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Apostila aula 3 Sistema cardiovascular

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2018 
Apostila 
Fisiologia Animal 
Aula 3 Sistema cardiovascular 
 
 
 
 
1 
 
Curso Técnico em Veterinária 
Disciplina de Fisiologia animal 
Aula 3: Sistema cardiovascular 
 
1. Função e anatomia do sistema cardiovascular 
O sistema cardiovascular ou sistema circulatório é formado por coração, 
vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares), vasos linfáticos, linfa e sangue. 
A manutenção de todos os outros sistemas do organismo depende da 
chegada de fluxo sanguíneo. 
Em resumo, a principal função desse sistema é o transporte de oxigênio, 
nutrientes, dióxido de carbono, hormônios, produtos metabólitos por todo o 
organismo através do sangue. 
 Para compreendermos o funcionamento do sistema cardiovascular, vamos 
revisar rapidamente a sua estrutura: 
O coração é um órgão muscular, que apresenta três camadas: a camada 
mais interna recebe o nome de endocárdio e está diretamente em contato com o 
sangue. A camada intermediária é formada por músculo cardíaco, chamada de 
miocárdio e é responsável pela contração do coração. A camada mais externa é 
chamada de epicárdio. 
 
 
 
2 
 
O coração ainda é dividido em câmaras: átrio direito, átrio esquerdo, 
ventrículo direito e ventrículo esquerdo. O átrio direito se comunica com o ventrículo 
direito por meio da válvula tricúspide, enquanto o átrio esquerdo comunica-se com 
o ventrículo esquerdo através da válvula mitral. 
 
 
O sangue sempre passa dos átrios para os ventrículos. Não há comunicação 
entre os átrios nem entre os ventrículos no coração normal. 
As artérias são vasos que transportam o sangue rico em oxigênio do coração 
aos órgãos do corpo e sangue desoxigenado (pobre em oxigênio) do coração ao 
pulmão para oxigená-lo (artérias pulmonares). Possuem paredes espessas e 
dilatáveis. São formadas por uma camada de tecido conjuntivo, uma camada de 
tecido muscular (músculo liso), uma camada de fibras elásticas e, em contato com o 
sangue, uma fina camada de células endoteliais. Graças à camada de fibras 
elásticas, as artérias possuem a capacidade de dilatar e conseguem aguentar 
grandes pressões. 
As veias são vasos menos calibrosos que as artérias que transportam o 
sangue desoxigenado dos tecidos e órgãos para o coração, e o sangue oxigenado 
do pulmão ao coração (veias pulmonares). Também são constituídos por uma 
camada externa de tecido conjuntivo, uma camada de tecido muscular liso e a 
camada de células endotelial. Não possuem a camada formada por fibras elásticas, 
que conferem a elasticidade das artérias. 
Os capilares são túbulos de pequeno diâmetro em cujas paredes ocorre o 
intercâmbio metabólico entre o sangue e os tecidos e vice-versa. São vasos muito 
finos porque apenas possuem uma camada de células endoteliais. São a rede de 
 
 
3 
 
distribuição e recolhimento do sangue nas células. Estão em comunicação, por um 
lado, com ramificações originárias das artérias e, por outro lado, com as veias de 
menor dimensão. 
O sistema circulatório dos mamíferos é fechado, dessa forma, o sangue não 
atinge o meio exterior. O trajeto do sangue no organismo percorre as grandes 
artérias que se ramificam em artérias de menor calibre, depois nas arteríolas até 
chegarem aos capilares. Os capilares começam a ganhar novas camadas de células 
e dão origem às vênulas, que se juntam e formam as veias de menor calibre que, 
por sua vez, também se fundem e dão origem às veias de maior calibre, fechando o 
sistema. 
 
A linfa é um líquido incolor e viscoso com composição semelhante à do 
plasma sanguíneo. Ela é formada por água, eletrólitos e proteínas que escapam do 
sangue pelos capilares. É incolor porque sai do interstício celular sem hemácias. 
Caminha através dos vasos linfáticos. 
 
Curiosidade 
Deposição de material lipídico nas paredes das artérias próximas ao coração: 
ateroma. Com o passar do tempo, ocorre a destruição do tecido elástico, o 
espessamento e o enrijecimento das paredes das artérias: arterioesclerose. O 
ateroma prejudica o fluxo sanguíneo e contribui para a formação de trombos. Os 
trombos resultam da agregação plaquetária pela lesão da parede arterial, obstrução 
do vaso, causando a isquemia e o infarto do tecido (necrose). Um fragmento do 
trombo pode atingir a circulação e obstruir pequenos vasos (embolia). 
Varizes: são veias anormalmente dilatadas e tortuosas, que acabam sendo 
comprometidas pelo enfraquecimento da musculatura esquelética, que auxilia no 
transporte sanguíneo. 
 
 
 
4 
 
2. Circulação do sangue 
O transporte de sangue pelo organismo ocorre de duas formas, de acordo 
com o diâmetro do vaso em questão: 
- Fluxo em massa: que é o transporte do sangue dentro dos vasos sanguíneos. 
- Difusão: movimento das substâncias dissolvidas através das paredes dos vasos 
sanguíneos, da corrente sanguínea para o líquido intersticial, e vice-versa. Esse tipo 
de transporte ocorre pela parede dos capilares devido às diferenças de 
concentração entre a linfa e o líquido intersticial. 
 Como exposto, a circulação sanguínea ocorre em um sistema fechado. Para 
que o estudo de como isso ocorre seja facilitado, dividimos a circulação sanguínea 
em dois momentos: circulação pulmonar ou pequena circulação e circulação 
sistêmica ou grande circulação. 
 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/circulacao-sistemica-pulmonar.htm 
 
A circulação pulmonar é a parte da circulação sanguínea na qual o sangue 
é bombeado para os pulmões para ser oxigenado. Inicia-se no ventrículo direito e 
termina no átrio esquerdo. 
A circulação sistêmica é a parte da circulação do sangue no qual o sangue 
oxigenado sai do coração e é bombeado para o restante do organismo (tecidos e 
 
 
5 
 
órgãos). Ela se inicia pelo ventrículo esquerdo através da artéria aorta que se 
ramifica em diversas artérias, artérias menores, arteríolas até alcançar os capilares 
dos órgãos, local onde é feita a troca gasosa de oxigênio sanguíneo pelo dióxido de 
carbono intersticial. 
O sangue rico em dióxido de carbono caminha pelos capilares até as vênulas, 
pequenas veias até veias de maior calibre até chegarem à veia cava que 
desemboca no átrio direito. 
Do átrio direito, o sangue desoxigenado passa para o ventrículo direito que o 
bombeia através da artéria pulmonar até o pulmão. A artéria pulmonar se ramifica 
em artérias menores e levam o sangue para cada capilar pulmonar. 
O sangue dos capilares possui uma concentração menor de oxigênio do que 
a concentração do ar nos alvéolos. Essa diferença de concentração faz com que o 
oxigênio difunda-se do ar alveolar para o sangue capilar. 
Na inspiração, o ar rico em oxigênio é inalado pelas narinas, move-se através 
das fossas nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos até chegarem 
aos sacos alveolares. As finas paredes que separam os alvéolos são irrigadas por 
finos capilares. O sangue dos capilares possui uma concentração menor de oxigênio 
do que a concentração do ar nos alvéolos. Essa diferença de concentração faz com 
que o oxigênio difunda-se do ar alveolar para o sangue capilar. 
O oxigênio se liga à hemoglobina (proteína carreadora de oxigênio presente 
nas hemácias) e é transportado pelo sangue através do fluxo em massa do pulmão 
até o coração. Do coração, o sangue oxigenado é bombeado para todos os outros 
órgãos através dos vasos. 
Para que ocorra a difusão do oxigênio dos tecidos, cada célula fica bem próxima 
a um capilar. Caso esse fluxo sanguíneo seja interrompido, a região torna-se 
isquêmica. 
Curiosidade 
Isquemia: condição na qual há inadequado fluxo de sangue para o tecido. Uma 
isquemia permanente leva à lesão tecidual permanente (infarto) ou morte celular 
(necrose). 
Trombo: coágulo de sangue 
O músculo cardíaco também precisa de grandes quantidades de oxigênio 
para trabalhar. O sangue oxigenado é levado da aorta para a musculatura cardíaca 
por uma rede de artérias coronárias. Se um trombo aparecer nas artériascoronárias, as células musculares cardíacas tornam-se isquêmicas, o músculo 
 
 
6 
 
cardíaco perde a capacidade de se contrair fortemente. A intensa isquemia do 
miocárdio (músculo cardíaco) causa um infarto do miocárdio. 
O sangue oxigenado no pulmão e levado ao coração é bombeado através da 
artéria aorta para o restante do organismo. A artéria aorta é uma artéria calibrosa 
que dá origem às artérias coronárias, hepática, gástrica, esplênica, mesentérica e 
renal. O sangue oxigenado passa então para artérias de menor calibre, arteríolas, 
até alcançar os capilares dos órgãos, onde é feita a troca gasosa de oxigênio por 
dióxido de carbono. O sangue rico em dióxido de carbono caminha por pequenas 
veias que se juntam para formar veias maiores que levam o sangue até o átrio direito 
do coração através da veia cava. 
No átrio direito, o sangue passa para o ventrículo direito, que o bombeia para a 
artéria pulmonar. A artéria pulmonar se ramifica em artérias menores e levam o 
sangue para cada capilar pulmonar. O sangue (oxigenado) de cada capilar pulmonar 
é recolhido pelas veias pulmonares, levado ao átrio esquerdo e, posteriormente, 
passa para o ventrículo esquerdo. 
Capilares: possuem um diâmetro tão pequeno que as hemácias precisam 
passar em fila dupla para se locomoverem. 
 
Débito cardíaco e pressão 
Débito cardíaco é o volume de sangue bombeado a cada minuto pelo 
ventrículo. Quando aferimos a pressão, sempre temos dois valores. Esses valores 
máximo e mínimo se referem às: 
 Pressão sistólica (120 mmHg): pressão aórtica, é a pressão de distensão 
das paredes da aorta quando ela recebe o fluxo sanguíneo bombeado pela 
contração do ventrículo esquerdo. 
 Pressão diastólica (80 mmHg): é o valor mínimo da pressão aórtica antes 
da próxima contração do ventrículo esquerdo. 
Essas duas pressões são aferidas rotineiramente para estabelecer o potencial 
do coração para transportar o sangue através da circulação. 
 
3. Contração cardíaca 
A parte muscular do coração, ou miocárdio, é o responsável pela contração 
cardíaca, que exerce a função de bomba propulsora do sangue. 
O miocárdio é composto de células musculares cardíacas. O tecido 
muscular estriado cardíaco é único e apenas encontra-se no coração. A contração 
desse músculo é involuntária e não pode ser controlada pelo animal. A contração é 
 
 
7 
 
rítmica e vigorosa. As células musculares são menores do que as células de 
músculo esquelético e ramificadas, unidas entre si por estruturas especializadas 
chamadas de discos intercalares, que fazem a conexão elétrica em todas as 
células do coração. 
Se uma célula recebe um estímulo suficientemente forte, ele é transmitido 
para todas as outras células e o coração como um todo se contrai. 
Essa transmissão do estímulo é feita por canais de passagem de íons sódio e 
cálcio e água entre uma célula e outra, determinando a onda rítmica de contração 
das células. 
Os discos intercalares possuem estruturas de adesão entre as células que as 
mantêm unidas mesmo durante o vigoroso processo de contração da musculatura 
cardíaca. 
A contração cardíaca acontece em 2 estágios: primeiramente, os átrios 
começam a se contrair e, após um retardo de 50 a 150 ms, os ventrículos começam 
a se contrair. 
A contração atrial serve para auxiliar o preenchimento completo dos 
ventrículos. Essa sequência contrátil completa é iniciada por um sinal elétrico que se 
propaga pelas células musculares cardíacas. 
Dessa forma, dividimos o batimento cardíaco em: 
 Sístole: contração ventricular, na qual ocorre o esvaziamento dos ventrículos; 
 Diástole: relaxamento dos ventrículos, no qual ocorre o preenchimento dos 
ventrículos a partir do sangue liberado pelos átrios. 
O músculo cardíaco é composto por fibras estriadas com a mesma estrutura 
do músculo esquelético (fibra-miofibrila-sarcômero). 
As células musculares cardíacas estão eletricamente ligadas umas às outras. 
Quando um potencial de ação (sinal elétrico) é iniciado em uma única célula, este se 
propaga para as células vizinhas. Dessa forma, todas as células se contraem ao 
mesmo tempo. 
As células cardíacas que iniciam a contração muscular são células 
especializadas chamadas de células marca-passo. Elas possuem a capacidade de 
gerar um sinal elétrico espontaneamente e iniciar o batimento cardíaco. Das células 
marca-passo, o sinal elétrico se propaga para as outras células musculares 
cardíacas. 
Diferentemente do músculo esquelético, que recebe o estímulo elétrico de um 
neurônio, as células cardíacas são estimuladas por si mesmas. Os neurônios não 
precisam estimular o coração a bater, eles apenas podem alterar o ritmo e a força 
 
 
8 
 
de contração. Esse é o motivo de um coração desnervado continuar a bater após 
ser transplantado. 
O SNA simpático libera norepinefrina nos receptores beta-2 adrenérgicos nas 
células marca-passo, estimulando a contração cardíaca e aumentando a frequência 
cardíaca. Já o SNA parassimpático libera acetilcolina nos receptores colinérgicos 
muscarínicos e diminui a frequência cardíaca. 
 
REFERÊNCIAS 
COLVILLE, T. P. Anatomia e fisiologia clínica para medicina veterinária. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2010. 
HAFEZ, E. S. E.; HAFEZ, B. Reprodução Animal. 7. ed. São Paulo: Manole, 2004. 
KLEIN, B. G. Cunnighan – tratado de fisiologia veterinária. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2013. 
MENDONÇA, V. L. Biologia: os seres vivos. V. 2. 3. ed. São Paulo: AJS, 2016. 
______. Biologia: o ser humano, genética e evolução. V. 3. 3. ed. São Paulo: AJS, 
2016.

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