@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700&display=swap); Legislação Empresarial AplicadaIntrodução ao Direito EmpresarialDireito EmpresarialNo trato das normas atinentes ao Direito Empresarial, a primeira fonte que nos surge, no Brasil, é o chamado Código Comercial, que é do ano de 1850. Com o advento do Código Civil de 2002 (CC/02) não mais utilizamos a expressão \u201cDireito Comercial\u201d, contudo a expressão, atualmente aceita e também utilizada pela legislação contemporânea é a de \u201cDireito Empresarial\u201d. Isso se dá porque o Direito Empresarial é mais amplo que o Comercial, de modo que alcança a integralidade do exercício profissional em atividades econômicas organizadas, tanto para a produção, quanto para a circulação de bens e serviços (TEIXEIRA, 2018). Apesar de o Código Civil de 2002 ser uma fonte privilegiada para que consultemos as normas básicas da legislação empresarial, a possibilidade inicial para que ocorra a organização das atividades econômicas decorre da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CRFB/88). É nesse documento jurídico, político e social que se encontram os principais elementos que caracterizam o Estado Democrático de Direito, o Estado brasileiro em si, com a previsão de direitos e garantias de várias espécies. Note que o texto da Constituição possui diversos princípios que animam, inspiram a legislação infraconstitucional (tanto o CC/02, como as demais leis relativas à matéria empresarial. É somente porque há a garantia de princípios ligados às liberdades econômicas e profissionais que, efetivamente, as empresas existem e se organizam desta ou daquela maneira, à luz dos critérios então esmiuçados pelas variadas legislações (FILKELSTEIN, 2016). Atividade empresarialA atividade empresarial, de um modo amplo, acha-se conectada profundamente com os seguintes princípios: Livre iniciativa (CRFB/88, art. 1º, IV e art. 170, caput).Liberdade de concorrência (CRFB/88, art. 170, IV).Função social da empresa (CRFB/88, art. 5º, XXII e art. 170, III).Liberdade de associação (CRFB/88, art. 5º, XVII e XX).Há também outros tantos princípios elaborados pela doutrina especializada, como: preservação da empresa; autonomia patrimonial da sociedade empresária; subsidiariedade da responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais e; limitação da responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais (CHAGAS, 2019).EmpresárioSegundo o art. 966 do CC/02, empresário é quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens e serviços. Importante atentar para o fato de que algumas atividades estão expressamente excluídas do conceito de empresário, como aquelas referidas no parágrafo único do art. 966 do CC/02 em comento, que são os seguintes casos: quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda que com o concurso de auxiliares ou colaboradores. Tais atividades, como visto, estão excluídas. No entanto, se tais atividades constituírem elemento de empresa, poderão estar incluídas no conceito de empresário (NEGRÃO, 2018). O conceito de empresário é aplicado tanto para a pessoa física quanto para a pessoa jurídica. Porém, caso a pessoa física esteja inserida na definição apresentada segundo o art. 966 do CC/02, isto é, que exerça profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens e serviços, o nome recebido será o de empresário individual. Por outro lado, caso seja uma pessoa jurídica que atue do mesmo modo, será chamada de sociedade empresária ou uma empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI). Assim, temos que o conceito de empresário é, na verdade, um gênero, que comporta as seguintes espécies: empresário individual, sociedade empresária e EIRELI.Tipos societáriosEmbora as sociedades sejam constituídas por meio de pessoas jurídicas, os conceitos não se confundem. Isso porque não é toda pessoa jurídica que será uma sociedade, bem como há casos de sociedades que não são constituídas por meio de uma pessoa jurídica. O direito brasileiro segue o conceito tradicional de sociedade, isto é, a união entre duas ou mais pessoas, físicas ou jurídicas, para a prática de atividades econômicas, cujo objetivo fundamental seja a obtenção de lucro, que será partilhado pelos sócios.Existem as sociedades que são personificadas (por meio de pessoa jurídica) e as não personificadas (que não têm personalidade própria, distinta dos sócios).
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