n.2, p.215-226, 2005. MARENGO, J. A. & ALVES, 
L. M. Crise hídrica em São Paulo em 2014: seca e desmatamento. GEOUSP: Espaço e Tempo 
(Online), v. 19, n. 3, p. 85-494, 2015a. 
 
MARENGO, J.A.; NOBRE, C.A.; SELUCHI, M.E.; CUARTAS, A.; ALVES, L.M.; MEDIONDO, 
E.M.; OBREGÓN, G.; SAMPAIO, G. A seca e a crise hídrica de 2014-2015 em São Paulo. 
Revista USP, n. 106, p. 31-44, 2015b. 
 
CALBETE, N.O.; LIRA, A.C.; SANSIGOLO, C.A. Estimativas do início da estação 
chuvosa no Vale do Paraíba e litoral norte de São Paulo. In: XIV Congresso Brasileiro de 
Meteorologia,Florianópolis: Sociedade Brasileira de Meteorologia, 2006. 
 
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CEZÁRIO, M.V. Um estudo sobre a influência da precipitação regional do Vale do 
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https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2014/08/seca-em-represa-revela-ruinas-de-construcoes-e-ate-cemiterio-no-vale.html
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https://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/crise-hidrica-confira-condicao-atual-dos-reservatorios/
https://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/crise-hidrica-confira-condicao-atual-dos-reservatorios/
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Ciências Ambientais) - Departamento de Ciências Agrárias, Universidade de Taubaté, Taubaté, 
2005. 
 
FISCH, G. Caracterização climática e balanço hídrico de Taubaté (SP). Revista Biociências, 
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